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Cyntia Andrade - doutoranda
Margaret Hart - orientadora
 Crescimento significativo a partir dos anos 70;
 Em 2000 : 7,2 milhoes de passageiros: 13,3
  milhoes em 2008; em 2009: 13,445 (Cruise Lines
  International Association –CLIA -2009).
 O impacto econômico no maior mercado
  mundial (EUA): $40,2 milhões em 2008 – 6% de
  aumento sobre 2007; 357.710 postos de
  trabalhos (CLIA, 2009).
 No mercado europeu: em 2008 - 21, 7 milhões de
  visitantes em seus portos, 15% a mais em
  relação a 2007 (ECC - Europe Cruise Council,
  2009).
 1) Os passageiros têm a oportunidade de visitar
  uma variedade de lugares em um curto período
  de tempo, sem os problemas dos outros modos
  de viajar.
 2) Os navios são auto-suficientes.
 3) A função dos tripulantes é garantir que os
  passageiros tenham uma estadia agradável.
 4) Alta qualidade gastronômica e do serviço.


                Davidoff & Davidoff, (1994 citado por Dowling, 2006:03)
   Em 1840, o britânico Samuel Cunard, percebeu a necessidade de regularidade
    nos fluxos de comércio na travessia do Atlântico, originado mais tarde uma
    das maiores empresas do mundo, a Cunard Line.
   O primeiro registro de um cruzeiro transatlântico, foi em 1867 com o Quaker
    City que partiu de Nova York para uma viagem à Terra Santa, Egito, Criméia e
    Grécia, com uma duração de seis meses.
   As longas distâncias tornavam a viagem monótona e os melhores
    entretenimentos a bordo, só estavam disponíveis aos passageiros de primeira
    classe, com algumas atividades programadas e aparelhos de ginástica, usados
    particularmente pelos homens (Britto, 2006);
   Período de guerra e pós-guerra: utilização dos navios para a guerra e
    necessidade de recomeço do sector;
   A partir dos anos 70 a evolução: “ O resort marinho” (OMT, 2008)
   Novo conceito: - A combinação de transporte, alojamento e entretenimento,
    dentro de um contexto de qualidade e segurança .
Quaker City
Fuente: www.wikipedia.org/wiki/ USS_Quaker_City_(1854)
El entretenimiento en los cruceros- gimnasio y actividades para los niños.
                Fuente: Maxtone-Graham ( 1978) citado por Brito (2006).
1- Carnival Corporation
   Com sede em Miami ( E.U.A.) e Londres (Inglaterra);
   Incluem as linhas Carnival Cruise Lines, Holland America Line,
    Princess Cruises e Seabourn Cruise Line em Norteamérica; P&O
    Cruises, Cunard Line e Ocean Village no Reino Unido; AIDA na
    Alemania; Costa Cruises no sul da Europa; Iberocruceros na
    Espanha; e P&O Cruises na Australia.
Perfil
 92 navios, com outros 13 programados para entrega ate 2012.
 Aproximadamente 177.000 clientes e 65.000 empregados a bordo.
 A maior e mais popular linha de cruzeiros.
2- Royal Caribbean International
   Sede em Miami, Florida;
   Incluem as linhas Celebrity Cruises e Royal Caribbean International.
Perfil
 21 navios e dois em construçao.


3- Star Cruises Group
   Sede em Kuala Lumpur, Malaysia;
   Incluem as linhas America, Norwegian Cruise Line, Orient Lines, e Star Cruises
Perfil
   Entidade controladora, Cruise Line (NCL), é a terceira operadora de cruzeiros no
    mundo;
   16 navios e mais de 200 destinos.
                                                           Fuente: CLIA, 2009; Ward, 2008.
Figura 3 – La geografía de los cruceros turísticos
Fuente: Savia, mayo de 2005




                                                     La geografía de los cruceros turísticos
                                                             Fuente: Savia, mayo de 2005
   Caribe/ Bahamas – principal destino mundial, responsavel por mais de 50 % dos cruzeiros
    em 2008 . Alem de praia e sol, area de jogos e compras, possui raizes europeia.
   Mediterráneo e Sudeste Europeu-                viagem a historia das grandes civilizaçoes,
    oferece arquitectura, gastronomía e paisagens exóticas. Italia é o destino de cruzeiros favorito na
    Europa com 23% dos movimentos de passageiros em transito, seguido de Grecia (20%), Espanha
    (17%) e França (8%).
   Alaska – destino em ascençao, com 5,8 milhoes de visitantes em 2008, que desperta o
    interesse por paisagens inóspitas e natureza quase intocavel.
