Este documento resume informações sobre amebíase causada pela Entamoeba histolytica. Apresenta detalhes sobre a taxonomia, morfologia, ciclo de vida, transmissão, patogenia, formas clínicas, diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento da doença.
2. AMEBAS
PARASITOLOGIA BÁSICA
Ordem – Amoebida (tipicamente um só núcleo e
ausência de fase flagelada). Locomoção por pseudópodes.
Gêneros – Entamoeba, Endolimax e Iodamoeba
GÊNERO Entamoeba
Este gênero apresenta espécies que vivem no
intestino grosso do homem ou de animais com raras
exceções.
É caracterizado por possuir núcleo esférico ou
arredondado e vesiculoso.
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3. Gênero Entamoeba
PARASITOLOGIA BÁSICA
Entamoeba histolytica
Diagnosticada pela primeira vez em 1975 em fezes de um
camponês com disenteria aguda;
Presença de hemácias no citoplasma de trofozoítos;
Quadros amebianos invasivos com produção de antígenos
específicos;
Sintomatologia: disenteria amebiana, colite amebiana aguda
ou crônica, abscessos no fígado, pulmões, cérebro;
Ampla distribuição e alta incidência, sobretudo nos trópicos.
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4. Gênero Entamoeba
Mundo, existe aproximadamente
pessoas infectadas;
PARASITOLOGIA BÁSICA
500
milhões
de
Brasil, incidência e prevalência variam nas regiões;
Nordeste, alta incidência de entamoeba tetranucelada,
mas a incidência de abscesso hepático é baixa
(OKAZAKI et al., 1988 ).
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Professora Renata Ramos
5. BIOLOGIA - Morfologia
PARASITOLOGIA BÁSICA
- Entamoeba histolytica:
forma
não-patogênica e forma patogênica
Cistos Entamoeba histolytica
(M, N)
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7. TRANSMISSÃO
PARASITOLOGIA BÁSICA
Ingestão de formas resistentes – cistos – geralmente
com água e alimentos contaminados;
Veiculação por insetos como moscas e baratas;
Falta de higiene domiciliar – disseminação de cistos
dentro da família;
Manipuladores assintomáticos.
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8. Cistos maduros
Ingestão de Cistos
maduros em água e
alimentos
contaminados
PARASITOLOGIA BÁSICA
Excistamento
no intestino
delgado
Trofozoíto no
intestino
grosso
Multiplicação por Fissão Binária
Cisto
CICLO BIOLÓGICO
Trofozoíto
Fezes
Estágio Infectante
Estágio de Diagnóstico
Colonização n-invasiva
Doença Intestinal
Doença Extra-Intestinal
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9. PATOGENIA
PARASITOLOGIA BÁSICA
Amebíase – infecção humana causada pela E. histolytica,
com ou sem manifestação clínica;
Virulência variável de acordo com a cepa, passagens
sucessivas em diversos hospedeiros;
Forma invasiva;
Fatores ligados ao hospedeiro: localização geográfica,
sexo, idade, resposta imune, dieta, alcoolismo;
Bactérias anaeróbias – potencialização da virulência de
cepas de E. histolytica;
Ação tóxica sobre polimorfonucleares;
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10. PATOGENIA
PARASITOLOGIA BÁSICA
Evolução da patogenia – invasão das células epiteliais da mucosa
intestinal e ação lítica através de mecanismos de contato;
Mulheres portadoras assintomáticas – quadro severo durante a
gravidez ou puerpério;
Lesões iniciais – epitélio intestino grosso;
Degeneração celular nos tecidos parasitados;
Processos amebianos com maior freqüência em regiões com trânsito
intestinal mais lento (ceco, sigmóide e reto);
Macroscopicamente: lesões precoces com pontos avermelhados,
formação de pequenas áreas congestas, seguidas de úlceras de
bordos nítidos e necrose.
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11. PATOGENIA
PARASITOLOGIA BÁSICA
Invasão de Tecidos
Circulação Porta
Adesão entre parasito e
célula do epitélio intestinal
Movimentos amebóides e
liberação de enzimas proteolíticas
Multiplicação parasitária
Micro-ulcerações com ulceração
“botão de camisa”
Vasos Sangüíneos
Ameboma
Resposta Inflamatória Proliferativa
Progressão e pequena
reação inflamatória
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13. FORMAS CLÍNICAS
PARASITOLOGIA BÁSICA
Assintomática;
Sintomática:
Amebíase Intestinal
- Invasiva: com sinais e sintomas, trofozoítos
hematófagos nas evacuações, alterações da mucosa,
presença de anticorpos específicos no soro.
- Não-invasiva: decurso assintomático, ausência de
trofozoítos hematófagos nas fezes, aspecto normal da
mucosa, ausência de anticorpos.
Amebíase Extra-intestinal, Amebíase Hepática
Amebíase Cutânea, Amebíase Pulmonar e Cerebral
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14. SINAIS E SINTOMAS
PARASITOLOGIA BÁSICA
Período de incubação – 7dias a 4 meses difícil de ser
determinado;
Grande maioria das infecções assintomáticas (80 a 90%);
Forma sintomática:
- Colite não-disentérica - comum com fezes moles ou
pastosas, podendo conter muco e sangue – funcionamento normal
do intestino;
- Colite disentérica – surge de modo agudo com cólicas
intestinais e diarréia, evacuações mucossanguiniolentas e febre
moderada.
Pode haver perfurações do intestino;
Complicações em até 4% dos casos de perfurações.
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15. DIAGNÓSTICO
PARASITOLOGIA BÁSICA
Clínico: Pode ser confundida, na fase aguda, com disenteria
bacilar, salmoneloses, síndrome do cólon irritado;
Laboratorial:
- Parasitológico: mais utilizado para identificação de
cistos e trofozoítos.
Aspecto e consistência das fezes bem como se
é disentérica e a presença de muco e sangue.
Utilização de laxantes – fezes liquefeitas e,
em muitos casos a positividade.
- Imunológico: ELISA, IFI, Pesquisa de Coproantígenos.
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16. EPIDEMIOLOGIA
PARASITOLOGIA BÁSICA
Ampla distribuição geográfica com altas taxas no Novo
Mundo;
Brasil – altas prevalências em Manaus, Belém, João
Pessoa, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte;
Maiores incidências- África e Ásia;
Diferenças regionais da virulência: doença rara ou
inexistente em regiões frias ou temperadas, com grande
eliminação de cistos tetranucleados nas fezes;
Segunda causa de mortalidade, depois da malária;;
48 milhões de casos com cerca de 70 mil óbitos em 1997.
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17. PROFILAXIA
PARASITOLOGIA BÁSICA
Programas de controle;
Saneamento ambiental;
Exame freqüente de manipuladores de alimentos;
Educação e engenharia sanitária;
Combate a moscas e baratas;
Manter os alimentos protegidos;
Lavar verduras e frutas cruas.
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18. TRATAMENTO
PARASITOLOGIA BÁSICA
Atuação apenas intestinal: Falmonox e Teclosan;
Atuação intestinal e tecidual: associação entre
antibióticos e derivados imidazólicos: Tetraciclinas,
eritromicina, espiramicina + Metronidazol (Flagil), Tinidazol
(Fasigyn), Ornidazol (Tiberal), Senidazol, Nitroimidazol;
Falmonox – portadores assintomáticos;
Amebíase extra-intestinal – metronidazol.
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