1. ANA CAROLINA JORGE STEPHANY THALIA VINÍCIUS
ESCOLA
MAL-ASSOMBRADA
EDITORA BEI
2. ANA CAROLINA JORGE STEPHANY THALIA VINÍCIUS
ESCOLA
MAL-ASSOMBRADA
EDITORA BEI
3. Realização
CICLO II – 2º ANO H
EMEB MÁRIO MARTINS DE ALMEIDA
EDITORA BEI
Direção Editorial
Jamile
Autores:
Ana Carolina Lima Leroi
Jorge Kaue Bernardino Santos
Stephany Almeida Zupa
Thalia Araujo Ernesto Lima
Vinícius Ferreira Teixeira
Adaptação dos textos/Revisão
Jamile
Ana Carolina Moro
Ilustrações
Os autores
Projeto Gráfico
Ana Carolina Moro
EMEB MÁRIO MARTINS DE ALMEIDA
BEI “AYRTON SENNA DA SILVA”
Rua São João, n.133 – Jardim São Paulo
CEP09715-240 – SBCAMPO - SP
Tel. (0XX11) 4127-0721/4127-9001
2012
1ª Edição
1ª impressão
4. Agradecimentos
Agradecemos a professora Jamile
e a Ana da biblioteca por toda ajuda
e apoio na elaboração do livro.
5. Há muitos anos, no final do século XVIII, havia uma escola chamada
SheakespeareVill, uma das melhores escolas dos Estados Unidos, na época. A
escola foi fundada por Katherine Pierce (uma famosa escritora nascida na
Califórnia).
A escola era muito boa até que pessoas a invadiram e mataram
vários professores e alunos (de acordo com o jornal Prime). A partir daí
ninguém mais entrou na escola. Nunca se descobriu quem foi que invadiu a
escola. Passaram-se anos e anos sem ninguém entrar nela, até final do século
XX.
Em uma tarde nublada de sábado, Gabriel lembrou que mendigos
disseram que a escola SheakespeareVill era mal-assombrada e quis saber se
era verdade. Propôs aos amigos Bianca, Samira e Carlos um desafio: quem
entrasse na escola era o vencedor.
E assim foram. Quando olharam melhor para a fachada da
escola, viram que ela estava toda pichada, cheia de rachaduras e com o portão
todo quebrado e enferrujado. Mesmo assim continuaram em frente.
6. Quando entraram na escola viram gotas de sangue no chão e teias
de aranha nas paredes. Bianca e Samira começaram a ficar com medo. O
grupo decidiu dividir-se em duplas: Gabriel e Bianca, Samira e Carlos.
Gabriel e Bianca foram subindo as escadas. Samira e Carlos viram
uma porta aberta e entraram. De repente, a porta da sala em que eles entraram
fechou-se sozinha e eles começaram a gritar:
- Socorro! Socorro!
Mas ninguém apareceu. Samira começou a ficar com medo.
Gabriel e Bianca estavam se acostumando com aquele cenário de
terror da escola quando de repente viram gotas de sangue começar a segui-
los. Bianca ficou apavorada. Até Gabriel, que era o mais valente da
turma, ficou com muito medo. Os dois correram desesperados. As gotas
correram atrás. Quando já não aguentavam mais correr, Gabriel teve uma
idéia, entrou num vão debaixo da escada e puxou Bianca. As gotas seguiram
em frente. Os dois suspiraram aliviados e continuaram a andar pela
escola, ainda com muito medo, até chegarem ao pátio. Procuraram o portão
pelo qual haviam entrado na escola, mas não conseguiram encontrar.
- Parece que o portão desapareceu... – observou Bianca, pálida.
7. Retornaram ao prédio e começaram a olhar as
salas de aulas, mas estavam todas trancadas. De repente, ouviram
seus amigos gritando. Gabriel tentou derrubar a porta mais não
conseguiu. A dupla então começou a andar novamente pela escola
quando perceberam que havia uma pessoa no fim do corredor que se
aproximava cada vez mais. As crianças começaram a sentir muito
medo e correram até ficarem muito cansados. Quando olharam para
trás, não viram nada.
Samira e Carlos ainda estavam na sala sem
conseguir sair. Estavam com a sensação de estarem sendo
observados. Olharam para as carteiras, cadernos e livros que
começaram a desaparecer, restando apenas uma carteira com riscos
de canetas e um livro em cima. Também havia uma faca com muito
sangue e uma chave ao lado. A dupla olhou o título do livro “Vampire’s
Diary”, que traduzido para português é “Diário de um Vampiro”.
Após isso, Samira disse:
- Uma faca e uma chave. Será que esses objetos
querem dizer alguma coisa?
8. Os dois ficaram em pânico e tentaram arrombar a porta mais uma
vez. Nada. Carlos sugeriu:
- Vamos usar a chave!
Ao colocarem a chave, que alívio, ela destrancou a porta.
Samira já ia abri-la rapidamente. Carlos agarrou seu braço:
- Cuidado. Não sabemos quem está lá fora.
Abriram a porta bem devagar. Uma forte neblina começou a entrar
na sala. Eles quase não conseguiam enxergar nada. Samira disse baixinho:
- Vai, Carlos, espia lá fora!
- Por que eu?
- Vai logo – Samira empurrou Carlos.
Carlos colocou a cabeça para fora e ficou pálido, trêmulo e sem
voz. Só teve forças para entrar, trancar novamente a sala e sentar, quase sem
forças nas pernas.
