Lição 5 Não Tomarás o Nome do Senhor Teu Deus em Vão
1. Lição 5 -
Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão
01 de fevereiro de 2015
2. Texto Áureo
• "Nem jurareis falso pelo meu nome,
pois profanaríeis o nome do vosso
DEUS. Eu sou o SENHOR." (Lv 19.12)
3. Verdade Prática
O terceiro mandamento proíbe o
juramento indiscriminado e leviano,
pois o voto é um tipo de compromisso
que deve ser reservado para uma
solenidade excepcional e incomum
4. Leitura Diária
Segunda - Dt 6.13 O cuidado
do juramento em nome de
DEUS
Quinta - Mt 6.9 É dever do
cristão santificar o nome
divino
Terça - Gn 14.18-20 O DEUS
de Melquisedeque era o mesmo
DEUS de Abraão
Sexta - Ec 5.2-5 O cuidado
antes de fazer um voto a DEUS
Quarta - 1 Pe 1.15, 16 Deus é
santo e exige santidade de seu
povo
Sábado - Tg 5.12 A linguagem
do cristão deve ser sim, sim e
não, não
5. Leitura Bíblica em Classe
• Êxodo 20.7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão;
porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
• Mateus 5.33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás,
mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. 34 Eu, porém, vos digo que, de
maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, 35 nem
pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a
cidade do grande Rei, 36 nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes
tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim;
não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.
• Mateus 23.16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que
jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é
devedor. 17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o templo, que
santifica o ouro? 18 E aquele que jurar pelo altar, isso nada é; mas aquele
que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. 19 Insensatos e
cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?
• Êxodo 20.7; Mateus 5.33-37; 23.16-19
7. Objetivos Específicos
• Mostrar como eram usados os
nomes no Antigo Testamento.
• Apontar o problema da pronúncia
do nome de DEUS.
• Elencar as modalidades dos
juramentos no Antigo Testamento.
• Apresentar a perspectiva de
JESUS sobre o juramento.
8. RESUMO DE NOSSA LIÇÃO
• I. O NOME DIVINO
• 1. O nome.
• 2. Nomes genéricos.
• 3. Nomes específicos.
• II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
• 1. A pronúncia do nome divino.
• 2. Jeová ou Javé?
• 3. O significado.
• III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
• 1. O terceiro mandamento (Êx 20.7; Dt 5.11).
• 2. Juramento e perjúrio.
• 3. Modalidades de juramentos.
• IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
• 1. Objetivo do terceiro mandamento.
• 2. A proibição absoluta.
• 3. A proibição relativa.
• CONCLUSÃO
9. Introdução
• Nesse domingo estaremos estudando o 3º
mandamento: “não tomarás o nome do Senhor
teu Deus em vão”.
• O terceiro mandamento proíbe a banalização do
nome do Senhor e exige que andemos na
verdade.
• O contexto bíblico esclarece o que DEUS está
nos ensinando e mostra a abrangência do
referido mandamento. Fala sobre o uso de modo
trivial do nome divino, proibindo o perjúrio e
toda a forma de profanação e blasfêmia do
nome de Javé.
10. • A expressão “tomarás”, no original hebraico, é a
palavra “nashã” נשא), ) palavra que, segundo a Bíblia
de Estudo Palavra Chave, tem “…grande variedade de
aplicações literais e figuradas, absoluta e
relativamente (…) A categoria final é tirar. A palavra
pode ser usada no sentido simples, de tomar alguma
coisa…” (Dicionário do Antigo Testamento, n. 5375,
pp.1808-9).
• Já a expressão “em vão” é a palavra hebraica
“shaw” שוא), )que, segundo a mesma Bíblia de Estudo
Palavra Chave, é “…substantivo masculino que
significa vacuidade, vaidade, mal, ruína, inutilidade,
engano, indigno, sem resultado, fraude, dolo. O
significado primário do termo é engano, mentira ou
falsidade.(…). Nos Dez Mandamentos descreve
aquilo que é proibido (Dt.5:20)…” (Dicionário do
Antigo Testamento, n. 7723, p.1951).
11. • Bem se percebe, portanto, que o mandamento está a exigir
que o nome de Deus jamais seja utilizado com algo que
seja proibido pelo próprio Senhor. Trata-se da proibição da
utilização do nome do Senhor para se fazer algo que esteja
relacionado com a fraude, o dolo (i.e., a má-fé), a mentira e o
engano.
