O documento discute os conceitos de símbolo e antropologia, segundo o antropólogo Leslie White. White definiu o símbolo como a unidade básica do comportamento humano e afirmou que a capacidade de criar símbolos é o que distingue os humanos dos demais animais. Além disso, traçou a distinção entre símbolo e signo, sendo que o símbolo cria significados e o signo indica significados já estabelecidos. Finalmente, descreveu experimentos que mostram que, apesar de semelhanças físic
2. Símbolos
O termo "símbolo", com origem no (grego), designa
um tipo de signo em que o significante (realidade
concreta) representa algo abstrato (religiões, nações,
quantidades de tempo ou matéria, etc.) por força de
convenção, semelhança ou contiguidade semântica
(como no caso da cruz que representa o
Cristianismo, porque ela é uma parte do todo que é
imagem do Cristo morto).
3. Símbolos Humanos
Quando falamos de Símbolos devemos falar também
de Antropologia, pois é nessa área que se pode
melhor consolidar as pesquisas nesse assunto.
Antropologia, como o próprio nome sugere (antropo
= homem; logia = estudo) é a ciência que se
desvinculou da filosofia e ganhou objeto específico
de estudo, que é a análise da origem,
desenvolvimento, evolução do homem, a partir das
suas condições físicas, biológicas, anatômicas e
histórico-culturais.
5. Símbolos Humanos
Falar de símbolos humanos é também falar do
Antropólogo Leslie White.
De acordo com Leslie White, o símbolo tem seu
significado atribuído pelo usuário e constitui a
unidade básica do comportamento humano.
7. Símbolos Humanos
Para o estudioso Leslie White, o símbolo é a unidade
básica do comportamento humano. A civilização só existe
em razão do comportamento simbólico, característico do
homem. A partir da teoria da evolução de Darwin, muito
se questionou sobre o que é o homem e qual a sua
diferença em relação aos demais animais (mamíferos
superiores). Diante de dados anatômicos, percebeu-se que
a caixa craniana do homem era maior e que, por essa
razão, seu cérebro também o era. Dessa forma, o
pensamento, o raciocínio, a compreensão etc. estavam
vinculados a um maior poder de associação de ideias
derivado das faculdades mentais humanas.
9. Símbolos Humanos
No entanto, Leslie constatou que a diferença entre os
homens e os outros animais era uma diferença
qualitativa e não quantitativa. Isto quer dizer que o
homem usa símbolos para existir, mas que estes
símbolos são criados, inventados, pelos próprios
humanos, diferente do animal, que pode ser
condicionado por símbolos, mas jamais poderá criá-los.
Esse poder de criar símbolos é especificamente
humano (não há outros seres que o façam, nem graus
intermediários).
11. Símbolos Humanos
Símbolo é uma coisa cujo valor ou significado é atribuído
pelos seus usuários. Este valor nunca é determinado pelas
características físicas do objeto em questão, isto é, de suas
propriedades intrínsecas, mas sempre por algo arbitrário
que se torna convencional. Por exemplo, a palavra VER.
Nenhuma destas letras, juntamente ou separadas, indica
uma ação de visualizar algo (em francês se diz VOIR, em
inglês, TO SEE etc.). O sentido faz parte da valoração
coletiva sobre algo, é imaterial, mas é preciso que alguma
coisa física represente o sentido, perpassando nossa
experiência.
12. Símbolos Humanos
Leslie também faz a distinção entre símbolo e signo.
O primeiro é a criação do valor de algo. O signo é a
indicação de um valor já criado. É uma forma física
cuja função é indicar alguma outra
coisa, qualidade ou fato. O sentido de um signo pode
ser inseparável de sua forma física (como, por
exemplo, o termômetro com a coluna de mercúrio
que indica a quantidade de calor) ou apenas
separado, desde que analogamente evidencie a coisa
(previsão do tempo, por exemplo).
13. Símbolos Humanos
Vejamos um exemplo: tanto um cachorro quanto um
homem podem ser condicionados a perceber um
som através das letras S-E-N-T-A e desenvolver um
comportamento. No entanto, o sentido dessa palavra
só o homem pode dar, criar ou inventar, já que o
animal é incapaz. Outro exemplo: para nós da
civilização judaico-cristã ocidental, o preto é a cor do
luto, representando tristeza, saudade de quem se foi,
enquanto que para alguns países orientais, é o
amarelo, pois a morte é um momento de alegria em
razão da libertação do corpo e da alma.
