2. Pré-projeto de trabalho de conclusão de curso, realizado pelos alunos do6ª semestre do
curso de Bachareladoem Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo.
Seguem os nomes:
DIEGO CARDOSO DE ALMEIDA
DIEGO OLIVEIRA CARNEIRO
Professor Orientador: Rafael Tosi
3. INTRODUÇÃO
O projeto inicial é de contextualizar a Vila Ferroviária de Paranapiacaba, que se
localiza no município de Santo André, no Estado de São Paulo.
O presente estudo trás como proposta desencadear uma reflexão dentro da ótica
jornalística e de comunicação institucional sobre a Vila Ferroviária de Paranapiacaba,
no que diz respeito ao seu contexto histórico, social, econômico e cultural.
Desse modo, o objetivo do projeto é desenvolver um website contendo um "tour
virtual" em um modelo de game interativo, para que a população que deseja conhecer a
Vila tenha uma base dos principais pontos turístico da localidade. Será empregado neste
modelo, recursos jornalísticos, adotando os conteúdos multimídias (como fotos, textos,
e videorreportagens) como base.
Para tanto, foi considerado pertinente neste primeiro momento, o
desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratória-descritiva, baseada
em consultas a bases de dados bibliográficos sobre a história da Vila e sobre sua
preocupante realidade de esquecimento por parte do poder público e, de até
desconhecimento da população sobre um dos poucos patrimônios históricos da região
metropolitana de São Paulo.
O passado é a história da Vila. Suas casas de madeira úmidas, vermelhas, seu
ferro também vermelho de ferrugem e seus habitantes, com suas memórias, histórias,
lembranças e saudades.O presente é o resultado do passado. As transformações sofridas
e geradas pelas necessidades da vida (como as novas profissões exercidas pelos ex-
ferroviários), o dia-a-dia das pessoas que vivem com a cabeça no século XXI e os pés
no século XIX.O futuro é sempre incerto. E assim também é na Vila que nasceu graças
à via férrea e que hoje não recebe mais os passageiros dos trens. O futuro são as
crianças da vila e também aqueles que acabaram de chegar encantados pelas belezas e
pela história de Paranapiacaba.
4. 1. O QUE É JORNALISMO
A atividade do jornalismo na sociedade contemporânea é, muitas vezes,
uma ferramenta capitalista que tem por objetivo vender seu produto: a notícia.
Porém o papel do jornalista, nesse sentido, não pode ser unicamente o de
apresentar os fatos, pautado pela ética e pela busca da verdade. É importante que
se tenha a consciência do que seja a verdade. Cabe a esse profissional da
informação ir além da simples captação da informação. Se deve, na realidade,
ser um agente transformador da sociedade e, através de sua profissão,
sensibilizar e criar alternativas de modificação do contexto social. Deve-se
desempenhar como papel principal a propiciação às pessoas do conhecer e do
saber sobre algo que possa ser relevante de um modo geral, mas desconhecido
dentro de um determinado meio social.
Sabemos que o jornalista e o jornalismo precisam pensar e repensar sua
função junto à comunidade em que estão inseridos de maneira constante. O
papel do jornalista como agente conciliador, gerador e modificador de contextos,
mediante seu papel transformador, pode criar melhorias para a sociedade. A
grande mídia hoje em dia não se preocupa com as variantes sagas da grande
maioria da população. Poucas são as pessoas que têm acesso aos meios de
comunicação, resultando em uma informação, conferida unicamente a um grupo
privilegiado de pessoas.
É justo, portanto, uma reflexão sobre o jornalismo, para que ele de fato
cumpra com sua verdadeira intencionalidade: mostrar mecanismos que façam os
indivíduos refletir e encontrar as verdadeiras razões da sua existência e suas
primordiais funções para com a humanidade e para com o ambiente. Sendo
assim, uma função fundamental, não somente academicamente, mas também
profissionalmente. Há que se refletir qual o papel dos profissionais de jornalismo
e dos grandes meios de comunicação, o que eles têm feito para a melhoria da
sociedade ou da comunidade que resolvem tratar, e qual o papel que pode ser
desempenhado pelos profissionais da comunicação na busca da igualdade entre
as pessoas, entre a harmonia entre o homem e sua história, ou até para com o
ambiente em que se vive.
