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Niterói
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Diretor Responsável: Edgard Fonseca
Circula por 15 dias
Diz: Todo Mundo Gosta
MylenaAraújo–cabelo:RafaellaCosta–maquiagem:FernandaMoço–acessórios:FernandaLouback‐foto:JulioCezarCerino
Edição Online Para Um Milhão e Oitocentos Mil Leitores
Zona Sul, Oceânica e Centro de Niterói16 Mil Exemplares Impressos
1ª Quinzena
Nº 166
de Dezembro
Ano 08
de 2016
Ferreira Goulart:
Versos no Céu.
Página 03
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Cultura
Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com
annaperet@gmail.com
DIZ pra mim... (que eu conto)
Anna Carolina Peret
Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Pasárgada
V
ocê já pensou em quão bom seria
viver longe desse mundo louco em
que estamos imersos? Não seria
perfeito poder se distanciar permanente-
mente de tanta violência e corrupção? E
que tal poder fugir da grandiosidade per-
turbadora e doentia das grandes cidades?
Menos estresse, menos poluição, maior
liberdade, mais contato com a natureza.
Seria bom, não seria? E que tal colocar
esses planos em prática? Obviamente, não
seria fácil. E mais: para todo bônus, há um
ônus. Sabemos que existem consequências
tangíveis para tal atitude. Por outro lado,
será que não valeria a pena pagar a conta
para conseguir ficar longe da perversidade
patológica do dia-a-dia?
E é nesta temática que “Capitão Fantás-
tico” (“Captain Fantastic”, no original) é
construído. O filme narra a história de um
casal que rompe com o status quo, foge
da cidade grande e decide criar seus filhos
em um ambiente natural, ensinando-os por
conta própria, sem a interferência do sis-
tema tradicional das escolas. A família vive
na floresta, aprendendo a sobreviver por
conta própria. A questão é que a mãe fica
doente e é internada. O resto da família,
entretanto, permanece reclusa. Tempos de-
pois, a mãe falece e as
crianças convencem o
pai para levá-las ao en-
terro. O interessante é
que esta ida ao funeral
se torna o primeiro con-
tato das crianças com
a tenebrosa civilização.
Uma inserção forçada
de almas limpas e puras
no mundo cão!
Longe de ser uma pro-
dução triste e melancóli-
ca, trata-se de uma obra
prima em termos antro-
pológicos – pois, ten-
ta, em última analise, entender o homem
em suas múltiplas dimensões. Além disso,
trata-se de uma película divertidíssima. E,
entre um sorriso e outro, instalam-se ques-
tionamentos profundos (e necessários!) na
mente dos espectadores. Até que ponto
devemos satanizar os comportamentos
mais rebeldes, que rompem com os dita-
mes sociais, em busca de uma existência
consistente, que faça sentido? E, parale-
lamente, nos perguntamos se cabe a nós
continuar reproduzindo um sistema en-
gendrado para o consumo, no qual pouco
somos chamados a pensar, mas somos, ne-
cessariamente, doutrinados para obedecer?
São tantas indagações pertinentes que as
mesmas transbordam o tempo da projeção
e irrompem numa intensa reflexão da nossa
existência.
Percebam meus amigos: não estou aqui in-
flando o peito, bradando e militando por
uma luta contra o sistema vigente. Não es-
tou nem apoiando e nem repudiando qual-
quer comportamento ligado ao capitalismo.
Muito menos estou sugerindo uma dieta
alternativa, politicamente correta, orgâni-
ca, sem glúten, nem lactose... Muito
menos prescrevo a necessidade irre-
futável de uma vida sexualmente ati-
va, exercícios físicos semanais, sono
satisfatório e visitas regulares ao mé-
dico. Também não estou conspiran-
do contra os usuários de roupas de
marca, amaldiçoando o consumismo
exacerbado ou quaisquer alinhamen-
tos que se encaixam nesse grupo.
Estou apenas dizendo que, de uma
forma bastante ampla, interessa-me
exaltar o quão libertador seria poder
não estar na “panela de pressão”
que se tornou a contemporaneida-
de. Tantas noticias ruins, tanta falta
de perspectiva... Creio que nem Maquiavel
poderia prever tamanha crueldade política.
Nem Marx conseguiria vislumbrar tamanha
perversidade do capital. Nem Rousseau
poderia imaginar que, após tantas conquis-
tas democráticas, esta instituição fracassa-
ria tão solenemente. E nem eu, mera pro-
letária, metida à entendida da sétima arte,
poderia conceber tamanha lama na qual
nossos porcos políticos chafurdam, e que,
pouco a pouco, afundam este pais. Acho
que vou seguir Manuel Bandeira... Vou-me
embora pra Pasárgada!
- Dia 18 de dezembro, domingo, a partir das 10 horas da
manhã, os “Escritores ao ar Livro” estarão comemorando
o ‘Natal na Praça’ Getúlio Vargas, Icaraí.
- Na Academia Fluminense
de Letras/AFL, dia 10 de de-
zembro, às 10 horas, com
inúmeros intelectuais e amigos
presentes, Matilde Slaibi Conti
(foto) será empossada ‘Intelec-
tual do Ano’. Merecida home-
nagem.
- A 3ª edição do evento Lite-
ratura na Varanda acontece dia
12 de dezembro, 2ª feira, a
partir das 18 horas, na Animator (Rua Visconde de Morais,
nº 255 - Ingá). Entrada franca.
- A Sala Leila Diniz (Rua Professor Heitor Carrilho, nº 81
- Centro) apresenta até 09 de dezembro a exposição ‘Ou-
topos’, de Lu e Carlos Valença. Ainda dá tempo de visitar!
- Levi Luz, Ludlima Kraichete e Thais de Oliveira Leal es-
tão promovendo, na Feira INGART - 2ª edição, curtas de
animação e histórias em quadrinhos. Dia 17 de dezembro,
sábado, com início às 13 horas.
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Ferreira Goulart: Versos no Céu
O nome dele era José Ribamar Ferreira, mas usou o pseudônimo de Fer-
reira Gullar em toda trajetória pessoal. O Gullar é um dos sobrenomes
da sua minha mãe. Militou no jornalismo, foi poeta, escritor, biógrafo,
crítico de arte, memorialista, tradutor, ensaísta e um dos fundadores do
neoconcretismo. Nasceu em São Luís, Maranhão, em 10 de setembro
de 1930. Teve três filhos: Luciana, Marcos e Paolo. Na semana passada,
passou...
Colocou letra numa música de Villa Lobos que hoje reflete a sua pas-
sagem para outra dimensão: “Lá vai o trem com o menino, lá vai a vida
a rodar, lá vai ciranda e destino, cidade noite a girar, lá vai o trem sem
destino, pro dia novo encontrar”...
E
ra um dos onze filhos do casal Newton
Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, e como
é muito popular no Maranhão, era “José
Ribamar”. Aos 13 anos iniciou a sua história
como poeta e aos 18 publicou seu primeiro li-
vro: “Um Pouco Acima do Chão”, (em 1949).
Depois, na poesia, seguiram-se mais 15 títu-
los, entre eles o mais famoso, (1976) ““Poe-
ma Sujo, (onde se localiza a letra de Trenzinho
do Caipira, escrita pelo poeta e acrescentada a
musica de Heitor Villa-Lobos, que é parte inte-
grante da peça Bachianas Brasileiras nº 2).
Ferreira Goulart era um pensador, e no seu hu-
manismo politizado marcou a história da lite-
ratura brasileira. Era o poderíamos chamar de
“esquerda consciente”, livre do pensamento
ortodoxo e dos dogmas estáticos. Combateu
com suas ideias, sofreu perseguição da ditadura
militar, foi preso, exilado. Morou na União So-
viética, no Chile e na Argentina. Apesar da sua
militância no Partido Comunista, o seu pensa-
mento dinâmico, reflexivo e contestador, levou-
-o a travar discussões e desavenças com com-
panheiros; desgastado e desiludido abandonou
o socialismo, que considerou fracassado.
Era um homem de letras e muita produção. Já
morando no Rio de Janeiro a partir de 1951,
começa a trabalhar na redação da "Revista do
Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comér-
cio". Em 1954, casa-se com a atriz Thereza
Aragão, com quem teve os três filhos. No fi-
nal deste ano passa a trabalhar como revisor
na revista Manchete. Em 1955 foi trabalhar no
Diário Carioca e, posteriormente, engaja-se
no projeto "Suplemento Dominical" do Jornal
do Brasil. Participou da exposição Concretista
(1956), que foi o marco de partida da Poesia
Concreta. Em 1959, por discordar deste for-
mato, abandonou o movimento e criou junto
com Hélio Oiticica e Ligia Clark o neoconcre-
tismo, que valorizava a expressão subjetiva em
contraposição a ortodoxia do concretismo.
Também se afastou deste grupo, por acreditar
que o movimento levaria ao abandono do vín-
culo entre a palavra e a poesia. Ainda no início
dos anos de 1960, envolveu-se com os Centros
Populares de Cultura passando a produzir uma
poesia engajada.
Com a posse de Jânio Quadros, em 1961,
foi nomeado diretor da Fundação Cultural de
Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte
Popular e inicia sua construção e passa a não
atuar nos movimentos de vanguarda. Em 1962,
começa a trabalhar como copidesque na filial
carioca do jornal O Estado de São Paulo, no
qual trabalhou por 30 anos.
Ao ingressar no Centro Popular de Cultura da
União Nacional dos Estudantes (CPC) publica
"João Boa-Morte, cabra marcado para morrer"
e "Quem Matou Aparecida".
No dia 1º de abril de 1964, logo após o golpe
militar, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro,
ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Thereza Ara-
gão, Paulo Pontes, entre outros, que fundam o
"Grupo Opinião".
Em 1966, a peça "Se correr o bicho pega, se
ficar o bicho come", escrita em parceria com
Oduvaldo Viana Filho, e encenada pelo "Grupo
Opinião" no Rio de Janeiro, conquista os prê-
mios Saci e Molière.
Com a assinatura do Ato Institucional nº 5, foi
preso, em companhia de Paulo Francis, Gilberto
Gil e Caetano Veloso. Em 1970 entra na clan-
destinidade e passa a dedicar-se a pintura. Em
1971, informado do risco que corria se con-
tinuasse no Brasil, decide partir para o exílio,
período que colabora com o semanário "O Pas-
quim", sob o pseudônimo de Frederico Mar-
ques. Em 1974, o Supremo Tribunal Federal
por unanimidade o absolve da acusação.
Em Buenos Aires, na casa de Augusto Boal,
Vinicius de Moraes organizou uma sessão de
leitura e pede uma cópia do Poema Sujo para
trazer para o Rio. Por precaução, o poema é
gravado em fita cassete. Vinicius promove di-
versas sessões para que intelectuais e jornalistas
ouvissem o "Poema Sujo". O editor Ênnio Sil-
veira pede uma cópia do texto para publicá-lo
em livro. Enquanto isso, diversas cópias da gra-
vação circulam pelo Rio de Janeiro em sessões
fechadas de audição.
Em 1977 volta ao Brasil, mas é imediatamente
preso pelo Departamento de Polícia Política e
Social, órgão sucessor do famoso "DOPS". A
prisão infundada acaba 72 horas após interven-
ção de amigos junto aos militares.
Retorna às atividades de jornalista, crítico e
poeta, quando lança "Antologia Poética". No
ano seguinte, 1978, grava o disco "Antologia
poética de Ferreira Gullar" e, sob a direção de
Bibi Ferreira, encena a peça teatral "Um Rubi
no Umbigo". Assim inaugura a sua participação
como autor teatral, e começa a escrever para o
Grupo de Dramaturgia da Rede Globo, indica-
do pelo amigo Dias Gomes.
Em comemoração aos seus 50 anos de vida em
1980, reúne "Na vertigem do dia" e "Toda po-
esia" e publica num só livro, enquanto estreia a
versão teatral do "Poema Sujo", com a interpre-
tação de Rubens Corrêa e Esther Góes, sob a
direção de Hugo Xavier, na Sala Sidney Miller,
no Rio de Janeiro. Em 1983 a Rede Globo exibe
o seu especial "Insensato coração" e em 1984,
recebe o título de "Cidadão Fluminense" na As-
sembleia Legislativa do Rio. Em 1985 foi agra-
ciado como prêmio Molière, até então inédito
para a categoria tradutor.
Em 1990 publica "A estranha vida banal", cole-
tânea de 47 crônicas escritas para o Jornal do
Brasil e o Pasquim. Colabora com Dias Gomes
na novela "Araponga". Neste ano morre Mar-
cos, seu filho mais novo.
