Este documento resume a 4a Antologia Poética produzida por alunos da Escola Estadual José Mamede de Aquino. Contém poemas escritos por alunos de diferentes séries sobre temas como família, amor, natureza e autoconhecimento. Apresenta também informações sobre o Projeto Jovens Autores da escola, que incentiva a produção e publicação de textos poéticos.
2. 4ª Antologia Poética
Secretaria de Estado de Educação
Escola Estadual José Mamede de Aquino
Projeto Jovens Autores
Direção
Fátima Aparecida Leal Rodrigues
Diana Pilatti Onofre
Coordenação Pedagógica
Cleide Afonso Macedo
Marilídia Satiro
Coordenação de Área
Maria Aparecida de Souza
Paulo Roberto Reis
Professores Colaboradores
Elaine Aparecida C. M. Segura
Ivanir de Araújo
Ivone Vieira Chiquetti
Vilma de Souza
Neiton Cezar Benites
Maria José Conceição
Rodenir da Silva Leite
3. 4ª Antologia Poética
Poesia é voar pra fora da asa.
Manoel de Barros
Escrever é libertar-se na palavra, é eternizar
emoções no papel, é questionar o corriqueiro e louvar
o diferente, é aprender a ser e fazer. É nesse desejo de
crescer, de exercitar a palavra viva em nossa língua e
dentro de cada um de nós, que o Projeto Jovens
Autores existe e completa quatro anos de publicações.
Com o passar dos anos mudou, cresceu e aprendeu
com cada aluno e professor que por aqui passaram
registrando sonhos e emoções.
O Projeto Jovens Autores, desde 2013, é parte
integrante do Programa Ensino Médio Inovador –
Jovem de Futuro, porém toda a escola é convidada a
participar das atividades e oficinas de produção de
texto poético, seja nas aulas de Língua Portuguesa,
Literatura ou Produção Interativa e quaisquer outras
disciplinas, pois a poesia está em todos os lugares e
dialogando com todas as áreas de conhecimento.
Assim, são estudados temas da atualidade (como foi o
caso das manifestações contra a corrupção, destaque
em 2013, e discutido amplamente em sala nas aulas de
Sociologia e Filosofia), além de autores reconhecidos
nacionalmente (como Manoel Bandeira, Carlos
Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Manoel de
Barros, e cantores de MPB e bandas nacionais, como
Vinícius de Moraes, Toquinho e Titãs). Os alunos são
estimulados a produzir releituras inspiradas nos
poemas lidos e também criar suas próprias poesias.
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4. Além disso, são trabalhadas nas aulas de Artes
desenhos que tragam a tona sentimentos e as
vivencias do aluno e que, posteriormente, são
escolhidos e inseridos no livro como ilustrações.
Assim, a 4ª Antologia Poética da Escola Estadual
José Mamede de Aquino recebeu o título de “Um
poema de repente”, uma surpresa em nosso caminho
de leituras, um encontro de nossos sentimentos em
forma de poesia com cada uma de nossos leitores.
Professora Diana Pilatti
4ª Antologia Poética
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5. Um poema de repente
Pra mim não é muito fácil
Escrever um poema,
Mas de repente estes versos
Sugiram em minha mente.
Não é comum isso acontecer
Por isso fiquei muito surpresa
Não sabia como começar,
Mas logo surgiu com clareza
Uma luz pra me ajudar.
E deu no que deu:
O poema que você leu!
Dayane da Silva Dias 1º B
4ª Antologia Poética
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6. A magia da escrita
Escrever é uma arte
Onde às vezes viajamos
Na magia das palavras
Escrever faz parte da vida
E o jeito mais fácil de
Se expressar
Através da escrita
Transformamos tudo
Pode ser uma linha
Ou um texto imenso
Sempre será o jeito
De expressar um sentimento
Ou um pensamento
Fabiana Chaparro Tavares 1º B
4ª Antologia Poética
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7. Poesia
Passei o dia inteiro pensando
E olhando para o céu
Avistei nuvens e pássaros
E um pensamento.
O que escrever?
Meus sentimentos estão
Flutuando com as nuvens
E os pássaros
Não vejo mais poesias
Agora só me resta
Voar nos meus pensamentos
E flutuar nos meus sentimentos.
Eduardo Alves Erran 1° A
4ª Antologia Poética
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9. Boas Novas
Eu preparo boas novas
Para que todos ouçam
E que falem de amor sem farsas
Estou por um caminho
Que passa por lugares sombrios
Eu vejo e sinto
Meus amigos verdadeiros
Eu distribuo a paz.
