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Bloqueios Intraventriculares
O Sistema de Condução
Ramo Esquerdo
• Em sua anatomia relaciona-se:
  – Valvas aórticas não coronarianas e ACD
  – Anel aórtico
  – Septo membranoso
  – Endocárdio septal sub-aórtico
  – Ápice do septo muscular
• Irrigação:
  – Ramos da descendente posterior (90% CD)
  – Ramos da ADA
Bloqueio de ramo esquerdo
• Ocorre quando o estimulo elétrico conduz
  normalmente pelo ramo direito e não o faz ou
  o faz com atraso maior ou igual a 0,06s,
  tempo suficiente para que todo septo seja
  despolarizado a partir do ventrículo direito,
• Esta ativação anômala, com condução lenta
  do estimulo, origina empastamentos e
  alargamentos do complexo QRS, que tem
  duração maior que 0,12s (120ms)
Ativação do VE no BRE
Repolarização de VE no BRE
Bloqueio de Ramo Esquerdo
• Bloqueio incompleto de ramo esquerdo
  – O estímulo elétrico atravessa lentamente o RE
    (<0,06s)
  – ECG quase normal pois apenas há despolarização
    septal anômala
  – Onda T positiva em D1, aVL, V5 e V6
  – QS em V1 e R pura em V6
  – QRS <0,12s
  – Diferenciar: IAM septal, fibrose septal
• Bloqueios divisionais (hemibloqueios)
  – BDASE:
     • Bloqueio intraventricular. QRS não altera a duração
     • Desvio do eixo elétrico do QRS acima de -30
     • QRS:
         –   D1, aVL: qR;
         –   D2, D3, aVF: rS com SD2<SD3 e RD2>RD3
         –   aVR: Qr
         –   V6: Rs ou qRs
     • ST e T:
         – Normais
Bloqueio de Ramo Esquerdo
• Bloqueios divisionais (hemibloqueios)
  – BDPIE:
     • Duração do QRS <0,12s
     • SÂQRS entre 90 e 140º
     • Morfologia do QRS:
         –   D1, aVL: rS ou RS
         –   D2,D3,aVF: qR
         –   aVR: Qr
         –   V1: rS ou QS
         –   V6: Rs ou qRs
     • ST e T:
         – normal
Bloqueio de Ramo Direito
• CONCEITO:
• Entende-se por BRD, a qualquer demora na ativação do
  ventrículo direito como conseqüência de uma alteração na
  condução do estímulo elétrico localizada em qualquer
  ponto do sistema hisiano direito (SHD) o que ocasiona que
  a câmara biventricular se despolarize em forma
  seqüencial e não mais simultaneamente, fato que
  necessariamente prolonga o tempo de despolarização
  ventricular (duração do QRS).
• A anômala seqüência na despolarização é responsável
  pela alteração secundária da repolarização ventricular
  condicionante que o ST/T seja oposto a última deflexão
  lenta da despolarização ventricular.
Bloqueio do Ramo Direito
Bloqueio do Ramo Direito
Irrigação do Ramo Direito:
A porção proximal do ramo direito e o feixe de His estão irrigados pela artéria do
nó A-V da coronária direita (CD) e pela primeira perfurante septal da descendente
anterior (DA).
Eventualmente, o ramo direito na sua porção média está irrigado por: ramos o
septais da artéria descendente posterior (DP), da segunda perfurante septal da DA
e a artéria de Kugel, ramo da circunflexa (Cx).
A porção média e distal do ramo direito estão irrigadas pelo “ramus limbi dextri”
ramo da segunda perfurante septal da DA.
POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD
1)VARIANTE NORMAL. Onda r’ <0.6mV que onda inicial que
  está última 0.8nV;

2) CARDIOPATIAS CONGÊNITAS:
a) CIA: presente em mais de 90% dos casos, seja no ostium
   secundum como no ostium primum.
b) Drenagem anômala venoso pulmonar parcial ou total no átrio
   direito;
c) Anomalia de Ebstein: BRD bizarro, de baixa voltagem com
   onda inicial;
d) Anomalia de Uhl (VD em “pergaminho”)
e) CIV na presença de SBV);
POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD
2) CARDIOPATIAS CONGÊNITAS:
f) Estenose pulmonar particularmente na forma
moderada;
g) Tétrade de Fallot T4F) pré pós cirurgia);
h) Estenose Aórtica E.Ao.) congênita bivalva
calcificada;
i) Após injeção de álcool absoluto na primeira
perfurante septal da DA, no tratamento nas formas
não responsivas ao tratamento com fármacos na
cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD
3) CAUSA GENÉTICO-FAMILIAR:
(3a) Síndrome de Brugada: BCRD atípico freqüente ausência de onda S
 empastada nas esquerdas e supradesnivelamento do segmento ST
  de V1 a V3 (gene SCN5A).
 (3b) Esclerose, degeneração e fibrose idiopática do sistema específico de
 condução hisiano ou doença de Lenègre (gene SCN5A).
(3c) Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito (DAVD/C)

4) ASSOCIADO A CARDIOPATIAS ADQUIRIDAS:
a) Cardiopatia chagásica crônica: clássico extremo desvio do ÂQRS à
   esquerda por associação com BDASE.
b) Complicação do infarto agudo do miocárdio (IAM): risco elevado de
   evoluir para Bloqueio AV completo.
c) Estenose Mitral (EM);
d) Cor Pulmonale Crônico (CPC);
POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD
 4) ASSOCIADO CARDIOPATIAS ADQUIRIDAS:
 e) Embolia Pulmonar Aguda: de instalação
súbita fugaz;
 f) Hipertensão Arterial Sistêmica HAS);
 g) Esclerose do lado esquerdo do esqueleto”
cardíaco ou doença de Lèv não confundir com
Lenègre);
 h) Esclerose do trígono fibroso, septo
membranoso, anel valvar aórtico ápice do septo
muscular.
CRITÉRIOS DE CLASIFICAÇÃO DO BRD
• A) SEGUNDO A DURAÇÃO DO QRS
  1) Incompleto(BIRD): QRS entre 90 e 110ms;
  2) Completo (BCRD), avançado ou de 3º grau:
     QRS igual ou > que 120ms.
• B) CRITÉRIO DA ESCOLA MEXICANA:
      1) De primeiro grau
      2) De segundo grau
      3) De terceiro grau
CRITÉRIOS DE CLASIFICAÇÃO DO BRD
CRITÉRIOS DE CLASIFICAÇÃO DO BRD
• C) CRITÉRIO DA ESCOLA HISPÂNICA:
  1) Bloqueio Ventricular Direito Global BVDG)
       a) Segundo sua topografia: Proximal
                                     Periférico.
       b) Segundo seu grau:
               1) Avançado, completo ou de terceiro grau;
               2) Não avançado corresponde ao de primeiro
                  segundo grau ou incompleto);
  2) Bloqueios parcelares corresponde aos divisionais,
     terminais, focais, divisionais, zonais ou Purkijinianos:
       1) Antero-superior
       2) Postero-inferior
       3) Médio.
CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS
    DO BCRD NÃO COMPLICADO
• 1) Comando cardíaco supraventricular:
      a) Duração do QRS ou 120ms ou 0,12s)
      b) Se ritmo sinusal PR ou que 120ms 0,12s);
      c) Atraso final.
• 2) SÂQRS no plano frontal variável, porém,
  freqüentemente desviado para direita baixo;

• 3) Derivação aVR de tipo QR ou qR com onda
  empastada seguida de onda T negativa
CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS
    DO BCRD NÃO COMPLICADO
• 4) Derivações precordiais direitas (V3R, V1 ou
  V1, V2) do tipo rSR’ ou rsR’ com onda R’
  alargada e eventualmente entalhada: complexo
  QRS trifásico chamado em M”;
• 5) Onda larga espessada nas derivações
  esquerdas: DI,aVL, V5 e V6
• 6) Repolarização ventricular (ST/T) com direção
  oposta deflexão terminal do complexo QRS:
  polaridade da onda T oposta polaridade da
  última deflexão do complexo QRS.
