ADOPT-DTV: Inquérito sobre barreiras à adoção da TV digital em Portugal
1.
“ADOPT_DTV: Barreiras à adopção da televisão digital no contexto da
transição da televisão analógica para o digital em Portugal”
( PTDC/CCI‐COM/102576/2008)
Relatório “Inquérito Quantitativo”
Outubro de 2011
1
4.
1. Sumário Executivo
Primeira recolha de dados – Novembro 2010:
• A maioria dos inquiridos (99,4%) afirmaram ter pelo menos um aparelho de TV,
sendo que 63,4% afirmam ter um ou dois televisores em sua casa (questões P.1A e P.1B).
Destes 54,7% afirmaram possuir um serviço de TV paga e 45,3% respondem negativamente
à questão (P.3).
• Dos sujeitos que afirmam não ter em casa um serviço de TV por assinatura, o tipo de
acesso à televisivo mais comum é o analógico terrestre (P.9), com 96,7% dos inquiridos a
identificarem esta opção, 1,8% a referirem receber TV gratuitamente através de parabólica,
1,1% a apontarem a recepção de TV digital terrestre, com 0,7% dos inquiridos a optar por
não responder a esta questão e 0,2% a indicarem outro tipo de acesso.
• No que respeita o processo de switchover, a vasta maioria dos inquiridos (85,4%)
declara não saber o que é, nem quando o mesmo será realizado (P.26). Apenas 7,8% dos
inquiridos responderam correctamente quando questionados sobre o ano que esse processo
irá ocorrer. No entanto, 92,4% já ouviram falar nessa designação (P.6A).
• Ainda no que se refere ao processo de switchover, os inquiridos apresentam como
maiores preocupações os custos envolvidos no processo (60,0%), as questões práticas como
adaptar antena, cablagem ou novo equipamento (49,8%) e ainda o pouco tempo até à data
limite do desligamento do sinal analógico (48,3%) (P.27).
• Uma parte significativa dos sujeitos que afirmaram não ter TV paga em casa referem
não saber o que fazer para ter TDT (65%), não saber se a sua TV é compatível com o sinal
digital (37,1%) e não saber se a sua zona de residência tem cobertura (68,1%) (P. 22, P.23,
P.24).
• No que respeita o conhecimento sobre serviços e equipamentos relacionados com
TV digital é de referir que apenas 19,0% dos inquiridos ouviram falar de switchover digital e
apenas 50,1% ouviram falar de TDT. No entanto, estes dados contrastam com a elevada
percentagem de indivíduos que referem já ter ouvido falar de box/ caixa descodificadora
(85,2%) e de TV digital (84,0%), reconhecendo a esta última uma maior qualidade de
imagem e som e um serviço de confiança (P.6).
• Relativamente aos processos necessários para receber sinal digital em casa (P.25),
os dados indicam que 36,2% da amostra não sabe se necessita de adaptar a sua antena para
4
5. receber TDT e 35,3% referem necessitar de o fazer e 28,6% respondem negativamente. No
que respeita a caixa descodificadora, 69,3% dos sujeitos referem precisar de uma caixa
descodificadora para receber TDT, 24,9% referem não saber se necessitam desse
equipamento e 5,8% referem não precisar. Em relação à necessidade de comprar um novo
televisor, 41,6% dos sujeitos respondem negativamente, 27,1% não sabem e 31,3% referem
precisar de adquirir um novo televisor.
• Relativamente a equipamentos a adquirir futuramente, a vasta maioria dos sujeitos
inquiridos refere não ter intenção ou não saber se irá adquirir algum produto ou serviço
ligado à TV digital nos próximos 12 meses (74,5%) (P.28).
• Como serviços ou conteúdos mais interessantes oferecidos pelo serviço TV digital, os
inquiridos apontam o guia TV (62,7%), os serviços informativos na área da saúde (61,7%) e a
barra de programação (60,4%) (P.33).
Segunda recolha de dados – Janeiro 2011:
• Tal como na primeira recolha de dados, uma baixa percentagem dos sujeitos
inquiridos refere já ter ouvido falar do processo de switchover (11%), e apenas 84,1% destes
indivíduos afirmam saber no que consiste. Por contraste, uma elevada percentagem de
indivíduos aponta já ter ouvido falar de TV digital (75,5%) reconhecendo a mesma como um
serviço com uma elevada qualidade de imagem e som, um serviço conveniente e de
confiança (P.6A, P.18).
• No que respeita os procedimentos a tomar para receber TDT em casa, 76,2% da
amostra refere não saber o que fazer, 32,6% refere ser necessário ter uma caixa
descodificadora, 20,5% refere ser necessário adaptar a antena e 19,1% refere ser necessário
comprar uma nova TV (P.25).
• No que respeita a compatibilidade da TV para receber o sinal digital terrestre, 55,8%
dos inquiridos referem não saber se o seu televisor é compatível, 30,1% responderam que
têm uma TV compatível e 14,2% referem que a sua TV não é compatível (P.22). Ainda sobre
a cobertura à zona de residência, 68,9% dos inquiridos referem não saber se a sua zona tem
cobertura TDT, 20,3% referem que a sua zona possui cobertura e 10,9% respondem
negativamente (P.23).
5
6.
2. Objectivos e desenvolvimento do instrumento
No âmbito do projecto de investigação “ADOPT‐DTV: Barreiras à adopção da
televisão digital no contexto da transição da televisão analógica para o digital em Portugal”
foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa cujo objectivo central foi o de
determinar os principais factores de adopção e rejeição de TV digital em Portugal, no
contexto do processo de switchover ‐ ou desligamento do sinal analógico de televisão. Este
estudo permitiu analisar as diferenças estatisticamente significativas na adopção da TV
digital entre géneros, faixas etárias, habilitações académicas, bem como níveis de deficiência
auditiva, visual e cognitiva, entre outras, permitindo ainda traçar perfis sociodemográficos
relativos à adopção de TV digital. A realização deste estudo, em complemento com os
restantes estudos empíricos do projecto ADOPT‐DTV, visa contribuir para uma análise mais
aprofundada dos desafios do processo de transição do sinal analógico para o sinal digital de
TV em Portugal, assim como propor às principais partes interessadas neste processo em
Portugal um conjunto de recomendações de ordem prática, procurando contribuir
efectivamente para uma televisão digital mais inclusiva
O inquérito quantitativo foi realizado junto de uma amostra representativa da
população portuguesa, composta por 1.205 inquiridos dos 18 aos 92 anos. O instrumento
utilizado no estudo foi desenvolvido pela equipa de investigação tendo por base o inquérito
elaborado pelo Observatório Nacional de Comunicação ‐ Obercom (Cardoso, G., Santos, S. &
Espanha, R.; 2007), com as necessárias adaptações que consideraram essencialmente os
objectivos do projecto de investigação. Após a construção do inquérito foi realizado um pré‐
teste ao mesmo, a Outubro de 2010, seguindo‐se todas as condições de aplicação que
seriam posteriormente respeitadas na aplicação do inquérito à amostra da população
Portuguesa. A realização do pré‐teste envolveu 14 indivíduos, tendo os dados sido
analisados pela equipa de investigação com intuito de aperfeiçoamento do instrumento,
assim como tendo sido consideradas as contribuições da equipa de aplicação do inquérito a
nível prático. Após a contribuição de todos os parceiros na análise do pré‐teste, o
instrumento foi melhorado e considerado pronto a utilizar. O inquérito final compreende 33
questões específicas ligadas ao tema da TV digital e 22 itens de caracterização (ver anexos).