Em 1992 foi nomeado diretor do Instituto Bra-
sileiro de Arte e Cultura (IBAC), onde perma-
nece até 1995.
Goulart escreve em parceria com Dias Gomes e
Marcílio Moraes a minissérie "As noivas de Co-
pacabana", exibida pela Rede Globo. Em 1993,
lança, "Argumentação contra a morte da arte".
Em 1994 morre, no Rio, sua mulher Thereza
Aragão. Em 1997, lança "Cidades inventadas",
coletânea de contos escritos ao longo de 40
anos. Neste ano passa a viver com a poeta
Cláudia Ahimsa.
Lança, em 1999, o livro "Muitas Vozes" e rece-
be o Prêmio Jabuti, categoria poesia. Também,
recebe o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da
Biblioteca Nacional. Em 2000, no Museu de
Arte Moderna do Rio, é inaugurada a exposição
"Ferreira Gullar 70 anos" marcando o aniver-
sário do poeta. Recebe o prêmio Multicultural
2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No
final do ano, lança "Um gato chamado Gati-
nho”, 17 poemas sobre seu felino, escrito para
crianças.
Em 2002 foi indicado ao Prêmio Nobel de Lite-
ratura por titulares de universidades do Brasil,
Estados Unidos e Portugal. Relançou “Cultura
posta em questão” e “Vanguarda e subdesen-
volvimento”. Em dezembro recebeu o Prêmio
Príncipe Claus, da Holanda, dado a escritores,
instituições culturais e artistas de fora da Eu-
ropa.
Em 2010 conquistou o Prêmio Luís de Camões,
o mais importante prêmio literário da Comuni-
dade de Países de Língua Portuguesa. Rendeu
ao escritor 100 mil euros.
Em 2014, foi eleito para Academia Brasileira de
Letras, ocupando a 37ª cadeira da ABL.
Apesar de ter sido biografo da psiquiatra Nise
da Silveira, (ativista contra as práticas nos trata-
mentos primitivos e desumanos nos “hospícios”
brasileiros, e uma das apoiadoras do Movimen-
to Antimanicomial no Brasil) o poeta se rebe-
lou contra os Movimentos de Desinternação
nos Hospitais Psiquiátricos com a consequen-
te inserção do paciente na sociedade. Poderia
parecer contraditório, entretanto, Goulart so-
freu com os dois filhos homens, portadores de
problemas mentais. Um deles, muito agressivo,
que segundo ele, necessitava ser mantido inter-
nado em hospitais psiquiátricos.
Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de
2016, na cidade do Rio de Janeiro em decor-
rência de vários problemas respiratórios que
resultou em uma pneumonia.
A sua densa poesia reflete a mente revolucioná-
ria em todas as nuances e instâncias: “A história
humana não se desenrola apenas nos campos
de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela
se desenrola também nos quintais, entre plantas
e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de
jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas
nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer
a minha poesia. Dessa matéria humilde e humi-
lhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque
o canto não pode ser uma traição à vida, e só é
justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as
pessoas e as coisas que não tem voz”.
Perde o Brasil um dos seus maiores escritores;
perdemos todos os versos e a irreverencia de
um pensador.
Ele foi fazer versos no céu. Seu ingresso será
certo, como serão possíveis as contestações e
tentativas de transformação. Depois dele o céu
não será mais o mesmo...
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Expediente
Edgard Fonseca Comunicação Ltda.
R Otavio Carneiro 143/704 - Niterói/RJ.
Diretor/Editor: Edgard Fonseca
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Distribuição, circulação e logística:
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Diagramação: Eri Alencar
Impressão: Tribuna | Tiragem 16.000 exemplares
Redação do Diz
R. Cônsul Francisco Cruz, nº 3 Centro - Niterói,
RJ - Tel: 3628-0552 |9613-8634
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(sec.elet. 7867-9235 ID 10*73448
DG
Alimentação Após o Parto
C
onfesso que nutrição materno in-
fantil nunca foi meu forte, mas por
estar vivendo a maternidade a gente
acaba relembrando muito coisa, e sentindo
na pele a importância de uma boa alimenta-
ção; não só durante a gestação, mas, após
o parto.
Para quem está amamentando seu bebê ou
não, é muito importante manter o equilíbrio
do aporte de nutrientes, líquidos e fibras,
não só pelo leite, mas por si mesma. A mu-
lher precisa estar muito bem para saber li-
dar com a revolução hormonal dentro dela,
manter o intestino bem saudável e oferecer
todos os aminoácidos que ajudam na pro-
dução de neurotransmissores e hormônios
que amenizam essa situação.
Outro fator que devemos levar em conta é
a oferta de carboidratos. Por conta de não
estarmos dormindo muito, os hormônios
responsáveis por fome e saciedade ficam
meio loucos e precisamos saber lidar com
isso também. É necessário consumi-los
equilibradamente.
Procure um profissional capacitado para
cuidar de você. Quando viramos mãe, es-
quecemo-nos de nós, mas precisamos ter
saúde para cuidar dos filhos.
Aos papais, peço que alimentem as mães
de compreensão, esse é um alimento cru-
cial neste momento.
LOA 2017 de Niterói Recebeu 310 Emendas
A
Secretaria da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Niterói contabilizou um total
de 310 emendas apresentadas à Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício
financeiro de 2017.
A Comissão de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento, presidida pelo vereador
Bira Marques (PT), trabalha na analise de todas as propostas e selecionar aquelas que po-
derão ser levadas a plenário.
Niterói é um município com recursos bastantes para suas necessidades, e uma correta
aplicação impedirá de se contaminar com a crise financeira e social do Estado do Rio de
Janeiro. O ano de 2017 será para o Estado, e também para o país, um exercício de muitas
dificuldades. Niterói fica refém daquilo que depende do Estado, como segurança, educa-
ção e saúde. O município poderá ter embaraços, mas muito menores que outros municí-
pios e o governo do Estado que se encontra em grave crise.
Fim dos Supersalários no
Executivo
AALERJ a emenda do deputado Comte
Bittencourt (foto), que põe fim aos su-
persalários dos secretários e subsecretários.
Segundo o deputado, o Estado gastou, em
2015, mais de R$ 30 milhões para manter
um pouco mais de 120 servidores em cargos
de direção. Ele disse:
“É necessário que os secretários tenham
compromisso com o Rio de Janeiro, que eles
se enquadrem no teto salarial estadual de
R$28.800. Um salário que, por favor, não
tira a dignidade de ninguém! Não pagar no
início do mês a pensão ou a aposentadoria
daqueles que ganham menos e contribuíram a vida inteira pro Estado, isso sim é tirar a
dignidade do cidadão, concluiu Comte.
Natal dos Poetas
AANE – Associação Niteroiense de
Escritores fará a sua festa de Na-
tal no dia 13 próximo (terça feira) às
17 horas na Sociedade Fluminense de
Fotografia, na Rua Dr, Celestino, 115
– Centro de Niterói. O ingresso para
quem quiser participar será um brin-
quedo infantil (novo). A Associação
dará o encaminhamento destes brin-
quedos para crianças carentes.
Vereador Bruno Lessa
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ORAÇÃOASANTO EXPEDITO
Festa 19 de abril. Comemora-se todo dia 19
Se vc. está com algum
, precisa de
, peça a Santo Expedito. Ele é o
Santo dos Negócios que precisam de pronta
solução e cuja invocação nunca é tardia.
Problema Difícil e
aparentemente sem Solução
Ajuda Urgente
ORAÇÃO
Obrigado.
: Meu Santo Expedito da Causas
Justas e Urgentes, socorrei-me nesta hora
de aflição e desespero. Intercedei junto
ao Nosso Senhor Jesus Cristo! Vós que
sois o Santo dos Aflitos, Vós que sois o
Santo das Causas Urgentes, protegei-me,
ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e
Serenidade. Atendei o meu pedido: (fazer o
pedido) Ajudai-me a superar estas Horas
Difíceis, protegei-me de todos que possam
me prejudicar; Protegei minha família,
atendei o meu pedido com urgência.
Devolvei-me a Paz a Tranqüilidade
Serei grato pelo resto da minha vida
e levarei seu nome a todos que têm fé.
Rezar 1 Padre Nosso,1 Ave Maria
e Fazer o sinal da cruz.
“para que os pedidos sejam atendidos
é necessário que sejam justos”.
Agradeço a Santo Expedito a Graça Alcançada.Santo Expedito
Dr. Helder Machado
Urologia
Tratamentode
Cálculo Renal
a Raio Laser
Rua Dr. Celestino, 26
Centro - Niterói.
Tels:2620-2084 /2613-1747
Clínica
Atendemos UNIMED
eParticular
Atendimento24Hpelo tels:
8840-0001e9956-1620
Contra o Terror
O
Facebook, a Microsoft, o
Twitter e o YouTube anuncia-
ram na última segunda-feira
a realização de um acordo em escala
mundial para identificar rapidamente
“conteúdos com caráter terrorista”
em suas plataformas. As quatro em-
presas já haviam assumido um com-
promisso semelhantes sobre discursos
de ódio com a União Europeia.
De acordo com mensagens publica-
das, as empresas planejam criar um
banco de dados compartilhado que
inclua “impressões digitais” de fotos
e vídeos de propagandas e mensagens
de recrutamento “terroristas” retira-
dos de suas plataformas.
Ao compartilhar essas informações,
todas poderão utilizá-las para ajudar
a identificar conteúdos potencialmen-
te terroristas em suas respectivas pla-
taformas dirigidas ao grande público.
Porem, nenhuma será retirada ou blo-
queada automaticamente. Caberá a
cada empresa avaliar se o conteúdo
identificado viola suas regras. Assim
como cada uma decidirá quais vídeos
e imagens serão incluídas no banco de
dados compartilhado.
A iniciativa é anunciada quase sete
meses após as quatro empresas acer-
tarem o mesmo compromisso com a
União Europeia. Elas multiplicaram
seus apelos às redes sociais para in-
tensificarem a luta contra a propagan-
da jihadista online.
Como é na Europa
No domingo, a Comissão Europeia
informou que Facebook, Twitter, You-
Tube e Microsoft terão que agir mais
rápido para combater discursos de
ódio que circulam na internet ou terão
de se submeter a leis que as obriguem
a fazê-lo.
No fim de maio, as empresas aderi-
ram voluntariamente a um código de
conduta da comunidade europeia que
requer a remoção de conteúdos que
contenham discurso de ódio ou que
o acesso a eles seja desabilitado den-
tro de 24 horas. O acordo exige ainda
maior cooperação com organizações
civis e promoção de “contranarrati-
vas”.
O código de conduta faz parte dos
esforços das empresas para conter
manifestações de ódio em seus sites,
incluindo o desenvolvimento de ferra-
mentas para os usuários reportarem
conteúdo inapropriado e o treina-
mento de funcionários para lidar com
essas questões. Ao que parece mui-
to em breve a internet deixará de ser
“terra de ninguém”.
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Edgard Fonseca
edgardfonseca22@hotmail.com
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Rumores na Província
E
m Niterói é muito comum que uma
notícia, aparentemente sem maiores
riscos ou consequências, torne-se
motivo de burburinho e especulações. Na
semana passada o vereador Bruno Lessa
fez na tribuna da Câmara um comentário
a respeito da possibilidade de adiamento
da posse do vice-prefeito eleito, deputa-
do Comte Bittencourt. A colocação do
vereador, muito bem elaborada, aventou
apenas uma possibilidade, as implicações
legais e as reais necessidades. Para aque-
les desejosos de ter o que comentar, e os
interessados em desavenças políticas (prin-
cipalmente os perdedores da última eleição)
agitam-se e promovem informações falsas
e “plantam” dúvidas e versões. Para escla-
recimento público esta possibilidade existe
e é prevista legalmente. É preciso que haja
uma situação especial para que ocorra um
adiamento de posse, entre eles, motivos
de saúde, necessidade imperiosa de estar
distante do município, até em tratamento
médico, etc. A posse pode ser adiada até
180 dias, a contar de 1º de janeiro. Mas,
existem razões de tamanha importância ou
gravidade, como é a existente e atual, “crise
Um Sonho Desesperado
E
por falar em especulações ou sonhos
desesperados, o fato do nome do
prefeito Rodrigo Neves estar numa
lista, dita da Odebrecht, não tem (pelo
menos por enquanto) maior significado ou
representa qualquer ameaça ao mandato.
