2. A função do lazer, da mesma
forma, além de ser bom para repor
as forças depois de um período
estafante de trabalho – um dia,
uma semana, um ano – na visão do
senso comum, é bom também para
pensar os valores e as dinâmicas da
sociedade. (MAGNANI, 2000).
Função do lazer
3. Trajetória histórica do lazer no brasil
No Brasil a
produção
sobre o lazer
emerge a
partir da
década de
1970 com o
desenvolvimen
to de
pesquisas e
projetos
específicos,
muito embora,
trabalhos
anteriores,
tenham
importância
para a
sistematização
e compreensão
do
conhecimento
na área.
1938 – Criação da CNI
1942 – Criação do SENAI
1946 – Criação do SESI 1988 - Constituição
da República
Federativa do -
parágrafo 3º do
artigo 217 garante:
“O Poder Público
incentivará o lazer,
como forma de
promoção social”.
O lazer no século 21
4. Primeiros estudos sobre o Lazer no Brasil
Em 1969, entre os dias 27 e 30 de outubro, o SESC de São Paulo e a Secretaria
de Bem-Estar do Município promoveram o Seminário sobre o lazer:
perspectivas para uma cidade que trabalha. Este seminário confirmava a
proposição do lazer como produto do processo de desenvolvimento
industrial.
“É na cidade de São Paulo, a mais industrializada do
país, onde o aspecto trabalho apresenta íntima conexão
coma a própria vida da cidade, que o lazer como tema
haveria de impor-se, como aconteceu, com significativa
importância. Assim, o lazer, como problema geral, emerge
a consciência social brasileira nesse momento, e vai
adquirindo progressiva importância social e política no
país.”
Requixa afirma que:
5. Primeiros estudos sobre o Lazer no Brasil
1966 em Recife
acontecerá uma
palestra proferida
por José Vicente de
Freitas Marcondes,
da Escola de
Sociologia Política
de São Paulo,
intitulada Trabalho e
Lazer no Trópico.
Em 1970 cria o curso de Pós-
Graduação sobre Sociologia do
Lazer e do Trabalho na Escola de
Sociologia e Política de São Paulo.
Tratará dos diversos níveis de trabalho (doméstico,
escravo, indígena, industrial) esse estudioso ressalta a
importância do lazer no processo de desenvolvimento da
sociedade.
6. Seminário sobre o lazer: perspectivas para uma
cidade que trabalha (1969)
Resultados positivos do evento:
- Sensibilizar pela importância do
lazer;
- Conhecimento de diversas obras
sócias e troca de experiências;
- Ampliação da concepção do lazer
para todas aas faixas etárias;
- Despertou o interesse de outras
regiões brasileira para a importância
do lazer;
- SESC ganha apoio da comunidade.
Discutirá:
- As necessidades de lazer na cidade de
São Paulo;
- Planejamento de áreas verdes e de
recreação;
- Formação e treinamento de pessoal para
programas de lazer.
- Lazer da criança, adolescentes, adultos e
terceira idade.
- A participação dos movimentos culturais
e da participação dos bairros na
promoção do lazer municipal.
7. O lazer no Brasil
Em termos gerais, a
literatura científica no
Brasil foi influenciada por
questões internacionais,
principalmente por Joffre
Dumazedier.
Foram realizados seminários
internos promovidos pelo
Serviço Social do Comércio
(SESC) em São Paulo e em
outras localidades por
diversas instituições.
SENAI de Brusque, na década de 1970
Dumazedier veio várias vezes
ao Brasil no período de 1961 a
1963 sendo convidado pela
Universidade de Brasília (UNB),
do Movimento de Cultura
Popular da cidade de Recife e
das autoridades eclesiásticas
de Pernambuco.
8. Primeiros estudos sobre o Lazer no Brasil
Nomes em destaque:
• Inezil Marinho: desenvolve no Rio de Janeiro um curso de
Fundamento e Técnicas de Recreação (1955) e publicou
Educação física, recreação e jogos (1957).
• Arnaldo Sussekind: ainda na década de 1950 distribuiu um
questionário sobre lazer entre o operariado e dirigiu o
Serviço de Recreação Operária do Ministério do Trabalho.
• Ethel Bauzer Medeiros: elaborou o projeto de recreação
no aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
• José Acácio Ferreira: Em 1959 realiza uma pesquisa sobre
os trabalhadores assalariados no município de Salvado
resultando no livro: Lazer Operário.