5. 2. TURISMO EM PARANAPIACABA
O turismo no distrito acontece para compreender melhor a história de
Paranapiacaba, destacando a importância da vegetação, do clima e da cultura ali
existentes."Paranapiacaba" originou-se do termo da língua tupi, que significa "lugar
de onde se vê o mar", através da junção de paraná (mar), epiak (ver) e aba (lugar).
A Vila de Paranapiacaba está inserida em um vale na Serra do Mar e localizada
no município de Santo André, a 48 km do centro do município (cerca de 70 km do
centro da Capital). É um lugar charmoso, onde o clima e a neblina das montanhas
podem remeter o turista às paisagens típicas europeias. Fundada para abrigar os
funcionários da companhia inglesa São Paulo Railway de trens que construiu as
primeiras ferrovias paulistas, especialmente o trecho conhecido como Estrada de
Ferro Santos – Jundiaí, estrada que ligava o interior do Estado de São Paulo ao porto
de Santos, essa pequena Vila se tornou um ponto turístico ainda pouco explorado e
pouco conhecido pelos paulistas e pelos brasileiros.
Construída a partir de 1860, a Vila tem casas feitas em madeira de pinho e estilo
inglês, e ruas cuidadosamente planejadas, dando uma sensação de aconchego para
quem chega ao lugar. Ligadas ao clima frio e constantemente nublado essas
características dão ao vilarejo o clima que atrai turistas de todas as partes,
principalmente durante o Festival de Inverno de Paranapiacaba, realizado no mês de
julho.
Paranapiacaba é cercado pela exuberância da Mata Atlântica restante na
esplêndida Serra do Mar, onde o turista pode desfrutar de passeios relaxantes pelas
trilhas, cachoeiras e piscinas naturais existentes na região. O lugar é ideal para a
prática de esportes radicais. A Igreja de Bom Jesus de Paranapiacaba e os museus
Funicular (do Trem) e Castelinho, onde está o carro de D. Pedro II, são alguns
lugares que devem ser visitados, além do Parque Natural das Nascentes, destinado à
preservação da fauna e da flora locais.
6. A beleza da Vila já atraiu a atenção de fotógrafos, escritores e cineastas, que
fizeram das paisagens de Paranapiacaba cenários para suas obras. As estações e
maquinários em exposição são verdadeiras aulas de história da técnica e da
engenharia nas obras de arte da construção ferroviária. Um passeio inesquecível,
que faz lembrar a Inglaterra, no meio da Serra do Mar.
No centro ainda existe o antigo relógio que controlava o ritmo das atividades dos
operários que construíram a estrada e a estação ferroviária está em pleno
funcionamento. A beleza arquitetônica característica deu à Paranapiacaba o título de
Patrimônio Nacional e a classificação entre os 100 monumentos mais importantes
do mundo por organizações internacionais e não-governamentais que atuam na área
de preservação do patrimônio histórico.
Em abril de 2003 com a visita do grupo World MonumentsFund - WMF, ONG
de origem norte americana que lista 100 bens anuais reconhecidos como patrimônio
histórico que necessitam de trabalhos para a sua preservação, Paranapiacaba
apareceu como patrimônio cultural mundial, dentro de uma lista internacional
organizada pela WMF, que ao mesmo tempo denuncia a necessidade de recuperação
dos patrimônios históricos mundiais e os reconhece como tal. Além disso, é possível
encontrar em operação em Paranapiacaba a segunda locomotiva mais antiga do
Brasil, que pertenceu à SPR e hoje integra o acervo da Associação Brasileira de
Preservação Ferroviária (ABPF). Anualmente, no mês de julho, a vila também é
palco do tradicional Festival de Inverno de Paranapiacaba, que reúne estrelas da
MPB, rock, música clássica e atrações internacionais.
