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RESIDÊNCIA DE ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA – IMIP/HMA
ANDRÉ CIPRIANO
2016
ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA
CONGÊNITA
Introdução
ARTROGRIPOSE
É realmente um achado físico e não um diagnóstico
65 síndromes distintas codificadas como artrogripose e 150
entidades que cursam com artrogripose(contraturas)
Do Grego: arthro: articulação, gryp: encurvada
Descrito pela primeira vez em
1841 por Adolf Wilhem Otto
Rara
0,03% neonatos (Tachdjian)
Incidência 1:3.000 nascidos vivos(SBOT)
Sthaeli 1998 declara que 1:200 possuem formas
isoladas de contraturas, mas não de AMC
Epidemiologia
Achados necessários para o diagnóstico:
Comprometimento de 2 articulações em áreas diferentes
Membros em aspecto fusiforme
Ausência ou distribuição anormal das pregas cutâneas
Deformidades angulares nos membros
Pterígio cutâneo
Alterações do sistema nervoso central não progressivas
Diagnóstico pré-natal – USG mostrando polidrâmnio e ausência de
movimentação fetal.
Introdução
SEGUNDO HALL
Distúrbios no tecido nervoso
Distúrbios no tecido muscular
Distúrbios do tecido conjuntivo
Limitação do espaço intra-uterino
Comprometimento vascular intra-uterino
Doenças maternas
Etiologia
Hall (1998)
Goldberg (1987)
Classificação
Tipo I - Envolvimento primário dos membros
Amioplastia, artrogripose distal tipo 1,
sinostoses, aracnodactilia
Tipo II - Envolvimento de outras partes do corpo
Pterígios múltiplos, Freeman-Sheldon,
osteocondrodisplasias, pterígeo poplíteo
Tipo III -Associada a disfunção do sistema nervoso central
Pterígeo múltiplo letal, síndrome alcoólica
fetal, anomalias cromossômicas
HALL
Goldberg
Grupo 1 – artrogripose generalizada (4 membros)
Grupo 2 – artrogripose de extremidades (mãos e
pés)
Grupo 3 – associada a pterígeo
Grupo 4 – síndromes de sinostoses
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Forma mais comum (1/3 do total)
Músculo estriado é substituído por tecido fibroso ou
adiposo
Tipicamente os 4 membros estão envolvidos
Lesão muscular não é progressivo
Não há comprometimento cognitivo
Contratura múltipla e redução da massa muscular
Goldberg Grupo 1
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Membros fusiformes e pregueamento anormal
Hemangiomas de face são comuns
10% se associam com anomalias viscerais
(gastrosquise, atresia intestinal e defeitos da
parede abdominal)
Tendem a apresentar desempenho funcional
satisfatório na vida adulta
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Acometimento dos membros superiores é o mais
significativo
Punho em flexão e demais articulações em extensão
Coluna também pode estar acometida
Membros inferiores apresentam contratura em
rotação externa
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Tratamento:
Multidisciplinar
Fisioterapia precoce
Intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para as
deformidades fixas
O índice de recidiva é muito alto
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Membros superiores:
Tratamento visa a independência para a própria higiene e
alimentação
Fisioterapia precoce
Cirurgia é exceção
Deve-se ter cuidado para que não sejam perdidas as
adaptações espontâneas
Ao menos um cotovelo deve obter 90º de flexão
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Membros inferiores:
Quadril: manipulação e gessos corretivos (cirurgia é eventual)
Muito comum é a luxação do quadril, que nesse caso é teratológica
(se unilateral = cirurgia, se bilateral a tendência é conservadora)
Joelhos: muito comum o acometimento, tanto em flexão quanto em extensão,
principalmente a primeira
Fisioterapia deve buscar flexão < 20º, que, caso não obtida, indica a
cirurgia (idealmente no 1º ano de vida)
Uso de órteses previne a recidiva
