SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Declaração Universal dos Direitos Linguísticos
A situação de cada língua é o resultado da confluência e da interação de uma
multiplicidade de fatores. Mais concretamente, a situação atual caracterizase por:
— A tendência da maioria dos Estados para reduzir a diversidade e favorecer
atitudes contrárias à pluralidade cultural e ao pluralismo linguístico.
— O processo de globalização da economia e, consequentemente, do mercado
da informação, da comunicação e da cultura, afetando as esferas de relação e
as formas de interação que garantem a coesão interna de cada comunidade
linguística.
— O modelo economicista de crescimento promovido pelos grupos econômicos
transnacionais, que pretende identificar a desregulação com o progresso e o
individualismo competitivo com a liberdade, o que gera graves e crescentes
desigualdades econômicas, sociais, culturais e linguísticas.
As ameaças que atualmente recaem sobre as comunidades linguísticas, devido
à ausência de autogoverno, a uma população reduzida ou parcial ou
inteiramente dispersa, a uma economia precária, a uma língua não codificada,
ou a um modelo cultural oposto ao predominante, levam a que muitas línguas
não possam sobreviver e desenvolver-se se não forem tidos em conta os
seguintes objetivos fundamentais: [...]
Por todas estas razões, esta Declaração toma como ponto de partida as
comunidades linguísticas e não os Estados, e inscreve-se no quadro do reforço
das instituições internacionais capazes de garantir um desenvolvimento
duradouro e equitativo para toda a humanidade, e tem como finalidade
favorecer um quadro de organização política da diversidade linguística
baseado no respeito, na convivência e no benefício recíprocos.
(Trecho adaptado do ―Preâmbulo‖ da Declaração)
1) Tendo em vista a organização do texto em três partes – introdução,
desenvolvimento e conclusão – em qual desses segmentos se inclui o trecho
acima? Justifique sua resposta.
2) Escolha uma parte da Declaração Universal dos Direitos Linguísticos e,
com base nela, produza textos adequados a: a) um leitor infantil; b) um
adolescente; c) alguém com pouca instrução escolar. (Identifique a parte
escolhida; use ilustrações ou quadrinhos, se julgar conveniente.)
3) De acordo com o trecho acima, coloque V ou F, conforme as afirmações
abaixo sejam VERDADEIRAS ou FALSAS.
( ) Os países procuram favorecer a diversidade linguística.
( ) No modelo economicista, o individualismo competitivo significa liberdade.
( ) As comunidades linguísticas de economia precária precisam modernizar-se
para sobreviver.
( ) A Declaração tem em vista colaborar com os Estados de modelo cultural
predominante.
( ) Partindo das comunidades linguísticas e não dos Estados,
a Declaração visa a proteger direitos das minorias.
( ) A globalização representa uma ameaça ao modelo cultural oposto ao
predominante.
( ) A pluralidade cultural e o pluralismo linguístico são contrários a um
quadro baseado no respeito, na convivência e no benefício recíprocos.
( ) As línguas que não possuem escrita precisam ser codificadas para garantir
seu desenvolvimento duradouro.
4) Corrija as afirmações falsas, justificando suas respostas com passagens do
trecho da Declaração.

Resumo
Texto que apresenta as ideias ou fatos essenciais desenvolvidos num
outro texto, expondo-os de um modo abreviado e respeitando a
ordem pela qual surgem no texto original.
Técnicas do Resumo:
Conta apenas o essencial dos fatos apresentados no texto;
Segue a mesma ordem dos acontecimentos;
Deve ser tão claro que o leitor capte perfeitamente a
mensagem do resumo sem conhecer a versão original;
Apenas utiliza o discurso indireto (não utiliza discurso direto);
e um texto original (não tem transcrições / citações, nem deve imitar
a escrita do texto a resumir.
Três bons exemplos de textos narrativos