O inquérito foi aplicado em Novembro de 2010.
Devido a um lapso na aplicação do inquérito, uma das perguntas centrais do
inquérito foi apenas respondida por uma parte da amostra, foi considerada necessária uma
6
7. segunda aplicação que se focou no questionamento dessa pergunta à amostra na sua
totalidade. As duas aplicações foram realizadas em casa dos participantes por uma equipa
de entrevistadores da empresa de estudos de mercado GfK.
7
8. 3. Selecção e Caracterização da Amostra
A realização do estudo quantitativo teve por base uma amostra representativa da
população residente em Portugal Continental (n=1.205), com idades compreendidas entre
os 18 e os 92 anos (média=45,23, SD=17,38). Os respondentes foram seleccionados através
do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo, Idade, Instrução
(homens), Ocupação (mulheres), Região e Habitat/ Dimensão dos agregados populacionais.
Dos 1.205 indivíduos inquiridos, 48,9% eram do sexo masculino (n = 589) e 51,1%
eram do sexo feminino (n = 616). Quanto à distribuição por faixa etária, 12% possuem 18 a
24 anos, 21% têm 25 a 34 anos, 19,1% estão na faixa etária dos 35 aos 44 anos, 18,2% têm
entre os 45 e os 54 anos, 13,3% situam‐se entre os 55 e os 64 anos e, finalmente, 16,4%
possuem 65 anos ou mais. A distribuição da amostra segundo a idade (D.2) dos participantes
está representada na tabela e gráfico seguintes.
Tabela 1: IdadeD.2) Qual é a sua idade?
Idade
N 1205
Mínimo 18
Máximo 92
Média 45,2
Desvio‐padrão 17,4
Gráfico 1. Distribuição da variável idade por escalões etários
8
9. Relativamente à nacionalidade dos sujeitos inquiridos neste inquérito (D.11), a
grande maioria da amostra é de nacionalidade Portuguesa (96,3%), existindo contudo
participantes de nacionalidade Cabo‐Verdiana, Ucraniana e Brasileira. Em relação ao estado
civil (D.19), 60,7% dos sujeitos da amostra são casados ou em união de facto, 23,5% são
solteiros, 8% são viúvos e 7,6% são divorciados. As tabelas seguintes apresentam os dados
relativos a estas variáveis.
Tabela 2. D.19) Qual é o seu estado civil?
%
N
Solteiro (a) 283 23,5
Divorciado (a) 92 7,6
Viúvo(a) 97 8,0
Casado (a)/ União de facto 732 60,7
Recusa 1 ,1
Total 1205 100,0
Tabela 3. D.11) Qual é a sua nacionalidade?
N %
Portuguesa 1161 96,3
Estrangeira 12 1,0
Dupla nacionalidade 2 ,2
Brasileira 15 1,2
Ucraniana 4 ,3
Cabo‐verdiana 2 ,2
Não responde 1 ,1
Portuguesa e Brasileira 2 ,2
Portuguesa e Ucraniana 1 ,1
Portuguesa e Cabo‐verdiana 5 ,4
Total 1205 100,0
No que respeita a distribuição pela dimensão de agregados familiares, os dados
indicam que a amostra é composta maioritariamente por pequenos/ médios agregados
familiares, sendo que 69,4% da amostra se caracteriza por um agregado familiar até 3
pessoas (n=836). Em maior detalhe, os dados indicam que 11,5% dos inquiridos vivem sós,
28,5% vivem com outra pessoa, 29,4% dos inquiridos pertencem a uma família constituída
9
10. por 3 pessoas, 20,1% pertencem a uma família com 4 pessoas, 6,3% pertence a uma família
com 5 pessoas e 4,3% pertence a uma família com 6 pessoas ou mais. A tabela 4 ilustra a
distribuição da dimensão dos agregados familiares inquiridos no âmbito do presente estudo.
Ainda no que respeita ao agregado familiar, a amostra do estudo foi inquirida quanto ao
número de filhos, verificando‐se que uma maior percentagem de famílias se caracteriza por
ter no agregado familiar filhos entre os 9 e os 13 anos de idade (18,7%). A tabela 5 apresenta
o número de filhos a residir no agregado familiar da amostra inquirida.
Tabela 4. D.3) Quantas pessoas vivem em sua casa, incluindo‐se a si próprio(a), todos os adultos e
crianças?
N %
1 Pessoa 138 11,5
2 Pessoas 343 28,5
3 Pessoas 354 29,4
4 Pessoas 242 20,1
5 Pessoas 76 6,3
6 Pessoas 38 3,2
7 Pessoas 5 ,4
8 Pessoas 6 ,5
9 ou + Pessoas 3 ,2
Total 1205 100,0
Tabela 5. D.4.1) Tem filhos com 13 ou menos anos a residir consigo em sua casa?
N %
Sim 300 24,9
Não 903 74,9
Ns/Nr 2 ,2
Total 1205 100,0
Em relação à ocupação profissional do sujeito entrevistado (D.7), verifica‐se que
66,2% dos respondentes possuem o nível de escolaridade básico e obrigatório (até ao 9º
ano) ou inferior. Já relativamente à pessoa que mais contribui para o agregado familiar (D.9),
69,8% possuem o nível de escolaridade básico e obrigatório (até ao 9º ano) ou inferior. Os
10
11. gráficos e tabelas seguintes ilustram a distribuição da amostra em relação à variável em
questão – grau de escolaridade – e ainda em relação à ocupação profissional. Os dados
indicam que 66% dos inquiridos são igualmente a pessoa que mais contribui para o
rendimento familiar (D.6).
Tabela 6. D.7) E qual o grau de instrução mais elevado que o(a) Sr(a). concluiu?
