SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 15
ORIGEM ANCESTRAL DA FAMÍLIA DUQUE ESTRADA
Nenhum homem pode jamais ganhar o cálice a menos que seja conhecido no céu e que seja
chamado pelo nome até o cálice.
Wolfram von Eschenbach
Os genealogistas afirmam que a família Duque Estrada descende de um Grimoaldo, sobrinho de
Carlos Martel, que, por desavenças com este, procurou refúgio na Espanha depois vindo para o
Brasil. Contudo, estes genealogistas estão equivocados. Ainda que os Duque Estrada sejam
descendentes do mordomo mor dos palácios merovíngios, Pepin, o Gordo, de Herstal, por
intermédio de Grimoaldo II, os motivos do equívoco estão expostos em seguida.
Durante os últimos anos dedicados em tempo integral à busca pelo Santo Graal, descobri por
intermédio de autores que se dedicam a este assunto, que o Santo Graal, segundo interpretação
destes, seria, como cálice ou vaso, nada mais que uma metáfora para o útero de Maria Madalena.
A suposição inequívoca destes autores é a de que Jesus Cristo teria se casado com Madalena e,
como resultado, teria engendrado uma linhagem de sangue, a qual, por ser descendente do Graal
como metáfora para o vaso, cálice ou útero de Madalena, teria, desde então, vindo a ser conhecida
como LINHAGEM DO SANTO GRAAL.
Durante estas pesquisas, dentre outras coisas, e por motivos que não cabem aqui serem explicados,
necessitei fazer uma investigação minuciosa sobre a família Bush. Para isto, me vali, dentre outros
livros, de um que versava sobre a biografia de George Herbert Walker Bush. Neste livro, intitulado
George Bush: The Unauthorized Biography, os autores, Webster Griffin Tarpley e Anthon
Chaikin, afirmam que George Herbert Walker Bush costumava comentar ser descendente de
Henrique III Plantageneta. Neste contexto, o autores também afirmavam que Bush, por ser
descendente daquele rei da Inglaterra, seria também primo, ainda que distante, de Sua Majestade, a
rainha Elizabeth Alexandra Mary de Windsor, mais conhecida como rainha Elizabeth II.
Ora, Plantageneta é o nome da segunda dinastia da Inglaterra, logo depois da dinastia Anglo-
normanda fundada por Guilherme, o Conquistador, depois de derrotar o rei inglês Harold na
famosa batalha de Hastings em 1066. Daí por diante, este e seus descendentes se tornaram reis da
Inglaterra. Eventualmente, uma descendente do rei Guilherme, sua neta Matilda, casaria-se com
Geoffroi, conde de Anjou, da mais famosa e poderosa casa européia, a francesa Casa de Anjou −
tida em alta conta por Wolfram von Eschenbach em seu romance Parsifal depois musicado por
Richard Wagner −, que, por sua vez, era descendente do famoso Carlos Magno, rei da França e
Imperador do Sacro Império Romano-germânico.
Foi durante esta investigação, sobre um possível parentesco entre os Bush e Sua Majestade, que,
no ano de 2001, vim a tomar conhecimento de um outro livro que − por versar sobre assunto tão
intrigante − tornou-se Best Seller, intitulado The Holy Blood and The Holy Grail, traduzido no
Brasil pela Nova Fronteira com o título O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. Neste livro os
autores dão uma importância muito grande tanto a dinastia Plantageneta quanto a Casa de Anjou,
sugerindo, para falar o mínimo, serem tanto esta Casa quanto aquela dinastia, descendentes de
Jesus e Madalena.
Posteriormente, tomei conhecimento de outro livro Intitulado Bloodline of The Holy Grail (A
Linhagem do Santo Graal) − primeiramente publicado na Grã-Bretanha e em outros países e,
depois no Brasil, pela Madras Editora −, que também tornara-se Best Seller − novamente pelo
mesmo instigante tema abordado no livro. Neste, o autor vai tão longe quanto apresentar uma
genealogia onde Meroveus, historicamente o fundador da primeira dinastia francesa, a dinastia
merovíngia, era apresentado como descendente de Jesus e Santa Maria Madalena. Mais ainda, o
autor deste livro, que fora prefaciado pelo HRH* príncipe Michael de Albany, menciona
explicitamente que esta linhagem, a linhagem messiânica de Jesus e Maria Madalena, é uma
linhagem soberana que existe até hoje no mundo.
Ora, neste contexto, tanto o presidente Bush como Sua Majestade, a Rainha, sendo descendentes
tanto da dinastia Plantageneta, como também, por linha direta ascendente, da Casa de Anjou, da
dinastia carolíngia, e através desta, descendente de Carlos Magno, são também descendentes da
casa a qual Carlos Magno pertencia, a Casa de Pepim. Por sua vez, a Casa de Pepim, assumira a
realeza francesa por uma usurpação do trono merovíngio, afirmam os historiadores. Contudo, a
ancestralidade da casa de Pepim, ainda que esta casa fosse a dos prefeitos ou mordomos mor
(Mayors) do palácio merovíngio antes da usurpação, era − embora os acadêmicos não mencionem,
até mesmo por desconhecimento − também descendente dos reis merovíngios como Laurence
Gardner − autor do livro em questão − apresenta nas genealogias do seu livro. Conferindo as
genealogias de Gardner com as acadêmicas e históricas e confirmando-as, me levou a concluir que
tanto os Bush como Sua Majestade teriam de ser descendentes de Jesus e Madalena, o que eu vim
a confirmar e que está demonstrado no meu livro O Mito Jesus – A Linhagem.
Por que mencionei os fatos acima? O que tem os Bush, Sua Majestade e estas casas européias tão
famosas a ver com a família Duque Estrada?
Ora, as minhas pesquisas apontavam inequivocamente a um padrão repetitivo de coincidências
genealógicas e, diante da possibilidade de que estas personalidades pudessem ser descendentes de
Jesus e Madalena, como eu provei que são, achei por bem estender minhas pesquisas a outras
personalidades como a princesa Diana, duques, condes, príncipes, presidentes, banqueiros
internacionais, etc. A minha dúvida era: seriam todos de uma mesma família descendente de Jesus
e Madalena? Seriam estas famílias todas da LINHAGEM DO SANTO GRAAL? Minhas
pesquisas confirmaram academicamente minhas suspeitas. Entretanto, durante estas pesquisas
estendidas, não foi senão por um golpe de sorte que, investigando a genealogia de um tal duque na
Internet, para minha total surpresa e espanto, ao digitar “duque fulano de tal” no Google, pulou na
tela do monitor a origem genealógica da família Duque Estrada. O texto na tela afirmava, como já
mencionei, ser a família Duque Estrada descendente de um tal de Grimaldo:
Segundo alguns autores, o Duque de Estrada procede de Grimaldo, Duque de Brabante e
Estralen, o qual, sendo perseguido na França por Carlos Martel, seu tio, no sétimo século,
foi para a Espanha onde lutou contra os mouros. Seus descendentes conservaram o título de
Duque de Estralen, que se transformou em Duque de Estrada.
A se confirmar esta informação, não só a família Duque Estrada, como também todos os seus
descendentes com outros sobrenomes familiares, seriam descendentes da Casa de Pepin que,
dentre seus descendentes encontra-se Carlos Martel, um dos homens mais heróicos da França. Isto
significaria dizer que a família Duque Estrada também seria uma das famílias descendentes de
Jesus Cristo e Maria Madalena, ou seja, descendente do Santo Graal. Seria possível?
Procurando confirmar a informação acima, não encontrei, por mais que procurasse, em lugar
algum, um ducado com o nome de Estralem. Também, ainda que a família da Casa de Pepin
possua várias pessoas com o nome Grimoaldo, não encontrei nenhum Grimoaldo sobrinho de
Carlos Martel. Continuando com a pesquisa, pude novamente encontrar menção aos duques de
Brabante e Estralem no livro Maricá Meu Amor, de Paulo Batista Machado, no qual consta o
seguinte texto:
A história de família de presença marcante não só em Maricá, como em todo o Rio de
Janeiro, está intimamente ligada a Alexandre Álvares Duarte e Azevedo. Os seus filhos
solidificaram os vários ramos de uma mesma árvore, descendentes do grande navegador
Fernão de Magalhães e da não menos importante família espanhola Duque Estrada, oriunda
dos Duques de Brabante e Estralen.
Em face da falta de informações sobre um tal ducado de Estralem, julguei natural que Paulo
Batista Machado tenha bebido esta informação em algum livro armorial. Dirigi-me então ao livro
Armorial Lusitano do membro da Academia Portuguesa de História, Antônio Machado de Faria,
