2. o fluxo de caixa é o instrumento que
permite ao administrador financeiro:
planejar, organizar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos financeiros de sua
empresa para um determinado período
3. A administração financeira é a arte e a
ciência de administrar os recursos
financeiros para maximizar a riqueza dos
acionistas (LEMES, RIGO, CHEROBIM,
2002).
4. A partir de um fluxo de caixa projetado a empresa
possui uma ferramenta importante aos administradores
para a tomada de decisões. Após o levantamento dos
dados extraídos de cada departamento da empresa, os
mesmos são tabelados para formar o fluxo projetado.
Com base em períodos anteriores é possível projetar as
receitas e as despesas que irão acontecer no período
projetado.
Assim, após o ocorrido os dados são comparados para
avaliar o que aconteceu com o que havia sido projetado.
Caso ocorra algum fato que não estava previsto, isso faz
com que sejam alterados os dados para o período
projetado.
5. Segundo Lemes, Rigo e Cherobim (2002) a
gestão do caixa é a atividade da administração
financeira que objetiva a otimização dos
recursos financeiros, integrada às demais
atividades da empresa. Assim, a boa
administração do caixa depende da harmonia
entre as saídas e entradas, sendo que pode
haver sobras e faltas de dinheiro, que obrigará o
administrador financeiro a buscar soluções para
resolver situações dessa natureza.
6. O ciclo de caixa é o período em que os recursos
da empresa foram utilizados para o pagamento
dos bens e/ou matérias-primas até o
recebimento pela venda do produto acabado
resultante (LEMES, RIGO e CHEROBIM, 2002).
Assim, o ciclo de caixa depende das políticas
que são adotadas pela empresa e estas devem
ser estabelecidas conforme a necessidade e de
acordo com as demais políticas internas.
7. Ainda, de acordo com Lemes, Rigo e Cherobim (2002),
existem formas para melhorar o ciclo de caixa da
empresa, tais como:
Redução do tempo de compensação da cobrança:
nesse caso é necessário que o administrador procure
minimizar o tempo que ocorre entre o pagamento feito
pelo cliente e a efetiva disponibilização do mesmo ao
caixa da empresa;
Ampliação do tempo de pagamento: essa técnica tem
como objetivo o aumento do prazo para pagamento o
máximo possível, para que se ajuste com as entradas
de caixa de forma a não deixar obrigar o administrador a
buscar recursos fora da empresa a custos mais altos;
8. Redução dos prazos de processamento administrativo:
visa acelerar o processo da entrada de cheques na
tesouraria e a posterior utilização dos mesmos, através
de depósitos bancários;
A aceleração da cobrança de valores a receber: possui
como objetivo principal acelerar o recebimento dos
clientes, mediante descontos pelo pagamento no prazo
ou antecipadamente;
Uso de meios eletrônicos: com a modernização do
sistema bancário, hoje as agências são mais eficientes
facilitando o trabalho dentro das empresas através da
comunicação e agilização do processo de recebimento;
9. As melhores formas de cobrança: existem várias
formas de cobrança que podem ser estudadas e
adaptadas para melhorar a eficácia do processo
de recebimento e de cobrança dos valores a
receber;
Ajustamento conveniente dos vencimentos: as
despesas que são pro visionadas devem ser
ajustadas de acordo com o período em que o
fluxo de caixa é favorável, através de
negociações para definição das datas de
pagamento.
10. Algumas empresas costumam trabalhar com saldos
mínimos em função de o capital circulante ser
insuficiente. Para determinar o saldo mínimo de caixa de
uma empresa, segundo Lemes, Rigo e Cherobim
(2002), devem-se levar em consideração os seguintes
aspectos:
Peculiaridades de cada setor de atividade: isso se refere
aos usos e costumes utilizados no setor, como por
exemplo, vender a prazo;
Previsibilidade das entradas e saídas de caixa: através
de um orçamento de caixa é possível prever as entradas
e saídas mais próximas da realidade da empresa,
através o conhecimento sobre suas operações;
11. Exigências de reciprocidade bancária: por meio
de negociações com as instituições financeiras,
devem-se buscar as alternativas que
proporcionem as menores tarifas financeiras
para a empresa, e que tragam resultados
positivos para as cobranças.
Capacidade de captar recursos próprios ou de
terceiros: uma situação financeira equilibrada
contribui para a empresa na hora de buscar
recursos junto à instituições financeiras, sendo
que estas acompanham a vida da empresa de
perto.
12. Para que as operações internas da
empresa sejam feitas da maneira correta
e para o bom andamento das atividades,
faz-se necessário que os controles
internos sejam eficientes para
acompanhar todo o processo operacional,
cada um em seu departamento.
13. Segundo Attie (1992) as principais características de um bom
controle interno são:
Plano de organização que proporcione segregação de funções
apropriadas das responsabilidades funcionais;
Sistema de autorização e procedimentos de escrituração
adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo,
passivo, receitas, custos e despesas;
Observação de práticas salutares no cumprimento dos deveres e
funções de cada um dos departamentos da organização;
Pessoal com adequada qualificação técnica e profissional, para a
execução de suas atribuições.
Os principais controles internos que podem existir na tesouraria
são, segundo Hoji (2001): fluxo de caixa, disponibilidades,
aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, contas a
receber, contas a pagar, talões de cheques, cheques cancelados,
cheques devolvidos, tarifas bancárias, fundos fixos de caixa,
cheques emitidos e não retirados.
14. Concluindo ...
A análise do fluxo de caixa leva os administradores a
conhecerem a real situação financeira de sua empresa,
pois segundo Matarazzo (1995) a demonstração do
fluxo líquido de caixa permite extrair importantes
informações sobre o comportamento financeiro da
empresa". Daí a importância do fluxo para as empresas.
Podem ser extraídas informações, segundo Matarazzo
(1995), como:
Autofinanciamento das operações (compra produção e
vendas);
Independência do sistema bancário de curto prazo;
Gerar recursos para manter e expandir o nível de
investimentos;
Amortizar dívidas bancárias de curto e de longo prazo.