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Os LusíadasOs Lusíadas
Autor: Luís Vaz de CamõesAutor: Luís Vaz de Camões
O tema escolhido porO tema escolhido por
Camões para o seuCamões para o seu
poema foi toda a históriapoema foi toda a história
de Portugal, como se vêde Portugal, como se vê
pelo próprio título:pelo próprio título: OsOs
LusíadasLusíadas. (Lusíadas é. (Lusíadas é
um neologismo queum neologismo que
designa os Portugueses)designa os Portugueses)
Professora: Maria Cristina A. Biagio
Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões
•Nasceu provavelmente em Lisboa no ano deNasceu provavelmente em Lisboa no ano de 15241524 ouou 15251525..
•Filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, acredita-seFilho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, acredita-se
que pertencia à pequena nobreza.que pertencia à pequena nobreza.
•Conviveu com pessoas importantes da Corte, tinha uma vidaConviveu com pessoas importantes da Corte, tinha uma vida
atribulada, envolvendo-se em amores e aventuras várias.atribulada, envolvendo-se em amores e aventuras várias.
•Esteve preso várias vezes, devido a desordens.Esteve preso várias vezes, devido a desordens.
 Entre 1549 e 1551, esteve emEntre 1549 e 1551, esteve em
Ceuta, como soldado (foi aqui,Ceuta, como soldado (foi aqui,
em combate, que perdeu oem combate, que perdeu o
olho direito).olho direito).
 Viajou para as Índias paraViajou para as Índias para
servir ao Rei D. João III.servir ao Rei D. João III.
Durante a viagem, sofreuDurante a viagem, sofreu
grande tempestade no Cabogrande tempestade no Cabo
da boa Esperança.da boa Esperança.
 No ano de 1571, obteve licença da Inquisição paraNo ano de 1571, obteve licença da Inquisição para
publicar a obra, o que aconteceu no ano seguinte, empublicar a obra, o que aconteceu no ano seguinte, em
15721572. Meses antes, lera a obra ao Rei D. Sebastião.. Meses antes, lera a obra ao Rei D. Sebastião.
 Em 28 de Junho de 1572, o Rei D. Sebastião concedeuEm 28 de Junho de 1572, o Rei D. Sebastião concedeu
ao poeta uma pensão anual no valor de 15 mil réis.ao poeta uma pensão anual no valor de 15 mil réis.
 Camões morreu no diaCamões morreu no dia 10 de Junho de 158010 de Junho de 1580..
Dia de Portugal
Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões
Em sua lápide consta: “Aqui jaz Luís Vaz de Camões,
príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e
miseravelmente e assim morreu.”
LuísLuís VazVaz de Camõesde Camões
……diz-se que Camões terá encontrado em Macau umadiz-se que Camões terá encontrado em Macau uma
gruta onde se refugiou para escrever parte d’Osgruta onde se refugiou para escrever parte d’Os
Lusíadas…Lusíadas…
……diz-se que, quando regressou a Goa depois de terdiz-se que, quando regressou a Goa depois de ter
estado em Macau, Camões naufragou e, a nado,estado em Macau, Camões naufragou e, a nado,
conseguiu salvar o manuscrito d’Os Lusíadas…conseguiu salvar o manuscrito d’Os Lusíadas…
História X LendasHistória X Lendas
Camões na Gruta de Macau
Pintura do século XIX, da autoria de
Francisco Augusto de Metrass.
Museu de Arte Contemporânea.
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Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões
Cantando espalharei por toda a parte…Cantando espalharei por toda a parte…
O que é uma epopeia?O que é uma epopeia?
Podemos dizer que a epopeia é umaPodemos dizer que a epopeia é uma narrativanarrativa emem
versoverso, isto é, uma história que alguém conta e que tem a, isto é, uma história que alguém conta e que tem a
forma de um poema.forma de um poema.
De que falam as epopeias?De que falam as epopeias?
As epopeias celebram os feitos grandiosos de heróis,As epopeias celebram os feitos grandiosos de heróis,
sejam eles lendários ou personagens históricas.sejam eles lendários ou personagens históricas.
A EpopeiaA Epopeia
Epopeias FamosasEpopeias Famosas
Vasco da Gama (e o povo Português) –
Os Lusíadas (sec. XVI)
Aquiles – Ilíada (sec. IX-VII a.C.)
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Aquiles e o seu amigo Pátroclo, personagens da Ilíada
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A EpopeiaA Epopeia
 São elementos da estrutura clássica da epopeia:São elementos da estrutura clássica da epopeia:
aa ProposiçãoProposição;;
aa InvocaçãoInvocação;;
aa DedicatóriaDedicatória (elemento facultativo);(elemento facultativo);
aa NarraçãoNarração
Quando osQuando os
acontecimentos jáacontecimentos já
decorrem, sendodecorrem, sendo
depois retomados pordepois retomados por
analepse.analepse.
Onde o poeta apresenta o
assunto da sua epopeia.
