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CAPÍTULO NOVE
O HOMEM DESCOBRE
A CRIATIVIDADE E
INVENTA O FUTURO
DIEGO MOTTA
RICARDO STRAIOTO
[ AS PULSAÇÕES DO PROGRESSO ]
“[...] todas as noites seis bilhões de cérebros adormecem e começam a sonhar formas,
objetos, ideias, cores, sons, jogos, negócios, sociedade, convivências e
conflitos inéditos, boas ações, torturas e iniqüidades de tudo que é tipo; e todas as manhãs
seis bilhões de cérebros acordam e começam a pensar em como traduzir na prática esses sonhos.
E às vezes conseguem”
(DE MASI, 2003, pg. 338).
[ SMALL SCIENCE, BIG SCIENCE ]
“A globalização, particularmente ativa no campo científico,
acelerou e ampliou tanto os processos de colaboração quanto os de competição
entre os criativos do mundo inteiro. Ambos construíram, de um lado,
para multiplicar as descobertas e as invenções e, de outro, pala multiplicar
o número de cientistas e para transformar a small science, constituída predominantemente
por personalidades geniais isoladas, como Galileu e Newton, na big science,
constituída principalmente por ‘cérebros criativos’, de grupos numerosos de pesquisadores
unidos e potencializados em organizações modernas, com o objetivo de produzir
sobretudo novas teorias ou novas práticas”
(DE MASI, 2003, pg. 358).
[ A DESMATERIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ]
“[...] eu seria tentado a dizer que o progresso se deslocou
aparentemente de tecnologias materiais para tecnologias
desmaterializadas, enquanto a pesquisa científica transformou-se
realmente de uma ação individual para um programa coletivo”
(DE MASI, 2003, pg. 356).
[ A DESMATERIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ]
“[...] não foi a tecnologia que se desmaterializou, mas o nosso conceito de matéria
que deve ser renovado com base nas novas aquisições teóricas:
se observarmos um computador portátil com a ótica da física das partículas,
ele nos parecerá tão imenso quando um alto-forno ou como uma locomotiva a vapor”
(DE MASI, 2003, pg. 358).
[ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ]
“A abertura intencional de novos campos,
a hibridização da pesquisa científica
com a pesquisa estética, a previsão científica,
a projeção, a experimentação e a produção
do futuro representam as mais recentes
expressões da criatividade humana,
correlacionadas ao advento da sociedade
pós-industrial”
(DE MASI, 2003, pg. 364).
[ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ]
“Aquilo que há de novo, hoje, na criatividade é a criatividade intrínseca do homem
[...] com os seus recursos e o significado do respeito pelo indivíduo”
(Anderson apud DE MASI, 2003, pg. 367).
[ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ]
prever programar criar e
experimentar
produzir
“Posso dizer a um operário para
vir amanhã de manhã às sete para
produzir roscas, mas não posso dizer
a um pesquisador para vir amanhã
de manhã às sete para produzir ideias”
(Akio Morita - presidente da Sony).
[ ESCASSEZ DE IDEIAS ]
[ A DESCOBERTA E A INVENÇÃO ]
“[...] estamos vivendo numa época entusiasmante,
marcada pela luta entre a sociedade executiva que morre
e a sociedade criativa que se afirma”
(DE MASI, 2003, pg. 373).
[ A DESCOBERTA E A INVENÇÃO ]
“A descoberta é limitada por alguns vínculos: o mundo material a ser descoberto é
circunscrito pela sua própria natureza; todo e cada problema natural admite uma única
solução excelente e um só procedimento eficiente para alcançá-la: o melhor caminho de Taylor.
Já a invenção, pelo contrário, pode prosseguir por infinitas direções,
pode abrir infinitos campos e pode seguir infinitos caminhos:
tanto os objetivos como os itinerários são ilimitados, como ilimitadas são as
capacidades criativas do cérebro humano”
(DE MASI, 2003, pg. 374).
“O futuro é escolhido, predeterminado, semeado no presente:
o presente é o futuro. E a produção de futuro usa como
matéria-prima a informação e atividade criativa”
(HEGEDUS apud DE MASI, 2003).