N %
Universitário 66 5,5
Curso médio/ Politécnico 23 1,9
Frequência de curso Superior/ Médio 22 1,8
12º ano 297 24,6
9º ano 237 19,7
6º ano 158 13,1
Instrução primária completa 308 25,6
Instrução primária incompleta/ analfabeto 94 7,8
Total 1205 100,0
Tabela 7. D.9) Qual o grau de instrução mais elevado que o(a) Sr(a) / a pessoa que mais contribui para
o rendimento familiar concluiu?
N %
Universitário 73 6,1
Curso médio/ Politécnico 19 1,6
Frequência de curso Superior/ Médio 15 1,2
12º ano 257 21,3
9º ano 224 18,6
6º ano 187 15,5
Instrução primária completa 340 28,2
Instrução primária incompleta/ analfabeto 90 7,5
Total 1205 100,0
11
12.
Tabela 8. D.8) Importa‐se de me dizer qual é exactamente a sua ocupação ou actividade profissional
principal?
N %
Patrão/ Proprietário (agricultura, comércio, indústria, 4 ,3
serviços)
Quadros Superiores (responsável por 6 ou mais 5 ,4
trabalhadores)
Quadros Superiores (responsável por 5 ou menos 3 ,2
trabalhadores)
Profissões Liberais e similares ‐ conta própria 7 ,6
Quadros médios (responsável por 6 ou mais trabalhadores) 11 ,9
– Conta de outrem
Patrão/ Proprietário (agricultura, comércio, indústria, 95 7,9
serviços) – Conta própria
Profissões técnicas, científicas e artísticas – conta de 56 4,6
outrem
Quadros médios (responsável por 5 ou mais trabalhadores) 12 1,0
Empregados de escritório 74 6,1
Reformados, pensionistas 231 19,2
Empregados trabalhadores por conta de outrem 296 24,6
Trabalhadores manuais e similares por conta própria 36 3,0
Desempregados 120 10,0
Trabalhadores manuais por conta de outrem 110 9,1
Doméstica 87 7,2
Estudantes 58 4,8
Total 1205 100,0
Tabela 9. D.10) Importa‐se de me dizer qual é exactamente a ocupação ou actividade
profissional principal da pessoa que mais contribui para o rendimento familiar?
N %
Patrão/ Proprietário (agricultura, comércio, indústria, 8 ,7
serviços)
Quadros Superiores (responsável por 6 ou mais 7 ,6
trabalhadores)
Quadros Superiores (responsável por 5 ou menos 6 ,5
trabalhadores)
Profissões Liberais e similares ‐ conta própria 7 ,6
Quadros médios (responsável por 6 ou mais trabalhadores) – 13 1,1
Conta de outrem
12
13. Patrão/ Proprietário (agricultura, comércio, indústria, 120 10,0
serviços) – Conta própria
Profissões técnicas, científicas e artísticas – conta de outrem 65 5,4
Quadros médios (responsável por 5 ou mais trabalhadores) 18 1,5
Empregados de escritório 67 5,6
Reformados, pensionistas 261 21,7
Empregados trabalhadores por conta de outrem 370 30,7
Trabalhadores manuais e similares por conta própria 37 3,1
Desempregados 71 5,9
Trabalhadores manuais por conta de outrem 140 11,6
Doméstica 14 1,2
Estudantes 1 ,1
Total 1205 100,0
O presente estudo quis apurar o rendimento mensal líquido do agregado familiar,
com o intuito de melhor caracterizar a amostra a nível socioeconómico. De notar que dos
1.205 inquiridos no estudo, 57,3% não indicaram a qual dos escalões correspondia o
rendimento mensal bruto do respectivo agregado familiar (D.17). No que respeita ao status,
a amostra do estudo caracteriza‐se por uma maior percentagem de agregados familiares
que se encontram incluídos no escalão D (48,8%). Os gráficos seguintes apresentam a
distribuição da amostra pelas variáveis rendimento mensal e status. O status foi
determinado através do cruzamento entre o nível de escolaridade e a ocupação dos
entrevistados, baseando‐se na seguinte matriz (figura 1) da responsabilidade da empresa de
estudos de mercado GfK.
Figura 1. Matriz para determinação de status
13
14. Tabela 10. D.17) Poderia dizer‐me por favor, qual dos seguintes escalões corresponde ao rendimento
mensal ilíquido (bruto) do seu agregado familiar?
N %
Até 500 euros 91 7,6
Entre 501 e 750 euros 130 10,8
Entre 751 e 1.000 euros 100 8,3
Entre 1.001 e 1.250 euros 88 7,3
Entre 1.251 e 1.750 euros 64 5,3
Entre 1.751 e 2.500 euros 25 2,1
Entre 2.501 e 3.500 euros 7 ,6
Mais de 3.500 euros 9 ,7
Não sabe/Não responde 691 57,3
Total 1205 100,0
Tabela 11. Status
N %
A 33 2,7
B 167 13,9
C 236 19,6
D 588 48,8
E 181 15,0
Total 1205 100,0
A amostra foi analisada ainda em relação à distribuição por regiões de Portugal
Continental permitindo aferir a sua representatividade da população portuguesa. As regiões
foram definidas pela empresa de estudos de mercado que aplicou o inquérito (ver figura 2)
procurando‐se uma distribuição proporcional por região e considerando a dimensão
populacional da mesma. De acordo com os dados finais, foram realizadas 237 entrevistas no
Norte Litoral (19,7%), 162 no grande Porto (13,4%), 204 no Centro litoral (16,9%), 170 no
interior (14,1%), 324 na grande Lisboa (26,9%), 60 no Alentejo (5%), 48 no Algarve (4%),
perfazendo um total de 1205 entrevistas (consultar tabela 12).
Em relação às distribuição da população por habitat, foram realizadas 485
entrevistas em zonas com menos de 2.000 habitantes (40,2%), 227 entrevistas em zonas
com 2.000 a 9.999 habitantes (18,8%), 344 entrevistas em zonas com 10.000 a 99.999
14
15. habitantes (28,5%), 52 entrevistas em zonas com 100.000 ou mais habitantes (4,3%) e ainda
67 entrevistas na cidade de Lisboa (5,6%) e 30 entrevistas na cidade do Porto (2,5%).
Considerando a distribuição por distritos é possível ainda referir que as entrevistas
foram conduzidas em 14 distritos de Portugal continental, tendo sido realizadas 99
entrevistas em Aveiro (8,2%), 43 entrevistas em Braga (3,6%), 75 entrevistas em Castelo
Branco (6,2%), 77 entrevistas em Coimbra (6,4%), 48 entrevistas em Faro (4%), 32 em Leiria
(2,7%), 295 em Lisboa (24,5%), 60 em Portalegre (5%), 267 no Porto (22,2%), 59 em
Santarém (4,9%), 29 em Setúbal (2,4%), 26 em Viana do Castelo (2,2%), 46 em Vila Real
(3,8%) e por último, 49 em Viseu (4,1%) (consultar tabela 14). Considerando ainda a
localização dos entrevistados, o inquérito foi realizado em 133 localidades e 59 concelhos de
Portugal continental: as tabelas seguintes apresentam os resultados descritivos destas
variáveis.
