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Do sono ao sonho Dormir é uma das coisas mais complexas que o ser humano faz Escola António Arroio Beatriz Serrão 11F
Características do sono A pessoa que está a dormir  fica inconsciente para a maior parte das coisas que acontecem à sua volta.  A maior diferença entre alguém que está adormecido e alguém que desmaiou ou que está em coma é o facto de que a pessoa que está a dormir pode ser acordada se o estímulo externo for forte o suficiente. Se alguém gritar ou acender uma luz forte, ela vai acordar.
Por que precisamos de dormir? Ninguém sabe ao certo por que dormimos. Existem várias teorias: o sono dá ao corpo a hipótese de recuperar os músculos e outros tecidos, substituindo as células mortas ou velhas;  o sono serve para que o cérebro organize e arquive as memórias. Acredita-se que os sonhos são uma parte desse processo; 
O sono e o cérebro Estágios Quando dormimos, passamos por 5 estágios de sono;  O primeiro é um sono leve no qual é fácil acordar; No segundo estágio, o sono é um pouco mais profundo; Os estágios 3 e 4 representam o nosso sono mais profundo. A nossa actividade cerebral durante esses estágios é gradualmente reduzida até ao sono profundo;  Aproximadamente 90 minutos depois de irmos dormir e depois do quarto estágio de sono, começamos o sono REM. O quinto estágio é caracterizado pelo movimento rápido dos olhos. Ondas cerebrais O nosso cérebro comunica através de quatro tipo de ondas cerebrais; Teta (de 4 a 7 ciclos por segundo) está presente no estágio 1, quando estamos com sono leve.  As ondas alfa, funcionam de 8 a 13 ciclos por segundo, ocorre durante o sono REM; Delta é o mais lento (de 0 a 4 ciclos por segundo) e está inserido no sono profundo.  E as ondas beta, que representam os ciclos mais rápidos de 13 a 40 por segundo, são apenas” vistas “em situações de muito stress ou situações que exigem muita concentração. Estas quatro ondas cerebrais são registadas pelo electro-encefalograma (EEG). 
Sonhos Os sonhos contam uma história. São como um programa de televisão, com cenas, elementos visuais e personagens; Os sonhos são egocêntricos. Quase sempre envolvem-nos; Os sonhos incorporam coisas que aconteceram connosco recentemente, estão também  relacionados com os nossos medos e desejos mais profundos.  Um barulho no ambiente também pode ser incorporado no sonho, o que reforça a ideia de que os sonhos são simplesmente a resposta do cérebro aos impulsos aleatórios.  Geralmente não se pode controlar um sonho. Na verdade, os sonhos enfatizam a nossa falta de controlo e impossibilidade de correr ou gritar. No entanto, existem os sonhos vividos que podem ser controlados. Sonhar é importante.
Sonhos vividos O sonho vívido é uma capacidade que se desenvolve e ocorre quando estamos a sonhar. A pessoa apercebe-se que está a sonhar e é capaz de controlar o que acontece no sonho, tudo enquanto ainda está a dormir.
Filosofia do sonho De acordo com Nietzsche, na época inicial da cultura, o homem acreditava que estava  a descobrir um segundo mundo real no sonho, e, a partir daí, começou a origem de toda a metafísica. Sem sonhos, os humanos nunca teriam motivo para inventar essa divisão do mundo. A separação da alma e do corpo segue a mesma linha de interpretação de sonhos; assim como a ideia do corpo separado da alma, de onde surgiram todas as crenças em fantasmas e provavelmente nos deuses também. 
Curiosidades A maioria dos sonhos duram de 5 a 20 minutos. Embora talvez não se lembrem, todos sonhamos várias vezes por noite. De facto, durante a vida, passamos aproximadamente seis anos a sonhar; As pessoas que são cegas de nascença têm sonhos que são formados pelos seus outros sentidos ; Os elefantes (e alguns outros animais) dormem em pé durante o sono NREM, mas deitam-se no sono REM( para sonhar)
Teorias sobre o sonho Carl Jung: Sonhar permite-nos reflectir sobre nossos "eus" e resolver os nossos problemas ou examinar questões. Allan Hobson e Robert McCarley Os sonhos eram simplesmente o resultado de impulsos eléctricos aleatórios que puxavam imagens dos traços de experiência armazenadas na memória. Eles criaram a hipótese de que essas imagens não formam histórias de que nos lembramos como os nossos sonhos. Ao invés disso, as nossas mentes despertas, numa tentativa de fazer com que as imagens tenham sentido, criam histórias sem nós mesmos percebermos, simplesmente porque o cérebro quer dar sentido ao que ele experimentou. Esta teoria, conhecida como a hipótese da síntese-activação, criou uma grande abertura na área da pesquisa dos sonhos, resistiu ao teste do tempo e é ainda uma das teorias de sonhos mais aceites
Dizem que 5 minutos depois do fim de um sonho, esquecemos 50% do seu conteúdo. Dez minutos mais tarde, esquecemos 90% de seu conteúdo Freud Criou a teoria de que esquecemos os sonhos porque eles contêm  os nossos pensamentos e desejos reprimidos, portanto, não iríamos querer lembrá-los de qualquer maneira. Outra pesquisa aponta para a simples razão de que outras coisas entram no caminho. Estamos sempre a pensar, então, lembra  alguma coisa quando acordamos é difícil. L.Strumpell Acreditava que várias coisas contribuíam para não sermos capazes de lembrar os sonhos. Em primeiro lugar, dizia que muitas coisas são rapidamente esquecidas quando acordamos ,como as sensações físicas. Também considerou o facto de muitas imagens do sonho não serem tão intensas e, consequentemente, seriam facilmente esquecidas. Uma outra razão, provavelmente a mais forte das suas teorias, é que tradicionalmente aprendemos as coisas e lembramo-nos delas tanto por associação quanto por repetição. Como, em geral, os sonhos são únicos e de algum modo vagos, é uma razão para não conseguirmos lembrá-los.