Em primeiro lugar, a lista que circula não
é oficial e pode, muito bem, estar servin-
do aos interesses de alguns realmente im-
plicados na Lavajato, para fazer um mix de
nomes (usando gente que nada tem a ver
com a história) e assim minimizar suas cul-
pas e “embaralhar as cartas”, diminuindo a
sua visibilidade, e fazendo parecer que es-
tão todos na mesma situação. No mais, é
sabido que o prefeito sempre teve relações
com o empresário Rodrigo Pessoa, e que
fez doações de campanha eleitorais em an-
teriores momentos, desde o tempo de ve-
reança. Até aí, não há crime, desde que os
recursos sejam declarados e nada se prove
como troca objetiva. Se existem provas, os
interessados devem apresenta-las. No mais,
é falação de esquina!
financeira do Estado, em fase aguda
e falimentar”. É um motivo relevante
e especialíssimo. Mas, muitos pode-
riam arguir quanto ao nexo entre a
crise e o município.
Explico: o vice-prefeito eleito é um
atuante deputado Estadual, com
declarado foco na defesa dos inte-
resses da cidade. Neste universo de
necessidades múltiplas terá maior
serventia ao município atuando na
Assembleia Legislativa. Terá poder e
voz junto ao governo do Estado na
defesa de interesses fundamentais do
município, interferindo e fiscalizando
as funções exclusivas do Estado, como é o
caso da segurança. Não é segredo que a
Polícia Militar está atuando em Niterói com
bravura, visto que as condições de trabalho
são mínimas. O contingente é inteiramente
insuficiente, falta tudo, até combustíveis, e
os salários são sempre ameaçados. A Polí-
cia Civil está na mesma circunstância; traba-
lham com esforço hercúleo, visto que falta
até tinta para impressora para dar uma via
de uma ocorrência, quando não falta papel
para impressão e até imprescindível papel
higiênico. Barbaridade mesmo!
Os repasses para escolas Estaduais, a me-
renda escolar e a manutenção das UPAs
também preocupa. Se falharem, os encar-
gos da Rede Municipal de Saúde aumentam
em níveis insuportáveis, quando não estão
atendendo pacientes desesperados de mu-
nicípios vizinhos. A situação é de guerra
mesmo; e daí, dizer que o quadro atual no
município se trata de motivo relevante e
situação especial, é pouco! Como se não
bastasse o desespero da suspensão do alu-
guel social, onde Niterói assiste as famílias
vítimas das calamidades e até os remanes-
centes da tragédia do Morro do Bumba. É
uma questão prática: o que é mais impor-
tante no momento? Um braço de atuação e
defesa do município, defendendo os nossos
pleitos ou um ilustre, mas vice-prefeito ape-
nas empossado? Qual será a grande neces-
sidade do vice-prefeito neste momento em
que o executivo está presente, não preten-
de sair no meio deste conflito e ainda, esta
prefeitura tem uma característica positiva.
O Axel Grael, que será agora um “super-
-secretário” e conhece tudo desta máquina.
Em última análise, se houver um grave e
inesperado acidente que impeça o prefeito
de atuar, poderá emergencialmente condu-
zir a situação enquanto o vice, que também
não vai estar longe, toma posse com a devi-
da urgência; e tudo estará resolvido.
O que é preciso parar é com estes falató-
rios especulativos e de interesse apenas em
quem quer plantar a discórdia para se be-
neficiar. O Comte é o vice-prefeito e tomará
posse sim! Na melhor e mais oportuna cir-
cunstância, usando todos os benefícios que
a lei permite. E fim de papo!
Entretanto, aos perdedores da eleição (no
voto), desesperadamente deliram e espa-
lham vozes que o prefeito será cassado.
Bobagem... Pelo menos, até agora não há
nenhuma possibilidade. Estes devaneios
dos perdedores em nada contribuem para
a democracia e mostram com são ressen-
tidos, recalcados e querem ganhar eleição
no “tapetão do Judiciário”. É lamentável
e mostra o nível de pobreza intelectual e
ético na questão. Esta possibilidade é re-
mota, e se assim o fosse, teria que haver
uma nova eleição. Não haveria a condução
do segundo lugar ao “Trono de Prefeito”.
E se houvesse outra eleição, se preparem,
pois já existem três ou quatro candidatos
fortes: Bruno Lessa, Paulo Bagueira, Sera-
fini e quem sabe... O vereador Cariello; ou
até mesmo uma inusitada candidatura de
um empresário. E porque não?
Esta falácia de Operação Lavajato de Nite-
rói foi uma pobre e desmedida retórica de
campanha. E a campanha já acabou!
Posse na AFL
Tomou posse na Academia Fluminense de Letras o escritor e novo acadêmico José Haddad. Na
foto com o presifente Waldenir Bragança, Eneida Fortuna e Marcia Pessanha.
Comte Bittencourt
Aldo Pessanha
Niterói
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Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Uma Meia-Sola
Constitucional
A
ssistimos com desalento o
desenrolar deste impasse
jurídico-constitucional que
foi a pretendida destituição do sena-
dor Renan Calheiros, da presidência
do Senado. A liminar se apoiava em
preceitos legais, e com jurisprudência
anterior, que foi a destituição da presi-
dência Câmara, do deputado Eduardo
Cunha. A situação foi igual. O minis-
tro Teori, monocraticamente o afastou
e o colegiado sacramentou. Neste caso
do senado, ficou clara solução política ao impasse, deixando-se de lado o rigor jurídico,
que cabe ao Supremo Tribunal. Este é um país de exceções, como foi aquele remendo de
última hora, feito pelo Renan e o ministro Ricardo Lewandowski , quando desfiguraram a
letra da lei e não suspenderam os direitos políticos da Dilma Rousseff, apesar de ter sido
impedida da função de presidente da República.
Renan é tão ardiloso que me faz pensar que ele já premeditava e que poderia usar o mesmo
expediente para uma necessidade pessoal.
Para o país, apesar da insatisfação geral, talvez tenha sido a melhor solução. Se o Senador
Jorge Vianna (PT), apesar do perfil conciliador assume o comando do senado, o PT iria
infernizar e tocar fogo no Brasil, para impedir o avanço de qualquer medida do governo
Temer, como já está fazendo, inclusive já pediu o impeachment do Michel Temer.
O Renan Calheiros foi para o tudo ou nada, e como deve ter um acervo de informações
privilegiadas, ficou claro o recuo e negociação do Supremo Tribunal em nome da gover-
nabilidade e contra uma possível crise institucional que poderia levar a um conflito sem
precedentes. Inclusive armado.
Salvem a Biblioteca
A
perspectiva de fechar a Biblioteca
Pública do Estado no Centro é mui-
to grande. Os funcionários, já com
problemas de recebimento de salário já re-
ceberam aviso prévio. Per-
dem os estudantes, espe-
cialmente os do Liceu, que
utilizam com mais regulari-
dade, perde a cidade e põe
em risco as instalações da
Academia Fluminense de
Letras, que está próxima de
fazer 100 anos, e ocupa uma parte das ins-
talações há muitos anos.
O presidente da Academia o médico, ad-
vogado e ex-prefeito de Niterói Waldenir
Bragança está se movimentando para que
os danos sejam minimizados. A prefeitura
de Niterói tinha anteriormente assumido o
encargo de pagar as despesas da bibliote-
ca, quando o Estado ameaçou fecha-la há
tempos atrás. Pagou os salários até setem-
bro deste ano, e espera-se que pague, pelo
menos, até dezembro de 2016; pois com
a chegada do ano novo e aumento das re-
ceitas advindas do IPTU, ainda restará uma
esperança de continuidade. É crise finan-
ceira para todo lado e nestas horas cultura
é relegada a segundo plano, quando não
desce ainda mais na escala de valores. A
Academia Fluminense tem dado sinais de
vitalidade com ingresso de novos membros
e espera-se que o prestígio dos próprios
acadêmicos possa fazer retroagir esta ne-
fasta perspectiva.
Waldenir Bragança é um
guerreiro inquebrantável
e conta com toda minha
admiração e apoio. O
que depender deste jor-
nal a Academia vai con-
tinuar.
Bastaria a construção de uma serventia se-
parada para acesso exclusivo, desde que
atualmente só existe acesso por dentro da
Biblioteca. Este movimento condiciona a
manutenção de funcionários para abrir e
fechar, além das responsabilidades patri-
moniais. Se houver o acesso exclusivo a
Academia Fluminense de letras manterá as
suas instalações com despesas por sua con-
ta. A questão é de arquitetura e trâmites
legais em relação ao tombamento. Com um
pouco de flexibilidade, do jeitinho das nos-
sas instituições jurídicas, poderemos fazer
uma “meia- entrada” no prédio, com uma
“meia-concessão”. A preservação do nosso
patrimônio intelectual e cultural, precisa de
uma “meia-solução”, que resolveria a inte-
gralidade do problema.
Almoço de Confraternização da ANL Segurança Jurídica e
Protagonismo Judicial
O desembargador Cesar Cury participa do livro da GZ Edi-
tora em parceria com os ministros Teori Zavaski e Luís Felipe
Salomão, no STF.Wil Moura, Antonio Soares, Liane Areas. Gracinha Rego, leda Mendes Jorge e Marlli Pretes
Aldo Pessanha
Renan Calheiros
Niterói
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Renda Fina
Aniversariantes da Edição
Paulo Roberto Cecchetti Lidice Teixeira Luiz Guilherme da Matta Liliandayse Marinho Pablo Rossken Stéphanie de Paula
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Confreternização dos Ex-Alunos do Abel
Na casa de João Vasconcelos Torres, em itaipu, o tradicional encontro dos ex- alunos e professores do Abel. Na oportunidade ouviu-se
a fala do professor Antonio Puhl.
Casamento de Isabelle e Adeilson
Festa de casamento em Camboinhas , na casa dos pais da noiva Isabelle Bonfim e Adeilson Barbosa
Verônica Peireira da Silva, Humberto Ripoll e José Raymundo Martins Romêo Marcos Vaz, Daniel Moisés, Paulo Chagas Freitas, Antonio Puhl, Julio Gil e João Batista Vascocelos Torres
Leandro Mansur, Mariana Reis,Adeilson Barboza, Isabelle Araújo.Branca Franco, Bruna Torreão, Anna Bonfim, Fernanda Loulin, Isabelle Araújo e Marcela
Kronemberg
Raquel & Julio Cerino
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9
Conexões
erialencar.arte@gmail.com
E! Games
dizjornal@hotmail.com
Jêronimo Falconi
O Último Guardião
O
s enredos dos videogames, assim
como dos filmes, possuem gran-
de variabilidade; vai da ação ao
terror, passando até pelo drama pessoal. E
não estou me referindo a um personagem
que se sacrifica para salvar o protagonista
no final do jogo.
Estou me referindo a The Last Guardian,
um dos games mais esperados do ano, pois
seu anuncio oficial aconteceu em 2009, e
lá se foram longos sete anos de hiato de
tempo...
O anuncio provocou um brilho no olhar dos
fãs de PlayStation na esperança de mais um
trabalho brilhante de Ueda.
The Last Guardian tem uma narrativa em
flashback, com um homem mais velho,
contando suas histórias – na época em que
encontrou a criatura co-
nhecida como “Trico” e
precisou aprender a ser
seu aliado.
O jogador assume o con-
trole do jovem dentro do
flashback, e precisa avan-
çar pelos cenários além
de aprender a lidar com
seu novo amigo.
A jogabilidade em tercei-
ra pessoa é similar a ICO
e Shadow of the Colossus
- outras produções de su-
cesso do diretor. É possí-
vel seguir e usar “Trico” de diversas formas:
como incentivá-lo a atacar inimigos, subir
em locais mais altos ou treinar outros tru-
ques com a criatura.
O game foi anunciado em 2009 para o
PS3, ainda sem previsão ou promessas de
lançamento, apenas com um trailer inicial.
Após isso, The Last Guardian passou por
enormes períodos de silêncio, e até por um
período de rumores sobre o cancelamento,
até aparecer de novo em 2012, quando foi
anunciada sua transferência do PS3 para o
PS4.
Para os donos do PS3 na época, a novidade
de que o jogo seria lançado apenas no PS4
veio como uma bomba. Muitos fãs compra-
ram o PS3 aguardando pelo novo game,
e esperando por mais novidades – logo,
sentiram-se traídos por parte da equipe de
desenvolvimento. Contudo, a Sony garan-
tiu que o desenvolvimento do jogo havia
se tornado muito complicado no PS3, por
conta da arquitetura do console e a gran-
diosidade que o título tomou. Assim, o PS4
tornou-se uma plataforma mais apropriada
para receber o game de forma exclusiva.