• - Neste sentido, aliás, há quem defenda que a melhor tradução
do mandamento fosse: “Não faças o nome de teu Deus ser
falso, inútil, sem valor, sem resultado, uma mentira”.
• Como afirma João Calvino: “…A finalidade do mandamento
é que Deus quer que a majestade de Seu nome nos seja
sacrossanta. Logo, a suma será que não a profanemos
tratando-o com menosprezo e irreverentemente. A esta
injunção restritiva corresponde, em paralelo, o preceito
positivo de que nos empenhemos e preocupemos em buscá-la
com religiosa reverência. Dessa forma, assim nos convém
estar dispostos no pensar e no falar que nada pensemos ou
falemos acerca do próprio Deus e de Seus mistérios, a não ser
reverentemente e com muita sobriedade, de sorte que, em
estimando-Lhe as obras, nada concebamos a não ser o que
Lhe é honroso.…” )As Institutas ou Tratado da Religião
Cristã. Trad. de Waldyr Carvalho Luz, v.2, p.148).
12. I. O Nome Divino
1. O Nome
• O hebraico não tem vogais e estas foram acrescentadas ao
longo dos anos, exatamente para se permitir a pronúncia.
Em virtude disto, as variações que surgiram fazem com que
se tenham diferentes formas para o nome. Com relação ao
nome de Deus, então, como os judeus não o pronunciam,
não houve, por parte deles, qualquer interesse em fazê-lo.
De qualquer modo, a forma mais antiga e considerada mais
próxima da realidade é Javé, embora, repitamos, a forma
impronunciável seja a única aceita pelos judeus. A forma
Jeová, entretanto, é bem mais recente e foi utilizada como
um estratagema para se permitir a pronúncia do nome
impronunciável de Deus, utilizando-se das vogais do nome
"Adonai", que quer dizer Senhor.
13. Os nomes de DEUS revelam algumas de suas qualidades,
pois nunca poderíamos compreender tudo a respeito
d`ELE:
• ‘El Shadai: “Deus todo poderoso”
• ‘El Elyon: “Deus Altíssimo”
• ‘El Ròi: “O Deus que vê”
• ‘El Olham: “O Deus eterno”
• ‘El Elohe Yiráel: “Deus, o Deus de Israel”
• Yawehw-Ropheka: “O Senhor teu médico”
• Yaweh- Nissi: “O Senhor minha bandeira”
• Yaweh- Shalon: “O Senhor é minha paz”
• Yaweh Rafá: "O senhor que Sara (ou cura)“
• Yaweh- Ròi: “O Senhor é o meu pastor”
• Yaweh- Tsidkenu: “O Senhor justiça nossa”
• Yaweh- Shammah: “O Senhor está ali”
• Yaweh- Sabaoth: “O Senhor dos exércitos”
• Qedosh Yiráel: “O santo de Israel”
• Tsur: “Rocha”
• Abba: “Pai” ou “O Pai”
• Melek: “Rei”
• Gòel: “Redentor”
• Rishoh Wa-Acharon: “O 1º e o último”
• Elohe ‘Emeth: “O Verdadeiro”
• EL = DEUS
14. Os atributos de DEUS revelam alguns aspectos d`ELE que
não são vistos em nenhum outro ser:
• SOBERANIA: DEUS É SUPREMO, CHEFE, DONO.
• 2. ETERNIDADE: SEM PRINCÍPIO E SEM FIM. SEMPRE
EXISTIU E SEMPRE EXISTIRÁ.
• 3. ONISCIÊNCIA: SABE DE TUDO, TODAS AS COISAS; SABE
QUANTOS FIOS DE CABELO TEM EM NOSSA CABEÇA,
SABE O QUE PRECISAMOS ANTES DE PEDIRMOS.
• 4. ONIPRESENÇA: ESTÁ EM TODA PARTE AO MESMO
TEMPO, NINGUÉM SE ESCONDE DE DEUS; SABE O NOSSO
DEITAR E LEVANTAR.
• 5. ONIPOTÊNCIA: PODE TUDO, É AUTO-SUFICIENTE, CRIA
O QUE QUER E DESTRÓI O QUE QUER; ELE MESMO FAZ A
FERIDA E ELE MESMO A SARA.