Como quem ama a Cristo
De um jeito sem igual.
Dois caminhos, mais uma porta.
O melhor para nossas vidas
Não está em diamantes
Aprendi novas palavras
E encontrei a mais bela, Jesus.
Eu preparo boas novas
Que façam acordar o mundo
E adormecer a iniquidade ...
Felipe R. dos Santos 1º A
4ª Antologia Poética
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10. Canção Família
Eu preparo uma homenagem
Para o povo da minha cidade
Que espalhe paz e amor
E tragam muita felicidade
Eu preparo uma alegria
Para todas as famílias
Que acordam todo o dia
Buscando paz e harmonia
Eu preparo um pensamento
Para todas as pessoas
Que precisam de carinho
Que nesse mundo a fora
Estão sofrendo sozinhas
Allan Kennedy 1º A
4ª Antologia Poética
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11. Estudo
A vida não é fácil
Temos que nos esforçar ao máximo
Superar nossos medos
Ir atrás do futuro.
A vida é cheia de segredos.
Só depende de cada um
Fazer a diferença
Ou se tornar
Apenas mais um.
Brendon Oliveira 3º B Ensino Médio
4ª Antologia Poética
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13. A busca da Felicidade
Ao som da Esperança
Gritei à Liberdade
Deixando de ser criança
Em busca da Felicidade.
Ao abrir a porta
A Liberdade chegou
Acompanhada da Confiança
Que nunca mais me deixou.
Ao deixar de ser criança
Conheci a Responsabilidade
Que me acorda
Todo dia lembrando
De um compromisso de Felicidade.
A Felicidade tem sensação
De alegria e de bem estar
Mas parece passageira
Então, na busca
Vou continuar.
Jailson Alves 3º A
4ª Antologia Poética
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14. O Inverno
O inverno chega com o frio pálido.
Com seus ventos fortes
E suas noites frias.
Sozinho, ele se diverte
Com seu jeito frio e sombrio
Derramando as folhas das árvores
Mas ele é rigoroso, em um ponto até maldoso.
Castiga pobres inocentes, que na rua dormem
Batendo seu vento frio, em suas peles sujas.
Mas ele age assim de forma irracional
Sem saber o que faz
Apenas segue soprando
Seu vento gelado pela cidade.
Villiam Rodrigues Oliveira 3º ano A
4ª Antologia Poética
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15. Poeminhas Inspirados em Manoel de Barros
Inventado
No meu casaco
Vive um homem
E vive o mundo
Assim não preciso
Sair de casa.
Matheus Antonio Vicente de Castro 6º A
4ª Antologia Poética
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16. Lembrança
O sol caiu
Na cabeça do
Elefante
E ele guardou
De lembrança.
Matheus Antonio Vicente de Castro 6º A
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22. Eu e a Personificação
O livro mostrou uma página para mim.
A janela se abriu toda.
Esse lápis me estressa muito.
Minhas canetas não foram com minha cara.
A mesa fez eu errar.
O sol não gosta de mim.
O meu not não deixa eu dormir.
A xícara pintou minha roupa toda.
A porta nunca me obedece.
Aline O. Lopes 7º A
4ª Antologia Poética
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23. Os nomes e as rimas
Amanda
gosta de banana.
Daniel
gosta de pastel.
Isabella
de canela.
João
de mamão.
Camila
de clorofila.
Marcelo
de caramelo.
Carola
gosta de acerola.
Renato
de feijão no prato.
Maria
de melancia.
Anna
de banana
E o Carlinhos?
Eu gosto de beijinhos!
Laura Beatriz Rocha 7º A
4ª Antologia Poética
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24. PseudoHaicai
É festa
Piscina de areia:
pardalzinho brinca e canta
acha que é sereia.
Toda prosa
Termômetro sobe na capital.
O sol arteiro de butuca:
araras conversando no mangueiral.
Sol-zinho
As árvores se foram,
lá de cima do poste
um passarinho brinca de telefone-sem-fio.
Professora Diana Pilatti
4ª Antologia Poética
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26. Acróstico de Pais
JOÃO BATISTA
Orgulho
Ãmor
Orientador
Bonito
Alegria
Te amo
Inteligente
Social
Talentoso
Amoroso
Gosto da Lua
Gosto do Luar
Gosto do senhor
Em primeiro lugar!
Com A escrevo amor
Com P escrevo paixão
Com J escrevo João
Do fundo do meu coração!
Feliz Dia dos Pais!