khederhenrique.blogspot.com
A coluna "A palavra é toda sua" inicia em grande estilo.
Estamos postando aqui o resultado de uma atividade proposta em
sala de aula e que se baseava em três temas narrativos diferentes.
Parabéns a seus criadores e esperamos que a leitura possa lhe ser
agradável.
Participe
enviando
sugestões
ou
comentando.
E agora a palavra é toda sua!
Tema 1
Quando a criatura encantada lhe disse que ele teria direito a
apenas um único desejo, ele, muito esperto, soube instantaneamente
o que pediria.
— Se é assim, quero ter o dom de poder realizar todos os meus
desejos, bastando para isso apontar apenas o meu dedo.
— Que assim seja, mestre! — disse a criatura com um sorriso
irônico.
Crie uma narrativa na qual esse trecho seja inserido coerentemente.
Cuidado com o que se deseja
Ex-aluna do CFS
Pedro era um garoto muito arrogante; sempre reclamava de
tudo e queria que as coisas fossem feitas a sua maneira. Queria que
todos ao seu redor fossem condescendentes com seus caprichos e,
quando as coisas não saíam ao seu contento, tinha ataques tão
terríveis, que muitas vezes seus vizinhos pensaram em chamar a
polícia para contê-lo.
Um belo fim de tarde, logo depois da escola, Pedro estava
caminhando pela rua quando se deparou com uma garrafa de formato
anormal em cima do meio-fio; abaixou-se, pegou-a e, como era
afobado, em vez de admirar o peculiar acabamento da garrafa,
começou a sacudi-la para ver se havia algo dentro. Porque não ouviu
nenhum som, concluiu que deveria estar vazia. Quando estava
prestes a jogá-la fora, percebeu ranhuras no casco, que era feito de
vidro fosco, e levantou a garrafa contra a luz. Forçando a vista,
percebeu alguns sinais que aos poucos foram se convertendo em
letras. Pôde ler então a mensagem: “Abra-me!”.
O menino, convencido de que se tratava de uma brincadeira,
decidiu não obedecer ao comando de uma estúpida garrafa. Ainda
com o objeto na mão, caminhou mais um quarteirão e estacou no
meio do caminho. A curiosidade ainda persistia. Escondeu-se atrás de
um muro, olhou para todos os lados e, quando se convenceu de que
estava sozinho, abriu a garrafa.
De dentro dela, saiu uma fumaça rosada que, ao se dissipar,
revelou uma estranha criatura encantada que lhe disse que ele teria
direito a um desejo; apenas um desejo. Pedro, muito esperto, soube
instantaneamente o que desejaria.
— Se é assim, quero ter o dom de poder realizar todos os meus
desejos, bastando para isso apontar simplesmente o meu dedo.
— Que assim seja, mestre! — disse a criatura com um sorriso
irônico, desaparecendo logo em seguida.
Pedro correu para casa, doido para começar a realizar seus
desejos, agora que possuía esse fantástico poder.
Ao dobrar uma esquina, deu um encontrão em uma menina.
Refazendo-se do susto, ele viu que não era apenas uma menina; era
simplesmente a menina mais cobiçada do bairro, a mais linda da
região, pela qual Pedro era apaixonado.
— Agora vou me dar bem! — maquinou o menino, murmurando
para si.
Pedro, discretamente, apontou o dedo para a menina e,
baixinho, disse:
— Apaixone-se por mim.
A bela menina, como se estivesse em transe hipnótico, lançou
sobre Pedro um olhar de malícia e gemeu docemente:
— Ai, meu Deus! Que gato!
O menino, apesar de ter sido atendido em seu desejo, mas
ainda surpreso com o efeito que presenciava, encabulado, apontou o
dedo para si mesmo e disse:
— Gato? Eu?
A partir desse dia, a bela menina, quando andava pelas ruas
dali, era perseguida e assediada por um gatinho branco e fofo,
sempre a miar e a ronronar em volta de suas pernas. E Pedro,
menino caprichoso e malcriado, para estranheza de toda a
vizinhança, nunca mais foi visto.

Tema 2
Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não
gastava conversa com ninguém dali. Mas, todas as noites, havia um
entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados do seu apartamento.
Minha tia, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu xeretar.
Crie uma narrativa cômica na qual esse trecho seja inserido
coerentemente.
jornalpequeno.com.br
Minha tia xereta e a nova vizinha
Al. Douglas Gautério Gonçalves da Silva (BEP/2010)
Eu morava com minha tia em um condomínio muito pacato,
desses nos quais todos os vizinhos se conhecem e sabem da vida uns
dos outros. Um dia surgiu ali uma pessoa que, por seu
comportamento, acabou destoando dessa característica local.
Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não
gastava conversa com ninguém dali. Mas, todas as noites, havia um
entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados de seu apartamento.
Minha tia Adelaide, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu
xeretar.
A rotina era sempre a mesma: por volta das vinte horas,
iniciava-se a chegada dos rapazes. Em seguida, luzes começavam a
piscar de forma irregular, pessoas conversavam e faziam todo tipo de
barulho. Minha tia, de sua janela, ia ficando cada dia mais intrigada.
— Eles chegam de noite, fazem a baderna deles e, lá pelas vinte
e três horas, saem, dizendo estarem cansados, que é cansativo, mas
que vale a pena... Alguns chegam a sair ajustando as roupas! Que
pouca vergonha!
Duas semanas foi o tempo que minha tia levou para tomar
coragem e ligar para a polícia, solicitando uma intervenção.
— Tem um apartamento muito suspeito aqui e está incomodando
a todos.
Na verdade, era apenas titia quem estava se sentindo
incomodada.
— Por favor, façam logo alguma coisa! Aquilo lá mais parece um
bordel!
— Pois não, madame. Estamos enviando uma viatura para aí
agora mesmo. Mas antes a senhora, por gentileza, me passe os seus
dados.
Menos de dez minutos depois, minha tia, debruçada em seu
observatório, a janela, acompanha excitada a chegada da polícia.
— Vianinha! — Vianinha era eu. — Vianinha, corre aqui, meu
filho! Venha ver, que agora é que vão pegar a sirigaita!
Fui até onde ela se encontrava. Dali pudemos acompanhar o
desembarque de dois policiais que se encaminharam para o edifício.
Poucos minutos depois, os dois deixaram o prédio e atravessaram
serenamente a rua, em direção à portaria de nosso bloco. A
campainha tocou, e minha tia, como uma adolescente descontrolada,
correu para abrir a porta.
— Boa noite, senhora — cumprimentou um dos policiais. — A
senhora é a Dona Adelaide?
— Sim, sou eu mesma — empertigou-se titia.
Os dois policiais se entreolharam. Depois um deles, com
expressão grave, disse:
— Parabéns! A senhora acaba de nos fornecer um flagrante...
Minha tia, não aguentando mais de expectativa, o interrompeu:
— E então? Fale logo! Vão levar a prostituta?
— Como eu ia dizendo, a senhora nos forneceu um flagrante. Um
flagrante de um estúdio fotográfico de modelos. A moça, na verdade,
estuda moda à tarde e, durante a noite, tira fotografias de modelos
masculinos. Se a senhora continuar achando isso vergonhoso ou algo
assim, pode ligar; não para a polícia, mas para um psicólogo. No
mais, faça-nos um grande favor, sim? Deixe a moça trabalhar em
paz.
Pena que por perto não havia nenhum balde para eu enfiar a
minha cabeça.