A Terra das “Primas”
Todo mundo sabe que Niterói sempre foi repleta
de profissionais do sexo, Até aí, tudo bem. Eles
prestam um relevante benefício social. E só torce
o nariz quem nunca precisou. Mas, num passado
recente as meninas se acomodavam pelos prédios
do Centro, discretamente, e somente as mais atre-
vidas botavam a cara nas ruas. Rua mesmo era para
travestis e vagabundos. Depois que fizeram aquela
invasão policial no prédio da Caixa na Amaral Pei-
xoto, com direito a prisão em massa com transporte
em ônibus, levou a prostituição para as ruas. Visto
que, prostituir-se nas ruas não é crime e ninguém
pode impedir. De uns tempos para cá as “primas” passaram a fazer ponto na esquina do
Banco Itau, na Amaral Peixoto. Ficam ali aos bandos. Eram mais discretas, mas com a crise
financeira e faltando fregueses, as meninas estão atacando e fazendo convites em alto e
bom som. Afinal, elas precisam sobreviver. A questão é que ficou muito escrachado. Passei
com minhas filhinhas de 9 e 11 anos. Eles perguntaram o que aquelas moças estavam ven-
dendo... Ficou grosseiro. Deviam deixar as meninas trabalharem num ambiente fechado.
Vai lá quem quer... Parem com essa história de criminalizar quem quer fazer o que quiser.
O que não pode é ficar aquele puteiro a céu aberto às 11 horas da manhã. Amaral Peixoto
virou Vila Mimosa ou Rua do Mangue. Uma zona, perto da delegacia da Civil, da justiça
e próximo da Federal.
Pau nos Aposentados
Nessa crise do governo do Rio de Janeiro nós apo-
sentados somos as maiores vítimas. Não que as
demais categorias não sofram. Todos sofrem, mas
é que nós já estamos num estágio da vida que para
conseguirmos novas rendas é mais difícil. Não só pela
idade e estado de saúde, mas a sociedade nos exclui
dos meios de produção. Trabalhamos duro todos es-
tes anos, não roubamos nada, pagamos regiamente as
nossas contribuições e agora vem um “Pezão da Vida” querer por na nossa conta o rombo
que deram? Vão cobrar do Sergio Cabral, e dos seus comparsas. Põe na conta deles! O Pe-
zão ainda vai ter muito que se explicar. Foi parceiro do Cabral, assumiu a responsabilidade
da continuidade e agora quer correr da raia... Vai ter que dar conta de tudo!
Cimento no Campo
Alô vocês aí do jornal. Soube que estão querendo
colocar muito cimento dentro do Campo de São
Bento. Pelo o que entendo, aquela pista que atraves-
sa toda praça já é de sobra. Vão querer “imperme-
abilizar” o resto? Não tem cabimento! Vocês aí que
são os únicos independentes, levantem essa historia
toda e protestem. Denunciem essas medidas contra
o vigor do meio ambiente. Ou será apenas alarme
falso? Vocês é que vão dizer!
Niterói
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10
Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com
Fernando de Farias Mello
ATENÇÃO PARAA MUDANÇA
Novos e-mails do Jornal Diz
Redação
dizjornal@hotmail.com | contato@dizjornal.com
Editoria
edgardfonseca22@hotmail.com
Fernando Mello, Advogado
www.fariasmelloberanger.com.br
e-mail: fmelloadv@gmail.com
Desumanidade à Brasileira
A
inda não estou refeito e vai demo-
rar. Enquanto o avião com o time
do Chapecoense se espatifava na
montanha, ceifando dezenas de vidas, so-
nhos e memórias, na Câmara dos Deputa-
dos, em Brasília, um bando de parlamenta-
res armava, conspirava, decidia derrubar a
operação Lava jato.
O pior é que não é força de expressão.
De fato, a macabra trama se deu no exato
momento em que o avião caia sobre a Co-
lômbia. Ainda assim, os parlamentares não
pararam de armar, de legislar em causa pró-
pria pouco se importando se estavam en-
vergonhando o Brasil diante de um mundo
estarrecido.
Nós, brasileiros, temos fama de cordatos,
solidários, altruístas. Como? Como se os
homens e mulheres que estão em Brasília,
gente sem alma, muitos sem ética, moral e
honestidade, foram colocados lá por nós,
através do voto. Cada deputado, cada se-
nador, cada vereador de nossa cidade está
lá porque nós colocamos. Cada presidente,
governador e prefeito, idem. Brasília não é
solidária. É covardemente covarde.
Como falar em generosidade, bon-
dade e altruísmo diante de um go-
vernador eleito por nós que decide
arrancar parte dos salários de mi-
lhares de pessoas (inclusive idosos
aposentados e pensionistas, com
seu dinheirinho contado) para tam-
par o rombo deixado pela corrup-
ção, causada por outros que tam-
bém elegemos no passado. Como?
Eles roubam e nós pagamos? Infeliz-
mente é assim. Ao votarmos neles,
assinamos um cheque em branco.
E não venham com essa discursei-
ra medíocre de que “brasileiro não
sabe votar” porque sabe votar, sim.
Vota no amigo do irmão do vizinho
do balconista do bar...
Imagino o impacto do livro “Macu-
naíma, o herói sem nenhum cará-
ter” que Mário de Andrade teve a
coragem de lançar em 1928. Afi-
nal, fica claro na obra que o “herói”
vadio, moleque e cafajeste, como o
Congresso Nacional, espelha uma
boa parte da sociedade brasileira.
Está na Wikipédia:
“O personagem-tí-
tulo, um herói sem
nenhum caráter, é um índio
que representa o povo bra-
sileiro. A frase caracterís-
tica do personagem é ”Ai,
que preguiça”!”. Como na
língua indígena o som “ai
que” significa “preguiça”,
Macunaíma seria dupla-
mente preguiçoso.”
“Macunaíma” virou filme
em 1969, quando o bri-
lhante e saudoso diretor
Joaquim Pedro de Andrade
filmou o mau-caratismo do
herói brasileiro. No papel
principal, o magistral Gran-
de Otelo revelou nossa alma perversa que
tentamos esconder desde 1.500.
Não sei como, nem quando surgiu a lenda
do “brasileiro é muito bonzinho”, mas pou-
cas vezes essa deformação coletiva ficou tão
evidente como agora. Bas-
ta ler os jornais para cons-
tatar que a nossa bondade
é cínica como boa parte
dos nossos representantes
no Congresso, na Alerj, na
Câmara Municipal, nos pa-
lácios e gabinetes.
Cínica, cruel, mau caráter
e covarde. Afinal, repito,
enquanto dezenas de jo-
vens atletas morriam a bor-
do de um avião espatifado
na Colômbia, no exato mo-
mento da tragédia as hie-
nas de Brasília, eufóricas,
mais uma vez legislavam
em causa própria tentando
fulminar a Lava Jato.
A sociedade brasileira está
longe, muito longe, do
ideal. Afagamos os maus,
mas exigimos atitudes per-
feitas dos homens de bem.
É triste, é lamentável, é
vergonhoso.
Pior, é verdade!
Alerj.
Aqui você
tem poder.
Baixe na
Chegou o aplicativo Carteirada do Bem.
As leis daAlerj
servem para quem
tem sede de justiça.
Ou só sede, mesmo.
Lei Estadual 2424/95: “Bares e restaurantes estão obrigados
a oferecer água filtrada de graça quando solicitada pelo cliente.”
Niterói
10/12 a 22/12/16
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Pela Cidade
11
Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Circuito das Artes
Niterói
O
Circuito das Artes Niterói teve início em Outubro
de 2014. O projeto era para acontecer uma vez
ao ano, mas ampliou-se e passou a ser realizado
diversas vezes no ano.
Neste 2 anos de existência, o Circuito iniciou na praça
Getúlio Vargas e depois na Praça Dom Navarro, ambas
em Icaraí.
Teve como objetivo principal estimular o uso dos espaços
públicos em um formato onde o cidadão percebe a impor-
tância de cuidar e desfrutar do espaço que é seu, além de
promover projetos artísticos e incentivar novos empreen-
dedores, o que foi alcançado com excelência.
A caminho de seu terceiro ano, o Circuito das Artes Ni-
terói será realizado na Praça Nilo Peçanha (ao lado do
restaurante Solar do Jambeiro), situada na
Rua Presidente Domiciano, na Boa Viagem.
E aproveitando o clima de final de ano o
Circuito lançará a edição temática ‘’Festival
de Verão’’.
Será uma grande festa ao ar livre que con-
tará com diversas atividades e atrações cul-
turais (shows/dança/sarau/oficinas/brinque-
dos/exposições/teatro), um cardápio amplo
e variado de cervejas artesanais, gastrono-
mia vegana e artesanal, e produtos para
presentes de Natal.
Para saber mais e acompanhar a pro-
gramação completa, confira o facebook/
CircuitodasArtesNiterói e instagram @
circuitodasartesniteroi ou através do email
circuitodasartesniteroi@gmail.com.
Literatura na
Varanda
U
m mistura de debate, recital de poesias e música
configura a III edição de “Literatura na Varanda”,
que neste evento terá como tema “O homem mo-
derno em James Joyce e Franz Kafka”.
Para aqueles que curtem literatura, especialmente obras de
autores como Joyce (1882 - 1941) e Kafka (1883 - 1924),
poderão participar do encontro no dia 12 de dezembro,
(segunda feira) a partir das 18 horas, no Curso Animator,
Rua Visconde de Morais, 255 - Ingá - Niterói. A entrada
é franca.
Literatura na Varanda traz três escritores convidados: Thia-
go David, que será o mediador, Márwio Câmara, que será
o palestrante sobre a obra de James Joyce e Winter Bastos,
que falará sobre Franz Kafka. Nos intervalos haverá recital
de poesias com participação livre do público.
Mais informações- telefones: 3607-0037 / 3741-2150
Os Cemitérios
de Niterói
A
má conservação dos cemitérios de Niterói já acon-
tece a muito tempo. Não se explica, na medida em
que existe demanda e muita gente pagando pelos
serviços. Como se sabe a arrecadação é mais que sufi-
ciente para uma manutenção digna e satisfatória. Ao que
parece, esta má gestão constante é sintoma de que querem
privatizar o serviço e para tanto precisam de uma justifica-
tiva aceitável, como administração insuficiente e acima de
tudo negligente e aviltante.
A situação do Cemitério do Maruí, do Cemitério de Cha-
ritas e de Itaipu é mais ou menos idêntica. No Maruí, no
Barreto, recentemente houve um flagrante de ossadas ex-
postas, urnas abertas, depredação e furto de adereços de
túmulos e jazigos perpétuos . Os inúmeros episódios de
descaso se repetem há muitos anos e atualmente somente
os urubus vigiam os corpos em decomposição.
A prefeitura de Niterói fala em firmar uma parceria públi-
co-privada para fazer uma reforma definitiva no local.
17 e 18 de dezembro
de 10 às 22h.
Cemitério do Maruí em mau estado
Palestrante Escritor Thiago David
Arte coletiva na praça
Niterói
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Em Foco
12
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Demolição no HPJ para Passagem da Transoceânica
O
Consorcio da Transoceânica, res-
ponsável pelas obras do mesmo
nome, deu continuidade a demo-
lição de parte do Hospital Psiquiátrico de
Jurujuba, seguindo o seu cronograma para
conclusão desta obra viária.
São necessárias algumas ponderações em
relação à questão do meio ambiente e ca-
racterísticas do local. É claro que a esta
altura, em vias de conclusão desta etapa
da obra, a demolição era prevista e segu-
ramente seria executada. A questão que se
levanta é que a executora da obra poderia
ter tido critérios mais cuidadosos quanto à
preservação de algumas árvores, algumas
delas com características centenárias; e há
informação sobre vestígios arqueológicos
que estão sendo remexidos sem critério
adequado.
A Emusa poderia ter tido o cuidado de bus-
car a preservação dessas árvores que fo-
ram arrancadas sem que fosse demonstrada
a necessidade imperiosa para a abertura e
conclusão da nova via.
A perda de área do Hospital é algo a ser
considerado, visto que precisa seguir com
a emergência 24 horas, e todas as enfer-
marias funcionando e o atendimento espe-
cializado.
O vereador Paulo Eduardo Gomes e sua
assessoria travou grande peleja no local
para tentar salvar algumas árvores entre as
tantas que foram derrubadas sem critérios
definidos. Ele disse: “estas árvores cente-
nárias poderiam ter sido poupadas simples-
mente com a boa vontade da empreiteira
em alterar levemente o traçado previsto
para algumas calçadas e vias. Mas, não há
sensibilidade para isso e optam sempre por
destruir ao invés de construir alternativas
mais justas e adequadas”.
