1. CONCEITOS ECOLÓGICOS IMPORTANTES **
• Indivíduo: é a unidade de vida que se manifesta. É um representante de
uma espécie.
• Espécie: é o conjunto de indivíduos altamente semelhantes, que na natureza são
capazes de intercruzarem, produzindo descendentes férteis.
• População: grupo de indivíduos de mesma espécie Genericamente, uma
população é o conjunto de pessoas ou organismos de uma mesma espécie que
habitam uma determinada área, num espaço de tempo definido
• Comunidade ou biocenose: conjunto de espécies diferentes que sofrem
interferência umas nas outras.
Uma comunidade pode ter seus limites definidos de acordo com características que
signifiquem algo para nós, investigadores humanos. Mas ela também pode ser definida
a partir da perspectiva de um determinado organismo da comunidade. Por exemplo,
as comunidades possuem estrutura trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies,
processos de sucessão, entre outros componentes e propriedades.
• Ecossistema é o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e
interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre
essas comunidades[3].
Funcionamento
A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes de fazer
fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos
bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes
afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a
síntese de matéria orgânica não é luz mas a energia liberada nas reações químicas de
oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de
compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por
muitas bactérias terrestres e aquáticas. Dentro de um ecossistema existem vários tipos
de consumidores, que juntos formam uma cadeia alimentar, destacam-se:
Consumidores primários
São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, são as espécies herbívoras.
Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram para consumir
vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os consumidores primários
podem ser desde microscópicas larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos (de
fundo) pastadores, até grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante.
Consumidores secundários
São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais
carnívoros.
Consumidores terciários
São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes
presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica,
normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacionais.
Decompositores ou biorredutores
São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica,
transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no
ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo
da cadeia trófica, fechando o ciclo. A seqüência de organismos relacionados pela
predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não
ramificada.
2. • Nicho Ecológico é o modo de vida de cada espécie no seu habitat. Representa o
conjunto de atividades que a espécie desempenha, incluindo relações
alimentares, obtenção de abrigos e locais de reprodução, ou seja, como, onde e à
custa de quem a espécie se alimenta, para quem serve de alimento, quando,
como e onde busca abrigo, como e onde se reproduz. Numa comparação clássica,
o habitat representa o "endereço" da espécie, e o nicho ecológico equivale à
"participação, ativa ou passiva, no ambiente".
• Redundância funcional - Em ecologia, o conceito de redundância funcional é
uma característica das comunidades biológicas que descreve o quão sobrepostas
são as espécies quanto ao seu desempenho no funcionamento do ecossistema.
Numa comunidade biológica, formada pelas espécies que interagem no e com o
ambiente em um dado local, o número de espécies é uma forma de descrever sua
diversidade e complexidade, muitas vezes denominada de riqueza de espécies
ou biodiversidade. Uma discussão que ainda persiste entre os ecólogos é se
comunidades com mais espécies são mais estáveis ou mais instáveis que comunidades
com menos espécies. Uma questão importante seria qual a importância da
diversidade? Ou ainda, qual a implicação do grande número de extinções que ocorrem
nos ecossistemas e comunidades devido a mudanças climáticas e impactos causados
pela humanidade? Nesta perspectiva, algumas espécies podem desempenhar papeis
equivalentes num ecossistema (funcionalmente redundantes) e podem tornar-se
localmente extintas sem causar perdas substanciais no funcionamento do ecossistema
(Walker 1992, Lawton & Brown 1993). Entretanto modelos adaptados de Lotka-
Volterra mostram incompatibilidade da redundância funcional com a coexistência das
espécies (Lorreau 2004).
• Relações Ecológicas: Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema
encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos que as formam,
denominadas relações ecológicas ou intera(c)ções biológicas. Essas relações se
diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos vivos mantêm entre
si. Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os
seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são
denominadas harmônicas ou positivas.
Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus
participantes em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de
desarmônicas ou negativas.
Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos
da mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem
entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou
homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes,
recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
• Ecótono é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois
ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número de
espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos.