Deformidades graves podem requerer o uso de fixadores externos
Deformidades em extensão respondem melhor ao tratamento
conservador
Pés: mais comum é o eqüinovaro e o tratamento inicialmente é a correção com troca
sucessiva de gesso, mas a indicação cirúrgica é mais comum por conta da maior
rigidez encontrada em relação aos casos de pé torto congênito isolado
Amioplastia (Artrogripose Clássica)
Coluna vertebral:
1/3 dos pacientes apresentam escoliose (neuromuscular)
Costuma ser toracolombar progressiva
Indicação cirúrgica comum
Síndrome de Larsen
Rara, de caráter genético
Consiste em:
Luxações congênitas de grandes
articulações
Grande flexibilidade ligamentar
Dismorfismo facial (fronte alargada e ponte nasal aplainada)
Centro de ossificação extra do calcâneo é considerado
patognomônico
Instabilidades da coluna cervical são comuns e podem levar à
morte
Síndrome Unha-Patela
Displasias múltiplas que acometem unhas, joelhos, quadril e cotovelos
Transmissão autossômica dominante ligada ao grupo sanguíneo ABO
Displasia ungueal presente em 98% dos casos e acomete mais as mãos
que os pés
Patela pode estar ausente ou hipoplásica, sendo comum a instabilidade
Asas do ilíaco em “orelha-de-elefante” (exostose)
Nefropatia na vida adulta
Patognomônico
Goldberg Grupo 2
Artrogripose Distal
Deformidades e contraturas predominantes nas
mãos e pés
Tipo I = envolvimento somente das mãos
(principalmente) e pés
Tipo II = outras manifestações clínicas associadas
Deformidades da mão:
Desvio ulnar dos dedos nas metacarpofalângicas
Deformidade em flexão de
metacarpofalângicas e interfalângicas
Palma em cúpula
Prega palmar transversa única
Polegar fletido e aduzido, com limitação de
movimento e com prega única
Artrogripose Distal
Artrogripose Distal
Evolução natural com o tratamento conservador para as
deformidades das mãos é muito favorável
Deformidade dos pés deve ser tratada como da
amioplastia
Artrogripose Distal
Tipo II
A = Síndrome de Gordon, associa-se à fenda palatina e
baixa estatura
B = pé torto grave, dismorfismo facial e doenças
mitocondriais
C = predomina o pé torto e o dedo em martelo, lábio
fendido e lesão do palato
D = associa-se à escoliose
E = trismo da mandíbula (abertura limitada)
Síndrome de Freeman-Sheldon
Face do assobiador:
Fáscies inexpressivas
Olhos encovados
Epicanto
Estrabismo
Nariz pequeno
Queixo com sulco profundo em “H”
Lábios em “assobio”, que pode levar à fibrose muscular e dificuldade para comer
Acomete também a coluna
Goldberg Grupo 3
Síndrome do Pterígeo Múltiplo(Escobar)
Grossas dobras de pele no feto, que reduzem a mobilidade
das articulações e as mantém em uma posição fixa
Pode passar despercebido ao nascimento, mas na medida
que a criança cresce, eles ficam mais evidentes e
atrapalham o movimento articular
Escoliose presente em metade dos casos
Inteligência é normal
Síndrome do Pterígeo Poplíteo
Pterígeos na região poplítea
Defeitos faciais, como fenda palatina
e lábio leporino são comuns
Associa-se à anomalias genitais
Pterígeo possui uma banda fibrosa no
seu interior, que pode ser visualizada com RNM
Intervenção cirúrgica precoce é o ideal
Goldberg Grupo 4
Fusões cartilaginosas ou ósseas
Ausência das pregas cutâneas
Hipoplasia muscular
Limitação do movimento articular
Exame radiográfico mostra as pontes ósseas
(sinostoses), diferenciando essa síndrome da
amioplastia
Síndrome de Sinostoses
ATUALIDADES
A artrogripose em crianças pode estar associada com infecção
congênita pelo vírus Zika, de acordo com uma novo estudo
retrospectivo publicada no BMJ.
Zyka x AMC
"Essa doença vai além da microcefalia, com outros sintomas
como comprometimento visual e auditivo, e sinais e sintomas
não usuais diferentes de outras infecções congênitas, como
artrogripose sem microcefalia, sugerindo que o termo
síndrome congênita pelo Zika seria mais apropriado“.
