SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Downloaden Sie, um offline zu lesen
70 revista.hupe.uerj.br
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento
da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos
Physical exercises as a strategy to prevent and to treat obesity:
physiological and methodological aspects
Ingrid B. F. Dias, Rafael A. Montenegro, Walace D. Monteiro*
Resumo
A obesidade tem assumido proporções epidêmicas em vários países no mundo, incluindo o Brasil, onde também
tem sido considerada um importante problema de saúde pública. A doença é caracterizada pelo acúmulo indevido
de gordura em todos os sítios de depósito. Na etiologia da obesidade, encontram-se fatores cujas origens podem
estar vinculadas a características genéticas, nutricionais, endócrinas, hipotalâmicas, farmacológicas, ambientais
e comportamentais (principalmente a inatividade física), que se inter-relacionam e se potencializam mutuamente.
Atualmente, o tecido adiposo tem sido reconhecido como um órgão multifuncional, produtor e secretor de vários
peptídeos e proteínas bioativas, que estão envolvidas na inflamação e na resposta do sistema imune. De acordo
com sua localização, o adipócito apresenta características metabólicas diferentes, sendo que o excesso de gordura,
principalmente localizado na região abdominal, apresenta maior risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus
tipo 2 e de doença cardiovascular. Concomitantemente à obesidade, a inatividade física tem sido considerada um
fator de risco independente para doença cardiovascular. Por isso, a prática sistemática de exercícios aeróbios e
resistidos vem sendo recomendada como uma das principais intervenções não farmacológicas para prevenção
e tratamento da obesidade e dos fatores de risco associados. Contudo, para que os exercícios possam promover
benefícios, sua prescrição deve ser realizada com bases metodológicas consistentes. Desta forma, o presente
artigo tem como objetivo revisar o papel dos exercícios aeróbios e resistidos na obesidade, bem como detalhar
as diretrizes utilizadas no delineamento de sessões de treinamento físico direcionadas a indivíduos obesos. Para
tanto, o texto foi organizado em quatro sessões. A primeira é dedicada aos efeitos dos exercícios resistidos
na composição corporal, marcadores inflamatórios e fatores de risco associados à doença cardiovascular. Na
segunda sessão, é abordada a atuação do exercício aeróbio no gasto calórico, bem como o papel da intensidade
do exercício neste contexto. A terceira sessão é destinada às recomendações para a prescrição do exercício em
obesos, destacando-se aí os exercícios resistidos e aeróbios. Nesta sessão, são detalhados os aspectos metodoló-
gicos que regem a estruturação das diferentes variáveis de prescrição do exercício. Por fim, são tecidas algumas
considerações finais, sumarizando alguns aspectos detalhados na revisão.
Descritores: Obesidade; Exercício; Controle de risco.
Abstract
Obesity has assumed epidemic proportions in many countries worldwide, including Brazil, where it has also been
considered as a major public health problem. The disease is characterized by an undesired accumulation of fat
in all the deposit sites. The etiology of obesity has factors whose origins may be linked to genetic, nutritional,
endocrine, hypothalamic, pharmacological, behavioral and environmental (mainly physical inactivity), which are
interrelated and feed off of each other. Currently, adipose tissue has been recognized as a multifunctional organ
that produces and secretes a number of bioactive peptides and proteins, which are involved in inflammation
and immune response. According to its location, the adipocyte has different metabolic characteristics, and the
fat excess, mainly located in the abdominal region shows a higher risk for developing type 2 diabetes mellitus
and cardiovascular disease. Concomitant with obesity, physical inactivity has been considered an independent
risk factor for cardiovascular disease. Therefore, the systematic practice of aerobic and resistance exercise has
been recommended as a major non-pharmacological intervention for prevention and treatment of obesity and
*
Endereço para correspondência:
Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU). UERJ.
Rua São Francisco Xavier 524, sala 8121, bloco F, 8º andar,
Rio de Janeiro, RJ. Brasil. CEP: 20550-900.
E-mail: walacemonteiro@uol.com.br
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
doi:10.12957/rhupe.2014.9808
v.13, n. 1, jan/mar 2014 71
Introdução
A obesidade é uma doença crônica definida
pelo excesso de gordura corporal, como resulta-
do de um desequilíbrio energético influenciado
por fatores cuja origem pode estar vinculada a
características genéticas, nutricionais, endócri-
nas, hipotalâmicas, farmacológicas, ambientais e
comportamentais (principalmente a inatividade
física), que se inter-relacionam e se potencializam
mutuamente.1
Na prática clínica, é comumente
diagnosticada através do índice de massa corpó-
rea (IMC), calculado através da razão entre o peso
(kg) e o quadrado da altura (m). Para utilização do
IMC, deve-se assumir que ocorre uma distribuição
igual de gordura no corpo inteiro do indivíduo.
Contudo, esta análise não leva em conta a hete-
rogeneidade da deposição regional de gordura,
sendo esta um fator importante na correlação da
obesidade com distúrbios metabólicos que levam
a doenças cardiovasculares, diabetes mellitus do
tipo 2 (DM2), dislipidemia, hipertensão, câncer,
apneia do sono e síndrome metabólica.1
O excesso de gordura visceral acelera a mobi-
lização dos ácidos graxos pelo sistema porta de-
vido ao aumento de lipólise neste sítio. A elevada
concentração de ácidos graxos livres no fígado e
o excesso de gordura corporal estão associados à
maior incidência de distúrbios metabólicos, hor-
monais, inflamatórios e cardiovasculares, como
intolerância à glicose, dislipidemia, hiperinsuli-
nemia, resistência à insulina e estresse oxidativo,
com redução crônica da disponibilidade do óxido
nítrico.2
Todos estes em conjunto implicarão em
maior acometimento do sistema cardiovascular e
impacto negativo sobre os órgãos-alvo, particu-
larmente sobre o eixo cardiorrenal.
Atualmente, o tecido adiposo tem sido
reconhecido como um órgão multifuncional,
produtor e secretor de vários peptídeos e prote-
ínas bioativas, denominadas adipocitocinas, que
estão envolvidas na inflamação e na resposta do
sistema imune.3
De acordo com sua localização,
o adipócito apresenta características metabóli-
cas diferentes, sendo que o excesso de gordura,
principalmente localizado na região abdominal,
apresenta maior risco para o desenvolvimento de
DM2 e de doença cardiovascular (DCV). Quando
comparado à gordura corporal total, o tecido adi-
poso visceral (TAV) apresenta maior correlação
com os triglicerídeos (TG), pressão arterial (PA)
sistólica, PA diastólica, e está associado com a
resistência insulínica e inflamação de baixo grau.4
Logo, o excesso ou a distribuição desfavorável
de gordura devem ser combatidos devido aos
elevados riscos impostos à saúde.
A obesidade tem assumido proporções epi-
dêmicas em vários países no mundo, incluindo o
Brasil, no qual também tem sido considerada um
importante problema de saúde pública.5
Concomi-
tantemente à obesidade, a inatividade física tem
sido considerada um fator de risco independente
para DCV. Por isso, a prática sistemática de exer-
cícios físicos vem sendo recomendada como uma
das principais intervenções não farmacológicas,
com o objetivo de prevenção primária e tratamen-
to da obesidade e dos fatores de risco associados.6
Os exercícios físicos são recomendados como
componente indispensável de um programa de
controle, redução e prevenção do ganho de massa
corporal. Para que tais objetivos sejam atingidos,
a prática regular dos treinamentos aeróbio e com
exercícios resistidos (ER) tem sido recomendada,
devido às modificações favoráveis no gasto caló-
rico, massa corporal magra e gordura corporal,
concorrendo para o emagrecimento.6
Dese modo,
o presente artigo tem como objetivo revisar a
atuação dessas formas de treinamento na obesi-
its associated risk factors. However, to promote benefits exercise prescription must be made with consistent
approaches. Thus, this article aims to review the role of aerobic and resistance exercises in obesity, as well as
to detail guidelines used in the design of physical training sessions targeting obesity. Therefore, the text was
organized in four sessions. The first one was devoted to the effects of resistance training on body composition,
inflammatory markers and risk factors associated with cardiovascular disease. The second session was about
the performance of aerobic exercise on energy expenditure and the role of exercise intensity in this context. The
third session was designed to describe recommendations for exercise prescription in obesity, highlighting the
aerobic and resistance exercises. This session details the methodological aspects that govern the structure of
the different variables of the exercise prescription. Finally, conclusions were made summarizing some aspects
described in this review.
Keywords: Obesity; Exercise; Risk management.
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade:
aspectos fisiológicos e metodológicos
72 revista.hupe.uerj.br
dade, bem como detalhar algumas diretrizes que
podem ser usadas para prescrição de exercícios
em indivíduos obesos.
Exercícios resistidos e obesidade
A inclusão dos ER como parte integrante
de um programa de atividade física vem sendo
recomendada por organizações de saúde como
a American Heart Association.7
Embora essas
recomendações sejam baseadas principalmente
nos efeitos dos ER sobre a força muscular, estu-
dos transversais têm demonstrado que a massa
muscular está inversamente associada com todas
as causas de mortalidade e prevalência da síndro-
me metabólica, independentemente dos níveis de
aptidão cardiorrespiratória.8,9
Variáveis metodológicas como sobrecarga ou
intensidade, duração e volume de treinamento,
ordem dos exercícios, tempo de intervalo entre
as séries, exercícios e sessões, número de séries
e repetições, frequência semanal e velocidade de
movimento estão envolvidas na elaboração de um
programa de ER. Estas podem ser manipuladas
de acordo com a especificidade do treinamento,
objetivos e necessidades individuais.10
Tais vari-
áveis podem desencadear diferentes respostas
fisiológicas durante sua realização, tendo impacto
direto na segurança cardiovascular no decorrer
do treinamento.
Os ERs ainda são pouco estudados como
parte integrante de um programa de exercícios
para o tratamento e prevenção da obesidade.
Tal fato pode ser explicado, em parte, pelo me-
nor gasto energético e mobilização de gordura
quando comparado ao exercício aeróbio (EA).
No entanto, diferenças na resposta hormonal ao
ER (potencial para a estimulação aguda da taxa
metabólica e oxidação de gordura após a ativida-
de) e de melhoria do balanço proteico muscular
(potencial para aumentar o gasto energético total
cronicamente) podem justificar a investigação dos
benefícios desse tipo de treinamento na compo-
sição corporal.6
O treinamento aeróbio é considerado como
uma modalidade de exercício eficaz para aumentar
o gasto energético e o consumo de oxigênio
pós-exercício (Excess Post-exercise Oxygen
Consumption – EPOC), entretanto, estudos
têm demonstrado que a prática de ER também
pode exercer uma influência positiva sobre estas
variáveis. Evidências sugerem que os ER possam
desencadearumEPOCsignificativoparaocontrole
do peso corporal e, adicionalmente, alguns estudos
têm reportado um EPOC significativamente maior
em resposta aos ER quando comparado ao EA.11
Farinatti e colaboradores,12
por exemplo,
investigaram os efeitos dos ERs realizados com
diferentes intervalos de recuperação, utilizando
séries múltiplas em pequenos e grandes grupa-
mentos musculares sobre o consumo de oxigênio
e gasto energético em homens saudáveis. Os au-
tores demonstraram que o consumo de oxigênio
durante e após uma sessão de ER realizada com
número de repetições e sobrecarga similares pode
ser influenciado pela massa muscular exercitada,
assim como pelo intervalo de recuperação utili-
zado na sessão de treinamento. O consumo de
oxigênio foi maior na sessão de ER composta por
grandes grupamentos musculares quando com-
parado à sessão de ER executada com pequenos
grupamentos musculares. Além disso, os autores
também observaram que os intervalos de recu-
peração influenciaram a demanda metabólica no
decorrer das séries.
De acordo com as diretrizes para prescrição
de exercícios para a perda de peso e prevenção
do reganho de peso corporal em adultos do ACSM
(American College of Sports Medicine),13
até o
momento, as evidências científicas existentes
na literatura não suportam que a prática de ER
seja eficaz para perda de peso, com ou sem res-
trição alimentar. No entanto, alguns estudos têm
sugerido que a prática regular dos ERs pode ser
eficaz na promoção da perda de peso em indiví-
duos obesos.14
Recentemente, em revisão sobre
o potencial clínico dos ERs no tratamento da
obesidade, Strasser e colaboradores15
demons-
traram que a prática dos ERs esteve associada
com uma diminuição da massa de gordura e um
concomitante aumento da massa corporal magra
e, portanto, com pouca ou nenhuma mudança
efetiva no peso corporal.
Embora os efeitos dos ERs sobre a massa
corporal total e a composição corporal possam ser
modestos, a prática dos ERs tem sido associada
com melhorias em fatores de risco cardiovascular
na ausência de perda de peso significativa.
Há ainda estudos que demonstram redução
no colesterol total, no LDL-c (Low Density
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
v.13, n. 1, jan/mar 2014 73
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade:
aspectos fisiológicos e metodológicos
Lipoprotein cholesterol), nos TG e aumento no
HDL-c (High-density Lipoprotein cholesterol),
além de melhora na sensibilidade à insulina e
redução nas concentrações de insulina plasmática
glicose-estimulada.16
Recentemente, evidências têm sugerido
que programas de ER supervisionados, desde
que sejam bem elaborados, podem ser tão
ou mais seguros do que muitos esportes de
contato ou de alto impacto, principalmente
para crianças e adolescentes.17
Dessa forma,
o treinamento da força muscular foi incluído
como um componente essencial de aptidão física
nas recentes recomendações de jovens para
a prática de atividade física.18
Alguns estudos
realizados com crianças e adolescentes têm
demonstrado alterações positivas em seus perfis
metabólicos, independentemente da perda de
peso ou até alterações na composição corporal.19-21
Benson e colaboradores19
realizaram uma revisão
sistemática com objetivo de investigar o efeito
dos ERs sobre o perfil metabólico de crianças
e adolescentes, na qual foram incluídos 12
estudos de intervenção com ER. Os autores não