Nicoly Fernanda Rodrigues da Silva 5º A
4ª Antologia Poética
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27. Acróstico de Pais
J jóia
O orgulho
V vaidoso
E educado
N natural
I inteligente
R romântico
Querido papai,
Eu te desejo um
Feliz dia dos pais!
Te amo
Do fundo do meu coração!
Maria Eduarda 5º A
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28. Acróstico de Pais
Pai te amo!
Amor da minha vida!
Inteligente
Responsável
Orientador
Natural você em minha vida
Dedicado a seus filhos
Importante em minha vida
Normal eu te amar
Estudioso
Lindo papai
Legal
Yrado
Te amo!
Ana Caroline dos Santes Marques 5° ano A
4ª Antologia Poética
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30. O auto-retrato
No retrato que me faço
Às vezes me disfarço
Me pinto triste
Às vezes me pinto feliz
Às vezes pinto coisas que já existem
Mais que um dia deixarão de existir...
Enfim o que buscamos na vida?
Uma semelhança ou uma diferença?
No final isso não importa
Cada um tem o seu jeito
Louco de ser!
Fabiana Chaparro Tavares 1º B
4ª Antologia Poética
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32. Quem sou eu?
Olhando a minha imagem
Vejo humildade, beleza e mudanças.
Humildade que me faz diferente,
Beleza que me faz linda,
Mudanças que me faz melhor.
Sou aquela que ama,
Que sente, que chora
E sorri por ser uma pessoa feliz.
Jeito de menina moça,
Atitude de mulher menina.
Sei expor minhas verdades
E encantar a realidade.
Eu erro e aprendo com isso
Me considero forte e feliz
Por que tenho amigos sinceros.
Bruna Carvalho 1º A
4ª Antologia Poética
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33. Ser mulher é...
Ser mulher é ser vencedora
É superar todas as dores
E ainda sim sorrir como uma flor
E demonstrar muito carinho.
Ser mulher é ser uma mãe
Que sorri mesmo sofrendo
Nas dificuldades de um parto.
Ser mulher é estar sempre correndo
Atrás de seus sonhos e de seus filhos,
Estar sempre escondendo suas lágrimas em um
sorriso.
E não desistir dos sonhos perdidos.
Ser mulher é refletir o amor
Em seu abraço a magia.
Isso é ser mãe
Isso é ser mulher.
Ana Paula Rodrigues de Lima Teixeira 1° A
4ª Antologia Poética
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34. Ser mulher
Ser mulher e chorar
Por qualquer coisa
Demonstrar um sorriso
Mesmo estando triste
Ser mulher e fingir estar surpresa
Só para não magoar as pessoas
É ir atrás do que quer
E nunca desistir de seus sonhos
Ser mulher é saber se divertir
E sair de situações inesperadas
Ser mulher é assumir a dor de um filho
Ser mulher é simplesmente inexplicável
Fabiana Chaparro Tavares 1º B
4ª Antologia Poética
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36. Meu Amor Por Ele
O amo... Meu amor por ele
É com se não existisse mais nada
Quando penso nele
Me sinto uma rosa perfumada.
Mas isso não é muito sério
Muitos amores vêem e vão
E apesar da insatisfação
Continuo sempre na solidão.
Mas ele é ele, e dessa vez
Parece que veio pra ficar mesmo
Que outros amores tornem a vagar
Meu amor por ele nunca irá mudar.
Jhenifer da Silva Lisboa
4ª Antologia Poética
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38. Dama da Noite
A noite fria chega
Enquanto ela nasce
Simples e meiga
Ela mostra sua face
Me toque e me sinta
Com tua magia
Flor fechada pela manhã
Que me acalma com ousadia
Doce igual maçã
Sei que é minha cura
Tão forte, porém tão pequena
Que forma meu amor como uma escultura
E me surpreende com sua delicadeza
É a beleza pura
Que se espalha pela noite escura
Quando se fecha
Vem me mostrar
O momento certo
Que devo descansar
Antes do sol chegar
Dama da Noite
Do seu lado que estar
Marcus Vinícius Reis 9º B
4ª Antologia Poética
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39. Amor só de Mãe
Por ter me feito quem eu sou
E sem você não sou metade
Independente de onde eu vou
O sentimento é de verdade
Você me fez nascer, me viu chorar,
Me fez crescer, me deu um lar
Quero que saiba que seu filho sempre te amará
Mesmo longe, distante
Meu amor por você, Mãe, sempre será constante
Obrigado, minha Mãe, por você existir
Obrigado a Deus por me permitir algo assim
Posso não ser exemplo de ser humano,
Pois cometo muitos enganos.