   Norte Europeu – a presença de cidades prósperas e sofisticadas, paisagens com beleza
    agreste, os campos de flores, alem de arquitectura tanto antigua como moderna, arte, música e
    literatura.
   Asia/ Pacifico – oferece destinos exóticos, fascinantes tradicoes,   historia e patrimonio
    cultural. Uma regiao que esta experimentando os beneficios do sector, económico y social, onde
    as empresas estao se adaptando ao mercado. Adequar as ofertas gastronomicas e de lazer, sao
    un dos requisitos para atender a essa demanda.
                                                                       (Cruise Industry News -2009)
 A “globalização no mar” ( Wood,2000): fusões das
  grandes corporações e a diversidade de nacionalidade
  da tripulação;
 Mão de obra: 85% são para os serviços hoteleiros e
  15% para a Marinha, geograficamente distribuídos
  (Bin Wu, 2005);
 As bandeiras de conveniência ou Flags of convenience
  (FOC). Os registros desses países representam mais
  de 50% da frota atual de cruzeiros do mundo, que
  buscam os benefícios fiscais de paraísos ( Panamá,
  Libéria ou Bahamas), mas operam em escritórios
  localizados nas principais capitais do mundo (Chin,
  2008).
 Relação cruzeiro-destino;
 Benefícios iniciais: a recuperação/reabilitação ou
  construção de novos terminais.
 Schubert (2006) exemplifica: Baltimore Inner
  Harbour, Baterry ParK City e Southstreet Seaport em
  Nova York, os Docklands, em Londres e Darling
  Harbour, em Sydney.
 Integrar o cruzeiro ao destino como forma de
  fomentar a economia local e permitir aos cruzeiristas,
  uma experiência com o lugar;
 A transformação das zonas portuárias em áreas
  comerciais também é parte da reconfiguração
  espacial promovida pela prática regular do cruzeiro.
   Pontos fracos da relaçao cruzeiro-destino:

   Falha de comunicação do produto, onde as referências a
    lugares a serem visitados são tratados superficialmente,
    quando inexistente ( Cunin, 2006);
   Competição desigual de determinados destinos que sofrem
    com os serviços oferecidos a bordo (Sheridan e Teal,2006).

   Principais fatores que influenciam a decisão do desembarque
    dos turistas: limpeza, segurança pessoal, hospitalidade local,
    paisagem, conservação dos recursos naturais, acessibilidade,
    gastronomia, artesanato, costumes locais e entretenimento
    noturno (Cuellar-Rio e Kido-Cruz, 2008) .
 Por sua localização geoestratégica, as ilhas do
  Atlântico desempenharam o papel de base de
  comunicação entre os principais continentes.
 O movimento de barcos na região intensificou o
  comércio de escravos negros oriundos principalmente
  da costa leste da África, onde Cabo Verde ramificava
  para as outras ilhas, e logo para a Europa e América
 Em 1939 o governo espanhol organizou um cruzeiro
  transatlântico para apresentar o “Estado Novo”, para
  os países hispano-americanos, com o objetivo de
  conhecer o poderio estatal do governo de Franco,
  com escala em Santa Cruz de Tenerife (Ruiz, 2000);
   Em Madeira, entre as décadas de 40 e 50, navios saiam de Southampton
    em direção à Cidade do Cabo na África do Sul, tinham a ilha como
    itinerário;
   Na década de 60 a ilha da Madeira operava com cruzeiros da companhia
    Greg Line, que fazia linha Inglaterra- Madera, onde havia uma importante
    comunidade inglesa.
   Na mesma época, os navios Camberra da P&O Orient Lines, com linhas
    que operavam desde St. Petersburg, caracterizou o periodo de dominio
    soviético de cruzeiros, com a clientela, em sua grande maioria, nórdica.
    Nos anos 80 e 90, quando o sector de cruzeiros apresentou uma
    expansao mundial, chegaram novos turistas.
   Em 1994, foi criada a Cruises in the Atlantic, resultante de um acordo
    entre as autoridades portuárias das ilhas Canárias e Madeira para
    promover, em conjunto, o sector de cruzeiros entre as ilhas.