observaram diferenças significativas para o IMC,
composição corporal, colesterol total, LDL-c,
HDL-c e TG. No entanto, foram demonstradas
melhorias para a glicemia de jejum e sensibilidade
à insulina, independentemente de mudanças na
composição corporal.
Em outro estudo, Van der Heijden e colabo-
radores21
reportaram aumento na força muscular,
massa corporal magra, sensibilidade à insulina e
redução na taxa de produção de glicose após 12
semanas de intervenção exclusivamente com ER
em adolescentes obesos. Em contraste, a mesma
intervenção não foi capaz de promover mudanças
na gordura total, visceral, hepática e intramioce-
lular dessa população.
Em recente revisão, Dietz e colaboradores20
investigaram o efeito da prática exclusiva de ER
sobre a composição corporal e fatores de risco
cardiovasculares. Dos seis estudos incluídos na
revisão, quatro reportaram mudanças significa-
tivas na composição corporal, com aumento da
massa magra e IMC e diminuição na massa de gor-
dura. Três estudos analisaram o efeito da prática
dos ER sobre os fatores de risco cardiovascular,
e apenas um demonstrou redução significativa
na PA sistólica.
Os dados relacionados ao efeito de um trei-
namento exclusivo com ER em crianças e adoles-
centes obesos ainda permanecem inconclusivos.
Estudos randomizados controlados ainda são
insuficientes para definir a prescrição de um pro-
grama de ER com eficácia clínica para prevenção
e tratamento de doenças cardiometabólicas nessa
população.
Exercícios aeróbios e obesidade
Os benefícios da prática de atividade física ou
engajamento em programas de exercício físico,
acarretando mudanças no estilo de vida seden-
tário, estão bem documentados na literatura,
constituindo importante intervenção no trata-
mento da obesidade.22
Outro fator primordial na
tentativa de reversão do quadro da obesidade é a
modificação dos padrões alimentares. Portanto, é
fácil de pensar que dietas hipocalóricas parecem
ser a melhor medida adotada para quem deseja
perder peso. No entanto, a associação de ingestão
alimentar balanceada com aumento relevante do
dispêndio energético diário total parece ser ainda
mais benéfica, pois além de uma redução da massa
gorda, há uma manutenção da massa magra.23
O exercício aeróbio vem sendo amplamente
utilizado em programas de emagrecimento como
forma de exercício físico mais eficaz para perda
de massa corporal, principalmente da massa de
gordura. Isto se justifica pelo aumento do deficit
energético gerado por tal exercício, tanto durante
como após o término do mesmo. O aumentado
consumo de oxigênio mesmo após o término do
esforço (EPOC) é um dos fatores positivos do
exercício aeróbio em relação à perda e/ou ma-
nutenção do peso corporal.
Imediatamente após o término do exercício
aeróbio, um EPOC rápido parece acontecer de-
corrente da ressíntese de ATP-CP, da remoção
do lactato sanguíneo, do aumento na tempera-
tura corporal e do metabolismo lipídico. Este
consumo de oxigênio parece ainda permanecer
aumentado por horas (EPOC lento) decorrente
principalmente do ciclo dos triglicerídeos/ácidos
graxos. Porém, a magnitude e duração do EPOC
parecem ser relacionadas linearmente com o
tempo e exponencialmente com a intensidade do
esforço.24
Em resumo, exercícios aeróbios de alta
intensidade e longa duração parecem promover
74 revista.hupe.uerj.br
um maior gasto energético e, além disso, podem
causar aumento da aptidão cardiorrespiratória
(VO2
máx – consumo máximo de oxigênio).
Outro fator positivo do EA sobre a obesidade
se dá pela estreita relação entre o impacto deste
sobre a ingestão alimentar e queima de gordura,
pois o trabalho corporal requer energia forne-
cida pelos nutrientes para que haja restauração
dos estoques de combustível, com o propósito
da continuidade do funcionamento das funções
corporais.25
Whybrow e colaboradores26
analisaram o
efeito do exercício aeróbio em diferentes intensi-
dades verificadas em grupos que não realizaram
nenhum exercício (grupo controle) e grupos que
realizaram exercícios com moderada e elevada
intensidades, sobre o apetite, ingestão alimen-
tar, dispêndio e balanço energético em homens
e mulheres. Os autores constataram que o dis-
pêndio energético gerado pelo exercício aeróbio
começa a ser compensado ou contrabalanceado
pela ingestão alimentar, num curso de uma a duas
semanas. Nesse sentido, mais recentemente, King
e colaboradores27
esclareceram que o efeito do
EA sobre a regulação do apetite envolveria um
aumento em todos os sinais orexígenos e um
concomitante aumento na eficiência de sinais
de saciedade. No entanto, os mesmos autores
alegaram que estes processos não operam com
a mesma força e eficácia em todos os indivíduos
praticantes de exercícios. Juntas, as forças destes
dois processos podem determinar se indivíduos
perderão peso com a prática de exercício, ou se
o peso corporal será mantido através do efeito
compensatório do aumento da ingestão alimentar
após a sessão de exercício aeróbio.
Em relação às respostas compensatórias ao
deficit energético gerado pelo exercício aeróbio,
King e colaboradores28
sugeriram que a influên-
cia das respostas compensatórias metabólicas
(respostas automáticas ou obrigatórias, como a
taxa metabólica de repouso e o dispêndio ener-
gético gerado por outras atividades fisiológicas)
e comportamentais (respostas voluntárias ou
facultativas, como a ingestão alimentar) seria um
ponto-chave no tocante à barreira para perda de
peso induzida pela prática de exercício aeróbio.
As respostas compensatórias comportamentais
possuiriam maior poder influenciador sobre o ba-
lanço energético do que as respostas metabólicas.
Portanto, as contribuições do exercício físico nas
perturbações ao balanço energético são menos
expressivas do que as contribuições dadas por
meio da ingestão alimentar.29
No tocante às variações do EA destinadas
à perda ou manutenção do peso corporal, o EA
intervalado de alta intensidade (High-intensity
Interval Training - HIIT) tem ganhado bastante
notoriedade nos últimos anos. Os HIITs são uma
forma aperfeiçoada de treinamento intervalado
que utilizam estratégias de alternância entre cur-
tos períodos de exercícios intensos com períodos
de recuperação ativa. Esta modalidade de trei-
namento físico, quando comparada ao exercício
aeróbio contínuo tradicional, vem apresentando
satisfatórios resultados sobre o desempenho
físico, bem como um aumentado metabolismo de
glicose, ao mesmo tempo que favorece a oxidação
lipídica e consequentemente o rápido emagreci-
mento.30,31
Além disso, Gremeaux e colaborado-
res32
relataram que os HIITs vêm demonstrando
ser uma forma segura, eficiente e bem tolerada
por indivíduos normoponderais e obesos, com
taxas de 97% de aderência e nenhum evento ad-
verso contabilizado durante o treinamento físico
nestas populações.
A partir das evidências acima expostas, pare-
ce que o efeito de sessões agudas de exercícios
aeróbios sobre o gasto calórico e emagrecimento
depende extremamente da intensidade do exercí-
cio empregado. Exercícios aeróbios com intensi-
dades de moderada a extenuante (>60%VO2
máx)
parecem ser mais eficazes no tocante ao efeito
supressor da ingestão alimentar, bem como so-
bre a magnitude do dispêndio energético gerado
durante e após o exercício. Além disso, os exer-
cícios intervalados de alta intensidade parecem
ser uma excelente estratégia para otimização dos
resultados em um programa de emagrecimento.
Recomendações para a prescrição
do exercício em obesos
Como já destacado, sobrepeso e obesidade
estão relacionados a diversas doenças crônicas
incluindo-se as doenças cardiovasculares, o DM2,
diversas formas de câncer, além de numerosos
problemas musculoesqueléticos. Associados a
estes, somam-se ainda problemas de ordem psi-
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
v.13, n. 1, jan/mar 2014 75
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade:
aspectos fisiológicos e metodológicos
cológica como a depressão e a ansiedade, entre
outros.13
Se por um lado diversas doenças estão asso-
ciadas ao excesso de peso, a prática regular do
exercício está relacionada à redução ou controle
desta condição, e consequentemente, à promoção
da saúde. Contudo, para que um programa de
exercícios exerça um papel positivo no controle
do peso corporal, ele deve ser prescrito com
bases metodológicas consistentes, envolvendo
os seguintes componentes: duração do esforço,
intensidade do esforço, frequência semanal das
atividades, tipo de atividade executada e forma de
progressão do treinamento. Estes componentes
devem ser organizados de modo a provocar um
balanço energético negativo e uma melhora na
composição corporal dos praticantes, incluindo-
-se a redução da gordura corporal e o aumento
da massa corporal magra.23
Como destacado pelo ACSM,13
a quantidade
de atividade física que poderá ser necessária
para preservar a perda de peso e prevenir a re-
cuperação do mesmo deve envolver as seguintes
considerações:
1 – a modalidade de atividade deve ser pre-
ferencialmente aeróbia, que envolva grandes
grupamentos musculares, seja simples e,
preferencialmente, possa ser mantida durante
um maior período. Nesse caso, atividades
como a caminhada, o ciclismo estacionário
ou ao ar livre e a corrida são preconizadas.
Outras atividades como patinação, natação
e remo podem ser realizadas. Contudo, por
exigirem maior técnica para sua execução,
necessitam de maior período de tempo para
o aprendizado, o que pode desencorajar os
praticantes. O acréscimo do trabalho contra
resistência também deve ser encorajado de-
vido aos seus efeitos positivos nas estruturas
da composição corporal (gordura corporal e
principalmente massa corporal magra) e na
aptidão física geral, destacando-se aí a força
e a resistência muscular;
2 – a frequência semanal de treinamento
deve ser de cinco a sete dias. Em alguns
casos, pode-se iniciar a prescrição com uma
frequência de três dias e, com a evolução do
condicionamento, evoluir para sete dias na se-
mana. É importante destacar que a frequência
do treinamento está estritamente relacionada
à duração e intensidade do esforço. O soma-
tório desses aspectos, associado às respostas
individuais do praticante, é que norteou o de-
lineamento da frequência semanal trabalhada;
3 – inicialmente, levando-se em conta que
os indivíduos geralmente não são bem con-
dicionados, a duração das atividades deve
ser de 30 minutos. Com o aprimoramento
do condicionamento, deve-se buscar atingir
60 minutos de atividades físicas diárias. Os
adultos com sobrepeso e obesidade podem
acumular essa quantidade de atividade em
múltiplas sessões de dez minutos de duração
ou através de aumentos em outras formas de
atividades relacionadas ao estilo de vida com
intensidade moderada. Em alguns casos, para
que ocorram perdas mais significativas do
peso corporal, programas com duração de
60 a 90 minutos ao dia podem ser realizados;
4 – para indivíduos mal condicionados que
estão iniciando um programa de exercícios,
a intensidade do esforço deve ser baixa ou
moderada. Nesse sentido, preconiza-se
adotar 40 a 60% do consumo de oxigênio de
reserva (VO2
R) ou da frequência cardíaca
de reserva (FCR). A progressão para uma
intensidade mais elevada deve ser alvo
com a evolução do condicionamento. Nes-
se caso, deve-se trabalhar em uma faixa de
esforço entre 50 a 75% do VO2
R ou da FCR. A
percepção do esforço é outro indicador de in-
tensidade que pode ser usado para quantificar
a intensidade do exercício aeróbio, devido a
sua praticidade e relação com o VO2
R e a FCR.
Nesse caso, deve-se trabalhar numa faixa com
variação de quatro a sete em uma escala de
dez pontos.33
É importante destacar que o
sucesso da aplicação da Escala de Borg está
relacionado à ambientação do indivíduo com
sua utilização para uma dada modalidade de
atividade (por exemplo: caminhada, bicicleta
etc). Por isso, uma pessoa treinada em usar
a escala no cicloergômetro, não obrigatoria-
mente a usará corretamente na corrida ou
na natação;
5 – a progressão do treinamento é um aspec-
to muito individual e depende do somatório
76 revista.hupe.uerj.br
envolvendo frequência, duração e intensidade
do esforço. Como regra básica, pode-se as-
sumir que um indivíduo, ao perceber que o
esforço imposto por uma sessão de exercícios
não está forte, pode aumentar ligeiramente
este esforço na sessão seguinte e assim por
diante. Outraformabastanteeficientedesetra-
balharparaaumentarasobrecargadetreinamen-
toéalternarsessõesdeintensidademaiselevada
e menor duração com sessões de intensidade
menos elevada e maior duração, ao longo da se-
mana.O importante é progredir na frequência,
duração e intensidade do esforço conforme
o praticante for se adaptando às sessões
anteriores. Como destacado por McArdle e
colaboradores,23
progressões excessivamente
rápidas revelam-se contraproducentes, pois a
maioria dos indivíduos com excesso de peso
se opõe a esse tipo de progressão no início.
Além disso, progressões muito acentuadas
podem tornar o exercício menos prazeroso,
o que pode levar à redução na adesão aos
programas de exercícios.13
No que diz respeito ao trabalho contra resis-
tência, as variáveis de prescrição do treinamento
são as seguintes: seleção dos exercícios, número
de séries, número de repetições por série, cargas
utilizadas, intervalos entre séries e exercícios,
frequência semanal e forma de condução do
treinamento. Assim como no trabalho aeróbio, o
resultado alcançado depende da forma pela qual
as variáveis serão combinadas. Logo, os objeti-
vos com a prescrição e o condicionamento do
praticante determinarão a melhor combinação.
Antes de falar especificamente de cada variável
de prescrição é importante ressaltar que as nor-
mas de prescrição existentes são preconizadas
para indivíduos que desejam aprimorar a aptidão
física geral e, por isso, também se aplicam aos
indivíduos obesos ou com sobrepeso.
Na seleção dos exercícios, geralmente são
executados aqueles que recrutam os principais
grupamentos musculares acionados nas ativida-
des cotidianas. Em geral, de oito a 12 exercícios
são executados para grupamentos musculares
variados.13
Dentre os mais utilizados, destacamos
o desenvolvimento supino, a puxada pela frente,
as remadas altas e ao peito, o desenvolvimento
pela frente, as cadeiras extensora e flexora,
adutora e abdutora, o leg press e os abdominais.
Exercícios mais específicos envolvendo menores
grupamentos musculares como roscas, bíceps e
tríceps e a flexão plantar também são muito usa-
dos. Uma descrição desses exercícios, bem como
alguns cuidados a serem adotados na execução
dos mesmos podem ser vistos em literatura com-
plementar.34
Como os exercícios contra resistên-
cia geralmente são realizados na mesma sessão
em que os exercícios aeróbios, a quantidade de
exercícios realizada poderá sofrer influência das
características e do tempo destinado à prescrição
do treinamento aeróbio.
Quanto ao número de séries, geralmente
são conduzidas de duas a quatro. Essas séries
poderão ser derivadas do mesmo exercício ou