Ao longo da história, inventores, escritores, artistas e cientistas resolveram os problemas nos seus sonhos. Kekulé, o químico alemão que descobriu a estrutura da molécula do benzeno, trabalhou incansavelmente para imaginá-la. Num sonho, ele viu cobras formando círculos com as suas caudas na boca. Quando ele acordou, percebeu que a molécula de benzeno era diferente de todos os outros componentes orgânicos conhecidos, tinha uma estrutura circular em vez de linear. O inventor da máquina de costura, Elias Howe,  esforçou-se (em 1884) para imaginar como a agulha poderia funcionar numa máquina de costura. Num sonho, ele estava cercado por tribos nativas com lanças que tinham um buraco na ponta. Quando ele acordou, percebeu que uma agulha com um buraco na ponta resolveria o seu problema. MaryShelly, autora de "Frankenstein," teve a ideia da história a partir de um sonho. Muitos músicos, incluindo Paul McCartney, Billy Joel e Beethoven, encontravam inspiração para sua música nos seus sonhos.
Não o sonho Talvez sejas a breve recordação de um sonho de que alguém (talvez tu) acordou (não o sonho, mas a recordação dele), um sonho parado de que restam apenas imagens desfeitas, pressentimentos. Também eu não me lembro, também eu estou preso nos meus sentidos sem poder sair. Se pudesses ouvir, aqui dentro, o barulho que fazem os meus sentidos, animais acossados e perdidos tacteando! Os meus sentidos expulsaram-me de mim, desamarraram-me de mim e agora só me lembro pelo lado de fora. Manuel António Pina, in "Atropelamento e Fuga"

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Do Sono ao Sonho

  • 1. Do sono ao sonho Dormir é uma das coisas mais complexas que o ser humano faz Escola António Arroio Beatriz Serrão 11F
  • 2. Características do sono A pessoa que está a dormir fica inconsciente para a maior parte das coisas que acontecem à sua volta. A maior diferença entre alguém que está adormecido e alguém que desmaiou ou que está em coma é o facto de que a pessoa que está a dormir pode ser acordada se o estímulo externo for forte o suficiente. Se alguém gritar ou acender uma luz forte, ela vai acordar.
  • 3. Por que precisamos de dormir? Ninguém sabe ao certo por que dormimos. Existem várias teorias: o sono dá ao corpo a hipótese de recuperar os músculos e outros tecidos, substituindo as células mortas ou velhas;  o sono serve para que o cérebro organize e arquive as memórias. Acredita-se que os sonhos são uma parte desse processo; 
  • 4.
  • 5. O sono e o cérebro Estágios Quando dormimos, passamos por 5 estágios de sono; O primeiro é um sono leve no qual é fácil acordar; No segundo estágio, o sono é um pouco mais profundo; Os estágios 3 e 4 representam o nosso sono mais profundo. A nossa actividade cerebral durante esses estágios é gradualmente reduzida até ao sono profundo; Aproximadamente 90 minutos depois de irmos dormir e depois do quarto estágio de sono, começamos o sono REM. O quinto estágio é caracterizado pelo movimento rápido dos olhos. Ondas cerebrais O nosso cérebro comunica através de quatro tipo de ondas cerebrais; Teta (de 4 a 7 ciclos por segundo) está presente no estágio 1, quando estamos com sono leve. As ondas alfa, funcionam de 8 a 13 ciclos por segundo, ocorre durante o sono REM; Delta é o mais lento (de 0 a 4 ciclos por segundo) e está inserido no sono profundo. E as ondas beta, que representam os ciclos mais rápidos de 13 a 40 por segundo, são apenas” vistas “em situações de muito stress ou situações que exigem muita concentração. Estas quatro ondas cerebrais são registadas pelo electro-encefalograma (EEG). 
  • 6. Sonhos Os sonhos contam uma história. São como um programa de televisão, com cenas, elementos visuais e personagens; Os sonhos são egocêntricos. Quase sempre envolvem-nos; Os sonhos incorporam coisas que aconteceram connosco recentemente, estão também relacionados com os nossos medos e desejos mais profundos.  Um barulho no ambiente também pode ser incorporado no sonho, o que reforça a ideia de que os sonhos são simplesmente a resposta do cérebro aos impulsos aleatórios.  Geralmente não se pode controlar um sonho. Na verdade, os sonhos enfatizam a nossa falta de controlo e impossibilidade de correr ou gritar. No entanto, existem os sonhos vividos que podem ser controlados. Sonhar é importante.
