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110-01 
3543- Psicologia da Velhice (50h)
O nosso país está a envelhecer 
Com o aumento da qualidade de 
vida e, especialmente os avanços da 
medicina, a população idosa está 
crescendo vertiginosamente. Com 
isto, há uma carência cada vez maior 
de profissionais habilitados e 
especializados, o que torna o 
mercado de trabalho, que já é carente 
de bons profissionais, em um 
mercado de trabalho extremamente 
interessante nas próximas décadas.
População portuguesa está a envelhecer e vai 
decrescer 
Se em 1960 Portugal era um país jovem, do ponto de vista demográfico, 
pela primeira vez o número de jovens foi superado pelo número de idosos 
no ano 2000.
Deve-se: Ao contínuo 
decréscimo da taxa de 
natalidade, à redução da taxa 
de mortalidade e ao aumento 
da esperança média de vida 
que resulta: 
Da melhoria das condições 
de vida; 
Dos progressos da 
medicina; 
Da melhoria da assistência 
médica. 
Em Portugal, a esperança média de vida era, em 1960, de apenas 61 anos para os homens 
e 67 anos para as mulheres, enquanto em 2005 atingia 81 anos para as mulheres e 75 para 
os homens. Assim, a esperança média de vida à nascença tem vindo a aumentar, sendo 
sempre superior nas mulheres, devido à sobremortalidade masculina.
A população idosa deverá 
praticamente duplicar ao longo dos 
próximos 40 anos, prevendo-se que 
venha a pesar 32% do total da 
população residente em Portugal em 
2050, enquanto a população jovem 
só deverá vir a representar cerca de 
13%, de acordo com as estimativas 
do INE.( 
http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2006/d061222-2/d061222-2.pdf 
)
Existe uma preocupação 
crescente da sociedade 
em melhorar a qualidade 
de vida do idoso!
Gerontologia 
do grego gérõn-ontos (velho) e logos (estudo). 
Geriatria 
do grego gérõn-ontos (velho) e yatreia (tratamento). 
Ramo da medicina que aborda os aspectos clínicos, 
preventivo, terapêutico e social do paciente idoso.
Gerontologia 
A Gerontologia é uma especialidade que não está ligada 
somente à área da saúde, pelo contrário, está aberta a todas 
as áreas. Um arquiteto pode se especializar e com isso, 
trabalhar, por exemplo, a questão da acessibilidade dos 
idosos nos imóveis. Um advogado, um engenheiro, um 
dentista, um pedagogo, um psicólogo, um cientista social... 
todos esses profissionais podem direcionar seu trabalho para 
as questões ligadas ao envelhecimento. 
O profissional desta área está apto a contribuir para que 
o envelhecimento seja um processo saudável, bem-sucedido, 
assistido e cuidado. Inclusive orientando a família 
e a sociedade sobre como lidar com o seu idoso, fazendo 
intervenções e combatendo preconceitos.
Geriatria 
É a especialidade médica que trata de doença de idoso 
ou de doentes idosos, mas também se preocupa em 
prolongar a vida com saúde. 
Ao longo da vida a capacidade funcional vai reduzindo e 
na terceira idade é importante manter a independência e 
prevenir incapacidades, assim garantindo uma boa qualidade 
de vida. O processo natural do envelhecimento associado as 
doenças crônicas e a hábitos de vida inadequados são os 
responsáveis pela limitação do idoso. 
Nesta fase é importante focar sempre na prevenção, pois 
até o idoso aparentemente saudável requer cuidados.
Objetivos da Geriatria 
- manter a saúde em idades avançadas. 
- manter a funcionalidade. 
- prevenir doenças. 
- detetar e tratar precocemente as 
doenças. 
- manter o máximo grau de independência 
do idoso.
Prevenção de doenças nos 
idosos 
- corrigir os hábitos que agridem a saúde 
(alimentação não balanceada, inatividade física, 
obesidades, etc...) 
- adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim 
o risco de acidentes como quedas e suas 
consequências. 
- estimular a prática de atividades físicas aeróbicas 
para aumento de resistência, força e flexibilidade. 
- equilibrar o estado emocional, ampliando a rede 
de apoio e suporte ao idoso.
Geriatria 
Melhorar a qualidade de vida dos idosos, e não 
apenas acrescentar anos a vida.
IIddoossaa éé uummaa ppeessssooaa 
qquuee tteemm mmuuiittaa iiddaaddee.. 
VVeellhhaa éé aa ppeessssooaa qquuee 
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Cada existência 
humana é única, cada 
homem envelhece de 
uma maneira 
particular. 
Uns 
saudáveis, outros 
não. Não há velhice e 
sim velhices. O 
envelhecimento deve 
ser considerado um 
processo tipicamente 
individual, existencial 
e subjetivo, cujas 
conseqüências 
ocorrem de forma 
diversa em cada 
sujeito..”
 "A Velhice é aquele período da vida no qual um número cada vez 
maior de coisas acontece pela última vez e um número cada vez 
menor acontece pela primeira vez" 
A velhice é um processo inelutável caracterizado por um conjunto complexo 
de factores fisiológicos, psicológicos e sociais específicos de cada indivíduo. 
Assim, certos idosos estão mais envelhecidos, outros parecem mais jovens e 
há ainda os que sentem não ter qualquer utilidade. Na realidade, o 
envelhecimento é um fenómeno perfeitamente natural.
Aspectos biológicos e psicológicos no 
envelhecer 
1 - Conceito de Envelhecimento (não reúne consenso – Dias, 2005) 
Para Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa (2002) a velhice é: 
“O processo normal de envelhecimento do ser humano 
implica uma série de alterações de ordem fisiológica, 
biológica, psicológica e social. Essas transformações vão-se 
acumulando durante toda a trajectória de vida, de tal 
forma que o indivíduo na Terceira Idade apresenta 
especificidades e características que o distinguem das 
pessoas de outros escalões etários”
1.1. Conceito Biológico de Envelhecimento 
De acordo com Teixeira (1999) a perspectiva biológica do 
envelhecimento reúne o seu ponto consensual na chamada 
teoria do declínio. 
Segundo esta teoria, o envelhecimento é caracterizado por 
uma lentidão que abrange diferentes domínios do 
comportamento. Na origem desta lentidão está o declínio de 
um conjunto de funções orgânicas (como por exemplo a 
diminuição da capacidade de regeneração das células e 
consequente envelhecimento dos tecidos). 
Estas alterações estão ligadas a factores determinantes como 
a idade, o sexo, a capacidade cognitiva e física de cada 
indivíduo (Berg, 1980; Bowles e Poon, 1981, entre outros 
cited in Teixeira, 1999). Ou seja, o processo de deterioração 
das capacidades e aptidões manifesta-se de forma 
diferenciada de indivíduo para indivíduo.
Barreto (2005): 
envelhecimento primário é um processo pessoal, 
natural, gradual que se caracteriza por uma diminuição 
das “aptidões e capacidades, tanto físicas como 
mentais”, o qual se encontra relacionado com o código 
genético de cada um. (Barreto, 2005 p.291) 
envelhecimento secundário é um processo 
“patológico”, as alterações físicas e/ou mentais ocorrem 
de forma imprevisível e as causas são diversas 
(determinadas doenças ou lesões, fortemente 
relacionadas com alterações ambientais), sendo as suas 
manifestações vivenciadas de forma distinta pelo ser 
humano. (Barreto, 2005 p.291)
Modificações Externas 
 bochechas se enrugam; 
 aparecem manchas escuras na pele, perda da 
tonicidade tornando-se flácida; 
 podem surgir verrugas; 
 o nariz alarga-se; 
 os olhos ficam mais húmidos; 
 aumento da quantidade de pelos nas orelhas e nariz; 
 ombros ficam mais arredondados; 
 as veias destacam-se sob a pele dos membros; 
 encurvamento postural devido a modificações na coluna 
vertebral; 
 diminuição da estatura pelo desgaste das vértebras. 
(Zimerman, 2000)
Modificações Internas 
 ossos endurecem; 
 órgãos internos atrofiam, reduzindo o seu 
funcionamento; 
 cérebro perde neurónios e atrofia-se, tornando-se 
menos eficiente; 
 metabolismo fica mais lento; 
 digestão é mais difícil; 
 insónia aumenta, assim como a fadiga; 
 visão de perto piora; 
 audição piora; 
 endurecimento das artérias e seu entupimento 
provocam arteriosclerose; 
 olfacto e paladar diminuem. 
(Zimerman, 2000)
Alterações posturais 
Esqueleto humano em vista lateral, mostrando as alterações posturais ao 
longo da idade de 55 anos, 65 anos e 75 anos subsequentemente
Alterações Patológicas 
 Surgimento de cataratas; 
 Diminuição nas sensibilidades visuais, auditivas, 
térmicas e dolorosas; 
 Diminuição na intensidade do reflexo; 
 Modificações do apetite sexual; 
 Diabetes; 
 Hipertensão arterial; 
 Arteriosclerose; 
 Bronquite; 
 Insuficiência renal aguda; 
 Deformações torácicas; 
 Reumatismo; 
 Aparecimento de cancro nos mais variados órgãos.
Alterações Patológicas
Alterações patológica 
Dificuldade 
Atividades da Vida Diária (AVD)
Atividades da Vida Diária 
(AVD) 
 As atividades de vida diária (AVDs) 
compreendem aquelas atividades que se 
referem ao cuidado com o corpo das pessoas 
(vestir-se, fazer higiene, alimentar-se), as 
atividades instrumentais de vida diária 
(AIVDs) são as relacionadas com atividades de 
cuidado com a casa, familiares dependentes e 
administração do ambiente (limpar a casa, 
cuidar da roupa, da comida, usar equipamentos 
domésticos, fazer compras, usar transporte 
pessoal ou público, controlar a própria 
medicação e finanças).
Atividades da Vida Diária (AVD) 
Imobilidade 
Falta de Atividades
Úlcera de pressão 
O que é? 
A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão 
de pele causada pela interrupção sanguínea em uma 
determinada área, que se desenvolve devido a uma 
pressão aumentada por um período prolongado. 
Também é conhecida como úlcera de decúbito, escara 
ou escara de decúbito. O termo escara deve ser utilizado 
quando se tem uma parte necrótica ou crosta preta na 
lesão.
Úlcera de Pressão 
Como se desenvolve? 
A úlcera de pressão se desenvolve quando se tem 
uma compressão do tecido mole entre uma 
proeminência óssea e uma superfície dura por um 
período prolongado. O local mais freqüente para o 
seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, 
nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.
Úlceras de Pressão 
 Classificação das úlceras: 
- Grau I - eritema e pele íntegra 
- Grau II - perde epiderme e derme 
- Grau III - atinge subcutâneo 
- Grau IV- atinge ossos e músculos
Úlceras de Pressão
 Como prevenir? 
Manter alguns cuidados com a pele do 
paciente é fundamental. A atuação 
fundamental é no alívio da pressão da 
pele, nas áreas de maior risco, ou onde 
se tem ossos mais proeminentes. 
Alguns cuidados são bem importantes, 
e podem ser realizados desde os 
primeiros momentos que o paciente 
ficou acamado, seja em casa ou no 
hospital.
IMOBILIDADE 
Conseqüências: 
 Depressão 
 Confusão mental 
 Hipotensão e constipação intestinal 
 Incontinência e Infecção Urinária 
 Trombose Venosa e embolia pulmonar 20% 
das mortes em acamados. 
 Pneumonia e broncoaspiração 
 Úlcera de pressão- escaras 
 Atrofia muscular- sarcopenia
O que fazer? 
 Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do 
paciente. 
 Mudar sempre o paciente acamado de posição. 
 Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os 
calcanhares. 
 Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com 
colchão piramidal, várias vezes ao dia. 
 Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas 
de apoio. 
 Manter alimentação rica em vitaminas e proteína. 
 Manter hidratação.
O que fazer? 
 Trocar fraldas a cada três horas, mantendo paciente limpo e 
seco. 
 Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais. 
 Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da 
região genital. 
 Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras 
infecções por fungos. Nesses casos, procurar o médico. 
 Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de 
AGE nas áreas de risco aumentado para lesões 
 Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de 
pressão, com loção umectante e suave.
O que fazer? 
 Atenção – áreas avermelhadas não devem ser 
massageadas, para não aumentar a área já lesionada. 
 Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las 
seca e bem esticadas. 
 NÃO utilizar lâmpada de calor sobre a pele, pois estimulam 
o ressecamento da mesma.
1.2 - Conceito Psicológico de Envelhecimento 
O processo de envelhecimento envolve alterações ao nível dos 
processos mentais, da personalidade, das motivações, das 
aptidões sociais e aos contextos biográficos do sujeito 
(Oliveira, 2005). 
Quer isto dizer que o envelhecimento, do ponto de vista psicológico, 
vai depender de factores de ordem genética, patológica (doenças 
e/ou lesões), de potencialidades individuais (processamento de 
informação, memoria, desempenho cognitivo, entre outras), com 
interferência do meio ambiente e do contexto sociocultural . Segundo 
esta perspectiva, é necessário perceber a importância das formas de 
compensação, que cada um de nós utiliza/prepara para fazer face 
às perdas associadas ao envelhecimento, pois estas vão influenciar 
significativamente a qualidade de vida e o bem-estar psicológico do 
idoso. (Sequeira, 2007)
Aspectos Psicológicos 
 Dificuldade de se adaptar a novos papéis; 
 Falta de motivação e dificuldade de planear o futuro; 
 Necessidade de trabalhar perdas orgânicas, afectivas e 
sociais; 
 Dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas; 
 Baixa auto-estima e auto-conceito; 
 Sinais de patologia. 
(Zimerman, 2000)
1.2.1. Envelhecimento e o Contexto Social 
O fenómeno do envelhecimento da população é um 
processo complexo e mutável, claramente determinado 
por uma determinada época e sociedade (Dias, 2005). 
As dificuldades que o idoso enfrenta e a forma como 
envelhece, com maior ou menor valorização, deve-se em 
muito ao estatuto que determinada sociedade lhe 
confere. 
Se em tempos mas longínquos o velho era considerado 
como um arquivo de saberes e experiencias cuja 
transmissão era imprescindível para a sobrevivência da 
comunidade, hoje, passamos a questionar o sentido, os 
custos deste aumento da longevidade (Barreto, 2005).
O envelhecimento social está de um modo geral associado a 
alterações no status do indivíduo. Existe uma transição da 
categoria de activo à de reformado (65 anos), esta desocupação 
de papéis sociais é percepcionada como uma perda de utilidade 
e poder social. Com a ausência de um horário laboral, o 
indivíduo tem que se adequar a novos papéis o que nem 
sempre é um processo fácil (Sousa, Figueiredo e Cerqueira, 2004). 
É com esta mudança que alguns projectos de vida ficam 
comprometidos. Existem idosos que apresentam dificuldades 
neste processo de adaptação e que iniciam um ciclo de perdas 
diversas que vão desde a condição económica ao poder de 
decisão, à perda de parentes e amigos, da independência e da 
autonomia; de contactos sociais, da auto-estima, à perda da 
sua identidade (Zimerman, 2000).
Família Sociedade 
Acolhe 
Relega actividades 
secundárias 
Não se adapta e 
afasta-se 
Vê o idoso como 
um peso 
A cultura, a politica, a 
situação económica 
tornam o idoso num 
problema 
Por não produzir 
perde valor 
Considera 
importante mas 
não incluí 
Não valoriza, despreza 
e rejeita 
Não considera a 
sua contribuição 
Não valoriza a 
sabedoria do 
idoso 
Influencia negativa na 
qualidade de vida do idoso 
Institucionalização
Síntese: 
Nem todos percepcionamos e vivemos a velhice como a 
sequência de vários acontecimentos perturbadores inevitáveis. 
Esta nova etapa da vida do indivíduo deve ser vivida com 
condições físicas e económicas e com uma vida social activa 
(Barreto, 2005). 
Se estas alterações, por um lado, representam o afastamento 
do circuito de produção, por outro, proporcionam o direito a um 
repouso remunerado (Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa, 2002). 
A velhice é um processo natural, indiscutível e inevitável. 
Independentemente das perspectivas explicativas, nesta fase 
ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, 
económicas e políticas de forma diferenciada de indivíduo para 
indivíduo. Contudo, o bem-estar do idoso é influenciado por 
múltiplos factores internos e externos, que vão contribuir para uma 
melhor ou pior adaptação a estas transformações (Barreto, 2005).
Síntese: 
Nem todos percepcionamos e vivemos a velhice como a 
sequência de vários acontecimentos perturbadores inevitáveis. 
Esta nova etapa da vida do indivíduo deve ser vivida com 
condições físicas e económicas e com uma vida social activa 
(Barreto, 2005). 
Se estas alterações, por um lado, representam o afastamento 
do circuito de produção, por outro, proporcionam o direito a um 
repouso remunerado (Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa, 2002). 
A velhice é um processo natural, indiscutível e inevitável. 
Independentemente das perspectivas explicativas, nesta fase 
ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, 
económicas e políticas de forma diferenciada de indivíduo para 
indivíduo. Contudo, o bem-estar do idoso é influenciado por 
múltiplos factores internos e externos, que vão contribuir para uma 
melhor ou pior adaptação a estas transformações (Barreto, 2005).
Emoções e Velhice 
Segundo Lelord e Christophe (2002, p.19) 
“a emoção é uma reacção súbita de todo o 
nosso organismo, com componentes 
fisiológicas, cognitivas e comportamentais” 
que permite ao sujeito se libertar das suas 
tensões.
Emoções de Fundo 
São detectadas através de pormenores como a velocidade dos 
movimentos ou até a contracção dos músculos faciais, pois 
comporta interferências de incitadores internos. Estas podem 
ser relatadas como o entusiasmo, tensão, calma, bem-estar 
e mal-estar 
Emoções Primárias 
São universais e estão associadas a estados físicos. Podem ser 
relatadas como a alegria, tristeza, felicidade, medo, cólera, 
surpresa, raiva e repugnância. 