de uma combinação de exercícios que incidam
no mesmo grupamento muscular.13
Indivíduos
mal condicionados, em alguns casos, podem
começar o programa de treinamento executando
de uma a duas séries, mas na prática, isso não é
muito comum. As repetições máximas em cada
série variam de 8 a 12. Essa faixa é amplamente
empregada devido às possibilidades de obtenção
da força e resistência muscular. Contudo, res-
saltamos que em uma fase de aprendizado do
exercício, o conceito de repetição máxima não
necessita ser enfatizado. Nesse caso, repetições
submáximas podem ser realizadas e, a partir do
momento em que o aprendizado for efetivado, o
praticante passará a trabalhar adotando repeti-
ções máximas nas séries.
As cargas usadas dependem do número de
repetições máximas realizadas e, geralmente,
situam-se entre 60 e 80% de uma repetição má-
xima (1 RM). Os intervalos entre séries e exercí-
cios, comumente, variam de dois a três minutos
e devem ser aplicados de modo a promover uma
adequada recuperação para realização das séries
subsequentes com as repetições propostas.34
Logo, uma variação mais ou menos acentuada na
duração dos intervalos pode ser verificada nas
primeiras ou últimas séries realizadas em um dado
exercício, assim como em exercícios para distintos
grupamentos musculares.
No que concerne à forma de condução, o
treinamento pode ser realizado através de vários
sistemas. Monteiro e Farinatti34
descrevem certos
aspectos metodológicos da aplicação de alguns
sistemas, cujas principais características são des-
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
v.13, n. 1, jan/mar 2014 77
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade:
aspectos fisiológicos e metodológicos
critas a seguir. Um dos sistemas mais tradicionais
consiste em realizar os exercícios na forma de
circuito. Nesse sistema, os exercícios são realiza-
dos sequencialmente, com pouco intervalo entre
cada um (geralmente 30 segundos a 1 minuto). Em
alguns casos, quando os grupamentos musculares
são variados de um exercício para o outro, pode-
-se realizar a sequência sem intervalos. Contudo,
no caso dos indivíduos obesos ou com sobrepeso,
seria prudente aplicar ao menos um pequeno
intervalo entre os exercícios para evitar a fadiga
e não desmotivar os praticantes. Outra forma de
trabalho bastante usual consiste no sistema de
séries múltiplas, no qual ao menos três séries
são realizadas para cada exercício. A sequência
de aplicação dos exercícios nesse sistema pode
ser bem variada. Podem ser realizadas séries em
sequência para um mesmo exercício (ou exercícios
distintos para um mesmo grupamento muscular),
com intervalos de dois a três minutos. Quando
essa forma de trabalho é aplicada, intervalos de
dois a três minutos devem ser executados para
evitar a fadiga na musculatura exercitada. Na
realidade, uma boa estratégia para estabelecer
os intervalos entre séries e exercícios consiste na
utilização da percepção do esforço do praticante.
Quando ele se sentir apto, uma nova série será
então realizada. Alternar os segmentos também é
uma boa estratégia de trabalho para os praticantes
que executam o sistema de séries múltiplas, nota-
damente os obesos que iniciam o treinamento ou
aqueles que não são bem condicionados. Nesse
caso, pode-se conduzir o trabalho de forma alter-
nada por segmento corporal (por exemplo: primei-
ro exercícios para braços e depois exercícios para
pernas ou abdômen), ou agonista-antagonista (por
exemplo: primeiro exercício para o quadríceps e
depois para os músculos posteriores da coxa). Os
intervalos entre séries e exercícios podem ser de
dois a três minutos, mas, como já dito, isso pode
ficar a cargo do praticante em função da percep-
ção do esforço após a realização de cada série.
Como descrito, a perda de peso envolve
um aspecto multifatorial, cujas recomendações
extrapolam a redução no aporte calórico e o
aumento no gasto energético. É importante que
recomendações comportamentais sejam adicio-
nadas para o sucesso no programa de exercícios.
Com esse propósito, o ACSM13
propôs algumas
recomendações:
•	 incorporar oportunidades para melhorar
a comunicação entre os profissionais da
assistência de saúde, os nutricionistas,
os profissionais do exercício e as pessoas
com sobrepeso e obesidade após o perí-
odo inicial de perda de peso;
•	 ter como alvo uma mudança nos com-
portamentos alimentar e relacionados ao
exercício, pois as mudanças sustentadas
em ambos resultam em uma perda de
peso significativa em longo prazo;
•	 ter como alvo uma redução na ingestão
de 500 a 1.000 kcal/dia para conseguir
a perda de peso. Essa redução deve ser
combinada com uma diminuição de 30%
na gordura ingerida;
•	 ter como alvo um aumento progressivo
para um mínimo de 150 min/semana de
atividade física de intensidade moderada
para aprimorar os benefícios de saúde e
aptidão física para os adultos com sobre-
peso e obesos;
•	 progredir para quantidades mais altas de
exercício (de 200 a 300 min/semana ou
maior ou igual a 2.000 kcal/semana) de
atividade física para promover o controle
do peso em longo prazo;
•	 incorporar as estratégias de modifica-
ção comportamental, a fim de facilitar a
adoção e a manutenção das mudanças
desejadas no comportamento.
Conclusões
O exercício físico tem sido destacado como
importante elemento na abordagem não far-
macológica para o tratamento e prevenção da
obesidade. Diversos estudos têm demonstrado
que a prática sistemática do exercício atua po-
sitivamente na redução do peso corporal e nos
fatores de risco associados. Tanto os exercícios
aeróbios quanto os resistidos vêm sendo apon-
tados como elementos fundamentais em um
programa de exercício direcionado ao controle
do peso corporal. Contudo, para que os exercícios
possam promover benefícios, sua prescrição deve
ser realizada com bases metodológicas consis-
tentes. No caso dos indivíduos obesos ou com
78 revista.hupe.uerj.br
sobrepeso, as normas de prescrição do exercício
não são muito diferentes em relação à utilizada em
indivíduos eutróficos. As diferenças recaem nos
cuidados a serem adotados, visto as comorbidades
associadas à obesidade. Em geral, a prescrição
do exercício envolve a manipulação de variáveis,
incluindo-se a modalidade, a frequência semanal,
o volume e a intensidade do esforço, bem como
a forma de progressão do treinamento. A estru-
turação das variáveis deve ser específica para
cada indivíduo, levando-se em conta seu estado
clínico e de treinamento. Além disso, deve-se
considerar as respostas apresentadas ao longo do
treinamento. Seguindo esses passos, o exercício
proporcionará efeitos positivos não somente no
controle do peso corporal, mas também na pro-
moção da saúde.
Referências
1.	 Godoy-Matos AF. Síndrome Metabólica. 1ª ed. São
Paulo: Editora Atheneu; 2005. 356 p.
2.	Rutkowski JM, Davis KE, Scherer PE. Mechanisms
of obesity and related pathologies: the macro- and
microcirculation of adipose tissue. FEBS J. 2009
Oct;276(20):5738-46. http://dx.doi.org/10.1111
/j.1742-4658.2009.07303.
3.	Hauner H. The new concept of adipose tissue func-
tion. Physiol Behav. 2004 Dec;83(4):653-8. http://
dx.doi.org/10.1016/j.physbeh.2004.09.016.
4.	Nieves DJ, Cnop M, Retzlaff B, Walden CE, Brunzell
JD, Knopp RH, et al. The atherogenic lipoprotein pro-
file associated with obesity and insulin resistance is
largely attributable to intra-abdominal fat. Diabetes.
2003 Jan;52(1):172-9.
5.	Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2009: vigilância
de fatores de risco e proteção para doenças crônicas
por inquérito telefônico. Brasília, DF: Ministério da
Saúde; 2010.
6.	Donnelly JE, Blair SN, Jakicic JM, Manore MM, Rankin
JW, Smith BK, et al. American College of Sports Med-
icine Position Stand. Appropriate physical activity in-
tervention strategies for weight loss and prevention
of weight regain for adults. Med Sci Sports Exerc.
2009 Feb;41(2):459-71. http://dx.doi.org/10.2337/dia-
betes.52.1.172.
7.	Pollock ML, Franklin BA, Balady GJ, Chaitman BL,
Fleg JL, Fletcher B, et al. AHA Science Advisory.
Resistance exercise in individuals with and without
cardiovascular disease: benefits, rationale, safety,
and prescription: An advisory from the Committee
on Exercise, Rehabilitation, and Prevention, Council
on Clinical Cardiology, American Heart Association;
Position paper endorsed by the American College of
Sports Medicine. Circulation. 2000 Feb;101(7):828-
33. http://dx.doi.org/10.1161/01.CIR.101.7.828.
8.	Fitzgerald SJ, Barlow CE, Kampert JB, Morrow Jr. JR,
Jackson AW, Blair SN. Muscular fitness and allcause
mortality: prospective observations. J Phys Act
Health. 2004;1:7-18.
9.	Jurca R, Lamonte MJ, Barlow CE, Kampert JB, Church
TS, Blair SN, et al. Association of muscular strength
with incidence of metabolic syndrome in men. Med
Sci Sports Exerc. 2005 Nov;37(11):1849-55. http://
dx.doi.org/10.1249/01.mss.0000175865.17614.74.
10.	 Kraemer WJ, Ratamess NA. Fundamentals of resist-
ance training: progression and exercise prescription.
Med Sci Sports Exerc. 2004 Apr;36(4):674-88.
11.	 Poehlman ET, Dvorak RV, DeNino WF, Brochu M,
Ades PA. Effects of resistance training and endur-
ance training on insulin sensitivity in nonobese,
young women: a controlled randomized trial. J Clin
Endocrinol Metab. 2000 Jul;85(7):2463-8. http://dx.
doi.org/10.1210/jc.85.7.2463.
12.	 Farinatti PT, Castinheiras Neto AG. The effect of be-
tween-set rest intervals on the oxygen uptake during
and after resistance exercise sessions performed
with large- and small-muscle mass. J Strength Cond
Res. 2011 Nov;25(11):3181-90. http://dx.doi.org/10.1519/
JSC.0b013e318212e415.
13.	 ACSM. Diretrizes do American College of Sports
Medicine para os testes de esforço e sua prescrição.
8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. 272
p.
14.	 Rice B, Janssen I, Hudson R, Ross R. Effects of
aerobic or resistance exercise and/or diet on glucose
tolerance and plasma insulin levels in obese men.
Diabetes Care. 1999 May;22(5):684-91.
15.	 Strasser B, Schobersberger W. Evidence for re-
sistance training as a treatment therapy in obe-
sity. J Obes. 2011;2011.pii:482564. http://dx.doi.
org/10.1155/2011/482564.
16.	 Fenkci S, Sarsan A, Rota S, Ardic F. Effects of resist-
ance or aerobic exercises on metabolic parameters
in obese women who are not on a diet. Adv Ther.
2006 May-Jun;23(3):404-13.
17.	 Faigenbaum AD. Strength training for children and
adolescents. Clin Sports Med. 2000 Oct;19(4):593-
619.
18.	 Strong WB, Malina RM, Blimkie CJ, Daniels SR,
Dishman RK, Gutin B, et al. Evidence based
physical activity for school-age youth. J Pediatr.
2005 Jun;146(6):732-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.
jpeds.2005.01.055.
19.	 Benson AC, Torode ME, Fiatarone Singh MA. Effects
of resistance training on metabolic fitness in children
and adolescents: a systematic review. Obes Rev.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
v.13, n. 1, jan/mar 2014 79
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade:
aspectos fisiológicos e metodológicos
2008 Jan;9(1):43-66. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-
789X.2007.00388.x.
20.	Dietz P, Hoffmann S, Lachtermann E, Simon P.
Influence of exclusive resistance training on body
composition and cardiovascular risk factors in
overweight or obese children: a systematic review.
Obes Facts. 2012 Jul;5(4):546-60. http://dx.doi.
org/10.1159/000341560.
21.	 Van der Heijden GJ, Wang ZJ, Chu Z, Toffolo G, Ma-
nesso E, Sauer PJ, et al. Strength exercise improves
muscle mass and hepatic insulin sensitivity in obese
youth. Med Sci Sports Exerc. 2010 Nov;42(11):1973-
80. http://dx.doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181df16d9.
22.	Jakicic JM, Otto AD. Physical activity considerations
for the treatment and prevention of obesity. Am J
Clin Nutr. 2005 Jul;82(1 Suppl):226S-9S
23.	McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do Ex-
ercício - Energia, Nutrição e Desempenho Humano.
7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. 1172 p.
24.	Lima-Silva AE, Pires FO, Bertuzzi R. Excesso de
oxigênio consumido pós-esforço: possíveis me-
canismos fisiológicos. Rev Educ Fís/UEM. 2010
Set;21(3):563-75. http://dx.doi.org/10.4025/
reveducfis.v21i3.6283
25.	Melzer K, Kayser B, Saris WH, Pichard C. Effects
of physical activity on food intake. Clin Nutr. 2005
Dec;24(6):885-95. http://dx.doi.org/10.1016/j.
clnu.2005.06.003
26.	Whybrow S, Hughes DA, Ritz P, Johnstone AM, Hor-
gan Gw, King N, et al. The effect of an incremental
increase in exercise on appetite, eating behaviour
and energy balance in lean men and women feeding
ad libitum. Br J Nutr. 2008 Nov;100(5):1109-15. http://
dx.doi.org/10.1017/S0007114508968240
27.	King NA, Caudwell PP, Hopkins M, Stubbs JR,
Naslund E, Blundell JE. Dual-process action of
exercise on appetite control: increase in orexigen-
ic drive but improvement in meal-induced satiety.
Am J Clin Nutr. 2009 Oct;90(4):921-7. http://dx.doi.
org/10.3945/ajcn.2009.27706
28.	King NA, Hester J, Gately PJ. The effect of a medi-
um-term activity- and diet-induced energy deficit on
subjective appetite sensations in obese children. Int
J Obes (Lond). 2007 Feb;31(2):334-9. http://dx.doi.
org/10.1038/sj.ijo.0803391
29.	Blundell JE, Finlayson G. Is susceptibility to weight
gain characterized by homeostatic or hedonic risk
factors for overconsumption? Physiol Behav. 2004
Aug;82(1):21-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.phys-
beh.2004.04.021
30.	Perry CG, Heigenhauser GJ, Bonen A, Spriet LL.
High-intensity aerobic interval training increases
fat and carbohydrate metabolic capacities in human
skeletal muscle. Appl Physiol Nutr Metab. 2008
Dec;33(6):1112-23. http://dx.doi.org/10.1139/H08-097
31.	 Talanian JL, Galloway SD, Heigenhauser GJ, Bonen
A, Spriet LL. Two weeks of high-intensity aero-
bic interval training increases the capacity for fat
oxidation during exercise in women. J Appl Physiol.
2007 April;102(4):1439-47. http://dx.doi.org/10.1152/
japplphysiol.01098.2006.
32.	Gremeaux V, Drigny J, Nigam A, Juneau M, Guilbeault
V, Latour E, et al. Long-term lifestyle intervention
with optimized high-intensity interval training im-
proves body composition, cardiometabolic risk, and
exercise parameters in patients with abdominal obe-
sity. Am J Phys Med Rehabil. 2012 Nov;91(11):941-50.
http://dx.doi.org/10.1097/PHM.0b013e3182643ce0.
33.	Borg G. Borg’s Perceived Exertion and Pain Scales.
Champaign: Human Kinectics; 1998. 104 p.
34.	Monteiro W, Farinatti PTV. Aspectos fisiológicos
e metodológicos da prescrição do exercício para
idosos: força e flexibilidade. In: Farinatti PTV, editor.
Envelhecimento, promoção da saúde e exercício:
bases teóricas e metodológicas. São Paulo: Manole,
2008. p.131-61.
Recebido:	04/09/2013.
Revisado:	26/11/2013.
Aprovado:	04/02/2014.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Exercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaExercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaDanilo Joenck
 