  • 7. Sonhos vividos O sonho vívido é uma capacidade que se desenvolve e ocorre quando estamos a sonhar. A pessoa apercebe-se que está a sonhar e é capaz de controlar o que acontece no sonho, tudo enquanto ainda está a dormir.
  • 8. Filosofia do sonho De acordo com Nietzsche, na época inicial da cultura, o homem acreditava que estava a descobrir um segundo mundo real no sonho, e, a partir daí, começou a origem de toda a metafísica. Sem sonhos, os humanos nunca teriam motivo para inventar essa divisão do mundo. A separação da alma e do corpo segue a mesma linha de interpretação de sonhos; assim como a ideia do corpo separado da alma, de onde surgiram todas as crenças em fantasmas e provavelmente nos deuses também. 
  • 9. Curiosidades A maioria dos sonhos duram de 5 a 20 minutos. Embora talvez não se lembrem, todos sonhamos várias vezes por noite. De facto, durante a vida, passamos aproximadamente seis anos a sonhar; As pessoas que são cegas de nascença têm sonhos que são formados pelos seus outros sentidos ; Os elefantes (e alguns outros animais) dormem em pé durante o sono NREM, mas deitam-se no sono REM( para sonhar)
  • 10. Teorias sobre o sonho Carl Jung: Sonhar permite-nos reflectir sobre nossos "eus" e resolver os nossos problemas ou examinar questões. Allan Hobson e Robert McCarley Os sonhos eram simplesmente o resultado de impulsos eléctricos aleatórios que puxavam imagens dos traços de experiência armazenadas na memória. Eles criaram a hipótese de que essas imagens não formam histórias de que nos lembramos como os nossos sonhos. Ao invés disso, as nossas mentes despertas, numa tentativa de fazer com que as imagens tenham sentido, criam histórias sem nós mesmos percebermos, simplesmente porque o cérebro quer dar sentido ao que ele experimentou. Esta teoria, conhecida como a hipótese da síntese-activação, criou uma grande abertura na área da pesquisa dos sonhos, resistiu ao teste do tempo e é ainda uma das teorias de sonhos mais aceites
  • 11. Dizem que 5 minutos depois do fim de um sonho, esquecemos 50% do seu conteúdo. Dez minutos mais tarde, esquecemos 90% de seu conteúdo Freud Criou a teoria de que esquecemos os sonhos porque eles contêm os nossos pensamentos e desejos reprimidos, portanto, não iríamos querer lembrá-los de qualquer maneira. Outra pesquisa aponta para a simples razão de que outras coisas entram no caminho. Estamos sempre a pensar, então, lembra alguma coisa quando acordamos é difícil. L.Strumpell Acreditava que várias coisas contribuíam para não sermos capazes de lembrar os sonhos. Em primeiro lugar, dizia que muitas coisas são rapidamente esquecidas quando acordamos ,como as sensações físicas. Também considerou o facto de muitas imagens do sonho não serem tão intensas e, consequentemente, seriam facilmente esquecidas. Uma outra razão, provavelmente a mais forte das suas teorias, é que tradicionalmente aprendemos as coisas e lembramo-nos delas tanto por associação quanto por repetição. Como, em geral, os sonhos são únicos e de algum modo vagos, é uma razão para não conseguirmos lembrá-los.
  • 12. Ao longo da história, inventores, escritores, artistas e cientistas resolveram os problemas nos seus sonhos. Kekulé, o químico alemão que descobriu a estrutura da molécula do benzeno, trabalhou incansavelmente para imaginá-la. Num sonho, ele viu cobras formando círculos com as suas caudas na boca. Quando ele acordou, percebeu que a molécula de benzeno era diferente de todos os outros componentes orgânicos conhecidos, tinha uma estrutura circular em vez de linear. O inventor da máquina de costura, Elias Howe, esforçou-se (em 1884) para imaginar como a agulha poderia funcionar numa máquina de costura. Num sonho, ele estava cercado por tribos nativas com lanças que tinham um buraco na ponta. Quando ele acordou, percebeu que uma agulha com um buraco na ponta resolveria o seu problema. MaryShelly, autora de "Frankenstein," teve a ideia da história a partir de um sonho. Muitos músicos, incluindo Paul McCartney, Billy Joel e Beethoven, encontravam inspiração para sua música nos seus sonhos.
  • 13. Não o sonho Talvez sejas a breve recordação de um sonho de que alguém (talvez tu) acordou (não o sonho, mas a recordação dele), um sonho parado de que restam apenas imagens desfeitas, pressentimentos. Também eu não me lembro, também eu estou preso nos meus sentidos sem poder sair. Se pudesses ouvir, aqui dentro, o barulho que fazem os meus sentidos, animais acossados e perdidos tacteando! Os meus sentidos expulsaram-me de mim, desamarraram-me de mim e agora só me lembro pelo lado de fora. Manuel António Pina, in "Atropelamento e Fuga"