9. Samira apavorou-se vendo o estado em que se encontrava o amigo.
Ficou pálida também e começou a chorar:
- O que foi Carlos, o que foi?
Carlos conseguiu dizer algumas palavras:
- Eu vi.. É horrível... É o fim... Estamos perdidos... Estamos
perdidos... Eles vão nos matar...
- Eles quem, Carlos, fale! – Samira começou a sacudir o
amigo, desesperada.
- Eles, os zumbis, os mortos-vivos, as caveiras... Estão todos
ali, prontos para nos matar...
- Samira sem entender ainda o que o amigo dizia, resolveu procurar
alguma resposta no livro que estava na mesa. Após ler algumas
páginas, soltou um grito de pavor.
10. Com o susto, Carlos recuperou o ânimo:
- O que foi Samira?
O grito de Samira também foi ouvido por Gabriel e Bianca
que vieram correndo. Samira continuou:
- Estou entendendo tudo... Vamos morrer, não tem jeito
Carlos, vamos morrer aqui. Ela começou a gritar e se encolheu num canto da sala.
Carlos foi tentar acalmar a amiga. Gabriel e Bianca chegaram
e começaram a bater na porta.
- O que foi, amigos? Estamos aqui. O que foi?
Samira começou a contar tudo para Carlos, chorando:
- Estamos presos aqui, Carlos. A única chave que abre essa
porta libera os mortos-vivos assassinos.
- O quê?
- Isso mesmo, Carlos. Essa chave dá acesso ao mundo das
assombrações, se abrirmos a porta com ela, elas vão entrar e matar todos
nós...Quem sabe até a cidade inteira.
Samira estava com os olhos arregalados. Correu para a
porta:
– Gabriel, Bianca, fujam! Corram! Salvem suas vidas! Vão
embora! Eu e Carlos precisamos ficar aqui e salvar a cidade!
- Calma, calma – interrompeu Carlos. Tem que haver uma
saída. Gabriel, Bianca, vocês precisam nos ajudar. Caímos em uma armadilha.
Precisamos sair daqui, mas a chave que abre esta porta dá em outra dimensão.
Precisamos abri-la por fora. Deve haver outra chave. Ajudem a procurar, por favor...
Carlos começou a chorar. Bianca e Gabriel tentaram acalmar
os amigos:
- Calma, amigos, nós vamos conseguir, vamos conseguir...
11. Bianca e Gabriel começaram a cochichar:
- O que vamos fazer? – disse Bianca.
- Não sei. Vamos pensar.
- Onde ficará a outra chave?
- Vamos pensar... Já sei, vamos procurar pistas na
biblioteca – sugeriu Gabriel.
Os dois saíram correndo. Entraram na biblioteca da
escola afobados olhando para as estantes, sem ter nenhuma ideia. A biblioteca
era muito antiga, com móveis pesados de madeira e de metal. Estava tudo
muito empoeirado. Finalmente eles avistaram uma estante com livros de
História.
- É isso! – pensou Gabriel. – Vamos ler sobre a história
da escola e da cidade. Deve haver alguma pista.
Encontraram um livro grande e pesado. Nele estava
escrito que a primeira sede da prefeitura da cidade havia sido construída no
terreno da escola, há muito tempo.
12. - A prefeitura... A chave da cidade!!! – disse Bianca
eufórica, esquecendo a situação horripilante em que se encontravam.
- A chave da cidade! – Gabriel também ficou entusiasmado. – Ela
deve abrir todas as portas do mundo real, vencendo o mundo dos zumbis!
- Mas não temos a menor ideia de onde estará essa chave –
observou Bianca.
- É um objeto antigo. Talvez fique em exposição...
- O armário dos troféus! – lembrou Bianca. - Eu vi num corredor
enquanto fugíamos das gotas de sangue...
- Vamos!
Bianca e Gabriel correram pelos corredores procurando o armário
dos troféus, que era um grande armário de aço com vidros nas portas. Quando
o encontraram, viram que estava trancado.
- Ah, não, chega! Isso tem que acabar! – Gabriel pediu para Bianca
se afastar e jogou uma cadeira no vidro com toda força.
O vidro do armário se quebrou com a pancada. Gabriel consegui
pegar a chave. Os dois correram até a sala em que seus amigos estavam
presos. Carlos e Samira dormiam de tanto cansaço.
13. - Achamos uma chave pessoal! Vamos libertar vocês! – gritou Gabriel.
Carlos e Samira acordaram. Gabriel destrancou a porta. Antes de
saírem, Carlos e Samira puderam observar que a carteira, o livro e a faca com
sangue desapareceram. Os quatro amigos se abraçaram.
- Onde vocês encontraram essa chave? – Carlos perguntou curioso.
- Depois eu te conto – disse Gabriel apressado. – Rápido, vamos
embora. Não vamos perder tempo. Essa chave vai nos ajudar a achar o portão de
saída. Vamos!
Os quatro amigos encontraram um portão com um cadeado que Gabriel
conseguiu abrir facilmente com a chave da cidade.
Finalmente, Carlos, Bianca, Samira e Gabriel puderam voltar para casa. Nunca
tiveram coragem de contar a ninguém o que aconteceu.
Anos depois, na escola, uma carteira, um livro, uma faca e uma chave
aparecem numa sala... Do outro lado da cidade, alguns adolescentes conversam
numa praça sobre uma escola mal-assombrada...