Muitas vezes até pensamentos insanos
Lucas Garcia 2° C
4ª Antologia Poética
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41. O meu pedido
Aqueles olhos cor de mel
Combinavam com aquele sorriso encantados
Com o seu lindo cabelo comprido e enrolado
Sim, ela havia me fascinado
O seu rostinho é de uma princesa
O seu corpo, um violão
Sua voz erra tão doce
Que encantou meu coração
Uma pena eu ser muito tímido
Mas, não aguento mais esse momento
Vamos ser felizes e aceite
O meu pedido em casamento.
Cristian Cáceres 2º A
4ª Antologia Poética
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42. O motivo de viver
Hoje eu posso dizer que eu tenho um motivo,
Para dormir, acordar e viver feliz
Pois Deus colocou em minha vida,
A sua mais bela obra de arte,
Que ele criou você
O brilho deste sol e como você,
Forte e belo por isso não reclamo,
Como que vendo e sentido por ele,
E ter a sensação de ter você,
A todo instante.
Jackeline da Fonseca Roque 2º B
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43. Por te Amar
Te amo e apenas amo
Sem ao menos saber o porquê.
O amor é um estado de graça,
Algo que se dá, sem ao menos receber.
E com todos os seus defeitos
Ainda consigo amar você.
Só você não compreende isso
E eu já não sei o que fazer.
E hoje por te amar, peço que se vá.
Não por orgulho ou coisa assim,
Apenas porque preciso amar mais a mim.
Stephanne Maria da Silva 2°C
4ª Antologia Poética
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45. Não desistirei de nós
Quando olho para o céu
Vejo as estrelas e lembro de nós
Eu lhe dei todo o meu amor
E não desistirei de nós.
Você me ensinou muito
Tive apenas que ceder
Ceder à pressão do mundo
Tive que aprender a respeitar quem eu sou.
Ainda olho para cima
E vejo no fim de tudo
Que você ainda é meu amigo
Pois me mostrou quem eu sou...
Jéssica Lemes dos Santos 2º B
4ª Antologia Poética
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46. Saudade de você
Um silêncio repetido acontece
Numa noite onde só se via breu
Todas as casas fechadas literalmente
E, a chuva caindo lentamente.
Que tempestade se acalme
E a lua na sua luminosidade volte
Clareando as estradas da minha vida.
Não queria mais estar assim perdido.
Entre raios e trovões trepidando o coração
Murmurando entre dentes minha emoção
Cansado de estar com um nó no peito
De uma saudade presa sem proveito
Esta saudade que se embrulha ao viver
Não deixando no dia a dia te esquecer!
Edimauro J. Rodrigues 2ºC
4ª Antologia Poética
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47. Saudade
Você foi embora,
Deixando em mim um sentimento ruim.
Sinto saudade até hoje,
Sofro a cada momento,
Cada pensamento que me lembra de você.
Eu queria entender esse meu coração:
Ama sem ter razão e vive na solidão
E não que esquecer você.
Queria terminar, parar de sofrer,
Seguir outro destino,
Mas todos os caminhos me levam pra você.
Matheus Henrique 2°C
4ª Antologia Poética
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48. Lágrimas De Saudade
Relembro ainda do amor
Perfeito, dias após dias.
O tempo ajudava e atrapalhava
Tinha alegria e tristeza.
Sorriso das brincadeiras
Lágrimas nas desconfianças.
Sorriso ao te ver,
Coração vai a mil,
As lágrimas rolam dos olhos:
Sem você tudo é vazio.
Thiago Dos Santos 2ºC
4ª Antologia Poética
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50. Amar e sem medo
Amar é sem dúvidas uma terapia,
Pois quando temos a pessoa amada
Tudo fica mais calmo.
Tudo
Fica romântico, só fala lindas palavras
De amor e paixão, fica menos estressada,
Pois se preocupa somente com coisas do coração.
Quando sente que o amor é verdadeiro
Ao amor deve se entregar
De corpo e alma, muito bem faz!
Marcelly Salomão 2º A
4ª Antologia Poética
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51. As outras razões do amor
Eu te amo porque te amo
Não importa seu jeito de ser
Eu te amo porque te amo
Sem seu amor fica difícil de viver
O amor quando vem não tem como escapar
Você encontra o amor em qualquer lugar
Seja olhando para a lua
Ou sentindo a brisa do mar
Você pode ir a qualquer lugar
Mas não adianta... O amor você sempre irá
encontrar.
