1. EDUCAÇÃO DO
CAMPO
NÚCLEO REGIONAL DE
FRANCISCO BELTRÃO
CEC - MARIZETE
2. Por que educação do campo?
• A educação do campo vem para resgatar
uma divida histórica dos sujeitos do
campo.
• Valorizar e contribuir para a preservação
das especificidades culturais e
econômica, religiosa, social do sujeito do
campo.
• Para dar garantia a efetivação do direito
do individuo em escolarizar-se.
3. Por que educação do campo?
• Os saberes da escola do campo, dever
ser contextualizado a partir da realidade
do campo.
• Abrangem populações bem diversificadas,
por isso a importância de se respeitar e
valorizar esta diversidade.
• É resultado de uma soma de fatores, de
entidade governamental, sociedade civil
organizada
4. • A educação do Campo é objeto de
estudo, fruto de articulação da SEED, das
Universidades, prefeituras, MST, CUT,
ASSESOAR, UFPR, poder público e a
sociedade civil organizada entre outros.
• É legitima a luta por políticas públicas
especificas e por um projeto educativo
próprio para seus sujeitos.
5. Concepção do rural Concepção do Campo
Visto como algo atrasado, Valorizar a identidade do
alheio a sociedade como se indivíduo do campo, sua
os sujeitos que nele moram, cultura, conhecimentos,
sejam responsáveis apenas especificidades e vê-lo como
em produzir, abastecer o um sujeito importante na
urbano, que os que sociedade.
moram no rural não seja
necessário . Cidade
referencia modernidade e
progresso.
6. Para melhor compreendermos a
trajetória da Educação do Campo
• 1º período: As contradições sociais apresentadas desde o inicio do
século XXI – fome miséria, exploração, exclusão... regime
escravocrata, oligarquias entre outros,
• na Constituição de 1824 a 1891 não era mencionado e nem se
demonstrava preocupação com a educação do campo.
• Em 1930 surgiu o ruralismo pedagógico e a inversão das
classes emergentes – elite agrária X elite industrial- objetivo fixar o
homem no campo.
• 2º Período: Em 1937, foi criada a Sociedade Brasileira de
Educação Rural para expandir o ensino e preservar a cultura do
homem do campo;
• Em 1940, foi criada a Imprensa de Assistência Técnica em
expansão Rural;
• Em 1950, foi criada a Companhia Nacional de Educação e o
Serviço Social Rural especifica a formação de técnicos
responsáveis por projetos e programas de melhoria de vida, mas
sem discutir os problemas do campo.
7. • 3º Período: Em 1960, a LDB 4024/61,
deixou a educação rural a cargo dos
municípios. Aparece as primeiras
contribuições de Paulo Freire, no qual
buscou valorizar, por meio de suas
propostas, o sujeito do campo
(alfabetização de adultos).
• Com a LDB 5692/71, momento de
estagnação da educação
rural......discussão de ensino médio, para
o rural, nem pensar???
8. • 4º Período: Em 1988, com a LDBN. 9394/96 são
estabelecidos vários artigos – 23,26 e 28, com
orientações para atender esta realidade, levando em
conta seu contexto, sua cultura, seu espaço, seu modo
de viver políticas publicas educacionais que ainda
continuavam muito precárias.
• Em 1990, são efetivados os primeiros debates,
movimentos para pensar a educação pública a partir do
mundo do campo.
• Em 1998, realizado por diversas parcerias foi
realizada a primeira Conferencia Nacional por uma
educação básica do Campo – MST, UNESCO, UNISEF,
CNBB.
• Em 2002, as diretrizes operacionais foram
aprovadas.
• Nesta breve retrospectiva, fica explicito que a
educação rural esteve as margens da política
educacional brasileira e que somente a partir de 1980-90
houve sinais de mudanças.
9. Grandes desafios do século XXI
quanto a efetivação da educação
do campo
• Muitas escolas foram retiradas das proximidades da
comunidade e localizadas na sede dos municípios, e a escola
privilegia somente a cultura do urbano.
• Resistência por parte dos educadores que não se identificam
com o campo;
• Priorizar as escolas que possuem características de vida do
campo, e proporcionar o questionamento a reflexão, despertar
a consciência de reconhecer-se como sujeito social e de
pertencimento:
• Incentivar a construção de relações baseadas no respeito, na
valorização dos sujeitos que tiram seu sustento da terra.
• Desmistificar o conceito de “escolinha rural”, “professor (a) do
interior.”
• Contemplar instrumentos que apóiam pedagogicamente
projetos de Educação Profissional no campo.
• Desenvolver processos educativos, que gerem a emancipação
humana.
•
10. • Pensar a escola do campo a partir das
peculiaridade dos povos dos campos.
• Constar conteúdos e debates sobre temas
direcionados as especificidades do campo
• Adaptações na forma de funcionamento e
atendimento, para garantir a continuidade
funcional dos estabelecimentos existentes
no campo;
Necessidade de pensar uma legislação
especifica da educação aos povos do campo.
• Implementar uma política de transporte que
venha atender as necessidades do sujeito do
campo, que não contrarie os interesses da
ed. do campo;
11. Pensar a educação a partir do mundo do campo e
para o campo, levando em conta seu contexto em
termos de cultura, maneira de conceber o tempo,
espaço, meio ambiente, modo de vida, organização
familiar, trabalho, amparados pelo artigo 28 da
LDB, que estabelece: a oferta da educação básica
para população rural deve ser adaptada, adequada
as suas particularidades da vida rural de cada
região (com metodologia, avaliação
calendário....diferenciados)
12. O que determina a especificidade
escola do campo?
• local de apropriação de conhecimentos científicos;
local de produção de conhecimentos das novas
relações entre o mundo e a ciência e o mundo da vida
cotidiana;
• - na escola local que possibilita a ampliação do
conhecimentos não pode e nem deve reduzir suas
discussões somente a realidade camponesa e
desconsiderar a interdependência campo-cidade;
• Além de ser um local de produção e socialização de
conhecimento, é espaço de convívio social (acontecem
festas, reuniões, vacinação, bazar, celebrações
religiosas)
13. Quanto ao professor:
• -deve identificar-se com o meio, ter
disposição para pensar e fazer diferente;
• -é necessário que o professor seja sujeito,
sinta-se sujeito e queira ser sujeito do
processo pedagógico;
• -envolver-se na interdisciplinaridade
• -o professor deve definir os conhecimentos
locais e científicos a serem trabalhados, bem
como as - estratégias metodológicas,
avaliação continua, diagnostica, proposta
para cada momento pedagógico em diversas
maneiras
14. Principais documentos da
Educação do Campo
• DCE
• Caderno Temático;
• Diretrizes
Operacionais da
Educação do Campo;
• LDB
15. Tipos de sujeitos do campo.
posseiros, bóias-frias, ilhéus, ribeirinhos,
assentados, acampados, arrendatários,
sitiante, pequenos proprietários, quilombola,
faxinalenses, indígenas, meeiros
16. E o que os caracteriza
• Seu jeito de ser, relacionar-se com a
natureza, trabalho com a terra, organização
de suas atividades, relações familiares e
vizinhança, rotina de trabalho,
religiosidade,
identidade política
organizada em forma
de sindicalismo,
conforme suas
categorias sociais...
17. Concepções teóricas:
• Paulo Freire;
• Miguel Arroyo;
• Roseli Caldart;
• Gramsci;
• Damasceno;