editado em Lisboa, Portugal, pela Editorial Enciclopédia Lda
, em 1961. Lá encontrei a mesma e
insuficiente informação que se encontra abaixo apresentada:
Não satisfeito, me voltei para outro livro intitulado As Origens dos Apelidos das Famílias
Portuguesas, de Manuel de Sousa que informa o que segue na cópia abaixo:
Em vista da dificuldade de informações precisas, passei a procurar a genealogia do Imortal
Joaquim Osório Duque Estrada − imortal não só pela autoria da letra do Hino Nacional Brasileiro,
como também, e principalmente, pelo fato de ter ocupado a cadeira número 17 da Academia
Brasileira de Letras. Eu supus que este Imortal, por ser uma personalidade famosa, talvez, pelo
menos, sua genealogia pudesse ser encontrada com mais facilidade. Não deu outra, eu a encontrei,
contudo, ainda não conseguira estabelecer uma ligação segura e confiável com a Casa de Pepin.
Pela genealogia de Joaquim Osório encontrada por mim, ele era filho de Luís de Azeredo Coutinho
Duque Estrada e neto de Domingos de Azeredo Coutinho Duque Estrada. Em vista dos impasses,
deixei esta pesquisa genealógica em banho-maria até que certa feita, qual foi a minha surpresa,
quando, encontrei um livro da família Duque Estrada que fora distribuído pela família em virtude
das comemorações do quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro. Este livro fora impresso e
distribuído para a família por uma pessoa que, na introdução do mesmo, identificava-se como L. C.
M. Não me fora difícil identificar esse tal de L. C. M. como Luís Carneiro de Mendonça, marido de
Zulma nascida Duque Estrada, irmã de Odette Duque Estrada e Álvaro Duque Estrada.
O dito Luis Carneiro de Mendonça escrevera na introdução daquele livro que o mesmo havia sido
concluído pela matriarca da família, Carolina Duque Estrada, a “Tia Carola” − como ele a
chamava − no ano de 1900, e que havia sido iniciado e legado pelo primeiro Domingos da
genealogia, o avô do autor da letra do Hino Nacional Brasileiro.
Constam naquele Livro de Família várias genealogias, dentre elas, uma dos reis de França e outra dos
Duques de Brabante, ambas, desde a destruição de Tróia. Estas duas genealogias são importantes por
serem ambas descendentes do rei Príamo de Tróia; a dos reis de França apresenta a linhagem ancestral
materna do rei franco, Faramund, cuja linhagem ancestral paterna é descendente de Jesus e Madalena,
ambas, linhagens ancestrais do fundador da dinastia merovíngia, Meroveus; a dos duques de Brabante
é a linhagem ancestral dos Mayors (Prefeitos ou Mordomos-mor) dos palácios merovíngios, ou seja,
da Casa de Pepin, que usurpara o trono dos merovíngios redundando na dinastia carolíngia (Carlos
Martel e Carlos Magno) que seria seguida pela dinastia capetíngia de Hugo Capeto e depois pelas
Valois e Bourbon. A genealogia dos duques de Brabante, lá apresentada e intitulada Genealogia dos
Duques de Bravancia ou Brabante, que traz o Padre Frei João de Penedo, religioso franciscano,
prosseguida dos reis troianos até El- Rei Felippe de Castella em Monarchia Ecclesiastica, Parte 3a
,
Livro 17, Capítulo 31, Parágrafo 1o
, Folha 53, que fora copiada de forma resumida da monumental
obra, Monarchia Ecclesiastica, encontra-se no Apêndice V, cuja conclusão afirma:
Conclui o autor esta genealogia com estas palavras acreditadas como a dos autores que
seguiu: Com a elevação da família dos Carolíngios, que é a dos Pepinos, ao trono da França,
não se acabou no sangue a dos reis antecedentes, que gozavam a coroa deste grande Estado,
porque o rei Clodoveu [Clóvis I] que foi o primeiro que se fez cristão e de Santa Clotilde
sua mulher, foi filho o rei Clotário ou Lothário I; esse casou sua filha Bathildis [Blitildis]
com o duque Anberto [Ansbert ou Ansbertus] de quem foi filho S. Arnaldo [Amoaldo],
duque e mordomo mor dos mesmos reis de França, casado com Santa Ita [Ida] que foram os
pais de Sto
Arnalpho [Arnulpho] que depois de ser também mordomo mor e casado com
Doda [Dobo da Saxônia] foi bispo de Metz em Lorena [Lorraine] e sua mulher se recolheu a
um mosteiro. Destes foi filho Ansegiro ou Angegiro [Anseguis], conde Palatino, que casou
com Sta
Bega, duquesa de Bravancia [Brabante], de quem foi também filho o grande Pepino,
o Grosso, por sobrenome Erstale, que foi pai de Dragon [Drogon] e Grimoaldo, legítimos
filhos de sua mulher Plectruda [Plectrudes] e de Carlos Martel, filho de sua manceba
Alpeida [Alpaida ou Alpais] de quem foi filho Pepino, o Menor, que foi rei de França por
disposição do rei Childerico ao acabar de reinar e não ter filhos que herdassem o reino; e
deste Pepino, o Menor, foi filho o imperador Carlos Magno. Toda esta notícia se pode
verificar nos livros e histórias já citadas ou apontadas nesta mesma obra ou neste mesmo
escrito, e quem mais longamente quiser conhecer que a família Duque Estrada
descende dos nomeados nestas genealogias e que tem o seu solar nas Astúrias, leia D.
José Flôres de Olares, Livro 1o
, Folha 30, Parágrafo 3o
. (Os negritos são meus)
Por outro lado, a genealogia dos reis de França, intitulada Genealogia dos Reis de França desde a
destruição de Troya até Faramundo 1o
, Rei dos Sicambros e Francos, reino de França que traz o
Padre Frei João de Penedo na sua Monarchia Ecclesiástica, Parte 2, Cap. 25, Liv. 14, Parg. 1o
,
Fl. 194 e continua a mesma genealogia da Casa D’ Áustria donde vêm os Imperadores que há
muitos séculos gosam o Império de Allemanha e segue a genealogia até Filippe 2o
, 1o
Rey de
Castella descendente destas mesmas casas, o que se vê com toda a clareza na 4a
Parte, Tomo 4o
,
Livro 27, Cap. 1o
, Parg. 1o
, Fls. 194 é a que se encontra descrita abaixo e que confere no todo com
a genealogia fornecida por Gardner em seu livro A Linhagem do Santo Graal que também é
apresentada a seguir:
Principia o autor esta genealogia de Adão e vai continuando a sucçessão e governos,
Ducados e Reinados até Cologion [Clodius] [2] filho 3o
de Theodomiro [1] que foi 23o
Rei
dos Francos, Reino da França, e diz, que deste foi filho Heitor Deyembar de quem
descendem os Duques de Bravancia. Teve Cologion mais outro filho que foi Marcomiro [3],
que foi Rei dos Francos 24 annos, e pelo seu valor pessoal venceu os Romanos em Cabo
Agripina, mas por confiar muito em si, foi ao depois vencido e morto, imperando
Valentiniano. Com a sua morte ficaram os Francos derrotados e tributários aos Romanos, e
elegeram para seu Vice Rei a Dagoberto [4], irmão de seu Santo Rei Marcomiro e por
falecimento deste a seu filho Genebaldo [5]; morto este, ajuntaram os Francos os seus
Duques e Grandes e com todos estes, à satisfação do povo, elegeram a Faramundo [6],
Duque de Francônia e descendente por linha recta dos seus antigos Reis, para tomar posse
do Reino, como o fez, e posto no throno lançou fóra os Romanos e ficou Senhor de toda a
França catholica e Bélgica. Estabeleceu o nome de França e de Francezes aos seus
nacionaes. Por seu fallecimento tomou posse e reinou seu filho Clodion, e por morte deste,
seu filho Moroveu. Estes dois últimos constam do Cap. 27 do Livro 14o
dito acima; e diz o
Cap. 26 por último, que destes continuaram seus successores até a introdução de Hugo
Capeto; e assim da fim e acaba esta notícia do Livro 14 supradito e continua a mesma
genealogia no Tomo ou Parte 4a
, Cap. 27, Parg. 1o
, Fla. 196 que diz assim: Por fallecimento
de Moroveu reinou seu filho Childerico, e por morte deste seu filho Clodoveo que se fez
christão pelas diligências e instâncias de sua mulher Santa Clotilde e de S. Remigio, Bispo
de Rems. Teve Clodoveu 4 filhos e a todos 4 corôou Reis, porém Clotário ou Lotário, um
delles, se fez Senhor de todos os reinos e casou uma sua filha chamada Blatilde [Blitildes]
com o Duque Amberto [Ansbert] ou Nicanor; deste descende a grande casa dos Carolíngios,
que é a que vem dos Pepinos e de Ansegiro ou Angegiro de quem falla o Padre Antonio
Carvalho da Costa que continuaremos na genealogia dos Duques de Bravancia.
Todas estas genealogias são absoluta e academicamente corretas pois já as conhecia de cor e
salteado por serem as genealogias da família pepinida (dos Pepin), ancestral das famílias Bush,
