O documento discute a cientometria, resumindo suas leis e indicadores. Apresenta o histórico da área e como foi influenciada pela ciência da informação. Também explica conceitos como colégios invisíveis, frente de pesquisa e o índice H, usado para medir produtividade e impacto científicos. Por fim, analisa indicadores de coautoria em diferentes áreas do conhecimento no ISI.
2. HISTÓRICO
A cientometria
Derek de Solla Price foi quem teve papel de
destaque na convergência da história da
cientometria e da ciência da informação em seus
trabalhos.
3. HISTÓRICO
As primeiras definições de cientometria,
como se vê, guardam relação com a
cibernética. Ela era considerada como “a
medição do processo informático”
(MIKHILOV et al. apud SPINAK, 1996)
4. AS LEIS DA CIENTOMETRIA
Criadas por Derek de Solla Price;
Baseadas nas noções das leis da
bibliometria;
Análise dos efeito de processos
psicossociais na avaliação e distribuição
do reconhecimento científico;
São quatros: Frente de Pesquisa, Colégios
Invisíveis, Crescimento Exponencial e
Elitismo
5. CRESCIMENTO EXPONENCIAL
Little Science, Big Science – A evolução
de “pequena ciência” para “grande
ciência” pode ser avaliado pela
quantificação de dados
Áreas Gerais crescem exponencialmente
enquanto que subáreas crescem
exponencialmente por um tempo e depois
esse crescimento se torna linear;
Diferenças relevante entre as áreas é a
velocidade do crescimento.
6. ELITISMO
Segundo esta Lei, a raiz quadrada do total de autores
representaria a elite da área estudada, sendo creditada a ela a
metade de todas as contribuições. Nicholls (1988) utiliza em sua
pesquisa os dados originados dos estudos de Dresden sobre a
produtividade de matemáticos americanos, reunindo um total de
278 autores. A raiz quadrada deste valor, de acordo com a Lei do
Elitismo, fornece 16,7 autores como a elite. Assim, o primeiro
problema que emerge é o arredondamento para menos (16
autores) ou para mais (17 autores). Mas, ao consultar os dados
reais, surge o problema de adequação do valor teórico: há 15
autores (portanto abaixo de 16 autores) que produziram mais de
13 trabalhos por autor; por outro lado, há 20 autores (logo acima
de 17 autores) que produziram mais de 12 trabalhos por autor.
Logo, onde está a elite? Nos primeiros 15 autores? Nos primeiros
20 autores? E qual critério complementar deve ser usado para
caracterizar o 17º autor profícuo, visto que este produziu o
mesmo que os autores classificados entre o 16º e o 20º lugar em
número de publicações?
7. COLÉGIOS INVISÍVEIS
◦ Sociedade de cientistas composta de membros
que não pertenciam a uma instituição formal;
◦ realizavam reuniões regulares com base em
interesses científicos comuns;
◦ Elite científica, onde os cientistas interagem
mutuamente de forma produtiva direta,
trocando informações, para monitorar o
progresso em seu campo de pesquisa;
8. COLÉGIOS INVISÍVEIS
Objetivo
◦ Não ser uma construção unidimensional e sim um
fenômeno multifacetado;
◦ Trabalhar em prol de metas importantes para o
tema, apesar dos cientistas poderem pertencer a
centros de pesquisa geograficamente distantes;
Características
◦ Utilizar os diferentes tipos de análise quantitativa
ou qualitativa como forma de contribuir na
avaliação sobre o aumento da autoria múltipla na
publicação de trabalhos científicos.
9. Frente de pesquisa
Definição
◦ Busca analisar manifestações de grande atividade
de investigação em uma determinada área ou
disciplina.
Objetivo
◦ Detectar e estabelecimento e a relação entre os
documentos envolvidos é o mapeamento da área
por meio de citações e, principalmente, co-citações.
Características
◦ A quantidade de referências a princípio é mínima e
cresce até que chega a um valor estável, natural.
◦ A porcentagem de auto-citação fica acima da média
normal para o campo de estudo.
10. INDICADORES CIENTOMÉTRICOS
Indicadores representam uma medida ou
um índice que permite avaliar ou
acompanhar o desempenho de um
fenômeno, da sua natureza, do seu
estado de evolução.
11. INDICADORES CIENTOMÉTRICOS
A Cientometria utiliza indicadores para
medir as ações sistemáticas relacionadas
a produção, difusão, transferência, e
aplicação dos conhecimento científicos e
tecnológicos.
