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OS SELOS E A OBRA DO SELAMENTO

  I. TEXTO BÁSICO. Apoc. 4:1 a 8:1

  II. TEMA – TERMINAÇÃO DA OBRA DE SALVAÇÃO NO
     SANTUÁRIO CELESTIAL, OS JUSTOS TRIUNFANTES, OS
     ÍMPIOS PERDIDOS.

  DESDOBRAMENTO DAS CENAS:

     A. Deus o Pai sobre o Seu trono : Apoc. 4
       1. Uma porta aberta para o local do trono no céu: V. 1; Ezeq.
          1:1
         a. Deus assentado sobre o trono Apoc. 4:2; Dan. 7:9; Isa. 6:1
            (1) Semelhante ‘a pedra jaspe e sardônica: Apoc. 4:3; Êx.
                8:17, 20. Comp. Isa. 63:2-4; Apoc. 19:12-15.
                Revised Standard Version: “Semelhante ao jaspe e
                cornalina”
                Jaspe – cor vermelha; última pedra no peitoral do sumo
                sacerdote
                Sardônica – pedra preciosa avermelhada; primeira pedra
                no peitoral do sumo sacerdote.

          b. Um arco-íris sobre o trono Apoc. 4:5; Ezeq. 1:28
     “Como o arco na nuvem é formado pela união da luz do sol e da
chuva, também o arco-íris ao redor do trono representa o poder combinado
da justiça e misericórdia... É a união da justiça e misericórdia que torna a
salvação completa e plena.” – E. G. White, SpTM, n. 1, 44, 45.
     “Assim como o arco nas nuvens resulta da união da luz solar e da
chuva, o arco acima do trono de Deus representa a união de Sua
misericórdia e justiça.” – Ed.,115.
Os Selos e a Obra do Selamento                                           2
     “No Céu, uma semelhança de arco-íris rodeia o trono, e estende-se
como uma abóbada por sobre a cabeça de Cristo. ... Quando o homem pela
sua grande impiedade convida os juízos divinos, o Salvador, intercedendo
junto ao Pai em seu favor, aponta para o arco nas nuvens, para o arco
celeste em redor do trono e acima de Sua cabeça, como sinal da
misericórdia de Deus para com o pecador arrependido.” – PP., 107.

          c. Vinte e quatro anciãos Apoc. 4:4, 10, 11

            (1) Vinte e quatro ordens de sacerdotes I Crôn. 24:1-18;
                Heb. 8:2, 5; 9:23-24.
            (2) Redimidos desta terra Apoc. 5:9; Mat. 27:52; Ef. 4:8.
            (3) Assentados sobre tronos Apoc. 4:4, 20:4-6; Dan. 7:22; I
                Cor. 6:2, 3.
                A palavra grega usada neste texto é ‘thronoi’ ou tronos.
                American Standard Version: “Ao redor do trono
                estavam vinte e quatro tronos, e assentados nos tronos
                estavam vinte e quatro anciãos.”
            (4) Vestidos brancos - Apoc. 19:8
            (5) Coroas de ouro - II Tim. 4:8
            (6) Adoravam a Deus - Apoc. 4:10, 11.
            (7) Suas funções
      “Encontro, então, nestes anciãos entronizados, a manifestação mais
elevada de glória dos santos ressurretos glorificados. Eles estão no céu.
Encontram-se ao redor do trono da divindade. São puros e santos, com
trajes brancos, que são a justiça dos santos. São participantes do domínio
celestial. São reis da glória com coroas de ouro. Estão estabelecidos, e no
lar de suas dignidades exaltadas; não em pé esperando como servos, mas
assentados como conselheiros reais do Todo-Poderoso. São assistentes do
Grande Juiz de vivos e mortos, e participantes no julgamento do mundo por
seus pecados.” – J. A. Seiss, The Apocalypse, vol. I, 253.

          d. Relâmpagos, trovões e vozes Apoc 4:5; Êx. 19:16; Apoc.
             11:19; 16:17-19; I Sam. 22:14,15.
Os Selos e a Obra do Selamento                                               3
      “...Os terrores do Sinai deviam representar ao povo as cenas do juízo.
O som de uma trombeta convocou Israel a encontrar-se com Deus. A voz do
Arcanjo e a trombeta de Deus convocarão, da Terra toda, tanto os vivos
como os mortos, à presença de seu Juiz. O Pai e o Filho, acompanhados por
uma multidão de anjos, estavam presentes no monte. No grande dia do
juízo, Cristo virá "na glória de Seu Pai, com os Seus anjos". Mat. 16:27. Ele
Se assentará então no trono de Sua glória, e diante dEle reunir-se-ão todas
as nações.” – PP., 339.

          e. Sete lâmpadas de fogo - Apoc. 4:5; 1:4; 5:6; Zac. 4:10;
             Prov. 15:3; Heb. 4:13
     “Sendo em visão concedida a João uma vista do templo de Deus no
Céu, contemplou ele ali "sete lâmpadas de fogo" (Apoc. 4:5) que ardiam
diante do trono. Viu um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado
muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar
de ouro, que está diante do trono". Apoc. 8:3. Com isto permitiu-se ao
profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete
lâmpadas de fogo’.” – PP., 356.

          f. Mar de vidro - Apoc. 4:6; 15:2; Ezeq. 1:22; 28:14; Êx. 24:10
          g. Quatro criaturas viventes - Apoc. 4:6-9
             A tradução que aparece na versão inglesa do rei Tiago
             ‘quatro bestas’ é uma das mais infelizes em toda a Bíblia.
             O termo grego ‘zoa’ significa ‘ser vivente’.
             Tradução de Knox: “E no centro, onde o trono estava, ao
             redor desse trono estavam quatro figuras viventes, que
             tinham olhos em todos os lugares para ver para frente e para
             trás.”
             Revised Standard Version: “E ao redor do trono, de cada
             lado do trono, estão quatro criaturas viventes, cheias de
             olhos na frente e atrás.”
             Tradução de Weymouth: “E ao redor, acima do trono, entre
             eles e os anciãos estavam quatro criaturas viventes, cheias
             de olhos na frente e atrás.”
Os Selos e a Obra do Selamento                                          4
             (1) Em número de – quatro
                (a) Quatro – universalidade, número que tudo inclui:
                    Apoc. 7:1; Ezeq. 7:2; Mat. 24:31; Mar. 13:27
             (2) Sua localização – nos quatro lados do trono
             (3) Sua aparência
                 (a) Olhos em todos os lugares
                 (b) Natureza quádrupla
                     1) Primeiro, semelhante a um leão.
                     2) Segundo, semelhante a um bezerro.
                     3) Terceiro, semelhante a um homem.
                     4) Quarto, semelhante a uma águia.
                 (c) Seis asas.
             (4) Sua adoração de Deus.
                 (a) Dão glória, honra e ações de graças a Deus.
             (5) Sua relação com outros caracteres bíblicos
                 (a) Serafim
                    1) Acima de Deus assentado no Seu trono - Isa. 6:1,2
                    2) Tem seis asas Isa. 6:2
                    3) Exclamam ‘Santo, Santo, Santo’ - Isa. 6:3
                 (b) Querubim
                    1) Em número de quatro - Ezeq. 10:9, 10
                    2) Em presença do trono - Ezeq. 10:1; I Sam. 4:4
                    3) Tem quatro asas - Ezeq. 10:5, 12, 21
                    4) Cheio de olhos - Ezeq. 10:12
                    5) Tinham quatro rostos Ezeq. 10:14, 21, 22
                 (c) As criaturas viventes de Ezequiel 1
                    1) Em número de quatro - Ezeq. 1:5
                    2) Diante do trono - 1:22, 26-28
                    3) Tinham quatro asas - 1:6
                    4) Tinham quatro rostos - 1:6, 10
                       a) Semelhantes a um homem
                       b) O lado direito semelhante a um leão
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                      c) O lado esquerdo semelhante a um boi
                      d) Semelhante a uma águia.
          (d) Os carros de Zacarias
             1) Em número de quatro - Zac. 6:1
             2) Espíritos dos céus - 6:5
             3) Em pé diante de Deus - 6:5
             4) Cavalos de quatro cores
                a) Vermelho - Zac. 6:2
                b) Preto - 6:2
                c) Branco - 6:3
                d) Grisalho 6:3
             5) Os carros de Deus são anjos - Sal. 68:17
     “Jesus então usou vestes preciosas. ... Quando ficou completamente
ataviado, achou-Se rodeado pelos anjos, e em um carro chamejante passou
para dentro do segundo véu.” – PE., 251.
          (e) O cavaleiro de Zacarias
             1) Montado num cavalo vermelho - Zac. 1:8
             2) Outros cavaleiros
                Tradução de Moffat: “E atrás dele cavaleiros em cavalos
                que eram castanhos, pretos, avermelhados e brancos.”

             3) Aqueles que o Senhor enviou à terra - Zac. 1:10
          (f) As figuras dos estandartes das tribos

     Segundo a tradição judaica, as tribos de Israel acampadas no
deserto ao redor do tabernáculo, estavam sob as insígnias de certas tribos
– para o oriente sob o estandarte de Judá, um leão; para o sul, Ruben, um
homem; para o ocidente, Efraim, um boi; para o norte, Dã, uma águia.
     O breve quadro que nos é dado em Apocalipse cap. 4, das quatro
criaturas viventes, revela pouco a respeito de sua natureza exata e das
suas responsabilidades. Entretanto, ao ajuntarmos todas as informações
aproveitáveis consegue-se algumas idéias a respeito de suas funções. A
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sua proximidade do trono deve indicar que são personagens de grande
importância. Eles ministram e permanecem bem na presença de Deus.
Estão mais próximos do trono do que os vinte e quatro anciãos. Estão
nos quatro lados do trono. Todas as funções do trono, são também suas
funções. Têm olhos em todos os lugares, de maneira que vêem tudo,
capacitados para registrar e dirigir com perfeita sabedoria e
conhecimento. São eles que regem a adoração diante do trono de Deus,
pois foi, quando levantaram suas vozes em louvor e glória, que os vinte e
quatro anciãos se prostraram em adoração diante do Criador do céu e da
Terra. Possuem um caráter quádruplo em que combinam a sabedoria e a
onisciência de todos os ramos da criação, – a razão, inteligência,
devoção e ardor espiritual do homem, a majestade, coragem e audácia do
leão; a submissão, paciência e força do boi, e a visão, a vista penetrante,
a rapidez de ação e o notável poder da águia.
     Estando ligados ao santuário de Deus no céu, as criaturas viventes
devem ter algumas responsabilidades de importância em ligação com os
serviços do santuário e com a obra de Deus em salvar os homens. Seu
serviço, forçosamente, deve ser de natureza diferente ao dos vinte e
quatro anciãos que eram representados no santuário terrestre pelas vinte
quatro ordens de sacerdotes. As criaturas viventes ao redor do trono de
Deus são representadas no santuário terrestre pelos querubins sobre o
propiciatório, representando por sua vez as hostes angélicas.
     “Em cada extremidade do propiciatório estava fixo um querubim de
ouro maciço. Suas faces voltavam-se um para o outro, e olhavam
reverentemente para o propiciatório embaixo, e representam todos os anjos
do céu que com interesse e reverência olham a lei de Deus.” – 1 SP., 272.
     Enquanto que os anciãos representam os homens diante de Deus, as
criaturas viventes são representantes de Deus ao homem. Enquanto que
os anciãos são conselheiros junto a Deus, as criaturas viventes são
observadores e executores de Deus, dos divinos decretos. Enquanto que
o serviço dos anciãos é junto de Deus no céu, o serviço das criaturas
viventes é tanto no grande santuário do céu como entre os justos e os
Os Selos e a Obra do Selamento                                            7
pecadores da terra....” “E, quanto aos anjos, diz: ’O que de seus anjos faz
ventos, e de seus ministros labareda de fogo.’ ” Heb. 1:7. Muito embora
as criaturas viventes possam ser reconhecidas mais propriamente como
acima dos anjos, aqueles que vivem ao lado de Deus e às ordens de
Deus, prontos para serem instantaneamente mandados a qualquer parte
deste mundo ou do grande universo de Deus. Acham-se em todos os
quatro pontos da bússola, comandando silenciosa e invisivelmente todas
as atividades de Deus, dirigindo os negócios da terra de conformidade
com os planos do céu.
     Um conhecimento mais completo das atividades destas criaturas
viventes pode ser conseguido através do estudo de um material como
aquele que se tornou de utilidade para o povo de Deus.

     (a) Querubim
        1) Idêntico às criaturas viventes - Ezeq. 10:15, 20; 1:5, 10
        2) Deus habita entre os querubins I Sam. 4:4; II Sam. 6:2; Sal.
           99:1
        3) Lúcifer foi querubim ungido - Ezeq. 28:14, 16.
        4) Gabriel agora ocupa a primitiva posição de Lúcifer:
           DTN., 780, 693, 234.
           a) Está na presença de Deus - Luc. 1:19
           b) Enviado aos servos de Deus - Dan. 8:16; 9:21; Luc. 1:19, 26
           c) Enviado para combater os poderes de Satanás: PR., 571, 572
        5) Guarda o caminho da árvore da vida - Gên. 3:24
        6) A glória de Deus se retira do querubim ao caírem os juízos
           finais - Ezeq. 9:3; 10:4.
        7) No tempo do juízo brasas de fogo são tomadas dentre os
           querubins e espalhadas - Ezeq. 10:2,6,7.
        8) O sonido das asas dos querubins como a voz de Deus Ezeq.
           10:5.
        9) Um forma de mão de homem sob as asas do querubim Ezeq.
           10:8.
Os Selos e a Obra do Selamento                                            8
      10) Quatro rodas, uma com cada querubim Ezeq. 10:9
          a) Rodas cor de berilo - Ezeq. 10:9
          b) Uma roda no meio de outra roda - Ezeq. 10:10
          c) Não se viravam ao andar - Ezeq. 10:11.
          d) As rodas são cheias de olhos - Ezeq. 10:12.
          e) Uma voz chama as rodas Ezeq. 10:13.
          f) As rodas se movem com os querubins - 10:16, 19.
          g) O espírito das criaturas viventes está nas rodas: Ezeq. 10:17
      11) A glória de Deus levanta-se do limiar da entrada e pára de
          novo sobre os querubins - Ezeq. 10:18.
      12) Os querubins levantam-se da terra e postam-se à porta do lado
          oriental da casa de Deus - Ezeq. 10:19.

     (b) As criaturas viventes de Ezequiel
        1) Quatro criaturas viventes emergem de uma nuvem, fogo e
           vento tempestuoso do norte - Ezeq. 1:4,5
        2) A mão de um homem sob suas asas - Ezeq. 1:8.
        3) Vão aonde o Espírito vai - Ezeq. 1:12.
        4) Não se viram quando andam - Ezeq. 1:17.
        5) Semelhantes a brasas chamejantes de fogo; relâmpagos se
           desprendem do fogo - Ezeq. 1:13.
        6) Vão e voltam como os lampejos do relâmpago - Ezeq. 1:14.
        7) Rodas sobre a terra junto às criaturas viventes - Ezeq. 1:15.
           a) Rodas iguais ao berilo - Ezeq. 1:16
           b) Uma roda dentro de outra roda - 1:16
           c) Não se viravam ao andarem - 1:17
           d) Cambas tão altas que metem medo - 1:18
           e) Cambas cheias de olhos - 1:18
           f) As rodas andam junto com as criaturas viventes - 1:19
           g) Vão para qualquer parte que o Espírito vai - 1:20,21
           h) O Espírito das criaturas viventes está nas rodas - 1:20,21.
        8) O ruído das suas asas é audível quando andam - Ezeq. 1:24.
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          a) Como o ruído de muitas águas.
          b) Como a voz do Todo-Poderoso.
          c) Como a voz de um exército
       9) A semelhança de um trono acima deles - Ezeq. 1:26.
          a) Um assentado sobre o trono - Ezeq. 1:26
             (1) Com o aspecto de âmbar ou fogo - Ezeq. 1:27.
          b) Um arco como de chuva ao redor do trono - Ezeq. 1:28.

    (c) Os carros de Zacarias
       1) Quatro carros - Zac. 6:1
       2) Cavalos de quatro cores - Zac. 6:2,3
          a) Vermelho
          b) Preto
          c) Branco
          d) Moreno ou grisalho
       3) São os quatro espíritos do céu - Zac. 6:5
       4) Da presença do Senhor vão para toda a terra - Zac. 6:5; comp.
          Luc. 1:19.
       5) Sua obra está nas várias partes da terra Zac. 6:6-8
          Tradução de Moffat: “Eles estavam ansiosos para estar livres e
          patrulhar a terra; tanto que ele disse, ‘Sede livres e patrulhai a
          terra.’ ”
       6) Eles aquietam o Espírito de Deus - Zac. 6:8; comp. Zac. 8:2;
          9:3,4,13,14; 12:8,9.
          Tradução de Moffat: “Vede, aqueles que vão para a terra do
          norte abrandarão a minha ira contra a terra do norte.”
    (d) Os cavaleiros montados de Zacarias
          1) Cavalos de cores variadas - Zac. 1:8
             Tradução de Moffat: “Era noite, e num sonho vi um homem
             (montado num cavalo castanho) postado entre as murtas no
             vale, e atrás dele cavaleiros em cavalos que eram castanhos,
             pretos, morenos e brancos.”
Os Selos e a Obra do Selamento                                        10
             Tradução da Septuaginta: “Olhei de noite e vi um homem
             montado num cavalo vermelho, e postado entre as sombras
             das montanhas; e atrás dele estavam cavalos vermelhos, e
             cinzentos, e malhados e brancos.”
          2) Mensageiro de Deus para andar por todos os lugares da terra
             - Zac. 1:10.
             Tradução de Moffat: “Estes são os correios que o Eterno
             enviou para patrulhar a terra.”
          3) Sua missão terminada - Zac. 1:11; comp. vv. 14-16, 21; 2:8.

     (e) Agentes celestiais dirigem os negócios humanos
      “Nos anais da história humana o crescimento das nações, o
levantamento e queda de impérios aparecem como dependendo da vontade
e façanhas humanas. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte
parece, determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de
Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em
toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas,
a força de um Ser Todo-Misericordioso, a executar, silenciosamente,
pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. ...
      “Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e em sua
rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto que o
predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus
movimentos.
      “Esta lição é ensinada por meio de uma maravilhosa representação
simbólica exibida ao profeta Ezequiel. ...Os símbolos que lhe foram
apresentados revelavam, porém, um poder superior ao dos governantes
terrestres...
      “Algumas rodas, cruzando-se entre si, eram movidas por quatro
criaturas viventes. ...As rodas eram tão complicadas em seu arranjo que a
primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se em perfeita
harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que estava sob as
asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas, sobre o trono de
safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris – emblema da
misericórdia divina.
Os Selos e a Obra do Selamento                                          11
     “Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava
sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado
jogo dos sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as
contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos
querubins ainda dirige os negócios da terra.” – Educ. 173,177,178.

      “Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interesse que o
Céu toma nos acontecimentos da Terra e quão grande é a solicitude de
Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um governante. O
programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do
Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua
igreja. ...
      “A incansável vigilância dos mensageiros celestiais, e seu incessante
empenho em prol dos que vivem na Terra, nos revelam como a mão de
Deus está guiando uma roda dentro de outra. ...
      “Na visão de Ezequiel, a mão divina aparece debaixo das asas dos
querubins. ...
      “Aquilo que a homens finitos parece confuso e complicado, a mão do
Senhor pode manter em perfeita ordem. Tem meios e modos de frustrar as
intenções de homens ímpios, e pode destruir o conselho dos que planejam o
mal contra Seu povo.” – 2 TS., 352, 353.

     (f) O derramamento dos juízos diversos
        a) Um dos animais dá aos anjos das pragas as taças da ira.
        b) Dá brasas de fogo ao anjo do juízo - Ezeq. 10:2, 6, 7.
        c) Fogo e taças derramadas sobre a terra - Ezeq. 10:2; Apoc. 8:5;
           16:1.
        d) Os juízos de Deus sobre o homem - Ezeq. 9:2, 5, 6; Apoc. 8:5;
           11:18, 19; 16:18, 19.

  h. O serviço de louvor e glória - Apoc. 4:6-11
     (1) As criaturas viventes - vv. 8, 9.
        (a) Uma glorificação infinda de Deus - PE., 116.
        (b) O Deus que eles adoram
           1) Santo - CT. 402.
Os Selos e a Obra do Selamento                                          12
          2) Onipotente
          3) Eterno
    (2) Os vinte e quatro anciãos - vv. 10, 11.
       (a) Prostravam-se diante dEle.
       (b) Lançavam suas coroas diante do trono.
       (c) Deus é exaltado por sua adoração.
          1) Em virtude de Seu poder de criar.
     “O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e
que a Ele todos os outros seres devem a existência. E, onde quer que se
apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses
dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. ... E os seres
santos que adoram a Deus nos Céus, declaram porque Lhe é devida sua
homenagem: ‘Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque
Tu criaste todas as coisas.’ Apoc. 4:11.” – GC., pp. 436, 437.
     Este oratório da criação é o maior, o hino de maior regozijo de
todos os tempos. Este é o querubim ungido, o regente do coro celeste, o
primeiro a irromper no serviço de louvor. A ele se une o querubim
celestial e por seu turno a eles se unem os vinte e quatro anciãos que,
deslumbrados pela gloriosa cena, lançam suas coroas diante do trono
celeste. Neste hino todo o céu se une num espírito de louvor e ações de
graças. Todos os justos terão parte neste hino, pessoalmente nos dias da
glória por vir, e agora em espírito ao contemplarem tudo o que Deus lhes
reservou. Somente Satanás e aqueles que se juntaram a ele em recusar
reconhecer a glória devida ao Criador de todas as coisas, não se unem no
regozijo deste glorioso cântico.