O vírus Zika deveria ser considerado um diagnóstico diferencial
em crianças com infecções congênitas e artrogripose
*Dra. Vanessa van der Linden
Claudio Vieira nasceu no dia 1º de abril de
1976 em um parto normal. Ele tem outros
cinco irmãos, mas nenhum nasceu com
AMC. O baiano afirma que, no dia do seu
nascimento, o médico chegou a dizer que
ele tinha apenas 24 horas de vida.
ATUALIDADES
Bibliografia
Congenital Zika syndrome with arthrogryposis: retrospective case series study
(http://www.bmj.com/content/bmj/354/bmj.i3899.full.pdf) – acessado no dia 07/09/2016 – 11:00 am
Recessive type of Freeman-Sheldon syndrome - report of two affected siblings
(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000500015) - acessado no dia
07/09/2016 – 11:08 am
Fong syndrome or nail-patella syndrome (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-
50042007000600010) - acessado no dia 07/09/2016 – 11:40 am
Síndrome do pterígio poplíteo: relato de caso e revisão da literatura (http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1983-51752012000300028) – acessado no dia 08/09/2016 – 22:30 pm
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Artrogripose - André Cipriano

  • 1. RESIDÊNCIA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – IMIP/HMA ANDRÉ CIPRIANO 2016 ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CONGÊNITA
  • 2. Introdução ARTROGRIPOSE É realmente um achado físico e não um diagnóstico 65 síndromes distintas codificadas como artrogripose e 150 entidades que cursam com artrogripose(contraturas) Do Grego: arthro: articulação, gryp: encurvada Descrito pela primeira vez em 1841 por Adolf Wilhem Otto
  • 3. Rara 0,03% neonatos (Tachdjian) Incidência 1:3.000 nascidos vivos(SBOT) Sthaeli 1998 declara que 1:200 possuem formas isoladas de contraturas, mas não de AMC Epidemiologia
  • 4. Achados necessários para o diagnóstico: Comprometimento de 2 articulações em áreas diferentes Membros em aspecto fusiforme Ausência ou distribuição anormal das pregas cutâneas Deformidades angulares nos membros Pterígio cutâneo Alterações do sistema nervoso central não progressivas Diagnóstico pré-natal – USG mostrando polidrâmnio e ausência de movimentação fetal. Introdução
  • 5. SEGUNDO HALL Distúrbios no tecido nervoso Distúrbios no tecido muscular Distúrbios do tecido conjuntivo Limitação do espaço intra-uterino Comprometimento vascular intra-uterino Doenças maternas Etiologia
  • 7. Tipo I - Envolvimento primário dos membros Amioplastia, artrogripose distal tipo 1, sinostoses, aracnodactilia Tipo II - Envolvimento de outras partes do corpo Pterígios múltiplos, Freeman-Sheldon, osteocondrodisplasias, pterígeo poplíteo Tipo III -Associada a disfunção do sistema nervoso central Pterígeo múltiplo letal, síndrome alcoólica fetal, anomalias cromossômicas HALL
  • 8. Goldberg Grupo 1 – artrogripose generalizada (4 membros) Grupo 2 – artrogripose de extremidades (mãos e pés) Grupo 3 – associada a pterígeo Grupo 4 – síndromes de sinostoses
  • 9. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Forma mais comum (1/3 do total) Músculo estriado é substituído por tecido fibroso ou adiposo Tipicamente os 4 membros estão envolvidos Lesão muscular não é progressivo Não há comprometimento cognitivo Contratura múltipla e redução da massa muscular Goldberg Grupo 1
  • 10.
  • 11. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Membros fusiformes e pregueamento anormal Hemangiomas de face são comuns 10% se associam com anomalias viscerais (gastrosquise, atresia intestinal e defeitos da parede abdominal) Tendem a apresentar desempenho funcional satisfatório na vida adulta
  • 12. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Acometimento dos membros superiores é o mais significativo Punho em flexão e demais articulações em extensão Coluna também pode estar acometida Membros inferiores apresentam contratura em rotação externa
  • 13.