Por fim, tudo que conseguiu foi poupar
apenas uma árvore, depois de muita luta
dos profissionais de saúde e dos usuários,
que conseguiram manter uma pequena área
externa no Hospital. E isto ocorreu após
muita negociação e a análise da Concessio-
nária de que seria muito trabalhoso mexer
numa grande cisterna existente na frente do
Hospital.
“Há uma promessa de cinco hectares de re-
florestamento como mitigação, no entanto,
além de desconfiar da fiscalização destas
medidas por parte do Executivo, sabemos
que a área verde e extremamente favorável
para os pacientes do HPJ jamais voltarão a
existir. Soluções técnicas mais baratas e rá-
pidas foram novamente priorizadas ao invés
de soluções ambientalmente corretas, cria-
tivas e menos impactantes. Além disso, a
luta deve ser ampliada para seguir com o
caráter humanizado e de qualidade do HPJ,
com a manutenção dos atuais atendimen-
tos e nenhuma perda para a rede de saúde
mental.” Concluiu o vereador.
Fernando Tinoco
Árvore centenária é sacrificada Verador Paulo Eduardo Gomes acompanha obras da demolição
Demolição irrecorrívelSem Piedade na linha de contorno

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  • 1. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com Diretor Responsável: Edgard Fonseca Circula por 15 dias Diz: Todo Mundo Gosta MylenaAraújo–cabelo:RafaellaCosta–maquiagem:FernandaMoço–acessórios:FernandaLouback‐foto:JulioCezarCerino Edição Online Para Um Milhão e Oitocentos Mil Leitores Zona Sul, Oceânica e Centro de Niterói16 Mil Exemplares Impressos 1ª Quinzena Nº 166 de Dezembro Ano 08 de 2016 Ferreira Goulart: Versos no Céu. Página 03
  • 2. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 2 Cultura Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com annaperet@gmail.com DIZ pra mim... (que eu conto) Anna Carolina Peret Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Pasárgada V ocê já pensou em quão bom seria viver longe desse mundo louco em que estamos imersos? Não seria perfeito poder se distanciar permanente- mente de tanta violência e corrupção? E que tal poder fugir da grandiosidade per- turbadora e doentia das grandes cidades? Menos estresse, menos poluição, maior liberdade, mais contato com a natureza. Seria bom, não seria? E que tal colocar esses planos em prática? Obviamente, não seria fácil. E mais: para todo bônus, há um ônus. Sabemos que existem consequências tangíveis para tal atitude. Por outro lado, será que não valeria a pena pagar a conta para conseguir ficar longe da perversidade patológica do dia-a-dia? E é nesta temática que “Capitão Fantás- tico” (“Captain Fantastic”, no original) é construído. O filme narra a história de um casal que rompe com o status quo, foge da cidade grande e decide criar seus filhos em um ambiente natural, ensinando-os por conta própria, sem a interferência do sis- tema tradicional das escolas. A família vive na floresta, aprendendo a sobreviver por conta própria. A questão é que a mãe fica doente e é internada. O resto da família, entretanto, permanece reclusa. Tempos de- pois, a mãe falece e as crianças convencem o pai para levá-las ao en- terro. O interessante é que esta ida ao funeral se torna o primeiro con- tato das crianças com a tenebrosa civilização. Uma inserção forçada de almas limpas e puras no mundo cão! Longe de ser uma pro- dução triste e melancóli- ca, trata-se de uma obra prima em termos antro- pológicos – pois, ten- ta, em última analise, entender o homem em suas múltiplas dimensões. Além disso, trata-se de uma película divertidíssima. E, entre um sorriso e outro, instalam-se ques- tionamentos profundos (e necessários!) na mente dos espectadores. Até que ponto devemos satanizar os comportamentos mais rebeldes, que rompem com os dita- mes sociais, em busca de uma existência consistente, que faça sentido? E, parale- lamente, nos perguntamos se cabe a nós continuar reproduzindo um sistema en- gendrado para o consumo, no qual pouco somos chamados a pensar, mas somos, ne- cessariamente, doutrinados para obedecer? São tantas indagações pertinentes que as mesmas transbordam o tempo da projeção e irrompem numa intensa reflexão da nossa existência. Percebam meus amigos: não estou aqui in- flando o peito, bradando e militando por uma luta contra o sistema vigente. Não es- tou nem apoiando e nem repudiando qual- quer comportamento ligado ao capitalismo. Muito menos estou sugerindo uma dieta alternativa, politicamente correta, orgâni- ca, sem glúten, nem lactose... Muito menos prescrevo a necessidade irre- futável de uma vida sexualmente ati- va, exercícios físicos semanais, sono satisfatório e visitas regulares ao mé- dico. Também não estou conspiran- do contra os usuários de roupas de marca, amaldiçoando o consumismo exacerbado ou quaisquer alinhamen- tos que se encaixam nesse grupo. Estou apenas dizendo que, de uma forma bastante ampla, interessa-me exaltar o quão libertador seria poder não estar na “panela de pressão” que se tornou a contemporaneida- de. Tantas noticias ruins, tanta falta de perspectiva... Creio que nem Maquiavel poderia prever tamanha crueldade política. Nem Marx conseguiria vislumbrar tamanha perversidade do capital. Nem Rousseau poderia imaginar que, após tantas conquis- tas democráticas, esta instituição fracassa- ria tão solenemente. E nem eu, mera pro- letária, metida à entendida da sétima arte, poderia conceber tamanha lama na qual nossos porcos políticos chafurdam, e que, pouco a pouco, afundam este pais. Acho que vou seguir Manuel Bandeira... Vou-me embora pra Pasárgada! - Dia 18 de dezembro, domingo, a partir das 10 horas da manhã, os “Escritores ao ar Livro” estarão comemorando o ‘Natal na Praça’ Getúlio Vargas, Icaraí. - Na Academia Fluminense de Letras/AFL, dia 10 de de- zembro, às 10 horas, com inúmeros intelectuais e amigos presentes, Matilde Slaibi Conti (foto) será empossada ‘Intelec- tual do Ano’. Merecida home- nagem. - A 3ª edição do evento Lite- ratura na Varanda acontece dia 12 de dezembro, 2ª feira, a partir das 18 horas, na Animator (Rua Visconde de Morais, nº 255 - Ingá). Entrada franca. - A Sala Leila Diniz (Rua Professor Heitor Carrilho, nº 81 - Centro) apresenta até 09 de dezembro a exposição ‘Ou- topos’, de Lu e Carlos Valença. Ainda dá tempo de visitar! - Levi Luz, Ludlima Kraichete e Thais de Oliveira Leal es- tão promovendo, na Feira INGART - 2ª edição, curtas de animação e histórias em quadrinhos. Dia 17 de dezembro, sábado, com início às 13 horas.
  • 3. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 3 Documento dizjornal@hotmail.com Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Ferreira Goulart: Versos no Céu O nome dele era José Ribamar Ferreira, mas usou o pseudônimo de Fer- reira Gullar em toda trajetória pessoal. O Gullar é um dos sobrenomes da sua minha mãe. Militou no jornalismo, foi poeta, escritor, biógrafo, crítico de arte, memorialista, tradutor, ensaísta e um dos fundadores do neoconcretismo. Nasceu em São Luís, Maranhão, em 10 de setembro de 1930. Teve três filhos: Luciana, Marcos e Paolo. Na semana passada, passou... Colocou letra numa música de Villa Lobos que hoje reflete a sua pas- sagem para outra dimensão: “Lá vai o trem com o menino, lá vai a vida a rodar, lá vai ciranda e destino, cidade noite a girar, lá vai o trem sem destino, pro dia novo encontrar”... E ra um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, e como é muito popular no Maranhão, era “José Ribamar”. Aos 13 anos iniciou a sua história como poeta e aos 18 publicou seu primeiro li- vro: “Um Pouco Acima do Chão”, (em 1949). Depois, na poesia, seguiram-se mais 15 títu- los, entre eles o mais famoso, (1976) ““Poe- ma Sujo, (onde se localiza a letra de Trenzinho do Caipira, escrita pelo poeta e acrescentada a musica de Heitor Villa-Lobos, que é parte inte- grante da peça Bachianas Brasileiras nº 2). Ferreira Goulart era um pensador, e no seu hu- manismo politizado marcou a história da lite- ratura brasileira. Era o poderíamos chamar de “esquerda consciente”, livre do pensamento ortodoxo e dos dogmas estáticos. Combateu com suas ideias, sofreu perseguição da ditadura militar, foi preso, exilado. Morou na União So- viética, no Chile e na Argentina. Apesar da sua militância no Partido Comunista, o seu pensa- mento dinâmico, reflexivo e contestador, levou- -o a travar discussões e desavenças com com- panheiros; desgastado e desiludido abandonou o socialismo, que considerou fracassado. Era um homem de letras e muita produção. Já morando no Rio de Janeiro a partir de 1951, começa a trabalhar na redação da "Revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comér- cio". Em 1954, casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teve os três filhos. No fi- nal deste ano passa a trabalhar como revisor na revista Manchete. Em 1955 foi trabalhar no Diário Carioca e, posteriormente, engaja-se no projeto "Suplemento Dominical" do Jornal do Brasil. Participou da exposição Concretista (1956), que foi o marco de partida da Poesia Concreta. Em 1959, por discordar deste for- mato, abandonou o movimento e criou junto com Hélio Oiticica e Ligia Clark o neoconcre- tismo, que valorizava a expressão subjetiva em contraposição a ortodoxia do concretismo. Também se afastou deste grupo, por acreditar que o movimento levaria ao abandono do vín- culo entre a palavra e a poesia. Ainda no início dos anos de 1960, envolveu-se com os Centros Populares de Cultura passando a produzir uma poesia engajada. Com a posse de Jânio Quadros, em 1961, foi nomeado diretor da Fundação Cultural de Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte Popular e inicia sua construção e passa a não atuar nos movimentos de vanguarda. Em 1962, começa a trabalhar como copidesque na filial carioca do jornal O Estado de São Paulo, no qual trabalhou por 30 anos. Ao ingressar no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC) publica "João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" e "Quem Matou Aparecida". No dia 1º de abril de 1964, logo após o golpe militar, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro, ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Thereza Ara- gão, Paulo Pontes, entre outros, que fundam o "Grupo Opinião". Em 1966, a peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", escrita em parceria com Oduvaldo Viana Filho, e encenada pelo "Grupo Opinião" no Rio de Janeiro, conquista os prê- mios Saci e Molière. Com a assinatura do Ato Institucional nº 5, foi preso, em companhia de Paulo Francis, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Em 1970 entra na clan- destinidade e passa a dedicar-se a pintura. Em 1971, informado do risco que corria se con- tinuasse no Brasil, decide partir para o exílio, período que colabora com o semanário "O Pas- quim", sob o pseudônimo de Frederico Mar- ques. Em 1974, o Supremo Tribunal Federal por unanimidade o absolve da acusação. Em Buenos Aires, na casa de Augusto Boal, Vinicius de Moraes organizou uma sessão de leitura e pede uma cópia do Poema Sujo para trazer para o Rio. Por precaução, o poema é gravado em fita cassete. Vinicius promove di- versas sessões para que intelectuais e jornalistas ouvissem o "Poema Sujo". O editor Ênnio Sil- veira pede uma cópia do texto para publicá-lo em livro. Enquanto isso, diversas cópias da gra- vação circulam pelo Rio de Janeiro em sessões fechadas de audição. Em 1977 volta ao Brasil, mas é imediatamente preso pelo Departamento de Polícia Política e Social, órgão sucessor do famoso "DOPS". A prisão infundada acaba 72 horas após interven- ção de amigos junto aos militares. Retorna às atividades de jornalista, crítico e poeta, quando lança "Antologia Poética". No ano seguinte, 1978, grava o disco "Antologia poética de Ferreira Gullar" e, sob a direção de Bibi Ferreira, encena a peça teatral "Um Rubi no Umbigo". Assim inaugura a sua participação como autor teatral, e começa a escrever para o Grupo de Dramaturgia da Rede Globo, indica- do pelo amigo Dias Gomes. Em comemoração aos seus 50 anos de vida em 1980, reúne "Na vertigem do dia" e "Toda po- esia" e publica num só livro, enquanto estreia a versão teatral do "Poema Sujo", com a interpre- tação de Rubens Corrêa e Esther Góes, sob a direção de Hugo Xavier, na Sala Sidney Miller, no Rio de Janeiro. Em 1983 a Rede Globo exibe o seu especial "Insensato coração" e em 1984, recebe o título de "Cidadão Fluminense" na As- sembleia Legislativa do Rio. Em 1985 foi agra- ciado como prêmio Molière, até então inédito para a categoria tradutor. Em 1990 publica "A estranha vida banal", cole- tânea de 47 crônicas escritas para o Jornal do Brasil e o Pasquim. Colabora com Dias Gomes na novela "Araponga". Neste ano morre Mar- cos, seu filho mais novo. Em 1992 foi nomeado diretor do Instituto Bra- sileiro de Arte e Cultura (IBAC), onde perma- nece até 1995. Goulart escreve em parceria com Dias Gomes e Marcílio Moraes a minissérie "As noivas de Co- pacabana", exibida pela Rede Globo. Em 1993, lança, "Argumentação contra a morte da arte". Em 1994 morre, no Rio, sua mulher Thereza Aragão. Em 1997, lança "Cidades inventadas", coletânea de contos escritos ao longo de 40 anos. Neste ano passa a viver com a poeta Cláudia Ahimsa. Lança, em 1999, o livro "Muitas Vozes" e rece- be o Prêmio Jabuti, categoria poesia. Também, recebe o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional. Em 2000, no Museu de Arte Moderna do Rio, é inaugurada a exposição "Ferreira Gullar 70 anos" marcando o aniver- sário do poeta. Recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gati- nho”, 17 poemas sobre seu felino, escrito para crianças. Em 2002 foi indicado ao Prêmio Nobel de Lite- ratura por titulares de universidades do Brasil, Estados Unidos e Portugal. Relançou “Cultura posta em questão” e “Vanguarda e subdesen- volvimento”. Em dezembro recebeu o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a escritores, instituições culturais e artistas de fora da Eu- ropa. Em 2010 conquistou o Prêmio Luís de Camões, o mais importante prêmio literário da Comuni- dade de Países de Língua Portuguesa. Rendeu ao escritor 100 mil euros. Em 2014, foi eleito para Academia Brasileira de Letras, ocupando a 37ª cadeira da ABL. Apesar de ter sido biografo da psiquiatra Nise da Silveira, (ativista contra as práticas nos trata- mentos primitivos e desumanos nos “hospícios” brasileiros, e uma das apoiadoras do Movimen- to Antimanicomial no Brasil) o poeta se rebe- lou contra os Movimentos de Desinternação nos Hospitais Psiquiátricos com a consequen- te inserção do paciente na sociedade. Poderia parecer contraditório, entretanto, Goulart so- freu com os dois filhos homens, portadores de problemas mentais. Um deles, muito agressivo, que segundo ele, necessitava ser mantido inter- nado em hospitais psiquiátricos. Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro em decor- rência de vários problemas respiratórios que resultou em uma pneumonia. A sua densa poesia reflete a mente revolucioná- ria em todas as nuances e instâncias: “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humi- lhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz”. Perde o Brasil um dos seus maiores escritores; perdemos todos os versos e a irreverencia de um pensador. Ele foi fazer versos no céu. Seu ingresso será certo, como serão possíveis as contestações e tentativas de transformação. Depois dele o céu não será mais o mesmo...