14. Símbolos Humanos
Também são notáveis as experiências que Leslie
acompanhou.
A criação de uma criança, juntamente com um
macaco (símio) evidenciou que por mais semelhantes
que sejam, tendo a mesma educação, logo a criança
se desenvolve, juntamente a fala e a reflexão, a
construção e a superação de exercícios que o animal
não consegue sequer problematizar.
16. Símbolos X Mitos
Em todo o transcurso da História houve mitos e
símbolos encarnados em pessoas.
À primeira vista podemos incorrer no equívoco de
supor que um mesmo fenômeno psicossocial
transforma personagens em mitos ou em símbolos.
Mas, na verdade, esses conceitos são bem diferentes.
17. Símbolos X Mitos
A figura mítica é um sucedâneo da realidade.
Preenche o vazio existencial das multidões. Consola
o ser humano, esmagado pelas estruturas sociais
opressivas.
As infinitas carências de homens e mulheres sem
rumo e sem esperança encontram na personagem
mítica uma ilusória satisfação.
Os mitos enganam o homem e retardam o avanço da
História.
18. Símbolos X Mitos
Os aparelhos de propaganda fabricam mitos.
Bandidos podem ser transformados em heróis. Mas a
mentira não é eterna. A posteridade faz o acerto de
contas e destrona mitos.
Muito diferente da personagem mítica é a
personagem que se transforma em símbolo. O tempo
não esmaece o fulgor do símbolo. Muito pelo
contrário, o símbolo ganha vigor no suceder das
gerações.
22. Símbolos X Mitos
O mito é produzido pelas várias espécies de poder –
poder econômico, poder político, poder de interesses
mesquinhos, poder de manipulação de consciências
etc.
O símbolo tem radicação na alma do povo. O
símbolo não precisa de propaganda porque é
autêntico e tem a vocação da eternidade. O símbolo é
eleito pelo amor, brota do coração, tem seu
fundamento na verdade.
26. Símbolos na Psicologia
A palavra símbolo vem do termo grego symbolon, que por
sua vez estava relacionado com o verbo symballein que
era “lançar com”, “lançar junto” ou fazer coincidir. O
termo significava união, pacto, amizade. Símbolo na
antiga Grécia representava um compromisso entre duas
pessoas.
Era comum, por exemplo, a divisão ao meio de uma
moeda na ocasião da separação de dois amigos ou de
duas pessoas que tinham um compromisso entre si, para
que quando no futuro elas se reencontrassem a moeda
partida seria símbolo do compromisso do passado.
27. Símbolos na Psicologia
Outro exemplo, mais próximo e conhecido é o símbolo do
peixe utilizado pelos cristãos dos primeiros séculos para
se reconhecerem, quando se encontravam, um fazia um
risco curvilíneo e o interlocutor completava o desenho
com outro risco curvilíneo formando um peixe (símbolo
do peixe estava relacionado a palavra ICHTHYS, peixe
em grego, cujas letras que eram consideradas como
acróstico para Iesous Christos Theou Hyous Soter – Jesus
Cristo, de Deus o filho, Salvador). eles se reconheceriam
como cristãos. Em outras versões, uma pessoa escrevia no
chão a letra grega alfa (a), que guarda similaridade com o
peixe, e o interlocutor apagaria o desenho, de igual modo
eles se reconheceriam como cristãos reconhecendo-se
como “cristãos”.
28. Símbolos na Psicologia:
Cultural
Os símbolos culturais são representações
arquetípicas que orientam a cultura. Os símbolos
culturais estão relacionados geralmente relacionados
com as religiões. Devemos lembrar que uma religião
não é Um simbolo, mas um sistema simbólico.
Quando uma religião subjulga outra, o símbolos são
substituídos(ou absorvidos) por outros da matriz
arquetípica correspondente. Outros, podem se
manter como contos de fada ou nos mitos.
30. Símbolos na Psicologia:
Individual
Os símbolos pessoais são formações que eclodem do
inconsciente, intimamente relacionado com o
momento do qual um individuo vive. O símbolo
muitas vezes se constela como uma resolução de
conflito. É um elemento integrador, que supera um
possivel conflito possibilitando o funcionamento da
dinâmica psíquica. Um aspecto fundamental, é
considerar que um símbolo somente é para quem o
percebe, “depende da atitude da consciência que
observa se alguma coisa é simbolo ou não(…)”
(JUNG, 1991, p.445)
32. Conclusão dos Símbolos
São inúmeros os estudos, antigos e recentes, sobre a
importância dos símbolos na vida e na cultura dos
povos. De alguma forma eles são uma linguagem
cifrada das aspirações e dos ideais humanos. Por isso
mesmo existem desde tempos imemoráveis e
continuarão existindo. São tão importantes para a
vida e a cultura dos povos que hoje a semiótica (
semeion=sinal) – ciência que estuda os significados
da linguagem e dos símbolos é muitíssimo
conceituada.