Onde o poeta pede o
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superiores.
O homem do Renascimento, o Humanista,O homem do Renascimento, o Humanista,
valoriza a observação e a experimentação.valoriza a observação e a experimentação.
É uma época em que se valoriza “É uma época em que se valoriza “…um…um
saber só de experiências feito…”saber só de experiências feito…”
Escreverá Camões, no canto IV deEscreverá Camões, no canto IV de OsOs
LusíadasLusíadas, no episódio do Velho do Restelo., no episódio do Velho do Restelo.
Os LusíadasOs Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Camões copia a estrutura narrativa daCamões copia a estrutura narrativa da
Odisséia de Homero, assim como versosOdisséia de Homero, assim como versos
de Eneida de Virgílio.de Eneida de Virgílio.
Cada estrofe apresenta oito versos. AsCada estrofe apresenta oito versos. As
rimas são sempre da mesma forma:rimas são sempre da mesma forma:
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A epopéia compõe-se de 1102 estrofes,A epopéia compõe-se de 1102 estrofes,
no total de 8816 versos, todosno total de 8816 versos, todos
decassílabos, divididos em 10 cantos.decassílabos, divididos em 10 cantos.
Inês de CastroInês de Castro
“O caso triste e digno da memória
Que do sepulcro os homens desterra
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de morta foi rainha.”
Luís Vaz de Camões
Inês de Castro
Segundo a lenda, D.
Pedro, inconformado,
manda vestir a noiva
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trono e faz os nobres
lhe beijarem a mão.
Detalhe do túmulo de
D. Inês no mosteiro de
Alcobaça.
Episódio do Velho do ResteloEpisódio do Velho do Restelo
(Canto IV, estrofes 90 a 104)(Canto IV, estrofes 90 a 104)
A frota de Vasco da Gama deixou o cais do Restelo com
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Portugal.
Cabo das Tormentas: O GiganteCabo das Tormentas: O Gigante
AdamastorAdamastor
O Gigante Adamastor diz que as naus portuguesas terão sempre “inimigo a
esta paragem” através de “naufrágios, perdições de toda a sorte, que o
menor mal de todos seja a morte”, a fazer lembrar as palavras proféticas do
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  • 1. Os LusíadasOs Lusíadas Autor: Luís Vaz de CamõesAutor: Luís Vaz de Camões O tema escolhido porO tema escolhido por Camões para o seuCamões para o seu poema foi toda a históriapoema foi toda a história de Portugal, como se vêde Portugal, como se vê pelo próprio título:pelo próprio título: OsOs LusíadasLusíadas. (Lusíadas é. (Lusíadas é um neologismo queum neologismo que designa os Portugueses)designa os Portugueses) Professora: Maria Cristina A. Biagio
  • 2. Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões •Nasceu provavelmente em Lisboa no ano deNasceu provavelmente em Lisboa no ano de 15241524 ouou 15251525.. •Filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, acredita-seFilho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, acredita-se que pertencia à pequena nobreza.que pertencia à pequena nobreza. •Conviveu com pessoas importantes da Corte, tinha uma vidaConviveu com pessoas importantes da Corte, tinha uma vida atribulada, envolvendo-se em amores e aventuras várias.atribulada, envolvendo-se em amores e aventuras várias. •Esteve preso várias vezes, devido a desordens.Esteve preso várias vezes, devido a desordens.
  • 3.  Entre 1549 e 1551, esteve emEntre 1549 e 1551, esteve em Ceuta, como soldado (foi aqui,Ceuta, como soldado (foi aqui, em combate, que perdeu oem combate, que perdeu o olho direito).olho direito).  Viajou para as Índias paraViajou para as Índias para servir ao Rei D. João III.servir ao Rei D. João III. Durante a viagem, sofreuDurante a viagem, sofreu grande tempestade no Cabogrande tempestade no Cabo da boa Esperança.da boa Esperança.