  E. O livro selado com sete selos - Apoc. 5.
     1. O livro - Apoc. 5:1.
        a. Na mão direita do Pai sobre o trono.
        b. Escrito em ambos os lados.
        c. Selado com sete selos.
        (1) “Um testamento por escrito, selado com os selos de sete
             testemunhas, ainda que o herdeiro nele mencionado somente
Os Selos e a Obra do Selamento                                         13
             se tornasse “honorum possessor”, era guardado conforme
             prática pretoriana, confirmado pelo Imperador, e cuja posse,
             sendo abundantemente protegida por interditos e outros
             meios, era válida para todos os fins.” – R. W. Leagni,
             Roman Private Law, 204.
             “Um testamento, segundo a forma do Testamento Pretoriano
             e conforme a lei romana, trazia os sete selos das sete
             testemunhas sobre os cordões que amarravam os tabletes ou
             pergaminho (veja Smith, Dic. of Greek and Roman Ant.,
             1:17). Um tal testamento não podia ser executado até que se
             abrissem todos os seus sete selos.” – Charles, International
             Critical Commentary, Revelation, vol. I, p. 137.
             “Quando, sem mancipatio ou muncupatio, o testador tinha
             meramente posto os tabletes selados que continham os seus
             últimos desejos diante de sete testemunhas a fim de que
             neles pusessem seus selos ou assinaturas, o pretor dava ao
             herdeiro apontado por este ato, que era nulo na lei civil, o
             título de posse. Assim foi mais tarde tornado do maior valor,
             por Antonio Pios, do que herdeiro legal.” – J. Declaraiul,
             Rome the Law-Giver, 288.
       (2) A natureza do livro selado com os sete selos
      “Ao lavar Pilatos as mãos, dizendo: ‘Estou inocente do sangue deste
justo’, os sacerdotes uniram-se à turba ignorante, gritando exaltados: ‘O Seu
sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.’ Mat. 27:24 e 25.
      “Desse modo os guias judeus fizeram a escolha. Sua decisão foi
registrada no livro que João viu na mão dAquele que estava assentado no
trono, no livro que ninguém podia abrir. Essa decisão lhes será apresentada
em todo o seu caráter reivindicativo naquele dia em que o livro há de ser
aberto pelo Leão da tribo de Judá.” – PJ., 294.

     “Mas o homem que considera que, confessando os seus pecados,
demonstra fraqueza, não achará perdão, nem verá em Cristo o seu
Redentor; perseverará na transgressão e cometerá uma falta após outra e
acrescentará pecado a pecado. Que fará essa pessoa no dia em que os
Os Selos e a Obra do Selamento                                             14
livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas que neles
estiverem escritas?
      “O quinto capítulo do Apocalipse precisa ser detidamente estudado. Ele
é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus
nestes últimos dias. Alguns há que são enganados. Não se apercebem do
que está para acontecer na Terra. Os que têm permitido que se lhes
obscureça a mente no tocante à natureza do pecado, são vítimas de um erro
fatal. A menos que efetuem mudança decisiva, quando Deus pronunciar
Suas sentenças sobre os filhos dos homens serão achados em falta.” – 3
TS., 414, 415.

     2. Quem é digno de desatar os selos e abrir o livro? Apoc. 5:2.
        a. Ninguém digno, nem no céu, terra ou debaixo da terra - 5:3.
        b. João chora por não ser encontrado alguém digno - Apoc. 5:4.
       “É-nos declarado que o livro continha revelações desconhecidas, e que
João estava sobremaneira impaciente por entendê-las; e, que o seu choro
copioso era causado pela perspectiva pessoal de poder obter um
conhecimento do futuro como desejava. Pobre João, que impaciência, que
mortal tolo, ficar-se perturbando por causa de uma profecia não revelada e
continuar chorando no céu por não encontrar alguém que lhe abra o livro. ...
Que inspiração teria esse quadro ao retratar um respeitável e disciplinado
servo de Deus cheio de elevada dignidade varonil ao apresentá-lo como um
filho impaciente e tolo! Não, não; João sabia pelo Espírito que nele estava, o
que significava o livro selado. Ele sabia que, se ninguém fosse encontrado
digno e capaz de tomá-lo da mão de Deus e tirar os selos, todas as
promessas dos profetas, e todas as esperanças dos santos, e todas as pré-
intimações de um mundo resgatado, falhariam.... seria a herança prometida
que, agora, no momento exato da recuperação, por causa de uma falta iria
para a eterna alienação? ... E olhando a questão por este ponto de vista,
bem poderia um profeta fervoroso chorar, sem perder coisa alguma de sua
honra e mansidão. ... Aquele livro, se não fosse exaltado e aberto, seria a
desgraça e o luto da igreja. Fala de uma herança não resgatada – filhos
ainda estranhos à possessão adquirida. Mas aquele livro aberto é a glória e
o regozijo da igreja. É a garantia de sua reintegração naquilo que Adão
perdeu – a recuperação de tudo aquilo que esteve há tanto tempo e tão
cruelmente privada por causa do pecado. Por isto, enquanto este livro
permanecesse fechado, os seus selos sem serem abertos, o povo de Deus
Os Selos e a Obra do Selamento                                             15
permaneceria em privação, tristeza e lágrimas.” – J.A. Seiss, The
Apocalypse, v. I, pp. 276-278.

        c. Aquele que é digno de abrir o livro
           (1) O Leão da tribo de Judá - Apoc. 5:5; Gên. 49:9, 10.
           (2) A raiz de Davi - Apoc. 5:5; Isa. 11:1, 10, 12.
       “O fato de ser Ele introduzido exatamente aqui quer dizer que este
‘livro’ se refere ao cumprimento da profecia de Jacó a respeito de Judá, e de
que é na capacidade do fundador divino do trono de Judá que se achou ser
Ele digno e capaz de tomar o livro, abrir por isto os sete selos e executar o
seu conteúdo.” – W.C. Stevens, Revelation, the Crown-Jewel of Biblical
Prophecy, p. 117.
          (3) O Cordeiro como tendo sido morto - Apoc. 5:6; Isa. 53:7;
              João 1:29.
      “O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do ‘Leão da
tribo de Judá’, e de um ‘Cordeiro, como havendo sido morto’. Apoc. 5:5 e 6.
Esses símbolos representam a união do onipotente poder e do amor que se
sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o
Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis.” – AA., 589.
             (a) Sete chifres – símbolos de poder, autoridade real - Deut.
                 33:17; Mat. 28:18; Apoc. 1:5; Dan. 4:17.
             (b) Sete olhos – símbolos de onisciência, penetração
                 Zac. 3:8,9; 4:10; II Crôn. 16:9.
                 1) Os sete espíritos de Deus

        d. O livro do destino
              Embora não tenha sido dado nenhum nome ao livro que está
           nas mãos dAquele que Se assenta sobre o trono, a natureza
           dele é clara. É o grande livro do destino, o livro que, aberto,
           revelará a sorte do mundo e de todos os que já o habitaram.
           Este livro tem que ver com condenação – com a condenação
           daqueles que matam a Cristo, e de todos os que rejeitam a Sua
           graça salvadora. Ele tem que ver com redenção e salvação – a
           salvação de todos os que aceitam a Jesus como o Cordeiro de
Os Selos e a Obra do Selamento                                        16
          Deus. Aquele que abre este livro é tanto o que castiga como o
          que redime; Ele é o Leão e o Cordeiro, Aquele cujo poder é
          salvar e cujo direito é condenar. Este é Aquele que tem em Sua
          mão o título deste mundo, que possui o direito de dá-lo a quem
          quiser. Somente Cristo tem este poder, e somente Cristo pode
          abrir este livro do destino.
      “... Ao ser criado, foi Adão posto no domínio da Terra. Mas, cedendo à
tentação, foi levado sob o poder de Satanás. ... Quando o homem se tornou
cativo de Satanás, o domínio que exercera passou para o seu vencedor.
Assim Satanás se tornou o ‘deus deste século’. II Cor. 4:4. Ele usurpou
aquele domínio sobre a Terra, que originalmente fora dado a Adão. Cristo,
porém, pagando pelo Seu sacrifício a pena do pecado, não somente remiria
o homem mas restabeleceria o domínio que ele perdera. Tudo que foi
perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. Diz o profeta: ‘E a
Ti, ó Torre do rebanho, monte da filha de Sião, a Ti virá; sim, a Ti virá o
primeiro domínio.’ Miq. 4:8. E o apóstolo Paulo aponta para a ‘redenção da
possessão de Deus’. Efés. 1:14. ...
      “Mas Deus dera o Seu amado Filho - igual a Ele mesmo, a fim de
suportar a pena da transgressão, e assim proveu um caminho pelo qual
pudessem ser restabelecidos ao Seu favor, e de novo trazidos ao seu lar
edênico. Cristo empreendeu redimir o homem, e livrar o mundo das garras
de Satanás.” – PP., pp. 67, 69.
      “Quando Satanás declarou a Cristo: O reino e a glória do mundo me
foram entregues, e dou-os a quem quero, disse o que só em parte era
verdade, e disse-o para servir a seu intuito de enganar. O domínio dele,
arrebatara-o de Adão, mas este era o representante do Criador. Não era,
pois, um governador independente. A Terra pertence a Deus, e Ele confiou
ao Filho todas as coisas. Adão devia reinar em sujeição a Cristo. Ao
atraiçoar Adão sua soberania, entregando-a às mãos de Satanás, Cristo
permaneceu ainda, de direito, o Rei.” – DTN., 129.

     “A abertura dos sete selos significa os passos sucessivos pelos quais
Deus em Cristo aclara o caminho para o desenrolar final do livro no
estabelecimento visível do reino de Cristo. ... Ninguém é digno de o fazer,
exceto o Cordeiro; pois Ele sozinho redimiu a herança perdida do homem,
da qual o livro é o título de propriedade. A pergunta (v. 2) não é Quem
Os Selos e a Obra do Selamento                                               17
deveria revelar os destinos da Igreja (isto qualquer profeta inspirado podia
fazer) mas, Quem é digno de dar ao homem um novo título de sua herança
perdida?” – A.R. Fausset, A Commentary Critical, Experimental and
Practical, vol. VI, 674.
      “Este livro é introduzido aqui para mostrar, não a história eclesiástica,
mas algo do qual toda a história eclesiástica é apenas a introdução e
prelúdio, e ao que as Escrituras chamam ‘a redenção da possessão
adquirida ‘. ...
      “A palavra redenção vem até nós do significado antigo de certas leis e
costumes dos judeus. De conformidade com estas leis e costumes, era
impossível alienar terras por tempo além do determinado. Ainda que o
possuidor fosse forçado a dispor de suas terras; e sem levar em conta quem
fosse encontrado na posse das mesmas, o ano jubileu fazia-as voltar aos
representantes legais dos primitivos proprietários. Tendo por base este
regulamento, havia um outro que dava ao parente mais achegado de alguém
que por dificuldades ou outro fator qualquer tinha alienado a sua herança em
favor de outrem, o direito de tomar a iniciativa de redimi-la; isto é, comprá-la
de volta e retomá-la...
      “Existe uma herança perdida e sem possuidor através destes milhares
de anos...Tudo testifica de que era uma herança santa, elevada e bendita.
Mas, ah, seu possuidor original pecou, e ela escapou-lhe das mãos, e toda a
posteridade ficou deserdada. O livro selado, o título desta hipoteca, deste
direito perdido, está nas mãos de Deus e estranhos e intrusos a têm
invadido e aviltado. E desde os dias de Adão até agora, aqueles títulos têm
estado nas mãos do Todo-Poderoso, sem ninguém para tomá-los ou
desapossar os estranhos. ...
      “O pecado não pode viciar qualquer dos direitos de Deus. A posse de
Satanás é uma mera usurpação permitida por um tempo, mas de maneira
alguma em detrimento de propriedade do Todo-Poderoso. O direito real
ainda continua nas mãos de Deus, até que o Remidor adequado venha
redimi-la, pagar o preço, e expulsar o estranho e sua semente.
      “Quais, na verdade, têm sido todos os esforços de homens pecadores,
na política, na ciência e em todos os ramos da civilização, senão acabar com
este problema de procurar possuir de novo aquilo que se perdeu em Adão...
Qual, na verdade, tem sido a mola da atividade do mundo inferior, nestes
tempos de esforços para seduzir os mortais, senão persuadir os homens de
que são capazes de tornar real a enganadora promessa, ‘sereis como deus’
Os Selos e a Obra do Selamento                                          18
e, a despeito do Todo-Poderoso e sem Ele, fazer reconhecer no sonho do
progresso humano e na guia demoníaca, o sonho de um destino melhor para
o mundo e a raça. Também já estava incluído no plano de Deus há muito,
entregar os reinos às suas criaturas rebeldes, para permitir que a
experiência alcançasse o apogeu e, com o objetivo de tornar marcante ao
máximo a queda final... O espírito de liberdade, as considerações
democráticas, o comunismo universal e o esclarecimento, muito unidas aos
elementos de origem infernal, o estão tentando agora, e perpetuarão os seus
esforços para consumá-lo de uma maneira tão agigantada e fascinadora
como o mundo jamais contemplou, mas apenas para operar a mais
espantosa derrocada que já ocorreu. ...
     “Jesus é o Leão, o Renovo de Judá...Ele pagou o preço de redenção
de herança perdida. È o verdadeiro Remidor, que tendo há muito triunfado e
sido aceito, provar-se-á também pronto e digno para completar Sua obra em
resgatar aqueles títulos a longo prazo e quebrar seus selos invioláveis.” –
J.A.Seiss, The Apocalypse, Vol. I,267-280

     3. Abertura do livro
        a. Jesus toma o livro da mão direita do Pai - Apoc. 5:7
        b. Universal aclamação do Cordeiro
           (1) Os anciãos e as criaturas viventes - vv. 8-10
              (a) Salvas de incenso, as orações dos santos
                  PE., 32, 256; LS., 100; PP., 379, 380
      “Entre os querubins estava um incensário de ouro e, ao as orações dos
santos, oferecidas pela fé, chegarem a Jesus; e, ao apresentá-las Ele ao
Pai, uma nuvem de fragrância se elevava do incenso semelhante a fumo de
muitas cores... Ao ascender o fumo ao Pai, glória mui excelente provinda do
trono vinha a Jesus e, dEle era derramada sobre aqueles cujas orações se
tinham elevado como fragrante incenso.” – PE., 252
             (b) Cântico de redenção
          (2) Os anjos ao redor do trono - Apoc. 5:11
             (a) Digno é o Cordeiro - v.12; Fil. 2:5-11; Sal. 2:7-9; Ezeq.
                 21:27
          (3) Toda criatura - Apoc. 5:13.
Os Selos e a Obra do Selamento                            19
       c. As ocasiões das antífonas de louvor
          (1) Ao ocupar Cristo o Seu trono sacerdotal após a
             ressurreição.
      “Chegara agora a ocasião de o Universo celestial receber o seu Rei. ...
      ”Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada
às cortes celestiais. Ao ascender, abriu Ele o caminho, e a multidão de
cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu. A hoste celestial, com brados
de alegria e aclamações de louvor e cântico celestial, tomava parte na
jubilosa comitiva. ...
      “Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus, e a
angélica multidão entra por elas, enquanto a música prorrompe em
arrebatadora melodia. ...
      “Ali está o trono, e ao seu redor, o arco-íris da promessa. Ali estão
querubins e serafins. Os comandantes das hostes celestiais, os filhos de
Deus, os representantes dos mundos não caídos, acham-se congregados. O
conselho celestial, perante o qual Lúcifer acusara a Deus e a Seu Filho, os
representantes daqueles reinos imaculados sobre os quais Satanás pensara
estabelecer seu domínio - todos ali estão para dar as boas-vindas ao
Redentor. Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei. ...
      “Com inexprimível alegria, governadores, principados e potestades
reconhecem a supremacia do Príncipe da Vida. A hoste dos anjos prostra-se
perante Ele, ao passo que enche todas as cortes celestiais a alegre
aclamação: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças’ Apoc.
5:12. ...
      “Hinos de triunfo misturam-se com a música das harpas angélicas, de
maneira que o Céu parece transbordar de júbilo e louvor. O amor venceu.
Achou-se a perdida. O Céu ressoa com altissonantes vozes que proclamam:
‘Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de
graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:13.” – DTN.,
pp. 832-835.
      “... Agora não está ‘no trono de Sua glória’; o reino de glória ainda não
foi inaugurado. Só depois que termine a Sua obra como mediador, Lhe dará
Deus ‘o trono de Davi, Seu pai’, reino que ‘não terá fim’. Luc. 1:32 e 33.
Como sacerdote, Cristo está agora assentado com o Pai em Seu trono
(Apoc. 3:21).” – GC., 416.
Os Selos e a Obra do Selamento                                     20
       (2) Na primeira coroação de Cristo após Seu segundo advento
      “O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela
obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.
      “Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o
seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de
sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as
mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a
realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden
restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o
leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em
redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso
de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu
peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu
ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, ‘digno é o Cordeiro’ (Apoc. 5:12) ‘que
foi morto e reviveu!’ Apoc. 2:8. A família de Adão associa-se ao cântico e
lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em
adoração.” – GC., pp. 647, 648.

      “Devemos ter uma visão do futuro e da felicidade do Céu. Postai-vos no
limiar da eternidade e ouvi a acolhida amável feita aos que nesta vida
cooperam com Cristo, considerando privilégio e honra sofrer por amor dEle.
Ao reunirem-se aos anjos, lançam eles suas coroas aos pés do Redentor,
exclamando: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças... ao que
está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças,
e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:12 e 13.
      “Ali os remidos saudarão aqueles que os guiaram ao Salvador
crucificado. Unem-se em louvor Àquele que morreu para que os seres
humanos tivessem vida tão duradoura quanto a de Deus. O conflito está
terminado. As tribulações e lutas chegaram ao fim. Cânticos de vitória
enchem todo o Céu, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de
Deus. Todos entoam o jubiloso coro: ‘Digno é o Cordeiro que foi morto’
(Apoc. 5:12), e vive novamente, como triunfante vencedor.” – VE., 231, 232.
      “Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os
remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao
irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos,
lembrar-nos-emos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não
Os Selos e a Obra do Selamento                                             21
somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o
risco da derrota e eterna perdição. Então, lançar-Lhe-emos aos pés nossas
coroas, erguendo o cântico: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o
poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças."
Apoc. 5:12.’ ” – DTN., 131.
      “Enquanto Jesus estivera ministrando no santuário, o juízo estivera em
andamento pelos justos mortos, e a seguir pelos justos vivos. Cristo
recebera Seu reino, tendo feito expiação pelo Seu povo, e apagado os seus
pecados. Os súditos do reino estavam completos. As bodas do Cordeiro
estavam consumadas. E o reino e a grandeza do reino sob todo o Céu foram
dados a Jesus e aos herdeiros da salvação, e Jesus deveria reinar como Rei
dos reis e Senhor dos senhores. ...
      “Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais
régios trajes. Sobre Sua cabeça havia muitas coroas, uma coroa encaixada
dentro da outra. Cercado pelo exército dos anjos, deixou o Céu. As pragas
estavam caindo sobre os habitantes da Terra. ... O plano da salvação se
cumprira.” – PE., 280, 281.