  • 14. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Tratamento: Multidisciplinar Fisioterapia precoce Intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para as deformidades fixas O índice de recidiva é muito alto
  • 15. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Membros superiores: Tratamento visa a independência para a própria higiene e alimentação Fisioterapia precoce Cirurgia é exceção Deve-se ter cuidado para que não sejam perdidas as adaptações espontâneas Ao menos um cotovelo deve obter 90º de flexão
  • 16. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Membros inferiores: Quadril: manipulação e gessos corretivos (cirurgia é eventual) Muito comum é a luxação do quadril, que nesse caso é teratológica (se unilateral = cirurgia, se bilateral a tendência é conservadora) Joelhos: muito comum o acometimento, tanto em flexão quanto em extensão, principalmente a primeira Fisioterapia deve buscar flexão < 20º, que, caso não obtida, indica a cirurgia (idealmente no 1º ano de vida) Uso de órteses previne a recidiva Deformidades graves podem requerer o uso de fixadores externos Deformidades em extensão respondem melhor ao tratamento conservador Pés: mais comum é o eqüinovaro e o tratamento inicialmente é a correção com troca sucessiva de gesso, mas a indicação cirúrgica é mais comum por conta da maior rigidez encontrada em relação aos casos de pé torto congênito isolado
  • 17. Amioplastia (Artrogripose Clássica) Coluna vertebral: 1/3 dos pacientes apresentam escoliose (neuromuscular) Costuma ser toracolombar progressiva Indicação cirúrgica comum
  • 18. Síndrome de Larsen Rara, de caráter genético Consiste em: Luxações congênitas de grandes articulações Grande flexibilidade ligamentar Dismorfismo facial (fronte alargada e ponte nasal aplainada) Centro de ossificação extra do calcâneo é considerado patognomônico Instabilidades da coluna cervical são comuns e podem levar à morte
  • 19. Síndrome Unha-Patela Displasias múltiplas que acometem unhas, joelhos, quadril e cotovelos Transmissão autossômica dominante ligada ao grupo sanguíneo ABO Displasia ungueal presente em 98% dos casos e acomete mais as mãos que os pés Patela pode estar ausente ou hipoplásica, sendo comum a instabilidade Asas do ilíaco em “orelha-de-elefante” (exostose) Nefropatia na vida adulta
  • 21. Goldberg Grupo 2 Artrogripose Distal Deformidades e contraturas predominantes nas mãos e pés Tipo I = envolvimento somente das mãos (principalmente) e pés Tipo II = outras manifestações clínicas associadas
  • 22. Deformidades da mão: Desvio ulnar dos dedos nas metacarpofalângicas Deformidade em flexão de metacarpofalângicas e interfalângicas Palma em cúpula Prega palmar transversa única Polegar fletido e aduzido, com limitação de movimento e com prega única Artrogripose Distal
  • 23. Artrogripose Distal Evolução natural com o tratamento conservador para as deformidades das mãos é muito favorável Deformidade dos pés deve ser tratada como da amioplastia
  • 24. Artrogripose Distal Tipo II A = Síndrome de Gordon, associa-se à fenda palatina e baixa estatura B = pé torto grave, dismorfismo facial e doenças mitocondriais C = predomina o pé torto e o dedo em martelo, lábio fendido e lesão do palato D = associa-se à escoliose E = trismo da mandíbula (abertura limitada)
  • 25. Síndrome de Freeman-Sheldon Face do assobiador: Fáscies inexpressivas Olhos encovados Epicanto Estrabismo Nariz pequeno Queixo com sulco profundo em “H” Lábios em “assobio”, que pode levar à fibrose muscular e dificuldade para comer Acomete também a coluna
  • 26.