Emoções Sociais 
Emergem devido à relação socio-cultural e podem manifestar-se 
como a simpatia, compaixão, embaraço, vergonha, culpa, 
orgulho, inveja, ciúme, admiração e desprezo. (Damásio, 2003)
Incontinência emocional: caracterizada em 
produzir intensas reacções afectivas e uma 
incapacidade para controlá-las, 
Labilidade afectiva: que nada mais é do que a 
mudança rápida de emoções. As paixões 
reprimidas ao longo da vida, não encontram na 
velhice energia e produzem tristeza com suas 
frustrações, angústias e rancores.
Emoções Negativas Frequentes 
 Raiva; 
 Mágoa; 
 Ressentimento; 
 Angústia; 
 Ansiedade; 
 Tristeza
Características do envelhecimento emocional 
- Redução da tolerância a estímulos; 
- Vulnerabilidade à ansiedade e depressão; 
- Acentuação de traços obsessivos; 
- Sintomas hipocondríacos, depreciativos ou de 
passividade; 
- Conservadorismo de carácter e de ideias (rigidez 
mental)
- Atitude hostil diante do novo; 
- Diminuição da vontade, das aspirações, da 
iniciativa; 
- Estreitamento da afectividade. 
É frequente que os idosos associem à idade 
avançada a melancolia e a tristeza devido a 
perdas afectivas, económicas, sociais e 
doenças crónicas.
Motivação 
“É a força propulsora (desejo) por trás de 
todas as acções de um organismo. 
Motivação é o processo responsável 
pela intensidade, direcção, e 
persistência dos esforços de uma 
pessoa para o alcance de uma 
determinada meta.” (Dicionário de Psicologia, 1987)
MOTIVAÇÃO 
Alguma coisa que faz uma pessoa agir; 
Processo de estimular uma pessoa agir; 
Processos que instigam um comportamento; 
Processos que fornecem direcção e propósito ao 
comportamento; 
Processos que permitem a persistência do 
comportamento; 
Processos que conduzem às escolhas ou preferências 
de um determinado comportamento. (ASSIS;NAHAS, 1999:34)
Em Nóbrega et al., o envelhecimento é um 
processo que gradativamente conduz o sujeito à 
inatividade física, que por sua vez leva ao 
descondicionamento e à potencialização da 
fragilidade músculo-esquelética. Com o acúmulo 
dessas variáveis, ocorre a perda do estilo de vida 
independente, ocasionando diminuição da 
motivação e auto-estima, havendo possibilidade 
de atingir um grau de ansiedade e depressão, 
que neste caso aceleraria a inatividade física e o 
envelhecimento.
Envelhecimento bem 
sucedido: 
Satisfação de vida; 
Felicidade; 
Concretização de 
objectivos; 
Boa qualidade de vida 
Ou : 
Depressão; 
Ansiedade; 
Isolamento Social
Freire (2000), apresenta um modelo teórico com 
seis dimensões do funcionamento positivo para 
explicar o bem-estar: 
1)Auto-aceitação: implica em uma atitude positiva 
do indivíduo em relação a si próprio e a seu 
passado; implica reconhecer e aceitar diversos 
aspectos de si mesmo, características boas e más. 
2)Relações positivas com os outros: envolve ter 
uma relação de qualidade com os outros, ou seja, 
uma relação satisfatória e verdadeira; preocupar-se 
com o bem estar alheio; ser capaz de relações 
empáticas, afectuosas .
3) Autonomia: significa ser autodeterminado e 
independente; ter habilidade para resistir às pressões 
sociais para pensar e agir de determinada maneira; 
avaliar-se com base em seus próprios padrões. 
4) Domínio sobre o ambiente: aproveitar as 
oportunidades que surgem à sua volta; ser hábil para 
escolher ou criar contextos apropriados às suas 
necessidades e valores. 
5) Propósito na vida: implica ter metas na vida e um 
sentido de direcção; o indivíduo percebe que há sentido 
em sua vida presente e passada; possui crenças que 
dão propósitos à vida; acredita que a vida tem um 
propósito e é significativa.
6) Crescimento pessoal: o indivíduo tem um senso 
de crescimento contínuo e de desenvolvimento 
como pessoa; está aberto a novas experiências; tem 
um senso de realização de seu potencial, e suas 
mudanças reflectem autoconhecimento e eficácia. 
O bem-estar psicológico, segundo Diener e Suh 
(1997), reflectirá em uma avaliação que o idoso faz 
de sua vida que foi influenciada por valores 
pessoais, padrões sociais e aspectos históricos que 
possuem componentes cognitivos (saúde, relações 
sociais e espiritualidade) e afectivos (afectos 
positivos, felicidade e alegria, e afectos negativos, 
tristeza, infelicidade).
Rowe e Kahn sugerem três acções que influenciam 
e melhoram a qualidade de vida: 
“como fazer o melhor dos últimos anos!” 
1. Evitar as doenças e as incapacidades 
(alimentação, não fumar) 
2. Manter activas as funções físicas e cognitivas 
(exercício físico, ler, fazer palavras cruzadas) 
3. Estar envolvido com a vida e viver (relacionar-se 
com os outros, contribuir com algo de 
valor).
Envelhecimento mal sucedido 
Depressão 
Muitos autores consideram as depressões na velhice como 
atípicas, podem ser caracterizadas pela falta de episódios 
de tristeza, claramente distintos, mostrando-se o doente 
apático, com queixas subjectivas de comprometimento 
cognitivo, ansiedade proeminente, somatização e excesso 
de preocupação com o corpo. 
SIMÕES (1996) afirma que, no idoso, os sintomas iniciais do 
quadro depressivo são relativamente inespecíficos, tais 
como a debilidade, perturbações de sono, tristeza e 
ansiedade, desinteresse por hábitos e/ou prazeres 
habituais. Os sintomas mais específicos são os que 
decorrem da depressão do humor, bem como a lentidão 
psicomotora.
SINTOMAS 
Humor depressivo e/ou uma diminuição clara do interesse 
ou prazer em quase todas as actividades durante a maior 
parte do dia; 
 Perda (sem dieta) ou ganho de peso, diminuição ou 
aumento de apetite, insónia ou hipersónia, agitação ou 
lentidão psicomotora, fadiga ou perda de energia; 
Sentimento de desvalorização ou culpa excessiva ou 
inapropriada; 
Menor capacidade de pensamento ou concentração, 
ou indecisão; 
Pensamentos recorrentes sobre a morte, ideação 
suicida recorrente, tentativa de suicídio ou a existência 
de um plano específico para cometer suicídio;
Ansiedade 
Sintomas Psíquicos: nervosismo, irritabilidade e 
agressividade. 
Sintomas Físicos: tremor de extremidade, dificuldade 
para se expressar e descontrolo motor. 
Sistema Cardiovascular: taquicardia, arritmia 
cardíaca, suor na mãos, dor no peito, hipertensão e 
tontura.
Ansiedade (cont) 
Sistema Respiratório: falta de ar, tontura, 
tosses, engasgo, gaguez e soluço. 
Sistema Génito-urinário: aumento da 
frequência e quantidade de urina e problemas 
sexuais.
Personalidade: Tipologias 
Personalidade: 
“Este termo exprime a totalidade de um ser, tal como 
aparece aos outros e a si próprio, na sua unidade, 
na sua singularidade e na sua continuidade. Cada 
um possui uma personalidade, que resulta, ao 
mesmo tempo, do seu temperamento, da sua 
constituição e das múltiplas marcas deixadas pela 
sua história individual.” (Dicionário de Psicologia, 1987) 
Kaplan et al. definem a personalidade como a 
totalidade de traços emocionais e 
comportamentais que caracterizam o indivíduo 
nas situações de vida do dia-a-dia, sob condições 
normais, sendo relativamente estável e previsível.
GRUPO TIPO CARACTERÍSTICAS 
Adaptaram-se ao 
envelhecimento 
Construtivo Bem integrado, respeitado, estável, que 
desfruta daquilo que a vida lhe proporciona 
Dependente É passivo, satisfeito, enfim pode descansar 
Defensivo Activo, rígido, disciplinado, dedica-se a 
muitas actividades 
Não se 
adaptaram ao 
envelhecimento 
Colérico Culpa o mundo e as pessoas pelos seus 
insucessos pessoais, pouca ambição quanto 
ao futuro, vida social instável e padrões 
económicos precários, luta contra 
manifestações 
do envelhecimento 
Pessimista Sem história de vida, não gosta de si, é 
deprimido, isolado e geralmente exagera sua 
falta de capacitação física e psicológica, 
fazendo-se de vítima, a morte como a sua 
libertação desta existência insatisfatória
A personalidade sofre modificações ao longo do 
processo de envelhecimento? 
Estudos de Havighurst, Neugarten & Tobin (1968): primeiros 
dados sobre a personalidade nos idosos. Estes autores 
descobriram 4 grandes tipos de personalidade presentes em 
indivíduos entre os 50 e os 90 anos. 
Integrado: pessoas apresentando um bom funcionamento 
psicológico geral, com uma “vida cheia”, interesses variados, 
com as suas competências cognitivas intactas e retirando 
um elevado nível de satisfação dos papéis desempenhados; 
Defensivo-combativo: pessoas orientadas para a 
realização, lutadoras e controladas, experimentando níveis 
de satisfação entre o moderado e o elevado;
Passivo-dependente: dependendo do tipo de funcionamento 
ao longo da vida, assim estas pessoas apresentam na velhice 
uma orientação passiva ou dependente, mostrando graus de 
satisfação muito variados; 
Desintegrado: pessoas com lacunas no funcionamento 
psicológico, pouca actividade, controlo pobre de emoções e 
deterioração dos processos cognitivos, com baixa satisfação de 
vida. 
Para estes autores, as pessoas diferem muito na forma como 
vivem os últimos anos das suas vidas, acabando a sua 
personalidade por ser influenciada e modelada por factores em 
linha com aquilo que sempre foram as reacções e os 
comportamentos ao longo da vida.
Jung (1933) 
Segundo Jung, a personalidade organiza-se em 
redor de 2 orientações fundamentais: 
extroversão/introversão 
Extroversão: atitude para com o mundo 
exterior 
Introversão: atitude para com o mundo 
interior e para com as experiências mentais 
subjectivas 
Estas duas orientações equilibram-se para permitir 
que o indivíduo integre as limitações do ambiente e 
os desejos e fantasmas do seu inconsciente.
De acordo com tendências que determinam a 
evolução do indivíduo no decorrer da vida adulta: 
Extroversão-introversão: produzir-se-ia 
uma inversão por altura do meio da vida, 
que conduziria o indivíduo a um novo 
equilíbrio. 
Na juventude: haveria a predominância 
da extroversão (traduzida pela necessidade 
de afirmação do eu e de realização pessoal e 
profissional 
Na 2ª metade da vida: haveria um forte 
aumento da introversão; a pessoa volta-se 
para a análise dos seus sentimentos 
pessoais, para o balanço da vida e para a 
tomada de consciência do seu encontro
As primeiras pesquisas mostraram que a personalidade se 
tornava mais rígida com o envelhecimento e que se 
desenvolvia muito pouco na velhice. Estudos posteriores, 
surgidos a partir da década de 70, sugeriram que ocorreria 
uma estabilidade dos traços de personalidade ao longo da 
vida adulta e da velhice. Desta forma, a personalidade não 
se tornaria mais rígida, mas permaneceria da mesma forma 
que sempre fora desde a vida adulta. 
Segundo Hétu (1988), a personalidade construída pelo 
indivíduo durante a infância e juventude é o melhor factor 
de predição da adaptação à velhice. Ela representa o eu, a 
personalidade, ou o ego que, ao longo de toda a sua vida, 
será o integrador dos seus comportamentos.
As características de personalidade podem tanto 
contribuir para a manutenção da saúde e o bem-estar 
subjectivo na velhice quanto influenciar o 
desencadeamento de sintomas depressivos em 
idosos. 
Os idosos com características de personalidade 
mais voltadas para si próprias, menos 
interactivas e pouco dominantes, apresentaram 
menos sintomas de depressão em relação 
àquelas que são mais voltadas e interessadas no 
outro, mais deferentes, organizadas, persistentes 
e interactivas
Tarefas Evolutivas da Velhice 
Tarefas de desenvolvimento – são aquelas que a pessoa 
deve cumprir para garantir o seu desenvolvimento e 
consequente ajustamento psicológico e social. 
São tarefas com as quais as pessoas satisfazem as suas 
necessidades pessoais e garantem o desenvolvimento 
e manutenção de padrões sociais e culturais. Desta 
forma dão sustentação ao progresso social e cultural e 
em consequência ao bem-estar do indivíduo. 
- Prioridades / Investimento pessoal 
- Expectativas quanto ao futuro/ realizações e metas
Tarefas Evolutivas da Velhice (cont.) 
As tarefas não são estanques em 
cada etapa, embora algumas 
sejam preferencialmente típicas 
de uma determinada fase. Em 
cada fase todas se relacionam 
entre si e o prejuízo numa das 
tarefas pode comprometer o 
desenvolvimento futuro dessa 
tarefa ou de outras.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento 
Psicológico 
As tarefas são básicas em cada sequência do ciclo 
de vida; 
Há uma expectativa social de que as pessoas em 
cada sequência cumpram com êxito as suas 
tarefas; 
Na última parte do ciclo também a pessoa idosa tem 
tarefas de desenvolvimento a cumprir, de modo a 
ser feliz e a ter qualidade na sua vida.
Recorrendo à teoria de Erikson (1950) 
Encontram-se dois conceitos: 
a) geratividade como tarefa evolutiva de adultos; 
b) integridade do ego como tarefa evolutiva específica de 
idosos. 
Geratividade significa contribuir para gerações futuras por 
meio da produção não só de aspectos materiais, mas 
também do cuidado e da manutenção de outros seres. 
Integridade do ego é a adaptação a triunfos e desilusões 
inerentes à condição de criador de outros seres 
humanos e gerador de produtos e ideias. É ter, em 
suma, dignidade, sabedoria, aceitação do modo de 
vida, senso de completude e unidade.
CICLO VITAL 
Assim, como o indivíduo, a família 
passa por estágios de 
desenvolvimento, conduzindo ao 
crescimento e à transição para um 
novo nível necessário e importante 
no ciclo vital: 
Formação do Casal 
Família com filhos Pequenos; 
Família com Filhos na Escola; 
Família com Filhos Adolescentes 
Família com Filhos Adultos
IInnffâânncciiaa 
TTaarreeffaa BBáássiiccaa: 
Dominar a leitura e a escrita 
Servirá de instrumento para a sua independência, para uma 
comunicação mais ampla e efectiva, que posteriormente facilitarão as 
escolhas de formação e profissionalização, entre outras 
possibilidades. 
AAddoolleessccêênncciiaa 
TTaarreeffaa BBáássiiccaa: 
Formação Pessoal, Emancipação 
Relacionam-se com a fase anterior e prolongam-se para o período 
subsequente. 
Permite à autonomia e independência
AAdduullttoo 
TTaarreeffaa BBáássiiccaa: 
Responsabilidades cívicas e sociais; 
Estabelecer e manter um padrão económico de vida; 
Ajudar os filhos a serem futuros adultos responsáveis e felizes; 
Desenvolver actividades de lazer; 
Relacionamento com o(a) esposo(a) 
Aceitar e ajustar-se às mudanças físicas da meia-idade e ajustar-se aos pais 
idosos. 
VVeellhhiiccee 
TTaarreeffaass BBáássiiccaass: 
Ajustar-se ao decréscimo da força e saúde; 
Ajustar-se à reforma; 
Ajustar-se à morte do(a) esposo(a) 
Estabelecer filiação a um grupo de pessoas idosas; 
Manter obrigações sociais e cívicas assim como investir no exercício físico 
satisfatórios para viver bem a VELHICE.
Educação Para Envelhecer 
As tarefas evolutivas da velhice são formas de 
organização da vida que possibilitam até a aceitação da 
morte (Fitch, 1985). Um ambiente agressivo, assuntos 
familiares não resolvidos, ausência de cuidadores 
adequados podem dificultar este processo. 
Cumprir todas as tarefas é importante, como é importante 
também que o idosos conte com o apoio da família, da 
sociedade e dos profissionais que actuam na área. 
Dessa forma, ele poderá ter uma velhice bem sucedida 
e usufruir do prazer de ser e de viver, contribuindo para 
o bem de todos…
Durante o envelhecimento, os principais factores de 
influência da sociedade sobre o indivíduo são: 
 a resposta social ao declínio biológico, 
 o afastamento do trabalho, 
 a mudança da identidade social, 
 a desvalorização social da velhice e 
 a falta de definição sociocultural de actividades em que 
o idoso possa perceber-se útil e alcançar 
reconhecimento social. 
A vida do idoso é, portanto, dominada por um alto nível de 
stress, devido às expectativas e obrigações 
formalizadas.
Tarefas Evolutivas da Velhice 
Erikson 
 Estágio de Integridade versus Desespero e 
Isolamento (mais de 65 anos): 
Nessa fase existe o conflito entre a integridade, o senso de 
satisfação que se tem ao refletir sobre uma vida 
produtiva, e o desespero no sentimento de que a vida 
teve pouca finalidade ou significado. A integridade 
permite uma aceitação do próprio lugar no ciclo vital e o 
reconhecimento de que somos responsáveis por nossas 
vidas. Com a não aceitação, predomina o medo da 
morte e um sentimento de desespero e angústia.
 Manutenção da Auto-Estima: 
As pessoas idosas devem lidar com feridas narcisistas, à 
medida que tentam adaptar-se às perdas biológicas, 
psicológicas e sociais. A auto-estima e a auto-suficiência estão 
sob risco constante. Para manter a auto-estima são 
importantes: (1) segurança económica; (2) pessoas 
cuidadoras; (3) saúde psicológica; e (4) saúde física. 