Tema 3
Meu pai me pedira para guardar aquela pequena caixa de
madeira escura por tempo indeterminado e me fez jurar que eu
jamais a abriria sem o seu consentimento.
Crie uma narrativa de mistério na qual esse trecho seja inserido
coerentemente.
addhi-dhaiva.com.br
O maior de todos os presentes
Al. Fabiano de Oliveira dos Santos Matias (SGS/2010)
Era noite. A chuva que caía não dava trégua e se lançava sobre
nossa casa torrencialmente. Como sempre acontece em noites de
tempestade, a energia acabou. Eu, criança ainda, só poderia estar
nervoso e muito assustado; e as estranhas formas tremulantes que o
brilho das velas formava nas paredes simplesmente pioravam tudo, o
que me levava a perguntar a todo instante:
— Pai, quando a luz vai voltar?
— Em breve, meu filho — dizia meu pai, puxando-me para perto
de si. — Logo, logo a chuva vai diminuir, e a luz vai acabar voltando.
Tem que ter paciência.
— Eu queria que a mamãe estivesse aqui — eu gemi.
— Sim, filho; eu sei. Eu também gostaria muito. Mas, de alguma
forma, ela está aqui conosco. Temos de ser pacientes.
Meu pai ficara viúvo muito cedo. Eu não conheci minha mãe, e
era ele quem tinha de fazer os dois papéis; ele era muito cuidadoso
comigo. Foi por ver minha aflição é que hoje eu tenho certeza de que
ele fez o que fez.
Deixando-me sozinho por uns instantes, foi até o quarto e voltou
de lá com algo na mão. Reconheci logo o pequeno objeto: era uma
caixa de madeira escura que ele mantinha em sua escrivaninha. Eu
tinha curiosidade em saber o que havia ali dentro, pois ele já havia
me falado que fora vovô quem lhe presenteara com ela ainda em sua
mocidade.
— O tempo passa rápido, não é, filho? — ele perguntou.
— Passa, papai; que nem flecha, né?
— Pois é. Hoje você já está com dez anos e já é quase um
homem, não é?
— Sim, papai.
— Pois, então, é hora de lhe passar esse presente.
Naquele momento, ele me entregou a caixa de madeira. Eu já
não me aguentava de curiosidade e já ia abri-la, quando ele me fez
jurar que eu jamais a abriria sem o seu consentimento. Mesmo
contrariado, eu sabia que tinha de obedecer. A luz ainda demorou
algum tempo para voltar, mas, de alguma forma, meu medo
desapareceu.
Vinte anos se passaram. A misteriosa caixa se manteve em meu
poder. Sempre que eu passava por uma situação difícil na escola, no
trabalho, em minha vida conjugal, eu me recordava daquela noite de
tempestade com papai. A doença de meu filho caçula foi o pior de
todos os momentos. Os médicos só diziam que eu devia ter paciência
que o tratamento demoraria e que mesmo assim o resultado era
incerto. Tive de ter um autocontrole que eu não conhecia em mim.
Meu pai acompanhou tudo de perto. Até que um dia, finalmente, meu
filho recebeu alta do tratamento. Nesse dia meu pai, estando em
nossa casa para nos felicitar pela melhora, me pediu:
— Filho, você ainda tem aquela caixa?
— Sim, papai.
— Pode apanhá-la, por favor?
Corri até o segundo andar da casa e voltei como uma flecha para
a sala. Ele me disse:
— Agora você já pode abrir.
Nervoso, eu atendi ao seu comando. Fiquei atordoado por alguns
segundos. O silêncio que se formou então só foi quebrado por uma
brejeira gargalhada dele, seguida de um abraço forte e carinhoso.
— Foi a mesma cara que eu fiz quando seu avô me mandou abrir
esse negócio. Esse é o maior tesouro de um homem. E, hoje, vejo
que esse homem está bem na minha frente!
Aquela velha caixa não possuía nenhuma pedra preciosa,
nenhum objeto valioso. Na verdade, ela estava vazia. Mas através
dela percebi que já havia ganhado o meu maior presente: o
autocontrole de saber aguardar pelo momento certo; a paciência do
saber esperar.
TEXTO INFORMATIVO- Como a serpente é peçonhenta