Eu te amo porque não quero
Outras pessoas para amar
Amo você como o centro de tudo
Pois sem sua companhia, como vou ficar?
“O amor é primo da morte
E da morte vencedor”
E um dia você for embora
Ficará apenas solidão e dor.
Luiz Felipe Moraes Gomes 2°A
4ª Antologia Poética
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52. As sem-razões do amor ao contrário
Não amo porque amo
Não precisa ser novo
E nem sempre idoso
Não amo porque amo
O amor é cobrado
E nem sempre pago
O amor não é dado
E nem sempre semeado, nem no vento
Nem na cachoeira, muito menos no eclipse.
O amor foge dos livros
Até da realidade
Não amo porque amo
Bastante ou a menos a mim
Porque o amor se troca
O amor se conjuga
Mas “amor que é bom
Ninguém quer dar!”
O amor é irmão da desilusão
Da solidão e do derrotado
Por mais que tentem matá-lo
A cada instante amarei.
Marcos Oliveira 2°C
4ª Antologia Poética
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53. Canção dos Sonhos
Eu preparo um poema
Em que o mundo melhore,
Todos os jovens se respeitem
E que tenham mais amor
Caminho por uma estrada
Onde vejo famílias destruídas
Jovens drogados
Crianças se perdendo...
Eu preparo um sonho de felicidade
Em que famílias sejam mais unidas
Que todos tenham o que comer todos os dias
E que simplesmente se amem...
Eu preparo um poema
Em que todos acordem para a vida
E que o amor ao próximo
Esteja acima de tudo.
Elisiane S. Sodré 1°A
4ª Antologia Poética
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54. Canção
Eu preparo um verso
Em que eu me defina
E que as pessoas me reconheçam
Nas palavras simples que escrevo
Caminho pelas ruas
Onde todos passam
E só os meus amigos
Me saúdam
Eu distribuo meu carinho
Para quem me faz feliz
No jeito mais natural
Todos procuram a felicidade
Na minha vida eu tenho
Um lema: “Nunca desistir”
Fabiana Chaparro Tavares 1º B
4ª Antologia Poética
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55. Canção da minha terra
Minha terra tem tereré
Que todos podem tomar
Até os velhos gostam
Do sabor que ele dá.
Nosso céu é mais azul
Nossas mangueiras têm mais flores
Nosso sul tem mais vida
Nossa vida mais amores
Quando ando pela noite
Pelas ruas vou passear
Nosso Estado tem mais vida
Só aqui podemos encontrar
A beleza e o amor
Que o Pantanal pode dar.
Pedro Henqrique 9º A
4ª Antologia Poética
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56. Minha Terra
Minha terra tem estrelas
E sempre fico a olhar.
Às vezes aparece uma estrela cadente
Faço um pedido e fico a esperar.
Nossas vidas, tem mais alegria.
Nosso país tem mais paz.
Nossas escolas, mais educação.
Nossa humildade a gente faz.
Em cantar alegre, sorrindo,
Mais felicidade encontro eu lá
Minha terra tem esperança
Acreditar é possível: Você é capaz!
Lucas Dias Sampaio 9º A
4ª Antologia Poética
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57. Meu jardim
Meu jardim tem ipês
Tem também jacarandá
Tem flamboyants vermelhos
Que não encontro por cá
Ao ficar sozinho à noite
Eu paro para pensar
Meu planeta tem muitas árvores
Que eu preciso preservar
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu veja florescer
As árvores que plantei
E o ipê qu'inda vai nascer
Poliane Alves de Oliveira 9°A
4ª Antologia Poética
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58. Canção da Selva
A minha terra é uma selva
Uma grande selva de pedra
Ao invés de sábia
Moro perto do aeroporto
E sempre vejo ele passar.
Minha terra tem avião
Ao invés de sábia
Moro perto do aeroporto
E sempre vejo ele passar.
Mais eu sei que uma hora
Tudo vai mudar
Porque as estrelas sempre
Voltam a brilhar.
E apesar de tudo isso
É aqui que quero morar.
Francielly Rodrigues 9°A
4ª Antologia Poética
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59. Canção da minha terra
Minha terra tem mais vida
Porque Deus olha para cá
Minha vida mais amores
Porque amor encontro cá.
Nosso céu tem mais estrelas
Porque Deus está por lá
Nossos bosques têm mais vida
Porque o Brasil é um bom lugar.
Em casa cozinhando à noite eu pensei em viajar
Mas Deus olhou para mim e disse: “Não vá.