Windsor, dos banqueiros Morgan e Rockefeller, dos atores Brad Pitt, Richard Gere, John Waine, e
de muitas outras celebridades internacionais cujas genealogias, depois de levantadas e compiladas
por mim, as condensei no mapa genealógico anexo ao meu livro intitulado O Mito Jesus – A
Linhagem. Mais ainda, a família pepinida foi uma das mais importantes famílias, senão a mais
importante da Europa, por ter ela forjado a base do que resultou na Europa como a conhecemos
hoje, e também, por ser ela a família fundadora do Ducado de Brabante − o mais importante
ducado da ancestral Gália-Bélgica ainda existente na atualidade −, ducado este que é o palco do
famoso conto Lohengrin de Wolfram von Eschenbah, depois musicado por Richard Wagner. Em
Lohengrin, a personagem central é Elza, duquesa de Brabante segundo algumas narrativas, ou
duquesa de Bouillon, segundo outras. Contudo, duquesa de Brabante é uma variante de duquesa de
Bouillon porque, segundo nota número 32 da pág. 391 do livro O Santo Graal e a Linhagem
Sagrada, o título do ducado de Godffroi de Bouillon − de sangue merovíngio e que fora o grande
comandante da Primeira Cruzada que tomou Jerusalém dos muçulmanos em 1099 − Bassa
Lorraine, foi abandonado em 1190 e os suzeranos passaram a se chamar duques de Brabante.
Contudo, restavam-me ainda dúvidas sobre Grimoaldo. Ele é mencionado pelos genealogistas
como tendo buscado refúgio na Espanha por motivo de desavenças com seu tio Carlos Martel e
que seu título era duque de Brabante e Estralen; eu jamais encontrara um tal ducado de Estralen e
isto a princípio me pareceu uma fabricação, contudo, esta dúvida se desfez por uma observação
atenta quando percebi que Pepino, o Gordo, é sempre referido historicamente como Pepino, o
Gordo de Herstal e, o padre Penedo, refere-se a Othon, filho de Grimoaldo, como duque de
Estralen. O fato é que Estralen nada mais é que uma corrupção do original nome toponímico belga
Herstal que alguns grafam Heristal ou Eristala.
Nas minhas pesquisas genealógicas identifiquei muitas vezes mudanças de nome desta natureza,
por corrupção, devido a fonéticas e grafias diferentes em locais diferentes. Citando alguns poucos,
mas bons e emblemáticos exemplos deste tipo de mudança, temos as famílas Delano, Roosevelt,
Pierpont e Cabot. Os Delano, descendentes da família hugenote de nome La Noy, tornaram-se
Delanoy nos Estados Unidos e por último tiraram o “Y” final tornando-se Delano. Estes, viriam a
se unir por casamento com os Rosenvelt holandeses que converteram-se nos Roosevelt quando de
sua mudança para Nova Amsterdam, hoje Nova York, nos Estados Unidos. Os Pierrepont se
tornaram Pierpont depois de se unirem por casamento com os Morgan tornando-se os Pierpont
Morgan do famoso banqueiro internacional John Pierpont Morgan, proprietário do J. P. Morgan
Bank que, eventualmente se uniria como o Chase Manhattan Bank − que já era uma união entre o
Chase Bank e Manhattan Bank − formando o atual e famoso Morgan Chase Bank, o qual, esteve
envolvido com a quebra da Enron nos Estados Unidos. O embaixador de JFK no Vietnã do Sul,
Henry Cabot Lodge, um dos grandes responsáveis pelo forjado incidente do golfo de Tonkin que
lançou os Estados Unidos na Guerra do Vietnã, como um presente bem lucrativo para os bancos de
Morgan, era descendente da família genovesa Caboto.
Retornando ao tema principal, eu já sabia por estudos decorrentes destas pesquisas, que tanto os
merovíngios como os pepinidas, consequentemente também os carolíngios, eram descendentes dos
francos e que os francos eram descendentes dos sicambros que, por sua vez, eram − ainda que o
ensino acadêmico não admita, a não ser como mitologia* − descendentes do rei Príamo de Tróia.
Agora, de posse do Livro de Família da família Duque Estrada, passei a investigar a genealogia
contida naquele livro fornecida pelo padre João de Penedo, iniciada no rei Príamo de Tróia, que
menciona uma história sobre Grimoaldo diferente daquela apontada pelos genealogistas.
Pepin II, o Gordo, de Herstal,
prefeitodos palácios de
Austracia, Neustria e
Borgonha, m. 714
Plectrudes Alpais
(Manceba)
Carlos Martel
(2) Sonechilde da Baviera
(1) Rotrude de Trèves
|
Drogon
Grimaldo IITeodocinda, filha de
Rabodo, rei da Frígia
Amante incógnita
Othon
ORIGEM DE TRÓIA
|
Carlomano de Brabante
Emegarda
|
Pepin I de Landen, oVelho, senhor
de Brabante, prefeito do palácio
de Austrasia
m. 647
Sta. Itta, irmã dobispo de
Nodoaldo
|
|
Grimaldo I
|
Ildeberto
|
Sta Ursula
ORIGEM MEROVÍNGIA
Descendência merovíngia
do rei Meroveus
|
Princesa Bertha
Carlos Magno
Rei da França (771 - 814)
Imperador Carlos (800 - 814)
|
Blitildis
Ansbertus Ferreoulus
|
Amoald de Scheldt
Princesa Dua da Suábia
|
Arnulf, bispo de Metz
Dobo da Saxônia
|
Anseguis (Ansegiro ou
Ansegisel)
|
Begga de Brabante
Theobaldo
ORIGEM DE TRÓIA
Clodion
Meroveus, fundador da
Dinastia merovíngia
Childeric
Clovis I
Lotário (Clotário) I
|
|
Meira
|
Basina II de Turingia
|
Clotilde da Borgonha
|
Ingund Aregund
|
Chilperic
Fredegunde
|
Lotário II
|
Dagoberto I
Raintrude
|
Sigisberto II
Immachilde
|
Dagoberto II
Pepin II, o Baixo Prefeito
do palácio merovíngio
Rei da França
(751 - 768)
Lá, o padre Penedo nos remete a dois Grimoaldos, entretanto, é o Grimoaldo II que nos interessa;
como podemos ver na genealogia (ver Apêndice), o sobrinho que por desavenças com Carlos
Martel fugiu para Espanha foi Othon, e não, como os genealogistas afirmam, Grimoaldo II que
fora assassinado em circunstâncias suspeitas.
Ainda que o padre Penedo aponte como causa da morte de Grimoaldo II o descontentamento do
pai de sua legítima esposa Teodosinda, o rei Rabodo da Frigia, que mandou assassiná-lo por seu
relacionamento ilícito com uma dama que o padre deixa em silêncio, é fácil suspeitarmos que o
real motivo pode muito bem ter sido outro, pois a manceba de Grimoaldo II, que o padre deixa em
silêncio, era a própria segunda esposa de Carlos Martel, Rotrude de Trèves, o que poderia explicar
de forma muito mais satisfatória o real motivo do assassinato de Grimoaldo II pelo pai de sua
esposa em conluio com o próprio Martel, por ser Grimoaldo II o legítimo herdeiro ao trono da
França, ao contrário do dito descontentamento. De qualquer forma explica o motivo pelo qual
Othon, como legítimo herdeiro ao trono na falta de seu pai, e por ser neto de Pepin de Herstal com
sua legítima esposa Plectrudes, se viu em apuros, ameaçado pelo ilegítimo filho do mesmo Pepin
de Herstal e sua manceba Alpais, seu tio Carlos Martel, que usurpara o trono para si. Isto explica
também o fato de Theobaldo, ao contrário do costume da época, ter sido mantido vivo, não por
graça de Martel, mas sim, por diligências de Rotrude de Trèves que, além de esposa de Martel, era
também, como manceba de Grimoaldo II, a mãe de Theobaldo. É claro que a condição principal
dentre as diligências de Rotrude em favor de seu filho Theobaldo era a de que este não reclamasse
para si o trono francês competindo com seu padrasto Martel, condição que por este foi honrada até
sua morte quando Theobaldo foi assassinado*.
Por que toda esta pesquisa em torno da família Duque Estrada?
Ora, se todas as pessoas encontradas por mim no mapa genealógico A Vinha do Senhor são
descendentes de Jesus e, sendo Jesus filho de Deus pela teologia cristã, eu me perguntei: Seriam
todas estas pessoas descendentes de Deus? É lógico, isto me deixou espantado. A teologia cristã
afirma que todos somos filhos de Deus. Contudo, esta mesma teologia nos remete a um modelo de
Deus imaginário ideal, perfeito, inefável, incognoscível e distante que não combina com o quadro
encontrado por mim, que leva em conta, nada mais nada menos, que uma descendência sanguínea
desse Deus por intermédio de Jesus, o que me deixou com duas opções: Jesus não era filho de
Deus ou Deus não é o imaginário ideal que as pessoas tanto necessitam. Assim saí a procurar pelos
dois, por um Jesus humano compatível com o quadro por mim levantado, ou seja, compatível com
a imperfeição daquela descendência sanguínea, ou por um Deus muito bem dizível, cognoscível,
próximo e, mais ainda, com sangue correndo em suas veias, do qual Jesus, e os outros Vinha do
Senhor e toda a humanidade pudesse descender, o que o distanciaria de forma irreconciliável da