Há no mundo aproximadamente 2.700 espécies de serpentes conhecidas, que estão
espalhadas pelos cinco continentes, ilhas e mares, desde a linha do Equador até próximo dos
círculos polares. Nas regiões tropicais, o número de espécies aumenta.
No Brasil há cerca de 260 espécies, distribuídas por todo o território. Elas estão agrupadas em
nove famílias, e só duas são peçonhentas.
Peçonhentos são os animais que produzem substância tóxica, veneno, e apresentam um
aparato especializado para injetá-lo. Não peçonhentos são os animais que, apesar de
produzirem substância tóxica (veneno), não apresentam esse aparato.
A identificação de serpentes peçonhentas e não peçonhentas é feita pela presença da fosseta
loreal (orifício entre os olhos e a narina), associada ao tipo de dentição.
De modo geral, toda serpente com fosseta loreal e colorido vermelho, preto e branco (ou
amarelado) na forma de anéis no corpo e com presas na parte anterior da boca é peçonhenta,
com exceção das falsas corais que, apesar do colorido vermelho, não são peçonhentas.

(Folhinha, 20/04/2002)
1. Segundo o texto, qual a diferença entre cobras peçonhentas e não peçonhentas?

(A) As peçonhentas possuem um aparato para injetar veneno e as não peçonhentas não têm.
(B) As peçonhentas são ferozes e as não peçonhentas são mansas.
(C) As peçonhentas e as não peçonhentas têm fosseta loreal.
(D) As peçonhentas não têm veneno e as não peçonhentas têm veneno.
2. A falsa coral é confundida com as serpentes peçonhentas porque também
(A) tem fosseta loreal.
(B) tem veneno.
(C) tem coloração vermelha.
(D) é feroz.
3. O que significa a palavra orifício que aparece no texto?
(A) Saliência.

(B) Verruga.

(C) Calo.

(D) Buraquinho

4. As serpentes são encontradas, em maior número,
(A) em todas as regiões do planeta.
(C) apenas em regiões de clima temperado.

(B) em regiões de clima quente.
(D) apenas em regiões de clima frio.

5. Qual o propósito deste texto?
(A) Contar uma história.
(C) Informar sobre as serpentes.

(B) Vender um produto.
(D) Ensinar a fazer alguma coisa.
Declaração universal dos direitos linguísticos

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Biografia autores e sinopse de obras
Biografia autores e sinopse de obrasBiografia autores e sinopse de obras
Biografia autores e sinopse de obras
martamedeiros
 

Was ist angesagt? (13)

Slide melhor gestao, melhor ensino lp
Slide melhor gestao, melhor ensino lpSlide melhor gestao, melhor ensino lp
Slide melhor gestao, melhor ensino lp
 
Biografia autores e sinopse de obras
Biografia autores e sinopse de obrasBiografia autores e sinopse de obras
Biografia autores e sinopse de obras
 
Chimamanda adichie[1]
Chimamanda adichie[1]Chimamanda adichie[1]
Chimamanda adichie[1]
 
Boletim Contacto - julho de 2020
Boletim Contacto -  julho de 2020Boletim Contacto -  julho de 2020
Boletim Contacto - julho de 2020
 
Contacto
Contacto Contacto
Contacto
 
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escola
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escolaRoteiro 5 - Agosto - Violência e escola
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escola
 
Ler nas prisões. pública 02 10-11
Ler nas prisões. pública 02 10-11Ler nas prisões. pública 02 10-11
Ler nas prisões. pública 02 10-11
 
Boletim «Contacto»- dezembro de 2020
Boletim «Contacto»-   dezembro de 2020Boletim «Contacto»-   dezembro de 2020
Boletim «Contacto»- dezembro de 2020
 
Contacto dezembro 2015
Contacto dezembro 2015Contacto dezembro 2015
Contacto dezembro 2015
 
Meu primeiro-beijo
Meu primeiro-beijoMeu primeiro-beijo
Meu primeiro-beijo
 
Memorial
MemorialMemorial
Memorial
 
Contacto março 2015
Contacto março 2015Contacto março 2015
Contacto março 2015
 
Contacto junho 2015 (2)
Contacto junho 2015 (2)Contacto junho 2015 (2)
Contacto junho 2015 (2)
 

Ähnlich wie Declaração universal dos direitos linguísticos

VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
Elza Silveira
 
Prova 2010 uerj lingua estrangeira
Prova 2010 uerj lingua estrangeiraProva 2010 uerj lingua estrangeira
Prova 2010 uerj lingua estrangeira
cavip
 