Do fracasso na tentativa de manutenção da auto-estima 
podem surgir tensão, ansiedade, frustração, raiva e depressão.
Tarefas Evolutivas da Velhice 
 aceitação do corpo que envelhece; 
 aceitação da limitação do tempo e da morte 
pessoal; 
 manutenção da intimidade; 
 relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir 
igualdade, integrar novos membros; 
 relação com seus pais: inversão de papéis, morte e 
individuação;
Tarefas Evolutivas (cont.) 
 o afastamento do trabalho; 
 a mudança da identidade social; 
 a desvalorização social da velhice; 
 a falta de definição sociocultural de actividades em 
que o idoso possa perceber-se útil e alcançar 
reconhecimento social; 
 preparação para a morte.
Medidas Preventivas 
 Manter a saúde física com a prevenção das doenças 
degenerativas; 
 Independência económica; 
 Ter seu próprio espaço físico ou moradia; 
 Ter laços de amizade e vínculos fortes com a 
família; 
 Manter um relacionamento íntimo com um(a) 
companheiro(a);
Medidas Preventivas (cont.) 
 Ter um vínculo com a comunidade; 
 Manter-se sempre ocupado e com planos para 
o futuro; 
 Se possível, manter um vínculo com seu antigo 
trabalho ou profissão; 
 Procurar ajuda na comunidade; 
 Praticar exercícios, manter uma actividade física 
regular.
Ajustamentos Psicossociais da Velhice 
Envelhecer bem requer ajustamento pessoal e social, que 
pode ser comprometido por condições deficitárias de 
saúde e educação ao longo do curso de vida. Se o 
indivíduo tiver alguma deficiência física congénita ou 
adquirida antes da velhice, suas condições de 
desenvolver-se e envelhecer com sucesso irão sofrer 
prejuízo maior ou menor e mais ou menos controlável, 
dependendo da extensão e da natureza da sua 
deficiência, dos recursos de apoio que o ambiente 
sociocultural lhe oferecer ao longo de toda a vida e de 
seus recursos psicológicos. 
.
Para Silva e Varela (1999), adaptação significa maximizar 
as possibilidades individuais reorganizando a vida frente 
às limitações percebidas, ajustando-se às diversas 
situações individualmente ou com a ajuda de outros. É 
um processo contínuo de actualização das 
potencialidades pessoais e de aprender a viver com as 
limitações explorando e utilizando ao máximo seus 
recursos disponíveis.
Para Davies (1996), as variáveis mais significativas 
envolvidas na adaptação são o suporte social, o coping 
e o controle percebido 
Antonucci (2001), o suporte social ajuda os indivíduos a 
enfrentar e se recuperar das exigências da vida. 
Segundo a autora, pessoas com amplas redes sociais 
têm mais ajuda nos tempos de doenças e as pessoas 
que percebem mais suporte enfrentam melhor as 
doenças, o stress e outras experiências difíceis da vida. 
Para Handen (1991), o suporte social aumenta a auto-estima 
e o sentimento de domínio sobre o próprio 
ambiente, tem a função de coping ao amenizar o 
impacto das doenças e provavelmente modera o efeito 
das crises inesperadas. 
Segundo Antonucci (1994), o suporte social estimula o 
senso de controle e auto-eficácia
Robert Peck, expande a teoria de Erikson, e descreve três ajustes 
psicológicos importantes para a fase final da vida: 
1. Definições mais amplas do ego contra uma preocupação com papéis 
de trabalho – São aqueles que definiram suas vidas pelo trabalho, 
direccionando seu tempo à conquista de méritos profissionais pessoais; 
2. Superioridade do corpo contra preocupação com o corpo – Aqueles 
para quem o bem-estar físico é primordial à existência feliz poderão ficar 
mergulhados no desespero ao enfrentarem a diminuição progressiva da 
saúde, com a chegada da terceira idade, e o surgimento das dores e 
limitações físicas. Peck afirma que ao longo da vida, as pessoas 
precisam cultivar faculdades mentais e sociais que cresçam com a idade; 
3. Superioridade do ego contra uma preocupação com o ego – 
Provavelmente o mais duro e mais importante ajuste para o idoso seja a 
preocupação com a morte próxima. O reconhecimento do significado 
duradouro de tudo que fizeram ajudará a superar a preocupação com o 
ego, e continuarem a contribuir para o bem-estar próprio e dos outros.
A partir da síntese de teorias clássicas sobre a 
personalidade, Ryff (1989) propôs um modelo 
multidimensional de bem-estar psicológico, 
correspondente a funcionamento psicológico positivo 
como sinónimo de ajustamento, e uma condição do self 
relacionada a seis domínios do funcionamento 
psicológico: auto-aceitação, relações positivas com os 
outros, autonomia, domínio sobre o ambiente, propósito 
na vida e crescimento pessoal.
A autoaceitação significa uma atitude positiva do indivíduo em 
relação a si próprio e a seu passado; significa reconhecer e aceitar suas 
características positivas e negativas. O sentimento de aceitação gera 
estima, confiança e segurança em si e nos outros (Ryff, 1989). A 
aceitação da deficiência é definida como um dos melhores indicadores de 
ajustamento positivo após uma deficiência e caracterizada por: 
a) capacidade do indivíduo com deficiência de perceber valor em 
habilidades e metas que não foram perdidas em consequência da 
deficiência; 
b) avaliação do próprio valor, de atributos e capacidades, baseada 
não apenas em aspectos físicos, mas também em outros (por exemplo, 
persistência, inteligência); 
c) mesmo quando o indivíduo é influenciado por percepções, atitudes 
e linguagem de outras pessoas, foca a sua própria atitude em relação à 
deficiência, enxergando-a como mais uma de suas características, e não 
a única; 
d) em seu nível mais básico, ocorre quando o indivíduo reconhece o 
valor único da junção de suas características e habilidades, mais do que 
quando faz comparações com padrões externos e frequentemente 
inatingíveis (Elliott, Kyrlo & Rivera, 2002, citado por Schmitt & Elliott, 
2004).
Ter relações positivas diz respeito a manter com os 
outros uma relação de qualidade, uma relação calorosa, 
satisfatória e verdadeira; preocupar-se com o bem-estar do 
outro e ser capaz de manter relações afectuosas e 
agradáveis, sejam elas familiares, de intimidade ou de 
amizade (Ryff, 1989). 
Relações sociais significativas permitem o 
desenvolvimento do self, dão sentido às experiências e 
podem oferecer apoio, importantes elementos no processo 
de adaptação, principalmente em momentos de transição 
da vida adulta. No caso específico das pessoas com 
deficiência física, o apoio social pode tornar-se mais 
significativo. O indivíduo se sente mais amado e estimado e 
com sensação de controlo sobre sua própria vida (Nogueira, 
2001).
A autonomia implica em ser auto determinado e 
independente, mesmo que a pessoa necessite de apoio para 
operacionalizar suas escolhas e, às vezes, até para o 
exercício de actividades de vida diária. Implica em tomar 
decisões de acordo com o que acredita ser melhor, dentro de 
seus próprios padrões, e em não ser influenciado por 
pressões sociais para pensar e agir (Ryff, 1989). 
O conceito de autonomia pode ser comparado aos 
conceitos de autodeterminação, independência, locus de 
controle interno, individuação e regulação interna do 
comportamento, aos quais se subordinam as crenças de que 
os pensamentos e acções são próprios à pessoa e não são 
determinados por causas independentes do próprio controle. 
Está relacionado ao conceito de liberdade, e, como teorizou 
Kant, é a capacidade de autonomia que traz aos seres 
humanos dignidade (Cristopher, 1999).
Domínio sobre o ambiente significa ter competência para manejar o 
ambiente, usufruir as oportunidades que surgem ao redor, apresentar 
habilidades para escolher ou criar contextos adequados às suas 
necessidades e valores, eliminar barreiras e fazer adaptações pessoais 
ou no ambiente, quando necessárias. 
É preciso que seja compatível com as capacidades físicas e com as 
competências comportamentais das pessoas para permitir melhor 
adaptação. Pessoas que apresentam maior habilidade para manejar o 
ambiente têm senso de controle mais elevado. Segundo Folkman (1984), 
o papel do controle no ajustamento vai depender do significado das 
crenças de controle em cada situação, e quando as oportunidades de 
controle são limitadas em determinado contexto, a pessoa irá buscar 
algum aspecto da própria situação onde ela tenha esse senso de 
controle, para se fortalecer. Questões sobre controle podem ser 
particularmente importantes no contexto de doença, tendo-se em vista 
que em alguns casos de doenças crónicas as oportunidades de controle 
estão limitadas, mesmo que sejam sobre o ambiente (Sirois, Davis & 
Morgan, 2006).
Ter propósito de vida significa ter metas na vida e um 
senso de direcção; a pessoa percebe que há sentido em sua 
vida presente e passada; tem crenças que dão propósito à 
vida; acredita que a vida é significativa e, a despeito de todos 
os obstáculos, tem motivação para continuar vivendo (Ryff, 
1989). 
Janoff-Bulman e Frantz (1997, citado por Pakenham, 
2005) propuseram que a adaptação positiva em face da 
adversidade envolve uma tentativa de encontrar sentido num 
evento traumático e achar algum benefício nesta experiência.
Segundo Ryff (1989), pessoas ajustadas têm alto senso 
de desenvolvimento e crescimento contínuo; estão 
abertas a novas experiências; reconhecem seu potencial de 
realização, e suas mudanças reflectem autoconhecimento e 
auto-eficácia. 
Bauer e McAdams (2004) citam Maslow (1968) para 
ressaltar que pessoas orientadas para o crescimento ou para 
a segurança em suas vidas têm melhor saúde psicológica e 
senso mais alto de bem-estar psicológico. 
Quanto mais desenvolvidos os mecanismos de 
ajustamento psicológico, maior a possibilidade de adaptação, 
presumivelmente sem grande declínio na qualidade de vida 
do idoso.
Indivíduos bem-ajustados têm mais habilidade para 
adaptar-se às exigências sociais e emocionais da vida 
quotidiana (Bauer & McAdams, 2004). Mesmo na 
presença de perdas, que podem ser reduzidas ou 
ampliadas de acordo com as condições da pessoa, o ser 
humano sempre aspirou a viver longamente, com 
autonomia e com boa saúde, tendo uma boa velhice. 
Freire e Rezende (apud Néri, 2001) 
Entendem que velhice bem sucedida é um conjunto de 
recursos necessários à pessoa para enfrentar eventos 
stressantes, envolvendo habilidades e capacidade para 
solucionar problemas, bem como a capacidade social.
Fase final da vida/reflexão sobre a morte e o luto 
Só pensamos na velhice quando ficamos velhos. A 
morte é parte obrigatória da velhice. Na cultura 
ocidental, é característico que a morte seja excluída 
dos nossos pensamentos pelo tempo mais longo 
possível. Isso pode aumentar o medo inconsciente 
da morte, mas tanto a velhice quanto a morte são 
processos pelos quais todos os seres humanos 
passam.
Conceitos de morte Morrer é o cessar irreversível: 
1- da função de todos órgãos, tecidos e células; 
2- do fluxo de todos os fluídos do corpo incluindo o sangue e o 
ar; 
3- do funcionamento do coração e do pulmão; 
4- do funcionamento espontâneo do coração e do pulmão; 
5- do funcionamento de todo o cérebro, incluindo o 
tronco cerebral;
A MORTE SOBRE DUAS CONCEPÇÕES 
 A morte do outro: o medo do abandono, 
consciência da ausência e da 
separação. 
 A própria morte: a consciência da 
própria finitude, a fantasia de como será 
o fim e quando ocorrerá.
Ao pensar a morte cada pessoa pode 
relaciona-la a um dos seguintes aspectos: 
(Kastenbaum, 1983) 
a) Medo de morrer: surge o medo do sofrimento, 
da indignidade pessoal. Em relação à morte do 
outro é difícil ver o seu sofrimento e 
desintegração, o que origina sentimentos de 
impotência por não se poder fazer nada; 
b) Medo do que vem após a morte: quando se 
trata da própria morte é o medo do julgamento, 
do castigo divino e da rejeição. Em relação à 
morte do outro, surge o medo da retaliação e 
da perda da relação;
c) Medo da extinção: diante da própria morte existe a 
ameaça do desconhecido, o medo básico da sua 
extinção. Em relação ao outro, a extinção evoca a 
vulnerabilidade pela sensação de abandono. 
Acontecem múltiplas perdas, na velhice, e num curto 
espaço de tempo: são as mortes do cônjuge, de amigos 
e familiares da mesma faixa etária; as alterações no 
corpo, perdas fisiológicas e funcionais; a reforma, as 
perdas financeiras e o isolamento social; o surgimento 
de doenças crónicas e a situação de dependência, entre 
outras.
Marta L. Méndez propõe quatro “lutos” básicos da velhice: 
1.O luto pelo corpo potente – consciência do declínio 
físico. 
2. O luto pelo papel paternal – alguns impedimentos 
físicos, psíquicos ou sociais passam a se colocar diante 
do papel paternal, bem como quando o idoso passa do 
papel de “pai” para “avô”. 
3. O luto pelo papel social – devido à reforma. 
4. O luto pela perda de relações objectais significativas – 
por exemplo, perdas de amigos, familiares ou viuvez.
Síntese 
Passada a idade adulta, 
o ser humano enfrenta a 
terceira idade, etapa do 
ciclo vital na qual há um 
número maior de perdas, 
colaborando para que o 
idoso pense mais sobre sua 
finitude (KOVÁCS, 2005). A perda 
de amigos e familiares, 
perda da sua ocupação, de 
parte de sua força física, 
redução do aparelho 
sensório e, em alguns 
casos, perda do 
funcionamento cerebral são 
comuns nesta idade (SILVA; 
CARVALHO; SANTOS; MENEZES, 2007).
Síntese 
Em decorrência da terceira idade 
ser uma fase constituída por 
perdas, a morte nessa idade, 
pode ser vista como natural e 
aceitável. Diante disso, é possível 
perceber que o tema morte é algo 
que acompanha frequentemente 
os indivíduos de terceira idade. 
Bee (1997) nos diz que na velhice 
as pessoas tendem a pensar e 
falar mais sobre o assunto se 
comparadas a pessoas de 
qualquer outra faixa etária. 
Porém, tal facto não quer dizer 
que a temam menos do que 
pessoas de outras idades 
(ROSENBERG, 1992).
De acordo com tais evidencias, pode-se pensar que a 
possibilidade eminente de morte que acompanha 
indivíduos nesta etapa do ciclo vital pode, em alguns 
casos, ser geradora de angustia. Segundo Rosenberg 
(1992, p. 70), “nosso medo da morte não caminha 
linearmente com nossa idade”. 
Frumi e Celich (2006) realizaram uma pesquisa com 
cinco idosos acima de 60 anos com o objectivo de 
conhecer o significado do envelhecer e da morte para os 
idosos. Através do estudo, as autoras puderam perceber 
que os idosos encaram a morte como uma certeza, sendo 
que tal forma de encarar o assunto parece estar alicerçada 
em crenças e valores espirituais, que trazem para o idoso 
a confiança de uma vida após a morte. Sendo assim, é 
notável a importância de alguns aspectos, tais como a 
espiritualidade para uma vivência menos temerosa acerca 
da morte.
Luto 
Conjunto de reações que ocorrem em 
consequência de uma perda significativa. 
Envolve um processo de recuperação e 
reparação psíquica perante mudanças e 
situações que acarretam perdas e provocam 
desequilíbrio, afetando a ideia que temos de 
nós próprios, da vida e do mundo
O que é o Processo de Luto? 
Face a qualquer perda significativa, de uma pessoa ou até 
de um objecto estimado, desenrola-se um processo 
necessário e fundamental para que o vazio deixado, 
com o tempo, possa voltar a ser preenchido. Esse 
processo é denominado de luto e consiste numa 
adaptação à perda, envolvendo uma série de tarefas ou 
fases para que tal aconteça. 
Sanders (1999) considera que o luto representa o estado 
experiencial que a pessoa sofre após tomar consciência 
da perda, sendo um termo global para descrever o 
vasto leque de emoções, experiências, mudanças e 
condições que ocorrem como resultado da perda.
Apesar do processo de luto ser aparentemente um 
mecanismo universal e que se dá em várias espécies, cada 
indivíduo tem uma forma idiossincrática de o realizar e o 
processo varia não só de pessoa para pessoa, como 
também existem diferenças consoante a faixa etária em que 
o indivíduo se encontra.
Luto 
5 Fases de Kubler-Ross(1969) 
 Choque/ Negação: particularmente 
proeminente quando a perda é inesperada 
 Revolta: dirigida a si próprio, a Deus, aos 
médicos ou a outro alvo 
 Depressão: sintomas depressivos 
 Negociação: com os médicos, Deus… 
 Aceitação: apercebem-se da realidade do 
acontecimento; recuperação funcional 
progressiva
Luto 
4 fases de Bowlby (1980) 
 Choque/Negação:falha no registo da perda da 
figura de vinculação 
 Protesto:preocupação com a pessoa perdida e 
coma tentativa de conseguir o seu regresso. 
Ansiedade, medo, revolta 
 Desespero e desorganização: resultante da 
constatação da ineficácia em trazer de volta afigura 
de vinculação. Desespero, tristeza, solidão 
 Reorganização: recuperação gradual com interesse 
por atividades sociais e outras
Luto 3 Fases 
(BrownJT, StoudemireGA. NormalandPathologicalGriefJAMA 1983; 250:378) 
 Choque e Incredulidade: embotamento inicial 
ao saber do acontecimento. Duração 1-2 
dias onde o comportamento pode ficar 
profundamente perturbado 
 Preocupação: com a pessoa falecida 
 Aceitação e resolução: retorno ao normal. 