• 6. IMUTÁVEL: O MUNDO VAI SER DESTRUÍDO, MAS A
PALAVRA DE DEUS PERMANECE PARA SEMPRE; DEUS
SEMPRE FOI ESSE MESMO DEUS, ELE NUNCA MUDARÁ; O
QUE DEUS PENSAVA HÁ 5.000 ANOS, ELE PENSA HOJE DO
MESMO JEITO E VAI CONTINUAR PENSANDO PELA
ETERNIDADE, POR ISSO A BÍBLIA É SEMPRE ATUAL.
15. No relacionamento de DEUS conosco também
conhecemos mais d`ELE:
• RETIDÃO: DEUS NUNCA ERRA.
• 2. JUSTIÇA: DEUS JAMAIS É DESONESTO.
• 3. AMOR: DEUS AMA COM AMOR DESINTERESSADO, PURO.
• Existem pelo menos três tipos de amor:
• 3.1-Amor phileo = de pai para filhos, de amigos.
• 3.2-Amor eros = entre um casal (pela bíblia o sexo só é permitido após o
casamento.)
• 3.3-Amor ágape = amor de deus. veja 1 Coríntios 13
• 4. VERDADE: DEUS NÃO É HOMEM PARA QUE MINTA. TUDO
QUE DEUS FALA É VERDADE.
• OS JUDEUS NÃO PRONUNCIAM O IMPRONUNCIÁVEL NOME DE
DEUS, POIS POR MAIS QUE COLOQUEMOS ADJETIVOS AO
NOME DE DEUS, NUNCA CONSEGUIREMOS CHEGAR À
TOTALIDADE DE BONDADE, AMOR, MISERICÓRDIA, PODER,
ETC..., DE DEUS.
• SÓ O VOCÁBULO "EL" JÁ QUER DIZER "O TODO PODEROSO".
16. 2. Nomes Genéricos
• El, um termo para indicar DEUS (deus), ou seja, a deidade verdadeira ou
falsa, ou mesmo um ídolo que os homens chamem de «deus» (Gên.
35:2), como o DEUS de Betel (Gên. 31:13). El era o nome do deus
supremo da religião Cananéia, cujo filho era Baal. O plural de El é
Elohim, palavra que também pode significar deuses, ou que pode ser
usada como um aumentativo para referir-se a um elevado poder, o
DEUS supremo. O sentido básico de El, é «força».
• 2. Elyon, El Elyon, o DEUS Altíssimo, titulo usado em conexão com a
adoração de Melquisedeque (ver Núm. 24:16). Em Salmos 7:17 a
palavra aparece composta com Yahweh. Em Daniel 7:22,25 há um plural
aramaico dessa palavra.
• 3. Elohim, embora seja plural, podendo ser traduzida por «deuses», essa
palavra pode indicar o Ser supremo, sendo usado o plural para enobrecer
a palavra, e não para que pensemos no verdadeiro plural. A própria
palavra é um plural de El e retém, por isso mesmo, o sentido básico de
«força», «poder». A presença desse nome, na narrativa da criação (no
plural), tem dado origem à interpretação trinitariana da palavra, ali; mas
isso é uma cristianização da passagem, e não uma verdadeira
interpretação. Gênesis 1-1 faz com que esse seja o primeiro nome de
DEUS na Bíblia.
• 4. Eloah, uma forma singular de Elohim, e com o mesmo sentido de El.
Essa forma variante encontra-se principalmente na linguagem poética,
pelo que aparece, com mais frequência, no livro de Jó.
17. 3. Nomes Específicos
• O Antigo Testamento emprega outros nomes para identificar o
DEUS Javé de Israel. São eles: ‘elyôn, "Altíssimo"; shadday,
"Todo-poderoso" e ’ãdhonãy, "Senhor".
• O nome composto ’êl ‘elyôn significa "DEUS Altíssimo". Elion
designa DEUS como o Alto e Excelente, o DEUS Glorioso. É um
dos nomes genéricos porque ele também é aplicado a governantes,
mas nunca vem acompanhado de artigo quando se refere ao DEUS
de Israel. Abraão adorava a El Shadai, "DEUS Todo-Poderoso" (Gn
17.1); e Melquisedeque, rei e sacerdote de Salém, era adorador de
El Elion (Gn 14.19-20). Quando Abraão se encontrou com
Melquisedeque, descobriu que seu DEUS era o mesmo de
Melquisedeque, apenas conhecido por um nome diferente (Êx 6.3).