   Porto de Las Palmas - Las Palmas de G. Canaria :244.962
   Porto de Arrecife – Lanzarote ( Canarias): 260.692
   Porto do Rosario – Fuerteventura (Canarias): 70.758
   Santa Cruz de la Palma ( Canarias): 143.764
   Santa Cruz de Tenerife (Canarias): 280.698
   San Sebastián de la Gomera ( Canarias): 10.919
   La Estaca – Hierro ( Canarias): 670
   Porto Grande de Mindelo – São Vicente (Cabo Verde): 22.114
   Praia – Santiago (Cabo Verde): 795
   Funchal- (Madera): 394.960
   Punta Delgada (Azores): 57.517


    Dados da Autoridade Portuária de Las Palmas; AutoridadePortuária de Santa Cruz de Tenerife; Secretaria Regional de Turismo e Transportes daRegião Autónoma
    de Madeira; ENAPOR – Portos de Cabo Verde; Site do turismo dePortugal, para os dados de Açores.
   I. Forças:
   Localização geográfica – as ilhas da Macaronesia estão localizadas em uma região no
    Atlântico, com uma interligação entre as Américas, Europa e África.
   Desenvolvimento turístico – o turismo é uma ferramenta de desenvolvimento na
    maior parte das ilhas, com altas taxas de receitas anuais, ofertas de serviços de
    qualidade e esforços de melhoria contínua da profissionalização do setor.
   Segurança – a região tem estabilidade política e econômica, sem registro de ordem
    social e/ou natural, no passado recente.
   Clima – pela sua própria geografia, o clima varia entre tropical e subtropical, onde a
    Madeira e os Açores têm uma maior taxa de precipitação em relação as Canárias e
    Cabo Verde.
   Recursos naturais e culturais – as ilhas apresentam paisagem variada, passando por
    vulcões, praias, áreas verdes e semi-desérticas, flora e fauna endêmicas e as
    especificidades culturais e remanescentes da arquitetura da era colonial e/ou
    patrimônio dos povos antigos, que são fortes atrações turísticas.
   Proximidade com a Europa – o principal mercado emissor para a maioria das ilhas é o
    europeu, principalmente ingleses e alemães.
   Infra-estrutura portuária existente – pela condição insular, as ilhas têm desenvolvido
    o sistema portuário, sendo que algumas já têm terminais próprios para os cruzeiros.
   II. Debilidades
   Especialização do setor – o turismo de cruzeiro é relativamente novo
    nas ilhas, e falta regulação nos portos, para que possam estar preparados
    para receber novas demandas.
   Infra-estrutura dos portos – os portos mais bem equipados, como os de
    Las Palmas de Gran Canaria, Tenerife e da Madeira estão em vantagem
    sobre as outras ilhas que necessitam adequar-se ao setor.
   Conexão entre as ilhas – com ressalvo as Canárias e Madeira, que
    mantêm Cruises in the Atlantic, as outras ilhas estão a margem desse
    processo e pendentes de outros mercados turísticos.
   Pouca presença do mercado norte-americano – a presença do maior
    mercado emissor do mundo nas ilhas ainda é pequena.
   Comunicação deficiente dos recursos culturais da região – as ilhas em
    si, se vendem por suas praias e paisagens naturais em detrimento de
    todos os recursos culturais, diminuindo as ofertas em terra.
   III. Ameaças
   Concorrência entre os portos da Macaronesia – a criação de um acordo entre os
    portos da região, ou simplesmente a extensão do Cruises in the Atlantic, poderia
    ser uma alternativa para distribuir melhor as paragens em portos da região.
   Concorrência com outros portos – destinos como as ilhas Baleares e Caribe, com
    características geográficas semelhantes são importantes concorrentes no
    mercado da Macaronesia.
   Aumento da prostituição e da criminalidade nos portos – é sabido que nos
    cenários de desenvolvimento do turismo existe a possibilidade de um aumento
    da marginalidade que fere a imagem do destino, que pode ser contido e apoiado
    por um plano de ação para a segurança nos portos das regiões.
   Impacto sócio-ambiental – a chegada de diversos navios em um dia no porto,
    pode comprometer o bem-estar dos residentes locais.
   Navios atracados e turistas a bordo – devido às grandes ofertas de
    entretenimento a bordo dos navios, muitos cruzeiristas podem optar por não
    conhecer os destinos, por falta de conhecimento de ofertas interessantes,
    resultando em uma frágil relação entre porto-destino.
   IV. Oportunidades
   Benefício para população local – os benefícios do turismo de cruzeiros para a
    população local ainda são contestáveis, principalmente por causa da falta de
    integração e qualificação da força de trabalho local nos serviços de turismo.
   Disseminar a cultura e a história local – a criação de ofertas com base na
    história local é uma forma de preservação cultural quando bem planejada.
   Construção de novos terminais – construir novo cais, que sirvam apenas o
    turismo de cruzeiro, pode ajudar a consolidar o mercado na região.