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
JacquelineAssis3
 
Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3
Tuh Caldas
 
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelhoGil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
flavioholograma
 
Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3
Orniane Pinheiro
 

Ähnlich wie Declaração universal dos direitos linguísticos (20)

VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 
Variação linguística
Variação linguística Variação linguística
Variação linguística
 
A revista pensare 01-09-2013
A revista pensare   01-09-2013A revista pensare   01-09-2013
A revista pensare 01-09-2013
 
A revista pensare 01-09-2013
A revista pensare   01-09-2013A revista pensare   01-09-2013
A revista pensare 01-09-2013
 
Prova 2010 uerj lingua estrangeira
Prova 2010 uerj lingua estrangeiraProva 2010 uerj lingua estrangeira
Prova 2010 uerj lingua estrangeira
 
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
 
535 an 04 agosto_2015.ok (1)
535 an 04 agosto_2015.ok (1)535 an 04 agosto_2015.ok (1)
535 an 04 agosto_2015.ok (1)
 
variao-lingustica-1234443479839338-3 (1).pdf
variao-lingustica-1234443479839338-3 (1).pdfvariao-lingustica-1234443479839338-3 (1).pdf
variao-lingustica-1234443479839338-3 (1).pdf
 
Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3
 
DeClara22_abril2019
DeClara22_abril2019DeClara22_abril2019
DeClara22_abril2019
 
Apresentação Sorocaba
Apresentação SorocabaApresentação Sorocaba
Apresentação Sorocaba
 
Apresentação Sorocaba
Apresentação SorocabaApresentação Sorocaba
Apresentação Sorocaba
 
ATIVIDADE VARIAÇÃO - 1904.pptxkwejodjhklç
ATIVIDADE VARIAÇÃO - 1904.pptxkwejodjhklçATIVIDADE VARIAÇÃO - 1904.pptxkwejodjhklç
ATIVIDADE VARIAÇÃO - 1904.pptxkwejodjhklç
 
Funções da linguagem para o vestibular
Funções da linguagem para o vestibularFunções da linguagem para o vestibular
Funções da linguagem para o vestibular
 
Uma Luz no Fim do Tunel
Uma Luz no Fim do Tunel    Uma Luz no Fim do Tunel
Uma Luz no Fim do Tunel
 
TRANSITIVIDADE VERBAL.pptx
TRANSITIVIDADE VERBAL.pptxTRANSITIVIDADE VERBAL.pptx
TRANSITIVIDADE VERBAL.pptx
 
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelhoGil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
Gil cleber-a-lenda-de-chapeuzinho-vermelho
 
Entrevista a Mia Couto
Entrevista a Mia CoutoEntrevista a Mia Couto
Entrevista a Mia Couto
 
Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3Variao lingustica-1234443479839338-3
Variao lingustica-1234443479839338-3
 