9. Lazer OperárioJosé Acácio Ferreira
acredita que existirá para o
indivíduo benefício de
natureza pessoal, bem
como uma importante
contribuição à coletividade,
pela forma compensatória
do lazer, aliviando as
tensões sociais próprias dos
tempos modernos.
Ele é influenciado pelo
pensamento de Gilberto
Freyre que afirma que à
medida que a máquina
substituía o homem, a
organização do lazer
tornava-se mais
importante que a
organização do trabalho.
10. [...] Acontece, porém, que nos
países padrões do sistema cultural em
que nos inserimos, “tempo é dinheiro” e
amar a vida no que ela tem de belo e
desinteressado é uma deformação ou
vício. ( Ferreira, 1959)
12. SESC – Serviço Social do Comércio
Mantido pelos empresários do comércio de bens e serviços, o Serviço Social do Comércio - Sesc - é
uma entidade privada que objetiva proporcionar o bem-estar e qualidade de vida do comerciário, sua
família e da sociedade.
Localizado em todos os estados brasileiros, o Sesc incentiva a educação de qualidade como diretriz
primordial no desenvolvimento do cidadão. Valoriza a diversidade cultural local e promove atividades
em prol da melhoria das condições de vida no dia a dia dos trabalhadores do comércio de bens,
serviços e turismo.
Educação, Saúde, Cultura e Lazer são as áreas de atuação do Sesc que chamamos de Programas. Dentro
desses quatro Programas existem diversos projetos e ações, desenvolvidos pelo Departamento
Nacional, executados pelos Departamentos Regionais e suas unidades, de acordo com a realidade local
de cada um.
Com ações abrangentes a todas as faixas etárias e infraestrutura que contempla suas áreas de atuação,
o Sesc tem como principal marca a responsabilidade social. Oferece programas de saúde e educação
ambiental, turismo social, programas especiais para crianças e terceira idade, projetos de combate à
fome e ao desperdício de alimentos, de inclusão digital e muitos outros.
13. SESC – Serviço Social do Comércio
Nas atividades oferecidas ao público pelo Sesc, o aprendizado é permanente. As pessoas aprendem a cuidar da própria saúde, a descobrir
preferências culturais, a crescer individualmente através do lazer, a percorrer novos caminhos de conhecimento.
E o que se aprende, se repassa. Cada cliente torna-se um multiplicador, ao adquirir confiança e habilidades necessárias para transmitir os
novos aprendizados em comunidade.
As ações do Sesc propagam princípios, humanísticos e universais, promovendo melhor condição de vida para os comerciários e seus
familiares em todo o Brasil, e oferece serviços que fortalecem o exercício da cidadania e contribuem com o desenvolvimento
socioeconômico e cultural.
As atividades do Sesc seguem modelos de ação construídos por especialistas em diversas áreas do conhecimento, garantindo que a atuação
seja adequada as necessidades da sociedade. São mais de 19 mil funcionários, em todas as regiões brasileiras, produzindo e recebendo
informação para a melhoria dos serviços.
O Sesc também faz parcerias com outras instituições públicas e privadas. Os ministérios da Educação, da Cultura, do Desenvolvimento
Social, da Justiça, do Esporte e do Turismo são parceiros em ações como os programas Alimentos Seguros, Segundo Tempo e Mesa Brasil
Sesc. Em âmbito estadual e municipal, os projetos Sesc Ler e OdontoSesc estabelecem projetos de cooperação que permitem uma atuação
mais precisa de acordo com a realidade da região
14. Conceitos de lazer voltados para o trabalhador
brasileiro
Requixa: o lazer é um conjunto de valores de desenvolvimento e enriquecimento
pessoais alcançados pelo indivíduo, utilizando o tempo de lazer, graças a uma
escolha pessoal de atividade que o distraiam.
Lazer é uma ocupação não obrigatória, de livre escolha do indivíduo que a vive e
cujos valores propiciam condições de recuperação psicossomática e de
desenvolvimento pessoal e social.
15. Governo Federal e o Lazer
Em junho de 1974 - Criação da Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas e
Política Urbana. Deverá tratar do disciplinamento da urbanização da orla marítima
regional, em decorrência das atividades ligadas ao turismo e ao lazer, bem como a
preservação das cidades históricas e o apoio às infraestruturas das estâncias
hidrominerais, isto para a região Sudeste.
Região Sul: disciplinamento do processo de urbanização das áreas litorâneas e
interiorizadas, destinadas ao turismo e ao lazer.
Região Nordeste: a ordenação da ocupação urbana da orla marítima com o
objetivo de preservar o patrimônio paisagístico e a vocação da área para o turismo e
o lazer.