   Atrair investidores para as ilhas – na região, o porto de Las Palmas encontra-se
    em 3.º lugar no ranking dos portos da Península Ibérica, em 2008; o Funchal em
    5.º, o que os qualifica como mecanismos de atração para a região. Pensando em
    Cabo Verde, os portos nacionais necessitam novos investimentos.
   Atrair maior n.º de escalas – a região pode atrair um maior numero de escala,
    fazendo conexão entre as ilhas com rotas que passam pelo arquipélago.
   Atrair o mercado norte-americano – as ilhas têm ofertas suficientes para atrair
    novos mercados, como os afro-americanos e o turismo de raízes na Africa.
 O cenário de crescimento do setor de turismo de
  cruzeiros é favorável ao desenvolvimento
  também em outras áreas geográficas que
  apresentem potenciais e infra-estrutura para
  atender a demanda mundial.
 As principais regiões de cruzeiro do mundo,
  como o Caribe, Mediterrâneo e o Alasca,
  possuem os requisitos necessários para o bom
  desenvolvimento do setor, que incluem a infra-
  estrutura portuária, ademais de atrativos
  naturais e culturais ofertados em terra.
 Canárias e de Madeira, apresentam vantagem em número de
  escalas e de cruzeiristas, relativamente a Cabo Verde e Açores,
  sendo que essa última vem investindo para poder competir com
  melhores condições.
 As ilhas da Macaronesia apresentam elementos paisagísticos e
  culturais para entrar no mercado de cruzeiros turísticos,
  beneficiado principalmente por sua condição geográfica, que
  repercute em área de comunicação, especialmente entre America,
  Europa e África.
 Verifica-se uma falta de planejamento conjunto que poderia atrair
  benefícios gerais para a região e inserir-la como uma importante
  área de cruzeiros turísticos.
 O mercado das ilhas atlânticas da região da Macaronesia é uma
  dessas áreas que podem oferecer, de maneira mais incisiva,
  recursos para se inserir nas grandes rotas dos cruzeiros marítimos.
   Bin Wu, 2005, The World Cruise Industry: a profile of the global labour market. Seafarers International Research Centre
    (SIRC), Cardiff University, UK.
   Brito, T., 2006, Cruzeiros marítimos como opção de lazer, Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação Física,
    Universidade Estadual de Campinas.Campinas, SP.
   Chin, C.B. N. 2008, Cruising in the Global Economy: Profits, Pleasure and Work at Sea (The international political economy
    of new regionalisms series). Ashgate Publishing, Ltd.
   Cruise Line International Association (CLIA), 2009, [ http://www.cruising.org ], (Site acessado em 08 de setembro de
    2009).
   Cruise Industry News, 2009 [ http://www.cruiseindustrynews.com ], (Site acessado em 28 de agosto de 2009).
   Cuellar-Río. M. Kido-Cruz, M.T., 2008, Perfil y análisis del gasto del crucerista: el caso de bahias de Huatulco ( Mexico).
    Cuadernos de Turismo, nº 22, Universidad de Murcia; pp.47-78.
   Cunin, E. 2006, “ Escápate a un mundo…fuera de este mundo”: Turismo, Globalización y Alteridad. Los cruceros por el
    Caribe en Cartagena de Indias ( Colombia) in Boletin de Antropología, año/vol.20, nº 037, Universidad de Antioquia,
    Medelin, Colombia, pp.131-151.
   Davidoff, P.G.; Davidoff, D.S. 1994 . Sales and Marketink for travel & tourism, 2nd edn. Prentice Hall, UK.
   Dickinson, B. & Vladimir, A. 2007, Selling the Sea. An inside look at the cruise industry, John Wiley & Sons, Inc., New York.
   European Cruise Council (ECC), 2009. [ http://www.europeancruisecouncil.com/], (Site acessado em 08 de setembro de
    2009).
   Organización Mundial de Turismo (OMT), 2008, Turismo de Cruceros: situación actual y tendencias. Madrid, ES.
   Ruiz, B.C., 2000, Apuntes para el Primer Crucero Transatlántico a la España Nacional (1939) in Historia y Comunicación
    Social, nº 5, pp.75-87.
   Sheridan, L. Teal, G., 2006, Fantasy and Reality: tourist and local experiences of cruise ship tourism in Ensenada, Baja
    California, Mexico in Dowling R.K. in Cruise ship tourism, CABI, USA, pp. 315-326.