Pode demorar vários meses até esta fase 
acontecer e tempo variável até que esteja 
completa
Sentimentos ccoommuunnss nnoo pprroocceessssoo ddee lluuttoo 
Tristeza: O sentimento mais comum encontrado no 
enlutado, muitas vezes manifestando - se através do 
choro;
Sentimentos comuns nnoo pprroocceessssoo ddee lluuttoo 
 Raiva: a raiva advém de duas fontes: da sensação de 
frustração por não haver nada que se pudesse fazer para 
prevenir a morte e de um tipo de experiência regressiva que 
ocorre após a perda de alguém próximo em que a pessoa 
se sente indefesa, incapaz de existir sem o outro; formas 
ineficazes de lidar com a raiva são deslocá-la ou direccioná-la 
erradamente para outras pessoas, culpabilizando-as pela 
morte do ente querido ou virá-la contra o próprio, podendo, 
no extremo, desenvolver comportamentos suicidas;
Culpa e autocensura: Normalmente, e principalmente no 
início do processo de luto, há um sentimento de culpa por 
não se ter sido suficientemente bondoso, por não ter levado 
a pessoa mais cedo para o hospital, etc.; na maior parte das 
vezes, a culpa é irracional e irá desaparecer através do teste 
com a realidade; 
Ansiedade: Pode variar de uma ligeira sensação de 
insegurança até um forte ataque de pânico e quanto mais 
intensa e persistente for a ansiedade, mais sugere uma 
reacção de sofrimento patológica; surge de duas fontes: do 
sobrevivente temer ser incapaz de tomar conta dele próprio 
sozinho e de uma sensação aumentada da consciência da 
mortalidade do próprio;
Solidão: Sentimento frequentemente expressado pelos 
sobreviventes, particularmente aqueles que perderam os 
seus cônjuges e que estavam habituados a uma relação 
próxima no dia a dia; 
Fadiga: Pode, por vezes, ser experimentado como apatia 
ou indiferença; um elevado nível de fadiga pode ser 
surpreendente e angustiante para uma pessoa que é 
normalmente muito activa; 
Desamparo: Está frequentemente presente na fase inicial 
da perda; 
Choque: Ocorre mais frequentemente no caso de morte 
inesperada, mas também pode existir em casos cuja morte 
era previsível;
Anseio: Ansiar pela pessoa perdida, desejá-la fortemente de 
volta é uma resposta normal à perda; quando diminui, pode 
ser um sinal de que o sofrimento está a chegar ao fim; 
Emancipação: A libertação pode ser um sentimento positivo 
após a perda; por exemplo, no caso de uma jovem que perde 
o seu pai que era um verdadeiro tirano e a oprimia por 
completo; 
Alívio: É comum principalmente se a pessoa querida sofria 
de doença prolongada ou dolorosa; contudo, um sentimento 
de culpa acompanha normalmente esta sensação de alívio; 
Torpor: Algumas pessoas relatam uma ausência de sentimentos; após a 
perda, sentem-se entorpecidas; é habitual que ocorra no início do 
processo de sofrimento, logo após tomar conhecimento da morte; pode 
ser uma reacção saudável bloquear inicialmente as sensações como uma 
espécie de defesa contra o que de outra forma seria uma dor esmagadora 
e insuportável.
Sensações físicas normalmente sentidas após a perda: 
vazio no estômago; 
aperto no peito; 
nó na garganta; 
hipersensibilidade ao barulho; 
sensação de despersonalização (nada parecer real, 
incluindo o próprio); 
falta de fôlego, sensação de falta de ar; 
fraqueza muscular; 
falta de energia; 
boca seca
Perspectivas Biológicas 
Resposta fisiológica + resposta emocional 
 Perturbação dos ritmos biológicos 
 Comprometimento do funcionamento 
imunológico(< proliferação de linfócitos e 
células NK) 
 Maior mortalidade entre população viúva 
logo após a morte do cônjuge (causa?)
Cognições ou pensamentos habituais após a perda: 
descrença (não acreditar na morte assim que se ouve a 
notícia); 
confusão (pensamento confuso; dificuldade de concentração 
ou esquecimento de coisas); 
preocupação (obsessão com pensamentos acerca do 
falecido); 
sensação de presença; alucinações (visuais e auditivas; são 
uma experiência frequente nos enlutados; são normalmente 
experiências ilusórias passageiras, que ocorrem 
habitualmente após poucas semanas da perda e 
normalmente não provocam uma experiência de sofrimento 
mais complicada ou difícil)
Comportamentos usualmente manifestados após a 
perda: 
distúrbios do sono (insónias); 
distúrbios do apetite (normalmente há uma redução, mas 
também pode haver um aumento do apetite); 
comportamentos de distracção ("andar aéreo"); 
isolamento social; 
sonhos com a pessoa falecida; 
evitar lembranças da pessoa falecida; 
procurar e chamar pelo ente perdido; 
Suspirar; 
hiperactividade, agitação; 
Chorar; 
visitar sítios ou transportar consigo objectos que lembrem a 
pessoa perdida; 
guardar objectos que pertenciam à pessoa falecida
Luto -Duração 
A maioria das sociedades apresenta um padrão de 
reações e duração do luto. 
Em geral: 
 Regresso ao trabalho/escola: algumassemanas 
 Estabelecer equilíbrio: alguns meses 
 Estabelecer novas relações: 6 meses-1 ano 
O processo de luto não termina dentro de um 
intervaloprescrito -alguns aspectos podem 
persistirindefinidamente para muitos indivíduos 
normais e combom funcionamento
Luto - Reações de Aniversário 
Quando o desencadeador da dor da perda é 
uma ocasião especial: 
- Primeiro ano -período mais difícil: 
- 1º aniversário sem o falecido 
- 1º Natal 
- 1ª Páscoa… 
As reações tendem a tornar-se mais leves com o 
passar do tempo mas quando surgem podem 
assemelhar-se à dor original e persistir durante 
horas ou dias
Quando termina oo pprroocceessssoo ddee lluuttoo?? 
Segundo Worden (1991), o processo de luto termina 
quando as tarefas descritas supra são completadas. 
Quanto à duração do processo, não existe uma resposta 
conclusiva, sendo impossível definir uma data precisa. No 
entanto, quando se perde uma relação próxima é muito 
improvável levar menos de um ano e para muitos casos 
dois anos ou até mais não é muito tempo. Para além 
disso, cada nova estação, feriado ou férias e aniversário 
são prováveis de reevocar a perda (Walsh e McGoldrick, 
1998). Assim, verifica-se que o luto não é um processo 
que progride de forma linear, podendo reaparecer para 
ser novamente trabalhado. 
Um sinal de uma reacção de sofrimento finalizada é quando 
a pessoa consegue pensar no falecido sem dor e quando 
consegue reinvestir as suas emoções na vida e nos vivos.
4 tarefas essenciais do processo de luto (adaptado de 
Worden,1991) 
Após a perda de alguém que nos é querido, existe uma série 
de tarefas de luto que têm de ser concretizadas para que se 
restabeleça o equilíbrio e para o processo de luto ficar 
completo. Desta forma, a adaptação à perda, de acordo com 
Worden (1991), envolve 4 tarefas básicas: 
1.aceitar a realidade da perda; 
2. trabalhar a dor advinda da perda; 
3. ajustar a um ambiente em que o falecido está ausente; 
4. transferir emocionalmente o falecido e prosseguir com a 
vida
Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 
O termo de luto complicado é usado quando determinados 
factores perturbam o processo de luto normal,. Estas variáveis 
fazem com que o luto seja mais severo e duradouro do que 
seria de esperar ou, pelo contrário, fazem com que o enlutado 
evite ou nem sequer reconheça a sua dor, o que impede que 
ela se possa resolver. Rando (cit. por Sanders, 1999) 
identificou 7 variações ou síndromes de luto complicado:
Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 
1) luto ausente: ausente ou inibido de tristezaquando 
se espera encontrar sinais e sintomas evidentes 
eagudos. Negação prolongada 
2) luto atrasado (não demonstra reacções de luto 
durante semanas ou mais tempo, podendo 
transportar consigo uma dor não resolvida que 
pode emergir mais tarde como "reacções 
distorcidas" - e.g. hiperactividade sem um 
sentimento de perda, adquirir sintomas que 
pertenciam à última doença do falecido);
Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 
3) luto inibido: ausência de sintomas do luto normal. 
4) luto adiado: sem reações imediatas à morte 
apresentando mais tarde sintomas de luto distorcido. 
5) luto conflituoso: aparece após a perda de uma relação 
altamente perturbada e ambivalente; normalmente, surge 
uma complexidade de emoções após a morte, incluindo 
alívio, mas seguido de culpa e remorsos por saber que a 
relação nunca foi boa e não há oportunidade para a mudar);
Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 
6) luto inesperado; 
7) luto crónico: a resposta de luto inicial é apropriada, mas 
a intensidade das reacções continuam sem diminuir; 
como resultado, a pessoa mantém-se num profundo e 
doloroso luto como forma de vida). 
Apesar de existirem diversas variações de luto, os 
lutos atrasado, distorcido e crónico aparentam ser, de 
acordo com a autora, os principais a separar o luto 
complicado de um luto normal.
Na realidade, o 
tempo cura 
todas as feridas 
(desde que 
consigamos 
integrar a 
cura).
 “O sexo é uma necessidade humana básica 
e a sexualidade um aspecto central da vida humana, 
cuja dinâmica e riqueza devem ser vividas 
plenamente. 
 Sexualidade é um fenómeno que envolve a pessoa no 
seu todo e que abrange uma complexa interacção de 
variáveis biológicas, psicológicas e sócio culturais” 
•A educação dos idosos: Os idosos de hoje foram educados 
na 1ª metade do séc. XX, quando as práticas homossexuais, 
bissexuais e de masturbação não estavam admitidas 
socialmente e a educação sexual era inexistente. 
Woods (1995)
 A dificuldade para falar sobre sexualidade é um 
problema frequente entre os idosos e, quando um 
casal não é capaz de conversar sobre sexo a 
resolução dos problemas torna-se impossível. 
 Woods (1995)
 Na velhice, é fundamental que exista uma boa 
perspectiva relacionada com a sexualidade e que se 
tenha a consciência de que esta é muito mais do 
que um acto físico ou a simples relação pénis-vagina. 
 A Sexualidade não deve, portanto, ser confundida 
com relação sexual, que é apenas uma das 
componentes da sexualidade. 
 Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, “o 
amor, o calor, o carinho e o compartilhar entre as 
pessoas” são exemplos claros da complexidade da 
sexualidade.
 Enquanto o Homem viver, seja qual for 
a sua idade, é capaz de sentir impulsos 
eróticos não existindo nenhuma idade 
em que a actividade sexual, os 
pensamentos sobre o sexo ou o desejo 
acabem. 
 Como em qualquer outra idade, na 
velhice, 
 o Homem também sente desejo de 
amar, de se sentir amado, de 
continuar a ser objecto de atenção e 
de afecto. 
(Lopes, 1993)
 Com o avançar dos anos, as rugas e os cabelos brancos 
aparecem, o corpo começa a ceder, mas envelhecer não é 
uma doença. 
 É importante notar que estas alterações não ocorrem nem 
na mesma altura nem da mesma forma em todas as pessoas. 
Cada indivíduo tem o seu próprio ritmo e, para alguns, estas 
mudanças não chegam a ser muito pronunciadas. 
 Também o modo como cada pessoa vive estas alterações é 
diferente. Algumas encaram-nas como naturais, enquanto 
que outras ficam alarmadas e preocupadas, pensando que 
vão deixar de poder ter relações sexuais. 
 Júlio Machado Vaz
 Muitas vezes, os tabus sociais são os principais 
castradores da qualidade de vida dos idosos, sobretudo 
quando se fala de sexualidade. 
 Segundo os especialistas, o preconceito e a falta de 
informação atrapalham o desenvolvimento da sexualidade 
na terceira idade. 
 Há mudanças físicas, sim, mas elas não são as 
responsáveis pelo fim da intimidade entre o casal
ALTERAÇÕES FÍSICAS DO HOMEM 
• AUMENTO DO TEMPO NECESSÁRIO PARA ATINGIR A ERECÇÃO, COM 
DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE TER E MANTER UMA ERECÇÃO 
SUFICIENTE PARA A PENETRAÇÃO 
• DIMINUIÇÃO DA FIRMEZA ERECCIONAL; 
•DIMINUIÇÃO QUANTITATIVA DO EJACULADO 
• CONTRACÇÕES ORGÁSMICAS MENOS FORTES E MAIS ESPAÇADAS; 
• ALONGAMENTO DO PERIODO PRÉ-ORGÁSMICO; 
• MAIOR DEPENDÊNCIA DOS ESTIMULOS FÍSICOS 
DURANTE O PERIODO DE EXCITAÇÃO; 
•AUMENTO DO PERÍODO REFRACTÁRIO; 
•MAIOR RAPIDEZ NA PERDA DE ERECÇÃO PÓS-ORGÁSMICA 
•EVENTUAL BAIXA PROGRESSIVA DOS NÍVEIS DE TESTOSTERONA
 «Na mulher mais idosa, a 
sexualidade ainda é mais complicada 
do que no homem, pois, com a actual 
valorização do corpo feminino e do 
ideal de juventude, a mulher com 
mais idade sente-se desvalorizada 
no seu corpo, que já perdeu as 
formas e o vigor de outros tempos.
ALTERAÇÕES FÍSICAS DA 
MULHER 
 Involução progressiva da genitália, com 
estreitamento e escurecimento vaginal; 
 Aumento da fragilidade das paredes 
vaginais; 
 Diminuição da lubrificação vaginal; 
 Paragem da menstruação e da ovulação; 
 Eventual baixa progressiva dos níveis de 
estrogénios, com aumento relativo da 
testosterona
 Assim sendo devemos compreender que na sexualidade dos 
idosos: 
 A actividade sexual não tem de conduzir obrigatoriamente á penetração; 
 A principal prioridade deve ser a companhia; 
 Atentar aos desejos e necessidades do parceiro/a 
 Investir na ternura e no carinho; 
 Dialogar abertamente sobre medos e expectativas; 
 Perceber e respeitar as alterações que ambos estão a enfrentar. 
 Usar novas estratégias (tempos de acção, posições; carícias, estimulantes, etc.); 
 Respeitar o caso de um ou ambos necessitarem de mais tempo para estarem aptos a 
desempenharem o acto sexual 
 Não esquecer que a comunicação é um factor crucial 
 Procurar ajuda especializada sempre que houver necessidade
Sexualidade quem és? 
Dualidade de emoções... 
Qualidade de sensações… 
Ou simplesmente … 
Sexo… 
E tu… quem és? 
Nada mais que a libertação do que sou 
Do que gosto 
Como gosto 
Do que sinto 
Como me ressinto… 
E o meu ser o que é? 
Nada mais que emoções… 
Nada mais que sensações… 
recordações. 
E com o despertar da vida, 
Com o desabrochar da experiência… 
Pratico a ciência, 
da arte de me amar… 
O tempo passa, 
a vida escassa… 
È tempo de me agarrar… 
De vibrar… 
De libertar… 
De gritar… 
Sim, já não sou quem era por fora 
Mas… sim… por dentro continuo EU… 
M.Consciência Dez.08
CONCLUSÃO 
 AOS MAIS VELHOS DEVE SER IMPUTADO O DIREITO 
DE COMPREENDER E ASSUMIR, COM TODA A 
DIGNIDADE, AS MUDANÇAS CORPORAIS, MUNINDO-SE 
DE NOVOS RECURSOS E ESTRATÉGIAS, 
 ACREDITANDO QUE EM QUALQUER FASE DA 
VIDA, É POSSIVEL UMA VIVÊNCIA SEXUAL 
SATISFATÓRIA E DE PRAZER.
OBRIGADA PELA V. ATENÇÃO 
E NÃO SE ESQUEÇAM… 
DE SE AMAREM…
Bibliografia 
BARRETO, João. (2005). Envelhecimento e qualidade de vida: o desafio actual. 
Revista Faculdade Letras: Sociologia I (15), 289-302. 
DIAS, Isabel (2005). Envelhecimento e violência contra os idosos. Revista 
Faculdade Letras: Sociologia I (15), 249-273. 
SEQUEIRA, Carlos (2007). Cuidar de Idosos Dependentes. Coimbra: Editora 
Quarteto 
SOUSA, Liliana. FIGUEIREDO, Daniela. CERQUEIRA, Margarida (2004). 
Envelhecer em Família. Porto: Edições Ambar 
TEIXEIRA, João (1999). Envelhecimento e Depressão. Saúde Mental, Vol I (2), 51- 
63. 
TOMAZ, C., MELO, F., PINHEIRO, L. & COSTA, M. (2002). Dar e Receber. Viana 
do Castelo: Edição Projecto de Luta Contra a Pobreza. 
ZIMERMAN, Guite (2000). Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: 
Artmed Editora.
BIBLIOGRAFIA 
 http://gerontologia.casas.blog.br/wp-content/ 
uploads/2008/06/sexo_idosos.jpg 
 http://academiaseniorseia.com/index.php?op=editnoticia&id=7 
 http://sociofonia.e-laboratorio.org/?p=51 
 http://max.uma.pt/EdSenior/index_ficheiros/Page1429.htm 
 http://www.projectotio.net/site.php?Tipo=1&IDPag=6790 
 http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=169&id_art=159 
 http://www.psicologia.com.pt/artigos/imprimir_o.php?codigo=AOP0167 
 http://www.setubalnarede.pt/content/index.php? 
action=articlesDetailFo&rec=9178 
 http://www.socialgest.pt/_dlds/APSEXUALIDADEEAMORNAVELHICE.pdf 
 http://www.socialgest.pt/_dlds/APSexualidade.pdf 
 http://www.portaldoenvelhecimento.net/pforum/se2.htm 
 http://www.velhice.com/content/a-sexualidade-na-velhice 
 http://www.upf.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/104/187 
 “A Psicologia do Envelhecimento” de Ian Stuart-Hamilton, 3ª edição 2002

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Psicologia da velhice

  • 1. 110-01 3543- Psicologia da Velhice (50h)
  • 2.