7. 3. PONTOS TURÍSTICOS
Museu Funicular do Trem
Os galpões que abrigaram o maior sistema funicular do mundo, ainda em seu lugar
original, compõem hoje o Museu Funicular de Paranapiacaba. As peças estão todas em
exposição para mostrar como era feito o trabalho das maquinarias: a roda de inércia
movida a vapor, os cabos de aço e um veículo serra-breque. Um passeio por este museu
vai revelar muito da história ferroviária do lugar e também de seus primeiros
moradores.
Foto: Pref. Mun. de Santo André
Museu do Castelinho
Construído em 1897 para ser a residência do
superintendente inglês durante a construção da
estrada férrea, o Castelinho fica no alto de uma
colina. Sua localização foi estratégica, pois de
lá era possível avistar todas as ruas do distrito.
Atualmente o lugar abriga o Centro de
Preservação da Memória de Paranapiacaba. Foto: Pref. Mun. de Santo André
8. Passarela Metálica
A passarela metálica foi construída em 1899
sobre o corredor ferroviário, onde se
localizavam a estação, o pátio e todos os
equipamentos, para ligar os dois núcleos da
Vila.
Clube União Lyra Serrano
Sede das principais atividades culturais de
Paranapiacaba, como o badalado Festival de
Inverno. Foi uma das últimas construções
inglesas na Vila de Paranapiacaba, por volta
de 1936 e chama a atenção por sua beleza. O
Serrano é formado por um prédio com hall,
salão de jogos, sala de troféus, salão de baile
e cinema, além do complexo esportivo
externo com campo de futebol.
Foto: Pref. Mun. de Santo André
9. Igreja Bom Jesus de Paranapiacaba
Construída em 1887 para atender aos
funcionários católicos da ferrovia, era o
palco das missas e da tradicional Festa do
Padroeiro, a festa mais antiga de Santo
André e que acontece até hoje.
Foto: Pref. Mun. de Santo André
Feira de Artesanato do Parque Andreense
Feira realizada de 9h às 18h todos os domingos para comercialização de artesanato,
flores e alimentos produzidos pelos moradores locais no Pátio do Posto Rodoviário do
Parque Andreense.
Exposição permanente de Ferromodelismo
Realizada todos os sábados, domingos e feriados, entre 10h e 17h, essa feira expõe
maquetes de trens e miniaturas em movimento do pátio ferroviário de Paranapiacaba.
Rua Varanda Velha, Vila Velha.
10. ■ EVENTOS
Semana do Ferroviário
A cidade comemora, durante sete dias do mês de setembro, a Semana do Ferroviário.
Durante o evento são realizadas oficinas culturais, exposições, exibições de vídeos,
passeios turísticos e debates, voltados para a história e trabalho do setor ferroviário.
Todos os eventos são gratuitos.
Festival de Inverno de Paranapiacaba
Evento que reúne milhares de pessoas em apresentações culturais, entre elas: orquestras,
grupos de jazz, MPB, blues, chorinho, rock, teatro e festival gastronômico. Tornou-se
uma das marcas de Paranapiacaba, desde quando aconteceu pela primeira vez em 2001.
O Festival de Inverno é realizado no mês de julho.
11. ■ ECOTURISMO
Cachoeira d´Água Fria
O percurso é de 1.200 metros em meio à Mata Atlântica. Durante o trajeto é possível
admirar diversas espécies de plantas, flores, árvores, pássaros e muitas nascentes. A
cachoeira da Água Fria leva esse nome por conta da temperatura da água que se mantém
fria, mesmo nos dias mais quentes.
12. Ecoturismo & Natureza
Área de Preservação Ambiental entre as trilhas Olho D'Água e Tanque do
Gustavo - Parque Natural Municipal Nascente de Paranapiacaba
Além da possibilidade de observar a flora e a fauna
da Mata Atlântica de perto, os visitantes podem
conhecer o sistema de reservatórios implantado pelos
ingleses no final do século XIX. O projeto foi
planejado valorizando a integração entre a natureza e
a engenharia. A área que contorna a Vila de
Paranapiacaba foi transformada na unidade de
conservação Parque Natural. As belastrilhas do Olho
D Água, o tanque do Gustavo, a Pontinha, a Água
Fria e a Comunidade são lugares belíssimos que
devem ser visitados com acompanhamento de
monitor ambiental. São 4 milhões de metros
quadrados de Mata Atlântica exuberante preservada.