Bloqueios Divisionais do Ramo Direito
• Divisão superior
  – SAQRS pode estar desviado para esquerda ou ser
    indeterminado (perpendicular ao plano frontal),
    não estar desviado ou estar desviado para a
    direita
  – QRS negativo nas derivações inferiores
  – SII>SIII : útil para diagnostico diferencial com
    BDASE
  – R de aVR proeminente ou empastado
Diagnóstico Diferencial
                    BDASD x BDASE
                            BDASD                       BDASE
Profundidade onda S em      SII > SIII (inconstante)    SIII > SII (inconstante)
DII e DIII
DI aVL                      Rs                          Qr
Onda R proeminente e        Presente e caracteristica   Ausente: Qr ou QS
empastada em aVR            QR ou qR
Padrão Trifásico em V1 ou   Muito freqüente             Possível
V1 e V2
Divisão póstero inferior
                 do ramo direito
A) CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS:

      1) ÂQRS entre + 70 e + 110;
      2) Duração do QRS normal;
      3) Padrão S1 R2 R3, sendo R2 e R3 de voltagem não aumentada
      (habitualmente = ou < que 10mm), nunca atingindo l5mm
      (elemento fundamental para o diagnóstico diferencial com BDPIE);
      4) R2 = ou > R3 (no BDPI R3 > R2);
      5) aVR do tipo QS;
      6) Eventual entalhe na rampa descendente das derivações inferiores;
      7) Onda S de V2 e/ou V3 de profundidade aumentada;
      8) Onda S persistentes até V5 e/ou V6;
      9) V1: rS, RS ou rSR' com S de V1 e V2 eventualmente empastada

B) realizar diagnostico diferencial com BDPIE
Diferenças entre BDPID e BDPIE
                            BDPID           BDPIE
PR                          Normal          Freqüente prolongado
Associação com IAM inf.     Não             Freqüente
Voltagem RII e RIII         = ou < 10mm     = ou > 15mm
Relação voltagem RII/RIII   RII > RIII      RIII > RII
Entalhe na rampa            Ausente         Constante entalhe médio
descendente de R das                        final
inferiores
Deflexão Intrinsecóide      Normal          Aumentada em aVF, V5 e
                                            V6 (até 30ms)
                                            Diminuída em aVL (até
                                            15ms)
Excluir fatores clínicos    Não referidos   Coração vertical, SVD, IAM
                                            lateral
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  • 2. O Sistema de Condução
  • 3. Ramo Esquerdo • Em sua anatomia relaciona-se: – Valvas aórticas não coronarianas e ACD – Anel aórtico – Septo membranoso – Endocárdio septal sub-aórtico – Ápice do septo muscular • Irrigação: – Ramos da descendente posterior (90% CD) – Ramos da ADA
  • 4. Bloqueio de ramo esquerdo • Ocorre quando o estimulo elétrico conduz normalmente pelo ramo direito e não o faz ou o faz com atraso maior ou igual a 0,06s, tempo suficiente para que todo septo seja despolarizado a partir do ventrículo direito, • Esta ativação anômala, com condução lenta do estimulo, origina empastamentos e alargamentos do complexo QRS, que tem duração maior que 0,12s (120ms)
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Bloqueio de Ramo Esquerdo • Bloqueio incompleto de ramo esquerdo – O estímulo elétrico atravessa lentamente o RE (<0,06s) – ECG quase normal pois apenas há despolarização septal anômala – Onda T positiva em D1, aVL, V5 e V6 – QS em V1 e R pura em V6 – QRS <0,12s – Diferenciar: IAM septal, fibrose septal
  • 14. • Bloqueios divisionais (hemibloqueios) – BDASE: • Bloqueio intraventricular. QRS não altera a duração • Desvio do eixo elétrico do QRS acima de -30 • QRS: – D1, aVL: qR; – D2, D3, aVF: rS com SD2<SD3 e RD2>RD3 – aVR: Qr – V6: Rs ou qRs • ST e T: – Normais
  • 15.