        (3) Coroação final de Jesus no fim do milênio
     “Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. ...
     “Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplendor,
repousa sobre o lugar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com
Seu povo e os anjos, entram na santa cidade. ...
     “Satanás consulta seus anjos... Formulam seus planos para tomar
posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. ...
     “Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima
da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e
sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle
estão os súditos de Seu reino. ...
     “Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a
coroação final do Filho de Deus. E agora, investido de majestade e poder
supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu
governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e
oprimiram Seu povo. ...
     “É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre
independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios
Os Selos e a Obra do Selamento                                                  22
vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. ... Todos vêem
que sua exclusão do Céu é justa. ...
       “Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de
Deus. ... Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por
parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões
fora da cidade, todos, a uma, exclamam: ‘Grandes e maravilhosas são as
Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus
caminhos, ó Rei dos santos’ (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o
Príncipe da vida.
       “Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. ... E
agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença. ...
       “... À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto
os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: ‘Justos e
verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos.’ Apoc. 15:3. ...
       “É chegada a hora em que Cristo ocupa a Sua devida posição, sendo
glorificado acima dos principados e potestades, e sobre todo o nome que se
nomeia. ... Ele olha para os remidos, renovados em Sua própria imagem,
trazendo cada coração a impressão perfeita do divino, refletindo cada rosto a
semelhança de seu Rei. ... E sobe o cântico de louvor dos que estão
vestidos de branco em redor do trono: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de
receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações
de graças." Apoc. 5:12. ...
       “Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. ...
       “... O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. ...
       “A Terra, dada originariamente ao homem como seu reino, traída por
ele às mãos de Satanás, e tanto tempo retida pelo poderoso adversário, foi
recuperada pelo grande plano da redenção. Tudo que se perdera pelo
pecado foi restaurado.” – GC., pp. 662-674.

        (4) Através dos anos da eternidade
      “A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a
eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. ...
Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a
glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu
trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá
fim, irrompem num hino arrebatador: ‘Digno, digno é o Cordeiro que foi
morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue!’ " – GC., 651.
Os Selos e a Obra do Selamento                                          23
      “E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais
abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o
conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade
aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe
admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os
estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados
fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria
dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões
de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor.
      " ‘E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da
terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que
está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças,
e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:13.” – GC., 678.

        (5) O espírito deste cântico deve ser o nosso tema hoje
      “Porque não despertar a voz de nossos cânticos espirituais nas
jornadas de nossa peregrinação?...
      “O templo de Deus está aberto no céu, e o limiar fulgura com a glória
que está destinada a toda a igreja que ama a Deus e guarda os Seus
mandamentos...
      “Deus ensina que devemos reunir-nos em Sua casa para cultivar os
atributos do perfeito amor. Isto habilitará os habitantes da terra para as
mansões que Cristo foi preparar para todos que O amam. Lá eles se
reunirão no Santuário sábado após sábado, de uma lua nova à outra, para
se unirem nos mais fortes sons do cântico em louvor e ações de graças
Àquele que Se assenta sobre o trono, e ao Cordeiro para todo o sempre.” –
6 T., 368.

     d. As criaturas viventes e os anciãos curvam-se em adoração a
         Deus. - Apoc. 5:14
     e. A significação das admiráveis cenas de Apocalipse cinco

  C. A abertura dos selos. Apoc. 6; 7; 8:1
    Se o tema básico dos capítulos 4 e 5 é o juízo, então, o dos capítulos
6 e 7 é o da guerra, e neste trecho Deus é apresentado como Juiz e
Os Selos e a Obra do Selamento                                           24
Guerreiro. Em Sua obra de julgamento Ele justifica os justos e condena
os ímpios. Em Seus atos guerreiros Ele batalha a favor dos justos e os
salva, e batalha contra os ímpios e os destrói. Esta cena marcial é
semelhante à de Habacuque 3:8-15, onde Deus é apresentado como
guerreiro, montado em Seus cavalos ou avançando em Seus carros de
salvação a fim de salvar Seu povo; ou, avançando em marcha com o
arco, indignado contra os ímpios, primeiro em desagrado, depois em ira
e finalmente em furor. É semelhante à de Zac. 1:8-17 onde, no tempo do
cativeiro babilônico, Deus avançou com indignação sobre cavalos
vermelhos e malhados por um período de setenta anos, mas que passado
o tempo, avançou com conforto e misericórdia sobre cavalos brancos de
salvação.
      Semelhanças notáveis aparecerão ao confrontarmos o simbolismo
de Apoc. 4-7 com o de Apoc. 19 onde são descritos os eventos finais do
grande conflito contra as hostes do mal. Em ambas as cenas aparece uma
descrição com o céu aberto (4:1; 19:11); Deus assentado sobre o trono
4:2, 9; 5:13; 19:4, 6; salvação, glória, honra e poder são descritos como
sendo do Senhor (5:1; 7:10, 12; 19:1); há um ruído de trovão (6:1;
19:60); Deus como Juiz e vingador do sangue de Seus servos (6:10;
19:2); as quatro criaturas viventes e os vinte e quatro anciãos prostram-se
em adoração (4:10; 5:8, 14; 19:6-8); um cavalo branco em avanço para a
batalha (6:2; 19:11); coroas sobre as cabeças dos cavaleiros nos cavalos
brancos (6:2; 19:12); e há uma espada afiada para destruir as nações e
tirar a paz da terra (6:4; 19:15).
      Se Apoc. 4:7 apresenta Deus como Juiz e como Guerreiro, Apoc.
19:11 menciona especificamente o fato de que Ele ‘julga e peleja com
justiça’. Em Apoc. 6:10 é feita a pergunta, ‘até quando, ó verdadeiro e
santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue?’, enquanto que no
cap. 19:2, Ele ‘julgou’ e ‘vingou o sangue dos Seus servos’.
      Cuidadosamente estudado, Apoc. 4-7 se demonstrará ser um tema
intimamente entrelaçado, em que todas as partes se adaptam inteiramente
e se harmonizam perfeitamente com as cenas similares dadas noutras
Os Selos e a Obra do Selamento                                         25
partes da Bíblia e do Espírito de Profecia. Deus assentado em Seu trono
eterno no céu, ao tratar com os justos e os ímpios nesta terra, é tanto o
Juiz supremo como o Comandante chefe.

     O gráfico que se segue poderá tornar mais claro o assunto destes
capítulos.

   LADO          MISERICÓRDIA        ATITUDE DE DEUS        JUSTIÇA
  Deus Santos    Aceitam                 Agrada            Justificados
  Satanás Ímpios Resistem                Desagrada         Avisados
                 Desprezam               Ira               Advertidos
                 Rejeitam                Furor             Condenados

     ./... RESULTADO            CAVALOS              SELAMENTO
           Vitória               Branco              Santidade Céu
           Tribulação            Vermelho
           Desgraça              Preto
           Condenação            Pálido              Depravação Inferno

     1. O uso e o objetivo do selo
     Os selos eram largamente usados no oriente antigo. Eram colocados
em documentos para indicar poder, autoridade e autenticidade. Sobre
objetos materiais eram empregados como títulos de propriedade. Em
contratos e acordos eram reconhecidos como garantias de validade. Um
objeto selado ficava sob a autoridade e controle do indivíduo cujo selo
estava no objeto. Um decreto ou ordem que continha o selo do rei tinha a
autoridade de rei. Um documento comercial que trazia selos de
testemunhas era considerado legal com evidências da mais alta
autoridade e o documento selado era autenticado. Um pacote selado, um
túmulo, tablete, mandado ou testamento, não podia ser aberto senão por
aquele que tinha a autoridade de abrir o selo.
Os Selos e a Obra do Selamento                                            26
      2. As lições e os fatos básicos dos selos e das mensagens de
selamento
      A visão de João da abertura do rolo selado com os sete selos é
apresentada pelos dois capítulos mostrando cenas das mais notáveis e
impressivas que se acham reveladas em qualquer parte da palavra de
Deus. Os portais do céu se acham abertos ante o olhar estupefato do
profeta que contempla o próprio Deus assentado em Seu trono eterno. Os
supremos funcionários do universo celestial estão presentes. Também
Jesus está presente; como Cordeiro de Deus e Salvador daqueles que se
arrependem, e como o Leão da tribo de Judá para os ímpios que
persistem na rebelião contra Deus. Na mão do Pai está um rolo selado
com sete selos. É um documento de suprema importância que tem
relação com a sorte eterna dos seres da Terra. Em todo o Universo de
Deus, Jesus é o único digno de partir os selos e abrir o livro. E a razão de
ser Ele digno é ter sido Ele Aquele que foi morto pelos pecados do
homem tornando possível, pelo Seu sangue, a redenção eterna dos
perdidos. Logo após ter Ele tomado o livro, a cena que se segue, mostra
a exultante adoração e louvor que é dado a Cristo por ocasião da Sua
coroação por todos os habitantes do céu e da Terra. Onde nas cenas
apresentadas pelos profetas se pode encontrar algo comparável a isto?
Onde em toda a história se pode encontrar alguma cena gloriosa como
esta?
      Tudo isto, contudo, é preliminar à visão da abertura dos selos do
profeta e do selamento dos filhos de Deus. Certamente temos nesta
última visão algo de suprema importância que envolve a suma das mais
elevadas esperanças do homem, algo destinado a levar os homens à
concretização das suas esperanças, ou falhando isto, levá-los a
compreender a terrível sorte que aguarda os sentenciados. O quadro a
nossa frente é de vida ou de morte, de gloriosa vitória ou ignominiosa
derrota, de clamor às rochas para que escondam da ira do Cordeiro ou de
irreprimíveis manifestações de adoração e louvor pela consumação dos
nossos maiores desejos.
Os Selos e a Obra do Selamento                              27
     Notai a maneira notável como estes capítulos apresentam o
contrastante destino dos justos e rebeldes:

        PARA OS SALVOS                       PARA OS PERDIDOS
Jesus, o Cordeiro que foi morto -      Jesus, o Leão de Judá - Apoc. 5:5.
                         Apoc. 5:6.
Cavalo branco - Apoc. 6:2         Cavalo preto - Apoc. 6:5.
Vencedor e para vencer - 6:2.     Morte e inferno - 6:8.
Em pé diante do trono - 7:9.      Escondidos nas rochas e cavernas
                                                            Apoc. 6:15
‘Salvação ao nosso Deus que está ‘Escondei-nos do rosto dAquele
assentado no trono’ - 7:10.       que está assentado sobre o trono’
                                                           Apoc. 6:16.
Deus limpará de seus olhos toda a Vinda do grande dia da ira sobre
lágrima - 7:17.                   eles - 6:17.
O livro desselado – Redimidos por O livro desselado – Seu sangue
Seu sangue - 5:9.                 deles é requerido - PJ., 294, 295.


     a. Em andamento um grande conflito entre as forças do bem e do
        mal
      “Vi em visão dois exércitos em terrível conflito. Um deles ostentava em
suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira manchada
de sangue do Príncipe Emanuel. ...
      “O combate prosseguia. A vitória ia alternadamente de um para outro
lado. Às vezes os soldados da cruz cediam terreno, ‘como quando desmaia
o porta-bandeira’. Isa. 10:18. Mas a sua retirada aparente não foi senão para
ganhar uma posição mais vantajosa. ...
      “A igreja, porém, deve combater e combaterá contra inimigos visíveis e
invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana.” ... – VE.,
228, 229.
Os Selos e a Obra do Selamento                                           28
    b. As forças de Deus tomarão parte ativa nesta guerra até o fim
        “A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de
meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia
em que a batalha terá sido ferida, e ganha a vitória. A vontade de Deus deve
ser feita na Terra como o é no Céu.” – VE., 229.
      “Necessitamos do ardor do herói cristão que consegue suportar o olhar
d’Aquele que é invisível. Nossa fé deve ressuscitar. Os soldados da cruz
devem exercer uma influência positiva para o bem. ...
      “Não devemos ver o mundo de hoje cristãos que em todos os atos de
suas atividades são dignos do nome que têm? Quem aspira praticar atos
dignos de valentes soldados da cruz? Estamos vivendo bem próximos do
final do grande conflito.” – 8 T., 45, 46

     c. Sem levar em conta como as coisas possam parecer aos homens,
        Deus tem os negócios deste mundo sob Seu controle e tem
        agentes que Lhe cumprirão a vontade
      “Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interesse que o
céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a solicitude de Deus
pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um dominador. O programa
dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do céu tem
sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. ...
      “A incansável vigilância dos mensageiros celestiais e seu incessante
empenho em prol dos que vivem na terra, nos revelam como a mão de Deus
está guiando uma roda da outra. O instrutor divino diz a cada qual que
desempenha uma parte em Sua obra o que outrora disse respeito de Ciro:
‘Eu te cingirei; ainda que tu me não conheças’.” – 3 TS., 352.

     “Nas margens do rio Quebar contemplou Ezequiel um remoinho que
parecia vir do norte... algumas rodas, cruzando-se entre si, eram movidas
por quatro criaturas viventes. ... As rodas eram tão complicadas em seu
arranjo que à primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se
em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que
estava sob as asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas
sobre o trono de safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris –
emblema da misericórdia divina.
Os Selos e a Obra do Selamento                                            29
     “Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava
sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado
jogo dos sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as
contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos
querubins ainda dirige os negócios da terra...
     “A história das nações que uma após outra, tem ocupado seus
destinados tempos e lugares, testemunhando inconscientemente da verdade
da qual elas próprias desconheciam o sentido, fala a nós. A cada nação, a
cada indivíduo de hoje, tem Deus designado um lugar no Seu grande plano.
Homens e nações estão sendo hoje medidos pelo prumo que se acha na
mão d’Aquele que não comete erro. Todos estão pela sua própria escolha
decidindo o seu destino, e Deus está governando acima de tudo para o
cumprimento de Seu propósito.” – Ed., 177, 178.

     d. Deus assiste os justos em suas lutas e encaminhá-los-á ao triunfo
        final
      “Irmãos, não é tempo de nos lamentarmos e entregarmos ao
desespero, nem de ceder à dúvida e incredulidade. Cristo não é para nós um
Salvador que jaz no sepulcro de José, vedado por uma grande pedra selada
com o selo romano; temos um Salvador ressuscitado. É o Rei, o Senhor dos
exércitos, que está assentado entre querubins, e que no meio da peleja e do
tumulto das nações continua a guardar Seu povo. Aquele que domina nos
céus é nosso Salvador. ... Quando as fortalezas dos reis ruírem e as flechas
da ira de Deus atravessarem o coração de Seus inimigos, Seu povo estará
seguro em Suas mãos." – 3 TS., 353.

      "Nós podemos triunfar gloriosamente, pois nenhuma alma crente que
vigia e ora será presa dos enganos do inimigo. Todo o céu esta interessado
em nosso bem estar e espera por nossas petições de força e sabedora.
Homem ímpio algum, nem espírito maligno, pode impedira a obra de Deus
em Seu povo ou privá-lo de Sua presença, se com corações contritos e
subjugados, cada um deles reclamar as Suas promessas. Toda influência
oposta, seja secreta ou aberta, pode ser resistida com êxito, 'não por força,
nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos.' " –
EGW, R & H., 11-1-1887; 8-3-1945.
Os Selos e a Obra do Selamento                                           30
    e. Deus resiste aos ímpios e opõe-Se aos seus intentos.
     "Aquele que não tosqueneja, que opera continuamente pelo
cumprimento de Seus desígnios, há de levar avante a Sua obra. Ele
embargará os propósitos dos ímpios, e confundirá os conselhos dos que
tramam maldades contra o Seu povo." – MDC., 121.
     "O Leão de Judá, cuja ira será tão terrível para aqueles que rejeitam
Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis. A coluna de
nuvens proferirá ira e terror para os transgressor da lei de Deus, mas luz,
misericórdia e livramento para aqueles que guardarem Seus mandamentos.
O Braço forte para destruir os rebeldes, será forte para libertar os leais."
EGW, R & H 11/01/1887; 08/01/1945.

     f. Deus manda juízos sobre homens a fim de levá-los ao
        arrependimento.
      “Os pesados juízos que deviam cair sobre os impenitentes - guerra,
exílio, opressão, a perda de poder e prestígio entre as nações - tudo isso
devia vir, para que os que neles reconhecessem a mão de um Deus
ofendido, pudessem ser levados ao arrependimento.” – PR., 309.

     g. Juízos cada vez mais severos são mandados repetidamente com o
objetivo de fazer com que os homens considerem os juízos finais e se
preparem antes que eles caiam.
     “Os anjos destruidores têm a seguinte missão dada pelo Senhor:
‘Começai pelo meu Santuário’. E começaram pelos homens mais velhos
que estavam diante da casa. Se as advertências dadas por Deus são
negligenciadas, se vos permites acalentar o pecado, estais selando o
destino de vossas almas; Sereis pesados na balança e achados em falta." –
E. G. White, R & H., 11/01/1887; 08/01/1945.

      “ ‘E tu Cafarnaum, que te ergues até o céus, serás abatida até aos
infernos. ... Porém, Eu vos digo que haverá menos rigor para os de
Sodoma, do que para ti.’ ...
      “O Senhor aniquilou duas de nossas maiores instituições estabelecidas
em Battle Creek e nos transmitiu uma advertência após outra, tal como
Cristo antigamente, advertiu Betsaida e Cafarnaum.... O Salvador insiste
com os errantes para que se arrependam. Os que humilham o coração e
Os Selos e a Obra do Selamento                                            31
confessam os pecados serão perdoados. Suas transgressões serão
reveladas. Mas o homem que considera que, confessando os seus pecados,
demonstrarão fraqueza, não achará perdão. ... Que fará essa pessoa no dia
em que os livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas que
neles estiverem escritas?
      “O quinto capítulo de Apocalipse precisa ser detidamente estudado. Ele
é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus
nestes últimos dias. Alguns há que são enganados. ... A menos que efetuem
mudança decisiva, quando Deus pronunciar Suas sentenças sobre os filhos
dos homens serão achados em falta. ...
      “ ‘E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande
tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de silício, ... e o céu
retirou-se como um livro que se enrola, ... e os poderosos, e todo o servo, e
todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e
diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos do rosto
dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro, porque é
vindo o grande dia da Sua ira e quem poderá subsistir?’ Apoc. 6:12-17.
      “ ‘Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão. ... diante do
trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas
suas mãos; e aclamando com grande voz, dizendo: salvação ao nosso
Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. ... Porque o Cordeiro que
está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes
das águas da vida; e Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima.' Apoc.
7:9-12.
      “Nestes passos das Escrituras são apresentados dois grupos de
pessoas. Um deles se deixou enganar e aliou-se aos inimigos do Senhor.
Interpretaram erroneamente as mensagens que lhes foram dirigidas e
revestiram-se de justiça própria. Para eles não havia malignidade no pecado.
Ensinaram mentiras como se fossem verdades e por sua causa muitos se
extraviaram.
      “É-nos preciso, agora, vigiar-nos a nós mesmos. Foram-nos feitas as
advertências. Não podemos ver o cumprimento das predições de Cristo,
contidas no vigésimo primeiro capítulo de Lucas?...
      “ ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o nosso
Senhor. ... Porém se aquele Meu servo disser consigo: o meu Senhor tarde
virá; e começar a espancar os seus conservos e a comer e a beber com os
ébrios, virá o Senhor daquele servo num dia em que O não espera, e à hora
Os Selos e a Obra do Selamento                                              32
em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os
hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.' Mat. 24:42-51.” – 3 TS., pp.
413-417

     h. Deus manda, afinal, juízos irrevogáveis de condenação e morte
sobre os impenitentes
      “Com exatidão infalível, Aquele Ser infinito guarda um acerto de contas
com todas as      nações. Enquanto Sua misericórdia é seguida de apelos ao
arrependimento, este relatório permanece em aberto; mas quando atinge um
certo limite fixado por Deus, começa o ministério de Sua ira. O relatório é
encerrado. A paciência divina se esgota. Não há apelação em seu favor." –
E. G. White, R&H., 11/01/1887.
      "A cada nação que tem subido ao cenário da atividade, tem sido
permitido que ocupasse seu lugar na terra, para que se pudesse ver se ela
cumpriria o propósito do 'Vigia e Santo'. A profecia delineou levantamento e
queda dos grandes impérios mundiais - Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e
Roma. Com cada um destes, assim como com nações de menos poder tem-
se repetido a história. Cada qual fracassou; esmaeceu sua glória, passou-
se-lhe o poder e o lugar foi ocupado por outra nação.
      “Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e com esta
rejeição operassem a        sua própria ruína, todavia era manifesto que o
predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus
movimentos.
      “Esta lição é ensinada por meio de uma maravilhosa representação
simbólica exibida pelo profeta Ezequiel durante o seu exílio na terra dos
Caldeus. ...
      “A subversão final de todos os domínios terrestres está claramente
predita na Palavra da Verdade. Na profecia proferida quando a sentença
divina foi pronunciada sobre o último rei de Israel, deu-se esta mensagem:-
      “ ‘Assim diz o Senhor Jeová: Tira o diadema e levanta a coroa... exalta
ao humilde, humilha ao soberbo. Ao revés a porei, e ela não será mais, até
que venha Aquele a quem pertence de direito, e a Ele a darei’. ...
      "Nesta época, anterior à grande crise final, assim como foi antes da
primeira destruição do mundo, acham-se homens absortos nos prazeres e
satisfação dos sentidos.
      “Pelo levantamento e queda de nações, como se acha explicado nas
páginas das Escrituras Sagradas, necessitam aprender quão sem valor a
Os Selos e a Obra do Selamento                                            33
simples aparência e a glória do mundo. Babilônia, com todo seu poder e
magnificência, quais desde então o mundo não mais viu - poder e
magnificência que ao povo daquela época pareciam estáveis e duradouros -
quão plenamente passou ela. Como a 'flor da erva' ela pereceu. Assim
perece tudo que não tem a Deus como seu fundamento." – Ed., pp. 176,
177, 179, 183

     i. O diagrama histórico dos negócios deste mundo está sob a direção
        do céu.
     “A história que o grande EU SOU assinalou em Sua Palavra, unindo-se
cada elo aos demais na cadeia profética, desde a eternidade no passado até
à eternidade no futuro, diz-nos onde achamos hoje, nos prosseguimentos
dos séculos, e o que se poderá esperar no tempo vindouro. Tudo que a
profecia predisse como devendo acontecer, até a presente época, tem-se
traçado nas páginas da história, e podemos estar certos de que tudo que
ainda deve vir se cumprirá em sua ordem. ...
     “... Hoje, os sinais dos tempos declaram que nos achamos no limiar de
grandes e solenes acontecimentos. Tudo em nosso mundo está em
agitação. Ante os nossos olhos cumprem-se a profecia do Salvador relativa
aos acontecimentos que precedem Sua vinda: 'Ouvires de guerra e rumores
de guerra. ... Portanto se levantará nação contra nação e reino contra reino,
e haverá fome e pestes, e terremotos em vários lugares.' " – Ed., 178, 179.