  • 4.  No ano de 1571, obteve licença da Inquisição paraNo ano de 1571, obteve licença da Inquisição para publicar a obra, o que aconteceu no ano seguinte, empublicar a obra, o que aconteceu no ano seguinte, em 15721572. Meses antes, lera a obra ao Rei D. Sebastião.. Meses antes, lera a obra ao Rei D. Sebastião.  Em 28 de Junho de 1572, o Rei D. Sebastião concedeuEm 28 de Junho de 1572, o Rei D. Sebastião concedeu ao poeta uma pensão anual no valor de 15 mil réis.ao poeta uma pensão anual no valor de 15 mil réis.  Camões morreu no diaCamões morreu no dia 10 de Junho de 158010 de Junho de 1580.. Dia de Portugal Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões
  • 5. Em sua lápide consta: “Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.” LuísLuís VazVaz de Camõesde Camões
  • 6. ……diz-se que Camões terá encontrado em Macau umadiz-se que Camões terá encontrado em Macau uma gruta onde se refugiou para escrever parte d’Osgruta onde se refugiou para escrever parte d’Os Lusíadas…Lusíadas… ……diz-se que, quando regressou a Goa depois de terdiz-se que, quando regressou a Goa depois de ter estado em Macau, Camões naufragou e, a nado,estado em Macau, Camões naufragou e, a nado, conseguiu salvar o manuscrito d’Os Lusíadas…conseguiu salvar o manuscrito d’Os Lusíadas… História X LendasHistória X Lendas
  • 7. Camões na Gruta de Macau Pintura do século XIX, da autoria de Francisco Augusto de Metrass. Museu de Arte Contemporânea. Gruta de Camões (Macau) Luís Vaz de CamõesLuís Vaz de Camões
  • 8. Cantando espalharei por toda a parte…Cantando espalharei por toda a parte… O que é uma epopeia?O que é uma epopeia? Podemos dizer que a epopeia é umaPodemos dizer que a epopeia é uma narrativanarrativa emem versoverso, isto é, uma história que alguém conta e que tem a, isto é, uma história que alguém conta e que tem a forma de um poema.forma de um poema. De que falam as epopeias?De que falam as epopeias? As epopeias celebram os feitos grandiosos de heróis,As epopeias celebram os feitos grandiosos de heróis, sejam eles lendários ou personagens históricas.sejam eles lendários ou personagens históricas. A EpopeiaA Epopeia
  • 9. Epopeias FamosasEpopeias Famosas Vasco da Gama (e o povo Português) – Os Lusíadas (sec. XVI) Aquiles – Ilíada (sec. IX-VII a.C.) Ulisses – Odisseia (sec. IX-VII a.C.) Eneias – Eneida (séc. I a.C.)
  • 10. Aquiles e o seu amigo Pátroclo, personagens da Ilíada (representação de um vaso grego do século VI A.C.)
  • 11. Ulisses e as sereias. Episódio da Odisseia. Pintura de Herbert Draper
  • 12. Eneias salvando o pai. Um dos mais belos episódios da Eneida. Pintura de António Manuel da Fonseca.
  • 13. A EpopeiaA Epopeia  São elementos da estrutura clássica da epopeia:São elementos da estrutura clássica da epopeia: aa ProposiçãoProposição;; aa InvocaçãoInvocação;; aa DedicatóriaDedicatória (elemento facultativo);(elemento facultativo); aa NarraçãoNarração Quando osQuando os acontecimentos jáacontecimentos já decorrem, sendodecorrem, sendo depois retomados pordepois retomados por analepse.analepse. Onde o poeta apresenta o assunto da sua epopeia. Onde o poeta pede o auxílio de entidades superiores.
  • 14. O homem do Renascimento, o Humanista,O homem do Renascimento, o Humanista, valoriza a observação e a experimentação.valoriza a observação e a experimentação. É uma época em que se valoriza “É uma época em que se valoriza “…um…um saber só de experiências feito…”saber só de experiências feito…” Escreverá Camões, no canto IV deEscreverá Camões, no canto IV de OsOs LusíadasLusíadas, no episódio do Velho do Restelo., no episódio do Velho do Restelo. Os LusíadasOs Lusíadas
  • 15. Os LusíadasOs Lusíadas Camões copia a estrutura narrativa daCamões copia a estrutura narrativa da Odisséia de Homero, assim como versosOdisséia de Homero, assim como versos de Eneida de Virgílio.de Eneida de Virgílio. Cada estrofe apresenta oito versos. AsCada estrofe apresenta oito versos. As rimas são sempre da mesma forma:rimas são sempre da mesma forma: abababcc.abababcc. A epopéia compõe-se de 1102 estrofes,A epopéia compõe-se de 1102 estrofes, no total de 8816 versos, todosno total de 8816 versos, todos decassílabos, divididos em 10 cantos.decassílabos, divididos em 10 cantos.
  • 16. Inês de CastroInês de Castro “O caso triste e digno da memória Que do sepulcro os homens desterra Aconteceu da mísera e mesquinha Que depois de morta foi rainha.” Luís Vaz de Camões
  • 17. Inês de Castro Segundo a lenda, D. Pedro, inconformado, manda vestir a noiva com roupas nupciais, senta o cadáver no trono e faz os nobres lhe beijarem a mão. Detalhe do túmulo de D. Inês no mosteiro de Alcobaça.
  • 18. Episódio do Velho do ResteloEpisódio do Velho do Restelo (Canto IV, estrofes 90 a 104)(Canto IV, estrofes 90 a 104) A frota de Vasco da Gama deixou o cais do Restelo com 170 homens, dos quais apenas 55 retornariam vivos a Portugal.
  • 19. Cabo das Tormentas: O GiganteCabo das Tormentas: O Gigante AdamastorAdamastor O Gigante Adamastor diz que as naus portuguesas terão sempre “inimigo a esta paragem” através de “naufrágios, perdições de toda a sorte, que o menor mal de todos seja a morte”, a fazer lembrar as palavras proféticas do Velho do Restelo.