Pit crônicas
Pit   crônicasPit   crônicas
Pit crônicas
 

Declaração universal dos direitos linguísticos

  • 1. Declaração Universal dos Direitos Linguísticos A situação de cada língua é o resultado da confluência e da interação de uma multiplicidade de fatores. Mais concretamente, a situação atual caracterizase por: — A tendência da maioria dos Estados para reduzir a diversidade e favorecer atitudes contrárias à pluralidade cultural e ao pluralismo linguístico. — O processo de globalização da economia e, consequentemente, do mercado da informação, da comunicação e da cultura, afetando as esferas de relação e as formas de interação que garantem a coesão interna de cada comunidade linguística. — O modelo economicista de crescimento promovido pelos grupos econômicos transnacionais, que pretende identificar a desregulação com o progresso e o individualismo competitivo com a liberdade, o que gera graves e crescentes desigualdades econômicas, sociais, culturais e linguísticas. As ameaças que atualmente recaem sobre as comunidades linguísticas, devido à ausência de autogoverno, a uma população reduzida ou parcial ou inteiramente dispersa, a uma economia precária, a uma língua não codificada, ou a um modelo cultural oposto ao predominante, levam a que muitas línguas não possam sobreviver e desenvolver-se se não forem tidos em conta os seguintes objetivos fundamentais: [...] Por todas estas razões, esta Declaração toma como ponto de partida as comunidades linguísticas e não os Estados, e inscreve-se no quadro do reforço das instituições internacionais capazes de garantir um desenvolvimento duradouro e equitativo para toda a humanidade, e tem como finalidade favorecer um quadro de organização política da diversidade linguística baseado no respeito, na convivência e no benefício recíprocos. (Trecho adaptado do ―Preâmbulo‖ da Declaração) 1) Tendo em vista a organização do texto em três partes – introdução, desenvolvimento e conclusão – em qual desses segmentos se inclui o trecho acima? Justifique sua resposta. 2) Escolha uma parte da Declaração Universal dos Direitos Linguísticos e, com base nela, produza textos adequados a: a) um leitor infantil; b) um adolescente; c) alguém com pouca instrução escolar. (Identifique a parte escolhida; use ilustrações ou quadrinhos, se julgar conveniente.)
  • 2. 3) De acordo com o trecho acima, coloque V ou F, conforme as afirmações abaixo sejam VERDADEIRAS ou FALSAS. ( ) Os países procuram favorecer a diversidade linguística. ( ) No modelo economicista, o individualismo competitivo significa liberdade. ( ) As comunidades linguísticas de economia precária precisam modernizar-se para sobreviver. ( ) A Declaração tem em vista colaborar com os Estados de modelo cultural predominante. ( ) Partindo das comunidades linguísticas e não dos Estados, a Declaração visa a proteger direitos das minorias. ( ) A globalização representa uma ameaça ao modelo cultural oposto ao predominante. ( ) A pluralidade cultural e o pluralismo linguístico são contrários a um quadro baseado no respeito, na convivência e no benefício recíprocos. ( ) As línguas que não possuem escrita precisam ser codificadas para garantir seu desenvolvimento duradouro. 4) Corrija as afirmações falsas, justificando suas respostas com passagens do trecho da Declaração. Resumo Texto que apresenta as ideias ou fatos essenciais desenvolvidos num outro texto, expondo-os de um modo abreviado e respeitando a ordem pela qual surgem no texto original. Técnicas do Resumo: Conta apenas o essencial dos fatos apresentados no texto; Segue a mesma ordem dos acontecimentos; Deve ser tão claro que o leitor capte perfeitamente a mensagem do resumo sem conhecer a versão original; Apenas utiliza o discurso indireto (não utiliza discurso direto); e um texto original (não tem transcrições / citações, nem deve imitar a escrita do texto a resumir.
  • 3. Três bons exemplos de textos narrativos khederhenrique.blogspot.com A coluna "A palavra é toda sua" inicia em grande estilo. Estamos postando aqui o resultado de uma atividade proposta em sala de aula e que se baseava em três temas narrativos diferentes. Parabéns a seus criadores e esperamos que a leitura possa lhe ser agradável. Participe enviando sugestões ou comentando. E agora a palavra é toda sua! Tema 1 Quando a criatura encantada lhe disse que ele teria direito a apenas um único desejo, ele, muito esperto, soube instantaneamente o que pediria. — Se é assim, quero ter o dom de poder realizar todos os meus desejos, bastando para isso apontar apenas o meu dedo. — Que assim seja, mestre! — disse a criatura com um sorriso irônico. Crie uma narrativa na qual esse trecho seja inserido coerentemente.
  • 4. Cuidado com o que se deseja Ex-aluna do CFS Pedro era um garoto muito arrogante; sempre reclamava de tudo e queria que as coisas fossem feitas a sua maneira. Queria que todos ao seu redor fossem condescendentes com seus caprichos e, quando as coisas não saíam ao seu contento, tinha ataques tão terríveis, que muitas vezes seus vizinhos pensaram em chamar a polícia para contê-lo. Um belo fim de tarde, logo depois da escola, Pedro estava caminhando pela rua quando se deparou com uma garrafa de formato anormal em cima do meio-fio; abaixou-se, pegou-a e, como era afobado, em vez de admirar o peculiar acabamento da garrafa, começou a sacudi-la para ver se havia algo dentro. Porque não ouviu nenhum som, concluiu que deveria estar vazia. Quando estava prestes a jogá-la fora, percebeu ranhuras no casco, que era feito de vidro fosco, e levantou a garrafa contra a luz. Forçando a vista, percebeu alguns sinais que aos poucos foram se convertendo em letras. Pôde ler então a mensagem: “Abra-me!”. O menino, convencido de que se tratava de uma brincadeira, decidiu não obedecer ao comando de uma estúpida garrafa. Ainda com o objeto na mão, caminhou mais um quarteirão e estacou no meio do caminho. A curiosidade ainda persistia. Escondeu-se atrás de um muro, olhou para todos os lados e, quando se convenceu de que estava sozinho, abriu a garrafa. De dentro dela, saiu uma fumaça rosada que, ao se dissipar, revelou uma estranha criatura encantada que lhe disse que ele teria direito a um desejo; apenas um desejo. Pedro, muito esperto, soube instantaneamente o que desejaria.
