Este documento descreve uma mesa redonda sobre o Xangô pernambucano, abordando temas antigos e novos como as classificações das formas de culto e as relações entre o Xangô e o Catolicismo. Os apresentadores incluem estudantes e professores da UFPE e UPE e o debatedor é um professor aposentado da UFPE experiente em Antropologia da Religião e religiões afro-brasileiras.
O xangô pernambucano em foco velhos problemas e novas abordagens
1. O Xangô pernambucano em foco: Velhos problemas e novas abordagens.
A presente mesa redonda pretende discutir temas novos e velhos referentes ao Xangô
pernambucano. A própria nomenclatura que se reporta ao implexo da religião dos orixás
no domínio geográfico de Pernambuco, Alagoano e também Paraíba, vem se
modificando, pelo menos desde o princípio do atual milênio, devido a fatores externos
(políticos principalmente) e internos (rituais e litúrgicos) do culto, daí que se pode falar
em Xangô (s) e Candomblé (s) do Recife, ou em sua acepção mais lata, religiões afro-
pernambucanas, considerando as influências do culto dos mestres, caboclos e exus (e
suas variáveis femininas), ressemantizados pelas macumbas cariocas, sem deixar de
lado suas ligações com o catolicismo brasileiro. Dito isso, as comunicações pretendem
tencionar e atualizar temas clássicos tais como as classificações das formas de culto –
Xangô Ortodoxo/Tradicional e Umbandizado; aspectos ligados aos empréstimos e
acomodações hagiológicas entre o Xangô e o Catolicismo e outras inclusões além dessa
dicotomia clássica santos e orixás; corpo e emoções, doenças e as imbricações presentes
nos xangôs.
Apresentadores:
1. Raoni Neri: Graduando do curso de Ciências Sociais (bacharelado) da UFPE e
membro do NERP.
2. Pedro H de O. Germano de Lima: Mestrando em Antropologia pela UFPE;
graduando em História (licenciatura plena) pela UPE/Campus Mata Norte.
3. Gilbraz de Souza Aragão: Professor e pesquisador da Universidade Católica de
Pernambuco
Coordenadora:
Ligia Barros Gama: Doutoranda e mestre em Antropologia pela UFPE e docente da
FBV/De Vry.
Debatedor:
Roberto Mauro Cortez Motta: Professor de antropologia aposentado da UFPE. Possui
graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (1962), mestrado em
Ciências Sociais e Desenvolvimento - Institute of Social Sciences, em Haia, Holanda
(1964) e doutorado em Antropologia - Columbia University (1973), além de pós-
doutorados em Paris, Harvard e Los Angeles. Tem sido professor ou pesquisador,
permanente ou visitante, em várias instituições do Brasil ou do exterior, entre elas a
Universidade Federal de Pernambuco, a Fundação Joaquim Nabuco, as universidades de
Paris V (Sorbonne), Roma II, da Califórnia em Los Angeles, do Center for the Study of
World Religions de Harvard, da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, da
Universidade Estadual da Paraíba, etc. Tem experiência e publicações nas áreas de
Antropologia e Sociologia, com ênfase em Antropologia da Religião, religiões afro-
brasileiras, relações raciais, pensamento social (com ênfase em Max Weber, Roger
Bastide e Gilberto Freyre). Pesquisou também sobre as chamadas "economias
informais" e segue atentamente a evolução dos estudos sobre modernização e
desenvolvimento. Também atua, com alguma frequência, como consultor sobre projetos
2. de pesquisa ou avaliação de trabalhos em ciências sociais, tanto no Brasil como no
exterior.