teologia cristã. Se assim o for, bem que esse Deus poderia não ser, afinal de contas, um Deus no
sentido teológico da palavra, e sim, um deus com letra minúscula, simplesmente, uma entidade
alienígena à nossa pseudo cultura, que dirigiu, dirige e continuará dirigindo com mão de ferro e
uma agenda muitas vezes até mesmo predatória − tipificada por pessoas como os Bush, Morgan,
Rockefeller e outros −, nossos destinos, nosso planeta e a nossa humanidade sem que saibamos,
afinal, se fomos criados a imagem e semelhança dele, poderiam nosso sangue e o nosso genoma
serem o dele? Se for assim, poderíamos criar uma nova teologia, realista, paupável e pragmática,
se conseguirmos encontrar a identidade desse deus? E haveria mesmo a necessidade de alguma
teologia? Qual seria a relação entre a humanidade e esse deus? Haveria a necessidade de religiões
intermediárias entre os dois?
__________________
* Esquecendo-se do fato de que Schilieman transferiu a “lendária” Tróia para o domínio da
história através de uma leitura atenta da Iíada de Homero que o levou a decobrí-la
arqueologicamente. Por outro lado, a capital da França, Paris, tem como origem o nome do
“lendário” personagem Páris, que roubou Helena dos gregos ocasionando a Guerra de Tróia,
assim como também, na França − cujo nome deriva de um chefe sicambro descendente de Tróia de
nome Franco que deu origem à tribo dos Francos que, por sua vez, originou o nome França −
existe uma cidade com o nome de Troyes, cujo nome deriva de Tróia, onde se deu o Concílio de
Troyes, no qual São Bernardo de Clairvaux incorporou oficialmente os Templários como Ordem
Monástica e de Cavalaria e que também deu origem ao nome do autor do romance medieval Le
Conte del Graal (O Conto do Graal), Chrétien de Troyes.
APÊNDICE
Genealogia dos Duques de Bravancia ou Brabante, que traz o Padre Frei João de Penedo,
religioso Franciscano, prosseguida dos Reis Troyanos até El-Rey Felippe de Castella.
Historia Ecclesiástica Parte 3a
, Liv. 17, Cap. 31, Parg, 1o
, Fl. 53.
De Pryamo, último Rey dos Troyanos, foi filho Heitor e neto Franco que deu o nome a França;
deste foi filho Pryamo 2o
que foi pae de Heitor 2o
e Polidomo e Brabon ou Bravon de quem
veremos se originou o nome de Brabante ou Bravancia e continuaram outros descendentes por
linha recta até Godofredo chamado Carlos na língua nacional, que quer dizer melancólico, e deste
princípio se fez conhecer ao mundo o nome de tanta fama Carlos. Deste Carlos foi filho Carlos
Inaco, que por forçar uma donzella, temendo a recta justiça de seu pae, fugiu para os Romanos e
os acompanhou na guerra contra Mithridates, Rey do Ponto, aonde continuando nas suas
travessuras furtou a Germana filha do Proconsul da Arcádia chamado Julio, e voltando fugido para
Bruxellas do Ducado de Brabante, teve notícia do fallecimento de seu pae, que era Rey dos
Túngaros [Turíngia], foi tomar posse do Reino e mudou o nome da mulher roubada que se
chamava Germana em Zavana, como sua mãe. Essa donzella casou com Bravon Silvio na cidade
de Loivana, assistindo ao casamento Julio César, que lhe deu toda a terra desde o mar da Noruega
até Tornai, e o rio Escalda e a Panônia e a Selva Carbonária com o título de Ducado de Bravancia
em memória de Bravon, e depois que Bravon matou a Druon que em Anvers tiranyzava
cruelmente aquelles povos, lhe deu César o Marquezado de Anvers e a seu cunhado Octavio, filho
também de Carlos Inaco e Zavana deu o Reino de Agripina Celonia. Este Octavio depois que seu
pae faleceu, morreu elle também, e por não deixar successores, passou o Reino de Agripina
Celonia a seu sobrinho Carlos Bravon, filho de Bravon Silvio e Zavana e reinou em Agripina
Celonia e Ducado de Bravancia 50 annos. Casou com a primeira filha do Duque de Turingia de
quem teve a Carlos Julio. Este reinou durante 40 annos e foi governador da Gália Bélgica pelo
Imperador Trajano ou Vespasiano. No seu tempo se fizeram christãos os Túngaros e
Colonocensses pela missão de São Materno; a este succedeu seu filho Carlos Gofredo, e a este seu
filho Uberico que gosou dos estados de seu pae com liberdade por ter elle antes de morrer
expulsado os Romanos dos seus domínios; e destes se seguiram outros por linha recta até Carlos
Formozo que casou com uma irmã do Imperador dos Romanos, Valentiniano, e della nasceu
Landon (ver nota no final da genealogia) a quem deixou o Reino. Teve mais outro filho que se
chamou Austracio, que deu nome de Austracia que é a França Bélgica ou Oriental, e tendo reinado
41 annos em Austracia e Borgonha, terras que lhe deu seu pae sem sujeição ou reserva. Seu irmão
Landon falleceu deixando estes Estados ao seu filho Carlos Nazon, que os gosou 12 annos; foi
casado com Uvalberga única herdeira do Duque de Turingia e teve della Carlos Ardanio; reinou
este em tempo do Imperador Justiniano e de Childerico e de Clotario da França 50 annos; e seu
filho Carlomano, como traz o Padre Pinenele no apêndice de sua grande obra Fl. 13; foi casado
com Emegarda de quem teve a Pepino o antigo que foi Duque de Bravancia e outros Estados,
Mordomo Mor dos Reis de Austracia e a quem Clotario fez Príncipe de Palácio de França, lugar de
tanta grandeza e dependência, que sendo tão grande Senhor ainda que por suas terras dependesse
do Rei de França ambiciosamente se sujeitou a elle. Deste Pepino descenderam os que ao depois
foram Reis de França.
Foi casado com Santa Ita irmã do Santo Bispo de Nodoaldo e della teve a Grimaldo que gosou
todas as honras de seu pae, mas acabou infelizmente com seu filho Ildeberto a quem El-Rey
Sigisberto por não ter filhos tinha perfilhado para herdar o Reino, e como teve ao depois filhos, a
preferência destes, que injustamente quizeram impugnar, foi a causa da morte de ambos. Teve
Pepino mais duas filhas de sua mulher que foram Santa Ursula, que se recolheu a um Mosteiro de
Monjas e a quem depois por morte do mesmo Pepino acompanhou Santa Ita sua mãe e acabaram
Santas, cujas vidas escreve Surio; e a Santa Bega, Duqueza de Bravancia que casou com Ansegiro,
ou Angegiro filho de Arnulpho, Mordomo Mór do Reino de Austracia, neto de Arnaldo Duque
Mordomo Mór dos Reis de França e descendente delles, bisneto do Duque Amberto que foi casado
com a Princeza Batilde [Blitildes] filha de El-Rey Clotario [Lotário] 1o
de França, 3o
neto de
Clodoveo [Covis] e de Santa Clotilde. Esse Clodoveo [Clóvis] foi o primeiro Rei christão de
França, como tereis visto na genealogia antecedente, e aqui, diz o autor, neste casamento se
ajuntou a grande Casa de Bravancia com a que fundou Austracio, hoje Lorena [Lorraine], com
título de Ducado, e de presente sujeito ao Reino de França. Arnulpho, pae de Ansegiro ao depois
foi Bispo de Metz, em Lorena, e sua mulher Doda se recolheu a um convento e acabaram Santos.
De Ansegiro e Santa Bega, foi filho Pepino 2o
por sobre-nome Estrala, Duque de Bravancia,
Conde Palatino, Márquez do Sacro Império Romano, Conde Namurcense e Príncipe de Palácio de
França, que então era o Rei que existia Senhor de todos os Estados que compunham a grande
Monarchia de França, porem de seu governo e disposição nada sabiam e os Mordomos e Príncipes
de Palácio ou Grandes Generaes, que tudo era o mesmo, governavam inteiramente o Rei e o Reino
e por isso diz a chronica, que reinou este Pepino, chamado o grosso, por sobre-nome Estrala por 24
annos. Foi casado com Peletruda [Peletrude ou Plectrudes] de quem teve dois filhos, Dragon e
Grimoaldo 2o
a quem chamam Menor, e como Pepino estivesse muitos annos com essa grandeza e
poder, foi o seu filho Dragon governador da Província de Campânia, e por fallecimento deste ao
filho, seu neto, com todos os poderes de honras de seu pae; e a Grimaldo por fallecimento de seu
grande amigo Norberto a quem tinha posto junto ao Rei fazendo as suas vezes, porque elle
actualmente se ocupava na Campanha aonde alcançou o nome de Grande General, e se fez general
de França com todos os poderes e honras. Estava casado Grimaldo com a Princeza Teodocinda
filha de Rabodo, Rei da Phigia, e porque elle o afligia muito por continuar na amizade ilícita de
uma Dama, que o autor põe em silêncio o nome, e della tinha um filho com o nome Theobaldo,
