O documento discute os tipos de financiamento de tesouraria, especificamente o crédito comercial. Apesar de ser o tipo de crédito de tesouraria ideal, caiu em desuso devido aos custos elevados e trabalho administrativo. No entanto, oferece vantagens como ligação às transações comerciais e menor risco para os bancos. Recomenda-se que as empresas considerem novamente esta opção para melhorar vendas, gestão de risco de crédito e capacidade de endividamento.
O tipo e o horizonte temporal dos financiamentos III
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos III
PARTE III Apoios de Tesouraria II
O Crédito Comercial
Por crédito comercial entende-se o crédito que tem subjacente uma transacção
comercial especifica e a intervenção do cliente. Estamos a falar por exemplo de letras,
cheques pré datados, remessas de documentos exportação ou factoring.
Trata-se do tipo de crédito de tesouraria por excelência. Mas durante anos caiu em
desuso.
Caiu em desuso dado que com o crédito abundante, as empresas financiavam a sua
tesouraria da forma mais simples e mais barata, as CCC.
Outro factor fundamental para essa menor utilização foi o seu custo. Na busca de
comissões os bancos sobrecarregaram de forma desapropriada este tipo de crédito. O
facto de serem operações de curto prazo, fazia muitas vezes com que as comissões flat
aplicadas, levassem a que os custos com as mesmas fossem maiores que os juros
cobrados, levando a taxas efectivas inibidoras da sua utilização.
Por ultimo, as empresas fugiam ao “trabalho administrativo” inerente as este tipo de
crédito. O trabalho administrativo que é no fundo controlar prazos de pagamento de
uma forma muito mais fiável, rigorosa e efectiva que em conta corrente…
Mas o crédito comercial deve ser o crédito de tesouraria por excelência. Razões não
faltam, ficam algumas:
- A sua ligação às transacções que dão origem à necessidade
- O estreito acompanhamento a que obriga das contas de clientes
- A ajuda que pode advir da análise pelos bancos da qualidade de crédito dos cientes
envolvidos
- O maior comprometimento do cliente com a data de pagamento, comparativamente
com a simples conta corrente
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- E muito importante, o facto de a empresa se estar a financiar “gastando” muito
pouco da sua capacidade de endividamento, dado que existindo outros intervenientes
e sendo por norma operações de curto prazo, os bancos não as consideram, ou
consideram com um rácio baixo, na sua exposição.
- Para os bancos são operações rentáveis e de mais baixo risco, dada a já referida
intervenção de terceiros.
Tendo tantas vantagens as razões para a sua menor utilização são as já abordadas.
Os bancos já começaram a olhar mais para este tipo de crédito.
Compete agora às empresas voltar a considerar como fonte de financiamento a
antecipação de recebimentos de clientes. É disso que se trata, diminuição financeira
do Prazo Médio de Recebimento, que é na esmagadora maioria das empresas, o
grande responsável pelo aumento das necessidades de fundo de maneio.
Como?
- Negociando com os seus clientes condições de pagamento que incluam a titulação do
crédito por meios que permitam a sua antecipação (cheques pré datados, letras ou
aceitação do pagamento de facturas em factoring, entre outros)
- Negociando com os bancos linhas para este tipo de produtos. Os bancos estão muito
receptivos a estes negócios
- Estabelecendo sistemas de controle integrados entre a gestão das contas de clientes
e a componente financeira dessas contas, de molde a optimizar trabalho
administrativo.
Conseguir-se-ão
- Melhores vendas, dado que se consegue transformar o seu produto em liquidez
- Melhor risco de crédito da carteira de clientes, face ao maior acompanhamento
- Melhor capacidade de endividamento, dado que a exposição em crédito financeiro
directo que os bancos estão dispostos a ter na empresa não está a ser consumida pelo
financiamento da tesouraria
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Só vantagens?
Praticamente, mas um risco importante que não deve nunca ser descurado. Se bem
que o dinheiro já tenha sido recebido o cliente ainda não pagou. O risco de crédito
nesse cliente mantém-se e deve ser considerado os plafons estipulados pela empresa
para cada cliente