1) O documento discute fraturas subtrocantéricas e atípicas do fêmur, apresentando casos clínicos e detalhes sobre classificação, exames, tratamento e complicações dessas fraturas.
2) As fraturas atípicas do fêmur estão associadas ao uso prolongado de bifosfonatos, com recomendações para seu tratamento incluindo teriparatide para acelerar a consolidação óssea.
3) O uso de hastes é o padrão ouro no tratamento de fraturas subtrocantéricas, enquanto
6. Caso clínico
Fraturas Subtrocantéricas: predisposição à pseudoartrose, sendo risco
ligeiramente maior nas fraturas atípicas
Haste retrógrada: uso contra-indicado nas fraturas subtrocantéricas
Vantagens Haste anterógrada
- Biológicas (minimamente invasiva)
- Mecanicas (loadsharing device)
?
7. ?
- Fixação profilática: reduz o
tempo total de admissão hospitalar
- Bisfosfonatos: descontinuar
*Reabsorção óssea
*Atividade osteoclástica
*Cicatrização óssea
8. Introdução
• Fraturas subtrocantéricas são as que ocorrem em um
ponto dentro de 5 cm da extensão distal do trocanter
menor (lesão instável)
• Ocorre em 3 populações:
- Jovens vítima trauma de alta energia
- Idoso com osteoporose em trauma de baixa energia
- Pacientes em uso de bifosfonados (crônico/alta dose)
• Difícil tratamento
11. Quadro Clínico
• Dor, edema e encurtamento do membro
• Descartar lesões expostas
• Avaliação neurovascular é primordial
• Exclusão de lesões associadas que ponham a vida do
paciente em risco
12. Exames de Imagem
• Radiografias:
- Quadril AP / Lateral
- Fêmur afetado AP / Lateral
- Pelve AP
• Identificar:
- Fosssa piriforme
- Trocanter maior e menor
• Solicitar TC em casos de dúvidas
13.
14.
15. Classificação
• AO-OTA
- Oblíqua, transversais ou multifragmentadas
• Russel-Taylor
- Extensão até fossa piriforme, trocanter menor
• Fielding
- Puramente anatômica
• Seinsheimer
- Divisão em partes
Fielding
18. Seinsheimer
• Tipo 1 = sem desvio (< 2mm,
independe do nº de traços)
• Tipo 2 = 2 partes (desvio > 2mm)
- A = transverso
- B = oblíqua com pequeno trocanter no
proximal
- C = oblíqua com pequeno trocanter no
distal
• Tipo 3 = 3 partes
- A = pequeno trocanter fraturado (é uma
das partes)
- B = pequeno trocanter íntegro
• Tipo 4 = 4 partes
• Tipo 5 = 5 partes
19. Tratamento
• Cirúrgico:
– Hastes = padrão ouro
– Placas = úteis se o fragmento proximal for pequeno e nos
casos de pseudoartrose e retardo de consolidação
– Fixadores externos estão reservados para fixação temporária
– Artroplastia é exceção (fraturas patológicas)
Tração:
90º flexão quadril e joelho
20. Hastes
• Dividem a carga com o osso
• Menor braço de alavanca no
fragmento proximal
• Escolha para a grande maioria
das fraturas
• Entrada pode ser na fossa
piriforme ou no trocanter maior
• Bloqueio proximal pode ser
intertrocantérico ou
cefalomedular (reconstrução)
21. Incisão para ponto inicial: 3-5 cm
Local: cerca 4 cm proximal e 1-2 cm posterior à ponta do trocanter maior
22. Armadilhas: má redução em varo, deformidade rotacional, discrepância no
comprimento, não diagnóstico frat colo e lesão ligamentar
23. Revisão cirúrgica se:
- Má rotação > 15º
- Diferença no comprimento
das pernas > 2 cm
Quando? IMEDIATA
24. Hastes – Pós-Operatório
• Mobilização precoce
• Apoio permitido dentro da tolerância do paciente
• Exceções: ausência de contato ósseo e perda de segmento
- Apoio parcial de cerca de 13,5kg por 6-12 semanas, conforme
padrão da fratura e evolução radiográfica
• TVP: inicia profilaxia no 1º DPO e continuar rotineiramente por 6
semanas
• Retornos: 2 semanas, 6 sem, 3 meses, 6 meses, 1 ano e 2 anos
25. Placas
• Melhores candidatos:
- Fragmentos proximais curtos
- Padrões de fratura simples e que se prestem à redução anatômica
- Canal IM pequeno
- Contraindicações relativas: mau estado da pele, fratura ligada aos
bifosfonados
• DCS
• Placa lâmina com 95º de ângulo
• Carga deve ser postergada até sinal de calo (6-12 semanas),
progredindo a partir de então
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27.
28.
29. Complicações
• Pseudoartrose
– Rara, mas potencialmente complicada, especialmente se
associada a infecção
• Consolidação viciosa
– Desvio em varo causa deficiência da abdução
• Infecção
30. Fraturas atípicas do Fêmur
THE JOURNAL OF BONE & JOINT SURGERY
VOLUME 95-A - NUMBER 2 - JANUARY 16, 2013
• Incidência: EUA: 5,9 / 100.000 pessoas-ano
• American Society for Bone and Mineral Research (ASBMR)
- 2 / 100.000 pessoas-ano após 2 anos de Bifosfonados
- 78 / 100.000 pessoas-ano após 8 anos de Bifosfonados
• Envolvimento bilateral: 28-44%
31. Fraturas atípicas do Fêmur
THE JOURNAL OF BONE & JOINT SURGERY
VOLUME 95-A - NUMBER 2 - JANUARY 16, 2013
American Society for Bone and
Mineral Research (ASBMR)
35. Fraturas atípicas do Fêmur
• Recomendações
* Teriparatide enhances and accelerates fracture-healing by increasing callus formation and
mechanical strength
* Calcium 1000 to 2000 mg/ day
* Vitamin D3 400 to 800 IU/ day
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