O Brasil é sua casa
E aqui deve morar”.
Minha terra tem amores
Que tais não encontro lá
A vida é tão bonita
É aqui que eu devo morar.
Letícia Stephanie dos Santos B. 9ºB
4ª Antologia Poética
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60. Os Velhinhos
Pensem nos velhinhos
Sem carinho, sem amor
Pensem nas velhinhas
Com medo e com pudor
Pensem nas famílias
Sem dó e sem amor
Pensem nos seus netos
Sem saber sem conhecer
Mas, oh, não esquecem dos velhinhos.
Os velhinhos do asilo
Os velhinhos prestativos
Os velhinhos com amor
Os velhinhos carentes de carinhos
Pensando em suas famílias
Que os abandonaram sem dó
Sem amor.
Gerson Oliveira 3ºB
4ª Antologia Poética
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62. Morte
A vida é assim
Às vezes acaba
Muitas vezes por nada...
Sim, é assim
Talvez à toda
Por simples vingança
Uma coisa tão boba!
Talvez por descuido
Ou então por acaso
A vida do nada,
De repente, acaba.
Maria Clara Rockel Amarilho 9º A
4ª Antologia Poética
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63. A Morte
Deus meu, sei que um dia estarei contigo
Sempre vos carrego comigo
Nessa vida já perdi vários amigos
Muitos entes queridos
A morte marca um fim de uma vida
Se má ou bem vivida
Todos nós morremos
Ao final de tudo
Poderemos dizer
Que vivemos?
Fernando Renan 2º C
4ª Antologia Poética
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64. A Guerra
Oh! A guerra
Ao longe vejo
A destruição
O holocausto
Já está aqui em nosso meio
Pessoas se destruindo
Vidas sendo ceifadas
Mulheres, jovens e crianças.
Tudo por conquistas de terra
Suja de sangue derramado...
Amanda Diniz Barbosa 3°B
4ª Antologia Poética
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66. O planeta pede socorro
Vou falar para todos
De um problema geral,
A poluição do ar
Na esfera mundial,
Esse assunto em evidência
O “aquecimento global”
Essencial para a vida,
Precisamos implantar
Medidas e soluções
Para preservar o ar,
Se a semente for plantada
Será fácil transformar
Doenças decorrentes da
Grande poluição
Pois substâncias minúsculas
Pelo ambiente estão
Acarrentando mais problemas
Para a população
Se o homem agir rápido
Com mais participação,
Cumprindo com seu dever
Que tem como cidadão,
Mostrara ações corretas
Com zelo e dedicação.
Alexandre Rodrigues 3º B
4ª Antologia Poética
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67. Sonho
Moro na praça
Durmo em um banco
Com a roupa rasgada
E um saco nas costas
Não tenho nome
Como sou conhecido
Na maioria das vezes
Me chamam
Mendigo
Vivo de resto
Resto de comida
Resto de pinga
Resto de uma vida
Na noite, sinto frio
Mas quando pego no sono
Vem-me aquele sonho
Com a minha família
Família que tinha
Que queria
De volta.
Joilson Alves 3°A
4ª Antologia Poética
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68. A vida como deve ser
Milhões de brasileiros
Não tem terra, não tem chão
E eu sou apenas mais um
Mais um na multidão
A gente quer saúde
A gente quer educação
Não queremos mais viver assim
Não queremos mais sofrer não
Queremos uma vida digna
Queremos uma vida
Linda como deveria ser.
Francielly Valdemiro 9º B
4ª Antologia Poética
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69. Miséria Brasileira
Chinelos acabados, roupas rasgadas
Tristeza no olhar, alegria no falar.
Crianças na rua brincando descalça
Com o pé no chão
Dorme cedo para espantar a fome
Sonha alto para viver melhor
Sai na rua pra brincar à noite
E ver a luz do luar
Que miséria brasileira é essa
Que na pobreza
O povo só pode sonhar
Cellena Souza de Queiroz 3°A
4ª Antologia Poética
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71. Rosas da Periferia
Pensem na vida
Nas famílias devastadas
Pensem nas crianças
Inocentes, abaladas
Pensem nas mulheres
Mães doentes, sem rumo.
Pensem nas feridas
Abertas, sem cura.
Pensem nos espinhos
Das rosas perdidas
Oh! Rosas sem vida
Rosas perdidas no sofrimento
Da escuridão...
Amanda Diniz Barbosa 3° B
4ª Antologia Poética
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72. No meio da rua
No meio da rua
Vejo crianças perdidas
Com cabeça iludida.