Cachoeira da Fumaça
Possuindo uma queda d'água com
aproximadamente 130 metros de
altura, é um excelente ponto para a
prática de rapel.
13. Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba
A Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, em seus 336 ha predomina
relevo montanhoso, com o ponto mais elevado - Mirante - voltado para o vale do Rio
Mogi (Hoehne, 1925); a declividade diminui em direção ao bairro de Campo Grande.
Pelos seus vales e baixadas correm vários córregos que contribuem para a formação de
rios maiores, como o Rio Grande. A vegetação da Reserva, composta por florestas e
campos nativos entremeados por manchas esparsas de matas mais baixas, é
predominantemente secundária.
A Reserva foi criada em 1909 por Hermann vonIhering, como reserva particular, para
preservar florestas e campos nativos; e em 1913 foi adquirida pelo governo estadual
Conhecida como Parque Cajuru e Estação Biológica na época, seus limites estendiam-se
entre as estações ferroviárias de Campo Grande e Alto da Serra, esta junto à Vila de
Paranapiacaba (Hoehne, 1923); posteriormente, a área original foi ampliada pela doação
de uma gleba junto à antiga entrada, feita pela "São Paulo Railway Company", e
aquisição de uma outra pertencente ao Sr. Manuel Augusto Alfaya (Hoehne, 1937,
1940). Na década de 1970, entretanto, a Reserva perdeu quase 248.588m2 com a
construção da rodovia SP-122 e, em 1982, com seus 336 ha, passou a ser chamada de
Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba.
14. 4. INFRA-ESTRUTURA
Quem visita Paranapiacaba tem a oportunidade de se hospedar em pousadas
simples que se utilizamdos alojamentos dos operários da ferrovia, construídos em
estilo inglês, com o charme e aconchego oferecido pelo calor das lareiras. São
diversos estabelecimentos, a maioria com pernoite e café da manhã. Restaurantes,
bares e cafés coloniais satisfazem os mais variados paladares. Muitos deles foram
montados em típicas casas de estilo inglês e oferecem desde petiscos a pratos
requintados. Destaque para as delícias das tradicionais casas de chá, lugares ideais
para as tardes frias da região.
Um grande problema em Paranapiacaba é a falta de infraestrutura turística, não
há quaisquer tipos de acessibilidade para portadores de deficiência, são poucos os
banheiros públicos, sinalização é precária, quase não há informação especializada
nos museus, estacionamento para os ônibus e veículos, telefones públicos
quebrados, entre outros fatores. Grande parte do trabalho de manutenção dos pontos
turístico são realizados por moradores que trabalham voluntariamente, na maioria
das vezes, sem qualquer apoio dos órgãos do Estado.
Porém existe uma realidade de abandono no local. A Vila carece de serviços
públicos básicos. Entre as reclamações, as mais constantes foram sobre Transporte e
de falta de médicos no Posto de Saúde. É difícil encontrar sinal para telefonia
móvel. Farmácias, mercados, posto de gasolina e outros comércios comuns à
qualquer cidadezinha, não são encontrados. Mesmo um turista, vindo de uma grande
metrópole, é de se impressionar com a quantidade absurda de cães abandonados que
encontra em toda a Vila. Muitos deles estão doentes: com sarna e sem vacinação
adequada. Os moradores reclamam muito da falta de energia em Paranapiacaba.
Muitas ruas são iluminadas por uma única lâmpada, e nas ruas que não há,
moradores improvisam ao usarem candeeiros de querosene.
Após a privatização do Sistema Ferroviário no final da década de 1990, todo o
parque ferroviário apresenta os tristes sinais do abandono e do tempo. O pátio da
estação é um verdadeiro “Cemitério Ferroviário”, retratando perfeitamente a falta de
políticas públicas para com o sistema ferroviário, que tanto alavancou o progresso
do país.