indo Grimaldo visitar a seu pae que se achava enfermo, o Rei da Phrigia, seu sogro, o mandou
matar na viagem por Narnari seu confidente. Soube o grande Pepino a morte de seu filho e esta
grande mágoa deve-se crer, foi a causa de se esquecer dos netos filhos de seu filho Grimaldo e de
Teodocinda por serem também netos do Rei da Phigia e nomeou a Teobaldo filho natural,como já
disse, de seu filho, General de França com todas as honras de seu pae; e a Carlos Martelo [Martel],
que era filho natural do mesmo Pepino e de Alpeida [Alpaida ou Alpais], sua manceba, fez
Governador de Austracia sem attender a opposição que fez a essa eleição sua mulher Peletruda que
procurou desfazê-la já com rogos e já por meio de São Sudibert, que nada pôde vencer. Muito bem
antevia ella o que depois succedeu, conhecendo o elevado espírito de seu enteado e por isso o
temia. Morto o grande Pepino, ficou sua mulher Peletruda riquíssima e postos seus netos nos
lugares maiores e de maior dependência não só em Austracia, mas em toda a Casa Real de França
e em todo Reino tinha a maior autoridade e por seu parecer se regia tudo, e o Rei que era
Dagoberto estava por tudo que ella obrava, fez ella prender a Carlos Martelo [Martel], seu enteado,
de quem se temia e o teve assim até que morreu Dagoberto com quatro annos de reinado; e
tomando posse do Reino seu filho Daniel, Monge e Sacerdote, que se chamou depois Chilperico 2o
Rei-manfredo, poderoso oppositor e pretendente dos lugares e honras do Reino, venceu a
Theobaldo, filho bastardo de Grimaldo, privou do Generalato e mais títulos e honras e se fez
Senhor e Governador de França ou de seu Governo, e querendo acabar com a família de Pepin,
unindo a vontade do Rei à sua, entraram por Austracia onde estava Peletrude por Senhora, e
causaram os maiores prejuízos de tal sorte, que para o acommodar foi preciso que ella
prommetesse e desse muito dinheiro; Carlos Martel que já tinha achado meios de sahir da prizão e
estava em Soissons, cidade sua em Austracia ajuntou os Austracianos que pôde e na retirada que
elles fizeram lhes sahiu ao encontro, combate-os, vence-os, e toma-lhes grande parte de dinheiro e
armas, voltando à sua terra vitorioso. Por esta obra, e suas boas qualidades e outros merecimentos
pessoaes, era amado e seguido de todos; e sendo chamado ao throno por fallecimento de
Chilperico, Theodorico, filho 2o
de Dagoberto, este conhecendo os merecimentos de Carlos
Martelo admetiu na sua companhia, e elle depois de fazer com que Reimanfredo renunciasse ao
Generalato com a mais honras que tinha injustamente uzurpado aos filhos de Dragon e Grimaldo,
netos do grande Pepino, seu pae, querendo melhoras e reformar o Governo do Reino, ajuntou
todos os grandes, e por elles e pelo Rei foi nomeado Príncipe de França, cousa nunca praticada
senão com filhos de Rei; e como se também incluía nessa eleição o governo da Austracia,
Peletrude sua madrasta, vendo as prosperidades com que cada dia mais se engrandeciam seus
netos auzentes, levando consigo sua neta Sichilda, se encaminhou para as margens do Danúbio, e
lamentando-se entre aquelles povos, queixando-se que sendo ella mulher legítima do grande
Pepino e Sichilda sua legítima neta, fossem desattendidas, e que Carlos Martelo sendo Bastardo,
fosse só attendido e gozasse do Principado da Austracia. Tendo notícia Carlos Martelo do
procedimento de sua madrasta e que trabalhava em revoltar aquelles povos contra elle, passou o
rio Rheno com a sua gente e atacou os Allemães e Suecos, venceu os Bavegerences e os não
deixou em paz sem que primeiro lhes entregassem a madrasta e a prima, e recebendo-as as tratou
com a honra que devia, e se recolheu vitorioso e rico a gozar dos lugares e honras de seu grande
pae, sendo bastardo, e excluídos os legítimos filhos de Dragon e Grimaldo, que diz o Padre
Antonio Carvalho da Costa na sua genealogia, foi pae de Othon Duque de Estralem ou Austracia e
que por causa da rebelião dos Austracianos a favor da França ou dos Francezes, se retirou para
Hespanha, ajudou D. Pelayo contra os Mouros em muitas batalhas, e no principado de Astúrias
fundou a illustre casa e solar do appellido de Duque Estrada, ou Duque de Estrada como deve ser,
e esta é a causa porque , diz o mesmo Padre Carvalho, que Othon era primo do Imperador Carlos
Magno, por ser Carlos Martelo meio irmão de Grimaldo por seu pae, e elle pae de Pepino, o
menor, que foi Rei de França e de quem foi filho o grande e famoso Carlos Magno, que também
foi Rei de França e ao depois Imperador e Duque de Bravancia e mais Estados dos Pepinos que
todos reinaram nelles.
Conclui o autor esta genealogia com estas palavras acreditadas como a dos autores que seguiu:
Com a elevação da família dos Carolíngios, que é a dos Pepinos, ao trono da França, não se
acabou no sangue a dos reis antecedentes, que gozavam a coroa deste grande Estado, porque o rei
Clodoveu [Clóvis I] que foi o primeiro que se fez cristão e de Santa Clotilde sua mulher, foi filho
o rei Clotário ou Lothário I; esse casou sua filha Bathildis [Blitildis] com o duque Anberto
[Ansbert] de quem foi filho S. Arnaldo, duque e mordomo mor dos mesmos reis de França, casado
com Santa Ita [Ida] que foram os pais de Sto
Arnalpho [Arnulpho] que depois de ser também
mordomo mor e casado com Doda [Dobo da Saxônia] foi bispo de Metz em Lorena [Lorraine] e
sua mulher se recolheu a um mosteiro. Destes foi filho Ansegiro ou Angegiro [Anseguis], conde
Palatino, que casou com Sta
Bega, duquesa de Bravancia [Brabante], de quem foi também filho o
grande Pepino, o Grosso, por sobrenome Erstala, que foi pai de Dragon [Drogon] e Grimoaldo,
legítimos filhos de sua mulher Plectruda [Plectrudes] e de Carlos Martel, filho de sua manceba
Alpeida [Alpaida] de quem foi filho Pepino, o Menor, que foi rei de França por disposição do rei
Childerico ao acabar de reinar e não ter filhos que herdassem o reino; e deste Pepino, o Menor, foi
filho o imperador Carlos Magno. Toda esta notícia se pode verificar nos livros e histórias já
citadas ou apontadas nesta mesma obra ou neste mesmo escrito, e quem mais longamente
quiser conhecer que a família Duque Estrada descende dos nomeados nestas genealogias e que tem
o seu solar nas Astúrias, leia D. José Flôres de Olares, Livro 1o
, Folha 30, Parágrafo 3o
.
Nota: Notem que Pepin I, o Velho, Senhor de Brabante, prefeito (mordomo mor) do palácio de
Austrácia era também conhecido toponímicamente como Pepin de Landen, o que quer dizer que
este Pepin era de um lugar chamado Landen. Da mesma forma que o filho de Carlos Formoso,
Austrácio, deu origem ao local chamado Austrácia, que era a França Bélgica, o filho Landon deu
origem ao local chamado Landon na província de Brabante Flamengo, região de Flandres, de onde
originou o nome toponímico de Pepin I, de Landen, o Velho. A diferença entre Landon e Landen
deve-se apenas a uma pequena corrupção (ver abaixo).
CONCLUSÃO
Concluindo, não foi Grimoaldo – que fora assassinado – quem fugiu de Carlos Martel refugiando-
se no principado de Astúrias que depois se tornou reino posteriormente tornando-se Espanha.
Quem fugiu de Carlos Martel foi o filho de Grimoaldo, Othon, duque de Estralen que, por
corrupção viria a se tornar no sobrenome Duque Estrada, da família Duque Estrada que é
descendente de Othon, filho de Grimoaldo II, que era filho de Pepin, o Gordo, de Herstal (Eristala
ou Estralen) que também foi pai de Carlos Martel por intermédio de sua concubina Alpais ou
Alpaida. Assim sendo, Grimoaldo era meio irmão de Carlos Martel e não sobrinho como afirmam
os genealogistas.
Lembremo-nos também que, fora da mitologia graças a Schilieman, e indo mais longe, todas as
famílias mencionadas acima incluindo os Duque Estrada e seus descendentes, são descendentes do
Rei Príamo de Tróia que, depois da destruição desta cidade na famosa guerra causada pelo
príncipe Páris (origem do nome da capital da França) e sua amada, a grega Helena, esposa do Rei
Menelau de Esparta, fugiram e fixaram residência no território que atualmente é a França.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUSA IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
Claudio José Ayrosa Rosière
 