No meio da rua
Vejo miséria por toda parte
Na certeza de que algo vai mudar
Mas não vai.
No meio da rua
Vejo adolescentes envolvidos em algo errado
E com o coração apertado
De ver tanta miséria na rua.
No meio da rua vejo corrupção no chão,
De gente que não tem coração
Com egoísmo e ganância
Ignoram o que se vê no meio da rua
Uma vida de ilusão.
Claudia Martins do Nascimento 3°B
4ª Antologia Poética
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73. Corrupção
Na cidade, em meio à necessidade
Encontra se uma mocidade
Sob efeito de alguns covardes.
Capazes de iludir, uma população,
Por trás da falsidade,
A realidade:
O roubo e a corrupção,
Espalharam-se por todas as cidades.
Brendon Oliveira 3°B
4ª Antologia Poética
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74. Nosso Mundo
A saúde está feia
A educação não é legal
O prefeito não ajuda
E nem constrói um posto municipal.
A fome mata
A alegria nos enriquece
Nem o médico ganha bem
E do mesmo jeito perece.
As coisas não são fáceis
Mas temos que lutar.
O céu é o limite
Nem o oceano vai nos afogar.
Ezequiel Soares Sodré 9º B
4ª Antologia Poética
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75. A Voz Do Povo
O preço da desigualdade
Não cabe no poema
A voz do povo não cabe
Na lei do país...
Não cabem neste poema
As sacanagens que fazem com o povo.
Até onde vai o grito da humanidade
Para podermos ser ouvidos?
Gente de todas as raças e lugares
Com um mesmo objetivo
Todos com o mesmo intuito
Mudar este mundo.
O problema é o seguinte:
Vamos resolver na constituinte!
A voz do povo é quem manda
E não há homem nenhum no poder
Que desmanda.
Povo de raça
Que mostra a sua cara!
Dorcas S. de Jesus, Ketelaine Campos e Jéssica dos
S. Penha 2º A
4ª Antologia Poética
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76. Desabafo para o Brasil
Que lugar é esse que vivemos
nos bairros, nas escolas, nas igrejas
é sujeira para todo o lado
as pessoas querem justiça
as pessoas querem viver!
Por que está tudo bagunçado?
Por que os governantes não vêm
Lutar ao nosso lado?
Essa guerra é nossa
E eles não ligam para o nosso Futuro.
Egoísmo.
Vivemos numa sociedade cega
Cega pelo descaso, pela falta de amor.
Precisamos correr atrás do tempo perdido,
Precisamos acordar
Vamos lutar pelo que é nosso!
Pietra Rockel Amarilha, da Penha Luna e Elisa
Soares Sodréma 2º A
4ª Antologia Poética
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77. O Brasil Acordou
O preço da tarifa
Dos ônibus foi a gota d'água
Pro Brasil acordar.
Juntos todos fomos
Para rua protestar
Com cartazes nas mãos
Queremos gritar.
Não era só vinte
Centavos que queremos
Alcançar.
Queremos dizer aos
Nossos governantes.
Que chega de corrupção,
De impostos altos e inflação.
Da falta de hospitais
E educação.
Só assim mudaremos
A nação.
Simone Lima 2° A
4ª Antologia Poética
77
78. O gigante acordou
Brasil, buscamos um lugar perfeito
Um lugar onde exerçamos os nossos direitos
Um lugar com a transparência política
Um Brasil do Povo!
Não lutamos só pelos 0,20 centavos
E sim por estarmos cansados,
Cansados de sermos explorados
Pelas corrupções que nos cercam
Corrupção, tráfico, agiotagem...
Estão se protegendo com a Copa
Mas bilhões sendo gastos em estádios
E os hospitais? E a educação?
A única coisa que acontece é a corrupção.
Cristiano Gabriel Valdeir 2º A
4ª Antologia Poética
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80. Os Playboys
Os meninos playboys
Passam a caminho da cidade
-Eh, playboys!
Com seus carros de luxo vão levando sua vida.
Seus carros são da hora
Cada um com a top do momento.
Onde passam, tudo para.
-Eh, playboys!
Só mesmo esses meninos
Vão bem com seus carros de luxo.
Nas ruas, as lojas parecem ser feitas pra eles...
Bela e doce luxúria!
-Eh, playboys!
Quando voltam, vêm tomando seus milkshakes.
Assistindo a corrida,
Escutando música, dançando uma vida normal
Apenas cumprindo sua rica rotina.