   Schubert, D. 2006, Transformación de zonas portuarias y costeras en desuso: experiencias, posibilidades y problemas in
    Ciudades: Revista del Instituto Universitario de Urbanística de la Universidad de Valladolid, nº 8, pp.15-36
   Ward, D. 2008. Berlitz: Complete guide to cruising & cruise ships. Berlitz publishing Company,Londres.
   Wood, R. E. 2000, 'Caribbean Cruise Tourism. Globalization at Sea', Annals of tourism research, vol. 27, no. 2, pp. 345-70.

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Turismo de cruzeiro na Macaronesia (INVTUR-2010)

  • 1. Cyntia Andrade - doutoranda Margaret Hart - orientadora
  • 2.
  • 3.  Crescimento significativo a partir dos anos 70;  Em 2000 : 7,2 milhoes de passageiros: 13,3 milhoes em 2008; em 2009: 13,445 (Cruise Lines International Association –CLIA -2009).  O impacto econômico no maior mercado mundial (EUA): $40,2 milhões em 2008 – 6% de aumento sobre 2007; 357.710 postos de trabalhos (CLIA, 2009).  No mercado europeu: em 2008 - 21, 7 milhões de visitantes em seus portos, 15% a mais em relação a 2007 (ECC - Europe Cruise Council, 2009).
  • 4.  1) Os passageiros têm a oportunidade de visitar uma variedade de lugares em um curto período de tempo, sem os problemas dos outros modos de viajar.  2) Os navios são auto-suficientes.  3) A função dos tripulantes é garantir que os passageiros tenham uma estadia agradável.  4) Alta qualidade gastronômica e do serviço. Davidoff & Davidoff, (1994 citado por Dowling, 2006:03)
  • 5. Em 1840, o britânico Samuel Cunard, percebeu a necessidade de regularidade nos fluxos de comércio na travessia do Atlântico, originado mais tarde uma das maiores empresas do mundo, a Cunard Line.  O primeiro registro de um cruzeiro transatlântico, foi em 1867 com o Quaker City que partiu de Nova York para uma viagem à Terra Santa, Egito, Criméia e Grécia, com uma duração de seis meses.  As longas distâncias tornavam a viagem monótona e os melhores entretenimentos a bordo, só estavam disponíveis aos passageiros de primeira classe, com algumas atividades programadas e aparelhos de ginástica, usados particularmente pelos homens (Britto, 2006);  Período de guerra e pós-guerra: utilização dos navios para a guerra e necessidade de recomeço do sector;  A partir dos anos 70 a evolução: “ O resort marinho” (OMT, 2008)  Novo conceito: - A combinação de transporte, alojamento e entretenimento, dentro de um contexto de qualidade e segurança .
  • 7. El entretenimiento en los cruceros- gimnasio y actividades para los niños. Fuente: Maxtone-Graham ( 1978) citado por Brito (2006).
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. 1- Carnival Corporation  Com sede em Miami ( E.U.A.) e Londres (Inglaterra);  Incluem as linhas Carnival Cruise Lines, Holland America Line, Princess Cruises e Seabourn Cruise Line em Norteamérica; P&O Cruises, Cunard Line e Ocean Village no Reino Unido; AIDA na Alemania; Costa Cruises no sul da Europa; Iberocruceros na Espanha; e P&O Cruises na Australia. Perfil  92 navios, com outros 13 programados para entrega ate 2012.  Aproximadamente 177.000 clientes e 65.000 empregados a bordo.  A maior e mais popular linha de cruzeiros.
  • 12. 2- Royal Caribbean International  Sede em Miami, Florida;  Incluem as linhas Celebrity Cruises e Royal Caribbean International. Perfil  21 navios e dois em construçao. 3- Star Cruises Group  Sede em Kuala Lumpur, Malaysia;  Incluem as linhas America, Norwegian Cruise Line, Orient Lines, e Star Cruises Perfil  Entidade controladora, Cruise Line (NCL), é a terceira operadora de cruzeiros no mundo;  16 navios e mais de 200 destinos.  Fuente: CLIA, 2009; Ward, 2008.