Em Gênesis 14.19-20, esse nome vem acompanhado de "El", mas,
às vezes, aparece sozinho (Is 14.14).
• O DEUS de Israel é também identificado como ’êl shadday,
"DEUS Todo-Poderoso". Shadai é o "nome de uma deidade" (KO-
EHLER BAUMGARTNER, vol. II, 2001, p. 1420). Segundo
Holaday, é o nome de deidade identificado com Javé (2010, p.
514); e, de acordo com Gesenius, "mais poderoso, Todo-poderoso,
um epíteto de Jeová, às vezes com El" (1982, p. 806). Aparece 48
vezes no texto hebraico das Escrituras, sete delas antecedido de El.
18. II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
1. A PRONÚNCIA DO NOME DIVINO
• O tetragrama YHWH (Yahweh) era considerado sagrado
demais para ser pronunciado. As vogais de Adonai (meu
Senhor) foram combinadas com as consoantes YHWH, e o
resultado foi a forma Jeová. Não se trata, realmente, de um
nome de DEUS, mas de uma corruptela do nome, a fim de
que pudesse ser proferido, sem nenhum temor pelos judeus.
Mas nunca aparece, com essa forma, no original hebraico
da Bíblia. Tal forma só começou a aparecer no século XII
D.C. Antes disso, —cada vez que aparecia YHWH, os
judeus pronunciavam «Adonai».
• Fica evidente que o problema é difícil. É melhor concluir
que o uso da etimologia para determinar o conteúdo
teológico do nome Javé é tênue. Para se compreender o
significado teológico do nome divino, é necessário que se
determine o contexto teológico de que o nome era revestido
na religião hebraica.
19. 2. JEOVÁ OU JAVÉ?
• Javé, o nome pessoal do DEUS de Israel, é escrito pelas
quatro consoantes YHWH — o tetragrama. A escrita
hebraica foi usada durante todo o período do Antigo
Testamento sem as vogais. Elas nada mais são do que sinais
gráficos diacríticos, criados pelos rabinos entre os séculos 5
e 9, e que são colocados sobre, sob e no meio de cada
consoante. Até hoje, esses sinais ajudam muito na leitura de
qualquer texto hebraico; todavia, quem já conhece a língua
não precisa mais deles.
• Êxodo 3.14 revela que DEUS é o que tem existência própria,
ou seja, existe por si mesmo. É o imutável, o que causa todas
as coisas, é auto existente, aquele que é, que era e o que há
de vir, o eterno. Até hoje, os judeus religiosos preferem
chamar DEUS de "O ETERNO", como se encontra na
edição de 1988 da Bíblia na Linguagem de Hoje e na edição
da Sêfer da Bíblia Hebraica em lugar do tetragrama. Aqui,
DEUS explicou a Moisés o significado do nome Iavé.
20. • Desde o patriarca Abraão até ao período do
reino dividido, era costume invocar a Javé
mediante o uso do seu nome (Gn 12.8; 13.4;
21.33; 1 Rs 18.24). Era necessário conhecer o
nome para que se pudesse estabelecer um
relacionamento de comunhão.
• Veja que Jacó perguntou ao anjo com quem
lutava o seu nome (Gn 32.29). Manoá, o pai de
Sansão, fez a mesma pergunta com o propósito
de estabelecer um relacionamento espiritual (Jz
13.11- 17).
2. JEOVÁ OU JAVÉ?
21. 3. O SIGNIFICADO
• EU SOU O nome que DEUS deu a si mesmo quando encarrego
Moisés de libertar os israelitas do Egito (Êx 3.14). DEUS é o único
Ser independente, inteiramente auto subsistente no Universo. Tudo o
que existe depende dele (Gn 1.1; cf. Cl 1.17; Hb 1.3,10). Ele não
precisa de ninguém ou de nada, visto que Ele possui em si mesmo
todos os relacionamentos possíveis - o Eu-ele ou o sujeito-objeto, o
Eu-vocês ou o encontro pessoal, e o nós-você ou o relacionamento
social. Tudo o que existe foi criado por Ele para sua própria glória.
CRISTO declarou ser Ele mesmo o grande "EU SOU".