Was ist angesagt? (20)

NASCIDOS DO SANGUE
NASCIDOS DO SANGUENASCIDOS DO SANGUE
NASCIDOS DO SANGUE
 
A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUSA IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
A IGREJA CRISTÃ E A ORIGEM DE SEUS DOGMAS – O PERPÉTUO SANGUE DE JESUS
 
The Bermuda Triangle
The Bermuda TriangleThe Bermuda Triangle
The Bermuda Triangle
 
MESSIAS, O MAIOR MISTÉRIO DO MUNDO
MESSIAS, O MAIOR MISTÉRIO DO MUNDOMESSIAS, O MAIOR MISTÉRIO DO MUNDO
MESSIAS, O MAIOR MISTÉRIO DO MUNDO
 
Guião de Trabalho sobre a Guerra de Secessão em Espanha - Tratado de Utreque
Guião de Trabalho sobre a Guerra de Secessão em Espanha - Tratado de UtrequeGuião de Trabalho sobre a Guerra de Secessão em Espanha - Tratado de Utreque
Guião de Trabalho sobre a Guerra de Secessão em Espanha - Tratado de Utreque
 
Tema venciendo a la ansiedad rev final eliud gamez
Tema venciendo a la ansiedad rev final  eliud gamezTema venciendo a la ansiedad rev final  eliud gamez
Tema venciendo a la ansiedad rev final eliud gamez
 
Palácio de Versalhes
Palácio de VersalhesPalácio de Versalhes
Palácio de Versalhes
 
POWERFUL BLOODLINES BEHIND THE DARK CABAL
POWERFUL BLOODLINES BEHIND THE DARK CABALPOWERFUL BLOODLINES BEHIND THE DARK CABAL
POWERFUL BLOODLINES BEHIND THE DARK CABAL
 
A FormaçãO De Portugal
A FormaçãO De PortugalA FormaçãO De Portugal
A FormaçãO De Portugal
 
Ppt formação de portugal e dinastias
Ppt formação de portugal e dinastiasPpt formação de portugal e dinastias
Ppt formação de portugal e dinastias
 
Anjos caídos
Anjos caídosAnjos caídos
Anjos caídos
 
E book-entenda-a-mac3a7onaria
E book-entenda-a-mac3a7onariaE book-entenda-a-mac3a7onaria
E book-entenda-a-mac3a7onaria
 
Knjiga kralja tota
Knjiga kralja totaKnjiga kralja tota
Knjiga kralja tota
 
Fundação de Portugal
Fundação de PortugalFundação de Portugal
Fundação de Portugal
 
O decreto dominical já está assinado!
O decreto dominical já está assinado!O decreto dominical já está assinado!
O decreto dominical já está assinado!
 
Vida de inês de castro
Vida de inês de castroVida de inês de castro
Vida de inês de castro
 
D.Manuel II
D.Manuel IID.Manuel II
D.Manuel II
 
4 dinastia
4 dinastia4 dinastia
4 dinastia
 
53634629 abreviaturas-maconicas
53634629 abreviaturas-maconicas53634629 abreviaturas-maconicas
53634629 abreviaturas-maconicas
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 

Andere mochten auch

Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
Cláudio Chasmil
 
Trabalho de artees
Trabalho de arteesTrabalho de artees
Trabalho de artees
sheilabeca
 
Trabalho sobre tatuagem
Trabalho sobre tatuagemTrabalho sobre tatuagem
Trabalho sobre tatuagem
Izabelle Pollo
 
Tatuagens e piercings
Tatuagens e piercingsTatuagens e piercings
Tatuagens e piercings
Ana Pereira
 
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoExercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Suelen Freitas
 

Andere mochten auch (18)

Artes
Artes Artes
Artes
 
DUQUE ESTRADA- ORIGEM DO SOBRENOME PARTE 2
 DUQUE ESTRADA- ORIGEM DO SOBRENOME PARTE 2 DUQUE ESTRADA- ORIGEM DO SOBRENOME PARTE 2
DUQUE ESTRADA- ORIGEM DO SOBRENOME PARTE 2
 
Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
Agente de Segurança Penitenciário 2012 » Acerto Quanto à Sobreposição do Núme...
 
If this is art
If this is artIf this is art
If this is art
 
Trabalho de artees
Trabalho de arteesTrabalho de artees
Trabalho de artees
 
Marcado na pele: consumo, tatuagem e cultura de massa.
Marcado na pele: consumo, tatuagem e cultura de massa.Marcado na pele: consumo, tatuagem e cultura de massa.
Marcado na pele: consumo, tatuagem e cultura de massa.
 