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...Van Der Häägen Brazil
 
Alimentação saudavel
Alimentação saudavelAlimentação saudavel
Alimentação saudavelKeylla Tayne
 
Obesidade e Atividade Física
Obesidade e Atividade FísicaObesidade e Atividade Física
Obesidade e Atividade FísicaBruna Alencar
 
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinar
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinarObesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinar
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinarVan Der Häägen Brazil
 
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...Van Der Häägen Brazil
 
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidade
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidadeObesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidade
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidadeVan Der Häägen Brazil
 
Transtornos do Metaabolismo Energético - Obesidade
Transtornos do Metaabolismo Energético - ObesidadeTranstornos do Metaabolismo Energético - Obesidade
Transtornos do Metaabolismo Energético - ObesidadeMAURILIO LUIELE
 
Um quebra cabeça chamado obesidade ii
Um quebra cabeça chamado obesidade iiUm quebra cabeça chamado obesidade ii
Um quebra cabeça chamado obesidade iiDaniela Souza
 
2º ano obesidade x nutrição e colesterol
2º ano obesidade  x  nutrição e colesterol2º ano obesidade  x  nutrição e colesterol
2º ano obesidade x nutrição e colesterolTony
 
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARB
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARBBENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARB
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARBMarcio Rodrigues
 
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeUm quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeDaniela Souza
 
A Resistência à Insulina é Base Síndrome Metabólica
A Resistência à Insulina é Base Síndrome MetabólicaA Resistência à Insulina é Base Síndrome Metabólica
A Resistência à Insulina é Base Síndrome MetabólicaVan Der Häägen Brazil
 
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viral
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viralObesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viral
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viralVan Der Häägen Brazil
 
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...Van Der Häägen Brazil
 
Avalliação do-estado-nutricional-de-idosos
Avalliação do-estado-nutricional-de-idososAvalliação do-estado-nutricional-de-idosos
Avalliação do-estado-nutricional-de-idososNara Barros
 

Was ist angesagt? (20)

Exercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaExercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolica
 
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...
Obesidade uma disfunção séria tratada como uma doença simplista,como a obesid...
 
12
1212
12
 
Alimentação saudavel
Alimentação saudavelAlimentação saudavel
Alimentação saudavel
 
Obesidade e Atividade Física
Obesidade e Atividade FísicaObesidade e Atividade Física
Obesidade e Atividade Física
 
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinar
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinarObesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinar
Obesidade é uma doença multifatorial e exige tratamento multidisciplinar
 
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...
Obesidade intra visceral caminhamos para conceito unissex de desastre anuncia...
 
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidade
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidadeObesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidade
Obesidade e desenvolvimento síndrome metabólica quão devastadora é a obesidade
 
Transtornos do Metaabolismo Energético - Obesidade
Transtornos do Metaabolismo Energético - ObesidadeTranstornos do Metaabolismo Energético - Obesidade
Transtornos do Metaabolismo Energético - Obesidade
 
Natação e qv
Natação e qvNatação e qv
Natação e qv
 
Força e hipertensão
Força e hipertensãoForça e hipertensão
Força e hipertensão
 
Um quebra cabeça chamado obesidade ii
Um quebra cabeça chamado obesidade iiUm quebra cabeça chamado obesidade ii
Um quebra cabeça chamado obesidade ii
 
2º ano obesidade x nutrição e colesterol
2º ano obesidade  x  nutrição e colesterol2º ano obesidade  x  nutrição e colesterol
2º ano obesidade x nutrição e colesterol
 
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARB
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARBBENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARB
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA DIETA LOW CARB
 
Joana_Sedentarismo
Joana_SedentarismoJoana_Sedentarismo
Joana_Sedentarismo
 
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeUm quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
 
A Resistência à Insulina é Base Síndrome Metabólica
A Resistência à Insulina é Base Síndrome MetabólicaA Resistência à Insulina é Base Síndrome Metabólica
A Resistência à Insulina é Base Síndrome Metabólica
 
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viral
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viralObesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viral
Obesidade e uma possível ligação entre a obesidade e a infecção viral
 
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...
Obesidade visceral, abdominal e central em geral está associada à menopausa c...
 
Avalliação do-estado-nutricional-de-idosos
Avalliação do-estado-nutricional-de-idososAvalliação do-estado-nutricional-de-idosos
Avalliação do-estado-nutricional-de-idosos
 

Andere mochten auch

Grupo raquel v1
Grupo raquel v1Grupo raquel v1
Grupo raquel v1fcivic
 
Resolución Regional N°520 se establece mesa de trabajo entre el Gobierno...
Resolución  Regional N°520  se  establece  mesa de trabajo  entre el Gobierno...Resolución  Regional N°520  se  establece  mesa de trabajo  entre el Gobierno...
Resolución Regional N°520 se establece mesa de trabajo entre el Gobierno...Yorky Isaac Prada
 
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃONatalino das Neves Neves
 
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...danielcofre353
 
Pvn bаsico
Pvn bаsicoPvn bаsico
Pvn bаsicozeu1507
 
Dieta para personas bajas en fosforo
Dieta para personas bajas en fosforoDieta para personas bajas en fosforo
Dieta para personas bajas en fosforoArlett Ramirez
 
Andrea Sarango
Andrea SarangoAndrea Sarango
Andrea Sarangochiki24643
 
Copia de área de educación física
Copia de área de educación físicaCopia de área de educación física
Copia de área de educación físicamar19643
 
Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Giu Cidade
 
Actividad experimental 4 identificacion de cationes
Actividad experimental 4 identificacion de cationes Actividad experimental 4 identificacion de cationes
Actividad experimental 4 identificacion de cationes Needles Ramirez Demon
 
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYN
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYNEL PUCHERO DE MI MADRE EVELYN
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYNEvelyn Silva
 

Andere mochten auch (20)

Grupo raquel v1
Grupo raquel v1Grupo raquel v1
Grupo raquel v1
 
Resolución Regional N°520 se establece mesa de trabajo entre el Gobierno...
Resolución  Regional N°520  se  establece  mesa de trabajo  entre el Gobierno...Resolución  Regional N°520  se  establece  mesa de trabajo  entre el Gobierno...
Resolución Regional N°520 se establece mesa de trabajo entre el Gobierno...
 