  • 5. — Se é assim, quero ter o dom de poder realizar todos os meus desejos, bastando para isso apontar simplesmente o meu dedo. — Que assim seja, mestre! — disse a criatura com um sorriso irônico, desaparecendo logo em seguida. Pedro correu para casa, doido para começar a realizar seus desejos, agora que possuía esse fantástico poder. Ao dobrar uma esquina, deu um encontrão em uma menina. Refazendo-se do susto, ele viu que não era apenas uma menina; era simplesmente a menina mais cobiçada do bairro, a mais linda da região, pela qual Pedro era apaixonado. — Agora vou me dar bem! — maquinou o menino, murmurando para si. Pedro, discretamente, apontou o dedo para a menina e, baixinho, disse: — Apaixone-se por mim. A bela menina, como se estivesse em transe hipnótico, lançou sobre Pedro um olhar de malícia e gemeu docemente: — Ai, meu Deus! Que gato! O menino, apesar de ter sido atendido em seu desejo, mas ainda surpreso com o efeito que presenciava, encabulado, apontou o dedo para si mesmo e disse: — Gato? Eu? A partir desse dia, a bela menina, quando andava pelas ruas dali, era perseguida e assediada por um gatinho branco e fofo, sempre a miar e a ronronar em volta de suas pernas. E Pedro, menino caprichoso e malcriado, para estranheza de toda a vizinhança, nunca mais foi visto. Tema 2 Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não gastava conversa com ninguém dali. Mas, todas as noites, havia um entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados do seu apartamento. Minha tia, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu xeretar. Crie uma narrativa cômica na qual esse trecho seja inserido coerentemente.
  • 6. jornalpequeno.com.br Minha tia xereta e a nova vizinha Al. Douglas Gautério Gonçalves da Silva (BEP/2010) Eu morava com minha tia em um condomínio muito pacato, desses nos quais todos os vizinhos se conhecem e sabem da vida uns dos outros. Um dia surgiu ali uma pessoa que, por seu comportamento, acabou destoando dessa característica local. Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não gastava conversa com ninguém dali. Mas, todas as noites, havia um entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados de seu apartamento. Minha tia Adelaide, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu xeretar. A rotina era sempre a mesma: por volta das vinte horas, iniciava-se a chegada dos rapazes. Em seguida, luzes começavam a piscar de forma irregular, pessoas conversavam e faziam todo tipo de barulho. Minha tia, de sua janela, ia ficando cada dia mais intrigada. — Eles chegam de noite, fazem a baderna deles e, lá pelas vinte e três horas, saem, dizendo estarem cansados, que é cansativo, mas que vale a pena... Alguns chegam a sair ajustando as roupas! Que pouca vergonha! Duas semanas foi o tempo que minha tia levou para tomar coragem e ligar para a polícia, solicitando uma intervenção. — Tem um apartamento muito suspeito aqui e está incomodando a todos. Na verdade, era apenas titia quem estava se sentindo incomodada.
  • 7. — Por favor, façam logo alguma coisa! Aquilo lá mais parece um bordel! — Pois não, madame. Estamos enviando uma viatura para aí agora mesmo. Mas antes a senhora, por gentileza, me passe os seus dados. Menos de dez minutos depois, minha tia, debruçada em seu observatório, a janela, acompanha excitada a chegada da polícia. — Vianinha! — Vianinha era eu. — Vianinha, corre aqui, meu filho! Venha ver, que agora é que vão pegar a sirigaita! Fui até onde ela se encontrava. Dali pudemos acompanhar o desembarque de dois policiais que se encaminharam para o edifício. Poucos minutos depois, os dois deixaram o prédio e atravessaram serenamente a rua, em direção à portaria de nosso bloco. A campainha tocou, e minha tia, como uma adolescente descontrolada, correu para abrir a porta. — Boa noite, senhora — cumprimentou um dos policiais. — A senhora é a Dona Adelaide? — Sim, sou eu mesma — empertigou-se titia. Os dois policiais se entreolharam. Depois um deles, com expressão grave, disse: — Parabéns! A senhora acaba de nos fornecer um flagrante... Minha tia, não aguentando mais de expectativa, o interrompeu: — E então? Fale logo! Vão levar a prostituta? — Como eu ia dizendo, a senhora nos forneceu um flagrante. Um flagrante de um estúdio fotográfico de modelos. A moça, na verdade, estuda moda à tarde e, durante a noite, tira fotografias de modelos masculinos. Se a senhora continuar achando isso vergonhoso ou algo assim, pode ligar; não para a polícia, mas para um psicólogo. No mais, faça-nos um grande favor, sim? Deixe a moça trabalhar em paz. Pena que por perto não havia nenhum balde para eu enfiar a minha cabeça. Tema 3 Meu pai me pedira para guardar aquela pequena caixa de madeira escura por tempo indeterminado e me fez jurar que eu jamais a abriria sem o seu consentimento. Crie uma narrativa de mistério na qual esse trecho seja inserido coerentemente.