  • 27. Goldberg Grupo 3 Síndrome do Pterígeo Múltiplo(Escobar) Grossas dobras de pele no feto, que reduzem a mobilidade das articulações e as mantém em uma posição fixa Pode passar despercebido ao nascimento, mas na medida que a criança cresce, eles ficam mais evidentes e atrapalham o movimento articular Escoliose presente em metade dos casos Inteligência é normal
  • 28. Síndrome do Pterígeo Poplíteo Pterígeos na região poplítea Defeitos faciais, como fenda palatina e lábio leporino são comuns Associa-se à anomalias genitais Pterígeo possui uma banda fibrosa no seu interior, que pode ser visualizada com RNM Intervenção cirúrgica precoce é o ideal
  • 29. Goldberg Grupo 4 Fusões cartilaginosas ou ósseas Ausência das pregas cutâneas Hipoplasia muscular Limitação do movimento articular Exame radiográfico mostra as pontes ósseas (sinostoses), diferenciando essa síndrome da amioplastia Síndrome de Sinostoses
  • 30. ATUALIDADES A artrogripose em crianças pode estar associada com infecção congênita pelo vírus Zika, de acordo com uma novo estudo retrospectivo publicada no BMJ. Zyka x AMC "Essa doença vai além da microcefalia, com outros sintomas como comprometimento visual e auditivo, e sinais e sintomas não usuais diferentes de outras infecções congênitas, como artrogripose sem microcefalia, sugerindo que o termo síndrome congênita pelo Zika seria mais apropriado“. O vírus Zika deveria ser considerado um diagnóstico diferencial em crianças com infecções congênitas e artrogripose *Dra. Vanessa van der Linden
  • 31. Claudio Vieira nasceu no dia 1º de abril de 1976 em um parto normal. Ele tem outros cinco irmãos, mas nenhum nasceu com AMC. O baiano afirma que, no dia do seu nascimento, o médico chegou a dizer que ele tinha apenas 24 horas de vida. ATUALIDADES
  • 32. Bibliografia Congenital Zika syndrome with arthrogryposis: retrospective case series study (http://www.bmj.com/content/bmj/354/bmj.i3899.full.pdf) – acessado no dia 07/09/2016 – 11:00 am Recessive type of Freeman-Sheldon syndrome - report of two affected siblings (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000500015) - acessado no dia 07/09/2016 – 11:08 am Fong syndrome or nail-patella syndrome (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482- 50042007000600010) - acessado no dia 07/09/2016 – 11:40 am Síndrome do pterígio poplíteo: relato de caso e revisão da literatura (http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1983-51752012000300028) – acessado no dia 08/09/2016 – 22:30 pm

Hinweis der Redaktion

  1. Multiplas contraturas articulares congênitas. Caracteriza-se por por contraturas de várias articulações em diferentes partes do corpo devido á graus variados de fibrose dos músculos afetados, encurtamento de cápsula periarticular e ligamentos das articulações afetadas. Não está relacionada a embriogênese(1as 8 semanas) e sim relacionada a vida fetal
  2. O que é fusiforme: Que tem a forma de fuso; que é dilatado no centro e adelgaçado nas extremidades. Não há um exame laboratorial capaz de diagnosticar a AMC durante o pré-natal. Caso o médico suspeite de alguma anormalidade, a ultra-sonografia pode ser válida para avaliar possíveis anomalias e os movimentos fetais. Nos primeiros seis meses de vida, o estudo imunológico pode ser útil para identificar infecção viral.
  3. Pterígeo é uma doença da conjuntiva, membrana que recobre o branco dos olhos e reveste a pálpebras.
  4. Hall (1998): baseada em 350 casos. Dividida em 3 tipos Goldberg (1987): baseada na anamnese e exame clínico, classificação clínica das Síndromes Artrogripóticas;
  5. ARACNODACTILIA: DEDOS LONGOS Sinostose: união completa de dois ossos por ossificação da zona fibrosa ou cartilaginosa que os separa
  6. Observe membros superiores e inferiores afetadas
  7. Presença de cornos ilíacos: esse achado de imagem é considerado patognomônico para a doença
  8. Natural da cidade baiana de Monte Santo, Claudinho, como é carinhosamente chamado, tem a doença Artrogripose Múltipla Congênita (AMC). Ele trabalha fazendo palestras motivacionais em todo o país, e sua história de vida repercutiu em jornais nacionais e internacionais. O baiano também já foi alvo de um estudo de caso de uma pesquisa para entender como ocorre a detecção de rostos pelo cérebro, comandada por pesquisadores internacionais de psicologia.