Figura 2. Regiões
Tabela 12. Região GfK Metris
N %
Norte Litoral 237 19,7
Grande Porto 162 13,4
Interior 170 14,1
Centro Litoral 204 16,9
Grande Lisboa 324 26,9
Alentejo 60 5,0
Algarve 48 4,0
Total 1205 100,0
15
16. Tabela 13. Habitat
N %
Menos de 2.000 habitantes 485 40,2
2.000 a 9.999 habitantes 227 18,8
10.000 a 99.999 habitantes 344 28,5
100.000 e mais habitantes 52 4,3
Cidade de Lisboa 67 5,6
Cidade do Porto 30 2,5
Total 1205 100,0
Tabela 14. Distritos
N %
Aveiro 99 8,2
Braga 43 3,6
Castelo Branco 75 6,2
Coimbra 77 6,4
Faro 48 4,0
Leiria 32 2,7
Lisboa 295 24,5
Portalegre 60 5,0
Porto 267 22,2
Santarém 59 4,9
Setúbal 29 2,4
Viana do Castelo 26 2,2
Vila Real 46 3,8
Viseu 49 4,1
Total 1205 100,0
Uma vez que o objectivo do estudo consiste em analisar as barreiras à adopção da
TV digital em Portugal, optou‐se por dar especial relevância à análise de necessidades
especiais que de alguma forma possam ter impacto no processo de adopção de TV digital.
Deste modo, o inquérito inclui questões ligadas a necessidades especiais visuais, auditivas e
motoras. Assim, os inquiridos foram questionados sobre as suas dificuldades em ver mesmo
usando óculos, dificuldades em ouvir mesmo usando aparelho auditivo e ainda dificuldades
de locomoção em andar ou subir escadas. Os dados indicam que 37,1% dos sujeitos no
estudo possuem algum tipo de dificuldade visual; 20% têm algum tipo de dificuldade em
ouvir e ainda 22,8% têm algum tipo de dificuldade motora. Mais concretamente, 0,1% dos
16
17. inquiridos não conseguem ver, 5,1% têm muita dificuldade em ver, 18% têm alguma
dificuldade em ver, 13,9% têm pouca dificuldade e 62,3% não possuem dificuldades em ver.
Em relação a dificuldades auditivas: 0,2% dos respondentes não ouvem, 1,9% têm muita
dificuldade em ouvir, 8,5% possuem alguma dificuldade, 9,4% têm pouca dificuldade e
79,5% não possuem qualquer dificuldade de audição. Ainda em relação a dificuldades
motoras ou de locomoção: 0,3% dos inquiridos referiram que não conseguem andar ou subir
escadas, 3,7% afirmaram ter muitas dificuldades em desempenhar estas actividades, 8,5%
têm alguma dificuldade, 10% têm pouca dificuldade e 76,7% declararam não ter quaisquer
dificuldades. A tabela seguinte ilustra a distribuição da amostra no que respeita estas
variáveis.
Tabela 15. Dificuldades visuais, auditivas e motoras
Ver Ouvir Andar/ subir escadas
N % N % N %
Nenhuma dificuldade 751 62,3 958 79,5 924 76,7
Pouca dificuldade 167 13,9 113 9,4 120 10,0
Alguma dificuldade 217 18,0 102 8,5 106 8,8
Tem muita dificuldade 62 5,1 23 1,9 44 3,7
Não consegue 1 ,1 2 ,2 4 ,3
Total 1198 99,4 1198 99,4 1198 99,4
Total 1205 100,0 1205 100,0 1205 100,0
Gráfico 2. Dificuldades visuais, auditivas e motoras
17
18. Ao longo do processo de aplicação do questionário foi realizado um controlo de
qualidade, respeitando‐se algumas etapas descritas no anexo 2.
18
19.
4. Resultados gerais – Análise Descritiva do Inquérito
Primeira recolha de dados – Novembro de 2010
Nesta secção serão apresentados os resultados gerais das questões do inquérito
quantitativo aplicado a uma amostra de 1.205 sujeitos a residir em Portugal Continental.
Optou‐se por realizar a apresentação dos resultados referentes a cada pergunta
individualmente e na ordem em que foram colocadas.
O inquérito foi construído com o cuidado de recolher informação de forma gradual
acerca do processo que se pretende analisar, iniciando‐se com questões ligadas à posse de
aparelhos de TV no agregado familiar, serviços de TV paga, operadores de TV, conhecimento
sobre os conceitos TV digital e processo de switchover digital, produtos e serviços
relacionados com TV, tempo e frequência de uso, canais e programas mais vistos, satisfação
e interesse em TV digital, expectativas de desempenho, expectativas de esforço e influência
social, e por último, motivação para adquirir TV digital.
De acordo com os dados recolhidos, a grande maioria dos Portugueses possui, pelo
menos, um aparelho de televisão em casa (99,4% da amostra; n=1.998), sendo que 38,3%
possui 2 aparelhos de TV, 23,2% possui 3 aparelhos TV, 9,0% possui 4 aparelhos de TV, 2,7%
possui 5 aparelhos de TV e 0,7 possui 6 aparelhos de TV (questão 1B, consultar tabela 16).
No que respeita ao tipo de serviço televisivo que o agregado familiar usufrui, os
dados indicam que 55,0% dos inquiridos possuem um serviço de TV pago: cabo (78,8%),
satélite (11,9%); ADSL (3,7%); fibra óptica (2,6%) (questão 4.1., consultar tabela 19).
A grande maioria dos inquiridos refere a ZON/ TV Cabo como seu principal operador
de TV (55,4%), seguido do Meo (33,1%), Cabovisão (8,9%), Optimus/Clix (1,2%) e outros
como Vodafone, AR Telecom (com percentagens muito reduzidas) (questão 5, consultar
tabela 20).