15. Clima & Geografia
Tropical úmido com um inverno pouco rigoroso e uma neblina constante. O índice
pluviométrico da região é acima de 2.000 mm, atualmente Paranapiacaba detém o título
de cidade que mais chove no Brasil. A Vila de Paranapiacaba é coberta por uma floresta
pluvial, montana ou baixo montana, que é uma espécie de floresta tropical onde a
temperatura mais baixa e da altitude local interferem nas características básicas. O
Cambuci é o fruto típico da região. Além disso, a Mata Atlântica abriga animais e
plantas que estão ameaçadas de extinção.
Como Chegar
De Carro:Saindo de São Paulo o percurso para Paranapiacaba deve ser feito seguindo
pela Via Anchieta até o Km 29 (placa para Ribeirão Pires), entrar na SP 148 (estrada
Velha de Santos) e continuar até o Km 33. Depois o motoristadeve pegar a Rodovia
Índio Tibiriçá (SP 31) até o Km 45,5 e em seguida entrar na SP 122 até o
estacionamento, a 5 km de Paranapiacaba. De lá partem ônibus que fazem o trajeto de
ida e volta da vila ferroviária.
De Ônibus:Os ônibus para Paranapiacaba saem do Terminal Rodoviário de Santo André
(Tersa), localizado na Estação Prefeito Saladino (CPTM).
De Trem:A linha 10 - turquesa - da CPTM liga a estação da Luz à Rio Grande da Serra,
de onde partem veículos da Ponte Orca, de transporte público em direção à Vila.
Expresso Turístico Paranapiacaba:O trajeto é realizado aos domingos, exceto nos
segundos do mês. O passageiro tem a opção de embarcar às 8h30 na Estação da Luz ou
às 9h00 na Estação Prefeito Celso Daniel-Santo André (Linha 10-Turquesa, da CPTM).
O retorno ocorre às 16h30 em Paranapiacaba. A viagem é feita a bordo de uma
composição especial, formada por dois carros de aço inoxidável fabricados no Brasil na
década de 50. O percurso leva 1h30, proporcionando ao turista uma viagem no tempo.
Entre os destaques estão as estações Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, tombadas
recentemente pelo patrimônio histórico de São Paulo. A viagem necessita de
agendamento prévio, realizável pelo site da CPTM, pelo preço de R$ 34,00.
Créditos: Pref. de Santo André e EMBRATUR
16. OBJETIVOS
Conhecer a Vila de Paranapiacaba;
Entender seu contexto histórico, artístico, ambiental, social, econômico e
cultural;
Conhecer os pontos turísticos;
Desenvolver um site que propicie informações adequadas do local;
Reportar as ações de melhoria para a região;
Observar a ferrovia, e mostrar o total abandono por parte dos governos locais;
Mostrar as belezas do ecossistema da região;
Descobrir o processo de revitalização dos patrimônios históricos;
Demonstrar o potencial turístico ainda inexplorado da Vila;
Observar as peculiaridades e o folclore local.
17. METODOLOGIA
Esse trabalho foi realizado por meio de algumas pesquisas na internet,
reportagens e livros, filtrando-as com a palavra-chave Paranapiacaba, Ferrovia e
História de Paranapiacaba.
Até o momento, fora realizado duas visitas ao local, nos meses de Junho e Julho
de 2013, o que proporcionou um conhecimento real sobre o que acontece na localidade
e um pouco mais sobre a sobrevivência agonizante da Vila.
E por fim houve a necessidadedo trabalho de campo, dentro do empirismo
jornalístico, para aprimorar o conhecimento sobre o assunto, onde foicolhido o
depoimento dos monitores do passeio turístico (relatando ao longo do caminho um
pouco sobre Paranapiacaba e tirando algumas dúvidas do grupo), dos comerciantes
locais, dos turistas que visitam a região, das instituições oficiais que administram a Vila
e de uma pequena parcela da população que vive em Paranapiacaba.
As fotos que foram tiradas durante o trabalho de campo teve o critério de
inclusão ilustrativa para cada ponto turístico, e o de exclusão foi pela melhor resolução
desta pesquisa inicial.
18. RESULTADOS
Conhecer a Vila de Paranapiacaba foi uma experiência nova para nós, já que
éramos “turistas de primeira viagem” no local. Lá, o clima, a vegetação, a gastronomia e
a arquitetura são bem diferentes do de São Paulo. Principalmente no que se refere ao
meio ambiente, já que são ecossistemas totalmente diferentes.