  • 4. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 4 Informes Expediente Edgard Fonseca Comunicação Ltda. R Otavio Carneiro 143/704 - Niterói/RJ. Diretor/Editor: Edgard Fonseca Registro Profíssional MT 29931/RJ Distribuição, circulação e logística: Ernesto Guadelupe Diagramação: Eri Alencar Impressão: Tribuna | Tiragem 16.000 exemplares Redação do Diz R. Cônsul Francisco Cruz, nº 3 Centro - Niterói, RJ - Tel: 3628-0552 |9613-8634 CEP 24.020-270 dizjornal@hotmail.com www.dizjornal.com Os artigos assinados são de integral e absoluta responsabilidade dos autores. D! Nutrição clara.petrucci@dizjornal.com | Instagram: Clara PetrucciEdição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Distribuidora Guadalupe 25 Anos de bons serviços Jornais Alternativos - Revistas - Folhetos - Encartes Demonstração de Placas Sinalizadoras Entrega de Encomendas e Entregas Seletivas Niterói - Rio de Janeiro - São Gonçalo - Itaboraí - Magé - Rio Bonito - Maricá - Macaé eguada@ar.microlink.com.br guada@ar.microlink.com.br 99625-5929 | 98111-0289 3027-3281 | 2711-0386 (sec.elet. 7867-9235 ID 10*73448 DG Alimentação Após o Parto C onfesso que nutrição materno in- fantil nunca foi meu forte, mas por estar vivendo a maternidade a gente acaba relembrando muito coisa, e sentindo na pele a importância de uma boa alimenta- ção; não só durante a gestação, mas, após o parto. Para quem está amamentando seu bebê ou não, é muito importante manter o equilíbrio do aporte de nutrientes, líquidos e fibras, não só pelo leite, mas por si mesma. A mu- lher precisa estar muito bem para saber li- dar com a revolução hormonal dentro dela, manter o intestino bem saudável e oferecer todos os aminoácidos que ajudam na pro- dução de neurotransmissores e hormônios que amenizam essa situação. Outro fator que devemos levar em conta é a oferta de carboidratos. Por conta de não estarmos dormindo muito, os hormônios responsáveis por fome e saciedade ficam meio loucos e precisamos saber lidar com isso também. É necessário consumi-los equilibradamente. Procure um profissional capacitado para cuidar de você. Quando viramos mãe, es- quecemo-nos de nós, mas precisamos ter saúde para cuidar dos filhos. Aos papais, peço que alimentem as mães de compreensão, esse é um alimento cru- cial neste momento. LOA 2017 de Niterói Recebeu 310 Emendas A Secretaria da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Niterói contabilizou um total de 310 emendas apresentadas à Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2017. A Comissão de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento, presidida pelo vereador Bira Marques (PT), trabalha na analise de todas as propostas e selecionar aquelas que po- derão ser levadas a plenário. Niterói é um município com recursos bastantes para suas necessidades, e uma correta aplicação impedirá de se contaminar com a crise financeira e social do Estado do Rio de Janeiro. O ano de 2017 será para o Estado, e também para o país, um exercício de muitas dificuldades. Niterói fica refém daquilo que depende do Estado, como segurança, educa- ção e saúde. O município poderá ter embaraços, mas muito menores que outros municí- pios e o governo do Estado que se encontra em grave crise. Fim dos Supersalários no Executivo AALERJ a emenda do deputado Comte Bittencourt (foto), que põe fim aos su- persalários dos secretários e subsecretários. Segundo o deputado, o Estado gastou, em 2015, mais de R$ 30 milhões para manter um pouco mais de 120 servidores em cargos de direção. Ele disse: “É necessário que os secretários tenham compromisso com o Rio de Janeiro, que eles se enquadrem no teto salarial estadual de R$28.800. Um salário que, por favor, não tira a dignidade de ninguém! Não pagar no início do mês a pensão ou a aposentadoria daqueles que ganham menos e contribuíram a vida inteira pro Estado, isso sim é tirar a dignidade do cidadão, concluiu Comte. Natal dos Poetas AANE – Associação Niteroiense de Escritores fará a sua festa de Na- tal no dia 13 próximo (terça feira) às 17 horas na Sociedade Fluminense de Fotografia, na Rua Dr, Celestino, 115 – Centro de Niterói. O ingresso para quem quiser participar será um brin- quedo infantil (novo). A Associação dará o encaminhamento destes brin- quedos para crianças carentes. Vereador Bruno Lessa
  • 5. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 5 InternetLaio Brenner - dizjornal@hotmail.com ORAÇÃOASANTO EXPEDITO Festa 19 de abril. Comemora-se todo dia 19 Se vc. está com algum , precisa de , peça a Santo Expedito. Ele é o Santo dos Negócios que precisam de pronta solução e cuja invocação nunca é tardia. Problema Difícil e aparentemente sem Solução Ajuda Urgente ORAÇÃO Obrigado. : Meu Santo Expedito da Causas Justas e Urgentes, socorrei-me nesta hora de aflição e desespero. Intercedei junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo! Vós que sois o Santo dos Aflitos, Vós que sois o Santo das Causas Urgentes, protegei-me, ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e Serenidade. Atendei o meu pedido: (fazer o pedido) Ajudai-me a superar estas Horas Difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar; Protegei minha família, atendei o meu pedido com urgência. Devolvei-me a Paz a Tranqüilidade Serei grato pelo resto da minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Rezar 1 Padre Nosso,1 Ave Maria e Fazer o sinal da cruz. “para que os pedidos sejam atendidos é necessário que sejam justos”. Agradeço a Santo Expedito a Graça Alcançada.Santo Expedito Dr. Helder Machado Urologia Tratamentode Cálculo Renal a Raio Laser Rua Dr. Celestino, 26 Centro - Niterói. Tels:2620-2084 /2613-1747 Clínica Atendemos UNIMED eParticular Atendimento24Hpelo tels: 8840-0001e9956-1620 Contra o Terror O Facebook, a Microsoft, o Twitter e o YouTube anuncia- ram na última segunda-feira a realização de um acordo em escala mundial para identificar rapidamente “conteúdos com caráter terrorista” em suas plataformas. As quatro em- presas já haviam assumido um com- promisso semelhantes sobre discursos de ódio com a União Europeia. De acordo com mensagens publica- das, as empresas planejam criar um banco de dados compartilhado que inclua “impressões digitais” de fotos e vídeos de propagandas e mensagens de recrutamento “terroristas” retira- dos de suas plataformas. Ao compartilhar essas informações, todas poderão utilizá-las para ajudar a identificar conteúdos potencialmen- te terroristas em suas respectivas pla- taformas dirigidas ao grande público. Porem, nenhuma será retirada ou blo- queada automaticamente. Caberá a cada empresa avaliar se o conteúdo identificado viola suas regras. Assim como cada uma decidirá quais vídeos e imagens serão incluídas no banco de dados compartilhado. A iniciativa é anunciada quase sete meses após as quatro empresas acer- tarem o mesmo compromisso com a União Europeia. Elas multiplicaram seus apelos às redes sociais para in- tensificarem a luta contra a propagan- da jihadista online. Como é na Europa No domingo, a Comissão Europeia informou que Facebook, Twitter, You- Tube e Microsoft terão que agir mais rápido para combater discursos de ódio que circulam na internet ou terão de se submeter a leis que as obriguem a fazê-lo. No fim de maio, as empresas aderi- ram voluntariamente a um código de conduta da comunidade europeia que requer a remoção de conteúdos que contenham discurso de ódio ou que o acesso a eles seja desabilitado den- tro de 24 horas. O acordo exige ainda maior cooperação com organizações civis e promoção de “contranarrati- vas”. O código de conduta faz parte dos esforços das empresas para conter manifestações de ódio em seus sites, incluindo o desenvolvimento de ferra- mentas para os usuários reportarem conteúdo inapropriado e o treina- mento de funcionários para lidar com essas questões. Ao que parece mui- to em breve a internet deixará de ser “terra de ninguém”.