Body art
Body artBody art
Body art
 
Arte xx
Arte xxArte xx
Arte xx
 
Body Art
Body ArtBody Art
Body Art
 
HCA 11º, Espaço Virtual, Pintura e Arte Acontecimento
HCA 11º, Espaço Virtual, Pintura e Arte AcontecimentoHCA 11º, Espaço Virtual, Pintura e Arte Acontecimento
HCA 11º, Espaço Virtual, Pintura e Arte Acontecimento
 
Técnicas de Recrutamento
Técnicas de RecrutamentoTécnicas de Recrutamento
Técnicas de Recrutamento
 
Body art/slide
Body art/slideBody art/slide
Body art/slide
 
Trabalho sobre tatuagem
Trabalho sobre tatuagemTrabalho sobre tatuagem
Trabalho sobre tatuagem
 
Tatuagens e piercings
Tatuagens e piercingsTatuagens e piercings
Tatuagens e piercings
 
Estudo sobre a Body Art - História da arte
Estudo sobre a Body Art - História da arteEstudo sobre a Body Art - História da arte
Estudo sobre a Body Art - História da arte
 
Historia Dos Nomes
Historia Dos NomesHistoria Dos Nomes
Historia Dos Nomes
 
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoExercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
 
Simulado 6º ano arte
Simulado 6º ano arteSimulado 6º ano arte
Simulado 6º ano arte
 

Ähnlich wie ORIGEM ANCESTRAL DUQUE ESTRADA

COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
Claudio José Ayrosa Rosière
 
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
Claudio José Ayrosa Rosière
 
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdfMitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
VIEIRA RESENDE
 
Fi.js mc
Fi.js mcFi.js mc
Fi.js mc
fabio-g
 
Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013
Andreia1987
 
Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013
Andreia1987
 

Ähnlich wie ORIGEM ANCESTRAL DUQUE ESTRADA (20)

COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
COMENTÁRIO DO AUTOR DA SÉRIE DE LIVROS O MITO JESUS SOBRE MATÉRIA VEICULADA N...
 
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SIR LAURENCE GARDNER - HERANÇA SOBERANA SUPRIMIDA PO...
 
A nobre familia de Santa Clara de Assis
A nobre familia de Santa Clara de AssisA nobre familia de Santa Clara de Assis
A nobre familia de Santa Clara de Assis
 
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdfMitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
Mitos gregos_ edicao ilust. - Nathaniel Hawthorne.pdf
 
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
 
Fi.js mc
Fi.js mcFi.js mc
Fi.js mc
 
Probandus 007.pdf
Probandus 007.pdfProbandus 007.pdf
Probandus 007.pdf
 
Probandus 007
Probandus 007Probandus 007
Probandus 007
 
Jb news informativo nr. 0069
Jb news   informativo nr. 0069Jb news   informativo nr. 0069
Jb news informativo nr. 0069
 
Memorial do Convento 3ª E - 2011
Memorial do Convento   3ª E - 2011Memorial do Convento   3ª E - 2011
Memorial do Convento 3ª E - 2011
 
Estranha estirpe de_audazes
Estranha estirpe de_audazesEstranha estirpe de_audazes
Estranha estirpe de_audazes
 
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
 
Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013
 
Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013Lançamentos civilização junho 2013
Lançamentos civilização junho 2013
 
Aulas sobre o memorial
Aulas sobre o memorialAulas sobre o memorial
Aulas sobre o memorial
 
Diana - Sua Verdadeira História
Diana - Sua Verdadeira HistóriaDiana - Sua Verdadeira História
Diana - Sua Verdadeira História
 
Memorial Do Convento
Memorial Do ConventoMemorial Do Convento
Memorial Do Convento
 
Quatro Mulheres E Muito Amor (Frei Betto)
Quatro Mulheres E Muito Amor (Frei Betto)Quatro Mulheres E Muito Amor (Frei Betto)
Quatro Mulheres E Muito Amor (Frei Betto)
 
Quatro Mulheres E Muito Amor - Frei Betto
Quatro Mulheres E Muito Amor - Frei BettoQuatro Mulheres E Muito Amor - Frei Betto
Quatro Mulheres E Muito Amor - Frei Betto
 
Idade
IdadeIdade
Idade
 

Mehr von Claudio José Ayrosa Rosière

A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOSA VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
Claudio José Ayrosa Rosière
 
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIIICOMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
Claudio José Ayrosa Rosière
 
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVIVATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
Claudio José Ayrosa Rosière
 
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
Claudio José Ayrosa Rosière
 
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTAESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
Claudio José Ayrosa Rosière
 

Mehr von Claudio José Ayrosa Rosière (20)

FORMAS MUTANTES HUMANAS
FORMAS MUTANTES HUMANASFORMAS MUTANTES HUMANAS
FORMAS MUTANTES HUMANAS
 
TEOLOGIA NAZISTA
TEOLOGIA NAZISTATEOLOGIA NAZISTA
TEOLOGIA NAZISTA
 
ANTON PARKS AFIRMA QUE OSÍRIS É CRISTO
ANTON PARKS AFIRMA QUE OSÍRIS É CRISTOANTON PARKS AFIRMA QUE OSÍRIS É CRISTO
ANTON PARKS AFIRMA QUE OSÍRIS É CRISTO
 
SÍMBOLO OFICIAL DA REPÚBLICA FRANCESA - MARIANNE
SÍMBOLO OFICIAL DA REPÚBLICA FRANCESA - MARIANNESÍMBOLO OFICIAL DA REPÚBLICA FRANCESA - MARIANNE
SÍMBOLO OFICIAL DA REPÚBLICA FRANCESA - MARIANNE
 
THE PEOPLE AND PLACES IMPORTANT TO KING EGBERT & THE ORIGINS OF REDBURH OR RA...
THE PEOPLE AND PLACES IMPORTANT TO KING EGBERT & THE ORIGINS OF REDBURH OR RA...THE PEOPLE AND PLACES IMPORTANT TO KING EGBERT & THE ORIGINS OF REDBURH OR RA...
THE PEOPLE AND PLACES IMPORTANT TO KING EGBERT & THE ORIGINS OF REDBURH OR RA...
 
JESUS, HISTÓRIA FABRICADA
JESUS, HISTÓRIA FABRICADAJESUS, HISTÓRIA FABRICADA
JESUS, HISTÓRIA FABRICADA
 
MUNDO HIPÓCRITA
MUNDO HIPÓCRITAMUNDO HIPÓCRITA
MUNDO HIPÓCRITA
 
ASSOCIATED PRESS - CIA RECONHECE ÁREA 51
ASSOCIATED PRESS - CIA RECONHECE ÁREA 51ASSOCIATED PRESS - CIA RECONHECE ÁREA 51
ASSOCIATED PRESS - CIA RECONHECE ÁREA 51
 
ROBERT PATTINSON E DRÁCULA
ROBERT PATTINSON E DRÁCULAROBERT PATTINSON E DRÁCULA
ROBERT PATTINSON E DRÁCULA
 
A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOSA VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
A VERDADE OCULTA NA MARATONA DE BOSTON E OS MERCENÁRIOS INFILTRADOS
 
WALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLER
WALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLERWALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLER
WALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLER
 
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIIICOMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
COMO KATE MIDDLETON PODE SER DESCENDENTE DE HENRIQUE VIII
 
JUDAÍSMO - ORIGEM DA CIRCUNCISÃO
JUDAÍSMO - ORIGEM DA CIRCUNCISÃOJUDAÍSMO - ORIGEM DA CIRCUNCISÃO
JUDAÍSMO - ORIGEM DA CIRCUNCISÃO
 
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVIVATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
 
RAQUEL WELCH-DAVID CARRADINE-LEE MARVIN
RAQUEL WELCH-DAVID CARRADINE-LEE MARVINRAQUEL WELCH-DAVID CARRADINE-LEE MARVIN
RAQUEL WELCH-DAVID CARRADINE-LEE MARVIN
 
FILME ANUNNAKI BANIDO
FILME ANUNNAKI BANIDOFILME ANUNNAKI BANIDO
FILME ANUNNAKI BANIDO
 
GÊNESE DOS REIS DO GRAAL
GÊNESE DOS REIS DO GRAALGÊNESE DOS REIS DO GRAAL
GÊNESE DOS REIS DO GRAAL
 
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
CÂNTICO DOS CÂNTICOS: A MORTE DE JESUS COMO DRAMA TEATRAL?
 