• Em João 8 Ele afirma que diz a verdade, e apoia isto declarando que
está dizendo o que ouviu (v. 26), viu (v. 38), e foi ensinado pelo Pai
(v. 28), e pode corroborar com Ele em qualquer momento (v. 29). Ele
conclui seu argumento usando a expressão "Eu Sou" (v. 58). Quando
Ele disse: "Antes que Abraão existisse, Eu Sou", os judeus
perceberam que isto era uma reivindicação de divindade,
particularmente porque Ele estava retornando ao "Eu Sou" do v. 24.
"Se não crerdes que eu sou [a palavra 'Ele' não consta no texto
grego], morrereis nos vossos pecados". Foi por isso que eles pegaram
em pedras para o matar. Eles perceberam que Ele estava
identificando-se com o "EU SOU O QUE SOU" de Êxodo 3.14.
22. III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O TERCEIRO MANDAMENTO.
• Abusos contra o nome de DEUS. Vários desses abusos
eram e continuam sendo possíveis:
1. O trivial. Até mesmo crentes exclamam,
descuidadamente: “Ó meu DEUS!” E até mesmo crentes
piedosos falam de modo frívolo acerca do Senhor, como
se Ele fosse apenas um bichinho de estimação. Combato
essa forma ridícula de teísmo de acordo com a qual
qualquer pensamento ou ato trivial é lançado na conta do
Senhor. Trata-se de uma forma de auto- exaltação. Pois se
o grande DEUS está conosco em questões tão pequenas,
então quão importantes nós somos. Em contraste com
isso, os israelitas piedosos nem ao menos pronunciavam o
nome divino Yahweh, mas corrompiam-no de alguma
forma, para não se tornarem culpados de estarem
tomando o nome de DEUS em vão.
23. 2. Nas artes mágicas e nos juramentos. Como nas conjurações e
nos ritos pagãos. Ver Gên. 32.27,29. O nome de Yahweh não
podia ser usado em tais atividades.
3. O nome de Yahweh não podia ser misturado com os nomes de
divindades pagãs, como se fizesse parte de algum panteão
gentílico.
4. A proibição do uso do nome divino incluía a ideia de
empregar o nome de DEUS para invocar os mortos. O nome
de Yahweh não podia ser misturado à bruxaria.
5. O nome de Yahweh não podia ser usado nos juramentos
falsos, como se a veracidade de uma pessoa pudesse ser
apoiada pelo grande DEUS (Lev. 19.12).
6. Embora 0 texto sagrado não o diga especificamente, temos
aqui um mandamento contra toda espécie de profanação por
meio de palavras, incluindo ou não os nomes divinos. O texto
por certo subentende o uso devido da língua, em questões
tanto sagradas quanto seculares.
III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O TERCEIRO MANDAMENTO.
24. 2. JURAMENTO E PERJÚRIO.
• Definições e sentidos:
• Um juramento é uma solene confirmação em apoio a alguma
declaração, ou então, uma promessa, reforçada por um apelo a
DEUS, a alguma coisa sagrada, a alguma elevada autoridade, a
alguma testemunha, que garanta a sinceridade e a intenção de quem
jurou que cumprirá a sua declaração.
• Nos tribunais, tal confirmação da veracidade de uma declaração torna
a pessoa passível de punição por perjúrio, se ficar provado que uma
declaração importante sua é falsa.
• Um juramento também pode ser uma imprecação que,
presumivelmente, tenha o poder de prejudicar àquele contra quem a
imprecação é proferida. Utiliza-se um juramento para afirmar a
veracidade de uma declaração qualquer, quando não há evidências
presentes com esse propósito.
• Outrossim, um juramento submete aquele que jura ao escrutínio de
DEUS. Presume-se que ninguém juraria e mentiria, ao mesmo tempo.
A Bíblia ensina-nos que DEUS sempre tem consciência de nossos
atos e de nossas palavras, e um juramento torna-nos responsáveis
diante de DEUS, ainda com mais força.
25. • Não jurarás falso (Lev. 19:12 e Êx. 20:7) «...não tardarás
em cumpri-lo...» (Deu. 23:22; ver Núm. 30:1-16). O
costume de jurar era mais antigo que a lei. Foi adotado pela
lei civil como algo necessário (Êx. 22:11). O que JESUS
condena não é a simples ideia da lei, e, sim, como nos
casos do sexto e do sétimo mandamentos, os abusos ao
princípio.