  • 13. Figura 3 – La geografía de los cruceros turísticos Fuente: Savia, mayo de 2005 La geografía de los cruceros turísticos Fuente: Savia, mayo de 2005
  • 14. Caribe/ Bahamas – principal destino mundial, responsavel por mais de 50 % dos cruzeiros em 2008 . Alem de praia e sol, area de jogos e compras, possui raizes europeia.  Mediterráneo e Sudeste Europeu- viagem a historia das grandes civilizaçoes, oferece arquitectura, gastronomía e paisagens exóticas. Italia é o destino de cruzeiros favorito na Europa com 23% dos movimentos de passageiros em transito, seguido de Grecia (20%), Espanha (17%) e França (8%).  Alaska – destino em ascençao, com 5,8 milhoes de visitantes em 2008, que desperta o interesse por paisagens inóspitas e natureza quase intocavel.  Norte Europeu – a presença de cidades prósperas e sofisticadas, paisagens com beleza agreste, os campos de flores, alem de arquitectura tanto antigua como moderna, arte, música e literatura.  Asia/ Pacifico – oferece destinos exóticos, fascinantes tradicoes, historia e patrimonio cultural. Uma regiao que esta experimentando os beneficios do sector, económico y social, onde as empresas estao se adaptando ao mercado. Adequar as ofertas gastronomicas e de lazer, sao un dos requisitos para atender a essa demanda. (Cruise Industry News -2009)
  • 15.  A “globalização no mar” ( Wood,2000): fusões das grandes corporações e a diversidade de nacionalidade da tripulação;  Mão de obra: 85% são para os serviços hoteleiros e 15% para a Marinha, geograficamente distribuídos (Bin Wu, 2005);  As bandeiras de conveniência ou Flags of convenience (FOC). Os registros desses países representam mais de 50% da frota atual de cruzeiros do mundo, que buscam os benefícios fiscais de paraísos ( Panamá, Libéria ou Bahamas), mas operam em escritórios localizados nas principais capitais do mundo (Chin, 2008).
  • 16.  Relação cruzeiro-destino;  Benefícios iniciais: a recuperação/reabilitação ou construção de novos terminais.  Schubert (2006) exemplifica: Baltimore Inner Harbour, Baterry ParK City e Southstreet Seaport em Nova York, os Docklands, em Londres e Darling Harbour, em Sydney.  Integrar o cruzeiro ao destino como forma de fomentar a economia local e permitir aos cruzeiristas, uma experiência com o lugar;  A transformação das zonas portuárias em áreas comerciais também é parte da reconfiguração espacial promovida pela prática regular do cruzeiro.
  • 17. Pontos fracos da relaçao cruzeiro-destino:  Falha de comunicação do produto, onde as referências a lugares a serem visitados são tratados superficialmente, quando inexistente ( Cunin, 2006);  Competição desigual de determinados destinos que sofrem com os serviços oferecidos a bordo (Sheridan e Teal,2006).  Principais fatores que influenciam a decisão do desembarque dos turistas: limpeza, segurança pessoal, hospitalidade local, paisagem, conservação dos recursos naturais, acessibilidade, gastronomia, artesanato, costumes locais e entretenimento noturno (Cuellar-Rio e Kido-Cruz, 2008) .
  • 18.
  • 19.  Por sua localização geoestratégica, as ilhas do Atlântico desempenharam o papel de base de comunicação entre os principais continentes.  O movimento de barcos na região intensificou o comércio de escravos negros oriundos principalmente da costa leste da África, onde Cabo Verde ramificava para as outras ilhas, e logo para a Europa e América  Em 1939 o governo espanhol organizou um cruzeiro transatlântico para apresentar o “Estado Novo”, para os países hispano-americanos, com o objetivo de conhecer o poderio estatal do governo de Franco, com escala em Santa Cruz de Tenerife (Ruiz, 2000);
  • 20. Em Madeira, entre as décadas de 40 e 50, navios saiam de Southampton em direção à Cidade do Cabo na África do Sul, tinham a ilha como itinerário;  Na década de 60 a ilha da Madeira operava com cruzeiros da companhia Greg Line, que fazia linha Inglaterra- Madera, onde havia uma importante comunidade inglesa.  Na mesma época, os navios Camberra da P&O Orient Lines, com linhas que operavam desde St. Petersburg, caracterizou o periodo de dominio soviético de cruzeiros, com a clientela, em sua grande maioria, nórdica.  Nos anos 80 e 90, quando o sector de cruzeiros apresentou uma expansao mundial, chegaram novos turistas.  Em 1994, foi criada a Cruises in the Atlantic, resultante de um acordo entre as autoridades portuárias das ilhas Canárias e Madeira para promover, em conjunto, o sector de cruzeiros entre as ilhas.