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
2014 3 tri lição 12 - OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
 
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...
Caracterización del estado actual de conservación de la microcuenca “la banda...
 
Pvn bаsico
Pvn bаsicoPvn bаsico
Pvn bаsico
 
Dieta para personas bajas en fosforo
Dieta para personas bajas en fosforoDieta para personas bajas en fosforo
Dieta para personas bajas en fosforo
 
Valle inclan
Valle inclan Valle inclan
Valle inclan
 
O Livro dos Espiritos
O Livro dos EspiritosO Livro dos Espiritos
O Livro dos Espiritos
 
Licencia Creative Commons
Licencia Creative CommonsLicencia Creative Commons
Licencia Creative Commons
 
Andrea Sarango
Andrea SarangoAndrea Sarango
Andrea Sarango
 
Copia de área de educación física
Copia de área de educación físicaCopia de área de educación física
Copia de área de educación física
 
Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)
 
Camilo josé
Camilo josé Camilo josé
Camilo josé
 
Simuladão
SimuladãoSimuladão
Simuladão
 
Suicídios
SuicídiosSuicídios
Suicídios
 
Gandhi
Gandhi Gandhi
Gandhi
 
Actividad experimental 4 identificacion de cationes
Actividad experimental 4 identificacion de cationes Actividad experimental 4 identificacion de cationes
Actividad experimental 4 identificacion de cationes
 
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYN
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYNEL PUCHERO DE MI MADRE EVELYN
EL PUCHERO DE MI MADRE EVELYN
 
Apresentação dsb sfs
Apresentação dsb sfsApresentação dsb sfs
Apresentação dsb sfs
 
Rosita2
Rosita2Rosita2
Rosita2
 

Ähnlich wie 9808 38102-1-pb

Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.
Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.
Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.Van Der Häägen Brazil
 
Estudo onde mostra tabela prochaska
Estudo onde mostra tabela prochaskaEstudo onde mostra tabela prochaska
Estudo onde mostra tabela prochaskaSandro Lucas
 
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento Multidisciplinar
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento MultidisciplinarObesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento Multidisciplinar
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento MultidisciplinarVan Der Häägen Brazil
 
Trabalhos associados a um estilo de vida saudável
Trabalhos associados a um estilo de vida saudávelTrabalhos associados a um estilo de vida saudável
Trabalhos associados a um estilo de vida saudávelAdriana Duarte
 
A obesidade e a imagem do espelho
A obesidade e a imagem do espelhoA obesidade e a imagem do espelho
A obesidade e a imagem do espelhoelydef
 
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...Van Der Häägen Brazil
 
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...Van Der Häägen Brazil
 
Medicina / Case: Obesidade
Medicina / Case: ObesidadeMedicina / Case: Obesidade
Medicina / Case: ObesidadeZé Moleza
 
Dietas da moda artigo 2019
Dietas da moda artigo 2019Dietas da moda artigo 2019
Dietas da moda artigo 2019MariaTawany
 
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptx
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptxsedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptx
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptxTharykBatatinha
 
A Complexidade Metabólica não é Simplista
A Complexidade Metabólica não é SimplistaA Complexidade Metabólica não é Simplista
A Complexidade Metabólica não é SimplistaVan Der Häägen Brazil
 
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTE
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTEOBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTE
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTEVan Der Häägen Brazil
 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...kerenregina1
 
Obesidade CriançA E Adolescente
Obesidade CriançA E AdolescenteObesidade CriançA E Adolescente
Obesidade CriançA E Adolescentehudsonjunior
 

Ähnlich wie 9808 38102-1-pb (17)

Obessidade
ObessidadeObessidade
Obessidade
 
Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.
Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.
Obesidade infantil efeitos metabólicos do exercício físico uma visão atual.
 
Estudo onde mostra tabela prochaska
Estudo onde mostra tabela prochaskaEstudo onde mostra tabela prochaska
Estudo onde mostra tabela prochaska
 
A Obesidade
A ObesidadeA Obesidade
A Obesidade
 
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento Multidisciplinar
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento MultidisciplinarObesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento Multidisciplinar
Obesidade é uma Doença Multifatorial e exige Tratamento Multidisciplinar
 
Trabalhos associados a um estilo de vida saudável
Trabalhos associados a um estilo de vida saudávelTrabalhos associados a um estilo de vida saudável
Trabalhos associados a um estilo de vida saudável
 
Agressão da Obesidade em Nosso Corpo
Agressão da Obesidade em Nosso CorpoAgressão da Obesidade em Nosso Corpo
Agressão da Obesidade em Nosso Corpo
 
A obesidade e a imagem do espelho
A obesidade e a imagem do espelhoA obesidade e a imagem do espelho
A obesidade e a imagem do espelho
 
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...
Diabetes mellitus associado à obesidade abdominal,obesidade periférica e doen...
 
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...
A casualidade da obesidade interfere na saúde,índice de morbidade mortalidade...
 
Medicina / Case: Obesidade
Medicina / Case: ObesidadeMedicina / Case: Obesidade
Medicina / Case: Obesidade
 
Dietas da moda artigo 2019
Dietas da moda artigo 2019Dietas da moda artigo 2019
Dietas da moda artigo 2019
 
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptx
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptxsedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptx
sedentarismo e obesidade (1) SLIDES DO Rique (1).pptx
 
A Complexidade Metabólica não é Simplista
A Complexidade Metabólica não é SimplistaA Complexidade Metabólica não é Simplista
A Complexidade Metabólica não é Simplista
 
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTE
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTEOBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTE
OBESIDADE SEM CONTROLE ATUALIZAÇÃO RECENTE
 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...
 
Obesidade CriançA E Adolescente
Obesidade CriançA E AdolescenteObesidade CriançA E Adolescente
Obesidade CriançA E Adolescente
 

Mehr von Douglas Seijum Kohatsu

Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...
Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...
Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...Douglas Seijum Kohatsu
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercícioDouglas Seijum Kohatsu
 
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...Douglas Seijum Kohatsu
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercícioDouglas Seijum Kohatsu
 
2011 souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...
2011   souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...2011   souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...
2011 souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...Douglas Seijum Kohatsu
 
High intensity interval training cardiorespiratory adaptations, metabolic an...
High intensity interval training  cardiorespiratory adaptations, metabolic an...High intensity interval training  cardiorespiratory adaptations, metabolic an...
High intensity interval training cardiorespiratory adaptations, metabolic an...Douglas Seijum Kohatsu
 
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211Douglas Seijum Kohatsu
 
08172432 hurst rachel - final m sc by research submission
08172432   hurst rachel - final m sc by research submission08172432   hurst rachel - final m sc by research submission
08172432 hurst rachel - final m sc by research submissionDouglas Seijum Kohatsu
 

Mehr von Douglas Seijum Kohatsu (18)

biofotogrametria
biofotogrametriabiofotogrametria
biofotogrametria
 
Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...
Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...
Mitchell 2015 genetics of bone mass in childhood and adolescence effects of s...
 
0103 0582-rpp-32-03-0223
0103 0582-rpp-32-03-02230103 0582-rpp-32-03-0223
0103 0582-rpp-32-03-0223
 
02
0202
02
 
Document 2
Document 2Document 2
Document 2
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
 
02 07-2013 11-00-rbmv 007
02 07-2013 11-00-rbmv 00702 07-2013 11-00-rbmv 007
02 07-2013 11-00-rbmv 007
 
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...
Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance perf...
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
 
2011 souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...
2011   souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...2011   souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...
2011 souza et al - variáveis fisiológicas e neuromusculares associadas com ...
 
High intensity interval training cardiorespiratory adaptations, metabolic an...
High intensity interval training  cardiorespiratory adaptations, metabolic an...High intensity interval training  cardiorespiratory adaptations, metabolic an...
High intensity interval training cardiorespiratory adaptations, metabolic an...
 
Pages from-apes-za-na-email-28
Pages from-apes-za-na-email-28Pages from-apes-za-na-email-28
Pages from-apes-za-na-email-28
 
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211
Highintensity interval-training-and-obesity-2165-7025-211
 
Clark mtsu 0170_n_10293
Clark mtsu 0170_n_10293Clark mtsu 0170_n_10293
Clark mtsu 0170_n_10293
 
Briseboisc2
Briseboisc2Briseboisc2
Briseboisc2
 
Bonato et al., 2014
Bonato et al., 2014Bonato et al., 2014
Bonato et al., 2014
 
08172432 hurst rachel - final m sc by research submission
08172432   hurst rachel - final m sc by research submission08172432   hurst rachel - final m sc by research submission
08172432 hurst rachel - final m sc by research submission
 
Sistema nervoso central
Sistema nervoso centralSistema nervoso central
Sistema nervoso central
 

Kürzlich hochgeladen

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxKarineRibeiro57
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratoriolaissacardoso16
 

Kürzlich hochgeladen (6)