O turismo em Paranapiacaba tornou-se extremamente importante, pois nos dias
de hoje, a população local vive basicamente desta atividade, já que a operação de
passageiros da ferrovia não funciona mais. Um trecho dos trilhos que passam no local
possui uma operação plenamente comercial, no que se refere ao transporte de cargas, e é
atualmente administrado pela MRS Logística S/A. ter a oportunidade de vislumbrar os
pontos turísticos foi primordial para saber a real importância do lugar como patrimônio
histórico. Saber como eram aquelas casas, a cultura e o trabalho na ferrovia, remete
qualquer turista ao século XIX.
Observar a ferrovia foi uma experiência diferente. É de conhecimento geral a
privilegiação do transporte terrestre frente ao ferroviário. Porém, visitando
Paranapiacaba, essa realidade resulta num certo incomodo com uma parte importante da
história do nosso país. Não há uma preocupação por parte dos governos em preservar a
história daquelas pessoas que construíram o desenvolvimento do Brasil, através das
ferrovias. No local, é possível identificar várias placas que mostram a escrita do século
passado, roupas da época, as engrenagens e os mecanismos de engenharia daquele
período apodrecendo diante o tempo, sem o devido cuidado.
Ter contato direto as pessoas e suas respectivas histórias dói, principalmente no
que se refere aos contextos histórico e socioeconômico. Lhes foram tiradas as principais
condições econômicas, com o fim da operação da ferrovia e sua respectiva privatização.
O turismo seria a ferramenta que poderia trazer uma eventual sustentabilidade
econômica para a população nativa, porémsão pífias as iniciativas governamentais para
a fomentação de um circuito turístico da região.
O que há de louvável é a iniciativa de alguns moradores e organizações locais
que doam tempo, trabalho, dinheiro e dedicação para a manutenção da Vila. Vale
ressaltar que em todo o mundo, há somente duas vilas ferroviárias inglesas preservadas:
Paranapiacaba e Thirlmere, nos arredores de Sidney – Austrália.
19. CONCLUSÃO
Considerando os fatores de relevância artística, social, cultural, ambiental e
econômica, uma pesquisa científica, um trabalho jornalístico, um projeto institucional
ou qualquer outra iniciativa isolada não será capaz de analisar a problemática
expositória de uma população e de seu ambiente. Todavia, este projeto é parte de um
processo, que vai além da pesquisa empírica ou da produção jornalística, por abranger
uma série de fatores que envolvem os mais diversos contextos citados em que
Paranapiacaba se insere.
Concluímos com esse trabalho, que com muitas pessoas poderão se beneficiar,
uma vez que a ideia é trazer informações qualitativas e de linguagem multimídia, dentro
de um website, sobre um distrito histórico pouco conhecido pela população de um modo
geral. Eventualmente, este projeto poderá auxiliar tanto os moradores, quanto os
administradores e principalmente os turistas que dispõem de poucas informações sobre
Paranapiacaba.
Este projeto, será mais uma iniciativa que proporcionará, talvez à longo prazo,
uma melhoria na qualidade de vida de um meio social, e até mesmo, despertar a vontade
política das autoridades oficiais em resgatar as ferrovias de nosso país. É no mínimo
incompreensível a falta de estratégia do Brasil para com as ferrovias. Como em
Paranapiacaba, trilhos e vagões que enferrujam ao jugo do tempo. Justamente trilhos e
vagões que fazem falta para transportar a principal das riquezas de nosso país: as
pessoas. Mas também as outras riquezas de nossa terra que trafegam por quilômetros
em estradas mal conservadas.
Não se pode deixar em ruínas asmarcas de um passado que trouxe muito
progresso para nossa nação. Passado que realmente mais racional do que o nosso
presente. Não se pode permitir nem como jornalista, nem como cidadão, que a situação
chegue ao fundo do poço, para que se possa realizar os primeiros passos de um
reerguimento transformador na logística, na história e no turismo de uma região
esquecida, ao mesmo tempo tão próxima da cidade mais rica do país.