[ A CRIATIVIDADE PÓS-INDUSTRIAL ]
[ A INVENÇÃO DE NOVOS PRODUTOS]
“Os centros de pesquisa básica abrem
novos campos inventando os modelos das
atividades do futuro, os centros do poder
decidem em quais invenções investir e
onde os centros de pesquisa “aplicada”
elaboram novas técnicas para formalizar
esses modelos, permitindo assim
transformá-los em produtos e serviços
pelas empresas (“modernização”), em
novas práticas sociais, novos
estímulos e novas necessidades”
(DE MASI, 2003)
pesquisa
básica:
novos campos
pesquisa
aplicada:
novos técnicas
inserção social:
novas práticas
novos produtos
decisão: qual
invenção investir
novas
necessidades
[ CRIATIVIDADE EMPRESARIAL ]
“Uma vez aberto um novo campo, ele pode ser fertilizado por infinitos objetivos práticos.
A escolha desses objetivos e desses usos é efetuada por parte daqueles empresários
que são capazes de compreender, no momento oportuno, as vantagens que poderão
derivar para aqueles que investem naquele novo setor”
(DE MASI, 2003, pg. 374).
Na nova sociedade a
empresa deve saber
aproveitar as oportunidades
proporcionadas pela
ciência, elaborando-as e
fazendo-as frutificar.
[ CRIATIVIDADE EMPRESARIAL ]
[ A COLONIZAÇÃO DOS NOVOS USUÁRIOS ]
“Também quando se imagina uma possível utilização prática de um novo campo,
mesmo quando já foram determinados os meios financeiros, profissionais e técnicos
para produzir os bens os serviços oferecidos por essa possível utilização,
falta ainda convencer os usuários em potencial a se valerem dessas novas oportunidades
e a utilizá-las da melhor maneira, ou seja, é preciso estimular novas necessidades e
novos comportamentos por meio de aparatos publicitários e educativos, que requerem,
por sua vez, dinheiro e criatividade”
(DE MASI, 2003, pg. 374).
“Inventar novas formas de
convivência transnacional e,
sobretudo, para sair da espiral
segundo a qual os ricos tornam-se
cada vez mais ricos e num percentual
sempre exíguo, enquanto os povos
pobres tornam-se cada vez mais
pobres e num percentual elevado.
Em 1950 os pobres era o dobro dos
ricos; em 2000 eram cinco vezes mais
numerosos; e em 2050 o serão oito
vezes mais”
(DE MASI, 2003,p. 413)
[ ACUMULAÇÃO COMO FIM ]
[ MUDANÇAS E CRISE ]
Em relação à sociedade industrial, muitas coisas mudaram:
o lugar central já não é mais a fábrica onde se produzem bens, mas o laboratório científico
onde se desenvolvem novas patentes, o laboratório de comunicação onde se produzem
novas informações e o laboratório artístico onde novas estéticas são produzidas.
(DE MASI, 2003, pg. 405).
[ REFLEXOS NA VIDA COTIDIANA ]
“As novas tecnologias determinaram o declínio do trabalho físico, com exceção
da prestação de serviços e do trabalho conceitual, fazendo surgir o trabalho criativo
dos profissionais liberais e dos gerentes. … Em lugar da hierarquia e da dependência,
estão cada vez mais presentes a parceria e a colaboração”
(DE MASI, 2003, pg. 416).
Aplicação da criatividade
não tanto na criação de
novos objetos, mas na
atribuição de um maior
sentido e significado a tudo
aquilo que já possuímos.
[ ECOLOGISTAS ]
[ ÉTICA DA CRIATIVIDADE ]
“A Ciência, tem todas as suas disciplinas, tem por objeto a descoberta das leis
que governam o nosso mundo. Nesse sentido, ela responde a uma curiosidade gratuita
do ser humano. Já a Tecnologia é o domínio do útil, daquilo que serve, se produz e se compra.
As suas motivações são completamente diferentes da Ciência.
Há uma mistura cada vez mais íntima entre “a pureza” da ciência e a “impureza” da tecnologia.
E há os custos crescentes das pesquisas… uma escrupulosa alocação de recursos e -
com mais frequência do que se queira acreditar -
uma certa submissão do cientista em relação ao financiador”
(DE MASI, 2003, pg. 374).