  • 3. O nosso país está a envelhecer Com o aumento da qualidade de vida e, especialmente os avanços da medicina, a população idosa está crescendo vertiginosamente. Com isto, há uma carência cada vez maior de profissionais habilitados e especializados, o que torna o mercado de trabalho, que já é carente de bons profissionais, em um mercado de trabalho extremamente interessante nas próximas décadas.
  • 4. População portuguesa está a envelhecer e vai decrescer Se em 1960 Portugal era um país jovem, do ponto de vista demográfico, pela primeira vez o número de jovens foi superado pelo número de idosos no ano 2000.
  • 5. Deve-se: Ao contínuo decréscimo da taxa de natalidade, à redução da taxa de mortalidade e ao aumento da esperança média de vida que resulta: Da melhoria das condições de vida; Dos progressos da medicina; Da melhoria da assistência médica. Em Portugal, a esperança média de vida era, em 1960, de apenas 61 anos para os homens e 67 anos para as mulheres, enquanto em 2005 atingia 81 anos para as mulheres e 75 para os homens. Assim, a esperança média de vida à nascença tem vindo a aumentar, sendo sempre superior nas mulheres, devido à sobremortalidade masculina.
  • 6. A população idosa deverá praticamente duplicar ao longo dos próximos 40 anos, prevendo-se que venha a pesar 32% do total da população residente em Portugal em 2050, enquanto a população jovem só deverá vir a representar cerca de 13%, de acordo com as estimativas do INE.( http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2006/d061222-2/d061222-2.pdf )
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Existe uma preocupação crescente da sociedade em melhorar a qualidade de vida do idoso!
  • 14. Gerontologia do grego gérõn-ontos (velho) e logos (estudo). Geriatria do grego gérõn-ontos (velho) e yatreia (tratamento). Ramo da medicina que aborda os aspectos clínicos, preventivo, terapêutico e social do paciente idoso.
  • 15. Gerontologia A Gerontologia é uma especialidade que não está ligada somente à área da saúde, pelo contrário, está aberta a todas as áreas. Um arquiteto pode se especializar e com isso, trabalhar, por exemplo, a questão da acessibilidade dos idosos nos imóveis. Um advogado, um engenheiro, um dentista, um pedagogo, um psicólogo, um cientista social... todos esses profissionais podem direcionar seu trabalho para as questões ligadas ao envelhecimento. O profissional desta área está apto a contribuir para que o envelhecimento seja um processo saudável, bem-sucedido, assistido e cuidado. Inclusive orientando a família e a sociedade sobre como lidar com o seu idoso, fazendo intervenções e combatendo preconceitos.
  • 16. Geriatria É a especialidade médica que trata de doença de idoso ou de doentes idosos, mas também se preocupa em prolongar a vida com saúde. Ao longo da vida a capacidade funcional vai reduzindo e na terceira idade é importante manter a independência e prevenir incapacidades, assim garantindo uma boa qualidade de vida. O processo natural do envelhecimento associado as doenças crônicas e a hábitos de vida inadequados são os responsáveis pela limitação do idoso. Nesta fase é importante focar sempre na prevenção, pois até o idoso aparentemente saudável requer cuidados.
  • 17. Objetivos da Geriatria - manter a saúde em idades avançadas. - manter a funcionalidade. - prevenir doenças. - detetar e tratar precocemente as doenças. - manter o máximo grau de independência do idoso.
  • 18. Prevenção de doenças nos idosos - corrigir os hábitos que agridem a saúde (alimentação não balanceada, inatividade física, obesidades, etc...) - adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas consequências. - estimular a prática de atividades físicas aeróbicas para aumento de resistência, força e flexibilidade. - equilibrar o estado emocional, ampliando a rede de apoio e suporte ao idoso.
  • 19. Geriatria Melhorar a qualidade de vida dos idosos, e não apenas acrescentar anos a vida.
  • 20.
  • 21. IIddoossaa éé uummaa ppeessssooaa qquuee tteemm mmuuiittaa iiddaaddee.. VVeellhhaa éé aa ppeessssooaa qquuee ppeerrddeeuu aa jjoovviiaalliiddaaddee.. VVooccêê éé iiddoossoo qquuaannddoo ssoonnhhaa.. ÉÉ vveellhhoo qquuaannddoo aappeennaass ddoorrmmee.. VVooccêê éé iiddoossoo qquuaannddoo aaiinnddaa aapprreennddee.. ÉÉ vveellhhoo qquuaannddoo jjáá nneemm eennssiinnaa..
  • 22. VVooccêê éé iiddoossoo qquuaannddoo pprraattiiccaa ddeessppoorrttoo,, oouu ddee aallgguummaa oouuttrraa ffoorrmmaa ssee eexxeerrcciittaa.. ÉÉ vveellhhoo qquuaannddoo aappeennaass ddeessccaannssaa.. VVooccêê éé iiddoossoo qquuaannddoo oo sseeuu ccaalleennddáárriioo tteemm aammaannhhããss.. ÉÉ vveellhhoo qquuaannddoo sseeuu ccaalleennddáárriioo ssóó tteemm oonntteennss..
  • 23. OO iiddoossoo éé aaqquueellaa ppeessssooaa qquuee tteemm ttiiddoo aa ffeelliicciiddaaddee ddee vviivveerr uummaa lloonnggaa vviiddaa pprroodduuttiivvaa,, ddee tteerr aaddqquuiirriiddoo uummaa ggrraannddee eexxppeerriiêênncciiaa.. EEllee éé uummaa ppoonnttee eennttrree oo ppaassssaaddoo ee oo pprreesseennttee,, ccoommoo oo jjoovveemm éé uummaa ppoonnttee eennttrree oo pprreesseennttee ee oo ffuuttuurroo.. EE éé nnoo pprreesseennttee qquuee ooss ddooiiss ssee eennccoonnttrraamm..
  • 24. IIddoossoo éé aaqquueellee qquuee ccoomm oo ppeessoo ddooss aannooss,, ttrraannssmmiitteemm eexxppeerriiêênncciiaa ààss ggeerraaççõõeess vviinnddoouurraass,, ttrraannssmmiittee ccoonnhheecciimmeennttooss ee ssaabbeeddoorriiaa.. PPaarraa eellee,, eexxiissttee ppoonnttee eennttrree oo ppaassssaaddoo ee oo pprreesseennttee,, oo iimmppoorrttaannttee éé rreevviivveerr oo ppaassssaaddoo ccoomm aalleeggrriiaa..
  • 25. OO iiddoossoo mmooddeerrnniizzaa-- ssee,, ddiiaallooggaa ccoomm aa jjuuvveennttuuddee,, pprrooccuurraa ccoommpprreeeennddeerr ooss nnoovvooss tteemmppooss.. OO vveellhhoo eemmppeerrrraa nnoo sseeuu tteemmppoo,, ffeecchhaa –– ssee nnaa ssuuaa oossttrraa ee rreeccuussaa aa mmooddeerrnniiddaaddee.. OO iiddoossoo lleevvaa uummaa vviiddaa aaccttiivvaa,, pplleennaa ddee pprroojjeeccttooss ee ddee eessppeerraannççaass.. PPaarraa eellee oo tteemmppoo ppaassssaa rrááppiiddoo,, mmaass aa vveellhhiiccee nnuunnccaa cchheeggaa..
  • 26. OO iiddoossoo rreennoovvaa--ssee aa ccaaddaa ddiiaa qquuee ccoommeeççaa;; oo vveellhhoo aaccaabbaa--ssee aa ccaaddaa nnooiittee qquuee tteerrmmiinnaa.. OO iiddoossoo tteemm sseeuuss oollhhooss ppoossttooss nnoo hhoorriizzoonnttee ddee oonnddee oo ssooll ddeessppoonnttaa ee aa eessppeerraannççaa ssee iilluummiinnaa.. OO vveellhhoo tteemm ssuuaa mmiiooppiiaa vvoollttaaddaa ppaarraa ooss tteemmppooss qquuee ppaassssaarraamm.. OO iiddoossoo tteemm ppllaannooss.. OO vveellhhoo tteemm ssaauuddaaddeess.. OO iiddoossoo aapprroovveeiittaa oo qquuee rreessttaa ddaa vviiddaa.. OO vveellhhoo ssooffrree ppoorrqquuee ssee aapprrooxxiimmaa ddaa mmoorrttee..
  • 27. O velho cochila no vazio de sua vviiddaa ee aass ssuuaass hhoorraass ssee aarrrraassttaamm ddeessttiittuuííddaass ddee sseennttiiddoo.. AAss rruuggaass ddoo iiddoossoo ssããoo bboonniittaass ppoorrqquuee ffoorraamm mmaarrccaaddaass ppeelloo ssoorrrriissoo.. AAss rruuggaass ddoo vveellhhoo ssããoo ffeeiiaass ppoorrqquuee ffoorraamm vviinnccaaddaass ppeellaa aammaarrgguurraa..
  • 28. EEmm rreessuummoo,, iiddoossoo ee vveellhhoo,, ssããoo dduuaass ppeessssooaass qquuee aattéé ppooddeemm tteerr aa mmeessmmaa iiddaaddee nnoo ccaarrttóórriioo,, mmaass ttêêmm iiddaaddee bbeemm ddiiffeerreennttee nnoo ccoorraaççããoo.. SSee vvooccêê éé iiddoossoo,, gguuaarrddee aa eessppeerraannççaa ddee nnuunnccaa ffiiccaarr vveellhhoo..
  • 29. Cada existência humana é única, cada homem envelhece de uma maneira particular. Uns saudáveis, outros não. Não há velhice e sim velhices. O envelhecimento deve ser considerado um processo tipicamente individual, existencial e subjetivo, cujas conseqüências ocorrem de forma diversa em cada sujeito..”
  • 30.  "A Velhice é aquele período da vida no qual um número cada vez maior de coisas acontece pela última vez e um número cada vez menor acontece pela primeira vez" A velhice é um processo inelutável caracterizado por um conjunto complexo de factores fisiológicos, psicológicos e sociais específicos de cada indivíduo. Assim, certos idosos estão mais envelhecidos, outros parecem mais jovens e há ainda os que sentem não ter qualquer utilidade. Na realidade, o envelhecimento é um fenómeno perfeitamente natural.
  • 31. Aspectos biológicos e psicológicos no envelhecer 1 - Conceito de Envelhecimento (não reúne consenso – Dias, 2005) Para Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa (2002) a velhice é: “O processo normal de envelhecimento do ser humano implica uma série de alterações de ordem fisiológica, biológica, psicológica e social. Essas transformações vão-se acumulando durante toda a trajectória de vida, de tal forma que o indivíduo na Terceira Idade apresenta especificidades e características que o distinguem das pessoas de outros escalões etários”
  • 32. 1.1. Conceito Biológico de Envelhecimento De acordo com Teixeira (1999) a perspectiva biológica do envelhecimento reúne o seu ponto consensual na chamada teoria do declínio. Segundo esta teoria, o envelhecimento é caracterizado por uma lentidão que abrange diferentes domínios do comportamento. Na origem desta lentidão está o declínio de um conjunto de funções orgânicas (como por exemplo a diminuição da capacidade de regeneração das células e consequente envelhecimento dos tecidos). Estas alterações estão ligadas a factores determinantes como a idade, o sexo, a capacidade cognitiva e física de cada indivíduo (Berg, 1980; Bowles e Poon, 1981, entre outros cited in Teixeira, 1999). Ou seja, o processo de deterioração das capacidades e aptidões manifesta-se de forma diferenciada de indivíduo para indivíduo.
  • 33. Barreto (2005): envelhecimento primário é um processo pessoal, natural, gradual que se caracteriza por uma diminuição das “aptidões e capacidades, tanto físicas como mentais”, o qual se encontra relacionado com o código genético de cada um. (Barreto, 2005 p.291) envelhecimento secundário é um processo “patológico”, as alterações físicas e/ou mentais ocorrem de forma imprevisível e as causas são diversas (determinadas doenças ou lesões, fortemente relacionadas com alterações ambientais), sendo as suas manifestações vivenciadas de forma distinta pelo ser humano. (Barreto, 2005 p.291)
  • 34. Modificações Externas  bochechas se enrugam;  aparecem manchas escuras na pele, perda da tonicidade tornando-se flácida;  podem surgir verrugas;  o nariz alarga-se;  os olhos ficam mais húmidos;  aumento da quantidade de pelos nas orelhas e nariz;  ombros ficam mais arredondados;  as veias destacam-se sob a pele dos membros;  encurvamento postural devido a modificações na coluna vertebral;  diminuição da estatura pelo desgaste das vértebras. (Zimerman, 2000)
  • 35. Modificações Internas  ossos endurecem;  órgãos internos atrofiam, reduzindo o seu funcionamento;  cérebro perde neurónios e atrofia-se, tornando-se menos eficiente;  metabolismo fica mais lento;  digestão é mais difícil;  insónia aumenta, assim como a fadiga;  visão de perto piora;  audição piora;  endurecimento das artérias e seu entupimento provocam arteriosclerose;  olfacto e paladar diminuem. (Zimerman, 2000)
  • 36. Alterações posturais Esqueleto humano em vista lateral, mostrando as alterações posturais ao longo da idade de 55 anos, 65 anos e 75 anos subsequentemente
  • 37. Alterações Patológicas  Surgimento de cataratas;  Diminuição nas sensibilidades visuais, auditivas, térmicas e dolorosas;  Diminuição na intensidade do reflexo;  Modificações do apetite sexual;  Diabetes;  Hipertensão arterial;  Arteriosclerose;  Bronquite;  Insuficiência renal aguda;  Deformações torácicas;  Reumatismo;  Aparecimento de cancro nos mais variados órgãos.
  • 39. Alterações patológica Dificuldade Atividades da Vida Diária (AVD)
  • 40. Atividades da Vida Diária (AVD)  As atividades de vida diária (AVDs) compreendem aquelas atividades que se referem ao cuidado com o corpo das pessoas (vestir-se, fazer higiene, alimentar-se), as atividades instrumentais de vida diária (AIVDs) são as relacionadas com atividades de cuidado com a casa, familiares dependentes e administração do ambiente (limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar equipamentos domésticos, fazer compras, usar transporte pessoal ou público, controlar a própria medicação e finanças).
  • 41. Atividades da Vida Diária (AVD) Imobilidade Falta de Atividades
  • 42. Úlcera de pressão O que é? A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão de pele causada pela interrupção sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado. Também é conhecida como úlcera de decúbito, escara ou escara de decúbito. O termo escara deve ser utilizado quando se tem uma parte necrótica ou crosta preta na lesão.
  • 43. Úlcera de Pressão Como se desenvolve? A úlcera de pressão se desenvolve quando se tem uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado. O local mais freqüente para o seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.
  • 44.
  • 45. Úlceras de Pressão  Classificação das úlceras: - Grau I - eritema e pele íntegra - Grau II - perde epiderme e derme - Grau III - atinge subcutâneo - Grau IV- atinge ossos e músculos
  • 47.
  • 48.  Como prevenir? Manter alguns cuidados com a pele do paciente é fundamental. A atuação fundamental é no alívio da pressão da pele, nas áreas de maior risco, ou onde se tem ossos mais proeminentes. Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os primeiros momentos que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital.
  • 49.
  • 50.
  • 51. IMOBILIDADE Conseqüências:  Depressão  Confusão mental  Hipotensão e constipação intestinal  Incontinência e Infecção Urinária  Trombose Venosa e embolia pulmonar 20% das mortes em acamados.  Pneumonia e broncoaspiração  Úlcera de pressão- escaras  Atrofia muscular- sarcopenia
  • 52. O que fazer?  Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do paciente.  Mudar sempre o paciente acamado de posição.  Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os calcanhares.  Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com colchão piramidal, várias vezes ao dia.  Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas de apoio.  Manter alimentação rica em vitaminas e proteína.  Manter hidratação.
  • 53. O que fazer?  Trocar fraldas a cada três horas, mantendo paciente limpo e seco.  Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais.  Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da região genital.  Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos. Nesses casos, procurar o médico.  Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas áreas de risco aumentado para lesões  Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave.
  • 54. O que fazer?  Atenção – áreas avermelhadas não devem ser massageadas, para não aumentar a área já lesionada.  Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las seca e bem esticadas.  NÃO utilizar lâmpada de calor sobre a pele, pois estimulam o ressecamento da mesma.
  • 55.
  • 56. 1.2 - Conceito Psicológico de Envelhecimento O processo de envelhecimento envolve alterações ao nível dos processos mentais, da personalidade, das motivações, das aptidões sociais e aos contextos biográficos do sujeito (Oliveira, 2005). Quer isto dizer que o envelhecimento, do ponto de vista psicológico, vai depender de factores de ordem genética, patológica (doenças e/ou lesões), de potencialidades individuais (processamento de informação, memoria, desempenho cognitivo, entre outras), com interferência do meio ambiente e do contexto sociocultural . Segundo esta perspectiva, é necessário perceber a importância das formas de compensação, que cada um de nós utiliza/prepara para fazer face às perdas associadas ao envelhecimento, pois estas vão influenciar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar psicológico do idoso. (Sequeira, 2007)
  • 57. Aspectos Psicológicos  Dificuldade de se adaptar a novos papéis;  Falta de motivação e dificuldade de planear o futuro;  Necessidade de trabalhar perdas orgânicas, afectivas e sociais;  Dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas;  Baixa auto-estima e auto-conceito;  Sinais de patologia. (Zimerman, 2000)
  • 58. 1.2.1. Envelhecimento e o Contexto Social O fenómeno do envelhecimento da população é um processo complexo e mutável, claramente determinado por uma determinada época e sociedade (Dias, 2005). As dificuldades que o idoso enfrenta e a forma como envelhece, com maior ou menor valorização, deve-se em muito ao estatuto que determinada sociedade lhe confere. Se em tempos mas longínquos o velho era considerado como um arquivo de saberes e experiencias cuja transmissão era imprescindível para a sobrevivência da comunidade, hoje, passamos a questionar o sentido, os custos deste aumento da longevidade (Barreto, 2005).
