O documento discute vírus, descrevendo como alguns podem ser usados para controle de pragas e pesquisa. Explica que vírus podem ser usados para terapia gênica e que ainda não se sabe se são seres vivos. Descreve também os componentes virais e os ciclos de reprodução de bacteriófagos.
1. Vírus
Vírus e bactérias são conhecidos e temidos pelas doenças que causam, mas
alguns vírus são utilizados no controle de algumas pragas agrícolas e nas pesquisas
cientificas. Muitas descobertas importantes nos campos da biologia molecular e da
engenharia genética foram decorrentes de pesquisas realizadas com vírus.
Atualmente, já se pensa em aproveitar a capacidade de certos vírus de invadir
células humanas para implantar genes “sadios” em portadores de defeitos genéticos,
processo conhecido como terapia gênica.
São seres que ainda põem em duvidas pesquisadores se são seres vivos ou
não vivos, pois a base de um organismo para ser considerado ser vivo é possuir
células e os vírus são seres acelulares, mas possuem ácidos nucléicos e utilizam o
mesmo sistema de codificação genética que todas as formas de vida conhecidas.
O seu envoltório é chamando de capsídio que protege os ácidos nucléicos,
em alguns vírus esse envoltório é formado por uma membrana lipoproteica igual a
da membrana plasmática das células comuns, facilitando a sua fixação para a
síntese protéica. O acido nucléico de um vírus, que constitui o genoma viral, pode
ser DNA (acido desoxirribonucléico) ou RNA (acido ribonucléico).
Reprodução
Embora tenham material genético, os vírus não apresentam à complexa
maquiaria bioquímica necessária para traduzir as instruções nele codificadas. Pelo
fato de só se reproduzirem no interior das células hospedeiras, eles são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios.
2. Reprodução de bacteriófago
Os vírus que atacam bactérias são
conhecidos como bacteriófagos ou fagos.
Um fago é capaz de aderir à parede celular
de uma bactéria hospedeira, perfurando-a e
nela injetando seu DNA. O capsídio protéico
do fago, formado por uma “cabeça” e uma
“cauda” permanece forma da bactéria.
Existem dois processos de reprodução o ciclo lítico e ciclo lisogênico, nas
quais, abaixo será descrito o seu processo:
“No ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira agrega seu material
genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não interfere de
nenhuma forma no mecanismo celular: toda a sua atividade, desde o metabolismo até a
reprodução, ocorre normalmente, assim como numa célula saudável. Quando a célula
hospedeira passa por divisões mitóticas, ela transmite às células-filhas não só o seu
genoma, como também, o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita
intracelular “se vale” do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar
novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo.”
http://www.infoescola.com/biologia/ciclo-lisogenico/
Acessado 22 de janeiro de 2014.
“No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético no da célula
hospedeira, e, ao contrário do outro ciclo, passa a dominar o metabolismo da
mesma, destruindo-a por final. Veja as etapas desse ciclo reprodutivo:
3. 1. Adsorção – fase em que ocorre o reconhecimento e a fixação do vírus à
célula. Esses seres são parasitas específicos, ou seja, acometem um tipo
exclusivo de células. O hospedeiro é dotado de substâncias químicas
capazes de permitir que o vírus detecte-o e se prenda à membrana.
2. Penetração – inserção do genoma viral no interior da célula hospedeira. Tal
processo
pode
ocorrer
de
três
formas
diferentes:
Direta – apenas o material genético do vírus é injetado na célula, enquanto
sua
parte
proteica
permanece
no
lado
externo.
Fusão do envelope viral – o envelope viral (camada lipoproteica que envolve
alguns vírus) é fundido à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o
genoma do parasita invade a célula. Esse processo ocorre somente com
vírus
envelopados.
Endocitose – os receptores químicos da membrana celular promovem a
fixação do vírus, e depois o parasita é englobado pelas invaginações da
mesma.
3. Síntese – estágio do ciclo em que o vírus começa a determinar as atividades
metabólicas da célula. Nesse processo, as enzimas que antes eram utilizadas
na síntese proteica e de ácidos nucleicos da célula hospedeira, passam a ser
empregadas na produção de partículas virais (proteínas e material genético).
4. Montagem – nesta etapa, os componentes dos vírus que foram produzidas
anteriormente, são organizados de modo a constituir novos parasitas.
5. Liberação – na etapa final do processo, as dezenas de vírus formadas na
fase de montagem produzem uma enzima viral denominada lisozima, que
causa a ruptura da célula hospedeira, processo conhecido como lise celular.
Além disso, como a célula passou a sintetizar estruturas virais, a produção
4. dos seus próprios componentes se torna impossível (esgotamento celular), o
que favorece o seu rompimento. Com a destruição da célula, os vírus se
libertam e infectam imediatamente as células vizinhas, recomeçando o seu
ciclo.”
http://www.infoescola.com/biologia/ciclo-litico/
Acessado 22 de janeiro de 2014.
5. AIDS- HIV
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Síndrome: conjunto de sintomas que desenvolvem ao mesmo tempo, indicando a
existência de uma doença;
Imuno: refere-se ao sistema imunológico, encarregado de defender o corpo humano
contra doenças;
Deficiência: significa que o sistema imunológico não está em perfeitas condições de
defender o organismo contra infecções;
Adquirida: esta síndrome decorrente da deficiência do sistema imunológico não é
hereditária; foi contraída pelo individuo através do contato com um vírus que provoca
a destruição de sua defesa interna (Guerpelli, 1998:15)
Esse vírus tem uma particularidade que é ser um retrovírus, ou seja, possui a
enzima da transcriptase reversa, podendo converte RNA em DNA, a qual o normal é
a parti do DNA surgir um RNA. O HIV ataca principalmente as células de defesa do
corpo, sobretudo os linfócitos T auxiliadores ou células CD4, que comandam todo o
sistema de defesa contra as infecções.
O que esse tipo de retrovírus causa no corpo é diversas falhas do sistema
imunológico como o decaimento dos leucócitos que são detectados a parti de uma
contagem de células CD4 – exame que denota a quantidade de linfócitos CD4+ por
milímetro cúbico de sangue. É parâmetro para aferir a imunocompetência celular:
- Acima de 500 células/mm3: baixo risco de doença;
6. -200-500 células/mm3: surgimento de sinais e sintomas menores ou alterações
constitucionais, risco moderado de desenvolvimento de infecções oportunistas;
-abaixo de 50 células/mm3: grave comprometimento da resposta imunitária, alto risco
de surgimento de infecções oportunistas, alto risco de vida.