      "A crise se aproxima apressadamente. Os sinais que tão rapidamente
se avolumam mostram que o tempo de visitação de Deus está para chegar.
Embora de mau grado em punir, não obstante punirá e isto presto. Os que
andam na luz verão os sinais da aproximação do perigo. ...
      "Cristo no monte das Oliveiras narrou os terríveis juízos que
precederão a Sua segunda vinda: 'E ouvireis de guerra e rumores de
guerras'. 'Portanto se levantará nação contra nação e reino contra reino, e
haverá fome e pestes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas
coisas são o princípio das dores.' Conquanto estas profecias tenham tido
cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, tem uma aplicação bem
mais diretas nestes últimos dias.
      "João também foi testemunha das terríveis cena que terão lugar como
sinais da vinda de Cristo. Viu exércitos se ordenando para guerra, e os
Os Selos e a Obra do Selamento                                            34
corações dos homens desmaiando de terror. ... ' 'Viu as taças da ira de Deus
serem abertas, e pestilências, fome e morte sobrevir aos habitantes da terra.
     "Já o repressor Espírito de Deus está sendo retirado da terra.
Furacões, tempestades, tormentas, fogo e inundações, desastres em terra e
mar, seguir-se-ão em rápida sucessão. A ciência procura explicar tudo isto.
Os sinais que se condensam ao nosso redor, falando da breve aproximação
do Filho de Deus, são atribuídos a qualquer outra que não a causa
verdadeira. ...
     "O programa de eventos vindouros está nas mãos do Senhor; o mundo
não está sem um governante. A majestade do céu tem o destino das
nações, tanto quanto os negócios de Sua igreja, em Suas próprias mãos." –
E. G. White, R&H., 11/01/1887

     j. Os anjos de Deus estão agora segurando os ventos e conservando
        sob controle divino os acontecimentos da terra até que a obra de
        Deus esteja terminada.
      “Os anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que
não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação
vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre
a terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá
uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever." Ed., 179

     k. A época atual é de tremenda significação e interesse, pois o
        mundo acha-se face a face com a hora de sua última grande
        crise.
     “A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que
vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posição de
confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes,
tem fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós.
Acham-se a observar a relações tensas e inquietas que existem entre as
nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o
elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para
ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda.”
– Ed., 179.
     “Já os juízos de Deus estão por toda a parte na terra, são vistos em
tempestades, em enchentes, em terremotos, em perigos em terra e mar. O
Os Selos e a Obra do Selamento                                          35
grande EU SOU está falando àqueles que anulam Sua Lei: Quando a ira de
Deus se derramar sobre a terra quem então será capaz de ficar em pé? ...
Permanecer firmes na defesa da verdade e da justiça quando a maioria nos
abandona, guerreais as batalhas do Senhor, quando são poucos os
campeões, esta será a nossa prova. ...
      “Os sinais revelam que está próximo o tempo em que o Senhor
manifestará estar a peneira em Suas mãos e que logo purificará totalmente a
Sua casa. ...
      “O profeta, contemplando os séculos, teve a época atual diante de si
em visão. As nações da atualidade tem sido o recipiente de misericórdia sem
precedentes. As melhores bênçãos dos céus lhes têm sido dadas; contudo,
crescente orgulho, cobiça, idolatria, desprezo a Deus e baixa ingratidão se
acham registrados contra elas. Estão quase encerrando sua conta com
Deus.
      “Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. A profecia
logo se cumprirá. O Senhor está às portas. Logo se abrirá diante de nós um
período de preponderante interesse para todos os viventes. Os conflitos do
passado serão revividos. Novos conflitos surgirão. As cenas que se
desenrolarão em nosso mundo nem mesmo são sonhadas.
      “Que todos os que tem recebido a luz, que tem tido a oportunidade de
ler e ouvir a profecia, dêem atenção e guardem as coisas que nela estão
escritas; ‘porque o tempo está próximo’”. – E.G. White, R & H., 11-1-1887

     1. Antes de romper a crise final, Deus traçará uma linha divisória
        acentuada entre leais e desleais, tornando claramente distintos
        aqueles que serão Seu através da eternidade.
      “O dia da vingança de Deus será colocado somente na testa daqueles
que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na terra.
      “Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do
Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. ...
      “Quando vier este tempo de angústia, todo o caso estará decidido; não
mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus
vivo estará sobre o Seu povo.
      “Nem todo os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos
há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na
testa o selo de Deus.
Os Selos e a Obra do Selamento                                          36
      “Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter
tiver uma nódoa ou mácula sequer.
      “...quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter
permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.
      “Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será
colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo.
Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou
coração enganoso. Todos os que receberem o selo devem ser imaculados
diante de Deus - candidatos para o céu.” – 2 TS, 67-71.

      “A ordem é ‘passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e
marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por
causa das abominações que se cometem no meio dela’.
      “No tempo em que Sua ira romper em juízos, os humildes, os
devotados seguidores de Cristo serão distinguidos do resto do mundo por
sua angústia de alma.
      “A classe que não sente aflição por seu declínio espiritual, nem geme
pelos pecados de outros, será deixada sem o selo de Deus. O Senhor
ordena aos Seus mensageiros, os homens que tem as armas destruidoras
nas mãos: ‘Passai pela cidade após Ele, e feri:... mas a todo o homem que
tiver o Meu sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E
começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.’
      “Aqui vemos que a igreja - o santuário do Senhor - foi a primeira a
sentir o golpe da ira de Deus. Os homens velhos, aqueles a quem Deus
concedera a grande luz, e que do povo, traíram-lhe a confiança.
      “Os homens não podem discernir os anjos sentinelas retendo os quatro
ventos para que não soprem até que os servos de Deus estejam selados;
mas quando Deus mandar os anjos soltarem os ventos, haverá uma cena tal
da ira de Sua vingança que pena alguma pode descrever.” – E.G. White,
R&H., 11-1-1887.

     m. As lições que o povo de Deus precisa aprender, são lições de
       confiança, fé, resignação e coragem.
     “O futuro de importância está diante de nós. Para enfrentar suas
provas e tentações, e para executar as tarefas, requerer-se-á grande fé,
energia e perseverança.
Os Selos e a Obra do Selamento                                        37
      “No tempo de provação bem à nossa frente, a garantia da segurança
de Deus será dada aqueles que guardam a palavra de Sua paciência. Se
tendes cumprido com as condições da Palavra de Deus, Cristo será para vós
um refúgio na tempestade....” – E.G. White, R&H., 11-1-1887, 8-3-1945.
      “Quando o Senhor sair como vingador, virá também como protetor de
todos aqueles que preservaram a fé em sua pureza e se conservaram
imaculados do mundo.” – 5 T., 210.
      “Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para
salvar, não nos vêm num instante. estas graças celestiais são adquiridas
pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à
retidão, os filhos de Deus estiveram selando seu destino.
      “Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la, ou
desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que então hão
de cair em nosso caminho não deverão desanimar-nos nem levar-nos ao
desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para
comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isto por nossa experiência
passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, esta
experiência será uma fonte de conforto e esperança.” – 2 TS., 67, 70

     n. Em tempos de crise severa, quando as forças do mal triunfam
        aparentemente, Deus deseja que Seu povo se encoraje ao vê-Lo
        assentado no trono eterno com grande amor e poder.
        (1) Foi sob circunstâncias difíceis e desalentadoras que Isaías,
         sendo ainda moço, foi chamado para exercer o ministério da
         profecia. Seu país estava nesse tempo ameaçado de destruição.
         Por sua transgressão da Lei de Deus, o povo judeu se privava da
         proteção divina, e os exércitos dos assírios estavam a ponto de
         invadir o reino de Judá. Deveriam os deuses de Nínive dominar
         a terra em desafio ao Deus do céu?
     “Esses pensamentos lhe acudiam em tropel ao espírito, quando Isaías
se achava no pórtico do templo santo. De repente, pareceu-lhe que a porta
e o véu do interior se abriram ou foram corridos, sendo-lhe permitido
relancear a vista para dentro do Santo dos Santos, onde nem mesmo os pés
de um profeta poderiam pisar. Perpassou-lhe então diante dos olhos uma
Os Selos e a Obra do Selamento                                               38
visão em que Jeová apareceu sentado num alto e sublime trono, enchendo
Seu séquito o recinto do templo.
      “Que aconteceria se os poderes terrestres se arregimentassem contra
Judá? Que sucederia se Isaías enfrentasse oposição e resistência em sua
missão? Contemplara o Rei, o Senhor dos exércitos; ouvira o canto dos
serafins: ‘Toda terra está cheia da Sua glória’; e o profeta foi confortado para
a obra que tinha à frente. A lembrança desta sua visão o acompanhou
através de toda a sua longa e árdua missão.” – 2 TS., 348, 349

     (2) Ezequiel
      “Ezequiel, o melancólico profeta do exílio na terra dos caldeus, foi
agraciado com uma visão que lhe ensinou a mesma lição de fé no Deus
Todo-Poderoso de Israel.       Algumas das rodas de aparência estranha,
girando umas dentro das outras, pareciam movidas por criaturas viventes. E
acima de tudo isto havia uma semelhança de trono, como duma safira; e
sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem
no alto sobre ele. ...
      “O complexo de rodas visto por Ezequiel, era uma combinação tão
complicada que à primeira vista lhe pareceu uma verdadeira confusão. Mas
quando se moviam, havia nelas a mais admirável ordem e perfeita harmonia.
Essas rodas eram impelidas por criaturas celestiais, e acima de todo aquele
conjunto estava assentado sobre um trono de safira o Deus eterno.
      “Esta visão foi dada a Ezequiel num tempo em que seu espírito se
achava abatido por tristes pressentimentos. Via desolada a terra de seus
pais. A cidade outrora tão populosa estava despovoada. A voz de alegria e
o cântico de louvor ali não eram mais ouvidos. O profeta mesmo é peregrino
em terra estranha, onde imperavam, supremas, a desmedida ambição e a
selvagem crueldade. As injustiças e tiranias que era obrigado a presenciar,
contristavam-lhe a alma e de dia e de noite se queixava amargamente. Mas
os símbolos gloriosos que lhe foram apresentados junto ao rio Quebar,
revelaram-lhe um poder muito superior ao dos dominadores terrestres.
Acima do orgulho e crueldade dos reis da Assíria e babilônia, estava
entronizado um Deus de misericórdia e verdade.
      “Aquele complexo de rodas que ao profeta se afigurava uma
enextricável confusão, era governado por mão onipotente. O Espírito de
Deus, que lhe fora mostrado movendo e dirigindo aquelas rodas, convertia
aquela confusão em harmonia; do mesmo modo o mundo inteiro se acha
Os Selos e a Obra do Selamento                                             39
sob o Seu domínio. Miríades de entes celestiais estão prontos para sobre a
Sua palavra dominar o poder e os planos dos homens maus, e fazer tudo
redundar em benefício dos fiéis servos de Deus.” – 2 TS., 349-351

     (3) Zacarias
      “Zacarias teve uma série de visões referentes à obra de Deus na Terra.
Essas mensagens, dadas na forma de parábolas e símbolos, vieram num
tempo de grande incerteza e ansiedade, e foram de peculiar significação
para os homens que estavam avançando em nome do Deus de Israel.
Parecia aos líderes como se a permissão dada aos judeus para reconstruir
estivesse prestes a sofrer impedimento; o futuro parecia muito negro. Deus
viu que Seu povo estava em necessidade de ser sustido e animado por uma
revelação de Sua infinita compaixão e amor.” – PR., 580.

     (4) Os discípulos de João e de Jesus
      “O Salvador contemplou os anos que se estendiam diante dos Seus
discípulos, não como haviam sonhado, ao brilho da prosperidade e da honra
mundanas, mas obscurecidos pelas tempestades do ódio humano e da ira
satânica. Por entre os conflitos e ruína nacionais, seriam os passos dos
discípulos rodeados de perigos, oprimindo-se-lhes muitas vezes o coração
de temor. Eles veriam Jerusalém reduzida à desolação, o templo arrasado,
seu culto para sempre acabado, e Israel disperso para todas as terras, quais
náufragos em uma praia deserta. Jesus disse: ‘E ouvireis de guerras e de
rumores de guerras.’ ‘... se levantará nação contra nação, e reino contra
reino’ ... Todavia os seguidores de Cristo não deviam temer que sua
esperança ficasse perdida, ou que Deus houvesse abandonado a Terra. O
poder e a glória pertencem Àquele cujos grandes desígnios avançam ainda,
não entravados, rumo à consumação.” – MDC., 120.

      “Da mesma maneira, quando Deus estava a aponto de revelar a João,
o discípulo amado, a história futura de Sua igreja, deu-lhe uma segurança do
interesse e cuidado do salvador pelo Seu povo. Ao passo que João recebia
a revelação das últimas grandes lutas da igreja com as potências do mundo,
foi-lhe dado também contemplar a vitória final e a libertação dos fiéis. Viu a
igreja empenhada num conflito moral com a besta e sua imagem, e a
adoração dessa besta imposta sob pena de morte. Mas, olhando através do
fumo e do ruído da batalha, notou sobre o monte Sião, unido ao Cordeiro,
Os Selos e a Obra do Selamento                                             40
um grupo que, em vez do sinal da besta, ‘em suas testas tinham escrito o
nome de Seu Pai.’ ” – 2 TS., 351

     (5) O povo de Deus hoje
     “Encontramo-nos no limiar de grandes e solenes acontecimentos.
Acha-se diante de nós uma crise, como o mundo jamais presenciou. E,
quão doce nos é, a nós, como aos primeiros discípulos, a certeza que nos
é dada, de que o reino de Deus domina para sempre!” – MDC., 121.
      “Necessitamos exercer fé em Deus porque estamos justamente
enfrentando um tempo de grandes provações. Cristo, no monte das Oliveiras
enumerou os juízos terríveis que deviam preceder Sua volta: ‘E ouvireis de
guerras e de rumores de guerras’. ...
      “As profecias rapidamente se estão cumprindo. O Senhor está às
portas. Está prestes a inaugurar-se um período da mais alta importância
para todos os viventes. As controvérsias do passado serão revividas, e
outras novas suscitadas. As cenas que deverão desenrolar-se neste mundo
não são nem sequer sonhadas. ... Uma crise está iminente.
      “Entretanto, os servos de Deus não devem confiar em si mesmos nesta
hora calamitosa. Nas visões dadas a Isaias, Ezequiel e João, vemos o
interesse que o céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a
solicitude de Deus pelos que lhe são fiéis.” – 2 TS., 351-352.

     c. Deus deseja que seu povo tenha sempre em mente de que a
        vitória final no grande conflito contra as forças do mal será com
        as forças da justiça.
      “Existem reveladas nestes últimos dias visões de glória futura, cenas
traçadas pela mão de Deus; e estas devem ser prezadas por Sua Igreja. ...
      “Devemos ter uma visão do futuro e da felicidade do Céu. Postai-vos no
limiar da eternidade e ouvi a acolhida amável feita aos que nesta vida
cooperam com Cristo, considerando privilégio e honra sofrer por amor dEle.
Ao reunirem-se aos anjos, lançam eles suas coroas aos pés do Redentor,
exclamando: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças... ao que
está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças,
e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:12 e 13.
Os Selos e a Obra do Selamento                                            41
      “...Cânticos de vitória enchem todo o Céu, enquanto os remidos
permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro:
"Digno é o Cordeiro que foi morto" (Apoc. 5:12), e vive novamente, como
triunfante vencedor.
      " ’Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam
diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas
nas suas mãos; ...’ Apoc. 7:9 e 10.
      " ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus
vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do
trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que
está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais
terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre
eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes
servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de Seus
olhos toda a lágrima.’ " Apoc. 7:14-17.” – VE., 231, 232.
      “Não haveríeis de querer apropriar-vos da inspiração da visão? Não
haveríeis de querer deixar a mente demorar sobre o quadro? Não quereríeis
ser verdadeiramente convertido, e então avançar trabalhando num espírito
totalmente diferente do espírito em que trabalhaste no passado, afastando o
inimigo e lançar por terra toda a barreira que se opõe ao avançamento do
evangelho, encher os corações da paz da luz e da alegria do Senhor?” [fonte
não citada]
     Nota: Deve se notar que as citações do Espírito de Profecia acima
não foram selecionadas à esmo, mas foram tiradas de várias seções que
tratam dos assuntos dos selos e da obra do selamento e que estão citadas
na bibliografia que segue este capítulo. Um estudo meticuloso deste
material como um todo revelará, assim cremos, os fatores básicos do
assunto dos selos e indicará a importância que tem para estes últimos
dias em que vivemos.

     3. A abertura do livro e a abertura dos selos
     “O ‘livro’ na antiguidade era um rolo. Para desenrolá-lo era preciso
cortar ou quebrar todos os sete cordões com as quais eram amarrados.” –
Harry Rimmer, carta de 14-03-1941.
Os Selos e a Obra do Selamento                                             42
      “Na leitura do livro, as partes que por si não são precedidas pela
abertura dos selos que lhe correspondem embora, na realidade, o livro
esteja todo escrito, nada nele se lê.” – RCH., Lenski, Interpretation of St.
John’s Revelation, 217.
      “Os selos são abertos sucessivamente, para no fim, quando os
acontecimentos simbolizados pelos selos já tiverem passado, dar acesso ao
conteúdo (do livro) num todo perfeito.... As aberturas dos selos significam os
passos sucessivos pelos quais Deus em Cristo esclarece os caminho para a
leitura final do livro no estabelecimento no reino de Cristo.” – A.R. Fausset,
A Commentary on the Old and New Testaments, vol. VI, 674.
        “Os guias judeus fizeram a escolha.         Esta decisão lhes será
apresentada em todo o seu caráter reivindicativo naquele dia em que o livro
a de ser desselado pelo Leão da tribo de Judá.” – PJ., 294.