  • 6. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 6 Edgard Fonseca edgardfonseca22@hotmail.com Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Rumores na Província E m Niterói é muito comum que uma notícia, aparentemente sem maiores riscos ou consequências, torne-se motivo de burburinho e especulações. Na semana passada o vereador Bruno Lessa fez na tribuna da Câmara um comentário a respeito da possibilidade de adiamento da posse do vice-prefeito eleito, deputa- do Comte Bittencourt. A colocação do vereador, muito bem elaborada, aventou apenas uma possibilidade, as implicações legais e as reais necessidades. Para aque- les desejosos de ter o que comentar, e os interessados em desavenças políticas (prin- cipalmente os perdedores da última eleição) agitam-se e promovem informações falsas e “plantam” dúvidas e versões. Para escla- recimento público esta possibilidade existe e é prevista legalmente. É preciso que haja uma situação especial para que ocorra um adiamento de posse, entre eles, motivos de saúde, necessidade imperiosa de estar distante do município, até em tratamento médico, etc. A posse pode ser adiada até 180 dias, a contar de 1º de janeiro. Mas, existem razões de tamanha importância ou gravidade, como é a existente e atual, “crise Um Sonho Desesperado E por falar em especulações ou sonhos desesperados, o fato do nome do prefeito Rodrigo Neves estar numa lista, dita da Odebrecht, não tem (pelo menos por enquanto) maior significado ou representa qualquer ameaça ao mandato. Em primeiro lugar, a lista que circula não é oficial e pode, muito bem, estar servin- do aos interesses de alguns realmente im- plicados na Lavajato, para fazer um mix de nomes (usando gente que nada tem a ver com a história) e assim minimizar suas cul- pas e “embaralhar as cartas”, diminuindo a sua visibilidade, e fazendo parecer que es- tão todos na mesma situação. No mais, é sabido que o prefeito sempre teve relações com o empresário Rodrigo Pessoa, e que fez doações de campanha eleitorais em an- teriores momentos, desde o tempo de ve- reança. Até aí, não há crime, desde que os recursos sejam declarados e nada se prove como troca objetiva. Se existem provas, os interessados devem apresenta-las. No mais, é falação de esquina! financeira do Estado, em fase aguda e falimentar”. É um motivo relevante e especialíssimo. Mas, muitos pode- riam arguir quanto ao nexo entre a crise e o município. Explico: o vice-prefeito eleito é um atuante deputado Estadual, com declarado foco na defesa dos inte- resses da cidade. Neste universo de necessidades múltiplas terá maior serventia ao município atuando na Assembleia Legislativa. Terá poder e voz junto ao governo do Estado na defesa de interesses fundamentais do município, interferindo e fiscalizando as funções exclusivas do Estado, como é o caso da segurança. Não é segredo que a Polícia Militar está atuando em Niterói com bravura, visto que as condições de trabalho são mínimas. O contingente é inteiramente insuficiente, falta tudo, até combustíveis, e os salários são sempre ameaçados. A Polí- cia Civil está na mesma circunstância; traba- lham com esforço hercúleo, visto que falta até tinta para impressora para dar uma via de uma ocorrência, quando não falta papel para impressão e até imprescindível papel higiênico. Barbaridade mesmo! Os repasses para escolas Estaduais, a me- renda escolar e a manutenção das UPAs também preocupa. Se falharem, os encar- gos da Rede Municipal de Saúde aumentam em níveis insuportáveis, quando não estão atendendo pacientes desesperados de mu- nicípios vizinhos. A situação é de guerra mesmo; e daí, dizer que o quadro atual no município se trata de motivo relevante e situação especial, é pouco! Como se não bastasse o desespero da suspensão do alu- guel social, onde Niterói assiste as famílias vítimas das calamidades e até os remanes- centes da tragédia do Morro do Bumba. É uma questão prática: o que é mais impor- tante no momento? Um braço de atuação e defesa do município, defendendo os nossos pleitos ou um ilustre, mas vice-prefeito ape- nas empossado? Qual será a grande neces- sidade do vice-prefeito neste momento em que o executivo está presente, não preten- de sair no meio deste conflito e ainda, esta prefeitura tem uma característica positiva. O Axel Grael, que será agora um “super- -secretário” e conhece tudo desta máquina. Em última análise, se houver um grave e inesperado acidente que impeça o prefeito de atuar, poderá emergencialmente condu- zir a situação enquanto o vice, que também não vai estar longe, toma posse com a devi- da urgência; e tudo estará resolvido. O que é preciso parar é com estes falató- rios especulativos e de interesse apenas em quem quer plantar a discórdia para se be- neficiar. O Comte é o vice-prefeito e tomará posse sim! Na melhor e mais oportuna cir- cunstância, usando todos os benefícios que a lei permite. E fim de papo! Entretanto, aos perdedores da eleição (no voto), desesperadamente deliram e espa- lham vozes que o prefeito será cassado. Bobagem... Pelo menos, até agora não há nenhuma possibilidade. Estes devaneios dos perdedores em nada contribuem para a democracia e mostram com são ressen- tidos, recalcados e querem ganhar eleição no “tapetão do Judiciário”. É lamentável e mostra o nível de pobreza intelectual e ético na questão. Esta possibilidade é re- mota, e se assim o fosse, teria que haver uma nova eleição. Não haveria a condução do segundo lugar ao “Trono de Prefeito”. E se houvesse outra eleição, se preparem, pois já existem três ou quatro candidatos fortes: Bruno Lessa, Paulo Bagueira, Sera- fini e quem sabe... O vereador Cariello; ou até mesmo uma inusitada candidatura de um empresário. E porque não? Esta falácia de Operação Lavajato de Nite- rói foi uma pobre e desmedida retórica de campanha. E a campanha já acabou! Posse na AFL Tomou posse na Academia Fluminense de Letras o escritor e novo acadêmico José Haddad. Na foto com o presifente Waldenir Bragança, Eneida Fortuna e Marcia Pessanha. Comte Bittencourt Aldo Pessanha
  • 7. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 7 Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Uma Meia-Sola Constitucional A ssistimos com desalento o desenrolar deste impasse jurídico-constitucional que foi a pretendida destituição do sena- dor Renan Calheiros, da presidência do Senado. A liminar se apoiava em preceitos legais, e com jurisprudência anterior, que foi a destituição da presi- dência Câmara, do deputado Eduardo Cunha. A situação foi igual. O minis- tro Teori, monocraticamente o afastou e o colegiado sacramentou. Neste caso do senado, ficou clara solução política ao impasse, deixando-se de lado o rigor jurídico, que cabe ao Supremo Tribunal. Este é um país de exceções, como foi aquele remendo de última hora, feito pelo Renan e o ministro Ricardo Lewandowski , quando desfiguraram a letra da lei e não suspenderam os direitos políticos da Dilma Rousseff, apesar de ter sido impedida da função de presidente da República. Renan é tão ardiloso que me faz pensar que ele já premeditava e que poderia usar o mesmo expediente para uma necessidade pessoal. Para o país, apesar da insatisfação geral, talvez tenha sido a melhor solução. Se o Senador Jorge Vianna (PT), apesar do perfil conciliador assume o comando do senado, o PT iria infernizar e tocar fogo no Brasil, para impedir o avanço de qualquer medida do governo Temer, como já está fazendo, inclusive já pediu o impeachment do Michel Temer. O Renan Calheiros foi para o tudo ou nada, e como deve ter um acervo de informações privilegiadas, ficou claro o recuo e negociação do Supremo Tribunal em nome da gover- nabilidade e contra uma possível crise institucional que poderia levar a um conflito sem precedentes. Inclusive armado. Salvem a Biblioteca A perspectiva de fechar a Biblioteca Pública do Estado no Centro é mui- to grande. Os funcionários, já com problemas de recebimento de salário já re- ceberam aviso prévio. Per- dem os estudantes, espe- cialmente os do Liceu, que utilizam com mais regulari- dade, perde a cidade e põe em risco as instalações da Academia Fluminense de Letras, que está próxima de fazer 100 anos, e ocupa uma parte das ins- talações há muitos anos. O presidente da Academia o médico, ad- vogado e ex-prefeito de Niterói Waldenir Bragança está se movimentando para que os danos sejam minimizados. A prefeitura de Niterói tinha anteriormente assumido o encargo de pagar as despesas da bibliote- ca, quando o Estado ameaçou fecha-la há tempos atrás. Pagou os salários até setem- bro deste ano, e espera-se que pague, pelo menos, até dezembro de 2016; pois com a chegada do ano novo e aumento das re- ceitas advindas do IPTU, ainda restará uma esperança de continuidade. É crise finan- ceira para todo lado e nestas horas cultura é relegada a segundo plano, quando não desce ainda mais na escala de valores. A Academia Fluminense tem dado sinais de vitalidade com ingresso de novos membros e espera-se que o prestígio dos próprios acadêmicos possa fazer retroagir esta ne- fasta perspectiva. Waldenir Bragança é um guerreiro inquebrantável e conta com toda minha admiração e apoio. O que depender deste jor- nal a Academia vai con- tinuar. Bastaria a construção de uma serventia se- parada para acesso exclusivo, desde que atualmente só existe acesso por dentro da Biblioteca. Este movimento condiciona a manutenção de funcionários para abrir e fechar, além das responsabilidades patri- moniais. Se houver o acesso exclusivo a Academia Fluminense de letras manterá as suas instalações com despesas por sua con- ta. A questão é de arquitetura e trâmites legais em relação ao tombamento. Com um pouco de flexibilidade, do jeitinho das nos- sas instituições jurídicas, poderemos fazer uma “meia- entrada” no prédio, com uma “meia-concessão”. A preservação do nosso patrimônio intelectual e cultural, precisa de uma “meia-solução”, que resolveria a inte- gralidade do problema. Almoço de Confraternização da ANL Segurança Jurídica e Protagonismo Judicial O desembargador Cesar Cury participa do livro da GZ Edi- tora em parceria com os ministros Teori Zavaski e Luís Felipe Salomão, no STF.Wil Moura, Antonio Soares, Liane Areas. Gracinha Rego, leda Mendes Jorge e Marlli Pretes Aldo Pessanha Renan Calheiros
  • 8. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 8 Renda Fina Aniversariantes da Edição Paulo Roberto Cecchetti Lidice Teixeira Luiz Guilherme da Matta Liliandayse Marinho Pablo Rossken Stéphanie de Paula Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Confreternização dos Ex-Alunos do Abel Na casa de João Vasconcelos Torres, em itaipu, o tradicional encontro dos ex- alunos e professores do Abel. Na oportunidade ouviu-se a fala do professor Antonio Puhl. Casamento de Isabelle e Adeilson Festa de casamento em Camboinhas , na casa dos pais da noiva Isabelle Bonfim e Adeilson Barbosa Verônica Peireira da Silva, Humberto Ripoll e José Raymundo Martins Romêo Marcos Vaz, Daniel Moisés, Paulo Chagas Freitas, Antonio Puhl, Julio Gil e João Batista Vascocelos Torres Leandro Mansur, Mariana Reis,Adeilson Barboza, Isabelle Araújo.Branca Franco, Bruna Torreão, Anna Bonfim, Fernanda Loulin, Isabelle Araújo e Marcela Kronemberg Raquel & Julio Cerino
  • 9. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 9 Conexões erialencar.arte@gmail.com E! Games dizjornal@hotmail.com Jêronimo Falconi O Último Guardião O s enredos dos videogames, assim como dos filmes, possuem gran- de variabilidade; vai da ação ao terror, passando até pelo drama pessoal. E não estou me referindo a um personagem que se sacrifica para salvar o protagonista no final do jogo. Estou me referindo a The Last Guardian, um dos games mais esperados do ano, pois seu anuncio oficial aconteceu em 2009, e lá se foram longos sete anos de hiato de tempo... O anuncio provocou um brilho no olhar dos fãs de PlayStation na esperança de mais um trabalho brilhante de Ueda. The Last Guardian tem uma narrativa em flashback, com um homem mais velho, contando suas histórias – na época em que encontrou a criatura co- nhecida como “Trico” e precisou aprender a ser seu aliado. O jogador assume o con- trole do jovem dentro do flashback, e precisa avan- çar pelos cenários além de aprender a lidar com seu novo amigo. A jogabilidade em tercei- ra pessoa é similar a ICO e Shadow of the Colossus - outras produções de su- cesso do diretor. É possí- vel seguir e usar “Trico” de diversas formas: como incentivá-lo a atacar inimigos, subir em locais mais altos ou treinar outros tru- ques com a criatura. O game foi anunciado em 2009 para o PS3, ainda sem previsão ou promessas de lançamento, apenas com um trailer inicial. Após isso, The Last Guardian passou por enormes períodos de silêncio, e até por um período de rumores sobre o cancelamento, até aparecer de novo em 2012, quando foi anunciada sua transferência do PS3 para o PS4. Para os donos do PS3 na época, a novidade de que o jogo seria lançado apenas no PS4 veio como uma bomba. Muitos fãs compra- ram o PS3 aguardando pelo novo game, e esperando por mais novidades – logo, sentiram-se traídos por parte da equipe de desenvolvimento. Contudo, a Sony garan- tiu que o desenvolvimento do jogo havia se tornado muito complicado no PS3, por conta da arquitetura do console e a gran- diosidade que o título tomou. Assim, o PS4 tornou-se uma plataforma mais apropriada para receber o game de forma exclusiva. A Terra das “Primas” Todo mundo sabe que Niterói sempre foi repleta de profissionais do sexo, Até aí, tudo bem. Eles prestam um relevante benefício social. E só torce o nariz quem nunca precisou. Mas, num passado recente as meninas se acomodavam pelos prédios do Centro, discretamente, e somente as mais atre- vidas botavam a cara nas ruas. Rua mesmo era para travestis e vagabundos. Depois que fizeram aquela invasão policial no prédio da Caixa na Amaral Pei- xoto, com direito a prisão em massa com transporte em ônibus, levou a prostituição para as ruas. Visto que, prostituir-se nas ruas não é crime e ninguém pode impedir. De uns tempos para cá as “primas” passaram a fazer ponto na esquina do Banco Itau, na Amaral Peixoto. Ficam ali aos bandos. Eram mais discretas, mas com a crise financeira e faltando fregueses, as meninas estão atacando e fazendo convites em alto e bom som. Afinal, elas precisam sobreviver. A questão é que ficou muito escrachado. Passei com minhas filhinhas de 9 e 11 anos. Eles perguntaram o que aquelas moças estavam ven- dendo... Ficou grosseiro. Deviam deixar as meninas trabalharem num ambiente fechado. Vai lá quem quer... Parem com essa história de criminalizar quem quer fazer o que quiser. O que não pode é ficar aquele puteiro a céu aberto às 11 horas da manhã. Amaral Peixoto virou Vila Mimosa ou Rua do Mangue. Uma zona, perto da delegacia da Civil, da justiça e próximo da Federal. Pau nos Aposentados Nessa crise do governo do Rio de Janeiro nós apo- sentados somos as maiores vítimas. Não que as demais categorias não sofram. Todos sofrem, mas é que nós já estamos num estágio da vida que para conseguirmos novas rendas é mais difícil. Não só pela idade e estado de saúde, mas a sociedade nos exclui dos meios de produção. Trabalhamos duro todos es- tes anos, não roubamos nada, pagamos regiamente as nossas contribuições e agora vem um “Pezão da Vida” querer por na nossa conta o rombo que deram? Vão cobrar do Sergio Cabral, e dos seus comparsas. Põe na conta deles! O Pe- zão ainda vai ter muito que se explicar. Foi parceiro do Cabral, assumiu a responsabilidade da continuidade e agora quer correr da raia... Vai ter que dar conta de tudo! Cimento no Campo Alô vocês aí do jornal. Soube que estão querendo colocar muito cimento dentro do Campo de São Bento. Pelo o que entendo, aquela pista que atraves- sa toda praça já é de sobra. Vão querer “imperme- abilizar” o resto? Não tem cabimento! Vocês aí que são os únicos independentes, levantem essa historia toda e protestem. Denunciem essas medidas contra o vigor do meio ambiente. Ou será apenas alarme falso? Vocês é que vão dizer!