  • 21. Porto de Las Palmas - Las Palmas de G. Canaria :244.962  Porto de Arrecife – Lanzarote ( Canarias): 260.692  Porto do Rosario – Fuerteventura (Canarias): 70.758  Santa Cruz de la Palma ( Canarias): 143.764  Santa Cruz de Tenerife (Canarias): 280.698  San Sebastián de la Gomera ( Canarias): 10.919  La Estaca – Hierro ( Canarias): 670  Porto Grande de Mindelo – São Vicente (Cabo Verde): 22.114  Praia – Santiago (Cabo Verde): 795  Funchal- (Madera): 394.960  Punta Delgada (Azores): 57.517 Dados da Autoridade Portuária de Las Palmas; AutoridadePortuária de Santa Cruz de Tenerife; Secretaria Regional de Turismo e Transportes daRegião Autónoma de Madeira; ENAPOR – Portos de Cabo Verde; Site do turismo dePortugal, para os dados de Açores.
  • 22. I. Forças:  Localização geográfica – as ilhas da Macaronesia estão localizadas em uma região no Atlântico, com uma interligação entre as Américas, Europa e África.  Desenvolvimento turístico – o turismo é uma ferramenta de desenvolvimento na maior parte das ilhas, com altas taxas de receitas anuais, ofertas de serviços de qualidade e esforços de melhoria contínua da profissionalização do setor.  Segurança – a região tem estabilidade política e econômica, sem registro de ordem social e/ou natural, no passado recente.  Clima – pela sua própria geografia, o clima varia entre tropical e subtropical, onde a Madeira e os Açores têm uma maior taxa de precipitação em relação as Canárias e Cabo Verde.  Recursos naturais e culturais – as ilhas apresentam paisagem variada, passando por vulcões, praias, áreas verdes e semi-desérticas, flora e fauna endêmicas e as especificidades culturais e remanescentes da arquitetura da era colonial e/ou patrimônio dos povos antigos, que são fortes atrações turísticas.  Proximidade com a Europa – o principal mercado emissor para a maioria das ilhas é o europeu, principalmente ingleses e alemães.  Infra-estrutura portuária existente – pela condição insular, as ilhas têm desenvolvido o sistema portuário, sendo que algumas já têm terminais próprios para os cruzeiros.
  • 23. II. Debilidades  Especialização do setor – o turismo de cruzeiro é relativamente novo nas ilhas, e falta regulação nos portos, para que possam estar preparados para receber novas demandas.  Infra-estrutura dos portos – os portos mais bem equipados, como os de Las Palmas de Gran Canaria, Tenerife e da Madeira estão em vantagem sobre as outras ilhas que necessitam adequar-se ao setor.  Conexão entre as ilhas – com ressalvo as Canárias e Madeira, que mantêm Cruises in the Atlantic, as outras ilhas estão a margem desse processo e pendentes de outros mercados turísticos.  Pouca presença do mercado norte-americano – a presença do maior mercado emissor do mundo nas ilhas ainda é pequena.  Comunicação deficiente dos recursos culturais da região – as ilhas em si, se vendem por suas praias e paisagens naturais em detrimento de todos os recursos culturais, diminuindo as ofertas em terra.
  • 24. III. Ameaças  Concorrência entre os portos da Macaronesia – a criação de um acordo entre os portos da região, ou simplesmente a extensão do Cruises in the Atlantic, poderia ser uma alternativa para distribuir melhor as paragens em portos da região.  Concorrência com outros portos – destinos como as ilhas Baleares e Caribe, com características geográficas semelhantes são importantes concorrentes no mercado da Macaronesia.  Aumento da prostituição e da criminalidade nos portos – é sabido que nos cenários de desenvolvimento do turismo existe a possibilidade de um aumento da marginalidade que fere a imagem do destino, que pode ser contido e apoiado por um plano de ação para a segurança nos portos das regiões.  Impacto sócio-ambiental – a chegada de diversos navios em um dia no porto, pode comprometer o bem-estar dos residentes locais.  Navios atracados e turistas a bordo – devido às grandes ofertas de entretenimento a bordo dos navios, muitos cruzeiristas podem optar por não conhecer os destinos, por falta de conhecimento de ofertas interessantes, resultando em uma frágil relação entre porto-destino.
  • 25. IV. Oportunidades  Benefício para população local – os benefícios do turismo de cruzeiros para a população local ainda são contestáveis, principalmente por causa da falta de integração e qualificação da força de trabalho local nos serviços de turismo.  Disseminar a cultura e a história local – a criação de ofertas com base na história local é uma forma de preservação cultural quando bem planejada.  Construção de novos terminais – construir novo cais, que sirvam apenas o turismo de cruzeiro, pode ajudar a consolidar o mercado na região.  Atrair investidores para as ilhas – na região, o porto de Las Palmas encontra-se em 3.º lugar no ranking dos portos da Península Ibérica, em 2008; o Funchal em 5.º, o que os qualifica como mecanismos de atração para a região. Pensando em Cabo Verde, os portos nacionais necessitam novos investimentos.  Atrair maior n.º de escalas – a região pode atrair um maior numero de escala, fazendo conexão entre as ilhas com rotas que passam pelo arquipélago.  Atrair o mercado norte-americano – as ilhas têm ofertas suficientes para atrair novos mercados, como os afro-americanos e o turismo de raízes na Africa.