• Os judeus classificavam os juramentos, e alguns eram
reputados mais importantes, de acordo com o objeto sobre
o qual o juramento era feito. Juravam pelo céu, pela terra,
por cidades como Jerusalém, por partes do corpo humano,
como a cabeça, pela sinagoga, pelo templo, e muitas vezes
pelo nome de DEUS (ou por respeito ao nome de DEUS),
modificando o som, às vezes fazendo o nome de DEUS
significar outra coisa, pelo modo de sua pronúncia.
2. JURAMENTO E PERJÚRIO.
26. 3. MODALIDADES DE
JURAMENTOS
• «De modo algum jureis». Provavelmente Tg 5:12 foi
diretamente copiado desse texto. Quatro são as
interpretações dessa expressão. 1. Não jurar, se o juramento
não estiver de acordo com a reverência devida a DEUS. 2.
Não jurar de maneira superficial, como os judeus. 3. Não
jurar de maneira superficial, como os judeus, ficando
excluídos, entretanto, os juramentos civis, neste ensino. 4.
Trata-se de uma proibição absoluta para qualquer tipo de
juramento, sob qualquer circunstância.
• «Nem pelo céu». Não podemos jurar pelo céu, porque está
associado ao* nome e à pessoa de DEUS. O juramento pelo
céu; portanto, é uma maneira de jurar pelo nome de DEUS.
Tal juramento foi e ainda pode ser uma forma de
profanação. DEUS não está obrigado a cumprir os desejos
só porque usam o seu nome, especialmente quando
profanam o seu nome.
27. • «Nem pela terra». Porque a terra também está diretamente ligada a
DEUS, por ser o «estrado de seus pés». (Ver Is. 66:1). A cidade de
Jerusalém é a cidade do grande Rei, isto é, Deus. (Ver Sal. 48:2).
Jurar por Jerusalém, pois, é uma maneira indireta de jurar pelo nome
de DEUS. JESUS diria que o cumprimento de todos esses
juramentos seriam obrigatórios porque estão vinculados ao nome de
DEUS; mas também diria que, especificamente, o homem não tem o
direito de usar o nome de DEUS para garantir a validade de qualquer
juramento.
• Nem jures pela tua cabeça». Esse juramento provavelmente não era
reputado como vinculado a DEUS; por isso era usado como meio de
jurar sem cometer profanação. Mas mesmo assim alguns opinam que
tal juramento inclui profanação do nome de DEUS, por ser o homem
uma criatura feita por DEUS à sua própria imagem. Essa é uma
verdade, mas o restante do versículo mostra que não foi por essa
razão que JESUS destacou esse juramento como exemplo. CRISTO
ilustra que o juramento feito pela própria cabeça constitui uma forma
de profanação, apesar de não usar o nome de DEUS, pois em
realidade ninguém exerce controle sobre a própria vida e não pode
mudar, pela sua vontade, nem mesmo a cor de seus cabelos.
3. MODALIDADES DE
JURAMENTOS
28. IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
1. OBJETIVO DO TERCEIRO MANDAMENTO.
• Sim, sim... não, não». A repetição da palavra é a
confirmação ou não da verdade. A garantia da honestidade
do indivíduo deve ser a confiança na sua simples palavra.
Provavelmente JESUS insistiria que tal honestidade deve
ser inspirada pela consciência da presença de DEUS e a
relação do homem para com o Senhor. O homem cônscio
da presença de DEUS e que sente responsabilidade para
com DEUS, não mente. Tal honestidade não requer a
confirmação de qualquer juramento. E o juramento feito—
pelo homem desonesto—não tem valor. A desonestidade de
nossa natureza se expressa não apenas na tendência em nos
desviarmos da verdade pura, mas também na esperança de
que nossos semelhantes façam a mesma coisa. A prática
dos juramentos apenas agrava essa situação, porque o
próprio juramento é usado para enganar, confirmando de
maneira séria uma desonestidade.
29. 2. A PROIBIÇÃO ABSOLUTA
• Esta passagem conclui com o mandamento de que
quando alguém deve dizer sim, tem que dizer sim, e
nada mais; e quando deve dizer não, tem que dizer
não, e somente não.