  • 59. O envelhecimento social está de um modo geral associado a alterações no status do indivíduo. Existe uma transição da categoria de activo à de reformado (65 anos), esta desocupação de papéis sociais é percepcionada como uma perda de utilidade e poder social. Com a ausência de um horário laboral, o indivíduo tem que se adequar a novos papéis o que nem sempre é um processo fácil (Sousa, Figueiredo e Cerqueira, 2004). É com esta mudança que alguns projectos de vida ficam comprometidos. Existem idosos que apresentam dificuldades neste processo de adaptação e que iniciam um ciclo de perdas diversas que vão desde a condição económica ao poder de decisão, à perda de parentes e amigos, da independência e da autonomia; de contactos sociais, da auto-estima, à perda da sua identidade (Zimerman, 2000).
  • 60. Família Sociedade Acolhe Relega actividades secundárias Não se adapta e afasta-se Vê o idoso como um peso A cultura, a politica, a situação económica tornam o idoso num problema Por não produzir perde valor Considera importante mas não incluí Não valoriza, despreza e rejeita Não considera a sua contribuição Não valoriza a sabedoria do idoso Influencia negativa na qualidade de vida do idoso Institucionalização
  • 61. Síntese: Nem todos percepcionamos e vivemos a velhice como a sequência de vários acontecimentos perturbadores inevitáveis. Esta nova etapa da vida do indivíduo deve ser vivida com condições físicas e económicas e com uma vida social activa (Barreto, 2005). Se estas alterações, por um lado, representam o afastamento do circuito de produção, por outro, proporcionam o direito a um repouso remunerado (Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa, 2002). A velhice é um processo natural, indiscutível e inevitável. Independentemente das perspectivas explicativas, nesta fase ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, económicas e políticas de forma diferenciada de indivíduo para indivíduo. Contudo, o bem-estar do idoso é influenciado por múltiplos factores internos e externos, que vão contribuir para uma melhor ou pior adaptação a estas transformações (Barreto, 2005).
  • 62. Síntese: Nem todos percepcionamos e vivemos a velhice como a sequência de vários acontecimentos perturbadores inevitáveis. Esta nova etapa da vida do indivíduo deve ser vivida com condições físicas e económicas e com uma vida social activa (Barreto, 2005). Se estas alterações, por um lado, representam o afastamento do circuito de produção, por outro, proporcionam o direito a um repouso remunerado (Tomaz, Melo, Pinheiro e Costa, 2002). A velhice é um processo natural, indiscutível e inevitável. Independentemente das perspectivas explicativas, nesta fase ocorrem mudanças biológicas, fisiológicas, psicossociais, económicas e políticas de forma diferenciada de indivíduo para indivíduo. Contudo, o bem-estar do idoso é influenciado por múltiplos factores internos e externos, que vão contribuir para uma melhor ou pior adaptação a estas transformações (Barreto, 2005).
  • 63. Emoções e Velhice Segundo Lelord e Christophe (2002, p.19) “a emoção é uma reacção súbita de todo o nosso organismo, com componentes fisiológicas, cognitivas e comportamentais” que permite ao sujeito se libertar das suas tensões.
  • 64. Emoções de Fundo São detectadas através de pormenores como a velocidade dos movimentos ou até a contracção dos músculos faciais, pois comporta interferências de incitadores internos. Estas podem ser relatadas como o entusiasmo, tensão, calma, bem-estar e mal-estar Emoções Primárias São universais e estão associadas a estados físicos. Podem ser relatadas como a alegria, tristeza, felicidade, medo, cólera, surpresa, raiva e repugnância. Emoções Sociais Emergem devido à relação socio-cultural e podem manifestar-se como a simpatia, compaixão, embaraço, vergonha, culpa, orgulho, inveja, ciúme, admiração e desprezo. (Damásio, 2003)
  • 65. Incontinência emocional: caracterizada em produzir intensas reacções afectivas e uma incapacidade para controlá-las, Labilidade afectiva: que nada mais é do que a mudança rápida de emoções. As paixões reprimidas ao longo da vida, não encontram na velhice energia e produzem tristeza com suas frustrações, angústias e rancores.
  • 66. Emoções Negativas Frequentes  Raiva;  Mágoa;  Ressentimento;  Angústia;  Ansiedade;  Tristeza
  • 67. Características do envelhecimento emocional - Redução da tolerância a estímulos; - Vulnerabilidade à ansiedade e depressão; - Acentuação de traços obsessivos; - Sintomas hipocondríacos, depreciativos ou de passividade; - Conservadorismo de carácter e de ideias (rigidez mental)
  • 68. - Atitude hostil diante do novo; - Diminuição da vontade, das aspirações, da iniciativa; - Estreitamento da afectividade. É frequente que os idosos associem à idade avançada a melancolia e a tristeza devido a perdas afectivas, económicas, sociais e doenças crónicas.
  • 69. Motivação “É a força propulsora (desejo) por trás de todas as acções de um organismo. Motivação é o processo responsável pela intensidade, direcção, e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.” (Dicionário de Psicologia, 1987)
  • 70. MOTIVAÇÃO Alguma coisa que faz uma pessoa agir; Processo de estimular uma pessoa agir; Processos que instigam um comportamento; Processos que fornecem direcção e propósito ao comportamento; Processos que permitem a persistência do comportamento; Processos que conduzem às escolhas ou preferências de um determinado comportamento. (ASSIS;NAHAS, 1999:34)
  • 71. Em Nóbrega et al., o envelhecimento é um processo que gradativamente conduz o sujeito à inatividade física, que por sua vez leva ao descondicionamento e à potencialização da fragilidade músculo-esquelética. Com o acúmulo dessas variáveis, ocorre a perda do estilo de vida independente, ocasionando diminuição da motivação e auto-estima, havendo possibilidade de atingir um grau de ansiedade e depressão, que neste caso aceleraria a inatividade física e o envelhecimento.
  • 72.
  • 73. Envelhecimento bem sucedido: Satisfação de vida; Felicidade; Concretização de objectivos; Boa qualidade de vida Ou : Depressão; Ansiedade; Isolamento Social
  • 74. Freire (2000), apresenta um modelo teórico com seis dimensões do funcionamento positivo para explicar o bem-estar: 1)Auto-aceitação: implica em uma atitude positiva do indivíduo em relação a si próprio e a seu passado; implica reconhecer e aceitar diversos aspectos de si mesmo, características boas e más. 2)Relações positivas com os outros: envolve ter uma relação de qualidade com os outros, ou seja, uma relação satisfatória e verdadeira; preocupar-se com o bem estar alheio; ser capaz de relações empáticas, afectuosas .
  • 75. 3) Autonomia: significa ser autodeterminado e independente; ter habilidade para resistir às pressões sociais para pensar e agir de determinada maneira; avaliar-se com base em seus próprios padrões. 4) Domínio sobre o ambiente: aproveitar as oportunidades que surgem à sua volta; ser hábil para escolher ou criar contextos apropriados às suas necessidades e valores. 5) Propósito na vida: implica ter metas na vida e um sentido de direcção; o indivíduo percebe que há sentido em sua vida presente e passada; possui crenças que dão propósitos à vida; acredita que a vida tem um propósito e é significativa.
  • 76. 6) Crescimento pessoal: o indivíduo tem um senso de crescimento contínuo e de desenvolvimento como pessoa; está aberto a novas experiências; tem um senso de realização de seu potencial, e suas mudanças reflectem autoconhecimento e eficácia. O bem-estar psicológico, segundo Diener e Suh (1997), reflectirá em uma avaliação que o idoso faz de sua vida que foi influenciada por valores pessoais, padrões sociais e aspectos históricos que possuem componentes cognitivos (saúde, relações sociais e espiritualidade) e afectivos (afectos positivos, felicidade e alegria, e afectos negativos, tristeza, infelicidade).
  • 77. Rowe e Kahn sugerem três acções que influenciam e melhoram a qualidade de vida: “como fazer o melhor dos últimos anos!” 1. Evitar as doenças e as incapacidades (alimentação, não fumar) 2. Manter activas as funções físicas e cognitivas (exercício físico, ler, fazer palavras cruzadas) 3. Estar envolvido com a vida e viver (relacionar-se com os outros, contribuir com algo de valor).
  • 78. Envelhecimento mal sucedido Depressão Muitos autores consideram as depressões na velhice como atípicas, podem ser caracterizadas pela falta de episódios de tristeza, claramente distintos, mostrando-se o doente apático, com queixas subjectivas de comprometimento cognitivo, ansiedade proeminente, somatização e excesso de preocupação com o corpo. SIMÕES (1996) afirma que, no idoso, os sintomas iniciais do quadro depressivo são relativamente inespecíficos, tais como a debilidade, perturbações de sono, tristeza e ansiedade, desinteresse por hábitos e/ou prazeres habituais. Os sintomas mais específicos são os que decorrem da depressão do humor, bem como a lentidão psicomotora.
  • 79. SINTOMAS Humor depressivo e/ou uma diminuição clara do interesse ou prazer em quase todas as actividades durante a maior parte do dia;  Perda (sem dieta) ou ganho de peso, diminuição ou aumento de apetite, insónia ou hipersónia, agitação ou lentidão psicomotora, fadiga ou perda de energia; Sentimento de desvalorização ou culpa excessiva ou inapropriada; Menor capacidade de pensamento ou concentração, ou indecisão; Pensamentos recorrentes sobre a morte, ideação suicida recorrente, tentativa de suicídio ou a existência de um plano específico para cometer suicídio;
  • 80. Ansiedade Sintomas Psíquicos: nervosismo, irritabilidade e agressividade. Sintomas Físicos: tremor de extremidade, dificuldade para se expressar e descontrolo motor. Sistema Cardiovascular: taquicardia, arritmia cardíaca, suor na mãos, dor no peito, hipertensão e tontura.
  • 81. Ansiedade (cont) Sistema Respiratório: falta de ar, tontura, tosses, engasgo, gaguez e soluço. Sistema Génito-urinário: aumento da frequência e quantidade de urina e problemas sexuais.
  • 82. Personalidade: Tipologias Personalidade: “Este termo exprime a totalidade de um ser, tal como aparece aos outros e a si próprio, na sua unidade, na sua singularidade e na sua continuidade. Cada um possui uma personalidade, que resulta, ao mesmo tempo, do seu temperamento, da sua constituição e das múltiplas marcas deixadas pela sua história individual.” (Dicionário de Psicologia, 1987) Kaplan et al. definem a personalidade como a totalidade de traços emocionais e comportamentais que caracterizam o indivíduo nas situações de vida do dia-a-dia, sob condições normais, sendo relativamente estável e previsível.
  • 83. GRUPO TIPO CARACTERÍSTICAS Adaptaram-se ao envelhecimento Construtivo Bem integrado, respeitado, estável, que desfruta daquilo que a vida lhe proporciona Dependente É passivo, satisfeito, enfim pode descansar Defensivo Activo, rígido, disciplinado, dedica-se a muitas actividades Não se adaptaram ao envelhecimento Colérico Culpa o mundo e as pessoas pelos seus insucessos pessoais, pouca ambição quanto ao futuro, vida social instável e padrões económicos precários, luta contra manifestações do envelhecimento Pessimista Sem história de vida, não gosta de si, é deprimido, isolado e geralmente exagera sua falta de capacitação física e psicológica, fazendo-se de vítima, a morte como a sua libertação desta existência insatisfatória
  • 84. A personalidade sofre modificações ao longo do processo de envelhecimento? Estudos de Havighurst, Neugarten & Tobin (1968): primeiros dados sobre a personalidade nos idosos. Estes autores descobriram 4 grandes tipos de personalidade presentes em indivíduos entre os 50 e os 90 anos. Integrado: pessoas apresentando um bom funcionamento psicológico geral, com uma “vida cheia”, interesses variados, com as suas competências cognitivas intactas e retirando um elevado nível de satisfação dos papéis desempenhados; Defensivo-combativo: pessoas orientadas para a realização, lutadoras e controladas, experimentando níveis de satisfação entre o moderado e o elevado;
  • 85. Passivo-dependente: dependendo do tipo de funcionamento ao longo da vida, assim estas pessoas apresentam na velhice uma orientação passiva ou dependente, mostrando graus de satisfação muito variados; Desintegrado: pessoas com lacunas no funcionamento psicológico, pouca actividade, controlo pobre de emoções e deterioração dos processos cognitivos, com baixa satisfação de vida. Para estes autores, as pessoas diferem muito na forma como vivem os últimos anos das suas vidas, acabando a sua personalidade por ser influenciada e modelada por factores em linha com aquilo que sempre foram as reacções e os comportamentos ao longo da vida.
  • 86. Jung (1933) Segundo Jung, a personalidade organiza-se em redor de 2 orientações fundamentais: extroversão/introversão Extroversão: atitude para com o mundo exterior Introversão: atitude para com o mundo interior e para com as experiências mentais subjectivas Estas duas orientações equilibram-se para permitir que o indivíduo integre as limitações do ambiente e os desejos e fantasmas do seu inconsciente.
  • 87. De acordo com tendências que determinam a evolução do indivíduo no decorrer da vida adulta: Extroversão-introversão: produzir-se-ia uma inversão por altura do meio da vida, que conduziria o indivíduo a um novo equilíbrio. Na juventude: haveria a predominância da extroversão (traduzida pela necessidade de afirmação do eu e de realização pessoal e profissional Na 2ª metade da vida: haveria um forte aumento da introversão; a pessoa volta-se para a análise dos seus sentimentos pessoais, para o balanço da vida e para a tomada de consciência do seu encontro
  • 88. As primeiras pesquisas mostraram que a personalidade se tornava mais rígida com o envelhecimento e que se desenvolvia muito pouco na velhice. Estudos posteriores, surgidos a partir da década de 70, sugeriram que ocorreria uma estabilidade dos traços de personalidade ao longo da vida adulta e da velhice. Desta forma, a personalidade não se tornaria mais rígida, mas permaneceria da mesma forma que sempre fora desde a vida adulta. Segundo Hétu (1988), a personalidade construída pelo indivíduo durante a infância e juventude é o melhor factor de predição da adaptação à velhice. Ela representa o eu, a personalidade, ou o ego que, ao longo de toda a sua vida, será o integrador dos seus comportamentos.
  • 89. As características de personalidade podem tanto contribuir para a manutenção da saúde e o bem-estar subjectivo na velhice quanto influenciar o desencadeamento de sintomas depressivos em idosos. Os idosos com características de personalidade mais voltadas para si próprias, menos interactivas e pouco dominantes, apresentaram menos sintomas de depressão em relação àquelas que são mais voltadas e interessadas no outro, mais deferentes, organizadas, persistentes e interactivas
  • 90. Tarefas Evolutivas da Velhice Tarefas de desenvolvimento – são aquelas que a pessoa deve cumprir para garantir o seu desenvolvimento e consequente ajustamento psicológico e social. São tarefas com as quais as pessoas satisfazem as suas necessidades pessoais e garantem o desenvolvimento e manutenção de padrões sociais e culturais. Desta forma dão sustentação ao progresso social e cultural e em consequência ao bem-estar do indivíduo. - Prioridades / Investimento pessoal - Expectativas quanto ao futuro/ realizações e metas
  • 91. Tarefas Evolutivas da Velhice (cont.) As tarefas não são estanques em cada etapa, embora algumas sejam preferencialmente típicas de uma determinada fase. Em cada fase todas se relacionam entre si e o prejuízo numa das tarefas pode comprometer o desenvolvimento futuro dessa tarefa ou de outras.
  • 92. Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico As tarefas são básicas em cada sequência do ciclo de vida; Há uma expectativa social de que as pessoas em cada sequência cumpram com êxito as suas tarefas; Na última parte do ciclo também a pessoa idosa tem tarefas de desenvolvimento a cumprir, de modo a ser feliz e a ter qualidade na sua vida.
  • 93. Recorrendo à teoria de Erikson (1950) Encontram-se dois conceitos: a) geratividade como tarefa evolutiva de adultos; b) integridade do ego como tarefa evolutiva específica de idosos. Geratividade significa contribuir para gerações futuras por meio da produção não só de aspectos materiais, mas também do cuidado e da manutenção de outros seres. Integridade do ego é a adaptação a triunfos e desilusões inerentes à condição de criador de outros seres humanos e gerador de produtos e ideias. É ter, em suma, dignidade, sabedoria, aceitação do modo de vida, senso de completude e unidade.
  • 94. CICLO VITAL Assim, como o indivíduo, a família passa por estágios de desenvolvimento, conduzindo ao crescimento e à transição para um novo nível necessário e importante no ciclo vital: Formação do Casal Família com filhos Pequenos; Família com Filhos na Escola; Família com Filhos Adolescentes Família com Filhos Adultos
  • 95. IInnffâânncciiaa TTaarreeffaa BBáássiiccaa: Dominar a leitura e a escrita Servirá de instrumento para a sua independência, para uma comunicação mais ampla e efectiva, que posteriormente facilitarão as escolhas de formação e profissionalização, entre outras possibilidades. AAddoolleessccêênncciiaa TTaarreeffaa BBáássiiccaa: Formação Pessoal, Emancipação Relacionam-se com a fase anterior e prolongam-se para o período subsequente. Permite à autonomia e independência
  • 96. AAdduullttoo TTaarreeffaa BBáássiiccaa: Responsabilidades cívicas e sociais; Estabelecer e manter um padrão económico de vida; Ajudar os filhos a serem futuros adultos responsáveis e felizes; Desenvolver actividades de lazer; Relacionamento com o(a) esposo(a) Aceitar e ajustar-se às mudanças físicas da meia-idade e ajustar-se aos pais idosos. VVeellhhiiccee TTaarreeffaass BBáássiiccaass: Ajustar-se ao decréscimo da força e saúde; Ajustar-se à reforma; Ajustar-se à morte do(a) esposo(a) Estabelecer filiação a um grupo de pessoas idosas; Manter obrigações sociais e cívicas assim como investir no exercício físico satisfatórios para viver bem a VELHICE.