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A descoberta da criatividade humana

  • 1. CAPÍTULO NOVE O HOMEM DESCOBRE A CRIATIVIDADE E INVENTA O FUTURO DIEGO MOTTA RICARDO STRAIOTO
  • 2. [ AS PULSAÇÕES DO PROGRESSO ] “[...] todas as noites seis bilhões de cérebros adormecem e começam a sonhar formas, objetos, ideias, cores, sons, jogos, negócios, sociedade, convivências e conflitos inéditos, boas ações, torturas e iniqüidades de tudo que é tipo; e todas as manhãs seis bilhões de cérebros acordam e começam a pensar em como traduzir na prática esses sonhos. E às vezes conseguem” (DE MASI, 2003, pg. 338).
  • 3. [ SMALL SCIENCE, BIG SCIENCE ] “A globalização, particularmente ativa no campo científico, acelerou e ampliou tanto os processos de colaboração quanto os de competição entre os criativos do mundo inteiro. Ambos construíram, de um lado, para multiplicar as descobertas e as invenções e, de outro, pala multiplicar o número de cientistas e para transformar a small science, constituída predominantemente por personalidades geniais isoladas, como Galileu e Newton, na big science, constituída principalmente por ‘cérebros criativos’, de grupos numerosos de pesquisadores unidos e potencializados em organizações modernas, com o objetivo de produzir sobretudo novas teorias ou novas práticas” (DE MASI, 2003, pg. 358).
  • 4. [ A DESMATERIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ] “[...] eu seria tentado a dizer que o progresso se deslocou aparentemente de tecnologias materiais para tecnologias desmaterializadas, enquanto a pesquisa científica transformou-se realmente de uma ação individual para um programa coletivo” (DE MASI, 2003, pg. 356).
  • 5. [ A DESMATERIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ] “[...] não foi a tecnologia que se desmaterializou, mas o nosso conceito de matéria que deve ser renovado com base nas novas aquisições teóricas: se observarmos um computador portátil com a ótica da física das partículas, ele nos parecerá tão imenso quando um alto-forno ou como uma locomotiva a vapor” (DE MASI, 2003, pg. 358).
  • 6. [ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ] “A abertura intencional de novos campos, a hibridização da pesquisa científica com a pesquisa estética, a previsão científica, a projeção, a experimentação e a produção do futuro representam as mais recentes expressões da criatividade humana, correlacionadas ao advento da sociedade pós-industrial” (DE MASI, 2003, pg. 364).
  • 7. [ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ] “Aquilo que há de novo, hoje, na criatividade é a criatividade intrínseca do homem [...] com os seus recursos e o significado do respeito pelo indivíduo” (Anderson apud DE MASI, 2003, pg. 367).
  • 8. [ A DESCOBERTA DA CRIATIVIDADE ] prever programar criar e experimentar produzir
  • 9. “Posso dizer a um operário para vir amanhã de manhã às sete para produzir roscas, mas não posso dizer a um pesquisador para vir amanhã de manhã às sete para produzir ideias” (Akio Morita - presidente da Sony). [ ESCASSEZ DE IDEIAS ]
  • 10. [ A DESCOBERTA E A INVENÇÃO ] “[...] estamos vivendo numa época entusiasmante, marcada pela luta entre a sociedade executiva que morre e a sociedade criativa que se afirma” (DE MASI, 2003, pg. 373).
  • 11. [ A DESCOBERTA E A INVENÇÃO ] “A descoberta é limitada por alguns vínculos: o mundo material a ser descoberto é circunscrito pela sua própria natureza; todo e cada problema natural admite uma única solução excelente e um só procedimento eficiente para alcançá-la: o melhor caminho de Taylor. Já a invenção, pelo contrário, pode prosseguir por infinitas direções, pode abrir infinitos campos e pode seguir infinitos caminhos: tanto os objetivos como os itinerários são ilimitados, como ilimitadas são as capacidades criativas do cérebro humano” (DE MASI, 2003, pg. 374).