No que respeita conhecimento sobre alguns aspectos relacionados com TV digital
analisados neste estudo, foi questionado aos sujeitos da amostra se já ouviram falar e
sabem o que é: TV digital, TV HD, Switchover digital, TDT, box ou caixa descodificadora
(questão 6, consultar tabela 21). Conforme anteriormente foi referido, por lapso esta
questão foi somente colocada aos participantes com TV paga (n = 655), quando deveria ter
sido a todos os inquiridos com TV (n = 1.198). Tal lapso levou a que se tenha optado por
voltar a colocar esta questão num segundo inquérito, cujo trabalho de campo decorreu em
19
20. Janeiro de 2011 – mais detalhes adiante. Os dados indicam que apenas uma baixa
percentagem dos inquiridos com TV paga já ouviram falar e sabem o que é o processo de
switchover digital, mais concretamente 18,2% destes entrevistados. Ainda, 50,2% dos
inquiridos com TV paga ouviram falar e sabem o que é TDT, enquanto que 83,8% destes já
ouviu falar sobre TV digital e 82,3% TV de alta definição (HD).
Tabela 15 P.1A. Diga‐me, por favor, no seu agregado familiar existe algum aparelho de televisão?
N %
Não 7 ,6
Sim 1198 99,4
Total 1205 100,0
Tabela 16 P.1B. Quantos aparelhos de televisão existem no seu agregado
N %
1 aparelho 305 25,5
2 aparelhos 462 38,6
3 aparelhos 280 23,4
4 aparelhos 109 9,1
5 aparelhos 33 2,8
6 aparelhos 9 ,8
Total 1198 100,0
Tabela 17. P.2. É o Sr.(a) o(a) um dos decisores nas questões relacionadas com a adesão e compra
para o lar de serviços de Telecomunicações tais como Telefone Fixo, Internet ou de TV por Assinatura?
N %
É o(a) principal decisor 513 42,8
Decide em parte igual com outra pessoa 498 41,6
Participa na decisão, mas não é quem toma a 110 9,2
decisão final
Não participa na decisão 67 5,6
Ns/Nr 10 ,8
Total 1198 100,0
Tabela 18. P.3. Diga‐me, por favor, tem em sua casa algum serviço de televisão paga?
N %
Não 543 45,3
Sim 655 54,7
Total 1198 100,0
20
21.
Tabela 19 P.4.1. O serviço de televisão paga que tem em funcionamento em sua casa é de que tipo?
N %
Por cabo 516 78,8
Por ADSL 45 6,9
Por Fibra óptica 17 2,6
Outro tipo 0 0
Ns/ Nr 0 0
Tabela 20 P.5. Indique‐me, por favor, qual é o seu operador de televisão principal?
N %
Zon/ TV Cabo 363 55,4
Meo 217 33,1
Cabovisão 58 8,9
Optimus/ Clix 8 1,2
Vodafone 4 ,6
AR Telecom 3 ,5
Outro fornecedor 1 ,2
Ns/Nr 1 ,2
Total 655 100,0
Total 1205 100,0
Tabela 21. P.6A. Diga‐me, por favor, conhece ou já ouviu falar de...? / Sabe o que é?
Já ouviu falar Sabe o que é
N % N %
TV digital 549 83,8 479 87,2
TV de alta definição (HD) 539 82,3 478 88,7
Switchover Digital 122 18,6 112 91,8
Televisão digital terrestre (TDT) 329 50,2 276 83,9
Box / Caixa descodificadora (STB) 558 85,2 541 97,0
No que respeita o pacote de TV pago em cada família, 51,5% dos participantes
indicam que possuem TV, telefone fixo e internet através desse operador; seguido por
23,7% que indicam possuir apenas o serviço de TV; seguindo‐se 13% que têm TV e internet e
11,5% que têm TV e telefone fixo através desse operador (questão 7, consultar tabela 22).
Ainda acerca do serviço de TV paga, os inquiridos foram questionados sobre o valor
mensal que disponibilizam para esse serviço, sendo indicado que, em média, é dispendido
21
22. pelos indivíduos da amostra 19,20 euros por mês, atingindo o valor máximo os 200 euros
por mês (consultar tabela 23).
No que se reporta aos indivíduos que não usufruem de um serviço de TV pago (45%
da amostra), a forma de acesso mais utilizada para obter sinal televisivo é através de
captação de sinal analógico de TV (96,7%), seguido de uso de parabólica (1,8%) e de TDT
(1,1%). As tabelas seguintes apresentam os dados que foram abordados (questão 9,
consultar tabela 24).
Tabela 22. P.7. O pacote de televisão paga que tem no seu lar inclui...?
N %
Apenas o serviço de televisão 155 23,7
Televisão e telefone fixo 75 11,5
Televisão e Internet 85 13,0
Televisão, telefone fixo e Internet 337 51,5
Ns/Nr 3 ,5
Total 655 100,0
Total 1205 100,0
Tabela 23. P.8. Diga‐me, por favor, quanto paga, ao todo, pelo pacote que tem subscrito?
N 655
Mínimo 12,9
Máximo 999,9
Média 212,3
Desvio‐padrão 366,0
Tabela 24. P.9. Qual o tipo de acesso à televisão gratuita no seu agregado familiar?
%
Analógica, sem TV por subscrição 525 96,7
Televisão digital terrestre 5 1,1
Parabólica gratuita 10 1,8
Outro tipo 1 0,2
Ns/ Nr 4 0,7
Acerca de outros produtos ou serviços existentes no lar, foi questionado a todos os
participantes se possuíam telefone fixo, telemóvel, desktop, laptop, plasma/ LCD, home‐
cinema e internet, sendo questionado ainda, a quem possui internet, a frequência de uso da
22
23. mesma no lar. Assim, 93,3% dos participantes possuem pelo menos um telemóvel, 60,1%
têm telefone fixo em casa, 57,9% têm acesso à internet, 52,7% têm um computador portátil
e 32,1% um computador de secretária, enquanto que 31,0% afirmaram ter um televisor
plasma/LCD e 8,5% um sistema de home‐cinema (questão 10A, consultar tabela 25).
Em termos de frequência de uso de internet no lar, a maioria dos participantes
refere aceder a este serviço todos os dias (53,0%), seguido por 15,4% dos participantes a
referirem aceder à internet 3 a 4 vezes por semana, 13,7% referem nunca ter
experimentado e 1,9% não respondem ou não sabem (questão 10B, consultar tabela 26)
Tabela 25. P.10A. Vou agora ler‐lhe alguns produtos ou serviços. Para cada um, gostaria que me
dissesse se existe no seu lar?
N %
Telefone fixo Não 478 39,9
Sim 720 60,1
Telemóvel Não 80 6,7
Sim 1118 93,3
Desktop Não 814 67,9
Sim 384 32,1
Laptop Não 567 47,3
Sim 631 52,7
Plasma/ LCD Não 827 69,0
Sim 371 31,0
Home Cinema Não 1096 91,5
Sim 102 8,5
Internet Não 504 42,1
Sim 694 57,9
Nenhum Não 1168 97,5
Sim 30 2,5
Tabela 26. P.10B. Indique‐me, por favor, com que frequência utiliza a Internet?
