2. REALISMO
• Os efeitos da industrialização logo
repercutiram na sociedade: a exploração
do trabalho humano (as péssimas condições
de vida e trabalho dos operários das
fábricas) e o anseio por lucros por parte da
burguesia industrial justificaram o surgimento
de vários movimentos e teorias sociais
pregando a construção de uma sociedade
mais livre, democrática e justa.
3. Fábrica têxtil do século XIX. A exploração da força de trabalho de
mulheres e crianças era algo “comum”.
4. REALISMO
• O realismo está conectado a um momento
em que nascem as primeiras lutas sociais
contra o imperialismo capitalista. Muitos
artistas se preocuparam em reagir contra as
excentricidades do romantismo e suas
idealizações amorosas, seu patriotismo
conservador. O realismo ironiza a beleza
ideal e propõe a uma beleza real e
objetiva.
5. CARACTERÍSTICAS
• Oposição ao subjetivismo;
• Cientificismo - inspiração na razão e na
ciência;
• Abordagem de temas sociais;
• Tratamento objetivo da realidade do ser
humano;
• Necessidade de retratar a natureza
como ela é e não de forma idealizada;
• Forte caráter ideológico: político e de
denúncia dos problemas sociais.
6. REALISMO
• Durante a primeira metade do século
XIX, enquanto se dava o embate entre
neoclassicismo e romantismo, o realismo
surge como uma nova força, que iria
dominar a arte na segunda metade do
século.
7. PINTURA REALISTA
• O Realismo fez sempre parte da arte
ocidental. Durante a Renascença, os artistas
superaram todas as limitações técnicas para
representar com fidelidade a natureza.
Mas, no Realismo, os artistas modificaram os
temas e insistiam na imitação precisa das
percepções visuais sem alteração. Os artistas
foram buscar no seu mundo
cotidiano, moderno, as principais
temáticas, deixando de lado deuses, deusas
e heróis da antiguidade. Camponeses e a
classe trabalhadora urbana passaram a
dominar as telas dos realistas.
8. O Homem com a Enxada , obra de Jean - François Millet.
10. PINTURA REALISTA
• Pintura social;
• O artista utiliza todo o conhecimento sobre perspectiva para
criar a ilusão de espaço, como também a perspectiva
aérea, dando uma nova visão da paisagem ou da cena
(vista superior aérea).
• Os volumes são muito bem representados, devido à
gradação de cor, de luz e sombra.
• Há preocupação de representar a textura, a aparência real
do objeto (a textura da pele, dos tecidos, da parede, etc.).
• O desenho e a técnica para representar o corpo humano são
perfeitas.
• Voltados para o desejo de representar a realidade tal e qual
ela se apresenta e voltados para temáticas de ordem social e
política, os realistas pintam em geral trabalhadores, cenas do
cotidiano e da modernidade.
11. PINTURA REALISTA
• O pai do movimento realista foi Gustave Courbet
( 1819 - 77 ). Ele insistiu que "a pintura é
essencialmente uma arte concreta e tem de ser
aplicada às coisas reais e existentes". Nunca
antes tinha sido realizado em tamanho épico -
reservado somente para obras históricas
grandiosas - uma pintura sobre gente comum (
"Enterro em Ornams ). Defendia em altos brados
a classe trabalhadora e foi preso por seis meses
por danificar um monumento napoleônico.
Detestava a teatralidade da arte acadêmica.
15. PINTURA REALISTA
• Jean- François Milllet ( 1814 - 1875 ) está
sempre associado a retratos de trabalhadores
rurais arando, semeando e colhendo. Nascido
de uma família camponesa, disse uma vez que
desejava "fazer com que o trivial servisse para
exprimir o sublime". Antes dele, os
camponeses eram invariavelmente retratados
como estúpidos. Millet lhes deu uma
dignidade resoluta.
19. PINTURA REALISTA
• INOVAÇÕES DE DAUMIER ( 1808 - 1879 ).
Em Honoré Daumier vamos buscar as inovações
relativas à cor e à luz. Já despreocupado em
representar exatamente a realidade do
objeto, Daumier se preocupa em trazer à pintura
uma atmosfera irreal. Há sempre um espaço
aéreo luminoso, mas é como uma foto
desfocada, sem contornos nítidos. A
isto, chamaremos de perspectiva aérea; quanto
mais distante do observador, os detalhes dos
objetos perdem a nitidez.
22. PINTURA REALISTA
• INOVAÇÕES DE DAUMIER ( 1808 - 1879 ).
A atmosfera criada pela luz retira a sensação de
volume dos corpos. As pinceladas são bem visíveis e
Daumier renuncia à ilusão da matéria, isto é, das
pessoas. A textura do tecido não existe mais. Existe
apenas a textura da própria pincelada. A cor deixa de
ser a cor real. Ele se utiliza de claro-escuro. Há falta
de sensação de espaço, de volume, matéria e cor, mas
principalmente falta o desenho. Precisamos aprender
a compreender o que o pintor quer demonstrar
quando deforma.
25. ESCULTURA REALISTA
• A escultura realista não se preocupou
com a idealização da realidade, ao
contrário, procurou recriar os seres tais
como eles são. Além disso, os
escultores preferiram os temas
contemporâneos, assumindo muitas
vezes uma intenção política em suas
obras.
26. ESCULTURA REALISTA
• Dentre os escultores do período realista, o que mais
se destaca é Auguste Rodin (1840-1917), cuja
produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro
trabalho importante, A Idade do
Bronze (1877), causou uma grande discussão
motivada pelo seu intenso realismo. Alguns críticos
chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de
moldes tirados do próprio modelo vivo. Mas é
com São João Batista Pregando (1878) que Rodin
revela sua característica fundamental: a fixação do
momento significativo de um gesto humano. Essa
mesma tentativa de surpreender o homem em suas
ações aparece em O Pensador, sua obra mais
conhecida.
32. ARQUITETURA
Com a industrialização, grandes mudanças
ocorrem na paisagem urbana da Europa. As igrejas
e palácios construídos nos séculos anteriores com
requinte e luxo, são substituídos por
fábricas, armazéns, escolas, estações ferroviárias e
outras construções civis que atendam às
necessidades da classe operária e da burguesia
desse período. Os arquitetos e engenheiros
procuram responder adequadamente às novas
necessidades urbanas, utilizando materiais novos
surgidos a partir da Revolução Industrial, como o
ferro fundido e o concreto armado. As estruturas de
ferro passam a ficar mais aparentes, criando
formas imponentes como a Torre Eiffel, de 300
metros de altura, ou delicadas, como o Palácio de
Cristal.