     4. O primeiro selo Apoc. 6:1, 2.
        a. A ordem da criatura vivente
           Deve-se notar que a palavra grega Erkou que aparece na
           versão do rei Tiago traduzida para ‘vem’, também significa
           ‘vai’. Está no imperativo presente, o qual assim indica ação
           contínua. O significado seria algo semelhante a ‘segue teu
           caminho’. Lenski traduz ‘vai indo’.
        b. Cavalos e carros são tipos dos mensageiros da parte de Deus.
           Zac. 1:8-11; 6:2-5; Hab. 3:8; Joel 2:4, 11; Jer. 4:13; II Reis
           6:16,17; Salmos 68:17; 18:10.
        c. A relação entre os cavalos e as quatro criaturas viventes.
              A ordem, no caso do primeiro cavalo, partiu sem dúvida da
           primeira das criaturas viventes, pois na abertura do segundo,
           terceiro e quarto selos, a ordem foi dado pela segunda, terceira
           e quarta criatura vivente respectivamente (vv. 3,5,7). As
           indicações são de que cada cavalo estava sobre a orientação de
           uma das quatro criaturas viventes, e saiam para a missão que
           lhes cabia em resposta à ordem divina. Ao se abrir cada um
           dos quatro primeiros selos era dada uma ordem, e a cena que
Os Selos e a Obra do Selamento                                         43
          segue é de um cavalo com seu cavaleiro a caminho para
          cumprir sua missão.
             As quatro criaturas viventes de Apocalipse são idênticas às
          quatro de Ezequiel (A septuaginta em Ezequiel usa o mesmo
          termo que o grego de Apocalipse), e as quatro criaturas
          viventes de Ezequiel são os mesmos quatro querubins
          (Ezequiel 10:15, 20).
             Em Ezequiel havia também quatro rodas, uma junto de cada
          querubim (Ezeq. 10:9). As rodas estavam sob a direção e
          controle das quatro criaturas viventes ou querubins (Ezeq.
          1:19-21; 10:16,17) e moviam-se com o ‘Espírito’.
             Em Zacarias havia quatro cavalos e carros, dos quais se nos
          diz que eram ‘os quatro espíritos do céu, saindo de onde
          estavam perante o Senhor de toda a terra’ (Zc. 6:5). ‘Estes são
          os que o Senhor tem enviado para andarem pela terra’(Zac.
          1:10). Como em Apocalipse eram dadas ordens celestiais aos
          cavalos, assim também em Zacarias: ‘Ide, andai pela terra. E
          andaram pela terra’. (Zac. 6:7) Como estes mensageiros eram
          enviados do céu também eles cumpriam o objetivo do céu:
          ‘Eis que aqueles que saíram para a terra do norte fizeram
          repousar o Meu Espírito na terra do norte’. (Zac. 6:8)
             As quatro criaturas viventes ou querubins são sem dúvida
          anjos comandantes, que têm sob sua orientação as forças
          angélicas do céu, assim que o que Lúcifer já o foi, Gabriel
          agora o é ‘querubim ungido’ que permanece junto de Cristo no
          comando do exército angélico.
             E sob o controle de Deus estão as forças e os poderes da
          terra, continuamente dirigidos e guiados pelos mensageiros
          invisíveis do céu.
     “Assim como aquela complicação de semelhança de rodas se achava
sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado
jogo de sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as
Os Selos e a Obra do Selamento                                         44
contendas e tumultos das nações, Aquele que se assenta acima dos
querubins ainda dirige os negócios da terra.” – Ed., 178.
      “Nas visões dadas a Isaias, Ezequiel e João, vemos o interesse que o
céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a solicitude de Deus
pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um dominador. O
programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A majestade do
céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua
igreja. ... A incansável vigilância dos mensageiros celestiais, e seu
incessante empenho em prol dos que vivem na terra, nos revelam como a
mão de Deus está guiando uma roda dentro da outra.” – 2 TS., 352.
        Os mensageiros enviados são mensageiros de salvação e justiça.
     Cooperação significa vida e vitória, resistência significa derrota e
     morte.
        Se este conceito está realmente correto, e cremos que está, então
     as atividades dos quatro cavalos e seus cavaleiros deve abranger as
     múltiplas atividades dos mensageiros angélicos de Deus à terra,
     para levar os homens ao arrependimento, à vitória e à vida; proteger
     os justos e manter os ímpios sob sujeição; auxiliar na marcha da
     obra de Deus sobre a terra, a fim de que possa ser encaminhada até
     o triunfo final; operar junto aos ímpios num esforço contínuo para
     levá-los ao arrependimento; trazer juízos e aflições sobre aqueles
     que resistem à graça de Deus com o objetivo de despertá-los ao
     arrependimento; trazer os ímpios face a face com as fortes e negras
     realidades da vida para serem levados a pesar cuidadosamente as
     sérias conseqüências do seu curso e entenderem os terríveis
     resultados à sua frente se não volverem dos seus caminhos
     pecaminosos; e, por fim, trazer a retribuição final e a morte àqueles
     que se recusam atender.
        Nestes quatro cavalos vemos os poderes do céu em ação entre os
     filhos da terra. Aqui vemos os quatro que vivem e os quatro que
     amam, aqui vemos o leão e o boi, o homem e a águia. Aqui está o
     amor de Deus e a Sua justiça; aqui está o poder de Deus, Sua
     retidão e misericórdia. Aqui está Jesus o Cordeiro de Deus e o Leão
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  • 1. OS SELOS E A OBRA DO SELAMENTO I. TEXTO BÁSICO. Apoc. 4:1 a 8:1 II. TEMA – TERMINAÇÃO DA OBRA DE SALVAÇÃO NO SANTUÁRIO CELESTIAL, OS JUSTOS TRIUNFANTES, OS ÍMPIOS PERDIDOS. DESDOBRAMENTO DAS CENAS: A. Deus o Pai sobre o Seu trono : Apoc. 4 1. Uma porta aberta para o local do trono no céu: V. 1; Ezeq. 1:1 a. Deus assentado sobre o trono Apoc. 4:2; Dan. 7:9; Isa. 6:1 (1) Semelhante ‘a pedra jaspe e sardônica: Apoc. 4:3; Êx. 8:17, 20. Comp. Isa. 63:2-4; Apoc. 19:12-15. Revised Standard Version: “Semelhante ao jaspe e cornalina” Jaspe – cor vermelha; última pedra no peitoral do sumo sacerdote Sardônica – pedra preciosa avermelhada; primeira pedra no peitoral do sumo sacerdote. b. Um arco-íris sobre o trono Apoc. 4:5; Ezeq. 1:28 “Como o arco na nuvem é formado pela união da luz do sol e da chuva, também o arco-íris ao redor do trono representa o poder combinado da justiça e misericórdia... É a união da justiça e misericórdia que torna a salvação completa e plena.” – E. G. White, SpTM, n. 1, 44, 45. “Assim como o arco nas nuvens resulta da união da luz solar e da chuva, o arco acima do trono de Deus representa a união de Sua misericórdia e justiça.” – Ed.,115.
  • 2. Os Selos e a Obra do Selamento 2 “No Céu, uma semelhança de arco-íris rodeia o trono, e estende-se como uma abóbada por sobre a cabeça de Cristo. ... Quando o homem pela sua grande impiedade convida os juízos divinos, o Salvador, intercedendo junto ao Pai em seu favor, aponta para o arco nas nuvens, para o arco celeste em redor do trono e acima de Sua cabeça, como sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido.” – PP., 107. c. Vinte e quatro anciãos Apoc. 4:4, 10, 11 (1) Vinte e quatro ordens de sacerdotes I Crôn. 24:1-18; Heb. 8:2, 5; 9:23-24. (2) Redimidos desta terra Apoc. 5:9; Mat. 27:52; Ef. 4:8. (3) Assentados sobre tronos Apoc. 4:4, 20:4-6; Dan. 7:22; I Cor. 6:2, 3. A palavra grega usada neste texto é ‘thronoi’ ou tronos. American Standard Version: “Ao redor do trono estavam vinte e quatro tronos, e assentados nos tronos estavam vinte e quatro anciãos.” (4) Vestidos brancos - Apoc. 19:8 (5) Coroas de ouro - II Tim. 4:8 (6) Adoravam a Deus - Apoc. 4:10, 11. (7) Suas funções “Encontro, então, nestes anciãos entronizados, a manifestação mais elevada de glória dos santos ressurretos glorificados. Eles estão no céu. Encontram-se ao redor do trono da divindade. São puros e santos, com trajes brancos, que são a justiça dos santos. São participantes do domínio celestial. São reis da glória com coroas de ouro. Estão estabelecidos, e no lar de suas dignidades exaltadas; não em pé esperando como servos, mas assentados como conselheiros reais do Todo-Poderoso. São assistentes do Grande Juiz de vivos e mortos, e participantes no julgamento do mundo por seus pecados.” – J. A. Seiss, The Apocalypse, vol. I, 253. d. Relâmpagos, trovões e vozes Apoc 4:5; Êx. 19:16; Apoc. 11:19; 16:17-19; I Sam. 22:14,15.
  • 3. Os Selos e a Obra do Selamento 3 “...Os terrores do Sinai deviam representar ao povo as cenas do juízo. O som de uma trombeta convocou Israel a encontrar-se com Deus. A voz do Arcanjo e a trombeta de Deus convocarão, da Terra toda, tanto os vivos como os mortos, à presença de seu Juiz. O Pai e o Filho, acompanhados por uma multidão de anjos, estavam presentes no monte. No grande dia do juízo, Cristo virá "na glória de Seu Pai, com os Seus anjos". Mat. 16:27. Ele Se assentará então no trono de Sua glória, e diante dEle reunir-se-ão todas as nações.” – PP., 339. e. Sete lâmpadas de fogo - Apoc. 4:5; 1:4; 5:6; Zac. 4:10; Prov. 15:3; Heb. 4:13 “Sendo em visão concedida a João uma vista do templo de Deus no Céu, contemplou ele ali "sete lâmpadas de fogo" (Apoc. 4:5) que ardiam diante do trono. Viu um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono". Apoc. 8:3. Com isto permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo’.” – PP., 356. f. Mar de vidro - Apoc. 4:6; 15:2; Ezeq. 1:22; 28:14; Êx. 24:10 g. Quatro criaturas viventes - Apoc. 4:6-9 A tradução que aparece na versão inglesa do rei Tiago ‘quatro bestas’ é uma das mais infelizes em toda a Bíblia. O termo grego ‘zoa’ significa ‘ser vivente’. Tradução de Knox: “E no centro, onde o trono estava, ao redor desse trono estavam quatro figuras viventes, que tinham olhos em todos os lugares para ver para frente e para trás.” Revised Standard Version: “E ao redor do trono, de cada lado do trono, estão quatro criaturas viventes, cheias de olhos na frente e atrás.” Tradução de Weymouth: “E ao redor, acima do trono, entre eles e os anciãos estavam quatro criaturas viventes, cheias de olhos na frente e atrás.”
  • 4. Os Selos e a Obra do Selamento 4 (1) Em número de – quatro (a) Quatro – universalidade, número que tudo inclui: Apoc. 7:1; Ezeq. 7:2; Mat. 24:31; Mar. 13:27 (2) Sua localização – nos quatro lados do trono (3) Sua aparência (a) Olhos em todos os lugares (b) Natureza quádrupla 1) Primeiro, semelhante a um leão. 2) Segundo, semelhante a um bezerro. 3) Terceiro, semelhante a um homem. 4) Quarto, semelhante a uma águia. (c) Seis asas. (4) Sua adoração de Deus. (a) Dão glória, honra e ações de graças a Deus. (5) Sua relação com outros caracteres bíblicos (a) Serafim 1) Acima de Deus assentado no Seu trono - Isa. 6:1,2 2) Tem seis asas Isa. 6:2 3) Exclamam ‘Santo, Santo, Santo’ - Isa. 6:3 (b) Querubim 1) Em número de quatro - Ezeq. 10:9, 10 2) Em presença do trono - Ezeq. 10:1; I Sam. 4:4 3) Tem quatro asas - Ezeq. 10:5, 12, 21 4) Cheio de olhos - Ezeq. 10:12 5) Tinham quatro rostos Ezeq. 10:14, 21, 22 (c) As criaturas viventes de Ezequiel 1 1) Em número de quatro - Ezeq. 1:5 2) Diante do trono - 1:22, 26-28 3) Tinham quatro asas - 1:6 4) Tinham quatro rostos - 1:6, 10 a) Semelhantes a um homem b) O lado direito semelhante a um leão
  • 5. Os Selos e a Obra do Selamento 5 c) O lado esquerdo semelhante a um boi d) Semelhante a uma águia. (d) Os carros de Zacarias 1) Em número de quatro - Zac. 6:1 2) Espíritos dos céus - 6:5 3) Em pé diante de Deus - 6:5 4) Cavalos de quatro cores a) Vermelho - Zac. 6:2 b) Preto - 6:2 c) Branco - 6:3 d) Grisalho 6:3 5) Os carros de Deus são anjos - Sal. 68:17 “Jesus então usou vestes preciosas. ... Quando ficou completamente ataviado, achou-Se rodeado pelos anjos, e em um carro chamejante passou para dentro do segundo véu.” – PE., 251. (e) O cavaleiro de Zacarias 1) Montado num cavalo vermelho - Zac. 1:8 2) Outros cavaleiros Tradução de Moffat: “E atrás dele cavaleiros em cavalos que eram castanhos, pretos, avermelhados e brancos.” 3) Aqueles que o Senhor enviou à terra - Zac. 1:10 (f) As figuras dos estandartes das tribos Segundo a tradição judaica, as tribos de Israel acampadas no deserto ao redor do tabernáculo, estavam sob as insígnias de certas tribos – para o oriente sob o estandarte de Judá, um leão; para o sul, Ruben, um homem; para o ocidente, Efraim, um boi; para o norte, Dã, uma águia. O breve quadro que nos é dado em Apocalipse cap. 4, das quatro criaturas viventes, revela pouco a respeito de sua natureza exata e das suas responsabilidades. Entretanto, ao ajuntarmos todas as informações aproveitáveis consegue-se algumas idéias a respeito de suas funções. A
  • 6. Os Selos e a Obra do Selamento 6 sua proximidade do trono deve indicar que são personagens de grande importância. Eles ministram e permanecem bem na presença de Deus. Estão mais próximos do trono do que os vinte e quatro anciãos. Estão nos quatro lados do trono. Todas as funções do trono, são também suas funções. Têm olhos em todos os lugares, de maneira que vêem tudo, capacitados para registrar e dirigir com perfeita sabedoria e conhecimento. São eles que regem a adoração diante do trono de Deus, pois foi, quando levantaram suas vozes em louvor e glória, que os vinte e quatro anciãos se prostraram em adoração diante do Criador do céu e da Terra. Possuem um caráter quádruplo em que combinam a sabedoria e a onisciência de todos os ramos da criação, – a razão, inteligência, devoção e ardor espiritual do homem, a majestade, coragem e audácia do leão; a submissão, paciência e força do boi, e a visão, a vista penetrante, a rapidez de ação e o notável poder da águia. Estando ligados ao santuário de Deus no céu, as criaturas viventes devem ter algumas responsabilidades de importância em ligação com os serviços do santuário e com a obra de Deus em salvar os homens. Seu serviço, forçosamente, deve ser de natureza diferente ao dos vinte e quatro anciãos que eram representados no santuário terrestre pelas vinte quatro ordens de sacerdotes. As criaturas viventes ao redor do trono de Deus são representadas no santuário terrestre pelos querubins sobre o propiciatório, representando por sua vez as hostes angélicas. “Em cada extremidade do propiciatório estava fixo um querubim de ouro maciço. Suas faces voltavam-se um para o outro, e olhavam reverentemente para o propiciatório embaixo, e representam todos os anjos do céu que com interesse e reverência olham a lei de Deus.” – 1 SP., 272. Enquanto que os anciãos representam os homens diante de Deus, as criaturas viventes são representantes de Deus ao homem. Enquanto que os anciãos são conselheiros junto a Deus, as criaturas viventes são observadores e executores de Deus, dos divinos decretos. Enquanto que o serviço dos anciãos é junto de Deus no céu, o serviço das criaturas viventes é tanto no grande santuário do céu como entre os justos e os
  • 7. Os Selos e a Obra do Selamento 7 pecadores da terra....” “E, quanto aos anjos, diz: ’O que de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labareda de fogo.’ ” Heb. 1:7. Muito embora as criaturas viventes possam ser reconhecidas mais propriamente como acima dos anjos, aqueles que vivem ao lado de Deus e às ordens de Deus, prontos para serem instantaneamente mandados a qualquer parte deste mundo ou do grande universo de Deus. Acham-se em todos os quatro pontos da bússola, comandando silenciosa e invisivelmente todas as atividades de Deus, dirigindo os negócios da terra de conformidade com os planos do céu. Um conhecimento mais completo das atividades destas criaturas viventes pode ser conseguido através do estudo de um material como aquele que se tornou de utilidade para o povo de Deus. (a) Querubim 1) Idêntico às criaturas viventes - Ezeq. 10:15, 20; 1:5, 10 2) Deus habita entre os querubins I Sam. 4:4; II Sam. 6:2; Sal. 99:1 3) Lúcifer foi querubim ungido - Ezeq. 28:14, 16. 4) Gabriel agora ocupa a primitiva posição de Lúcifer: DTN., 780, 693, 234. a) Está na presença de Deus - Luc. 1:19 b) Enviado aos servos de Deus - Dan. 8:16; 9:21; Luc. 1:19, 26 c) Enviado para combater os poderes de Satanás: PR., 571, 572 5) Guarda o caminho da árvore da vida - Gên. 3:24 6) A glória de Deus se retira do querubim ao caírem os juízos finais - Ezeq. 9:3; 10:4. 7) No tempo do juízo brasas de fogo são tomadas dentre os querubins e espalhadas - Ezeq. 10:2,6,7. 8) O sonido das asas dos querubins como a voz de Deus Ezeq. 10:5. 9) Um forma de mão de homem sob as asas do querubim Ezeq. 10:8.
  • 8. Os Selos e a Obra do Selamento 8 10) Quatro rodas, uma com cada querubim Ezeq. 10:9 a) Rodas cor de berilo - Ezeq. 10:9 b) Uma roda no meio de outra roda - Ezeq. 10:10 c) Não se viravam ao andar - Ezeq. 10:11. d) As rodas são cheias de olhos - Ezeq. 10:12. e) Uma voz chama as rodas Ezeq. 10:13. f) As rodas se movem com os querubins - 10:16, 19. g) O espírito das criaturas viventes está nas rodas: Ezeq. 10:17 11) A glória de Deus levanta-se do limiar da entrada e pára de novo sobre os querubins - Ezeq. 10:18. 12) Os querubins levantam-se da terra e postam-se à porta do lado oriental da casa de Deus - Ezeq. 10:19. (b) As criaturas viventes de Ezequiel 1) Quatro criaturas viventes emergem de uma nuvem, fogo e vento tempestuoso do norte - Ezeq. 1:4,5 2) A mão de um homem sob suas asas - Ezeq. 1:8. 3) Vão aonde o Espírito vai - Ezeq. 1:12. 4) Não se viram quando andam - Ezeq. 1:17. 5) Semelhantes a brasas chamejantes de fogo; relâmpagos se desprendem do fogo - Ezeq. 1:13. 6) Vão e voltam como os lampejos do relâmpago - Ezeq. 1:14. 7) Rodas sobre a terra junto às criaturas viventes - Ezeq. 1:15. a) Rodas iguais ao berilo - Ezeq. 1:16 b) Uma roda dentro de outra roda - 1:16 c) Não se viravam ao andarem - 1:17 d) Cambas tão altas que metem medo - 1:18 e) Cambas cheias de olhos - 1:18 f) As rodas andam junto com as criaturas viventes - 1:19 g) Vão para qualquer parte que o Espírito vai - 1:20,21 h) O Espírito das criaturas viventes está nas rodas - 1:20,21. 8) O ruído das suas asas é audível quando andam - Ezeq. 1:24.
  • 9. Os Selos e a Obra do Selamento 9 a) Como o ruído de muitas águas. b) Como a voz do Todo-Poderoso. c) Como a voz de um exército 9) A semelhança de um trono acima deles - Ezeq. 1:26. a) Um assentado sobre o trono - Ezeq. 1:26 (1) Com o aspecto de âmbar ou fogo - Ezeq. 1:27. b) Um arco como de chuva ao redor do trono - Ezeq. 1:28. (c) Os carros de Zacarias 1) Quatro carros - Zac. 6:1 2) Cavalos de quatro cores - Zac. 6:2,3 a) Vermelho b) Preto c) Branco d) Moreno ou grisalho 3) São os quatro espíritos do céu - Zac. 6:5 4) Da presença do Senhor vão para toda a terra - Zac. 6:5; comp. Luc. 1:19. 5) Sua obra está nas várias partes da terra Zac. 6:6-8 Tradução de Moffat: “Eles estavam ansiosos para estar livres e patrulhar a terra; tanto que ele disse, ‘Sede livres e patrulhai a terra.’ ” 6) Eles aquietam o Espírito de Deus - Zac. 6:8; comp. Zac. 8:2; 9:3,4,13,14; 12:8,9. Tradução de Moffat: “Vede, aqueles que vão para a terra do norte abrandarão a minha ira contra a terra do norte.” (d) Os cavaleiros montados de Zacarias 1) Cavalos de cores variadas - Zac. 1:8 Tradução de Moffat: “Era noite, e num sonho vi um homem (montado num cavalo castanho) postado entre as murtas no vale, e atrás dele cavaleiros em cavalos que eram castanhos, pretos, morenos e brancos.”
  • 10. Os Selos e a Obra do Selamento 10 Tradução da Septuaginta: “Olhei de noite e vi um homem montado num cavalo vermelho, e postado entre as sombras das montanhas; e atrás dele estavam cavalos vermelhos, e cinzentos, e malhados e brancos.” 2) Mensageiro de Deus para andar por todos os lugares da terra - Zac. 1:10. Tradução de Moffat: “Estes são os correios que o Eterno enviou para patrulhar a terra.” 3) Sua missão terminada - Zac. 1:11; comp. vv. 14-16, 21; 2:8. (e) Agentes celestiais dirigem os negócios humanos “Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios aparecem como dependendo da vontade e façanhas humanas. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece, determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser Todo-Misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. ... “Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e em sua rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto que o predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus movimentos. “Esta lição é ensinada por meio de uma maravilhosa representação simbólica exibida ao profeta Ezequiel. ...Os símbolos que lhe foram apresentados revelavam, porém, um poder superior ao dos governantes terrestres... “Algumas rodas, cruzando-se entre si, eram movidas por quatro criaturas viventes. ...As rodas eram tão complicadas em seu arranjo que a primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que estava sob as asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas, sobre o trono de safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris – emblema da misericórdia divina.