N %
Todos os dias 368 53,0
3 a 4 vezes por semana 107 15,4
1 a 2 vezes por semana 61 8,8
Pelo menos uma vez por mês 31 4,5
Menos do que uma vez por mês 19 2,7
Nunca experimentei 95 13,7
Ns/Nr 13 1,9
23
24. Analisando os hábitos de consumo televisivo, os dados indicam que em média os
sujeitos da amostra assistem a cerca de 45 minutos diários de televisão, variando este valor
entre os 18 e 92 minutos por dia (questão 11, consultar tabela 27).
De entre os diversos canais televisivos ao dispor da amostra, o canal eleito como o
mais visto é a TVI com uma percentagem de 33,2% (n=400), seguido pela SIC (27,5%, n=331)
e RTP1 (26,8%, n=323) (questão 12, consultar tabela 28).
Quando questionados sobre se gostariam de ter mais canais televisivos, 86,9% dos
participantes responderam negativamente, assumindo os canais já existentes como
suficientes, e 13,1% responderam de modo afirmativo, evidenciando interesse em poder
usufruir de mais canais de TV (questão 13, consultar tabela 29). De entre os canais que não
possuem em casa mas que gostariam de usufruir, os participantes no inquérito elegeram,
por ordem de prioridade, a Sport TV, a Fox, Hollywood e Telecine (questão 14, consultar
tabela 30).
No que respeita ainda a satisfação com a qualidade de imagem e som da emissão de
televisão que possuem em casa, 83,9% dos inquiridos referiram que estão satisfeitos ou
muito satisfeitos (pontuação de 7 a 10, numa da escala de satisfação que variou entre 0 e 10
valores), 1,9% referiram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos com este aspecto
(pontuação de 1 a 4, numa escala de satisfação de 0 a 10 valores) e 13,6% manifestaram
estar moderadamente satisfeitos (5 e 6 valores)(questão 16, consultar tabela 31). As tabelas
seguintes apresentam os dados alcançados nas questões já abordadas neste parágrafo:
questão 11, 12, 13, 14 e 16.
Tabela 27. P.11. Diga‐me, por favor, aproximadamente quanto tempo por dia passa a ver televisão?
VALOR EM MINUTOS
N 1198
Mínimo 10
Máximo 9999
Média 946,7
Desvio‐padrão 2659,9
24
25. Tabela 28. P.12. Qual é o canal que vê com maior frequência?
1º mais visto 2º mais visto 3º mais visto
N % N % N %
RTP1 219 18,3 197 16,4 323 27,0
RTP2 34 2,8 61 5,1 68 5,7
SIC 250 20,9 331 27,6 227 18,9
TVI 400 33,4 247 20,6 155 12,9
SIC Notícias 56 4,7 37 3,1 25 2,1
RTPN 6 ,5 13 1,1 15 1,3
TVI24 6 ,5 9 ,8 11 ,9
SIC Radical 6 ,5 16 1,3 17 1,4
SIC Mulher 10 ,8 13 1,1 16 1,3
SportTV 32 2,7 18 1,5 17 1,4
Benfica TV 2 ,2 7 ,6 4 ,3
EuroSport 4 ,3 7 ,6 7 ,6
AXN 45 3,8 50 4,2 39 3,3
FOX 31 2,6 48 4,0 35 2,9
Hollywood 26 2,2 24 2,0 37 3,1
Discovery 11 ,9 9 ,8 3 ,3
Odisseia 2 ,2 4 ,3 6 ,5
TV Record 6 ,5 2 ,2 2 ,2
RTP Memória 2 ,2 7 ,6 4 ,3
Fox Life 3 ,3 5 ,4 2 ,2
Panda 3 ,3 2 ,2 2 ,2
Canais TeleCine 5 ,4 3 ,3 5 ,4
MTV 5 ,4 4 ,3 3 ,3
Nenhum 5 ,4 41 3,4 108 9,0
Outro canal 15 1,3 19 1,6 12 1,0
Ns/Nr 14 1,2 24 2,0 52 4,3
Total 1198 100,0 1198 100,0 1198 100,0
Total 1205 100,0 1205 100,0 1205 100,0
Tabela 29. P.13. Gostaria de ter mais canais de televisão?
N %
Não 1041 86,9
Sim 157 13,1
Total 1198 100,0
25
26.
Tabela 30. P.14. E que canais gostaria de receber em sua casa? Por favor indique até três canais que
preferia receber em casa, por ordem de prioridade
1ª Referência 2ª Referência 3ª Referência
N % N % N %
TVI 2 1,3 0 0 0 0
SIC Notícias 2 1,3 1 0,6 2 1,3
RTP1 0 0 1 0,6 0 0
SIC 0 0 1 0,6 0 0
TVI24 1 ,6 0 0 0 0
SIC Mulher 2 1,3 2 1,3 3 1,9
SIC Radical 0 0 0 0 1 0,6
SportTV 45 28,7 10 6,4 4 2,5
EuroSport 2 1,3 2 1,3 0 0
AXN 14 8,9 7 4,5 3 1,9
FOX 7 4,5 15 9,6 0 0
Hollywood 8 5,1 8 5,1 4 2,5
Discovery 4 2,5 0 0 2 1,3
Odisseia 2 1,3 2 1,3 2 1,3
National Geographic 2 1,3 2 1,3 3 1,9
TV Globo 5 3,2 2 1,3 1 0,6
TV Record 1 ,6 0 0 0 0
RTP Memória 1 ,6 0 0 0 0
Panda 5 3,2 2 1,3 2 1,3
Canais TeleCine 9 5,7 6 4,5 4 2,5
MTV 4 2,5 4 2,5 2 1,3
Outras respostas 16 10,2 16 10,2 10 6,4
Nenhum 0 0 28 17,8 52 33,1
Ns/Nr 25 15,9 45 28,7 62 39,5
Total 157 100,0 157 100 157 100
Não se aplica 1048 - 1048 ‐ 1048 ‐
Total 1205 100,0 1205 100,0 1205 100,0
26
27.
Tabela 31. P.16. Até que ponto está satisfeito com a qualidade de imagem e som da emissão de
televisão que recebe em sua casa?