  • 8. addhi-dhaiva.com.br O maior de todos os presentes Al. Fabiano de Oliveira dos Santos Matias (SGS/2010) Era noite. A chuva que caía não dava trégua e se lançava sobre nossa casa torrencialmente. Como sempre acontece em noites de tempestade, a energia acabou. Eu, criança ainda, só poderia estar nervoso e muito assustado; e as estranhas formas tremulantes que o brilho das velas formava nas paredes simplesmente pioravam tudo, o que me levava a perguntar a todo instante: — Pai, quando a luz vai voltar? — Em breve, meu filho — dizia meu pai, puxando-me para perto de si. — Logo, logo a chuva vai diminuir, e a luz vai acabar voltando. Tem que ter paciência. — Eu queria que a mamãe estivesse aqui — eu gemi. — Sim, filho; eu sei. Eu também gostaria muito. Mas, de alguma forma, ela está aqui conosco. Temos de ser pacientes. Meu pai ficara viúvo muito cedo. Eu não conheci minha mãe, e era ele quem tinha de fazer os dois papéis; ele era muito cuidadoso comigo. Foi por ver minha aflição é que hoje eu tenho certeza de que ele fez o que fez. Deixando-me sozinho por uns instantes, foi até o quarto e voltou de lá com algo na mão. Reconheci logo o pequeno objeto: era uma caixa de madeira escura que ele mantinha em sua escrivaninha. Eu tinha curiosidade em saber o que havia ali dentro, pois ele já havia me falado que fora vovô quem lhe presenteara com ela ainda em sua mocidade. — O tempo passa rápido, não é, filho? — ele perguntou. — Passa, papai; que nem flecha, né? — Pois é. Hoje você já está com dez anos e já é quase um homem, não é? — Sim, papai. — Pois, então, é hora de lhe passar esse presente. Naquele momento, ele me entregou a caixa de madeira. Eu já não me aguentava de curiosidade e já ia abri-la, quando ele me fez
  • 9. jurar que eu jamais a abriria sem o seu consentimento. Mesmo contrariado, eu sabia que tinha de obedecer. A luz ainda demorou algum tempo para voltar, mas, de alguma forma, meu medo desapareceu. Vinte anos se passaram. A misteriosa caixa se manteve em meu poder. Sempre que eu passava por uma situação difícil na escola, no trabalho, em minha vida conjugal, eu me recordava daquela noite de tempestade com papai. A doença de meu filho caçula foi o pior de todos os momentos. Os médicos só diziam que eu devia ter paciência que o tratamento demoraria e que mesmo assim o resultado era incerto. Tive de ter um autocontrole que eu não conhecia em mim. Meu pai acompanhou tudo de perto. Até que um dia, finalmente, meu filho recebeu alta do tratamento. Nesse dia meu pai, estando em nossa casa para nos felicitar pela melhora, me pediu: — Filho, você ainda tem aquela caixa? — Sim, papai. — Pode apanhá-la, por favor? Corri até o segundo andar da casa e voltei como uma flecha para a sala. Ele me disse: — Agora você já pode abrir. Nervoso, eu atendi ao seu comando. Fiquei atordoado por alguns segundos. O silêncio que se formou então só foi quebrado por uma brejeira gargalhada dele, seguida de um abraço forte e carinhoso. — Foi a mesma cara que eu fiz quando seu avô me mandou abrir esse negócio. Esse é o maior tesouro de um homem. E, hoje, vejo que esse homem está bem na minha frente! Aquela velha caixa não possuía nenhuma pedra preciosa, nenhum objeto valioso. Na verdade, ela estava vazia. Mas através dela percebi que já havia ganhado o meu maior presente: o autocontrole de saber aguardar pelo momento certo; a paciência do saber esperar.
  • 10. TEXTO INFORMATIVO- Como a serpente é peçonhenta Há no mundo aproximadamente 2.700 espécies de serpentes conhecidas, que estão espalhadas pelos cinco continentes, ilhas e mares, desde a linha do Equador até próximo dos círculos polares. Nas regiões tropicais, o número de espécies aumenta. No Brasil há cerca de 260 espécies, distribuídas por todo o território. Elas estão agrupadas em nove famílias, e só duas são peçonhentas. Peçonhentos são os animais que produzem substância tóxica, veneno, e apresentam um aparato especializado para injetá-lo. Não peçonhentos são os animais que, apesar de produzirem substância tóxica (veneno), não apresentam esse aparato. A identificação de serpentes peçonhentas e não peçonhentas é feita pela presença da fosseta loreal (orifício entre os olhos e a narina), associada ao tipo de dentição. De modo geral, toda serpente com fosseta loreal e colorido vermelho, preto e branco (ou amarelado) na forma de anéis no corpo e com presas na parte anterior da boca é peçonhenta, com exceção das falsas corais que, apesar do colorido vermelho, não são peçonhentas. (Folhinha, 20/04/2002) 1. Segundo o texto, qual a diferença entre cobras peçonhentas e não peçonhentas? (A) As peçonhentas possuem um aparato para injetar veneno e as não peçonhentas não têm. (B) As peçonhentas são ferozes e as não peçonhentas são mansas. (C) As peçonhentas e as não peçonhentas têm fosseta loreal. (D) As peçonhentas não têm veneno e as não peçonhentas têm veneno. 2. A falsa coral é confundida com as serpentes peçonhentas porque também (A) tem fosseta loreal. (B) tem veneno. (C) tem coloração vermelha. (D) é feroz. 3. O que significa a palavra orifício que aparece no texto? (A) Saliência. (B) Verruga. (C) Calo. (D) Buraquinho 4. As serpentes são encontradas, em maior número, (A) em todas as regiões do planeta. (C) apenas em regiões de clima temperado. (B) em regiões de clima quente. (D) apenas em regiões de clima frio. 5. Qual o propósito deste texto? (A) Contar uma história. (C) Informar sobre as serpentes. (B) Vender um produto. (D) Ensinar a fazer alguma coisa.