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Semana da Arte Moderna de
             1922
A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro
Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como
objetivo mostrar as novas tendências artísticas
 que já vigoravam na Europa. Esta nova forma
 de expressão não foi compreendida pela elite
  paulista, que era influenciada pelas formas
  estéticas européias mais conservadoras. O
idealizador deste evento artístico e cultural foi
             o pintor Di Cavalcanti.
Os sapos                              Que arte! E nunca rimo
                                        Os termos cognatos!
(Manuel Bandeira)
                                        O meu verso é bom
  ”Enfunando os papos,                  Frumento sem joio
  Saem da penumbra,                     Faço rimas com
  Aos pulos, os sapos.                  Consoantes de apoio.
  A luz os deslumbra.
                                        Vai por cinqüenta anos
  Em ronco que aterra,                  Que lhes dei a norma:
  Berra o sapo-boi:                     Reduzi sem danos
  - "Meu pai foi à guerra!"             A formas a forma.
  - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
                                        Clame a saparia
  O sapo-tanoeiro,                      Em críticas céticas:
  Parnasiano aguado,                    Não há mais poesia,
  Diz: - "Meu cancioneiro               Mas há artes poéticas . . ."
  É bem martelado.
  Vede como primo
  Em comer os hiatos!
“Queremos luz, ar, ventiladores,
     aeroplanos, reivindicações obreiras,
idealismos, motores, chaminés de fábricas,
 sangue, velocidade, sonho em nossa arte.
  Que o rufo de um automóvel, nos trilhos
 de dois versos, espante da poesia o último
          deus homérico, que ficou
 anacronicamente a dormir e a sonhar, na
    era do jazz band e do cinema, com a
  flauta dos pastores da Arcádia e os seios
             divinos de Helena.”
                            Menotti del Piccha
Modernismo: Geração 1922/30
Busca pelo moderno, original e polêmico, com o
nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta
das origens, através da valorização do indígena e
a língua falada pelo povo, também foram
abordados. Contudo,       o nacionalismo      foi
empregado de duas formas distintas: a crítica,
alinhado a esquerda política através da denúncia
da realidade, e a ufanista, exagerado e de
extrema direita. Devido à necessidade de
definições e de rompimento com todas as
estruturas do passado foi a fase mais radical,
assumindo um caráter anárquico e destruidor.
Algumas características da
 linguagem modernista:

- Fragmentação e flashes cinematográficos.

                O capoeira
          - Qué apanhá soldado?
                  - O quê?
              - Qué apanhá?
        Pernas e cabeças na calçada.
                             (Oswald Andrade)
- Ironia, humor, piada, paródia.


               senhor feudal

           Se Pedro Segundo
               Vier aqui
              Com história
          Eu boto ele na cadeia
                       Oswald Andrade
- Temas extraídos do cotidiano.

       Poema só para Jaime Ovalle

   Então me levantei,
   Bebi o café que eu mesmo preparei,
   Depois me deitei novamente, acendi um
               [cigarro e fiquei pensando...
    Humildemente pensando na vida e nas
                        mulheres que amei.
                      Manuel Bandeira
A Orgia intelectual

Movimentos e revistas:
1-) Revista Klaxon (Mensário 1922-23)
  Recebe este nome do termo usado para designar a
  buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico
  modernista, é conseqüência das agitações em
  torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em
  todos os sentidos: gráfico, existência de
  publicidade, oposição entre o velho e o novo.
2-) Manifesto da Poesia Pau-Brasil
  A poesia Pau-Brasil pretendia então, da mesma
  forma que a primeira riqueza brasileira, a árvore
  de mesmo nome, se revestir de um caráter
  primitivista, assumindo criticamente os contrastes
  históricos e culturais aos quais a população do país
  foi submetida. É uma tentativa de síntese capaz de
  unir o "lado doutor" da cultura brasileira com o
  lado popular. Esse manifesto também apresenta
  uma proposta de literatura vinculada à realidade
  brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.
• A poesia existe nos fatos. Os casebres de
 açafrão e de ocre nos verdes da Favela sob o
 azul cabralino são fatos estéticos.

• A língua sem arcaísmos, sem erudição.
  Natural e neológica. A contribuição
  milionária de todos os erros. Como falamos.
  Como somos.
Erro de português(Oswald Andrade)

 Quando o português chegou
 Debaixo de uma bruta chuva
 Vestiu o índio
 Que pena!
 Fosse uma manhã de sol
 O índio tinha despido
 O português
3-) Verde-Amarelismo ou Escola da Anta (1926-1929)

 Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del
 Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo em
 resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil, criticando-se
 o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua
 proposta era de um nacionalismo primitivista,
 ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para
 o Integralismo. Idolatria do tupi e a anta é eleita
 símbolo nacional. Em maio de 1929, o grupo verde-
 amarelista publica o manifesto "Nhengaçu Verde-
 Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da
 Escola da Anta".
4-) Manifesto Regionalista de 1926
Os anos de 1925 a 1930 marcam a divulgação do Modernismo pelas
vários estados brasileiros. Assim é que o Centro Regionalista do
Nordeste, com sede em Recife, lança o Manifesto Regionalista de
1926, em que procura "desenvolver o sentimento de unidade do
Nordeste" dentro dos novos valores modernistas. Apresenta como
proposta "trabalhar em prol dos interesses da região nos seus
aspectos diversos: sociais, econômicos e culturais". Além de
promover conferências, exposições de arte, congressos, o Centro
editaria uma revista.
Vale lembrar que, a partir da década de 1930, o regionalismo
nordestino resultou em brilhantes obras literárias, com nomes que
vão de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de
Almeida, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, no romance, a João
Cabral de Melo Neto, na poesia.
5-) Revista Antropofagia (1928-1929)
 É a nova etapa do Pau-Brasil, sendo resposta a Escola da
Anta. Seu nome origina-se da tela Abaporu (O que come)
de Tarsila do Amaral.
O Antropofagismo foi caracterizado pela assimilação
(“deglutição”) crítica das vanguardas e culturas europeias,
com o fim de recriá-las, tendo em vista o redescobrimento
do Brasil em sua autenticidade primitiva. Contou com
duas fases, sendo a primeira com dez números (1928 –
1929), sob direção de Antônio Alcântara Machado e
gerência de Raul Bopp, e a segunda publicada
semanalmente em 16 números no jornal Diário de São
Paulo em 1929, tendo como secretário Geraldo Ferraz.
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  • 1. Semana da Arte Moderna de 1922 A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Os sapos Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos! (Manuel Bandeira) O meu verso é bom ”Enfunando os papos, Frumento sem joio Saem da penumbra, Faço rimas com Aos pulos, os sapos. Consoantes de apoio. A luz os deslumbra. Vai por cinqüenta anos Em ronco que aterra, Que lhes dei a norma: Berra o sapo-boi: Reduzi sem danos - "Meu pai foi à guerra!" A formas a forma. - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". Clame a saparia O sapo-tanoeiro, Em críticas céticas: Parnasiano aguado, Não há mais poesia, Diz: - "Meu cancioneiro Mas há artes poéticas . . ." É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos!
  • 6. “Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho em nossa arte. Que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou anacronicamente a dormir e a sonhar, na era do jazz band e do cinema, com a flauta dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena.” Menotti del Piccha
  • 7. Modernismo: Geração 1922/30 Busca pelo moderno, original e polêmico, com o nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a língua falada pelo povo, também foram abordados. Contudo, o nacionalismo foi empregado de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita. Devido à necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Algumas características da linguagem modernista: - Fragmentação e flashes cinematográficos. O capoeira - Qué apanhá soldado? - O quê? - Qué apanhá? Pernas e cabeças na calçada. (Oswald Andrade)
  • 11. - Ironia, humor, piada, paródia. senhor feudal Se Pedro Segundo Vier aqui Com história Eu boto ele na cadeia Oswald Andrade
  • 12. - Temas extraídos do cotidiano. Poema só para Jaime Ovalle Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei, Depois me deitei novamente, acendi um [cigarro e fiquei pensando... Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei. Manuel Bandeira
  • 13. A Orgia intelectual Movimentos e revistas: 1-) Revista Klaxon (Mensário 1922-23) Recebe este nome do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é conseqüência das agitações em torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo.
  • 14.
  • 15. 2-) Manifesto da Poesia Pau-Brasil A poesia Pau-Brasil pretendia então, da mesma forma que a primeira riqueza brasileira, a árvore de mesmo nome, se revestir de um caráter primitivista, assumindo criticamente os contrastes históricos e culturais aos quais a população do país foi submetida. É uma tentativa de síntese capaz de unir o "lado doutor" da cultura brasileira com o lado popular. Esse manifesto também apresenta uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.
  • 16. • A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela sob o azul cabralino são fatos estéticos. • A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
  • 17. Erro de português(Oswald Andrade) Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português
  • 18. 3-) Verde-Amarelismo ou Escola da Anta (1926-1929) Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo em resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil, criticando-se o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta era de um nacionalismo primitivista, ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para o Integralismo. Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo nacional. Em maio de 1929, o grupo verde- amarelista publica o manifesto "Nhengaçu Verde- Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da Anta".
  • 19. 4-) Manifesto Regionalista de 1926 Os anos de 1925 a 1930 marcam a divulgação do Modernismo pelas vários estados brasileiros. Assim é que o Centro Regionalista do Nordeste, com sede em Recife, lança o Manifesto Regionalista de 1926, em que procura "desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste" dentro dos novos valores modernistas. Apresenta como proposta "trabalhar em prol dos interesses da região nos seus aspectos diversos: sociais, econômicos e culturais". Além de promover conferências, exposições de arte, congressos, o Centro editaria uma revista. Vale lembrar que, a partir da década de 1930, o regionalismo nordestino resultou em brilhantes obras literárias, com nomes que vão de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, no romance, a João Cabral de Melo Neto, na poesia.
  • 20. 5-) Revista Antropofagia (1928-1929) É a nova etapa do Pau-Brasil, sendo resposta a Escola da Anta. Seu nome origina-se da tela Abaporu (O que come) de Tarsila do Amaral. O Antropofagismo foi caracterizado pela assimilação (“deglutição”) crítica das vanguardas e culturas europeias, com o fim de recriá-las, tendo em vista o redescobrimento do Brasil em sua autenticidade primitiva. Contou com duas fases, sendo a primeira com dez números (1928 – 1929), sob direção de Antônio Alcântara Machado e gerência de Raul Bopp, e a segunda publicada semanalmente em 16 números no jornal Diário de São Paulo em 1929, tendo como secretário Geraldo Ferraz.