12. INDICADORES CIENTOMÉTRICOS
Os indicadores cientometricos podem ser
divididos entre indicadores de atividade e
indicadores relacionais
Os indicadores de atividade fornecem dados
sobre o volume e o impacto das atividades de
investigação por meio da contabilidade de
autores, artigos, palavras-chave, citações e etc.
Os Indicadores relacionais tem por objetivo
conhecer os vínculos e as interações entre estes
diferentes itens através dos conceitos de ci-
citação e co-ocorrência, além de descobrir o
conteúdo das atividades e da sua evolução.
13. ÍNDICES DE CITAÇÃO
Caracteriza-se por ser uma lista em
ordem alfabética de elementos
bibliográficos tais como autor, titulo,
palavra-chave, descrictores, etc.
Se tornou conhecido quando começou a
ser utilizado para verificar o numero de
citações que cada pesquisador recebia por
outros autores.
14. FATOR DE IMPACTO
Indicador utilizado para calcular o número
médio de citações recebidas por uma
revista científica. É obtido por por meio
da relação entre o número de vezes que a
revista foi citada e o numero de artigos
que ela publicou num determinado
período de tempo.
15. INDICES DE CO-AUTORIA
Indicadores de colaboração que buscam
analisar, sobretudo, redes sociais
colaborativas estabelecidas entre
pesquisadores, instituições, países, entre
outros. Tais indicadores utilizam,
principalmente, técnicas de análise de
co-autoria e de co-invenção.
16. INDICES DE CO-CITACAO
Caracteriza-se pela frequência com que
dois documentos são citados ao mesmo
tempo em um ou mais artigos que tratam
do mesmo tema, mostram a
representatividade destes documentos e
de seus autores para uma determinada
área.
17. INDICE H
Indice elaborado para ser aplicado a
diferentes pesquisadores, quantificando a
produtividade e o impacto dos seus trabalhos
na comunidade científica.
O indice H foi criado em 2005 pelo fisico
Jorge Hirsch. Consiste em que um cientista
terá um indice H n se tiver um número igual
ou superior de citações ao número total de
artigos publicados, para cada artigo.
18. Vantagens do índice H
Permite medir simultaneamente a visibilidade
ou impacto e a quantidade da produção
científica
Detecta os pesquisadores que mais se
destacam em uma determinada área
Valoriza o esforço cientifico de toda a vida
acadêmica de um pesquisador
Elimina as distorções entre: Pesquisadores
altamente produtivos, mas com baixa
visibilidade e Pesquisadores de alta
19. INDICADORES CIENTÍFICOS NA LITERATURA
EM BIBLIOMETRIA E CIENTOMETRIA
ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS
A primeira análise realizada foi identificar o grau
dos co-autores para o ISI (Institute for Scientific
Information) do estudo temático, onde
questionamos que a maioria dos documentos
recuperados são indexados na área de Ciências
Sociais, seguido pela Medicina Clínica, Matemática,
Engenharia, Ciência da Computação e Economia &
Administração, as áreas restantes de concentração
obtiveram um índice mais modesto.
21. ISI Categorias Freqüência
Ciência da Informação e Biblioteconomia 374
Ciência da Computação, Aplicações
Interdisciplinares 197
Ciencia da Computação, Sistemas de
Informação 123
Ciências Multidisciplinares 26
Ciência da Computação, Cibernética 24
Planejamento e Desenvolvimento 19
Gerenciamento 19
Medicina, Geral & Interna 17
Administração 13
Química, Multidisciplinar 12
Trabalho Social 9
Administração das Operações &
Administração 9
Saúde Pública, Ambiental & Ocupacional 9
Comunicação 9
Ciências Sociais, Interdisciplinar 7
Tabela 2: Categorias de Documentos Indexados no ISI
Fonte: ISI - 2006.
22.
23.
24.
25. Conclusões
Seu objetivo é fornecer insumos para o planejamento e a avaliação
de políticas científicas, como também, fornecer subsídios as técnicas
de visualização da informação, com a finalidade de elaborar mapas
que possam representar adequadamente os aspectos quantitativos e
cognitivos da ciência.
Atualmente os estudos métricos da informação se aproximam, das
Ciências Humanas e Sociais, em busca de teorias e modelos que
sustentem a interpretação dos dados quantitativos.
Os objetos de estudo passaram, gradativamente, da contagem de
livros e revistas, para fins de gestão, para a interpretação da
atividade científica e para orientar políticas de ciência.
Os estudos métricos tem nas ciências ditas “moles” (Ciências
Humanas e Sociais), fértil campo de desenvolvimento porque estas
oferecem teorias e modelos que permitem interpretar os dados em
contextos culturais, políticos, ideológicos e econômicos distintos.