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 

9808 38102-1-pb

  • 1. 70 revista.hupe.uerj.br Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos Physical exercises as a strategy to prevent and to treat obesity: physiological and methodological aspects Ingrid B. F. Dias, Rafael A. Montenegro, Walace D. Monteiro* Resumo A obesidade tem assumido proporções epidêmicas em vários países no mundo, incluindo o Brasil, onde também tem sido considerada um importante problema de saúde pública. A doença é caracterizada pelo acúmulo indevido de gordura em todos os sítios de depósito. Na etiologia da obesidade, encontram-se fatores cujas origens podem estar vinculadas a características genéticas, nutricionais, endócrinas, hipotalâmicas, farmacológicas, ambientais e comportamentais (principalmente a inatividade física), que se inter-relacionam e se potencializam mutuamente. Atualmente, o tecido adiposo tem sido reconhecido como um órgão multifuncional, produtor e secretor de vários peptídeos e proteínas bioativas, que estão envolvidas na inflamação e na resposta do sistema imune. De acordo com sua localização, o adipócito apresenta características metabólicas diferentes, sendo que o excesso de gordura, principalmente localizado na região abdominal, apresenta maior risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 e de doença cardiovascular. Concomitantemente à obesidade, a inatividade física tem sido considerada um fator de risco independente para doença cardiovascular. Por isso, a prática sistemática de exercícios aeróbios e resistidos vem sendo recomendada como uma das principais intervenções não farmacológicas para prevenção e tratamento da obesidade e dos fatores de risco associados. Contudo, para que os exercícios possam promover benefícios, sua prescrição deve ser realizada com bases metodológicas consistentes. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo revisar o papel dos exercícios aeróbios e resistidos na obesidade, bem como detalhar as diretrizes utilizadas no delineamento de sessões de treinamento físico direcionadas a indivíduos obesos. Para tanto, o texto foi organizado em quatro sessões. A primeira é dedicada aos efeitos dos exercícios resistidos na composição corporal, marcadores inflamatórios e fatores de risco associados à doença cardiovascular. Na segunda sessão, é abordada a atuação do exercício aeróbio no gasto calórico, bem como o papel da intensidade do exercício neste contexto. A terceira sessão é destinada às recomendações para a prescrição do exercício em obesos, destacando-se aí os exercícios resistidos e aeróbios. Nesta sessão, são detalhados os aspectos metodoló- gicos que regem a estruturação das diferentes variáveis de prescrição do exercício. Por fim, são tecidas algumas considerações finais, sumarizando alguns aspectos detalhados na revisão. Descritores: Obesidade; Exercício; Controle de risco. Abstract Obesity has assumed epidemic proportions in many countries worldwide, including Brazil, where it has also been considered as a major public health problem. The disease is characterized by an undesired accumulation of fat in all the deposit sites. The etiology of obesity has factors whose origins may be linked to genetic, nutritional, endocrine, hypothalamic, pharmacological, behavioral and environmental (mainly physical inactivity), which are interrelated and feed off of each other. Currently, adipose tissue has been recognized as a multifunctional organ that produces and secretes a number of bioactive peptides and proteins, which are involved in inflammation and immune response. According to its location, the adipocyte has different metabolic characteristics, and the fat excess, mainly located in the abdominal region shows a higher risk for developing type 2 diabetes mellitus and cardiovascular disease. Concomitant with obesity, physical inactivity has been considered an independent risk factor for cardiovascular disease. Therefore, the systematic practice of aerobic and resistance exercise has been recommended as a major non-pharmacological intervention for prevention and treatment of obesity and * Endereço para correspondência: Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU). UERJ. Rua São Francisco Xavier 524, sala 8121, bloco F, 8º andar, Rio de Janeiro, RJ. Brasil. CEP: 20550-900. E-mail: walacemonteiro@uol.com.br Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79 doi:10.12957/rhupe.2014.9808
  • 2. v.13, n. 1, jan/mar 2014 71 Introdução A obesidade é uma doença crônica definida pelo excesso de gordura corporal, como resulta- do de um desequilíbrio energético influenciado por fatores cuja origem pode estar vinculada a características genéticas, nutricionais, endócri- nas, hipotalâmicas, farmacológicas, ambientais e comportamentais (principalmente a inatividade física), que se inter-relacionam e se potencializam mutuamente.1 Na prática clínica, é comumente diagnosticada através do índice de massa corpó- rea (IMC), calculado através da razão entre o peso (kg) e o quadrado da altura (m). Para utilização do IMC, deve-se assumir que ocorre uma distribuição igual de gordura no corpo inteiro do indivíduo. Contudo, esta análise não leva em conta a hete- rogeneidade da deposição regional de gordura, sendo esta um fator importante na correlação da obesidade com distúrbios metabólicos que levam a doenças cardiovasculares, diabetes mellitus do tipo 2 (DM2), dislipidemia, hipertensão, câncer, apneia do sono e síndrome metabólica.1 O excesso de gordura visceral acelera a mobi- lização dos ácidos graxos pelo sistema porta de- vido ao aumento de lipólise neste sítio. A elevada concentração de ácidos graxos livres no fígado e o excesso de gordura corporal estão associados à maior incidência de distúrbios metabólicos, hor- monais, inflamatórios e cardiovasculares, como intolerância à glicose, dislipidemia, hiperinsuli- nemia, resistência à insulina e estresse oxidativo, com redução crônica da disponibilidade do óxido nítrico.2 Todos estes em conjunto implicarão em maior acometimento do sistema cardiovascular e impacto negativo sobre os órgãos-alvo, particu- larmente sobre o eixo cardiorrenal. Atualmente, o tecido adiposo tem sido reconhecido como um órgão multifuncional, produtor e secretor de vários peptídeos e prote- ínas bioativas, denominadas adipocitocinas, que estão envolvidas na inflamação e na resposta do sistema imune.3 De acordo com sua localização, o adipócito apresenta características metabóli- cas diferentes, sendo que o excesso de gordura, principalmente localizado na região abdominal, apresenta maior risco para o desenvolvimento de DM2 e de doença cardiovascular (DCV). Quando comparado à gordura corporal total, o tecido adi- poso visceral (TAV) apresenta maior correlação com os triglicerídeos (TG), pressão arterial (PA) sistólica, PA diastólica, e está associado com a resistência insulínica e inflamação de baixo grau.4 Logo, o excesso ou a distribuição desfavorável de gordura devem ser combatidos devido aos elevados riscos impostos à saúde. A obesidade tem assumido proporções epi- dêmicas em vários países no mundo, incluindo o Brasil, no qual também tem sido considerada um importante problema de saúde pública.5 Concomi- tantemente à obesidade, a inatividade física tem sido considerada um fator de risco independente para DCV. Por isso, a prática sistemática de exer- cícios físicos vem sendo recomendada como uma das principais intervenções não farmacológicas, com o objetivo de prevenção primária e tratamen- to da obesidade e dos fatores de risco associados.6 Os exercícios físicos são recomendados como componente indispensável de um programa de controle, redução e prevenção do ganho de massa corporal. Para que tais objetivos sejam atingidos, a prática regular dos treinamentos aeróbio e com exercícios resistidos (ER) tem sido recomendada, devido às modificações favoráveis no gasto caló- rico, massa corporal magra e gordura corporal, concorrendo para o emagrecimento.6 Dese modo, o presente artigo tem como objetivo revisar a atuação dessas formas de treinamento na obesi- its associated risk factors. However, to promote benefits exercise prescription must be made with consistent approaches. Thus, this article aims to review the role of aerobic and resistance exercises in obesity, as well as to detail guidelines used in the design of physical training sessions targeting obesity. Therefore, the text was organized in four sessions. The first one was devoted to the effects of resistance training on body composition, inflammatory markers and risk factors associated with cardiovascular disease. The second session was about the performance of aerobic exercise on energy expenditure and the role of exercise intensity in this context. The third session was designed to describe recommendations for exercise prescription in obesity, highlighting the aerobic and resistance exercises. This session details the methodological aspects that govern the structure of the different variables of the exercise prescription. Finally, conclusions were made summarizing some aspects described in this review. Keywords: Obesity; Exercise; Risk management. Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos
  • 3. 72 revista.hupe.uerj.br dade, bem como detalhar algumas diretrizes que podem ser usadas para prescrição de exercícios em indivíduos obesos. Exercícios resistidos e obesidade A inclusão dos ER como parte integrante de um programa de atividade física vem sendo recomendada por organizações de saúde como a American Heart Association.7 Embora essas recomendações sejam baseadas principalmente nos efeitos dos ER sobre a força muscular, estu- dos transversais têm demonstrado que a massa muscular está inversamente associada com todas as causas de mortalidade e prevalência da síndro- me metabólica, independentemente dos níveis de aptidão cardiorrespiratória.8,9 Variáveis metodológicas como sobrecarga ou intensidade, duração e volume de treinamento, ordem dos exercícios, tempo de intervalo entre as séries, exercícios e sessões, número de séries e repetições, frequência semanal e velocidade de movimento estão envolvidas na elaboração de um programa de ER. Estas podem ser manipuladas de acordo com a especificidade do treinamento, objetivos e necessidades individuais.10 Tais vari- áveis podem desencadear diferentes respostas fisiológicas durante sua realização, tendo impacto direto na segurança cardiovascular no decorrer do treinamento. Os ERs ainda são pouco estudados como parte integrante de um programa de exercícios para o tratamento e prevenção da obesidade. Tal fato pode ser explicado, em parte, pelo me- nor gasto energético e mobilização de gordura quando comparado ao exercício aeróbio (EA). No entanto, diferenças na resposta hormonal ao ER (potencial para a estimulação aguda da taxa metabólica e oxidação de gordura após a ativida- de) e de melhoria do balanço proteico muscular (potencial para aumentar o gasto energético total cronicamente) podem justificar a investigação dos benefícios desse tipo de treinamento na compo- sição corporal.6 O treinamento aeróbio é considerado como uma modalidade de exercício eficaz para aumentar o gasto energético e o consumo de oxigênio pós-exercício (Excess Post-exercise Oxygen Consumption – EPOC), entretanto, estudos têm demonstrado que a prática de ER também pode exercer uma influência positiva sobre estas variáveis. Evidências sugerem que os ER possam desencadearumEPOCsignificativoparaocontrole do peso corporal e, adicionalmente, alguns estudos têm reportado um EPOC significativamente maior em resposta aos ER quando comparado ao EA.11 Farinatti e colaboradores,12 por exemplo, investigaram os efeitos dos ERs realizados com diferentes intervalos de recuperação, utilizando séries múltiplas em pequenos e grandes grupa- mentos musculares sobre o consumo de oxigênio e gasto energético em homens saudáveis. Os au- tores demonstraram que o consumo de oxigênio durante e após uma sessão de ER realizada com número de repetições e sobrecarga similares pode ser influenciado pela massa muscular exercitada, assim como pelo intervalo de recuperação utili- zado na sessão de treinamento. O consumo de oxigênio foi maior na sessão de ER composta por grandes grupamentos musculares quando com- parado à sessão de ER executada com pequenos grupamentos musculares. Além disso, os autores também observaram que os intervalos de recu- peração influenciaram a demanda metabólica no decorrer das séries. De acordo com as diretrizes para prescrição de exercícios para a perda de peso e prevenção do reganho de peso corporal em adultos do ACSM (American College of Sports Medicine),13 até o momento, as evidências científicas existentes na literatura não suportam que a prática de ER seja eficaz para perda de peso, com ou sem res- trição alimentar. No entanto, alguns estudos têm sugerido que a prática regular dos ERs pode ser eficaz na promoção da perda de peso em indiví- duos obesos.14 Recentemente, em revisão sobre o potencial clínico dos ERs no tratamento da obesidade, Strasser e colaboradores15 demons- traram que a prática dos ERs esteve associada com uma diminuição da massa de gordura e um concomitante aumento da massa corporal magra e, portanto, com pouca ou nenhuma mudança efetiva no peso corporal. Embora os efeitos dos ERs sobre a massa corporal total e a composição corporal possam ser modestos, a prática dos ERs tem sido associada com melhorias em fatores de risco cardiovascular na ausência de perda de peso significativa. Há ainda estudos que demonstram redução no colesterol total, no LDL-c (Low Density Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
