O documento descreve o movimento artístico Construtivismo Russo que emergiu na Rússia após a Revolução Bolchevique de 1917. O Construtivismo acreditava que a arte deveria servir propósitos sociais e ajudar a construir uma sociedade socialista. Artistas construtivistas como Rodchenko, Tatlin e El Lissitzky usavam formas geométricas e materiais industriais para criar obras que organizavam e transformavam a vida. O movimento influenciou fortemente a arte moderna até ser substituí
2. .Arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário
[1917, revolução bolchevique];
. A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário
[1917, revolução bolchevique], usava as novas perspectivas abertas
pela máquina e pela industrialização, servindo objectivos sociais e a
construção de um mundo socialista;
O Construtivismo Russo foi um
movimento estético-político iniciado na
Rússia a partir de 1919, como parte do
contexto dos movimentos de vanguarda
no país, de forte influência na
arquitectura e na arte ocidental.
. O Construtivismo como movimento activo durou até 1934, tanto na
União Soviética (URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)
como na República de Weimar (regime político na Alemanha entre
1919 e 1933], as suas proposições inovadoras influenciaram
fortemente toda a arte moderna, e estiveram na base do que se
define hoje como design, tendo alguns dos seus artistas estado
mesmo ligados á fundação da Bauhaus na Alemanha;
. A partir do Congresso dos Escritores de 1934 a única forma de arte
admitida na URSS seria o Realismo Socialista e todas as outras
tendências artísticas durante o Stalinismo (Josef Staline – líder da
URSS entre 1922 e 1953 ) seriam consideradas formalistas.
3. “UMA ARTE CONSTRUTIVA QUE NÃO DECORA, MAS ORGANIZA A VIDA” – EL LISSITZKY, 1922
.O Construtivismo tinha a convicção de que o artista podia
contribuir para suprir as necessidades físicas e intelectuais da
sociedade como um todo, relacionando-se directamente com a
produção de máquinas, com a engenharia arquitectónica e com os
meios gráficos e fotográficos de comunicação.
.A arte torna-se instrumento de transformação social, participa na
reconstrução do modo de vida e da “revolucionarização” da
consciência do povo, deseja satisfazer as necessidades materiais e
organizar e sistematizar os sentimentos do proletariado
revolucionário –
Até o surgimento do Construtivismo, nenhum
movimento na evolução da arte moderna tinha
sido uma expressão tão inserida numa realidade
revolucionária concreta. O Construtivismo teve a
forte influência do marxismo e estava
intimamente ligado ao processo revolucionário
iniciado na URSS e na Alemanha.
.O objectivo não era politizar a arte, mas sim socializar a arte.
.A partir de 1915, o Suprematismo de Malevitch e o Construtivismo
de Tatlin (1885-1953) são as duas grandes correntes da arte russa;
ambas se inserem no vasto movimento da vanguarda ideológica e
revolucionária, liderada por Maiakovski e oficialmente sustentada
pelo comissário para a instrução do governo de Lenine, Lunacharsky.
4. .De um lado, achavam-se os que acreditavam que os artistas
deveriam servir às massas, deveriam ser compreensíveis em relação
às necessidades do proletariado e usar técnicas e materiais
industriais. Tal posição era incitada por Tatlin, Rodchenko e por El
Lissitzky. Do outro lado, havia os que viam na arte não-figurativa
uma poesia pura, liberada de ideologias, como era proclamado por
Malevitch, apoiado pelos irmãos Pevsner.
.A oposição de pensamentos surge em relação à própria definição
do termo construtivismo que, para alguns é uma arte geométrica e
não mimética, e permeia, dessa forma, Tatlin, Malevitch, Gabo,
Kandinsky, pelo fato de todos utilizarem traços da arte geométrica.
Em oposição, outros falam do construtivismo como uma arte
puramente tecnológica, estritamente submetida aos imperativos do
material e do objeto, uma antecipação do Design.
Caracterizou-se, de forma bastante genérica,
pela utilização constante de elementos
. Para alguns críticos e historiadores, o termo construtivismo toma o
geométricos, cores primárias, fotomontagem “lugar da arte não objectiva (as formas “puras”) e, para outros, o
e a tipografia sem serifa.
termo substitui o "objectivismo" oriundo da cultura dos materiais de
Tatlin.
5. “PARA VOCÊS, O CINEMA É UM ESPECTÁCULO. PARA MIM, É QUASE UM MEIO DE COMPREENDER O MUNDO.” – MAIAKOVSKI, 1922
. Alguns dos nomes a destacar são Vertov e Schub e Eisenstein.
. A semântica da montagem torna-se relevante com o
construtivismo, sendo Dziga Vertov um dos seus principais
apologistas,
O discurso construtivista reconhece o cinema
como essencial ao seu ideal (como arte industrial,
mecânica, anónima, ligada a sociedade e ao
mundo real - filmando as coisas existentes e
destinado às massas) e aponta para a superação
do estágio da cinematografia na época e do mau
uso ideológico e estético do cinema.
. O cinema de Dziga Vertov, tem como objeto o movimento das
coisas (mais especificamente, o seu ritmo) e apoia-se na recusa do
psicológico e na exaltação da máquina. Por meio da organização, da
construção do material registado pela montagem – que não deve
manipular o material, mas revelá-lo, torná-lo legível -, o cinema
(máquina) evoluirá rumo à cinematografia (visão construtiva do
mundo). Com base nos filmes de Vertov.
. Sergei Eisenstein trará, do teatro e o seu trabalho com Meyerhold,
a influência plástica/estética construtivista. Os seus dois primeiros
filmes, A Greve e O Couraçado Potemkine (1924-5), trazem as
marcas das construções cénicas construtivistas e da organização
plástica linear reivindicada, por exemplo, por Rodchenko.
15. COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA
CRISTIANO FREITAS 41032
HISTÓRIA DAS ARTES CONTEMPORÂNEAS
DOCENTE
PEDRO COLAÇO DO ROSÁRIO
UNIVERSIDADE DE TRAS-OS-MONTES E ALTO DOURO
2013.2014