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DIA MUNDIAL DA POESIA
Os alunos das turmas A e B do 7º ano, de forma voluntária, “vestiram a pele” de alguns
poetas portugueses e leram expressivamente alguns poemas, para assinalar o Dia
Mundial da Poesia.
Com poucas aulas para ensaiar, a professora solicitou aos alunos que, na quarta-feira
anterior à atividade (dia 19 de março), se reunissem na Biblioteca Escolar para um
ensaio conjunto, já que a atividade contava com alunos oriundos das duas turmas do 7º
ano. O ensaio geral decorreu de forma bastante satisfatória.
A professora bibliotecária colaborou com os alunos no sentido de imprimirem e
elaborarem as máscaras dos poetas selecionados para a atividade.
A subdiretora do Agrupamento contactou previamente as instituições do concelho, para
averiguar da disponibilidade e recetividade das mesmas relativamente à apresentação da
atividade, e acompanhou os alunos envolvidos, no dia 21 de março, no período entre as
10h30 e as 12h30, a várias instituições do concelho para procederem à apresentação dos
textos poéticos. Assim, a atividade decorreu em locais tão diversos como a Câmara
Municipal, a Junta de Freguesia, o Centro de Saúde, o Lar de Idosos da Santa Casa da
Misericórdia, a Caixa Geral de Depósitos, a Pastelaria Landroal.
Apesar do cansaço que as deslocações aos vários locais implicaram, os alunos viram
com muito agrado a realização desta atividade e consideraram que é muito importante
que as atividades da escola saiam para além dos limites físicos do espaço escolar,
promovendo uma ligação próxima com a comunidade educativa. Afinal, como diz o
provérbio chinês: “Para educar uma criança, é preciso uma aldeia inteira.”
Eis os poemas declamados pelos alunos:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
António Aleixo
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro (heterónimo de F. Pessoa)
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-
nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Ricardo Reis (heterónimo de F. Pessoa)
Não: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me
enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) -
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos meus deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Não me macem, por amor de Deus!
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Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me
sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo…
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar
sozinho!
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Poema Involuntário
Decididamente a palavra
quer entrar no poema e dispõe
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do que o poeta no poema põe.
Entretanto o poema subsiste
informal em teus olhos talvez
mas perdido se em precisa palavra
significas o que vês.
Finalmente vejo-te e sei que o mar
o pinheiro a nuvem valem a pena
e é assim que sem poetizar
se faz a si mesmo o poema.
Natália Correia
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam, mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam, mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi 'á jurado!
Ai Deus, e u é?
Vós me preguntades polo voss'amigo,
e eu bem vos digo que é san'e vivo:
Ai Deus, e u é?
D. Dinis

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Dia mundial da poesia

  • 1. DIA MUNDIAL DA POESIA Os alunos das turmas A e B do 7º ano, de forma voluntária, “vestiram a pele” de alguns poetas portugueses e leram expressivamente alguns poemas, para assinalar o Dia Mundial da Poesia. Com poucas aulas para ensaiar, a professora solicitou aos alunos que, na quarta-feira anterior à atividade (dia 19 de março), se reunissem na Biblioteca Escolar para um ensaio conjunto, já que a atividade contava com alunos oriundos das duas turmas do 7º ano. O ensaio geral decorreu de forma bastante satisfatória. A professora bibliotecária colaborou com os alunos no sentido de imprimirem e elaborarem as máscaras dos poetas selecionados para a atividade. A subdiretora do Agrupamento contactou previamente as instituições do concelho, para averiguar da disponibilidade e recetividade das mesmas relativamente à apresentação da atividade, e acompanhou os alunos envolvidos, no dia 21 de março, no período entre as 10h30 e as 12h30, a várias instituições do concelho para procederem à apresentação dos textos poéticos. Assim, a atividade decorreu em locais tão diversos como a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, o Centro de Saúde, o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia, a Caixa Geral de Depósitos, a Pastelaria Landroal. Apesar do cansaço que as deslocações aos vários locais implicaram, os alunos viram com muito agrado a realização desta atividade e consideraram que é muito importante que as atividades da escola saiam para além dos limites físicos do espaço escolar, promovendo uma ligação próxima com a comunidade educativa. Afinal, como diz o provérbio chinês: “Para educar uma criança, é preciso uma aldeia inteira.” Eis os poemas declamados pelos alunos: Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca
  • 2. Ser doido-alegre, que maior ventura! Morrer vivendo p'ra além da verdade. É tão feliz quem goza tal loucura Que nem na morte crê, que felicidade! Encara, rindo, a vida que o tortura, Sem ver na esmola, a falsa caridade, Que bem no fundo é só vaidade pura, Se acaso houver pureza na vaidade. Já que não tenho, tal como preciso, A felicidade que esse doido tem De ver no purgatório um paraíso... Direi, ao contemplar o seu sorriso, Ai quem me dera ser doido também P'ra suportar melhor quem tem juízo. António Aleixo Gato que brincas na rua Como se fosse na cama, Invejo a sorte que é tua Porque nem sorte se chama. Bom servo das leis fatais Que regem pedras e gentes, Que tens instintos gerais E sentes só o que sentes. És feliz porque és assim, Todo o nada que és é teu Eu vejo-me e estou sem mim, Conheço-me e não sou eu. Fernando Pessoa Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar... Alberto Caeiro (heterónimo de F. Pessoa)
  • 3. Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.) Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo- nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Ricardo Reis (heterónimo de F. Pessoa) Não: Não quero nada. Já disse que não quero nada. Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer. Não me tragam estéticas! Não me falem em moral! Tirem-me daqui a metafísica! Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) - Das ciências, das artes, da civilização moderna! Que mal fiz eu aos meus deuses todos? Se têm a verdade, guardem-na! Não me macem, por amor de Deus! Ó céu azul - o mesmo da minha infância - Eterna verdade vazia e perfeita! Ó macio Tejo ancestral e mudo, Pequena verdade onde o céu se reflete! Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo… E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho! Álvaro de Campos (heterónimo de F. Pessoa)
  • 4. Poema Involuntário Decididamente a palavra quer entrar no poema e dispõe com caligráfica raiva do que o poeta no poema põe. Entretanto o poema subsiste informal em teus olhos talvez mas perdido se em precisa palavra significas o que vês. Finalmente vejo-te e sei que o mar o pinheiro a nuvem valem a pena e é assim que sem poetizar se faz a si mesmo o poema. Natália Correia Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas tu não. Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam, mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam, mas tu não. Sophia de Mello Breyner Andresen Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! Ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! Ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! Ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi 'á jurado! Ai Deus, e u é? Vós me preguntades polo voss'amigo, e eu bem vos digo que é san'e vivo: Ai Deus, e u é? D. Dinis