  • 4. v.13, n. 1, jan/mar 2014 73 Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos Lipoprotein cholesterol), nos TG e aumento no HDL-c (High-density Lipoprotein cholesterol), além de melhora na sensibilidade à insulina e redução nas concentrações de insulina plasmática glicose-estimulada.16 Recentemente, evidências têm sugerido que programas de ER supervisionados, desde que sejam bem elaborados, podem ser tão ou mais seguros do que muitos esportes de contato ou de alto impacto, principalmente para crianças e adolescentes.17 Dessa forma, o treinamento da força muscular foi incluído como um componente essencial de aptidão física nas recentes recomendações de jovens para a prática de atividade física.18 Alguns estudos realizados com crianças e adolescentes têm demonstrado alterações positivas em seus perfis metabólicos, independentemente da perda de peso ou até alterações na composição corporal.19-21 Benson e colaboradores19 realizaram uma revisão sistemática com objetivo de investigar o efeito dos ERs sobre o perfil metabólico de crianças e adolescentes, na qual foram incluídos 12 estudos de intervenção com ER. Os autores não observaram diferenças significativas para o IMC, composição corporal, colesterol total, LDL-c, HDL-c e TG. No entanto, foram demonstradas melhorias para a glicemia de jejum e sensibilidade à insulina, independentemente de mudanças na composição corporal. Em outro estudo, Van der Heijden e colabo- radores21 reportaram aumento na força muscular, massa corporal magra, sensibilidade à insulina e redução na taxa de produção de glicose após 12 semanas de intervenção exclusivamente com ER em adolescentes obesos. Em contraste, a mesma intervenção não foi capaz de promover mudanças na gordura total, visceral, hepática e intramioce- lular dessa população. Em recente revisão, Dietz e colaboradores20 investigaram o efeito da prática exclusiva de ER sobre a composição corporal e fatores de risco cardiovasculares. Dos seis estudos incluídos na revisão, quatro reportaram mudanças significa- tivas na composição corporal, com aumento da massa magra e IMC e diminuição na massa de gor- dura. Três estudos analisaram o efeito da prática dos ER sobre os fatores de risco cardiovascular, e apenas um demonstrou redução significativa na PA sistólica. Os dados relacionados ao efeito de um trei- namento exclusivo com ER em crianças e adoles- centes obesos ainda permanecem inconclusivos. Estudos randomizados controlados ainda são insuficientes para definir a prescrição de um pro- grama de ER com eficácia clínica para prevenção e tratamento de doenças cardiometabólicas nessa população. Exercícios aeróbios e obesidade Os benefícios da prática de atividade física ou engajamento em programas de exercício físico, acarretando mudanças no estilo de vida seden- tário, estão bem documentados na literatura, constituindo importante intervenção no trata- mento da obesidade.22 Outro fator primordial na tentativa de reversão do quadro da obesidade é a modificação dos padrões alimentares. Portanto, é fácil de pensar que dietas hipocalóricas parecem ser a melhor medida adotada para quem deseja perder peso. No entanto, a associação de ingestão alimentar balanceada com aumento relevante do dispêndio energético diário total parece ser ainda mais benéfica, pois além de uma redução da massa gorda, há uma manutenção da massa magra.23 O exercício aeróbio vem sendo amplamente utilizado em programas de emagrecimento como forma de exercício físico mais eficaz para perda de massa corporal, principalmente da massa de gordura. Isto se justifica pelo aumento do deficit energético gerado por tal exercício, tanto durante como após o término do mesmo. O aumentado consumo de oxigênio mesmo após o término do esforço (EPOC) é um dos fatores positivos do exercício aeróbio em relação à perda e/ou ma- nutenção do peso corporal. Imediatamente após o término do exercício aeróbio, um EPOC rápido parece acontecer de- corrente da ressíntese de ATP-CP, da remoção do lactato sanguíneo, do aumento na tempera- tura corporal e do metabolismo lipídico. Este consumo de oxigênio parece ainda permanecer aumentado por horas (EPOC lento) decorrente principalmente do ciclo dos triglicerídeos/ácidos graxos. Porém, a magnitude e duração do EPOC parecem ser relacionadas linearmente com o tempo e exponencialmente com a intensidade do esforço.24 Em resumo, exercícios aeróbios de alta intensidade e longa duração parecem promover
  • 5. 74 revista.hupe.uerj.br um maior gasto energético e, além disso, podem causar aumento da aptidão cardiorrespiratória (VO2 máx – consumo máximo de oxigênio). Outro fator positivo do EA sobre a obesidade se dá pela estreita relação entre o impacto deste sobre a ingestão alimentar e queima de gordura, pois o trabalho corporal requer energia forne- cida pelos nutrientes para que haja restauração dos estoques de combustível, com o propósito da continuidade do funcionamento das funções corporais.25 Whybrow e colaboradores26 analisaram o efeito do exercício aeróbio em diferentes intensi- dades verificadas em grupos que não realizaram nenhum exercício (grupo controle) e grupos que realizaram exercícios com moderada e elevada intensidades, sobre o apetite, ingestão alimen- tar, dispêndio e balanço energético em homens e mulheres. Os autores constataram que o dis- pêndio energético gerado pelo exercício aeróbio começa a ser compensado ou contrabalanceado pela ingestão alimentar, num curso de uma a duas semanas. Nesse sentido, mais recentemente, King e colaboradores27 esclareceram que o efeito do EA sobre a regulação do apetite envolveria um aumento em todos os sinais orexígenos e um concomitante aumento na eficiência de sinais de saciedade. No entanto, os mesmos autores alegaram que estes processos não operam com a mesma força e eficácia em todos os indivíduos praticantes de exercícios. Juntas, as forças destes dois processos podem determinar se indivíduos perderão peso com a prática de exercício, ou se o peso corporal será mantido através do efeito compensatório do aumento da ingestão alimentar após a sessão de exercício aeróbio. Em relação às respostas compensatórias ao deficit energético gerado pelo exercício aeróbio, King e colaboradores28 sugeriram que a influên- cia das respostas compensatórias metabólicas (respostas automáticas ou obrigatórias, como a taxa metabólica de repouso e o dispêndio ener- gético gerado por outras atividades fisiológicas) e comportamentais (respostas voluntárias ou facultativas, como a ingestão alimentar) seria um ponto-chave no tocante à barreira para perda de peso induzida pela prática de exercício aeróbio. As respostas compensatórias comportamentais possuiriam maior poder influenciador sobre o ba- lanço energético do que as respostas metabólicas. Portanto, as contribuições do exercício físico nas perturbações ao balanço energético são menos expressivas do que as contribuições dadas por meio da ingestão alimentar.29 No tocante às variações do EA destinadas à perda ou manutenção do peso corporal, o EA intervalado de alta intensidade (High-intensity Interval Training - HIIT) tem ganhado bastante notoriedade nos últimos anos. Os HIITs são uma forma aperfeiçoada de treinamento intervalado que utilizam estratégias de alternância entre cur- tos períodos de exercícios intensos com períodos de recuperação ativa. Esta modalidade de trei- namento físico, quando comparada ao exercício aeróbio contínuo tradicional, vem apresentando satisfatórios resultados sobre o desempenho físico, bem como um aumentado metabolismo de glicose, ao mesmo tempo que favorece a oxidação lipídica e consequentemente o rápido emagreci- mento.30,31 Além disso, Gremeaux e colaborado- res32 relataram que os HIITs vêm demonstrando ser uma forma segura, eficiente e bem tolerada por indivíduos normoponderais e obesos, com taxas de 97% de aderência e nenhum evento ad- verso contabilizado durante o treinamento físico nestas populações. A partir das evidências acima expostas, pare- ce que o efeito de sessões agudas de exercícios aeróbios sobre o gasto calórico e emagrecimento depende extremamente da intensidade do exercí- cio empregado. Exercícios aeróbios com intensi- dades de moderada a extenuante (>60%VO2 máx) parecem ser mais eficazes no tocante ao efeito supressor da ingestão alimentar, bem como so- bre a magnitude do dispêndio energético gerado durante e após o exercício. Além disso, os exer- cícios intervalados de alta intensidade parecem ser uma excelente estratégia para otimização dos resultados em um programa de emagrecimento. Recomendações para a prescrição do exercício em obesos Como já destacado, sobrepeso e obesidade estão relacionados a diversas doenças crônicas incluindo-se as doenças cardiovasculares, o DM2, diversas formas de câncer, além de numerosos problemas musculoesqueléticos. Associados a estes, somam-se ainda problemas de ordem psi- Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
  • 6. v.13, n. 1, jan/mar 2014 75 Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos cológica como a depressão e a ansiedade, entre outros.13 Se por um lado diversas doenças estão asso- ciadas ao excesso de peso, a prática regular do exercício está relacionada à redução ou controle desta condição, e consequentemente, à promoção da saúde. Contudo, para que um programa de exercícios exerça um papel positivo no controle do peso corporal, ele deve ser prescrito com bases metodológicas consistentes, envolvendo os seguintes componentes: duração do esforço, intensidade do esforço, frequência semanal das atividades, tipo de atividade executada e forma de progressão do treinamento. Estes componentes devem ser organizados de modo a provocar um balanço energético negativo e uma melhora na composição corporal dos praticantes, incluindo- -se a redução da gordura corporal e o aumento da massa corporal magra.23 Como destacado pelo ACSM,13 a quantidade de atividade física que poderá ser necessária para preservar a perda de peso e prevenir a re- cuperação do mesmo deve envolver as seguintes considerações: 1 – a modalidade de atividade deve ser pre- ferencialmente aeróbia, que envolva grandes grupamentos musculares, seja simples e, preferencialmente, possa ser mantida durante um maior período. Nesse caso, atividades como a caminhada, o ciclismo estacionário ou ao ar livre e a corrida são preconizadas. Outras atividades como patinação, natação e remo podem ser realizadas. Contudo, por exigirem maior técnica para sua execução, necessitam de maior período de tempo para o aprendizado, o que pode desencorajar os praticantes. O acréscimo do trabalho contra resistência também deve ser encorajado de- vido aos seus efeitos positivos nas estruturas da composição corporal (gordura corporal e principalmente massa corporal magra) e na aptidão física geral, destacando-se aí a força e a resistência muscular; 2 – a frequência semanal de treinamento deve ser de cinco a sete dias. Em alguns casos, pode-se iniciar a prescrição com uma frequência de três dias e, com a evolução do condicionamento, evoluir para sete dias na se- mana. É importante destacar que a frequência do treinamento está estritamente relacionada à duração e intensidade do esforço. O soma- tório desses aspectos, associado às respostas individuais do praticante, é que norteou o de- lineamento da frequência semanal trabalhada; 3 – inicialmente, levando-se em conta que os indivíduos geralmente não são bem con- dicionados, a duração das atividades deve ser de 30 minutos. Com o aprimoramento do condicionamento, deve-se buscar atingir 60 minutos de atividades físicas diárias. Os adultos com sobrepeso e obesidade podem acumular essa quantidade de atividade em múltiplas sessões de dez minutos de duração ou através de aumentos em outras formas de atividades relacionadas ao estilo de vida com intensidade moderada. Em alguns casos, para que ocorram perdas mais significativas do peso corporal, programas com duração de 60 a 90 minutos ao dia podem ser realizados; 4 – para indivíduos mal condicionados que estão iniciando um programa de exercícios, a intensidade do esforço deve ser baixa ou moderada. Nesse sentido, preconiza-se adotar 40 a 60% do consumo de oxigênio de reserva (VO2 R) ou da frequência cardíaca de reserva (FCR). A progressão para uma intensidade mais elevada deve ser alvo com a evolução do condicionamento. Nes- se caso, deve-se trabalhar em uma faixa de esforço entre 50 a 75% do VO2 R ou da FCR. A percepção do esforço é outro indicador de in- tensidade que pode ser usado para quantificar a intensidade do exercício aeróbio, devido a sua praticidade e relação com o VO2 R e a FCR. Nesse caso, deve-se trabalhar numa faixa com variação de quatro a sete em uma escala de dez pontos.33 É importante destacar que o sucesso da aplicação da Escala de Borg está relacionado à ambientação do indivíduo com sua utilização para uma dada modalidade de atividade (por exemplo: caminhada, bicicleta etc). Por isso, uma pessoa treinada em usar a escala no cicloergômetro, não obrigatoria- mente a usará corretamente na corrida ou na natação; 5 – a progressão do treinamento é um aspec- to muito individual e depende do somatório
  • 7. 76 revista.hupe.uerj.br envolvendo frequência, duração e intensidade do esforço. Como regra básica, pode-se as- sumir que um indivíduo, ao perceber que o esforço imposto por uma sessão de exercícios não está forte, pode aumentar ligeiramente este esforço na sessão seguinte e assim por diante. Outraformabastanteeficientedesetra- balharparaaumentarasobrecargadetreinamen- toéalternarsessõesdeintensidademaiselevada e menor duração com sessões de intensidade menos elevada e maior duração, ao longo da se- mana.O importante é progredir na frequência, duração e intensidade do esforço conforme o praticante for se adaptando às sessões anteriores. Como destacado por McArdle e colaboradores,23 progressões excessivamente rápidas revelam-se contraproducentes, pois a maioria dos indivíduos com excesso de peso se opõe a esse tipo de progressão no início. Além disso, progressões muito acentuadas podem tornar o exercício menos prazeroso, o que pode levar à redução na adesão aos programas de exercícios.13 No que diz respeito ao trabalho contra resis- tência, as variáveis de prescrição do treinamento são as seguintes: seleção dos exercícios, número de séries, número de repetições por série, cargas utilizadas, intervalos entre séries e exercícios, frequência semanal e forma de condução do treinamento. Assim como no trabalho aeróbio, o resultado alcançado depende da forma pela qual as variáveis serão combinadas. Logo, os objeti- vos com a prescrição e o condicionamento do praticante determinarão a melhor combinação. Antes de falar especificamente de cada variável de prescrição é importante ressaltar que as nor- mas de prescrição existentes são preconizadas para indivíduos que desejam aprimorar a aptidão física geral e, por isso, também se aplicam aos indivíduos obesos ou com sobrepeso. Na seleção dos exercícios, geralmente são executados aqueles que recrutam os principais grupamentos musculares acionados nas ativida- des cotidianas. Em geral, de oito a 12 exercícios são executados para grupamentos musculares variados.13 Dentre os mais utilizados, destacamos o desenvolvimento supino, a puxada pela frente, as remadas altas e ao peito, o desenvolvimento pela frente, as cadeiras extensora e flexora, adutora e abdutora, o leg press e os abdominais. Exercícios mais específicos envolvendo menores grupamentos musculares como roscas, bíceps e tríceps e a flexão plantar também são muito usa- dos. Uma descrição desses exercícios, bem como alguns cuidados a serem adotados na execução dos mesmos podem ser vistos em literatura com- plementar.34 Como os exercícios contra resistên- cia geralmente são realizados na mesma sessão em que os exercícios aeróbios, a quantidade de exercícios realizada poderá sofrer influência das características e do tempo destinado à prescrição do treinamento aeróbio. Quanto ao número de séries, geralmente são conduzidas de duas a quatro. Essas séries poderão ser derivadas do mesmo exercício ou de uma combinação de exercícios que incidam no mesmo grupamento muscular.13 Indivíduos mal condicionados, em alguns casos, podem começar o programa de treinamento executando de uma a duas séries, mas na prática, isso não é muito comum. As repetições máximas em cada série variam de 8 a 12. Essa faixa é amplamente empregada devido às possibilidades de obtenção da força e resistência muscular. Contudo, res- saltamos que em uma fase de aprendizado do exercício, o conceito de repetição máxima não necessita ser enfatizado. Nesse caso, repetições submáximas podem ser realizadas e, a partir do momento em que o aprendizado for efetivado, o praticante passará a trabalhar adotando repeti- ções máximas nas séries. As cargas usadas dependem do número de repetições máximas realizadas e, geralmente, situam-se entre 60 e 80% de uma repetição má- xima (1 RM). Os intervalos entre séries e exercí- cios, comumente, variam de dois a três minutos e devem ser aplicados de modo a promover uma adequada recuperação para realização das séries subsequentes com as repetições propostas.34 Logo, uma variação mais ou menos acentuada na duração dos intervalos pode ser verificada nas primeiras ou últimas séries realizadas em um dado exercício, assim como em exercícios para distintos grupamentos musculares. No que concerne à forma de condução, o treinamento pode ser realizado através de vários sistemas. Monteiro e Farinatti34 descrevem certos aspectos metodológicos da aplicação de alguns sistemas, cujas principais características são des- Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