33. Símbolos e seus
Significados
Veremos agora alguns símbolos e seus significados.
Sabemos que há vários sentidos para mesma imagem
ou mesmo gesto e cores.
Sendo assim veremos a o significado e de uma
símbolo do momento de sua criação.
41. Estrela
Náutica
A estrela náutica é uma
estrela de cinco pontas que
simboliza a sorte, a boa
opção, os novos caminhos e
a proteção.
Interessante notar que seu
significado, com o passar
dos anos, expandiu-se e,
portanto, a estrela náutica
pode simbolizar, em muitas
culturas, uma metáfora para
o retorno à casa, ou o
“retorno à si mesmo”
simbolizando de maneira
ampliada, o “caminho da
vida”, o encontro com a
sorte e a opção certa.
43. A cruz de Savóia é
símbolo muito presente
na heráldica. É um brasão
de origem italiana, que
representava uma
dinastia do século XVI, e é
sempre representado por
uma cruz branca sobre
um fundo vermelho. O
branco simboliza a paz,
inocência e pureza, e o
vermelho simboliza
sangue. A cruz de Savóia
significa que para que
haja paz, é preciso haver
luta, sangue.
Cruz de
Savoia
45. Cruz
Gótica
A cruz gótica é uma
representação da cruz
latina cristã, mas a cruz
gótica simboliza um lado
mais sombrio e obscuro
da fé. A cruz gótica pode
ser usada como símbolo
de dor e escuridão, e
possui muitas vezes uma
aura negativa de
mistério.
47. Crucifixo
O crucifixo é a cruz de
Cristo, é a cruz da
crucificação, símbolo de
veneração do sacrifício de
Jesus Cristo na tradição
cristã. O crucifixo é
também chamado deCruz
Episcopal. O crucifixo tem
as formas de uma cruz
latina, com a inscrição
I.N.R.I (Ienus Nazarenus
Rex Iudaeorum - Jesus de
Nazaré Rei dos Judeus) na
parte superior da cruz,
acima da cabeça.
49. Cruz
Grega
A cruz grega é uma cruz
que possui os quatro
braços do mesmo
tamanho e representa o
equilíbrio entre o divino e
o terreno, entre a matéria
e o espírito, o masculino e
o feminino. A cruz grega
simboliza a união dos
opostos e a sua harmonia.
51. Cruz
Ansata
A Cruz Ansata conhecida
também pelo nome Ankh,
ou cruz ankh, é considerada
uma cruz sagrada em
algumas religiões, e é
também chamada de cruz
egípcia, devido à sua
origem. A cruz Ansanta, ou
cruz egípcia, era um antigo
hieróglifo que, segundo os
egípcios simboliza a
eternidade, a chave da
vida. Era um símbolo
utilizado pelos nobres e
faraós com o intuito de lhes
trazerem proteção.
55. Pentagrama O pentagrama é o símbolo
da união e da síntese, na
medida em que o número
dos dedos de uma
extremidade corresponde
ao número dos nossos
sentidos.
57. Baphomet
Baphomet é uma criatura
simbólica ambivalente com
cabeça de bode, touro ou
chacal e corpo humano;
simboliza o bem e o mal, a
luz e as trevas, o céu e a
terra, o feminino e o
masculino.
Foi considerado
um demônio uma vez que
esse símbolo está associado
às ciências ocultistas, à
magia, à alquimia, à
bruxaria, ao satanismo e ao
esoterismo.
59. Tridente
O tridente é um objeto de
três pontas, considerado
um símbolo solar e
mágico, que simboliza
o poder, a força,
o universo; foi muito
utilizado por gladiadores
na antiguidade.
61. Wicca
Na linguagem Celta, a
palavra “bruxa” (wicca)
está associada à natureza,
todavia, também pode
estar relacionada com o
ocultismo e a magia.
Praticada até os dias de
hoje a Wicca é uma
religião neopagã
(politeísta) com práticas
de rituais de magia,
pautada nas forças da
natureza e inspirado nas
tradições celtas; seus
seguidores são chamados
de bruxos ou Wiccanos.