  • 16. Bloqueio de Ramo Esquerdo • Bloqueios divisionais (hemibloqueios) – BDPIE: • Duração do QRS <0,12s • SÂQRS entre 90 e 140º • Morfologia do QRS: – D1, aVL: rS ou RS – D2,D3,aVF: qR – aVR: Qr – V1: rS ou QS – V6: Rs ou qRs • ST e T: – normal
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  • 18. Bloqueio de Ramo Direito • CONCEITO: • Entende-se por BRD, a qualquer demora na ativação do ventrículo direito como conseqüência de uma alteração na condução do estímulo elétrico localizada em qualquer ponto do sistema hisiano direito (SHD) o que ocasiona que a câmara biventricular se despolarize em forma seqüencial e não mais simultaneamente, fato que necessariamente prolonga o tempo de despolarização ventricular (duração do QRS). • A anômala seqüência na despolarização é responsável pela alteração secundária da repolarização ventricular condicionante que o ST/T seja oposto a última deflexão lenta da despolarização ventricular.
  • 19. Bloqueio do Ramo Direito
  • 20. Bloqueio do Ramo Direito Irrigação do Ramo Direito: A porção proximal do ramo direito e o feixe de His estão irrigados pela artéria do nó A-V da coronária direita (CD) e pela primeira perfurante septal da descendente anterior (DA). Eventualmente, o ramo direito na sua porção média está irrigado por: ramos o septais da artéria descendente posterior (DP), da segunda perfurante septal da DA e a artéria de Kugel, ramo da circunflexa (Cx). A porção média e distal do ramo direito estão irrigadas pelo “ramus limbi dextri” ramo da segunda perfurante septal da DA.
  • 21. POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD 1)VARIANTE NORMAL. Onda r’ <0.6mV que onda inicial que está última 0.8nV; 2) CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: a) CIA: presente em mais de 90% dos casos, seja no ostium secundum como no ostium primum. b) Drenagem anômala venoso pulmonar parcial ou total no átrio direito; c) Anomalia de Ebstein: BRD bizarro, de baixa voltagem com onda inicial; d) Anomalia de Uhl (VD em “pergaminho”) e) CIV na presença de SBV);
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  • 24. POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD 2) CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: f) Estenose pulmonar particularmente na forma moderada; g) Tétrade de Fallot T4F) pré pós cirurgia); h) Estenose Aórtica E.Ao.) congênita bivalva calcificada; i) Após injeção de álcool absoluto na primeira perfurante septal da DA, no tratamento nas formas não responsivas ao tratamento com fármacos na cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
  • 25. POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD 3) CAUSA GENÉTICO-FAMILIAR: (3a) Síndrome de Brugada: BCRD atípico freqüente ausência de onda S empastada nas esquerdas e supradesnivelamento do segmento ST de V1 a V3 (gene SCN5A). (3b) Esclerose, degeneração e fibrose idiopática do sistema específico de condução hisiano ou doença de Lenègre (gene SCN5A). (3c) Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito (DAVD/C) 4) ASSOCIADO A CARDIOPATIAS ADQUIRIDAS: a) Cardiopatia chagásica crônica: clássico extremo desvio do ÂQRS à esquerda por associação com BDASE. b) Complicação do infarto agudo do miocárdio (IAM): risco elevado de evoluir para Bloqueio AV completo. c) Estenose Mitral (EM); d) Cor Pulmonale Crônico (CPC);
  • 26. POSSÍVEIS ETIOLOGIAS DO BCRD 4) ASSOCIADO CARDIOPATIAS ADQUIRIDAS: e) Embolia Pulmonar Aguda: de instalação súbita fugaz; f) Hipertensão Arterial Sistêmica HAS); g) Esclerose do lado esquerdo do esqueleto” cardíaco ou doença de Lèv não confundir com Lenègre); h) Esclerose do trígono fibroso, septo membranoso, anel valvar aórtico ápice do septo muscular.