  • 26.  O cenário de crescimento do setor de turismo de cruzeiros é favorável ao desenvolvimento também em outras áreas geográficas que apresentem potenciais e infra-estrutura para atender a demanda mundial.  As principais regiões de cruzeiro do mundo, como o Caribe, Mediterrâneo e o Alasca, possuem os requisitos necessários para o bom desenvolvimento do setor, que incluem a infra- estrutura portuária, ademais de atrativos naturais e culturais ofertados em terra.
  • 27.  Canárias e de Madeira, apresentam vantagem em número de escalas e de cruzeiristas, relativamente a Cabo Verde e Açores, sendo que essa última vem investindo para poder competir com melhores condições.  As ilhas da Macaronesia apresentam elementos paisagísticos e culturais para entrar no mercado de cruzeiros turísticos, beneficiado principalmente por sua condição geográfica, que repercute em área de comunicação, especialmente entre America, Europa e África.  Verifica-se uma falta de planejamento conjunto que poderia atrair benefícios gerais para a região e inserir-la como uma importante área de cruzeiros turísticos.  O mercado das ilhas atlânticas da região da Macaronesia é uma dessas áreas que podem oferecer, de maneira mais incisiva, recursos para se inserir nas grandes rotas dos cruzeiros marítimos.
  • 28. Bin Wu, 2005, The World Cruise Industry: a profile of the global labour market. Seafarers International Research Centre (SIRC), Cardiff University, UK.  Brito, T., 2006, Cruzeiros marítimos como opção de lazer, Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas.Campinas, SP.  Chin, C.B. N. 2008, Cruising in the Global Economy: Profits, Pleasure and Work at Sea (The international political economy of new regionalisms series). Ashgate Publishing, Ltd.  Cruise Line International Association (CLIA), 2009, [ http://www.cruising.org ], (Site acessado em 08 de setembro de 2009).  Cruise Industry News, 2009 [ http://www.cruiseindustrynews.com ], (Site acessado em 28 de agosto de 2009).  Cuellar-Río. M. Kido-Cruz, M.T., 2008, Perfil y análisis del gasto del crucerista: el caso de bahias de Huatulco ( Mexico). Cuadernos de Turismo, nº 22, Universidad de Murcia; pp.47-78.  Cunin, E. 2006, “ Escápate a un mundo…fuera de este mundo”: Turismo, Globalización y Alteridad. Los cruceros por el Caribe en Cartagena de Indias ( Colombia) in Boletin de Antropología, año/vol.20, nº 037, Universidad de Antioquia, Medelin, Colombia, pp.131-151.  Davidoff, P.G.; Davidoff, D.S. 1994 . Sales and Marketink for travel & tourism, 2nd edn. Prentice Hall, UK.  Dickinson, B. & Vladimir, A. 2007, Selling the Sea. An inside look at the cruise industry, John Wiley & Sons, Inc., New York.  European Cruise Council (ECC), 2009. [ http://www.europeancruisecouncil.com/], (Site acessado em 08 de setembro de 2009).  Organización Mundial de Turismo (OMT), 2008, Turismo de Cruceros: situación actual y tendencias. Madrid, ES.  Ruiz, B.C., 2000, Apuntes para el Primer Crucero Transatlántico a la España Nacional (1939) in Historia y Comunicación Social, nº 5, pp.75-87.  Sheridan, L. Teal, G., 2006, Fantasy and Reality: tourist and local experiences of cruise ship tourism in Ensenada, Baja California, Mexico in Dowling R.K. in Cruise ship tourism, CABI, USA, pp. 315-326.  Schubert, D. 2006, Transformación de zonas portuarias y costeras en desuso: experiencias, posibilidades y problemas in Ciudades: Revista del Instituto Universitario de Urbanística de la Universidad de Valladolid, nº 8, pp.15-36  Ward, D. 2008. Berlitz: Complete guide to cruising & cruise ships. Berlitz publishing Company,Londres.  Wood, R. E. 2000, 'Caribbean Cruise Tourism. Globalization at Sea', Annals of tourism research, vol. 27, no. 2, pp. 345-70.