  • 8. v.13, n. 1, jan/mar 2014 77 Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos critas a seguir. Um dos sistemas mais tradicionais consiste em realizar os exercícios na forma de circuito. Nesse sistema, os exercícios são realiza- dos sequencialmente, com pouco intervalo entre cada um (geralmente 30 segundos a 1 minuto). Em alguns casos, quando os grupamentos musculares são variados de um exercício para o outro, pode- -se realizar a sequência sem intervalos. Contudo, no caso dos indivíduos obesos ou com sobrepeso, seria prudente aplicar ao menos um pequeno intervalo entre os exercícios para evitar a fadiga e não desmotivar os praticantes. Outra forma de trabalho bastante usual consiste no sistema de séries múltiplas, no qual ao menos três séries são realizadas para cada exercício. A sequência de aplicação dos exercícios nesse sistema pode ser bem variada. Podem ser realizadas séries em sequência para um mesmo exercício (ou exercícios distintos para um mesmo grupamento muscular), com intervalos de dois a três minutos. Quando essa forma de trabalho é aplicada, intervalos de dois a três minutos devem ser executados para evitar a fadiga na musculatura exercitada. Na realidade, uma boa estratégia para estabelecer os intervalos entre séries e exercícios consiste na utilização da percepção do esforço do praticante. Quando ele se sentir apto, uma nova série será então realizada. Alternar os segmentos também é uma boa estratégia de trabalho para os praticantes que executam o sistema de séries múltiplas, nota- damente os obesos que iniciam o treinamento ou aqueles que não são bem condicionados. Nesse caso, pode-se conduzir o trabalho de forma alter- nada por segmento corporal (por exemplo: primei- ro exercícios para braços e depois exercícios para pernas ou abdômen), ou agonista-antagonista (por exemplo: primeiro exercício para o quadríceps e depois para os músculos posteriores da coxa). Os intervalos entre séries e exercícios podem ser de dois a três minutos, mas, como já dito, isso pode ficar a cargo do praticante em função da percep- ção do esforço após a realização de cada série. Como descrito, a perda de peso envolve um aspecto multifatorial, cujas recomendações extrapolam a redução no aporte calórico e o aumento no gasto energético. É importante que recomendações comportamentais sejam adicio- nadas para o sucesso no programa de exercícios. Com esse propósito, o ACSM13 propôs algumas recomendações: • incorporar oportunidades para melhorar a comunicação entre os profissionais da assistência de saúde, os nutricionistas, os profissionais do exercício e as pessoas com sobrepeso e obesidade após o perí- odo inicial de perda de peso; • ter como alvo uma mudança nos com- portamentos alimentar e relacionados ao exercício, pois as mudanças sustentadas em ambos resultam em uma perda de peso significativa em longo prazo; • ter como alvo uma redução na ingestão de 500 a 1.000 kcal/dia para conseguir a perda de peso. Essa redução deve ser combinada com uma diminuição de 30% na gordura ingerida; • ter como alvo um aumento progressivo para um mínimo de 150 min/semana de atividade física de intensidade moderada para aprimorar os benefícios de saúde e aptidão física para os adultos com sobre- peso e obesos; • progredir para quantidades mais altas de exercício (de 200 a 300 min/semana ou maior ou igual a 2.000 kcal/semana) de atividade física para promover o controle do peso em longo prazo; • incorporar as estratégias de modifica- ção comportamental, a fim de facilitar a adoção e a manutenção das mudanças desejadas no comportamento. Conclusões O exercício físico tem sido destacado como importante elemento na abordagem não far- macológica para o tratamento e prevenção da obesidade. Diversos estudos têm demonstrado que a prática sistemática do exercício atua po- sitivamente na redução do peso corporal e nos fatores de risco associados. Tanto os exercícios aeróbios quanto os resistidos vêm sendo apon- tados como elementos fundamentais em um programa de exercício direcionado ao controle do peso corporal. Contudo, para que os exercícios possam promover benefícios, sua prescrição deve ser realizada com bases metodológicas consis- tentes. No caso dos indivíduos obesos ou com
  • 9. 78 revista.hupe.uerj.br sobrepeso, as normas de prescrição do exercício não são muito diferentes em relação à utilizada em indivíduos eutróficos. As diferenças recaem nos cuidados a serem adotados, visto as comorbidades associadas à obesidade. Em geral, a prescrição do exercício envolve a manipulação de variáveis, incluindo-se a modalidade, a frequência semanal, o volume e a intensidade do esforço, bem como a forma de progressão do treinamento. A estru- turação das variáveis deve ser específica para cada indivíduo, levando-se em conta seu estado clínico e de treinamento. Além disso, deve-se considerar as respostas apresentadas ao longo do treinamento. Seguindo esses passos, o exercício proporcionará efeitos positivos não somente no controle do peso corporal, mas também na pro- moção da saúde. Referências 1. Godoy-Matos AF. Síndrome Metabólica. 1ª ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2005. 356 p. 2. Rutkowski JM, Davis KE, Scherer PE. Mechanisms of obesity and related pathologies: the macro- and microcirculation of adipose tissue. FEBS J. 2009 Oct;276(20):5738-46. http://dx.doi.org/10.1111 /j.1742-4658.2009.07303. 3. Hauner H. The new concept of adipose tissue func- tion. Physiol Behav. 2004 Dec;83(4):653-8. http:// dx.doi.org/10.1016/j.physbeh.2004.09.016. 4. Nieves DJ, Cnop M, Retzlaff B, Walden CE, Brunzell JD, Knopp RH, et al. The atherogenic lipoprotein pro- file associated with obesity and insulin resistance is largely attributable to intra-abdominal fat. Diabetes. 2003 Jan;52(1):172-9. 5. Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2009: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2010. 6. Donnelly JE, Blair SN, Jakicic JM, Manore MM, Rankin JW, Smith BK, et al. American College of Sports Med- icine Position Stand. Appropriate physical activity in- tervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Med Sci Sports Exerc. 2009 Feb;41(2):459-71. http://dx.doi.org/10.2337/dia- betes.52.1.172. 7. Pollock ML, Franklin BA, Balady GJ, Chaitman BL, Fleg JL, Fletcher B, et al. AHA Science Advisory. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular disease: benefits, rationale, safety, and prescription: An advisory from the Committee on Exercise, Rehabilitation, and Prevention, Council on Clinical Cardiology, American Heart Association; Position paper endorsed by the American College of Sports Medicine. Circulation. 2000 Feb;101(7):828- 33. http://dx.doi.org/10.1161/01.CIR.101.7.828. 8. Fitzgerald SJ, Barlow CE, Kampert JB, Morrow Jr. JR, Jackson AW, Blair SN. Muscular fitness and allcause mortality: prospective observations. J Phys Act Health. 2004;1:7-18. 9. Jurca R, Lamonte MJ, Barlow CE, Kampert JB, Church TS, Blair SN, et al. Association of muscular strength with incidence of metabolic syndrome in men. Med Sci Sports Exerc. 2005 Nov;37(11):1849-55. http:// dx.doi.org/10.1249/01.mss.0000175865.17614.74. 10. Kraemer WJ, Ratamess NA. Fundamentals of resist- ance training: progression and exercise prescription. Med Sci Sports Exerc. 2004 Apr;36(4):674-88. 11. Poehlman ET, Dvorak RV, DeNino WF, Brochu M, Ades PA. Effects of resistance training and endur- ance training on insulin sensitivity in nonobese, young women: a controlled randomized trial. J Clin Endocrinol Metab. 2000 Jul;85(7):2463-8. http://dx. doi.org/10.1210/jc.85.7.2463. 12. Farinatti PT, Castinheiras Neto AG. The effect of be- tween-set rest intervals on the oxygen uptake during and after resistance exercise sessions performed with large- and small-muscle mass. J Strength Cond Res. 2011 Nov;25(11):3181-90. http://dx.doi.org/10.1519/ JSC.0b013e318212e415. 13. ACSM. Diretrizes do American College of Sports Medicine para os testes de esforço e sua prescrição. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. 272 p. 14. Rice B, Janssen I, Hudson R, Ross R. Effects of aerobic or resistance exercise and/or diet on glucose tolerance and plasma insulin levels in obese men. Diabetes Care. 1999 May;22(5):684-91. 15. Strasser B, Schobersberger W. Evidence for re- sistance training as a treatment therapy in obe- sity. J Obes. 2011;2011.pii:482564. http://dx.doi. org/10.1155/2011/482564. 16. Fenkci S, Sarsan A, Rota S, Ardic F. Effects of resist- ance or aerobic exercises on metabolic parameters in obese women who are not on a diet. Adv Ther. 2006 May-Jun;23(3):404-13. 17. Faigenbaum AD. Strength training for children and adolescents. Clin Sports Med. 2000 Oct;19(4):593- 619. 18. Strong WB, Malina RM, Blimkie CJ, Daniels SR, Dishman RK, Gutin B, et al. Evidence based physical activity for school-age youth. J Pediatr. 2005 Jun;146(6):732-7. http://dx.doi.org/10.1016/j. jpeds.2005.01.055. 19. Benson AC, Torode ME, Fiatarone Singh MA. Effects of resistance training on metabolic fitness in children and adolescents: a systematic review. Obes Rev. Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):70-79
  • 10. v.13, n. 1, jan/mar 2014 79 Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos 2008 Jan;9(1):43-66. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467- 789X.2007.00388.x. 20. Dietz P, Hoffmann S, Lachtermann E, Simon P. Influence of exclusive resistance training on body composition and cardiovascular risk factors in overweight or obese children: a systematic review. Obes Facts. 2012 Jul;5(4):546-60. http://dx.doi. org/10.1159/000341560. 21. Van der Heijden GJ, Wang ZJ, Chu Z, Toffolo G, Ma- nesso E, Sauer PJ, et al. Strength exercise improves muscle mass and hepatic insulin sensitivity in obese youth. Med Sci Sports Exerc. 2010 Nov;42(11):1973- 80. http://dx.doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181df16d9. 22. Jakicic JM, Otto AD. Physical activity considerations for the treatment and prevention of obesity. Am J Clin Nutr. 2005 Jul;82(1 Suppl):226S-9S 23. McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do Ex- ercício - Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. 1172 p. 24. Lima-Silva AE, Pires FO, Bertuzzi R. Excesso de oxigênio consumido pós-esforço: possíveis me- canismos fisiológicos. Rev Educ Fís/UEM. 2010 Set;21(3):563-75. http://dx.doi.org/10.4025/ reveducfis.v21i3.6283 25. Melzer K, Kayser B, Saris WH, Pichard C. Effects of physical activity on food intake. Clin Nutr. 2005 Dec;24(6):885-95. http://dx.doi.org/10.1016/j. clnu.2005.06.003 26. Whybrow S, Hughes DA, Ritz P, Johnstone AM, Hor- gan Gw, King N, et al. The effect of an incremental increase in exercise on appetite, eating behaviour and energy balance in lean men and women feeding ad libitum. Br J Nutr. 2008 Nov;100(5):1109-15. http:// dx.doi.org/10.1017/S0007114508968240 27. King NA, Caudwell PP, Hopkins M, Stubbs JR, Naslund E, Blundell JE. Dual-process action of exercise on appetite control: increase in orexigen- ic drive but improvement in meal-induced satiety. Am J Clin Nutr. 2009 Oct;90(4):921-7. http://dx.doi. org/10.3945/ajcn.2009.27706 28. King NA, Hester J, Gately PJ. The effect of a medi- um-term activity- and diet-induced energy deficit on subjective appetite sensations in obese children. Int J Obes (Lond). 2007 Feb;31(2):334-9. http://dx.doi. org/10.1038/sj.ijo.0803391 29. Blundell JE, Finlayson G. Is susceptibility to weight gain characterized by homeostatic or hedonic risk factors for overconsumption? Physiol Behav. 2004 Aug;82(1):21-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.phys- beh.2004.04.021 30. Perry CG, Heigenhauser GJ, Bonen A, Spriet LL. High-intensity aerobic interval training increases fat and carbohydrate metabolic capacities in human skeletal muscle. Appl Physiol Nutr Metab. 2008 Dec;33(6):1112-23. http://dx.doi.org/10.1139/H08-097 31. Talanian JL, Galloway SD, Heigenhauser GJ, Bonen A, Spriet LL. Two weeks of high-intensity aero- bic interval training increases the capacity for fat oxidation during exercise in women. J Appl Physiol. 2007 April;102(4):1439-47. http://dx.doi.org/10.1152/ japplphysiol.01098.2006. 32. Gremeaux V, Drigny J, Nigam A, Juneau M, Guilbeault V, Latour E, et al. Long-term lifestyle intervention with optimized high-intensity interval training im- proves body composition, cardiometabolic risk, and exercise parameters in patients with abdominal obe- sity. Am J Phys Med Rehabil. 2012 Nov;91(11):941-50. http://dx.doi.org/10.1097/PHM.0b013e3182643ce0. 33. Borg G. Borg’s Perceived Exertion and Pain Scales. Champaign: Human Kinectics; 1998. 104 p. 34. Monteiro W, Farinatti PTV. Aspectos fisiológicos e metodológicos da prescrição do exercício para idosos: força e flexibilidade. In: Farinatti PTV, editor. Envelhecimento, promoção da saúde e exercício: bases teóricas e metodológicas. São Paulo: Manole, 2008. p.131-61. Recebido: 04/09/2013. Revisado: 26/11/2013. Aprovado: 04/02/2014.