  • 97. Educação Para Envelhecer As tarefas evolutivas da velhice são formas de organização da vida que possibilitam até a aceitação da morte (Fitch, 1985). Um ambiente agressivo, assuntos familiares não resolvidos, ausência de cuidadores adequados podem dificultar este processo. Cumprir todas as tarefas é importante, como é importante também que o idosos conte com o apoio da família, da sociedade e dos profissionais que actuam na área. Dessa forma, ele poderá ter uma velhice bem sucedida e usufruir do prazer de ser e de viver, contribuindo para o bem de todos…
  • 98. Durante o envelhecimento, os principais factores de influência da sociedade sobre o indivíduo são:  a resposta social ao declínio biológico,  o afastamento do trabalho,  a mudança da identidade social,  a desvalorização social da velhice e  a falta de definição sociocultural de actividades em que o idoso possa perceber-se útil e alcançar reconhecimento social. A vida do idoso é, portanto, dominada por um alto nível de stress, devido às expectativas e obrigações formalizadas.
  • 99. Tarefas Evolutivas da Velhice Erikson  Estágio de Integridade versus Desespero e Isolamento (mais de 65 anos): Nessa fase existe o conflito entre a integridade, o senso de satisfação que se tem ao refletir sobre uma vida produtiva, e o desespero no sentimento de que a vida teve pouca finalidade ou significado. A integridade permite uma aceitação do próprio lugar no ciclo vital e o reconhecimento de que somos responsáveis por nossas vidas. Com a não aceitação, predomina o medo da morte e um sentimento de desespero e angústia.
  • 100.  Manutenção da Auto-Estima: As pessoas idosas devem lidar com feridas narcisistas, à medida que tentam adaptar-se às perdas biológicas, psicológicas e sociais. A auto-estima e a auto-suficiência estão sob risco constante. Para manter a auto-estima são importantes: (1) segurança económica; (2) pessoas cuidadoras; (3) saúde psicológica; e (4) saúde física. Do fracasso na tentativa de manutenção da auto-estima podem surgir tensão, ansiedade, frustração, raiva e depressão.
  • 101. Tarefas Evolutivas da Velhice  aceitação do corpo que envelhece;  aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal;  manutenção da intimidade;  relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos membros;  relação com seus pais: inversão de papéis, morte e individuação;
  • 102. Tarefas Evolutivas (cont.)  o afastamento do trabalho;  a mudança da identidade social;  a desvalorização social da velhice;  a falta de definição sociocultural de actividades em que o idoso possa perceber-se útil e alcançar reconhecimento social;  preparação para a morte.
  • 103. Medidas Preventivas  Manter a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas;  Independência económica;  Ter seu próprio espaço físico ou moradia;  Ter laços de amizade e vínculos fortes com a família;  Manter um relacionamento íntimo com um(a) companheiro(a);
  • 104. Medidas Preventivas (cont.)  Ter um vínculo com a comunidade;  Manter-se sempre ocupado e com planos para o futuro;  Se possível, manter um vínculo com seu antigo trabalho ou profissão;  Procurar ajuda na comunidade;  Praticar exercícios, manter uma actividade física regular.
  • 105. Ajustamentos Psicossociais da Velhice Envelhecer bem requer ajustamento pessoal e social, que pode ser comprometido por condições deficitárias de saúde e educação ao longo do curso de vida. Se o indivíduo tiver alguma deficiência física congénita ou adquirida antes da velhice, suas condições de desenvolver-se e envelhecer com sucesso irão sofrer prejuízo maior ou menor e mais ou menos controlável, dependendo da extensão e da natureza da sua deficiência, dos recursos de apoio que o ambiente sociocultural lhe oferecer ao longo de toda a vida e de seus recursos psicológicos. .
  • 106. Para Silva e Varela (1999), adaptação significa maximizar as possibilidades individuais reorganizando a vida frente às limitações percebidas, ajustando-se às diversas situações individualmente ou com a ajuda de outros. É um processo contínuo de actualização das potencialidades pessoais e de aprender a viver com as limitações explorando e utilizando ao máximo seus recursos disponíveis.
  • 107. Para Davies (1996), as variáveis mais significativas envolvidas na adaptação são o suporte social, o coping e o controle percebido Antonucci (2001), o suporte social ajuda os indivíduos a enfrentar e se recuperar das exigências da vida. Segundo a autora, pessoas com amplas redes sociais têm mais ajuda nos tempos de doenças e as pessoas que percebem mais suporte enfrentam melhor as doenças, o stress e outras experiências difíceis da vida. Para Handen (1991), o suporte social aumenta a auto-estima e o sentimento de domínio sobre o próprio ambiente, tem a função de coping ao amenizar o impacto das doenças e provavelmente modera o efeito das crises inesperadas. Segundo Antonucci (1994), o suporte social estimula o senso de controle e auto-eficácia
  • 108. Robert Peck, expande a teoria de Erikson, e descreve três ajustes psicológicos importantes para a fase final da vida: 1. Definições mais amplas do ego contra uma preocupação com papéis de trabalho – São aqueles que definiram suas vidas pelo trabalho, direccionando seu tempo à conquista de méritos profissionais pessoais; 2. Superioridade do corpo contra preocupação com o corpo – Aqueles para quem o bem-estar físico é primordial à existência feliz poderão ficar mergulhados no desespero ao enfrentarem a diminuição progressiva da saúde, com a chegada da terceira idade, e o surgimento das dores e limitações físicas. Peck afirma que ao longo da vida, as pessoas precisam cultivar faculdades mentais e sociais que cresçam com a idade; 3. Superioridade do ego contra uma preocupação com o ego – Provavelmente o mais duro e mais importante ajuste para o idoso seja a preocupação com a morte próxima. O reconhecimento do significado duradouro de tudo que fizeram ajudará a superar a preocupação com o ego, e continuarem a contribuir para o bem-estar próprio e dos outros.
  • 109. A partir da síntese de teorias clássicas sobre a personalidade, Ryff (1989) propôs um modelo multidimensional de bem-estar psicológico, correspondente a funcionamento psicológico positivo como sinónimo de ajustamento, e uma condição do self relacionada a seis domínios do funcionamento psicológico: auto-aceitação, relações positivas com os outros, autonomia, domínio sobre o ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal.
  • 110. A autoaceitação significa uma atitude positiva do indivíduo em relação a si próprio e a seu passado; significa reconhecer e aceitar suas características positivas e negativas. O sentimento de aceitação gera estima, confiança e segurança em si e nos outros (Ryff, 1989). A aceitação da deficiência é definida como um dos melhores indicadores de ajustamento positivo após uma deficiência e caracterizada por: a) capacidade do indivíduo com deficiência de perceber valor em habilidades e metas que não foram perdidas em consequência da deficiência; b) avaliação do próprio valor, de atributos e capacidades, baseada não apenas em aspectos físicos, mas também em outros (por exemplo, persistência, inteligência); c) mesmo quando o indivíduo é influenciado por percepções, atitudes e linguagem de outras pessoas, foca a sua própria atitude em relação à deficiência, enxergando-a como mais uma de suas características, e não a única; d) em seu nível mais básico, ocorre quando o indivíduo reconhece o valor único da junção de suas características e habilidades, mais do que quando faz comparações com padrões externos e frequentemente inatingíveis (Elliott, Kyrlo & Rivera, 2002, citado por Schmitt & Elliott, 2004).
  • 111. Ter relações positivas diz respeito a manter com os outros uma relação de qualidade, uma relação calorosa, satisfatória e verdadeira; preocupar-se com o bem-estar do outro e ser capaz de manter relações afectuosas e agradáveis, sejam elas familiares, de intimidade ou de amizade (Ryff, 1989). Relações sociais significativas permitem o desenvolvimento do self, dão sentido às experiências e podem oferecer apoio, importantes elementos no processo de adaptação, principalmente em momentos de transição da vida adulta. No caso específico das pessoas com deficiência física, o apoio social pode tornar-se mais significativo. O indivíduo se sente mais amado e estimado e com sensação de controlo sobre sua própria vida (Nogueira, 2001).
  • 112. A autonomia implica em ser auto determinado e independente, mesmo que a pessoa necessite de apoio para operacionalizar suas escolhas e, às vezes, até para o exercício de actividades de vida diária. Implica em tomar decisões de acordo com o que acredita ser melhor, dentro de seus próprios padrões, e em não ser influenciado por pressões sociais para pensar e agir (Ryff, 1989). O conceito de autonomia pode ser comparado aos conceitos de autodeterminação, independência, locus de controle interno, individuação e regulação interna do comportamento, aos quais se subordinam as crenças de que os pensamentos e acções são próprios à pessoa e não são determinados por causas independentes do próprio controle. Está relacionado ao conceito de liberdade, e, como teorizou Kant, é a capacidade de autonomia que traz aos seres humanos dignidade (Cristopher, 1999).
  • 113. Domínio sobre o ambiente significa ter competência para manejar o ambiente, usufruir as oportunidades que surgem ao redor, apresentar habilidades para escolher ou criar contextos adequados às suas necessidades e valores, eliminar barreiras e fazer adaptações pessoais ou no ambiente, quando necessárias. É preciso que seja compatível com as capacidades físicas e com as competências comportamentais das pessoas para permitir melhor adaptação. Pessoas que apresentam maior habilidade para manejar o ambiente têm senso de controle mais elevado. Segundo Folkman (1984), o papel do controle no ajustamento vai depender do significado das crenças de controle em cada situação, e quando as oportunidades de controle são limitadas em determinado contexto, a pessoa irá buscar algum aspecto da própria situação onde ela tenha esse senso de controle, para se fortalecer. Questões sobre controle podem ser particularmente importantes no contexto de doença, tendo-se em vista que em alguns casos de doenças crónicas as oportunidades de controle estão limitadas, mesmo que sejam sobre o ambiente (Sirois, Davis & Morgan, 2006).
  • 114. Ter propósito de vida significa ter metas na vida e um senso de direcção; a pessoa percebe que há sentido em sua vida presente e passada; tem crenças que dão propósito à vida; acredita que a vida é significativa e, a despeito de todos os obstáculos, tem motivação para continuar vivendo (Ryff, 1989). Janoff-Bulman e Frantz (1997, citado por Pakenham, 2005) propuseram que a adaptação positiva em face da adversidade envolve uma tentativa de encontrar sentido num evento traumático e achar algum benefício nesta experiência.
  • 115. Segundo Ryff (1989), pessoas ajustadas têm alto senso de desenvolvimento e crescimento contínuo; estão abertas a novas experiências; reconhecem seu potencial de realização, e suas mudanças reflectem autoconhecimento e auto-eficácia. Bauer e McAdams (2004) citam Maslow (1968) para ressaltar que pessoas orientadas para o crescimento ou para a segurança em suas vidas têm melhor saúde psicológica e senso mais alto de bem-estar psicológico. Quanto mais desenvolvidos os mecanismos de ajustamento psicológico, maior a possibilidade de adaptação, presumivelmente sem grande declínio na qualidade de vida do idoso.
  • 116. Indivíduos bem-ajustados têm mais habilidade para adaptar-se às exigências sociais e emocionais da vida quotidiana (Bauer & McAdams, 2004). Mesmo na presença de perdas, que podem ser reduzidas ou ampliadas de acordo com as condições da pessoa, o ser humano sempre aspirou a viver longamente, com autonomia e com boa saúde, tendo uma boa velhice. Freire e Rezende (apud Néri, 2001) Entendem que velhice bem sucedida é um conjunto de recursos necessários à pessoa para enfrentar eventos stressantes, envolvendo habilidades e capacidade para solucionar problemas, bem como a capacidade social.
  • 117. Fase final da vida/reflexão sobre a morte e o luto Só pensamos na velhice quando ficamos velhos. A morte é parte obrigatória da velhice. Na cultura ocidental, é característico que a morte seja excluída dos nossos pensamentos pelo tempo mais longo possível. Isso pode aumentar o medo inconsciente da morte, mas tanto a velhice quanto a morte são processos pelos quais todos os seres humanos passam.
  • 118. Conceitos de morte Morrer é o cessar irreversível: 1- da função de todos órgãos, tecidos e células; 2- do fluxo de todos os fluídos do corpo incluindo o sangue e o ar; 3- do funcionamento do coração e do pulmão; 4- do funcionamento espontâneo do coração e do pulmão; 5- do funcionamento de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral;
  • 119. A MORTE SOBRE DUAS CONCEPÇÕES  A morte do outro: o medo do abandono, consciência da ausência e da separação.  A própria morte: a consciência da própria finitude, a fantasia de como será o fim e quando ocorrerá.
  • 120. Ao pensar a morte cada pessoa pode relaciona-la a um dos seguintes aspectos: (Kastenbaum, 1983) a) Medo de morrer: surge o medo do sofrimento, da indignidade pessoal. Em relação à morte do outro é difícil ver o seu sofrimento e desintegração, o que origina sentimentos de impotência por não se poder fazer nada; b) Medo do que vem após a morte: quando se trata da própria morte é o medo do julgamento, do castigo divino e da rejeição. Em relação à morte do outro, surge o medo da retaliação e da perda da relação;
  • 121. c) Medo da extinção: diante da própria morte existe a ameaça do desconhecido, o medo básico da sua extinção. Em relação ao outro, a extinção evoca a vulnerabilidade pela sensação de abandono. Acontecem múltiplas perdas, na velhice, e num curto espaço de tempo: são as mortes do cônjuge, de amigos e familiares da mesma faixa etária; as alterações no corpo, perdas fisiológicas e funcionais; a reforma, as perdas financeiras e o isolamento social; o surgimento de doenças crónicas e a situação de dependência, entre outras.
  • 122. Marta L. Méndez propõe quatro “lutos” básicos da velhice: 1.O luto pelo corpo potente – consciência do declínio físico. 2. O luto pelo papel paternal – alguns impedimentos físicos, psíquicos ou sociais passam a se colocar diante do papel paternal, bem como quando o idoso passa do papel de “pai” para “avô”. 3. O luto pelo papel social – devido à reforma. 4. O luto pela perda de relações objectais significativas – por exemplo, perdas de amigos, familiares ou viuvez.
  • 123. Síntese Passada a idade adulta, o ser humano enfrenta a terceira idade, etapa do ciclo vital na qual há um número maior de perdas, colaborando para que o idoso pense mais sobre sua finitude (KOVÁCS, 2005). A perda de amigos e familiares, perda da sua ocupação, de parte de sua força física, redução do aparelho sensório e, em alguns casos, perda do funcionamento cerebral são comuns nesta idade (SILVA; CARVALHO; SANTOS; MENEZES, 2007).
  • 124. Síntese Em decorrência da terceira idade ser uma fase constituída por perdas, a morte nessa idade, pode ser vista como natural e aceitável. Diante disso, é possível perceber que o tema morte é algo que acompanha frequentemente os indivíduos de terceira idade. Bee (1997) nos diz que na velhice as pessoas tendem a pensar e falar mais sobre o assunto se comparadas a pessoas de qualquer outra faixa etária. Porém, tal facto não quer dizer que a temam menos do que pessoas de outras idades (ROSENBERG, 1992).
  • 125. De acordo com tais evidencias, pode-se pensar que a possibilidade eminente de morte que acompanha indivíduos nesta etapa do ciclo vital pode, em alguns casos, ser geradora de angustia. Segundo Rosenberg (1992, p. 70), “nosso medo da morte não caminha linearmente com nossa idade”. Frumi e Celich (2006) realizaram uma pesquisa com cinco idosos acima de 60 anos com o objectivo de conhecer o significado do envelhecer e da morte para os idosos. Através do estudo, as autoras puderam perceber que os idosos encaram a morte como uma certeza, sendo que tal forma de encarar o assunto parece estar alicerçada em crenças e valores espirituais, que trazem para o idoso a confiança de uma vida após a morte. Sendo assim, é notável a importância de alguns aspectos, tais como a espiritualidade para uma vivência menos temerosa acerca da morte.
  • 126. Luto Conjunto de reações que ocorrem em consequência de uma perda significativa. Envolve um processo de recuperação e reparação psíquica perante mudanças e situações que acarretam perdas e provocam desequilíbrio, afetando a ideia que temos de nós próprios, da vida e do mundo
  • 127. O que é o Processo de Luto? Face a qualquer perda significativa, de uma pessoa ou até de um objecto estimado, desenrola-se um processo necessário e fundamental para que o vazio deixado, com o tempo, possa voltar a ser preenchido. Esse processo é denominado de luto e consiste numa adaptação à perda, envolvendo uma série de tarefas ou fases para que tal aconteça. Sanders (1999) considera que o luto representa o estado experiencial que a pessoa sofre após tomar consciência da perda, sendo um termo global para descrever o vasto leque de emoções, experiências, mudanças e condições que ocorrem como resultado da perda.
  • 128. Apesar do processo de luto ser aparentemente um mecanismo universal e que se dá em várias espécies, cada indivíduo tem uma forma idiossincrática de o realizar e o processo varia não só de pessoa para pessoa, como também existem diferenças consoante a faixa etária em que o indivíduo se encontra.