N %
0 ‐ Completamente insatisfeito 1 ,1
2 4 ,3
3 11 ,9
4 7 ,6
5 61 5,1
6 102 8,5
7 256 21,4
8 343 28,6
9 161 13,4
10 ‐ Completamente satisfeito 246 20,5
Ns/Nr 6 ,5
Total 1198 100
Total 1205 100,0
Gráfico 3. Questão 16: Até que ponto está satisfeito com a qualidade de imagem e som da emissão de
televisão que recebe em sua casa? 0 significa nada satisfeito e 10 significa totalmente satisfeito –
reformular gráfico, que deve ser de barras
27
28. Ainda, perguntou‐se a todos os participantes como costumam ver programas de TV,
vídeo ou filmes, sendo que 95,1% responderam ver estes conteúdos através de um ecrã de
TV, 12,6% através do computador, 2,2% através do telemóvel e 1,5% através de outros
dispositivos multimédia (questão 15, consultar tabela 32 ). As tabelas seguintes apresentam
os dados alcançados para estas variáveis.
Tabela32 . P.15. Diga‐me, por favor, costuma ver programas de televisão, vídeos ou filmes...?
N %
Ecrã Telemóvel 26 2,2
Ecrã Computador 151 12,6
Ecrã Dispositivos Multimédia 18 1,5
Ecrã Televisor 1139 95,1
No que se refere à TV digital, conhecimento sobre a mesma e opiniões, foi pedido
aos sujeitos da amostra que apresentassem a sua opinião (positiva ou negativa) em relação
a alguns aspectos como o preço de TV digital, se consideram caro ou barato; a qualidade do
serviço, se consideram ser um serviço de confiança ou não e ainda se consideram
conveniente ou inconveniente; a usabilidade do serviço, se consideram ser um serviço fácil
ou difícil de usar. Os dados indicam que 87,2% dos inquiridos concordam que a TV digital
tem maior qualidade de imagem e som, 79,2% concordam que se trata de um serviço de
confiança, 74,5% concordam que é um serviço conveniente, 67,4% concordam que este é
um serviço fácil de instalar, 41,9% concordam que a TV digital é um serviço caro e 32,8% são
de opinião que este serviço tem um preço acessível (questão 18, consultar tabela 33). De
notar que esta questão foi colocada aos que responderam “sim” à pergunta 6.A. “Já ouviu
falar de TV digital?”.
O interesse neste serviço foi analisado através de uma escala de 0 a 10 valores (em
que 0 significa “nada interessado” e 10 significa “muito interessado”), sendo que as
respostas dos participantes variaram entre os pontos extremos da escala. Desta forma, 2,4%
dos inquiridos que antes responderam receber TV em sinal aberto (n = 525) não possuem
qualquer interesse em TV digital (ponto extremo negativo) e 8,6% destes têm muito
interesse neste serviço (ponto extremo positivo). Em termos de percentagem de respostas
positivas a esta questão, 85,3% dos inquiridos respondem ter interesse ou muito interesse
no serviço de TV digital (valores entre 5 e 10 da escala) e 8,6% dos participantes manifestam
não ter interesse ou ter pouco interesse na TV digital (valores entre 0 e 4 da escala), com
28
29. 6,2% a optarem por não responder a esta questão (questão 19, consultar tabela 34). As
tabelas seguintes apresentam os dados relativos às questões 18 e 19.
Tabela 33. P.18. Nesta lista estão presentes alguns pares de frases que poderão ser aplicadas à TV
digital. Para cada um desses pares, gostaria que me dissesse com qual concorda mais.
N %
Mais qualidade de imagem e som 479 87,2
Imagem e som de má qualidade 11 2,0
Ns/Nr 59 10,7
De confiança 435 79,2
Não é de confiança 25 4,6
Ns/Nr 89 16,2
Fácil de instalar e usar 370 67,4
Complicado de instalar e de usar 59 10,7
Ns/Nr 120 21,9
Conveniente 409 74,5
Inconveniente 38 6,9
Ns/Nr 102 18,6
Preço acessível 180 32,8
Caro 230 41,9
Ns/Nr 139 25,3
Total 1205 -
Gráfico 4. Questão 18
29
30.
Tabela 34. P.19. Até que ponto está interessado, de uma forma geral, na TV Digital?
N %
0 ‐ Nada interessado 13 2,4
1 6 1,1
2 5 ,9
3 14 2,6
4 9 1,6
5 72 13,1
6 75 13,7
7 83 15,1
8 145 26,4
9 46 8,4
10 ‐ Muito interessado 47 8,6
Ns/Nr 34 6,2
Total 549 100,0
Não se aplica 656 54,4
Total 1205 100,0
Gráfico 5. Questão 19.
% %
Com base no instrumento desenvolvido por Venkatesh, Morris, Davis & Davis (2003)
para suporte da Teoria Unificada de Aceitação e Uso de Tecnologia (Unified Theory of
Acceptance and Use of Technology ‐ UTAUT), solicitou‐se a cada inquirido que manifestasse
sua concordância com um conjunto de afirmações, visando aferir qual dos factores da
30
31. UTAUT têm maior poder explicativo neste caso específico a adopção de TV digital por parte
da população Portuguesa (questão 20, consultar tabela 35). De recordar que estes autores
defendem que a expectativa de performance, expectativa de esforço, influência social e
condições de facilitação são determinantes directos da intenção de uso e comportamentos
de adopção de inovações – mais detalhes sobre este instrumento nos anexos.
Tabela 35. D.20) Diga‐nos até que ponto concorda com cada uma das afirmações:
Discorda Discorda Não Concorda Concorda NS/NR
Completa concorda completa‐
‐mente nem mente
discorda
% % % % % %
1. TV digital é uma inovação útil 1,4 5,4 19,4 46,9 8,4 18,4
2. TV digital é melhor do que TV 1,1 3,1 14,7 40,6 16,1 24,5
analógica
3. Com TV digital vejo mais horas de 8,1 21,6 26,2 19,4 5,1 19,5
TV
4. Instalar TV digital é fácil 2,5 6,9 21,6 27,9 5,7 35,4
5. Aprender a usar TV digital é rápido 1,6 5,5 19,9 34,6 4,9 33,4
6. TV digital é simples de usar 1,5 5,5 20,6 32,8 6,2 33,4
7. Pessoas próximas já me 11,8 26,4 18,7 22,1 2,4 16,9
recomendaram ter TV digital
8. Quem vendar caixa descodificadora 0,6 3,3 14,7 43,8 14,7 23,0
ou TV digital deve ajudar‐me a usá‐lo
9. As campanhas de comunicação do 11,1 21,5 22,0 15,7 4,2 25,6
Estado convenceram‐me a ter TV
digital em casa
10. Sei como usar TV digital 10,8 21,0 17,4 25,0 6,1 19,8
11. TV digital é compatível com 1,6 7,3 18,9 26,9 7,3 38,1
outros equipamentos: TV, gravadores
de video, DVDs
12. Sei que há técnicos que dão 2,2 9,1 16,4 33,9 5,0 33,4
assistência a quem tem dificuldade
em instalar/usar TV digital
13. TV digital traz‐me benefícios 1,9 7,9 23,8 30,8 6,7 28,9
14. TV digital torna a TV mais 1,3 5,8 22,2 36,2 10,5 23,9
interessante
15. TV digital é algo que me agrada 1,7 6,8 25,0 38,6 8,2 19,7
16. Consigo usar TV digital mesmo 4,6 13,3 23,4 26,5 4,8 27,5
sem ter alguém que me ajude
17. Consigo usar TV digital se tiver 3,5 10,5 24,0 31,3 4,3 26,4
tempo para aprender sozinho como
funciona
18. Consigo usar TV digital se tiver 1,8 9,2 22,0 38,4 6,2 22,5
apoio de alguém que venha a casa
19. Sinto‐me apreensivo em relação à 8,0 24,8 24,0 20,0 4,5 18,7
TV digital
20. Hesito em usar TV digital por ter 11,9 28,9 21,2 14,3 2,4 21,4
receio de carregar nalgum botão que
estrague a TV
21. TV digital é algo que me intimida 13,9 28,6 21,5 14,1 2,6 19,2
31
32. A questão 21 pergunta aos indivíduos que já possuem TV digital, até que ponto
estão satisfeitos com esta tecnologia de distribuição de sinal de televisão, numa escala de 1
a 10. Os resultados indicam que a maioria dos sujeitos está satisfeito com a sua TV digital
(85%) (ver tabela 36).