Gerson Oliveira 3º B
4ª Antologia Poética
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81. Homem Viciado
Vi ontem naquele estado
Completamente dopado e alucinado
Roupas rasgadas e cabisbaixo.
Quando tinha o pó à mão,
Não examinava, apenas cheirava,
Mas cheirava com voracidade.
Aquilo não era um cão,
Um porco
Ou um rato.
Aquilo, meu Deus, era um
Homem viciado.
Valmir de Souza L. Júnior 3º A
4ª Antologia Poética
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82. Procura-se algum lugar
Procura-se um lugar para se morar
Onde não há violência
E onde não há ladrões.
Procura-se um lugar, em algum lugar no bairro.
Onde há bom desenvolvimento
E onde há boas pessoas.
Procura-se algum lugar na cidade
Onde há alegria
E onde há uma boa sociedade.
Merillyn Joni 8°B
4ª Antologia Poética
82
83. Lar doce Lar?
Deixa a chuva cair
Deixa o sol abrir
Meu barraco só não pode cair
Deixa a gente viver de qualquer jeito
Para que se preocupar?
Deixa a gente morar em qualquer lugar
Para que se preocupar?
Meu barraco só não pode escorregar
Um dia minha vida vai melhorar
Os governantes poderiam se preocupar de verdade
Ai sim meu barraco!
Meu barraco ia mudar!
Queria um teto na beira da praia
Já que não tenho, pelo menos posso sonhar
Deixa a chuva cair
Deixa o sol abrir
Meu barraco só não pode cair
Deixa a gente viver de qualquer jeito
Para que se preocupar?
Deixa a gente morar em qualquer lugar
Para que se preocupar?
Asafe Dutra 3º B
4ª Antologia Poética
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84. Minha decepção
Aos meus 2 anos de idade, meu pai e minha mãe
se separaram, quero dizer, deixaram de viver juntos,
pois nunca foram casados. Com isso meu pai foi
embora para Três Lagoas a trabalho com minha prima
e o esposo dela, eu e minha mãe continuamos
morando em Anastácio. A partir daí não lembro se tive
contato com meu pai só sei que por volta dos meus 8
anos, ele apareceu no portão da minha casa e eu
chorei muito em vê-lo, ele já estava morando aqui em
Campo Grande e sempre quando podia, ia me visitar e
isso me deixava muito feliz.
Em 2009, eu e minha mãe viemos morar aqui e eu
já nem sabia em que cidade ele estava, e foi aí que
descobri que a empresa que ele era sócio faliu e ele se
entregou para a bebida.
Os tempos passaram e esse vício só ia
aumentando, e eu cada vez sofrendo mais com isso,
doía e dói muito ouvir ele dizer que ia embora, que vai
morrer. E hoje trago isso como “minha decepção'', já
aconteceu tanta coisa com ele, já levou facadas, ficou
internado várias vezes, já apanhou em bares, mas
nada disso trazia uma força de vontade para sair do
vício.
Eu choro todas às vezes que o vejo, porque além
de tudo ele tem uma doença de pele que está tomando
conta do corpo todo e do rosto também e isso faz ele
ter vergonha em me ver. Existe um tratamento, mas ele
não consegue continuá-lo.
4ª Antologia Poética
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85. 4ª Antologia Poética
Meu pai troca a comida pela bebida, chorei tanto
ao servir vários pratos de comida e ele não conseguir
comer nem metade e hoje ele se entregou e está
totalmente acabado, sem forças.
Mesmo assim, fico feliz em ouvi-lo dizer que eu
sou a razão da vida dele. Ele vai permanecer, pois
todos os dias eu peço isso a Deus e creio que ele lá de
cima me ouve.
Quando dou conselhos pro meu pai e arranco
sorrisos, me sinto a melhor pessoa do mundo, meu pai
não é minha decepção, mas o vício dele sim, e eu tenho
orgulho em chamar aquele velho bêbado de pai,
porque apesar de tudo ele sempre procurou de alguma
forma se fazer presente em minha vida e hoje eu digo
que jamais vou desistir dele.
Linda Flor da Esperança
(pseudônimo)
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86. Um poema de repente
Pra mim não é muito fácil
Escrever um poema,
Mas de repente estes versos
Sugiram em minha mente.
Não é comum isso acontecer
Por isso fiquei muito surpresa
Não sabia como começar,
Mas logo surgiu com clareza
Uma luz pra me ajudar.
E deu no que deu:
O poema que você leu!
Dayane da Silva Dias 1º B
4ª Antologia Poética
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