  • 11. Os Selos e a Obra do Selamento 11 “Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo dos sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da terra.” – Educ. 173,177,178. “Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interesse que o Céu toma nos acontecimentos da Terra e quão grande é a solicitude de Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um governante. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. ... “A incansável vigilância dos mensageiros celestiais, e seu incessante empenho em prol dos que vivem na Terra, nos revelam como a mão de Deus está guiando uma roda dentro de outra. ... “Na visão de Ezequiel, a mão divina aparece debaixo das asas dos querubins. ... “Aquilo que a homens finitos parece confuso e complicado, a mão do Senhor pode manter em perfeita ordem. Tem meios e modos de frustrar as intenções de homens ímpios, e pode destruir o conselho dos que planejam o mal contra Seu povo.” – 2 TS., 352, 353. (f) O derramamento dos juízos diversos a) Um dos animais dá aos anjos das pragas as taças da ira. b) Dá brasas de fogo ao anjo do juízo - Ezeq. 10:2, 6, 7. c) Fogo e taças derramadas sobre a terra - Ezeq. 10:2; Apoc. 8:5; 16:1. d) Os juízos de Deus sobre o homem - Ezeq. 9:2, 5, 6; Apoc. 8:5; 11:18, 19; 16:18, 19. h. O serviço de louvor e glória - Apoc. 4:6-11 (1) As criaturas viventes - vv. 8, 9. (a) Uma glorificação infinda de Deus - PE., 116. (b) O Deus que eles adoram 1) Santo - CT. 402.
  • 12. Os Selos e a Obra do Selamento 12 2) Onipotente 3) Eterno (2) Os vinte e quatro anciãos - vv. 10, 11. (a) Prostravam-se diante dEle. (b) Lançavam suas coroas diante do trono. (c) Deus é exaltado por sua adoração. 1) Em virtude de Seu poder de criar. “O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência. E, onde quer que se apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. ... E os seres santos que adoram a Deus nos Céus, declaram porque Lhe é devida sua homenagem: ‘Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas.’ Apoc. 4:11.” – GC., pp. 436, 437. Este oratório da criação é o maior, o hino de maior regozijo de todos os tempos. Este é o querubim ungido, o regente do coro celeste, o primeiro a irromper no serviço de louvor. A ele se une o querubim celestial e por seu turno a eles se unem os vinte e quatro anciãos que, deslumbrados pela gloriosa cena, lançam suas coroas diante do trono celeste. Neste hino todo o céu se une num espírito de louvor e ações de graças. Todos os justos terão parte neste hino, pessoalmente nos dias da glória por vir, e agora em espírito ao contemplarem tudo o que Deus lhes reservou. Somente Satanás e aqueles que se juntaram a ele em recusar reconhecer a glória devida ao Criador de todas as coisas, não se unem no regozijo deste glorioso cântico. E. O livro selado com sete selos - Apoc. 5. 1. O livro - Apoc. 5:1. a. Na mão direita do Pai sobre o trono. b. Escrito em ambos os lados. c. Selado com sete selos. (1) “Um testamento por escrito, selado com os selos de sete testemunhas, ainda que o herdeiro nele mencionado somente
  • 13. Os Selos e a Obra do Selamento 13 se tornasse “honorum possessor”, era guardado conforme prática pretoriana, confirmado pelo Imperador, e cuja posse, sendo abundantemente protegida por interditos e outros meios, era válida para todos os fins.” – R. W. Leagni, Roman Private Law, 204. “Um testamento, segundo a forma do Testamento Pretoriano e conforme a lei romana, trazia os sete selos das sete testemunhas sobre os cordões que amarravam os tabletes ou pergaminho (veja Smith, Dic. of Greek and Roman Ant., 1:17). Um tal testamento não podia ser executado até que se abrissem todos os seus sete selos.” – Charles, International Critical Commentary, Revelation, vol. I, p. 137. “Quando, sem mancipatio ou muncupatio, o testador tinha meramente posto os tabletes selados que continham os seus últimos desejos diante de sete testemunhas a fim de que neles pusessem seus selos ou assinaturas, o pretor dava ao herdeiro apontado por este ato, que era nulo na lei civil, o título de posse. Assim foi mais tarde tornado do maior valor, por Antonio Pios, do que herdeiro legal.” – J. Declaraiul, Rome the Law-Giver, 288. (2) A natureza do livro selado com os sete selos “Ao lavar Pilatos as mãos, dizendo: ‘Estou inocente do sangue deste justo’, os sacerdotes uniram-se à turba ignorante, gritando exaltados: ‘O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.’ Mat. 27:24 e 25. “Desse modo os guias judeus fizeram a escolha. Sua decisão foi registrada no livro que João viu na mão dAquele que estava assentado no trono, no livro que ninguém podia abrir. Essa decisão lhes será apresentada em todo o seu caráter reivindicativo naquele dia em que o livro há de ser aberto pelo Leão da tribo de Judá.” – PJ., 294. “Mas o homem que considera que, confessando os seus pecados, demonstra fraqueza, não achará perdão, nem verá em Cristo o seu Redentor; perseverará na transgressão e cometerá uma falta após outra e acrescentará pecado a pecado. Que fará essa pessoa no dia em que os
  • 14. Os Selos e a Obra do Selamento 14 livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas que neles estiverem escritas? “O quinto capítulo do Apocalipse precisa ser detidamente estudado. Ele é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus nestes últimos dias. Alguns há que são enganados. Não se apercebem do que está para acontecer na Terra. Os que têm permitido que se lhes obscureça a mente no tocante à natureza do pecado, são vítimas de um erro fatal. A menos que efetuem mudança decisiva, quando Deus pronunciar Suas sentenças sobre os filhos dos homens serão achados em falta.” – 3 TS., 414, 415. 2. Quem é digno de desatar os selos e abrir o livro? Apoc. 5:2. a. Ninguém digno, nem no céu, terra ou debaixo da terra - 5:3. b. João chora por não ser encontrado alguém digno - Apoc. 5:4. “É-nos declarado que o livro continha revelações desconhecidas, e que João estava sobremaneira impaciente por entendê-las; e, que o seu choro copioso era causado pela perspectiva pessoal de poder obter um conhecimento do futuro como desejava. Pobre João, que impaciência, que mortal tolo, ficar-se perturbando por causa de uma profecia não revelada e continuar chorando no céu por não encontrar alguém que lhe abra o livro. ... Que inspiração teria esse quadro ao retratar um respeitável e disciplinado servo de Deus cheio de elevada dignidade varonil ao apresentá-lo como um filho impaciente e tolo! Não, não; João sabia pelo Espírito que nele estava, o que significava o livro selado. Ele sabia que, se ninguém fosse encontrado digno e capaz de tomá-lo da mão de Deus e tirar os selos, todas as promessas dos profetas, e todas as esperanças dos santos, e todas as pré- intimações de um mundo resgatado, falhariam.... seria a herança prometida que, agora, no momento exato da recuperação, por causa de uma falta iria para a eterna alienação? ... E olhando a questão por este ponto de vista, bem poderia um profeta fervoroso chorar, sem perder coisa alguma de sua honra e mansidão. ... Aquele livro, se não fosse exaltado e aberto, seria a desgraça e o luto da igreja. Fala de uma herança não resgatada – filhos ainda estranhos à possessão adquirida. Mas aquele livro aberto é a glória e o regozijo da igreja. É a garantia de sua reintegração naquilo que Adão perdeu – a recuperação de tudo aquilo que esteve há tanto tempo e tão cruelmente privada por causa do pecado. Por isto, enquanto este livro permanecesse fechado, os seus selos sem serem abertos, o povo de Deus
  • 15. Os Selos e a Obra do Selamento 15 permaneceria em privação, tristeza e lágrimas.” – J.A. Seiss, The Apocalypse, v. I, pp. 276-278. c. Aquele que é digno de abrir o livro (1) O Leão da tribo de Judá - Apoc. 5:5; Gên. 49:9, 10. (2) A raiz de Davi - Apoc. 5:5; Isa. 11:1, 10, 12. “O fato de ser Ele introduzido exatamente aqui quer dizer que este ‘livro’ se refere ao cumprimento da profecia de Jacó a respeito de Judá, e de que é na capacidade do fundador divino do trono de Judá que se achou ser Ele digno e capaz de tomar o livro, abrir por isto os sete selos e executar o seu conteúdo.” – W.C. Stevens, Revelation, the Crown-Jewel of Biblical Prophecy, p. 117. (3) O Cordeiro como tendo sido morto - Apoc. 5:6; Isa. 53:7; João 1:29. “O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do ‘Leão da tribo de Judá’, e de um ‘Cordeiro, como havendo sido morto’. Apoc. 5:5 e 6. Esses símbolos representam a união do onipotente poder e do amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis.” – AA., 589. (a) Sete chifres – símbolos de poder, autoridade real - Deut. 33:17; Mat. 28:18; Apoc. 1:5; Dan. 4:17. (b) Sete olhos – símbolos de onisciência, penetração Zac. 3:8,9; 4:10; II Crôn. 16:9. 1) Os sete espíritos de Deus d. O livro do destino Embora não tenha sido dado nenhum nome ao livro que está nas mãos dAquele que Se assenta sobre o trono, a natureza dele é clara. É o grande livro do destino, o livro que, aberto, revelará a sorte do mundo e de todos os que já o habitaram. Este livro tem que ver com condenação – com a condenação daqueles que matam a Cristo, e de todos os que rejeitam a Sua graça salvadora. Ele tem que ver com redenção e salvação – a salvação de todos os que aceitam a Jesus como o Cordeiro de
  • 16. Os Selos e a Obra do Selamento 16 Deus. Aquele que abre este livro é tanto o que castiga como o que redime; Ele é o Leão e o Cordeiro, Aquele cujo poder é salvar e cujo direito é condenar. Este é Aquele que tem em Sua mão o título deste mundo, que possui o direito de dá-lo a quem quiser. Somente Cristo tem este poder, e somente Cristo pode abrir este livro do destino. “... Ao ser criado, foi Adão posto no domínio da Terra. Mas, cedendo à tentação, foi levado sob o poder de Satanás. ... Quando o homem se tornou cativo de Satanás, o domínio que exercera passou para o seu vencedor. Assim Satanás se tornou o ‘deus deste século’. II Cor. 4:4. Ele usurpou aquele domínio sobre a Terra, que originalmente fora dado a Adão. Cristo, porém, pagando pelo Seu sacrifício a pena do pecado, não somente remiria o homem mas restabeleceria o domínio que ele perdera. Tudo que foi perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. Diz o profeta: ‘E a Ti, ó Torre do rebanho, monte da filha de Sião, a Ti virá; sim, a Ti virá o primeiro domínio.’ Miq. 4:8. E o apóstolo Paulo aponta para a ‘redenção da possessão de Deus’. Efés. 1:14. ... “Mas Deus dera o Seu amado Filho - igual a Ele mesmo, a fim de suportar a pena da transgressão, e assim proveu um caminho pelo qual pudessem ser restabelecidos ao Seu favor, e de novo trazidos ao seu lar edênico. Cristo empreendeu redimir o homem, e livrar o mundo das garras de Satanás.” – PP., pp. 67, 69. “Quando Satanás declarou a Cristo: O reino e a glória do mundo me foram entregues, e dou-os a quem quero, disse o que só em parte era verdade, e disse-o para servir a seu intuito de enganar. O domínio dele, arrebatara-o de Adão, mas este era o representante do Criador. Não era, pois, um governador independente. A Terra pertence a Deus, e Ele confiou ao Filho todas as coisas. Adão devia reinar em sujeição a Cristo. Ao atraiçoar Adão sua soberania, entregando-a às mãos de Satanás, Cristo permaneceu ainda, de direito, o Rei.” – DTN., 129. “A abertura dos sete selos significa os passos sucessivos pelos quais Deus em Cristo aclara o caminho para o desenrolar final do livro no estabelecimento visível do reino de Cristo. ... Ninguém é digno de o fazer, exceto o Cordeiro; pois Ele sozinho redimiu a herança perdida do homem, da qual o livro é o título de propriedade. A pergunta (v. 2) não é Quem
  • 17. Os Selos e a Obra do Selamento 17 deveria revelar os destinos da Igreja (isto qualquer profeta inspirado podia fazer) mas, Quem é digno de dar ao homem um novo título de sua herança perdida?” – A.R. Fausset, A Commentary Critical, Experimental and Practical, vol. VI, 674. “Este livro é introduzido aqui para mostrar, não a história eclesiástica, mas algo do qual toda a história eclesiástica é apenas a introdução e prelúdio, e ao que as Escrituras chamam ‘a redenção da possessão adquirida ‘. ... “A palavra redenção vem até nós do significado antigo de certas leis e costumes dos judeus. De conformidade com estas leis e costumes, era impossível alienar terras por tempo além do determinado. Ainda que o possuidor fosse forçado a dispor de suas terras; e sem levar em conta quem fosse encontrado na posse das mesmas, o ano jubileu fazia-as voltar aos representantes legais dos primitivos proprietários. Tendo por base este regulamento, havia um outro que dava ao parente mais achegado de alguém que por dificuldades ou outro fator qualquer tinha alienado a sua herança em favor de outrem, o direito de tomar a iniciativa de redimi-la; isto é, comprá-la de volta e retomá-la... “Existe uma herança perdida e sem possuidor através destes milhares de anos...Tudo testifica de que era uma herança santa, elevada e bendita. Mas, ah, seu possuidor original pecou, e ela escapou-lhe das mãos, e toda a posteridade ficou deserdada. O livro selado, o título desta hipoteca, deste direito perdido, está nas mãos de Deus e estranhos e intrusos a têm invadido e aviltado. E desde os dias de Adão até agora, aqueles títulos têm estado nas mãos do Todo-Poderoso, sem ninguém para tomá-los ou desapossar os estranhos. ... “O pecado não pode viciar qualquer dos direitos de Deus. A posse de Satanás é uma mera usurpação permitida por um tempo, mas de maneira alguma em detrimento de propriedade do Todo-Poderoso. O direito real ainda continua nas mãos de Deus, até que o Remidor adequado venha redimi-la, pagar o preço, e expulsar o estranho e sua semente. “Quais, na verdade, têm sido todos os esforços de homens pecadores, na política, na ciência e em todos os ramos da civilização, senão acabar com este problema de procurar possuir de novo aquilo que se perdeu em Adão... Qual, na verdade, tem sido a mola da atividade do mundo inferior, nestes tempos de esforços para seduzir os mortais, senão persuadir os homens de que são capazes de tornar real a enganadora promessa, ‘sereis como deus’
  • 18. Os Selos e a Obra do Selamento 18 e, a despeito do Todo-Poderoso e sem Ele, fazer reconhecer no sonho do progresso humano e na guia demoníaca, o sonho de um destino melhor para o mundo e a raça. Também já estava incluído no plano de Deus há muito, entregar os reinos às suas criaturas rebeldes, para permitir que a experiência alcançasse o apogeu e, com o objetivo de tornar marcante ao máximo a queda final... O espírito de liberdade, as considerações democráticas, o comunismo universal e o esclarecimento, muito unidas aos elementos de origem infernal, o estão tentando agora, e perpetuarão os seus esforços para consumá-lo de uma maneira tão agigantada e fascinadora como o mundo jamais contemplou, mas apenas para operar a mais espantosa derrocada que já ocorreu. ... “Jesus é o Leão, o Renovo de Judá...Ele pagou o preço de redenção de herança perdida. È o verdadeiro Remidor, que tendo há muito triunfado e sido aceito, provar-se-á também pronto e digno para completar Sua obra em resgatar aqueles títulos a longo prazo e quebrar seus selos invioláveis.” – J.A.Seiss, The Apocalypse, Vol. I,267-280 3. Abertura do livro a. Jesus toma o livro da mão direita do Pai - Apoc. 5:7 b. Universal aclamação do Cordeiro (1) Os anciãos e as criaturas viventes - vv. 8-10 (a) Salvas de incenso, as orações dos santos PE., 32, 256; LS., 100; PP., 379, 380 “Entre os querubins estava um incensário de ouro e, ao as orações dos santos, oferecidas pela fé, chegarem a Jesus; e, ao apresentá-las Ele ao Pai, uma nuvem de fragrância se elevava do incenso semelhante a fumo de muitas cores... Ao ascender o fumo ao Pai, glória mui excelente provinda do trono vinha a Jesus e, dEle era derramada sobre aqueles cujas orações se tinham elevado como fragrante incenso.” – PE., 252 (b) Cântico de redenção (2) Os anjos ao redor do trono - Apoc. 5:11 (a) Digno é o Cordeiro - v.12; Fil. 2:5-11; Sal. 2:7-9; Ezeq. 21:27 (3) Toda criatura - Apoc. 5:13.
  • 19. Os Selos e a Obra do Selamento 19 c. As ocasiões das antífonas de louvor (1) Ao ocupar Cristo o Seu trono sacerdotal após a ressurreição. “Chegara agora a ocasião de o Universo celestial receber o seu Rei. ... ”Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada às cortes celestiais. Ao ascender, abriu Ele o caminho, e a multidão de cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu. A hoste celestial, com brados de alegria e aclamações de louvor e cântico celestial, tomava parte na jubilosa comitiva. ... “Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus, e a angélica multidão entra por elas, enquanto a música prorrompe em arrebatadora melodia. ... “Ali está o trono, e ao seu redor, o arco-íris da promessa. Ali estão querubins e serafins. Os comandantes das hostes celestiais, os filhos de Deus, os representantes dos mundos não caídos, acham-se congregados. O conselho celestial, perante o qual Lúcifer acusara a Deus e a Seu Filho, os representantes daqueles reinos imaculados sobre os quais Satanás pensara estabelecer seu domínio - todos ali estão para dar as boas-vindas ao Redentor. Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei. ... “Com inexprimível alegria, governadores, principados e potestades reconhecem a supremacia do Príncipe da Vida. A hoste dos anjos prostra-se perante Ele, ao passo que enche todas as cortes celestiais a alegre aclamação: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças’ Apoc. 5:12. ... “Hinos de triunfo misturam-se com a música das harpas angélicas, de maneira que o Céu parece transbordar de júbilo e louvor. O amor venceu. Achou-se a perdida. O Céu ressoa com altissonantes vozes que proclamam: ‘Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:13.” – DTN., pp. 832-835. “... Agora não está ‘no trono de Sua glória’; o reino de glória ainda não foi inaugurado. Só depois que termine a Sua obra como mediador, Lhe dará Deus ‘o trono de Davi, Seu pai’, reino que ‘não terá fim’. Luc. 1:32 e 33. Como sacerdote, Cristo está agora assentado com o Pai em Seu trono (Apoc. 3:21).” – GC., 416.
  • 20. Os Selos e a Obra do Selamento 20 (2) Na primeira coroação de Cristo após Seu segundo advento “O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio. “Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, ‘digno é o Cordeiro’ (Apoc. 5:12) ‘que foi morto e reviveu!’ Apoc. 2:8. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.” – GC., pp. 647, 648. “Devemos ter uma visão do futuro e da felicidade do Céu. Postai-vos no limiar da eternidade e ouvi a acolhida amável feita aos que nesta vida cooperam com Cristo, considerando privilégio e honra sofrer por amor dEle. Ao reunirem-se aos anjos, lançam eles suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças... ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:12 e 13. “Ali os remidos saudarão aqueles que os guiaram ao Salvador crucificado. Unem-se em louvor Àquele que morreu para que os seres humanos tivessem vida tão duradoura quanto a de Deus. O conflito está terminado. As tribulações e lutas chegaram ao fim. Cânticos de vitória enchem todo o Céu, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: ‘Digno é o Cordeiro que foi morto’ (Apoc. 5:12), e vive novamente, como triunfante vencedor.” – VE., 231, 232. “Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, lembrar-nos-emos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não
  • 21. Os Selos e a Obra do Selamento 21 somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançar-Lhe-emos aos pés nossas coroas, erguendo o cântico: ‘Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças." Apoc. 5:12.’ ” – DTN., 131. “Enquanto Jesus estivera ministrando no santuário, o juízo estivera em andamento pelos justos mortos, e a seguir pelos justos vivos. Cristo recebera Seu reino, tendo feito expiação pelo Seu povo, e apagado os seus pecados. Os súditos do reino estavam completos. As bodas do Cordeiro estavam consumadas. E o reino e a grandeza do reino sob todo o Céu foram dados a Jesus e aos herdeiros da salvação, e Jesus deveria reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. ... “Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes. Sobre Sua cabeça havia muitas coroas, uma coroa encaixada dentro da outra. Cercado pelo exército dos anjos, deixou o Céu. As pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra. ... O plano da salvação se cumprira.” – PE., 280, 281. (3) Coroação final de Jesus no fim do milênio “Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. ... “Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplendor, repousa sobre o lugar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com Seu povo e os anjos, entram na santa cidade. ... “Satanás consulta seus anjos... Formulam seus planos para tomar posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. ... “Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. ... “Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. ... “É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios
  • 22. Os Selos e a Obra do Selamento 22 vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. ... Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. ... “Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. ... Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: ‘Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos’ (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. “Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. ... E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença. ... “... À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: ‘Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos.’ Apoc. 15:3. ... “É chegada a hora em que Cristo ocupa a Sua devida posição, sendo glorificado acima dos principados e potestades, e sobre todo o nome que se nomeia. ... Ele olha para os remidos, renovados em Sua própria imagem, trazendo cada coração a impressão perfeita do divino, refletindo cada rosto a semelhança de seu Rei. ... E sobe o cântico de louvor dos que estão vestidos de branco em redor do trono: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças." Apoc. 5:12. ... “Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. ... “... O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. ... “A Terra, dada originariamente ao homem como seu reino, traída por ele às mãos de Satanás, e tanto tempo retida pelo poderoso adversário, foi recuperada pelo grande plano da redenção. Tudo que se perdera pelo pecado foi restaurado.” – GC., pp. 662-674. (4) Através dos anos da eternidade “A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. ... Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: ‘Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue!’ " – GC., 651.
  • 23. Os Selos e a Obra do Selamento 23 “E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor. " ‘E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.’ Apoc. 5:13.” – GC., 678. (5) O espírito deste cântico deve ser o nosso tema hoje “Porque não despertar a voz de nossos cânticos espirituais nas jornadas de nossa peregrinação?... “O templo de Deus está aberto no céu, e o limiar fulgura com a glória que está destinada a toda a igreja que ama a Deus e guarda os Seus mandamentos... “Deus ensina que devemos reunir-nos em Sua casa para cultivar os atributos do perfeito amor. Isto habilitará os habitantes da terra para as mansões que Cristo foi preparar para todos que O amam. Lá eles se reunirão no Santuário sábado após sábado, de uma lua nova à outra, para se unirem nos mais fortes sons do cântico em louvor e ações de graças Àquele que Se assenta sobre o trono, e ao Cordeiro para todo o sempre.” – 6 T., 368. d. As criaturas viventes e os anciãos curvam-se em adoração a Deus. - Apoc. 5:14 e. A significação das admiráveis cenas de Apocalipse cinco C. A abertura dos selos. Apoc. 6; 7; 8:1 Se o tema básico dos capítulos 4 e 5 é o juízo, então, o dos capítulos 6 e 7 é o da guerra, e neste trecho Deus é apresentado como Juiz e
  • 24. Os Selos e a Obra do Selamento 24 Guerreiro. Em Sua obra de julgamento Ele justifica os justos e condena os ímpios. Em Seus atos guerreiros Ele batalha a favor dos justos e os salva, e batalha contra os ímpios e os destrói. Esta cena marcial é semelhante à de Habacuque 3:8-15, onde Deus é apresentado como guerreiro, montado em Seus cavalos ou avançando em Seus carros de salvação a fim de salvar Seu povo; ou, avançando em marcha com o arco, indignado contra os ímpios, primeiro em desagrado, depois em ira e finalmente em furor. É semelhante à de Zac. 1:8-17 onde, no tempo do cativeiro babilônico, Deus avançou com indignação sobre cavalos vermelhos e malhados por um período de setenta anos, mas que passado o tempo, avançou com conforto e misericórdia sobre cavalos brancos de salvação. Semelhanças notáveis aparecerão ao confrontarmos o simbolismo de Apoc. 4-7 com o de Apoc. 19 onde são descritos os eventos finais do grande conflito contra as hostes do mal. Em ambas as cenas aparece uma descrição com o céu aberto (4:1; 19:11); Deus assentado sobre o trono 4:2, 9; 5:13; 19:4, 6; salvação, glória, honra e poder são descritos como sendo do Senhor (5:1; 7:10, 12; 19:1); há um ruído de trovão (6:1; 19:60); Deus como Juiz e vingador do sangue de Seus servos (6:10; 19:2); as quatro criaturas viventes e os vinte e quatro anciãos prostram-se em adoração (4:10; 5:8, 14; 19:6-8); um cavalo branco em avanço para a batalha (6:2; 19:11); coroas sobre as cabeças dos cavaleiros nos cavalos brancos (6:2; 19:12); e há uma espada afiada para destruir as nações e tirar a paz da terra (6:4; 19:15). Se Apoc. 4:7 apresenta Deus como Juiz e como Guerreiro, Apoc. 19:11 menciona especificamente o fato de que Ele ‘julga e peleja com justiça’. Em Apoc. 6:10 é feita a pergunta, ‘até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue?’, enquanto que no cap. 19:2, Ele ‘julgou’ e ‘vingou o sangue dos Seus servos’. Cuidadosamente estudado, Apoc. 4-7 se demonstrará ser um tema intimamente entrelaçado, em que todas as partes se adaptam inteiramente e se harmonizam perfeitamente com as cenas similares dadas noutras
  • 25. Os Selos e a Obra do Selamento 25 partes da Bíblia e do Espírito de Profecia. Deus assentado em Seu trono eterno no céu, ao tratar com os justos e os ímpios nesta terra, é tanto o Juiz supremo como o Comandante chefe. O gráfico que se segue poderá tornar mais claro o assunto destes capítulos. LADO MISERICÓRDIA ATITUDE DE DEUS JUSTIÇA Deus Santos Aceitam Agrada Justificados Satanás Ímpios Resistem Desagrada Avisados Desprezam Ira Advertidos Rejeitam Furor Condenados ./... RESULTADO CAVALOS SELAMENTO Vitória Branco Santidade Céu Tribulação Vermelho Desgraça Preto Condenação Pálido Depravação Inferno 1. O uso e o objetivo do selo Os selos eram largamente usados no oriente antigo. Eram colocados em documentos para indicar poder, autoridade e autenticidade. Sobre objetos materiais eram empregados como títulos de propriedade. Em contratos e acordos eram reconhecidos como garantias de validade. Um objeto selado ficava sob a autoridade e controle do indivíduo cujo selo estava no objeto. Um decreto ou ordem que continha o selo do rei tinha a autoridade de rei. Um documento comercial que trazia selos de testemunhas era considerado legal com evidências da mais alta autoridade e o documento selado era autenticado. Um pacote selado, um túmulo, tablete, mandado ou testamento, não podia ser aberto senão por aquele que tinha a autoridade de abrir o selo.
  • 26. Os Selos e a Obra do Selamento 26 2. As lições e os fatos básicos dos selos e das mensagens de selamento A visão de João da abertura do rolo selado com os sete selos é apresentada pelos dois capítulos mostrando cenas das mais notáveis e impressivas que se acham reveladas em qualquer parte da palavra de Deus. Os portais do céu se acham abertos ante o olhar estupefato do profeta que contempla o próprio Deus assentado em Seu trono eterno. Os supremos funcionários do universo celestial estão presentes. Também Jesus está presente; como Cordeiro de Deus e Salvador daqueles que se arrependem, e como o Leão da tribo de Judá para os ímpios que persistem na rebelião contra Deus. Na mão do Pai está um rolo selado com sete selos. É um documento de suprema importância que tem relação com a sorte eterna dos seres da Terra. Em todo o Universo de Deus, Jesus é o único digno de partir os selos e abrir o livro. E a razão de ser Ele digno é ter sido Ele Aquele que foi morto pelos pecados do homem tornando possível, pelo Seu sangue, a redenção eterna dos perdidos. Logo após ter Ele tomado o livro, a cena que se segue, mostra a exultante adoração e louvor que é dado a Cristo por ocasião da Sua coroação por todos os habitantes do céu e da Terra. Onde nas cenas apresentadas pelos profetas se pode encontrar algo comparável a isto? Onde em toda a história se pode encontrar alguma cena gloriosa como esta? Tudo isto, contudo, é preliminar à visão da abertura dos selos do profeta e do selamento dos filhos de Deus. Certamente temos nesta última visão algo de suprema importância que envolve a suma das mais elevadas esperanças do homem, algo destinado a levar os homens à concretização das suas esperanças, ou falhando isto, levá-los a compreender a terrível sorte que aguarda os sentenciados. O quadro a nossa frente é de vida ou de morte, de gloriosa vitória ou ignominiosa derrota, de clamor às rochas para que escondam da ira do Cordeiro ou de irreprimíveis manifestações de adoração e louvor pela consumação dos nossos maiores desejos.
  • 27. Os Selos e a Obra do Selamento 27 Notai a maneira notável como estes capítulos apresentam o contrastante destino dos justos e rebeldes: PARA OS SALVOS PARA OS PERDIDOS Jesus, o Cordeiro que foi morto - Jesus, o Leão de Judá - Apoc. 5:5. Apoc. 5:6. Cavalo branco - Apoc. 6:2 Cavalo preto - Apoc. 6:5. Vencedor e para vencer - 6:2. Morte e inferno - 6:8. Em pé diante do trono - 7:9. Escondidos nas rochas e cavernas Apoc. 6:15 ‘Salvação ao nosso Deus que está ‘Escondei-nos do rosto dAquele assentado no trono’ - 7:10. que está assentado sobre o trono’ Apoc. 6:16. Deus limpará de seus olhos toda a Vinda do grande dia da ira sobre lágrima - 7:17. eles - 6:17. O livro desselado – Redimidos por O livro desselado – Seu sangue Seu sangue - 5:9. deles é requerido - PJ., 294, 295. a. Em andamento um grande conflito entre as forças do bem e do mal “Vi em visão dois exércitos em terrível conflito. Um deles ostentava em suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira manchada de sangue do Príncipe Emanuel. ... “O combate prosseguia. A vitória ia alternadamente de um para outro lado. Às vezes os soldados da cruz cediam terreno, ‘como quando desmaia o porta-bandeira’. Isa. 10:18. Mas a sua retirada aparente não foi senão para ganhar uma posição mais vantajosa. ... “A igreja, porém, deve combater e combaterá contra inimigos visíveis e invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana.” ... – VE., 228, 229.
  • 28. Os Selos e a Obra do Selamento 28 b. As forças de Deus tomarão parte ativa nesta guerra até o fim “A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida, e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é no Céu.” – VE., 229. “Necessitamos do ardor do herói cristão que consegue suportar o olhar d’Aquele que é invisível. Nossa fé deve ressuscitar. Os soldados da cruz devem exercer uma influência positiva para o bem. ... “Não devemos ver o mundo de hoje cristãos que em todos os atos de suas atividades são dignos do nome que têm? Quem aspira praticar atos dignos de valentes soldados da cruz? Estamos vivendo bem próximos do final do grande conflito.” – 8 T., 45, 46 c. Sem levar em conta como as coisas possam parecer aos homens, Deus tem os negócios deste mundo sob Seu controle e tem agentes que Lhe cumprirão a vontade “Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interesse que o céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a solicitude de Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um dominador. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. ... “A incansável vigilância dos mensageiros celestiais e seu incessante empenho em prol dos que vivem na terra, nos revelam como a mão de Deus está guiando uma roda da outra. O instrutor divino diz a cada qual que desempenha uma parte em Sua obra o que outrora disse respeito de Ciro: ‘Eu te cingirei; ainda que tu me não conheças’.” – 3 TS., 352. “Nas margens do rio Quebar contemplou Ezequiel um remoinho que parecia vir do norte... algumas rodas, cruzando-se entre si, eram movidas por quatro criaturas viventes. ... As rodas eram tão complicadas em seu arranjo que à primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que estava sob as asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas sobre o trono de safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris – emblema da misericórdia divina.
  • 29. Os Selos e a Obra do Selamento 29 “Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo dos sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da terra... “A história das nações que uma após outra, tem ocupado seus destinados tempos e lugares, testemunhando inconscientemente da verdade da qual elas próprias desconheciam o sentido, fala a nós. A cada nação, a cada indivíduo de hoje, tem Deus designado um lugar no Seu grande plano. Homens e nações estão sendo hoje medidos pelo prumo que se acha na mão d’Aquele que não comete erro. Todos estão pela sua própria escolha decidindo o seu destino, e Deus está governando acima de tudo para o cumprimento de Seu propósito.” – Ed., 177, 178. d. Deus assiste os justos em suas lutas e encaminhá-los-á ao triunfo final “Irmãos, não é tempo de nos lamentarmos e entregarmos ao desespero, nem de ceder à dúvida e incredulidade. Cristo não é para nós um Salvador que jaz no sepulcro de José, vedado por uma grande pedra selada com o selo romano; temos um Salvador ressuscitado. É o Rei, o Senhor dos exércitos, que está assentado entre querubins, e que no meio da peleja e do tumulto das nações continua a guardar Seu povo. Aquele que domina nos céus é nosso Salvador. ... Quando as fortalezas dos reis ruírem e as flechas da ira de Deus atravessarem o coração de Seus inimigos, Seu povo estará seguro em Suas mãos." – 3 TS., 353. "Nós podemos triunfar gloriosamente, pois nenhuma alma crente que vigia e ora será presa dos enganos do inimigo. Todo o céu esta interessado em nosso bem estar e espera por nossas petições de força e sabedora. Homem ímpio algum, nem espírito maligno, pode impedira a obra de Deus em Seu povo ou privá-lo de Sua presença, se com corações contritos e subjugados, cada um deles reclamar as Suas promessas. Toda influência oposta, seja secreta ou aberta, pode ser resistida com êxito, 'não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos.' " – EGW, R & H., 11-1-1887; 8-3-1945.
  • 30. Os Selos e a Obra do Selamento 30 e. Deus resiste aos ímpios e opõe-Se aos seus intentos. "Aquele que não tosqueneja, que opera continuamente pelo cumprimento de Seus desígnios, há de levar avante a Sua obra. Ele embargará os propósitos dos ímpios, e confundirá os conselhos dos que tramam maldades contra o Seu povo." – MDC., 121. "O Leão de Judá, cuja ira será tão terrível para aqueles que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis. A coluna de nuvens proferirá ira e terror para os transgressor da lei de Deus, mas luz, misericórdia e livramento para aqueles que guardarem Seus mandamentos. O Braço forte para destruir os rebeldes, será forte para libertar os leais." EGW, R & H 11/01/1887; 08/01/1945. f. Deus manda juízos sobre homens a fim de levá-los ao arrependimento. “Os pesados juízos que deviam cair sobre os impenitentes - guerra, exílio, opressão, a perda de poder e prestígio entre as nações - tudo isso devia vir, para que os que neles reconhecessem a mão de um Deus ofendido, pudessem ser levados ao arrependimento.” – PR., 309. g. Juízos cada vez mais severos são mandados repetidamente com o objetivo de fazer com que os homens considerem os juízos finais e se preparem antes que eles caiam. “Os anjos destruidores têm a seguinte missão dada pelo Senhor: ‘Começai pelo meu Santuário’. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa. Se as advertências dadas por Deus são negligenciadas, se vos permites acalentar o pecado, estais selando o destino de vossas almas; Sereis pesados na balança e achados em falta." – E. G. White, R & H., 11/01/1887; 08/01/1945. “ ‘E tu Cafarnaum, que te ergues até o céus, serás abatida até aos infernos. ... Porém, Eu vos digo que haverá menos rigor para os de Sodoma, do que para ti.’ ... “O Senhor aniquilou duas de nossas maiores instituições estabelecidas em Battle Creek e nos transmitiu uma advertência após outra, tal como Cristo antigamente, advertiu Betsaida e Cafarnaum.... O Salvador insiste com os errantes para que se arrependam. Os que humilham o coração e
  • 31. Os Selos e a Obra do Selamento 31 confessam os pecados serão perdoados. Suas transgressões serão reveladas. Mas o homem que considera que, confessando os seus pecados, demonstrarão fraqueza, não achará perdão. ... Que fará essa pessoa no dia em que os livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas que neles estiverem escritas? “O quinto capítulo de Apocalipse precisa ser detidamente estudado. Ele é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus nestes últimos dias. Alguns há que são enganados. ... A menos que efetuem mudança decisiva, quando Deus pronunciar Suas sentenças sobre os filhos dos homens serão achados em falta. ... “ ‘E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de silício, ... e o céu retirou-se como um livro que se enrola, ... e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande dia da Sua ira e quem poderá subsistir?’ Apoc. 6:12-17. “ ‘Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão. ... diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos; e aclamando com grande voz, dizendo: salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. ... Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima.' Apoc. 7:9-12. “Nestes passos das Escrituras são apresentados dois grupos de pessoas. Um deles se deixou enganar e aliou-se aos inimigos do Senhor. Interpretaram erroneamente as mensagens que lhes foram dirigidas e revestiram-se de justiça própria. Para eles não havia malignidade no pecado. Ensinaram mentiras como se fossem verdades e por sua causa muitos se extraviaram. “É-nos preciso, agora, vigiar-nos a nós mesmos. Foram-nos feitas as advertências. Não podemos ver o cumprimento das predições de Cristo, contidas no vigésimo primeiro capítulo de Lucas?... “ ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o nosso Senhor. ... Porém se aquele Meu servo disser consigo: o meu Senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos e a comer e a beber com os ébrios, virá o Senhor daquele servo num dia em que O não espera, e à hora
  • 32. Os Selos e a Obra do Selamento 32 em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.' Mat. 24:42-51.” – 3 TS., pp. 413-417 h. Deus manda, afinal, juízos irrevogáveis de condenação e morte sobre os impenitentes “Com exatidão infalível, Aquele Ser infinito guarda um acerto de contas com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia é seguida de apelos ao arrependimento, este relatório permanece em aberto; mas quando atinge um certo limite fixado por Deus, começa o ministério de Sua ira. O relatório é encerrado. A paciência divina se esgota. Não há apelação em seu favor." – E. G. White, R&H., 11/01/1887. "A cada nação que tem subido ao cenário da atividade, tem sido permitido que ocupasse seu lugar na terra, para que se pudesse ver se ela cumpriria o propósito do 'Vigia e Santo'. A profecia delineou levantamento e queda dos grandes impérios mundiais - Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Com cada um destes, assim como com nações de menos poder tem- se repetido a história. Cada qual fracassou; esmaeceu sua glória, passou- se-lhe o poder e o lugar foi ocupado por outra nação. “Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e com esta rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto que o predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus movimentos. “Esta lição é ensinada por meio de uma maravilhosa representação simbólica exibida pelo profeta Ezequiel durante o seu exílio na terra dos Caldeus. ... “A subversão final de todos os domínios terrestres está claramente predita na Palavra da Verdade. Na profecia proferida quando a sentença divina foi pronunciada sobre o último rei de Israel, deu-se esta mensagem:- “ ‘Assim diz o Senhor Jeová: Tira o diadema e levanta a coroa... exalta ao humilde, humilha ao soberbo. Ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha Aquele a quem pertence de direito, e a Ele a darei’. ... "Nesta época, anterior à grande crise final, assim como foi antes da primeira destruição do mundo, acham-se homens absortos nos prazeres e satisfação dos sentidos. “Pelo levantamento e queda de nações, como se acha explicado nas páginas das Escrituras Sagradas, necessitam aprender quão sem valor a
  • 33. Os Selos e a Obra do Selamento 33 simples aparência e a glória do mundo. Babilônia, com todo seu poder e magnificência, quais desde então o mundo não mais viu - poder e magnificência que ao povo daquela época pareciam estáveis e duradouros - quão plenamente passou ela. Como a 'flor da erva' ela pereceu. Assim perece tudo que não tem a Deus como seu fundamento." – Ed., pp. 176, 177, 179, 183 i. O diagrama histórico dos negócios deste mundo está sob a direção do céu. “A história que o grande EU SOU assinalou em Sua Palavra, unindo-se cada elo aos demais na cadeia profética, desde a eternidade no passado até à eternidade no futuro, diz-nos onde achamos hoje, nos prosseguimentos dos séculos, e o que se poderá esperar no tempo vindouro. Tudo que a profecia predisse como devendo acontecer, até a presente época, tem-se traçado nas páginas da história, e podemos estar certos de que tudo que ainda deve vir se cumprirá em sua ordem. ... “... Hoje, os sinais dos tempos declaram que nos achamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Tudo em nosso mundo está em agitação. Ante os nossos olhos cumprem-se a profecia do Salvador relativa aos acontecimentos que precedem Sua vinda: 'Ouvires de guerra e rumores de guerra. ... Portanto se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá fome e pestes, e terremotos em vários lugares.' " – Ed., 178, 179. "A crise se aproxima apressadamente. Os sinais que tão rapidamente se avolumam mostram que o tempo de visitação de Deus está para chegar. Embora de mau grado em punir, não obstante punirá e isto presto. Os que andam na luz verão os sinais da aproximação do perigo. ... "Cristo no monte das Oliveiras narrou os terríveis juízos que precederão a Sua segunda vinda: 'E ouvireis de guerra e rumores de guerras'. 'Portanto se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá fome e pestes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores.' Conquanto estas profecias tenham tido cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, tem uma aplicação bem mais diretas nestes últimos dias. "João também foi testemunha das terríveis cena que terão lugar como sinais da vinda de Cristo. Viu exércitos se ordenando para guerra, e os