Tabela 36. P.21. Até que ponto está satisfeito com a actual TV Digital que tem em sua casa?
N %
0 ‐ Desiludiu‐me muito 1 ,2
2 1 ,2
4 2 ,4
5 19 4,1
6 44 9,5
7 75 16,3
8 157 34,1
9 54 11,7
10 ‐ Superou em muito as 63 13,7
minhas expectativas
Ns/Nr 45 9,8
Total 461 100,0
Gráfico 6. P.21. Até que ponto está satisfeito com a actual TV Digital que tem em sua casa?
32
33. Ainda sobre os processos técnicos implicados no serviço de TV digital, perguntou‐se
aos inquiridos que já ouviram falar de TDT (n = 329) se sabem o que fazer para ter TDT em
casa, ao qual 64,7% responderam não saber e 35,3% responderam saber o que fazer
(questão 24, consultar tabela 39).
Importante ainda foi averiguar se os televisores em casa são compatíveis com a TDT
e se os inquiridos sabem se a respectiva zona de residência tem cobertura de TDT. De notar
que a base para estas perguntas foram os 329 inquiridos que responderam ter
conhecimento da TDT (P.6): destes, 54,4% responderam que a sua TV é compatível, 8,5%
responderam negativamente e 37,1% referem não saber se é compatível ou não com a TDT.
Relativamente à cobertura de TDT, 68,1% destes participantes referiram não saber se a sua
zona de residência tem cobertura, 23,1% afirmaram que a sua zona de residência tem
cobertura e 8,8% afirmaram que a sua zona não tem cobertura de TDT (questões 22 e 23,
consultar tabelas 37 e 38).
Tabela 37. P.22. Sabe se a sua televisão actual é compatível, isto é, se pode receber o sinal da
Televisão Digital Terrestre (TDT)?
N %
Sim, é compatível 179 54,4
Não, não é compatível 28 8,5
Não sei se é compatível ou não 122 37,1
Total 329 100,0
Tabela 38. P.23. Sabe se a sua zona de residência já tem cobertura TDT?
N Percent
Sim, tem cobertura 76 23,1
Não, não tem cobertura 29 8,8
Não sei se tem cobertura ou não 224 68,1
Total 329 100,0
Tabela 39. P.24. Sabe o que tem de fazer para poder receber a TDT em sua casa?
N %
Sim, sei 116 35,3
Não, não sei 213 64,7
Total 329 100,0
33
34. Os participantes no inquérito foram convidados a indicar quais os procedimentos
necessários para ter TDT em casa. A base dos respondentes a esta questão foi mais uma vez
os 329 inquiridos que antes afirmaram já ter ouvido falar em TDT (P.6.). Assim, 35,3% destes
inquiridos afirmaram que devem adaptar a antena para receber TDT, 69,3% referiram a
necessidade de ter uma caixa descodificadora, 31,3% referiram precisar de adquirir uma
nova TV e 8,8% identificaram a necessidade de ter um sistema de home‐cinema para
receber TDT em casa (questão 25, consultar tabela 40).
Tabela 41. P.25. Vou agora ler‐lhe alguns procedimentos. Gostaria que me dissesse quais deles
considera que serão necessários para que possa receber a TDT em sua casa?
N %
NÃO 94 28,6
Adaptar a minha antena/ antena do prédio SIM 116 35,3
NS/NR 119 36,2
NÃO 19 5,8
Ter uma set‐top box/ Caixa descodificadora SIM 228 69,3
NS/NR 82 24,9
NÃO 137 41,6
Comprar um novo televisor SIM 103 31,3
NS/NR 89 27,1
NÃO 187 56,8
Ter um sistema de home‐cinema SIM 29 8,8
NS/NR 113 34,3
Sobre o processo de switchover, procedimentos e conhecimento acerca do mesmo,
todos os inquiridos foram questionados se sabem para que ano está previsto o desligamento
do sinal analógico. Os dados indicam que a vasta maioria dos inquiridos não sabe quando
será realizado o processo de switchover (85,4%) e apenas 7,8% indicam correctamente o ano
do mesmo (questão 26, consultar tabela 42).
No que respeita a opinião dos inquiridos sobre este processo, foi solicitado a todos
que indicassem o grau de concordância com algumas frases, tendo as seguintes frases sido
cotadas com um maior grau de concordância: “ A minha principal preocupação são os custos
que vou ter com esta mudança”(60,6%), “Acho que este processo devia ser mais demorado
dando oportunidades pessoas para adquirirem mais informação”(53,5%); “Estou preocupado
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36. A minha principal preocupação são os 1,3 6,8 18,4 37,4 23,2 12,8
custos que vou ter com esta mudança
Estou preocupado com as questões 2,2 12,2 22,1 36,5 13,3 13,8
práticas como ter uma nova antena ou
cablagem e um novo equipamento a
funcionar
Não acredito que vão desligar o sinal 2,6 11,9 33,3 22,3 4,3 25,6
analógico em 2012
Figura 8. Questão 27. Diga‐nos até que ponto concorda com cada uma das afirmações
No que respeita os equipamentos adquirir proximamente por parte dos inquiridos
que recebem em exclusivo TV em sinal aberto (n = 525), 45,5% optaram por não responder
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