  • 129. Luto 5 Fases de Kubler-Ross(1969)  Choque/ Negação: particularmente proeminente quando a perda é inesperada  Revolta: dirigida a si próprio, a Deus, aos médicos ou a outro alvo  Depressão: sintomas depressivos  Negociação: com os médicos, Deus…  Aceitação: apercebem-se da realidade do acontecimento; recuperação funcional progressiva
  • 130. Luto 4 fases de Bowlby (1980)  Choque/Negação:falha no registo da perda da figura de vinculação  Protesto:preocupação com a pessoa perdida e coma tentativa de conseguir o seu regresso. Ansiedade, medo, revolta  Desespero e desorganização: resultante da constatação da ineficácia em trazer de volta afigura de vinculação. Desespero, tristeza, solidão  Reorganização: recuperação gradual com interesse por atividades sociais e outras
  • 131. Luto 3 Fases (BrownJT, StoudemireGA. NormalandPathologicalGriefJAMA 1983; 250:378)  Choque e Incredulidade: embotamento inicial ao saber do acontecimento. Duração 1-2 dias onde o comportamento pode ficar profundamente perturbado  Preocupação: com a pessoa falecida  Aceitação e resolução: retorno ao normal. Pode demorar vários meses até esta fase acontecer e tempo variável até que esteja completa
  • 132. Sentimentos ccoommuunnss nnoo pprroocceessssoo ddee lluuttoo Tristeza: O sentimento mais comum encontrado no enlutado, muitas vezes manifestando - se através do choro;
  • 133. Sentimentos comuns nnoo pprroocceessssoo ddee lluuttoo  Raiva: a raiva advém de duas fontes: da sensação de frustração por não haver nada que se pudesse fazer para prevenir a morte e de um tipo de experiência regressiva que ocorre após a perda de alguém próximo em que a pessoa se sente indefesa, incapaz de existir sem o outro; formas ineficazes de lidar com a raiva são deslocá-la ou direccioná-la erradamente para outras pessoas, culpabilizando-as pela morte do ente querido ou virá-la contra o próprio, podendo, no extremo, desenvolver comportamentos suicidas;
  • 134. Culpa e autocensura: Normalmente, e principalmente no início do processo de luto, há um sentimento de culpa por não se ter sido suficientemente bondoso, por não ter levado a pessoa mais cedo para o hospital, etc.; na maior parte das vezes, a culpa é irracional e irá desaparecer através do teste com a realidade; Ansiedade: Pode variar de uma ligeira sensação de insegurança até um forte ataque de pânico e quanto mais intensa e persistente for a ansiedade, mais sugere uma reacção de sofrimento patológica; surge de duas fontes: do sobrevivente temer ser incapaz de tomar conta dele próprio sozinho e de uma sensação aumentada da consciência da mortalidade do próprio;
  • 135. Solidão: Sentimento frequentemente expressado pelos sobreviventes, particularmente aqueles que perderam os seus cônjuges e que estavam habituados a uma relação próxima no dia a dia; Fadiga: Pode, por vezes, ser experimentado como apatia ou indiferença; um elevado nível de fadiga pode ser surpreendente e angustiante para uma pessoa que é normalmente muito activa; Desamparo: Está frequentemente presente na fase inicial da perda; Choque: Ocorre mais frequentemente no caso de morte inesperada, mas também pode existir em casos cuja morte era previsível;
  • 136. Anseio: Ansiar pela pessoa perdida, desejá-la fortemente de volta é uma resposta normal à perda; quando diminui, pode ser um sinal de que o sofrimento está a chegar ao fim; Emancipação: A libertação pode ser um sentimento positivo após a perda; por exemplo, no caso de uma jovem que perde o seu pai que era um verdadeiro tirano e a oprimia por completo; Alívio: É comum principalmente se a pessoa querida sofria de doença prolongada ou dolorosa; contudo, um sentimento de culpa acompanha normalmente esta sensação de alívio; Torpor: Algumas pessoas relatam uma ausência de sentimentos; após a perda, sentem-se entorpecidas; é habitual que ocorra no início do processo de sofrimento, logo após tomar conhecimento da morte; pode ser uma reacção saudável bloquear inicialmente as sensações como uma espécie de defesa contra o que de outra forma seria uma dor esmagadora e insuportável.
  • 137. Sensações físicas normalmente sentidas após a perda: vazio no estômago; aperto no peito; nó na garganta; hipersensibilidade ao barulho; sensação de despersonalização (nada parecer real, incluindo o próprio); falta de fôlego, sensação de falta de ar; fraqueza muscular; falta de energia; boca seca
  • 138. Perspectivas Biológicas Resposta fisiológica + resposta emocional  Perturbação dos ritmos biológicos  Comprometimento do funcionamento imunológico(< proliferação de linfócitos e células NK)  Maior mortalidade entre população viúva logo após a morte do cônjuge (causa?)
  • 139. Cognições ou pensamentos habituais após a perda: descrença (não acreditar na morte assim que se ouve a notícia); confusão (pensamento confuso; dificuldade de concentração ou esquecimento de coisas); preocupação (obsessão com pensamentos acerca do falecido); sensação de presença; alucinações (visuais e auditivas; são uma experiência frequente nos enlutados; são normalmente experiências ilusórias passageiras, que ocorrem habitualmente após poucas semanas da perda e normalmente não provocam uma experiência de sofrimento mais complicada ou difícil)
  • 140. Comportamentos usualmente manifestados após a perda: distúrbios do sono (insónias); distúrbios do apetite (normalmente há uma redução, mas também pode haver um aumento do apetite); comportamentos de distracção ("andar aéreo"); isolamento social; sonhos com a pessoa falecida; evitar lembranças da pessoa falecida; procurar e chamar pelo ente perdido; Suspirar; hiperactividade, agitação; Chorar; visitar sítios ou transportar consigo objectos que lembrem a pessoa perdida; guardar objectos que pertenciam à pessoa falecida
  • 141. Luto -Duração A maioria das sociedades apresenta um padrão de reações e duração do luto. Em geral:  Regresso ao trabalho/escola: algumassemanas  Estabelecer equilíbrio: alguns meses  Estabelecer novas relações: 6 meses-1 ano O processo de luto não termina dentro de um intervaloprescrito -alguns aspectos podem persistirindefinidamente para muitos indivíduos normais e combom funcionamento
  • 142. Luto - Reações de Aniversário Quando o desencadeador da dor da perda é uma ocasião especial: - Primeiro ano -período mais difícil: - 1º aniversário sem o falecido - 1º Natal - 1ª Páscoa… As reações tendem a tornar-se mais leves com o passar do tempo mas quando surgem podem assemelhar-se à dor original e persistir durante horas ou dias
  • 143. Quando termina oo pprroocceessssoo ddee lluuttoo?? Segundo Worden (1991), o processo de luto termina quando as tarefas descritas supra são completadas. Quanto à duração do processo, não existe uma resposta conclusiva, sendo impossível definir uma data precisa. No entanto, quando se perde uma relação próxima é muito improvável levar menos de um ano e para muitos casos dois anos ou até mais não é muito tempo. Para além disso, cada nova estação, feriado ou férias e aniversário são prováveis de reevocar a perda (Walsh e McGoldrick, 1998). Assim, verifica-se que o luto não é um processo que progride de forma linear, podendo reaparecer para ser novamente trabalhado. Um sinal de uma reacção de sofrimento finalizada é quando a pessoa consegue pensar no falecido sem dor e quando consegue reinvestir as suas emoções na vida e nos vivos.
  • 144. 4 tarefas essenciais do processo de luto (adaptado de Worden,1991) Após a perda de alguém que nos é querido, existe uma série de tarefas de luto que têm de ser concretizadas para que se restabeleça o equilíbrio e para o processo de luto ficar completo. Desta forma, a adaptação à perda, de acordo com Worden (1991), envolve 4 tarefas básicas: 1.aceitar a realidade da perda; 2. trabalhar a dor advinda da perda; 3. ajustar a um ambiente em que o falecido está ausente; 4. transferir emocionalmente o falecido e prosseguir com a vida
  • 145. Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) O termo de luto complicado é usado quando determinados factores perturbam o processo de luto normal,. Estas variáveis fazem com que o luto seja mais severo e duradouro do que seria de esperar ou, pelo contrário, fazem com que o enlutado evite ou nem sequer reconheça a sua dor, o que impede que ela se possa resolver. Rando (cit. por Sanders, 1999) identificou 7 variações ou síndromes de luto complicado:
  • 146. Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 1) luto ausente: ausente ou inibido de tristezaquando se espera encontrar sinais e sintomas evidentes eagudos. Negação prolongada 2) luto atrasado (não demonstra reacções de luto durante semanas ou mais tempo, podendo transportar consigo uma dor não resolvida que pode emergir mais tarde como "reacções distorcidas" - e.g. hiperactividade sem um sentimento de perda, adquirir sintomas que pertenciam à última doença do falecido);
  • 147. Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 3) luto inibido: ausência de sintomas do luto normal. 4) luto adiado: sem reações imediatas à morte apresentando mais tarde sintomas de luto distorcido. 5) luto conflituoso: aparece após a perda de uma relação altamente perturbada e ambivalente; normalmente, surge uma complexidade de emoções após a morte, incluindo alívio, mas seguido de culpa e remorsos por saber que a relação nunca foi boa e não há oportunidade para a mudar);
  • 148. Luto Complicado (adaptado de Sanders, 1999) 6) luto inesperado; 7) luto crónico: a resposta de luto inicial é apropriada, mas a intensidade das reacções continuam sem diminuir; como resultado, a pessoa mantém-se num profundo e doloroso luto como forma de vida). Apesar de existirem diversas variações de luto, os lutos atrasado, distorcido e crónico aparentam ser, de acordo com a autora, os principais a separar o luto complicado de um luto normal.
  • 149. Na realidade, o tempo cura todas as feridas (desde que consigamos integrar a cura).
  • 150.
  • 151.  “O sexo é uma necessidade humana básica e a sexualidade um aspecto central da vida humana, cuja dinâmica e riqueza devem ser vividas plenamente.  Sexualidade é um fenómeno que envolve a pessoa no seu todo e que abrange uma complexa interacção de variáveis biológicas, psicológicas e sócio culturais” •A educação dos idosos: Os idosos de hoje foram educados na 1ª metade do séc. XX, quando as práticas homossexuais, bissexuais e de masturbação não estavam admitidas socialmente e a educação sexual era inexistente. Woods (1995)
  • 152.  A dificuldade para falar sobre sexualidade é um problema frequente entre os idosos e, quando um casal não é capaz de conversar sobre sexo a resolução dos problemas torna-se impossível.  Woods (1995)
  • 153.  Na velhice, é fundamental que exista uma boa perspectiva relacionada com a sexualidade e que se tenha a consciência de que esta é muito mais do que um acto físico ou a simples relação pénis-vagina.  A Sexualidade não deve, portanto, ser confundida com relação sexual, que é apenas uma das componentes da sexualidade.  Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, “o amor, o calor, o carinho e o compartilhar entre as pessoas” são exemplos claros da complexidade da sexualidade.
  • 154.  Enquanto o Homem viver, seja qual for a sua idade, é capaz de sentir impulsos eróticos não existindo nenhuma idade em que a actividade sexual, os pensamentos sobre o sexo ou o desejo acabem.  Como em qualquer outra idade, na velhice,  o Homem também sente desejo de amar, de se sentir amado, de continuar a ser objecto de atenção e de afecto. (Lopes, 1993)
  • 155.  Com o avançar dos anos, as rugas e os cabelos brancos aparecem, o corpo começa a ceder, mas envelhecer não é uma doença.  É importante notar que estas alterações não ocorrem nem na mesma altura nem da mesma forma em todas as pessoas. Cada indivíduo tem o seu próprio ritmo e, para alguns, estas mudanças não chegam a ser muito pronunciadas.  Também o modo como cada pessoa vive estas alterações é diferente. Algumas encaram-nas como naturais, enquanto que outras ficam alarmadas e preocupadas, pensando que vão deixar de poder ter relações sexuais.  Júlio Machado Vaz
  • 156.  Muitas vezes, os tabus sociais são os principais castradores da qualidade de vida dos idosos, sobretudo quando se fala de sexualidade.  Segundo os especialistas, o preconceito e a falta de informação atrapalham o desenvolvimento da sexualidade na terceira idade.  Há mudanças físicas, sim, mas elas não são as responsáveis pelo fim da intimidade entre o casal
  • 157. ALTERAÇÕES FÍSICAS DO HOMEM • AUMENTO DO TEMPO NECESSÁRIO PARA ATINGIR A ERECÇÃO, COM DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE TER E MANTER UMA ERECÇÃO SUFICIENTE PARA A PENETRAÇÃO • DIMINUIÇÃO DA FIRMEZA ERECCIONAL; •DIMINUIÇÃO QUANTITATIVA DO EJACULADO • CONTRACÇÕES ORGÁSMICAS MENOS FORTES E MAIS ESPAÇADAS; • ALONGAMENTO DO PERIODO PRÉ-ORGÁSMICO; • MAIOR DEPENDÊNCIA DOS ESTIMULOS FÍSICOS DURANTE O PERIODO DE EXCITAÇÃO; •AUMENTO DO PERÍODO REFRACTÁRIO; •MAIOR RAPIDEZ NA PERDA DE ERECÇÃO PÓS-ORGÁSMICA •EVENTUAL BAIXA PROGRESSIVA DOS NÍVEIS DE TESTOSTERONA
  • 158.  «Na mulher mais idosa, a sexualidade ainda é mais complicada do que no homem, pois, com a actual valorização do corpo feminino e do ideal de juventude, a mulher com mais idade sente-se desvalorizada no seu corpo, que já perdeu as formas e o vigor de outros tempos.
  • 159. ALTERAÇÕES FÍSICAS DA MULHER  Involução progressiva da genitália, com estreitamento e escurecimento vaginal;  Aumento da fragilidade das paredes vaginais;  Diminuição da lubrificação vaginal;  Paragem da menstruação e da ovulação;  Eventual baixa progressiva dos níveis de estrogénios, com aumento relativo da testosterona
  • 160.  Assim sendo devemos compreender que na sexualidade dos idosos:  A actividade sexual não tem de conduzir obrigatoriamente á penetração;  A principal prioridade deve ser a companhia;  Atentar aos desejos e necessidades do parceiro/a  Investir na ternura e no carinho;  Dialogar abertamente sobre medos e expectativas;  Perceber e respeitar as alterações que ambos estão a enfrentar.  Usar novas estratégias (tempos de acção, posições; carícias, estimulantes, etc.);  Respeitar o caso de um ou ambos necessitarem de mais tempo para estarem aptos a desempenharem o acto sexual  Não esquecer que a comunicação é um factor crucial  Procurar ajuda especializada sempre que houver necessidade
  • 161.
  • 162. Sexualidade quem és? Dualidade de emoções... Qualidade de sensações… Ou simplesmente … Sexo… E tu… quem és? Nada mais que a libertação do que sou Do que gosto Como gosto Do que sinto Como me ressinto… E o meu ser o que é? Nada mais que emoções… Nada mais que sensações… recordações. E com o despertar da vida, Com o desabrochar da experiência… Pratico a ciência, da arte de me amar… O tempo passa, a vida escassa… È tempo de me agarrar… De vibrar… De libertar… De gritar… Sim, já não sou quem era por fora Mas… sim… por dentro continuo EU… M.Consciência Dez.08
  • 163. CONCLUSÃO  AOS MAIS VELHOS DEVE SER IMPUTADO O DIREITO DE COMPREENDER E ASSUMIR, COM TODA A DIGNIDADE, AS MUDANÇAS CORPORAIS, MUNINDO-SE DE NOVOS RECURSOS E ESTRATÉGIAS,  ACREDITANDO QUE EM QUALQUER FASE DA VIDA, É POSSIVEL UMA VIVÊNCIA SEXUAL SATISFATÓRIA E DE PRAZER.
  • 164. OBRIGADA PELA V. ATENÇÃO E NÃO SE ESQUEÇAM… DE SE AMAREM…
  • 165. Bibliografia BARRETO, João. (2005). Envelhecimento e qualidade de vida: o desafio actual. Revista Faculdade Letras: Sociologia I (15), 289-302. DIAS, Isabel (2005). Envelhecimento e violência contra os idosos. Revista Faculdade Letras: Sociologia I (15), 249-273. SEQUEIRA, Carlos (2007). Cuidar de Idosos Dependentes. Coimbra: Editora Quarteto SOUSA, Liliana. FIGUEIREDO, Daniela. CERQUEIRA, Margarida (2004). Envelhecer em Família. Porto: Edições Ambar TEIXEIRA, João (1999). Envelhecimento e Depressão. Saúde Mental, Vol I (2), 51- 63. TOMAZ, C., MELO, F., PINHEIRO, L. & COSTA, M. (2002). Dar e Receber. Viana do Castelo: Edição Projecto de Luta Contra a Pobreza. ZIMERMAN, Guite (2000). Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed Editora.
  • 166. BIBLIOGRAFIA  http://gerontologia.casas.blog.br/wp-content/ uploads/2008/06/sexo_idosos.jpg  http://academiaseniorseia.com/index.php?op=editnoticia&id=7  http://sociofonia.e-laboratorio.org/?p=51  http://max.uma.pt/EdSenior/index_ficheiros/Page1429.htm  http://www.projectotio.net/site.php?Tipo=1&IDPag=6790  http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=169&id_art=159  http://www.psicologia.com.pt/artigos/imprimir_o.php?codigo=AOP0167  http://www.setubalnarede.pt/content/index.php? action=articlesDetailFo&rec=9178  http://www.socialgest.pt/_dlds/APSEXUALIDADEEAMORNAVELHICE.pdf  http://www.socialgest.pt/_dlds/APSexualidade.pdf  http://www.portaldoenvelhecimento.net/pforum/se2.htm  http://www.velhice.com/content/a-sexualidade-na-velhice  http://www.upf.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/104/187  “A Psicologia do Envelhecimento” de Ian Stuart-Hamilton, 3ª edição 2002