  • 34. Os Selos e a Obra do Selamento 34 corações dos homens desmaiando de terror. ... ' 'Viu as taças da ira de Deus serem abertas, e pestilências, fome e morte sobrevir aos habitantes da terra. "Já o repressor Espírito de Deus está sendo retirado da terra. Furacões, tempestades, tormentas, fogo e inundações, desastres em terra e mar, seguir-se-ão em rápida sucessão. A ciência procura explicar tudo isto. Os sinais que se condensam ao nosso redor, falando da breve aproximação do Filho de Deus, são atribuídos a qualquer outra que não a causa verdadeira. ... "O programa de eventos vindouros está nas mãos do Senhor; o mundo não está sem um governante. A majestade do céu tem o destino das nações, tanto quanto os negócios de Sua igreja, em Suas próprias mãos." – E. G. White, R&H., 11/01/1887 j. Os anjos de Deus estão agora segurando os ventos e conservando sob controle divino os acontecimentos da terra até que a obra de Deus esteja terminada. “Os anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever." Ed., 179 k. A época atual é de tremenda significação e interesse, pois o mundo acha-se face a face com a hora de sua última grande crise. “A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posição de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, tem fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham-se a observar a relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda.” – Ed., 179. “Já os juízos de Deus estão por toda a parte na terra, são vistos em tempestades, em enchentes, em terremotos, em perigos em terra e mar. O
  • 35. Os Selos e a Obra do Selamento 35 grande EU SOU está falando àqueles que anulam Sua Lei: Quando a ira de Deus se derramar sobre a terra quem então será capaz de ficar em pé? ... Permanecer firmes na defesa da verdade e da justiça quando a maioria nos abandona, guerreais as batalhas do Senhor, quando são poucos os campeões, esta será a nossa prova. ... “Os sinais revelam que está próximo o tempo em que o Senhor manifestará estar a peneira em Suas mãos e que logo purificará totalmente a Sua casa. ... “O profeta, contemplando os séculos, teve a época atual diante de si em visão. As nações da atualidade tem sido o recipiente de misericórdia sem precedentes. As melhores bênçãos dos céus lhes têm sido dadas; contudo, crescente orgulho, cobiça, idolatria, desprezo a Deus e baixa ingratidão se acham registrados contra elas. Estão quase encerrando sua conta com Deus. “Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. A profecia logo se cumprirá. O Senhor está às portas. Logo se abrirá diante de nós um período de preponderante interesse para todos os viventes. Os conflitos do passado serão revividos. Novos conflitos surgirão. As cenas que se desenrolarão em nosso mundo nem mesmo são sonhadas. “Que todos os que tem recebido a luz, que tem tido a oportunidade de ler e ouvir a profecia, dêem atenção e guardem as coisas que nela estão escritas; ‘porque o tempo está próximo’”. – E.G. White, R & H., 11-1-1887 1. Antes de romper a crise final, Deus traçará uma linha divisória acentuada entre leais e desleais, tornando claramente distintos aqueles que serão Seu através da eternidade. “O dia da vingança de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na terra. “Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. ... “Quando vier este tempo de angústia, todo o caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. “Nem todo os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus.
  • 36. Os Selos e a Obra do Selamento 36 “Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. “...quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade. “Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que receberem o selo devem ser imaculados diante de Deus - candidatos para o céu.” – 2 TS, 67-71. “A ordem é ‘passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa das abominações que se cometem no meio dela’. “No tempo em que Sua ira romper em juízos, os humildes, os devotados seguidores de Cristo serão distinguidos do resto do mundo por sua angústia de alma. “A classe que não sente aflição por seu declínio espiritual, nem geme pelos pecados de outros, será deixada sem o selo de Deus. O Senhor ordena aos Seus mensageiros, os homens que tem as armas destruidoras nas mãos: ‘Passai pela cidade após Ele, e feri:... mas a todo o homem que tiver o Meu sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.’ “Aqui vemos que a igreja - o santuário do Senhor - foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os homens velhos, aqueles a quem Deus concedera a grande luz, e que do povo, traíram-lhe a confiança. “Os homens não podem discernir os anjos sentinelas retendo os quatro ventos para que não soprem até que os servos de Deus estejam selados; mas quando Deus mandar os anjos soltarem os ventos, haverá uma cena tal da ira de Sua vingança que pena alguma pode descrever.” – E.G. White, R&H., 11-1-1887. m. As lições que o povo de Deus precisa aprender, são lições de confiança, fé, resignação e coragem. “O futuro de importância está diante de nós. Para enfrentar suas provas e tentações, e para executar as tarefas, requerer-se-á grande fé, energia e perseverança.
  • 37. Os Selos e a Obra do Selamento 37 “No tempo de provação bem à nossa frente, a garantia da segurança de Deus será dada aqueles que guardam a palavra de Sua paciência. Se tendes cumprido com as condições da Palavra de Deus, Cristo será para vós um refúgio na tempestade....” – E.G. White, R&H., 11-1-1887, 8-3-1945. “Quando o Senhor sair como vingador, virá também como protetor de todos aqueles que preservaram a fé em sua pureza e se conservaram imaculados do mundo.” – 5 T., 210. “Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando seu destino. “Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la, ou desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que então hão de cair em nosso caminho não deverão desanimar-nos nem levar-nos ao desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isto por nossa experiência passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, esta experiência será uma fonte de conforto e esperança.” – 2 TS., 67, 70 n. Em tempos de crise severa, quando as forças do mal triunfam aparentemente, Deus deseja que Seu povo se encoraje ao vê-Lo assentado no trono eterno com grande amor e poder. (1) Foi sob circunstâncias difíceis e desalentadoras que Isaías, sendo ainda moço, foi chamado para exercer o ministério da profecia. Seu país estava nesse tempo ameaçado de destruição. Por sua transgressão da Lei de Deus, o povo judeu se privava da proteção divina, e os exércitos dos assírios estavam a ponto de invadir o reino de Judá. Deveriam os deuses de Nínive dominar a terra em desafio ao Deus do céu? “Esses pensamentos lhe acudiam em tropel ao espírito, quando Isaías se achava no pórtico do templo santo. De repente, pareceu-lhe que a porta e o véu do interior se abriram ou foram corridos, sendo-lhe permitido relancear a vista para dentro do Santo dos Santos, onde nem mesmo os pés de um profeta poderiam pisar. Perpassou-lhe então diante dos olhos uma
  • 38. Os Selos e a Obra do Selamento 38 visão em que Jeová apareceu sentado num alto e sublime trono, enchendo Seu séquito o recinto do templo. “Que aconteceria se os poderes terrestres se arregimentassem contra Judá? Que sucederia se Isaías enfrentasse oposição e resistência em sua missão? Contemplara o Rei, o Senhor dos exércitos; ouvira o canto dos serafins: ‘Toda terra está cheia da Sua glória’; e o profeta foi confortado para a obra que tinha à frente. A lembrança desta sua visão o acompanhou através de toda a sua longa e árdua missão.” – 2 TS., 348, 349 (2) Ezequiel “Ezequiel, o melancólico profeta do exílio na terra dos caldeus, foi agraciado com uma visão que lhe ensinou a mesma lição de fé no Deus Todo-Poderoso de Israel. Algumas das rodas de aparência estranha, girando umas dentro das outras, pareciam movidas por criaturas viventes. E acima de tudo isto havia uma semelhança de trono, como duma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem no alto sobre ele. ... “O complexo de rodas visto por Ezequiel, era uma combinação tão complicada que à primeira vista lhe pareceu uma verdadeira confusão. Mas quando se moviam, havia nelas a mais admirável ordem e perfeita harmonia. Essas rodas eram impelidas por criaturas celestiais, e acima de todo aquele conjunto estava assentado sobre um trono de safira o Deus eterno. “Esta visão foi dada a Ezequiel num tempo em que seu espírito se achava abatido por tristes pressentimentos. Via desolada a terra de seus pais. A cidade outrora tão populosa estava despovoada. A voz de alegria e o cântico de louvor ali não eram mais ouvidos. O profeta mesmo é peregrino em terra estranha, onde imperavam, supremas, a desmedida ambição e a selvagem crueldade. As injustiças e tiranias que era obrigado a presenciar, contristavam-lhe a alma e de dia e de noite se queixava amargamente. Mas os símbolos gloriosos que lhe foram apresentados junto ao rio Quebar, revelaram-lhe um poder muito superior ao dos dominadores terrestres. Acima do orgulho e crueldade dos reis da Assíria e babilônia, estava entronizado um Deus de misericórdia e verdade. “Aquele complexo de rodas que ao profeta se afigurava uma enextricável confusão, era governado por mão onipotente. O Espírito de Deus, que lhe fora mostrado movendo e dirigindo aquelas rodas, convertia aquela confusão em harmonia; do mesmo modo o mundo inteiro se acha
  • 39. Os Selos e a Obra do Selamento 39 sob o Seu domínio. Miríades de entes celestiais estão prontos para sobre a Sua palavra dominar o poder e os planos dos homens maus, e fazer tudo redundar em benefício dos fiéis servos de Deus.” – 2 TS., 349-351 (3) Zacarias “Zacarias teve uma série de visões referentes à obra de Deus na Terra. Essas mensagens, dadas na forma de parábolas e símbolos, vieram num tempo de grande incerteza e ansiedade, e foram de peculiar significação para os homens que estavam avançando em nome do Deus de Israel. Parecia aos líderes como se a permissão dada aos judeus para reconstruir estivesse prestes a sofrer impedimento; o futuro parecia muito negro. Deus viu que Seu povo estava em necessidade de ser sustido e animado por uma revelação de Sua infinita compaixão e amor.” – PR., 580. (4) Os discípulos de João e de Jesus “O Salvador contemplou os anos que se estendiam diante dos Seus discípulos, não como haviam sonhado, ao brilho da prosperidade e da honra mundanas, mas obscurecidos pelas tempestades do ódio humano e da ira satânica. Por entre os conflitos e ruína nacionais, seriam os passos dos discípulos rodeados de perigos, oprimindo-se-lhes muitas vezes o coração de temor. Eles veriam Jerusalém reduzida à desolação, o templo arrasado, seu culto para sempre acabado, e Israel disperso para todas as terras, quais náufragos em uma praia deserta. Jesus disse: ‘E ouvireis de guerras e de rumores de guerras.’ ‘... se levantará nação contra nação, e reino contra reino’ ... Todavia os seguidores de Cristo não deviam temer que sua esperança ficasse perdida, ou que Deus houvesse abandonado a Terra. O poder e a glória pertencem Àquele cujos grandes desígnios avançam ainda, não entravados, rumo à consumação.” – MDC., 120. “Da mesma maneira, quando Deus estava a aponto de revelar a João, o discípulo amado, a história futura de Sua igreja, deu-lhe uma segurança do interesse e cuidado do salvador pelo Seu povo. Ao passo que João recebia a revelação das últimas grandes lutas da igreja com as potências do mundo, foi-lhe dado também contemplar a vitória final e a libertação dos fiéis. Viu a igreja empenhada num conflito moral com a besta e sua imagem, e a adoração dessa besta imposta sob pena de morte. Mas, olhando através do fumo e do ruído da batalha, notou sobre o monte Sião, unido ao Cordeiro,
  • 40. Os Selos e a Obra do Selamento 40 um grupo que, em vez do sinal da besta, ‘em suas testas tinham escrito o nome de Seu Pai.’ ” – 2 TS., 351 (5) O povo de Deus hoje “Encontramo-nos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Acha-se diante de nós uma crise, como o mundo jamais presenciou. E, quão doce nos é, a nós, como aos primeiros discípulos, a certeza que nos é dada, de que o reino de Deus domina para sempre!” – MDC., 121. “Necessitamos exercer fé em Deus porque estamos justamente enfrentando um tempo de grandes provações. Cristo, no monte das Oliveiras enumerou os juízos terríveis que deviam preceder Sua volta: ‘E ouvireis de guerras e de rumores de guerras’. ... “As profecias rapidamente se estão cumprindo. O Senhor está às portas. Está prestes a inaugurar-se um período da mais alta importância para todos os viventes. As controvérsias do passado serão revividas, e outras novas suscitadas. As cenas que deverão desenrolar-se neste mundo não são nem sequer sonhadas. ... Uma crise está iminente. “Entretanto, os servos de Deus não devem confiar em si mesmos nesta hora calamitosa. Nas visões dadas a Isaias, Ezequiel e João, vemos o interesse que o céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a solicitude de Deus pelos que lhe são fiéis.” – 2 TS., 351-352. c. Deus deseja que seu povo tenha sempre em mente de que a vitória final no grande conflito contra as forças do mal será com as forças da justiça. “Existem reveladas nestes últimos dias visões de glória futura, cenas traçadas pela mão de Deus; e estas devem ser prezadas por Sua Igreja. ... “Devemos ter uma visão do futuro e da felicidade do Céu. Postai-vos no limiar da eternidade e ouvi a acolhida amável feita aos que nesta vida cooperam com Cristo, considerando privilégio e honra sofrer por amor dEle. Ao reunirem-se aos anjos, lançam eles suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças... ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:12 e 13.
  • 41. Os Selos e a Obra do Selamento 41 “...Cânticos de vitória enchem todo o Céu, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: "Digno é o Cordeiro que foi morto" (Apoc. 5:12), e vive novamente, como triunfante vencedor. " ’Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; ...’ Apoc. 7:9 e 10. " ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de Seus olhos toda a lágrima.’ " Apoc. 7:14-17.” – VE., 231, 232. “Não haveríeis de querer apropriar-vos da inspiração da visão? Não haveríeis de querer deixar a mente demorar sobre o quadro? Não quereríeis ser verdadeiramente convertido, e então avançar trabalhando num espírito totalmente diferente do espírito em que trabalhaste no passado, afastando o inimigo e lançar por terra toda a barreira que se opõe ao avançamento do evangelho, encher os corações da paz da luz e da alegria do Senhor?” [fonte não citada] Nota: Deve se notar que as citações do Espírito de Profecia acima não foram selecionadas à esmo, mas foram tiradas de várias seções que tratam dos assuntos dos selos e da obra do selamento e que estão citadas na bibliografia que segue este capítulo. Um estudo meticuloso deste material como um todo revelará, assim cremos, os fatores básicos do assunto dos selos e indicará a importância que tem para estes últimos dias em que vivemos. 3. A abertura do livro e a abertura dos selos “O ‘livro’ na antiguidade era um rolo. Para desenrolá-lo era preciso cortar ou quebrar todos os sete cordões com as quais eram amarrados.” – Harry Rimmer, carta de 14-03-1941.
  • 42. Os Selos e a Obra do Selamento 42 “Na leitura do livro, as partes que por si não são precedidas pela abertura dos selos que lhe correspondem embora, na realidade, o livro esteja todo escrito, nada nele se lê.” – RCH., Lenski, Interpretation of St. John’s Revelation, 217. “Os selos são abertos sucessivamente, para no fim, quando os acontecimentos simbolizados pelos selos já tiverem passado, dar acesso ao conteúdo (do livro) num todo perfeito.... As aberturas dos selos significam os passos sucessivos pelos quais Deus em Cristo esclarece os caminho para a leitura final do livro no estabelecimento no reino de Cristo.” – A.R. Fausset, A Commentary on the Old and New Testaments, vol. VI, 674. “Os guias judeus fizeram a escolha. Esta decisão lhes será apresentada em todo o seu caráter reivindicativo naquele dia em que o livro a de ser desselado pelo Leão da tribo de Judá.” – PJ., 294. 4. O primeiro selo Apoc. 6:1, 2. a. A ordem da criatura vivente Deve-se notar que a palavra grega Erkou que aparece na versão do rei Tiago traduzida para ‘vem’, também significa ‘vai’. Está no imperativo presente, o qual assim indica ação contínua. O significado seria algo semelhante a ‘segue teu caminho’. Lenski traduz ‘vai indo’. b. Cavalos e carros são tipos dos mensageiros da parte de Deus. Zac. 1:8-11; 6:2-5; Hab. 3:8; Joel 2:4, 11; Jer. 4:13; II Reis 6:16,17; Salmos 68:17; 18:10. c. A relação entre os cavalos e as quatro criaturas viventes. A ordem, no caso do primeiro cavalo, partiu sem dúvida da primeira das criaturas viventes, pois na abertura do segundo, terceiro e quarto selos, a ordem foi dado pela segunda, terceira e quarta criatura vivente respectivamente (vv. 3,5,7). As indicações são de que cada cavalo estava sobre a orientação de uma das quatro criaturas viventes, e saiam para a missão que lhes cabia em resposta à ordem divina. Ao se abrir cada um dos quatro primeiros selos era dada uma ordem, e a cena que
  • 43. Os Selos e a Obra do Selamento 43 segue é de um cavalo com seu cavaleiro a caminho para cumprir sua missão. As quatro criaturas viventes de Apocalipse são idênticas às quatro de Ezequiel (A septuaginta em Ezequiel usa o mesmo termo que o grego de Apocalipse), e as quatro criaturas viventes de Ezequiel são os mesmos quatro querubins (Ezequiel 10:15, 20). Em Ezequiel havia também quatro rodas, uma junto de cada querubim (Ezeq. 10:9). As rodas estavam sob a direção e controle das quatro criaturas viventes ou querubins (Ezeq. 1:19-21; 10:16,17) e moviam-se com o ‘Espírito’. Em Zacarias havia quatro cavalos e carros, dos quais se nos diz que eram ‘os quatro espíritos do céu, saindo de onde estavam perante o Senhor de toda a terra’ (Zc. 6:5). ‘Estes são os que o Senhor tem enviado para andarem pela terra’(Zac. 1:10). Como em Apocalipse eram dadas ordens celestiais aos cavalos, assim também em Zacarias: ‘Ide, andai pela terra. E andaram pela terra’. (Zac. 6:7) Como estes mensageiros eram enviados do céu também eles cumpriam o objetivo do céu: ‘Eis que aqueles que saíram para a terra do norte fizeram repousar o Meu Espírito na terra do norte’. (Zac. 6:8) As quatro criaturas viventes ou querubins são sem dúvida anjos comandantes, que têm sob sua orientação as forças angélicas do céu, assim que o que Lúcifer já o foi, Gabriel agora o é ‘querubim ungido’ que permanece junto de Cristo no comando do exército angélico. E sob o controle de Deus estão as forças e os poderes da terra, continuamente dirigidos e guiados pelos mensageiros invisíveis do céu. “Assim como aquela complicação de semelhança de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo de sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as
  • 44. Os Selos e a Obra do Selamento 44 contendas e tumultos das nações, Aquele que se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da terra.” – Ed., 178. “Nas visões dadas a Isaias, Ezequiel e João, vemos o interesse que o céu toma nos acontecimentos da terra e quão grande é a solicitude de Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um dominador. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A majestade do céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. ... A incansável vigilância dos mensageiros celestiais, e seu incessante empenho em prol dos que vivem na terra, nos revelam como a mão de Deus está guiando uma roda dentro da outra.” – 2 TS., 352. Os mensageiros enviados são mensageiros de salvação e justiça. Cooperação significa vida e vitória, resistência significa derrota e morte. Se este conceito está realmente correto, e cremos que está, então as atividades dos quatro cavalos e seus cavaleiros deve abranger as múltiplas atividades dos mensageiros angélicos de Deus à terra, para levar os homens ao arrependimento, à vitória e à vida; proteger os justos e manter os ímpios sob sujeição; auxiliar na marcha da obra de Deus sobre a terra, a fim de que possa ser encaminhada até o triunfo final; operar junto aos ímpios num esforço contínuo para levá-los ao arrependimento; trazer juízos e aflições sobre aqueles que resistem à graça de Deus com o objetivo de despertá-los ao arrependimento; trazer os ímpios face a face com as fortes e negras realidades da vida para serem levados a pesar cuidadosamente as sérias conseqüências do seu curso e entenderem os terríveis resultados à sua frente se não volverem dos seus caminhos pecaminosos; e, por fim, trazer a retribuição final e a morte àqueles que se recusam atender. Nestes quatro cavalos vemos os poderes do céu em ação entre os filhos da terra. Aqui vemos os quatro que vivem e os quatro que amam, aqui vemos o leão e o boi, o homem e a águia. Aqui está o amor de Deus e a Sua justiça; aqui está o poder de Deus, Sua retidão e misericórdia. Aqui está Jesus o Cordeiro de Deus e o Leão