  • 12. “O futuro é escolhido, predeterminado, semeado no presente: o presente é o futuro. E a produção de futuro usa como matéria-prima a informação e atividade criativa” (HEGEDUS apud DE MASI, 2003). [ A CRIATIVIDADE PÓS-INDUSTRIAL ]
  • 13. [ A INVENÇÃO DE NOVOS PRODUTOS] “Os centros de pesquisa básica abrem novos campos inventando os modelos das atividades do futuro, os centros do poder decidem em quais invenções investir e onde os centros de pesquisa “aplicada” elaboram novas técnicas para formalizar esses modelos, permitindo assim transformá-los em produtos e serviços pelas empresas (“modernização”), em novas práticas sociais, novos estímulos e novas necessidades” (DE MASI, 2003) pesquisa básica: novos campos pesquisa aplicada: novos técnicas inserção social: novas práticas novos produtos decisão: qual invenção investir novas necessidades
  • 14. [ CRIATIVIDADE EMPRESARIAL ] “Uma vez aberto um novo campo, ele pode ser fertilizado por infinitos objetivos práticos. A escolha desses objetivos e desses usos é efetuada por parte daqueles empresários que são capazes de compreender, no momento oportuno, as vantagens que poderão derivar para aqueles que investem naquele novo setor” (DE MASI, 2003, pg. 374).
  • 15. Na nova sociedade a empresa deve saber aproveitar as oportunidades proporcionadas pela ciência, elaborando-as e fazendo-as frutificar. [ CRIATIVIDADE EMPRESARIAL ]
  • 16. [ A COLONIZAÇÃO DOS NOVOS USUÁRIOS ] “Também quando se imagina uma possível utilização prática de um novo campo, mesmo quando já foram determinados os meios financeiros, profissionais e técnicos para produzir os bens os serviços oferecidos por essa possível utilização, falta ainda convencer os usuários em potencial a se valerem dessas novas oportunidades e a utilizá-las da melhor maneira, ou seja, é preciso estimular novas necessidades e novos comportamentos por meio de aparatos publicitários e educativos, que requerem, por sua vez, dinheiro e criatividade” (DE MASI, 2003, pg. 374).
  • 17. “Inventar novas formas de convivência transnacional e, sobretudo, para sair da espiral segundo a qual os ricos tornam-se cada vez mais ricos e num percentual sempre exíguo, enquanto os povos pobres tornam-se cada vez mais pobres e num percentual elevado. Em 1950 os pobres era o dobro dos ricos; em 2000 eram cinco vezes mais numerosos; e em 2050 o serão oito vezes mais” (DE MASI, 2003,p. 413) [ ACUMULAÇÃO COMO FIM ]
  • 18. [ MUDANÇAS E CRISE ] Em relação à sociedade industrial, muitas coisas mudaram: o lugar central já não é mais a fábrica onde se produzem bens, mas o laboratório científico onde se desenvolvem novas patentes, o laboratório de comunicação onde se produzem novas informações e o laboratório artístico onde novas estéticas são produzidas. (DE MASI, 2003, pg. 405).
  • 19. [ REFLEXOS NA VIDA COTIDIANA ] “As novas tecnologias determinaram o declínio do trabalho físico, com exceção da prestação de serviços e do trabalho conceitual, fazendo surgir o trabalho criativo dos profissionais liberais e dos gerentes. … Em lugar da hierarquia e da dependência, estão cada vez mais presentes a parceria e a colaboração” (DE MASI, 2003, pg. 416).
  • 20. Aplicação da criatividade não tanto na criação de novos objetos, mas na atribuição de um maior sentido e significado a tudo aquilo que já possuímos. [ ECOLOGISTAS ]
  • 21. [ ÉTICA DA CRIATIVIDADE ] “A Ciência, tem todas as suas disciplinas, tem por objeto a descoberta das leis que governam o nosso mundo. Nesse sentido, ela responde a uma curiosidade gratuita do ser humano. Já a Tecnologia é o domínio do útil, daquilo que serve, se produz e se compra. As suas motivações são completamente diferentes da Ciência. Há uma mistura cada vez mais íntima entre “a pureza” da ciência e a “impureza” da tecnologia. E há os custos crescentes das pesquisas… uma escrupulosa alocação de recursos e - com mais frequência do que se queira acreditar - uma certa submissão do cientista em relação ao financiador” (DE MASI, 2003, pg. 374).