  • 10. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com 10 Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com Fernando de Farias Mello ATENÇÃO PARAA MUDANÇA Novos e-mails do Jornal Diz Redação dizjornal@hotmail.com | contato@dizjornal.com Editoria edgardfonseca22@hotmail.com Fernando Mello, Advogado www.fariasmelloberanger.com.br e-mail: fmelloadv@gmail.com Desumanidade à Brasileira A inda não estou refeito e vai demo- rar. Enquanto o avião com o time do Chapecoense se espatifava na montanha, ceifando dezenas de vidas, so- nhos e memórias, na Câmara dos Deputa- dos, em Brasília, um bando de parlamenta- res armava, conspirava, decidia derrubar a operação Lava jato. O pior é que não é força de expressão. De fato, a macabra trama se deu no exato momento em que o avião caia sobre a Co- lômbia. Ainda assim, os parlamentares não pararam de armar, de legislar em causa pró- pria pouco se importando se estavam en- vergonhando o Brasil diante de um mundo estarrecido. Nós, brasileiros, temos fama de cordatos, solidários, altruístas. Como? Como se os homens e mulheres que estão em Brasília, gente sem alma, muitos sem ética, moral e honestidade, foram colocados lá por nós, através do voto. Cada deputado, cada se- nador, cada vereador de nossa cidade está lá porque nós colocamos. Cada presidente, governador e prefeito, idem. Brasília não é solidária. É covardemente covarde. Como falar em generosidade, bon- dade e altruísmo diante de um go- vernador eleito por nós que decide arrancar parte dos salários de mi- lhares de pessoas (inclusive idosos aposentados e pensionistas, com seu dinheirinho contado) para tam- par o rombo deixado pela corrup- ção, causada por outros que tam- bém elegemos no passado. Como? Eles roubam e nós pagamos? Infeliz- mente é assim. Ao votarmos neles, assinamos um cheque em branco. E não venham com essa discursei- ra medíocre de que “brasileiro não sabe votar” porque sabe votar, sim. Vota no amigo do irmão do vizinho do balconista do bar... Imagino o impacto do livro “Macu- naíma, o herói sem nenhum cará- ter” que Mário de Andrade teve a coragem de lançar em 1928. Afi- nal, fica claro na obra que o “herói” vadio, moleque e cafajeste, como o Congresso Nacional, espelha uma boa parte da sociedade brasileira. Está na Wikipédia: “O personagem-tí- tulo, um herói sem nenhum caráter, é um índio que representa o povo bra- sileiro. A frase caracterís- tica do personagem é ”Ai, que preguiça”!”. Como na língua indígena o som “ai que” significa “preguiça”, Macunaíma seria dupla- mente preguiçoso.” “Macunaíma” virou filme em 1969, quando o bri- lhante e saudoso diretor Joaquim Pedro de Andrade filmou o mau-caratismo do herói brasileiro. No papel principal, o magistral Gran- de Otelo revelou nossa alma perversa que tentamos esconder desde 1.500. Não sei como, nem quando surgiu a lenda do “brasileiro é muito bonzinho”, mas pou- cas vezes essa deformação coletiva ficou tão evidente como agora. Bas- ta ler os jornais para cons- tatar que a nossa bondade é cínica como boa parte dos nossos representantes no Congresso, na Alerj, na Câmara Municipal, nos pa- lácios e gabinetes. Cínica, cruel, mau caráter e covarde. Afinal, repito, enquanto dezenas de jo- vens atletas morriam a bor- do de um avião espatifado na Colômbia, no exato mo- mento da tragédia as hie- nas de Brasília, eufóricas, mais uma vez legislavam em causa própria tentando fulminar a Lava Jato. A sociedade brasileira está longe, muito longe, do ideal. Afagamos os maus, mas exigimos atitudes per- feitas dos homens de bem. É triste, é lamentável, é vergonhoso. Pior, é verdade! Alerj. Aqui você tem poder. Baixe na Chegou o aplicativo Carteirada do Bem. As leis daAlerj servem para quem tem sede de justiça. Ou só sede, mesmo. Lei Estadual 2424/95: “Bares e restaurantes estão obrigados a oferecer água filtrada de graça quando solicitada pelo cliente.”
  • 11. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com Pela Cidade 11 Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Circuito das Artes Niterói O Circuito das Artes Niterói teve início em Outubro de 2014. O projeto era para acontecer uma vez ao ano, mas ampliou-se e passou a ser realizado diversas vezes no ano. Neste 2 anos de existência, o Circuito iniciou na praça Getúlio Vargas e depois na Praça Dom Navarro, ambas em Icaraí. Teve como objetivo principal estimular o uso dos espaços públicos em um formato onde o cidadão percebe a impor- tância de cuidar e desfrutar do espaço que é seu, além de promover projetos artísticos e incentivar novos empreen- dedores, o que foi alcançado com excelência. A caminho de seu terceiro ano, o Circuito das Artes Ni- terói será realizado na Praça Nilo Peçanha (ao lado do restaurante Solar do Jambeiro), situada na Rua Presidente Domiciano, na Boa Viagem. E aproveitando o clima de final de ano o Circuito lançará a edição temática ‘’Festival de Verão’’. Será uma grande festa ao ar livre que con- tará com diversas atividades e atrações cul- turais (shows/dança/sarau/oficinas/brinque- dos/exposições/teatro), um cardápio amplo e variado de cervejas artesanais, gastrono- mia vegana e artesanal, e produtos para presentes de Natal. Para saber mais e acompanhar a pro- gramação completa, confira o facebook/ CircuitodasArtesNiterói e instagram @ circuitodasartesniteroi ou através do email circuitodasartesniteroi@gmail.com. Literatura na Varanda U m mistura de debate, recital de poesias e música configura a III edição de “Literatura na Varanda”, que neste evento terá como tema “O homem mo- derno em James Joyce e Franz Kafka”. Para aqueles que curtem literatura, especialmente obras de autores como Joyce (1882 - 1941) e Kafka (1883 - 1924), poderão participar do encontro no dia 12 de dezembro, (segunda feira) a partir das 18 horas, no Curso Animator, Rua Visconde de Morais, 255 - Ingá - Niterói. A entrada é franca. Literatura na Varanda traz três escritores convidados: Thia- go David, que será o mediador, Márwio Câmara, que será o palestrante sobre a obra de James Joyce e Winter Bastos, que falará sobre Franz Kafka. Nos intervalos haverá recital de poesias com participação livre do público. Mais informações- telefones: 3607-0037 / 3741-2150 Os Cemitérios de Niterói A má conservação dos cemitérios de Niterói já acon- tece a muito tempo. Não se explica, na medida em que existe demanda e muita gente pagando pelos serviços. Como se sabe a arrecadação é mais que sufi- ciente para uma manutenção digna e satisfatória. Ao que parece, esta má gestão constante é sintoma de que querem privatizar o serviço e para tanto precisam de uma justifica- tiva aceitável, como administração insuficiente e acima de tudo negligente e aviltante. A situação do Cemitério do Maruí, do Cemitério de Cha- ritas e de Itaipu é mais ou menos idêntica. No Maruí, no Barreto, recentemente houve um flagrante de ossadas ex- postas, urnas abertas, depredação e furto de adereços de túmulos e jazigos perpétuos . Os inúmeros episódios de descaso se repetem há muitos anos e atualmente somente os urubus vigiam os corpos em decomposição. A prefeitura de Niterói fala em firmar uma parceria públi- co-privada para fazer uma reforma definitiva no local. 17 e 18 de dezembro de 10 às 22h. Cemitério do Maruí em mau estado Palestrante Escritor Thiago David Arte coletiva na praça
  • 12. Niterói 10/12 a 22/12/16 www.dizjornal.com Em Foco 12 Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Demolição no HPJ para Passagem da Transoceânica O Consorcio da Transoceânica, res- ponsável pelas obras do mesmo nome, deu continuidade a demo- lição de parte do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, seguindo o seu cronograma para conclusão desta obra viária. São necessárias algumas ponderações em relação à questão do meio ambiente e ca- racterísticas do local. É claro que a esta altura, em vias de conclusão desta etapa da obra, a demolição era prevista e segu- ramente seria executada. A questão que se levanta é que a executora da obra poderia ter tido critérios mais cuidadosos quanto à preservação de algumas árvores, algumas delas com características centenárias; e há informação sobre vestígios arqueológicos que estão sendo remexidos sem critério adequado. A Emusa poderia ter tido o cuidado de bus- car a preservação dessas árvores que fo- ram arrancadas sem que fosse demonstrada a necessidade imperiosa para a abertura e conclusão da nova via. A perda de área do Hospital é algo a ser considerado, visto que precisa seguir com a emergência 24 horas, e todas as enfer- marias funcionando e o atendimento espe- cializado. O vereador Paulo Eduardo Gomes e sua assessoria travou grande peleja no local para tentar salvar algumas árvores entre as tantas que foram derrubadas sem critérios definidos. Ele disse: “estas árvores cente- nárias poderiam ter sido poupadas simples- mente com a boa vontade da empreiteira em alterar levemente o traçado previsto para algumas calçadas e vias. Mas, não há sensibilidade para isso e optam sempre por destruir ao invés de construir alternativas mais justas e adequadas”. Por fim, tudo que conseguiu foi poupar apenas uma árvore, depois de muita luta dos profissionais de saúde e dos usuários, que conseguiram manter uma pequena área externa no Hospital. E isto ocorreu após muita negociação e a análise da Concessio- nária de que seria muito trabalhoso mexer numa grande cisterna existente na frente do Hospital. “Há uma promessa de cinco hectares de re- florestamento como mitigação, no entanto, além de desconfiar da fiscalização destas medidas por parte do Executivo, sabemos que a área verde e extremamente favorável para os pacientes do HPJ jamais voltarão a existir. Soluções técnicas mais baratas e rá- pidas foram novamente priorizadas ao invés de soluções ambientalmente corretas, cria- tivas e menos impactantes. Além disso, a luta deve ser ampliada para seguir com o caráter humanizado e de qualidade do HPJ, com a manutenção dos atuais atendimen- tos e nenhuma perda para a rede de saúde mental.” Concluiu o vereador. Fernando Tinoco Árvore centenária é sacrificada Verador Paulo Eduardo Gomes acompanha obras da demolição Demolição irrecorrívelSem Piedade na linha de contorno