  • 27. CRITÉRIOS DE CLASIFICAÇÃO DO BRD • A) SEGUNDO A DURAÇÃO DO QRS 1) Incompleto(BIRD): QRS entre 90 e 110ms; 2) Completo (BCRD), avançado ou de 3º grau: QRS igual ou > que 120ms. • B) CRITÉRIO DA ESCOLA MEXICANA: 1) De primeiro grau 2) De segundo grau 3) De terceiro grau
  • 29. CRITÉRIOS DE CLASIFICAÇÃO DO BRD • C) CRITÉRIO DA ESCOLA HISPÂNICA: 1) Bloqueio Ventricular Direito Global BVDG) a) Segundo sua topografia: Proximal Periférico. b) Segundo seu grau: 1) Avançado, completo ou de terceiro grau; 2) Não avançado corresponde ao de primeiro segundo grau ou incompleto); 2) Bloqueios parcelares corresponde aos divisionais, terminais, focais, divisionais, zonais ou Purkijinianos: 1) Antero-superior 2) Postero-inferior 3) Médio.
  • 30. CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS DO BCRD NÃO COMPLICADO • 1) Comando cardíaco supraventricular: a) Duração do QRS ou 120ms ou 0,12s) b) Se ritmo sinusal PR ou que 120ms 0,12s); c) Atraso final. • 2) SÂQRS no plano frontal variável, porém, freqüentemente desviado para direita baixo; • 3) Derivação aVR de tipo QR ou qR com onda empastada seguida de onda T negativa
  • 31. CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS DO BCRD NÃO COMPLICADO • 4) Derivações precordiais direitas (V3R, V1 ou V1, V2) do tipo rSR’ ou rsR’ com onda R’ alargada e eventualmente entalhada: complexo QRS trifásico chamado em M”; • 5) Onda larga espessada nas derivações esquerdas: DI,aVL, V5 e V6 • 6) Repolarização ventricular (ST/T) com direção oposta deflexão terminal do complexo QRS: polaridade da onda T oposta polaridade da última deflexão do complexo QRS.
  • 32.
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  • 35. Bloqueios Divisionais do Ramo Direito
  • 36. • Divisão superior – SAQRS pode estar desviado para esquerda ou ser indeterminado (perpendicular ao plano frontal), não estar desviado ou estar desviado para a direita – QRS negativo nas derivações inferiores – SII>SIII : útil para diagnostico diferencial com BDASE – R de aVR proeminente ou empastado
  • 37. Diagnóstico Diferencial BDASD x BDASE BDASD BDASE Profundidade onda S em SII > SIII (inconstante) SIII > SII (inconstante) DII e DIII DI aVL Rs Qr Onda R proeminente e Presente e caracteristica Ausente: Qr ou QS empastada em aVR QR ou qR Padrão Trifásico em V1 ou Muito freqüente Possível V1 e V2
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  • 42. Divisão póstero inferior do ramo direito A) CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS: 1) ÂQRS entre + 70 e + 110; 2) Duração do QRS normal; 3) Padrão S1 R2 R3, sendo R2 e R3 de voltagem não aumentada (habitualmente = ou < que 10mm), nunca atingindo l5mm (elemento fundamental para o diagnóstico diferencial com BDPIE); 4) R2 = ou > R3 (no BDPI R3 > R2); 5) aVR do tipo QS; 6) Eventual entalhe na rampa descendente das derivações inferiores; 7) Onda S de V2 e/ou V3 de profundidade aumentada; 8) Onda S persistentes até V5 e/ou V6; 9) V1: rS, RS ou rSR' com S de V1 e V2 eventualmente empastada B) realizar diagnostico diferencial com BDPIE
  • 43. Diferenças entre BDPID e BDPIE BDPID BDPIE PR Normal Freqüente prolongado Associação com IAM inf. Não Freqüente Voltagem RII e RIII = ou < 10mm = ou > 15mm Relação voltagem RII/RIII RII > RIII RIII > RII Entalhe na rampa Ausente Constante entalhe médio descendente de R das final inferiores Deflexão Intrinsecóide Normal Aumentada em aVF, V5 e V6 (até 30ms) Diminuída em aVL (até 15ms) Excluir fatores clínicos Não referidos Coração vertical, SVD, IAM lateral