• O ideal é que ninguém precise de juramentos para
garantir a verdade ou dar prova de sua vontade de
cumprir uma promessa. O caráter da pessoa deveria
fazer com que os juramentos fossem totalmente
desnecessários.
• Sócrates, o grande orador e mestre grego, disse:
"Deveríamos viver de tal maneira que nossas ações
inspirassem mais confiança em nós que qualquer
juramento." Clemente de Alexandria sustentava que
os cristãos deveriam viver de tal modo e ser de tal
caráter que ninguém jamais sonhasse sequer em
pedir-lhes um juramento.
30. 3. A PROIBIÇÃO RELATIVA
• Mt 5.34. De maneira nenhuma, jureis é a
tradução correta (ordem indireta e infinitivo
aoristo). Claro que JESUS não proíbe
juramentos em tribunais, porque ele mesmo
respondeu a Caifás sob juramento (Mt
26.63,64). Paulo fez apelos solenes a DEUS (1
Co 15.31; 1 Ts 5.27). JESUS proíbe todas as
formas de profanação. Os judeus eram mestres
na arte de perder-se em minúcias sobre
juramentos permissíveis ou formas de
profanação, exatamente como fazem os cristãos
de hoje sob o pretexto de uma grande variedade
de “palavras de baixo calão”.
31. • A determinação de CRISTO sobre este assunto é:
• Que não devemos jurar, de Maneira nenhuma, exceto quando
estivermos devidamente obrigados a isto, e quando a justiça ou a
caridade para com o nosso irmão, ou o respeito pela comunidade
tornarem necessário o juramento para o fim da contenda (Hb
6.16). O magistrado civil deve ser, normalmente, o juiz desta
necessidade.
• Nós podemos ser jurados, mas não devemos jurai'; podemos ser
intimados, e desta maneira estar obrigados ao juramento, mas não
devemos nos atirar a ele em busca de alguma vantagem terrena.
• Que não devemos jurar superficial e irreverentemente, nas
conversas comuns. E um pecado muito grande fazer um apelo
absurdo à gloriosa Majestade do céu, que, sendo sagrada, sempre
deve ser muito séria. E uma grande profanação do santo nome de
DEUS, e uma das coisas sagradas que os filhos de Israel
santificam ao Senhor. Este é um pecado que não tem disfarce;
não há desculpa para ele, e, portanto, é um sinal de um coração
desprovido da graça do Senhor, onde reina a inimizade contra
DEUS: “Os teus inimigos tomam o. teu nome. em vão” .
3. A PROIBIÇÃO RELATIVA
32. • Que devemos, de uma maneira especial, evitar juramentos ao fazer alguma
promessa, dos quais CRISTO particularmente fala aqui, pois estes
juramentos devem ser cumpridos. A influência de um juramento afirmativo
cessa imediatamente quando descobrimos fielmente a verdade e toda a
verdade; mas um juramento de promessa compromete por tanto tempo, e
pode ser rompido de tantas maneiras, pela surpresa e pela força de uma
tentação, que não deve ser usado, exceto em algum caso de grande
necessidade. O uso frequente de juramentos se reflete sobre os cristãos, que
deveriam ter uma fidelidade reconhecida a ponto das suas palavras sóbrias
serem tão sagradas quanto os seus juramentos solenes.
• Que não devemos jurai por nenhuma outra criatura.
• Parece que havia alguns que, como cortesia (pensavam eles) ao nome de
DEUS, não fariam uso dele nos juramentos, mas juravam pelo céu, ou pela
terra etc. Isto CRISTO proíbe aqui (v. 34), e mostra que não há nada por
que possamos jurar, mas que isto está de uma maneira ou de outra
relacionada com DEUS, que é a origem de todos os seres, e. portanto, é
igualmente perigoso jurar por eles, quanto jurar pelo próprio DEUS. E a
veracidade da criatura que é posta em jogo: isto não pode ser um
instrumento de testemunho, mas tem relação com DEUS que é a Verdade
principal.
3. A PROIBIÇÃO RELATIVA
33. Conclusão
• A linguagem do cristão deve ser sim,
sim ou não, não. Não há necessidade de
jurar, pois o testemunho, como crente
em Jesus, fala por si mesmo. Se alguém
precisa jurar para que se acredite em
suas palavras, tal pessoa precisa fazer
uma revisão de sua vida espiritual. Por
essa razão, devemos viver o que
pregamos e pregar o que vivemos.