"Transição entre duas ou mais comunidades diferentes é uma zona de união ou um
cinturão de tensão que poderá ter extensão linear considerável, porém mais estreita
que as áreas das próprias comunidades adjacentes. A comunidade do ecótono pode
conter organismos de cada uma das comunidades que se entrecortam, além dos
organismos característicos" (Odum, 1972). "Zona de transição que determina a
passagem e marca o limite de uma biocenose à outra" (Dajoz, 1973). "Zona de
transição entre dois biomas que se caracteriza pela exuberância dos processos vitais e
mistura relativa de espécies circundantes. A estas características se chama efeito de
3. borda" (Carvalho, 1981). "Zona de contato entre duas formações com características
distintas. Áreas de transição entre dois tipos de vegetação. A transição pode ser
gradual, abrupta (ruptura), em mosaico ou apresentar estrutura própria" (ACIESP,
1980). "Zona de contato ou transição entre duas formações vegetais com característica
distintas" (Resolução n° 12, de 4.05.94, do CONAMA).
Exemplo: Matas de cocais - mata de transição entre o Bioma Amazônico e a Caatinga.
• Biotópo ou ecótopo (do grego βιος - bios = vida + τόπoς = lugar, ou seja, lugar
onde se encontra vida) é uma região que apresenta regularidade nas condições
ambientais e nas populações animais e vegetais, das quais é o habitat.
Para viver, a biocenose depende de fatores físicos e químicos do meio ambiente. No
exemplo duma floresta, o biótopo é a área que contém um tipo de solo (com
quantidades típicas de minerais e água) e a atmosfera (gases, umidade, temperatura,
grau de luminosidade, etc.) Os fatores abióticos dum biótopo afetam diretamente a
biocenose, e também são por ela influenciados. O desenvolvimento de uma floresta, por
exemplo, modifica a umidade do ar e a temperatura de uma região.
• Biomas é uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora e suas interações
entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar.
Área biótica ou biótopo é a área geográfica ocupada por um bioma. O bioma da Terra
compreende a biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes. É
influenciado pelo macroclima, tipo de solo, condição do substrato e outros fatores
físicos, não havendo barreiras geográficas; ou seja, independente do continente, há
semelhanças das paisagens, apesar de poderem ter diferentes animais e plantas, devido
à convergência evolutiva.
Um bioma é composto da comunidade clímax e todas as subclímax associadas ou
degradadas, pela estratificação vertical ou pela adaptação da vegetação.
São divididos em:
1. Terrestres ou continentais
2. Aquáticos
Geralmente se dá um nome local a um bioma em uma área específica. Por exemplo,
um bioma de vegetação rasteira é chamado estepe na Ásia central, savana na África,
pampa na região subtropical da América do Sul ou cerrado no Brasil, campina em
Portugal e pradaria na América do Norte.
• Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É um conceito da
Ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora
o conceito seja geralmente alargado para incluir também os seus habitats.
O termo "Biosfera" foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard Suess.
Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para designar a parte do
planeta ocupada pelos seres vivos. O conceito foi criado por analogia a outros conceitos
empregues para nomear partes do planeta, como, por exemplo, litosfera, camada
rochosa que constitui a crosta, e atmosfera, camada de ar que circunda a Terra.
Biosfera é o conjunto de todas as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir
vida. A biosfera é um tanto irregular, devido à escassez, ou mesmo inexistência, de
formas de vida em algumas áreas. Os seus limites vão dos fins das mais altas
montanhas até às profundezas das fossas abissais marinhas. Existe mesmo quem
considere a Terra como um autentico ser vivo. A vida na Terra terá surgido há cerca de
3800 milhões de anos.
4. A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de
materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais
podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e
o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de
fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de
resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado
original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas
características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material
já beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o
reaproveitamento do papel.
O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado
pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e gramatura
diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material utilizado ao
seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo resulta
em um novo material de características diferentes.
Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja "derretido", nunca irá ser feito um outro
com as mesmas características tais como cor e dureza, pois na primeira vez em que foi
feito, utilizou-se de uma mistura formulada a partir da areia.
Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de volta ao estado em que
estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar
a ser uma lata com as mesmas características.
A palavra reciclagem ganhou destaque na mídia a partir do final da década de 1980,
quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não
renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a
disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do
inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
Como disposto acima sobre a diferença entre os conceitos de reciclagem e
reaproveitamento,em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o material.
Isso acontece, por exemplo, com opapel, que tem algumas de suas propriedades físicas
minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das
fibras de celulose.
Em outros casos, felizmente, isso não acontece. A reciclagem do alumínio, por exemplo,
não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser
reciclado continuamente.
(Autor: Wikipédia)