Este documento fornece uma definição e descrição detalhada da tuberculose, incluindo sua etiologia, sintomas, transmissão, estágios, diagnóstico, prevenção e tratamento. A tuberculose é uma doença infecciosa comum causada principalmente pelo Mycobacterium tuberculosis que pode ser assintomática ou levar à morbidade e mortalidade. Seu diagnóstico envolve exames de imagem, testes cutâneos e análise de amostras respiratórias, enquanto seu tratamento en
2. Definição
Trata-se de uma doença
importante, na medida em que
é comum em muitos
países, a forma pulmonar é
altamente infecciosa e
porque pode causar
morbilidade e mortalidade
graves, em pessoas de todas
as idades;
3. Definição (Cont.)
A doença pode ter um início silencioso e evoluir
cronicamente ou eclodir de modo intenso e ter um
decurso grave e progressivo;
Isto depende de factores individuais relacionados
com a resistência orgânica ou à existência ou não de
infecção anterior por micobactérias e da imunização
específica, bem como à carga bacilar infectante;
4. Etiologia
Os bacilos da tuberculose
são aeróbios
pertencentes ao género
Mycobacterium e
caracterizam-se por
apresentar a forma de
bastonetes álcool-ácidoresistentes, de aspecto
granular, medindo entre 2
a 5 micro de
comprimento e 0,2 a 0,5
de espessura.
5. Etiologia (Cont.)
O seu habitat é o solo, água doce, estuários.
Só uma minoria
obrigatórios;
são
patogénicos
humanos
Destas duas são particularmente patogénicas para o
ser humano – o M. tuberculosis e o M. bovis.
O M. tuberculosis é o principal agente causador da
tuberculose humana;
6. Epidemologia
Aproximadamente um terço da população mundial
está infectada com tuberculose (20 milhões de
casos activos e 3,3 milhões de óbitos por ano);
Nos países desenvolvidos, a doença afecta
principalmente:
Idosos, predominantemente do sexo masculino;
“Populações marginais” e os imigrantes recentes
de países com alta prevalência de tuberculose;
8. Epidemologia (Cont.)
A tuberculose é mais comum nos países mais pobres
e de piores condições médico-sanitárias (mais
comuns são os países africanos e do Sudoeste
Asiático);
Em Portugal, a incidência foi de 34 por cada 100.000
habitantes no ano 2003;
9. Sintomas
Febre (entre os 37ºC e os 38ºC), acompanhada de
sudação nocturna;
Tosse;
Expectoração (mucosa, purulenta);
Emagrecimento;
Astenia;
Pode ainda manifestar dificuldade na
concentração, irritabilidade;
10. Transmissão
A transmissão processa-se fundamentalmente por via
aérea;
As porções superiores do aparelho respiratório e
digestivo, são as vias mais comuns de eliminação e
entrada do agente infeccioso;
11. Transmissão (Cont.)
Quando
um doente com tuberculose pulmonar
respira, fala, tosse ou espirra pode libertar para o ar
grandes quantidades de bacilos;
Quando inaladas por outro indivíduo, durante a
inspiração, estas partículas de pequeno tamanho, que
contêm um ou mais bacilos, depositam-se nos
pulmões;
As partículas maiores são retidas no nariz e na
traqueia e são eliminadas juntamente com a
expectoração;
12. Transmissão (Cont.)
O contágio pode ser:
Direto
Beijo e pelas
gotículas, que
são eliminadas
durante a
tosse, espirro e
fala.
Indireto
Quando se faz pela
aspiração de poeira
contaminada pelas
expectorações de
doentes
tuberculosos, veiculado
passivamente pelo ar.
14. Tuberculose Primária
É a que ocorre no organismo não infectado por
microbactérias;
Quando é clinicamente evidente causa tosse seca
persistente;
O local da infecção é habitualmente a periferia da
zona média do pulmão;
O foco primário é demasiado pequeno para produzir
sinais anómalos durante o exame físico, mas é
visível na radiografia torácica;
15. Tuberculose Primária (Cont.)
Diagnóstico:
A confirmação do diagnóstico nem sempre é fácil, há
relativamente poucas micobactérias na lesão primária
e estas estão englobadas num granuloma denso;
O diagnóstico é sugerido pelas características gerais e
por sinais e sintomas localizados;
16. Tuberculose Primária (Cont.)
Diagnóstico:
Inicialmente, as queixas do doente podem não ser
valorizadas, pois são inespecíficas e vão-se agravando
ao longo do tempo;
A tuberculose extensa pode causar insuficiência
respiratória;
17. Tuberculose Pós – Primária
Compreende as formas clínicas e anátomo-patológicas
que se instalam no organismo previamente infectado e
dotado de capacidade reaccional imunoalergénica;
Local mais afectado – ápice do pulmão;
Ocorre a destruição progressiva dos tecidos, causando
aumento da debilidade e, eventualmente a morte;
18. Tuberculose Pós – Primária
A doença pode ocorrer depois de um período de tempo
relativamente curto ou depois de muitos anos depois da
tuberculose primária. Pode ser devida a novos
contágios, por reinfecção exógena ou por reactivação
endógena de focos tuberculosos preexistentes, oriundos
da infecção primária.
19. Tuberculose Pós – Primária
Complicações
Broncopneumonia tuberculosa;
Hemoptise (repouso no leito, pessoa deitada do lado
da lesão e verificação do número de plaquetas);
Laringite tuberculosa;
20. Tuberculose Pós – Primária
Diagnóstico:
É muitas vezes evidente, a partir da história e após
observação da radiografia torácica;
A colheita de expectoração é um dos meios mais
utilizados no sentido de confirmar o diagnóstico;
21. Teste de Mantoux
É particularmente aplicável a casos individuais e que
pode ser realizado em diferentes diluições.
23. Tratamento
A tuberculose é uma doença crónica a que corresponde
um tratamento longo;
A terapia inicial para formas não resistentes é feita com
3 ou 4 fármacos:
Isoniazida,
Pirazinamida
Rifampicina
Etambutol
Administrados em associação uma vez ao dia
24. Tratamento (Cont.)
Um dos tratamentos recomendados para infecção
latente da tuberculose é um regime de 9 meses com
Isoniazida ou, como alternativa em algumas
circunstâncias, o regime de 2 meses com Rifampicina
e Pirazinamida.
A duração do tratamento da tuberculose varia de 6
meses até 2-3 anos nos casos de multirresistências;
As taxas de cura são excelentes, mesmo para os
casos mais avançados da doença.
25. Tratamento (Cont.)
Na terapêutica da tuberculose em doentes com
SIDA, pode recorrer-se à vários esquemas:
1. Regime standard;
2. Prolongamento do esquema de tratamento clássico de
tuberculostáticos para um ano;
3. Continuação da Isoniazida após “cura” até ao fim da
vida.
26. Medidas de isolamento para evitar a
transmissão
O doente deve ser instalado num quarto individual;
Quando não há quarto individual, o paciente poderá
partilhar o quarto com outro paciente, mas com infecção
activa pelo mesmo microorganismo (excepto no caso de
suspeita de tuberculose);
É essencial que se mantenha uma distância do doente
superior a um metro;
27. Medidas de isolamento para evitar a
transmissão (Cont.)
É fundamental lavar as
mãos antes e depois de
tocar no paciente;
• Os doentes devem
colocar máscara
cirúrgica e bata sempre
que outras pessoas
entrem no quarto;