PAPIRO SUGERE O CASAMENTO DE JESUS
PAPIRO SUGERE O CASAMENTO DE JESUSPAPIRO SUGERE O CASAMENTO DE JESUS
PAPIRO SUGERE O CASAMENTO DE JESUS
 
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTAESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO - CARTA ABERTA
 

ORIGEM ANCESTRAL DUQUE ESTRADA

  • 1. ORIGEM ANCESTRAL DA FAMÍLIA DUQUE ESTRADA Nenhum homem pode jamais ganhar o cálice a menos que seja conhecido no céu e que seja chamado pelo nome até o cálice. Wolfram von Eschenbach Os genealogistas afirmam que a família Duque Estrada descende de um Grimoaldo, sobrinho de Carlos Martel, que, por desavenças com este, procurou refúgio na Espanha depois vindo para o Brasil. Contudo, estes genealogistas estão equivocados. Ainda que os Duque Estrada sejam descendentes do mordomo mor dos palácios merovíngios, Pepin, o Gordo, de Herstal, por intermédio de Grimoaldo II, os motivos do equívoco estão expostos em seguida. Durante os últimos anos dedicados em tempo integral à busca pelo Santo Graal, descobri por intermédio de autores que se dedicam a este assunto, que o Santo Graal, segundo interpretação destes, seria, como cálice ou vaso, nada mais que uma metáfora para o útero de Maria Madalena. A suposição inequívoca destes autores é a de que Jesus Cristo teria se casado com Madalena e, como resultado, teria engendrado uma linhagem de sangue, a qual, por ser descendente do Graal como metáfora para o vaso, cálice ou útero de Madalena, teria, desde então, vindo a ser conhecida como LINHAGEM DO SANTO GRAAL. Durante estas pesquisas, dentre outras coisas, e por motivos que não cabem aqui serem explicados, necessitei fazer uma investigação minuciosa sobre a família Bush. Para isto, me vali, dentre outros livros, de um que versava sobre a biografia de George Herbert Walker Bush. Neste livro, intitulado George Bush: The Unauthorized Biography, os autores, Webster Griffin Tarpley e Anthon Chaikin, afirmam que George Herbert Walker Bush costumava comentar ser descendente de Henrique III Plantageneta. Neste contexto, o autores também afirmavam que Bush, por ser descendente daquele rei da Inglaterra, seria também primo, ainda que distante, de Sua Majestade, a rainha Elizabeth Alexandra Mary de Windsor, mais conhecida como rainha Elizabeth II. Ora, Plantageneta é o nome da segunda dinastia da Inglaterra, logo depois da dinastia Anglo- normanda fundada por Guilherme, o Conquistador, depois de derrotar o rei inglês Harold na famosa batalha de Hastings em 1066. Daí por diante, este e seus descendentes se tornaram reis da Inglaterra. Eventualmente, uma descendente do rei Guilherme, sua neta Matilda, casaria-se com Geoffroi, conde de Anjou, da mais famosa e poderosa casa européia, a francesa Casa de Anjou − tida em alta conta por Wolfram von Eschenbach em seu romance Parsifal depois musicado por Richard Wagner −, que, por sua vez, era descendente do famoso Carlos Magno, rei da França e Imperador do Sacro Império Romano-germânico. Foi durante esta investigação, sobre um possível parentesco entre os Bush e Sua Majestade, que, no ano de 2001, vim a tomar conhecimento de um outro livro que − por versar sobre assunto tão intrigante − tornou-se Best Seller, intitulado The Holy Blood and The Holy Grail, traduzido no Brasil pela Nova Fronteira com o título O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. Neste livro os autores dão uma importância muito grande tanto a dinastia Plantageneta quanto a Casa de Anjou,
  • 2. sugerindo, para falar o mínimo, serem tanto esta Casa quanto aquela dinastia, descendentes de Jesus e Madalena. Posteriormente, tomei conhecimento de outro livro Intitulado Bloodline of The Holy Grail (A Linhagem do Santo Graal) − primeiramente publicado na Grã-Bretanha e em outros países e, depois no Brasil, pela Madras Editora −, que também tornara-se Best Seller − novamente pelo mesmo instigante tema abordado no livro. Neste, o autor vai tão longe quanto apresentar uma genealogia onde Meroveus, historicamente o fundador da primeira dinastia francesa, a dinastia merovíngia, era apresentado como descendente de Jesus e Santa Maria Madalena. Mais ainda, o autor deste livro, que fora prefaciado pelo HRH* príncipe Michael de Albany, menciona explicitamente que esta linhagem, a linhagem messiânica de Jesus e Maria Madalena, é uma linhagem soberana que existe até hoje no mundo. Ora, neste contexto, tanto o presidente Bush como Sua Majestade, a Rainha, sendo descendentes tanto da dinastia Plantageneta, como também, por linha direta ascendente, da Casa de Anjou, da dinastia carolíngia, e através desta, descendente de Carlos Magno, são também descendentes da casa a qual Carlos Magno pertencia, a Casa de Pepim. Por sua vez, a Casa de Pepim, assumira a realeza francesa por uma usurpação do trono merovíngio, afirmam os historiadores. Contudo, a ancestralidade da casa de Pepim, ainda que esta casa fosse a dos prefeitos ou mordomos mor (Mayors) do palácio merovíngio antes da usurpação, era − embora os acadêmicos não mencionem, até mesmo por desconhecimento − também descendente dos reis merovíngios como Laurence Gardner − autor do livro em questão − apresenta nas genealogias do seu livro. Conferindo as genealogias de Gardner com as acadêmicas e históricas e confirmando-as, me levou a concluir que tanto os Bush como Sua Majestade teriam de ser descendentes de Jesus e Madalena, o que eu vim a confirmar e que está demonstrado no meu livro O Mito Jesus – A Linhagem. Por que mencionei os fatos acima? O que tem os Bush, Sua Majestade e estas casas européias tão famosas a ver com a família Duque Estrada? Ora, as minhas pesquisas apontavam inequivocamente a um padrão repetitivo de coincidências genealógicas e, diante da possibilidade de que estas personalidades pudessem ser descendentes de Jesus e Madalena, como eu provei que são, achei por bem estender minhas pesquisas a outras personalidades como a princesa Diana, duques, condes, príncipes, presidentes, banqueiros internacionais, etc. A minha dúvida era: seriam todos de uma mesma família descendente de Jesus e Madalena? Seriam estas famílias todas da LINHAGEM DO SANTO GRAAL? Minhas pesquisas confirmaram academicamente minhas suspeitas. Entretanto, durante estas pesquisas estendidas, não foi senão por um golpe de sorte que, investigando a genealogia de um tal duque na Internet, para minha total surpresa e espanto, ao digitar “duque fulano de tal” no Google, pulou na tela do monitor a origem genealógica da família Duque Estrada. O texto na tela afirmava, como já mencionei, ser a família Duque Estrada descendente de um tal de Grimaldo: Segundo alguns autores, o Duque de Estrada procede de Grimaldo, Duque de Brabante e Estralen, o qual, sendo perseguido na França por Carlos Martel, seu tio, no sétimo século, foi para a Espanha onde lutou contra os mouros. Seus descendentes conservaram o título de Duque de Estralen, que se transformou em Duque de Estrada.
  • 3. A se confirmar esta informação, não só a família Duque Estrada, como também todos os seus descendentes com outros sobrenomes familiares, seriam descendentes da Casa de Pepin que, dentre seus descendentes encontra-se Carlos Martel, um dos homens mais heróicos da França. Isto significaria dizer que a família Duque Estrada também seria uma das famílias descendentes de Jesus Cristo e Maria Madalena, ou seja, descendente do Santo Graal. Seria possível? Procurando confirmar a informação acima, não encontrei, por mais que procurasse, em lugar algum, um ducado com o nome de Estralem. Também, ainda que a família da Casa de Pepin possua várias pessoas com o nome Grimoaldo, não encontrei nenhum Grimoaldo sobrinho de Carlos Martel. Continuando com a pesquisa, pude novamente encontrar menção aos duques de Brabante e Estralem no livro Maricá Meu Amor, de Paulo Batista Machado, no qual consta o seguinte texto: A história de família de presença marcante não só em Maricá, como em todo o Rio de Janeiro, está intimamente ligada a Alexandre Álvares Duarte e Azevedo. Os seus filhos solidificaram os vários ramos de uma mesma árvore, descendentes do grande navegador Fernão de Magalhães e da não menos importante família espanhola Duque Estrada, oriunda dos Duques de Brabante e Estralen. Em face da falta de informações sobre um tal ducado de Estralem, julguei natural que Paulo Batista Machado tenha bebido esta informação em algum livro armorial. Dirigi-me então ao livro Armorial Lusitano do membro da Academia Portuguesa de História, Antônio Machado de Faria, editado em Lisboa, Portugal, pela Editorial Enciclopédia Lda , em 1961. Lá encontrei a mesma e insuficiente informação que se encontra abaixo apresentada:
  • 4. Não satisfeito, me voltei para outro livro intitulado As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas, de Manuel de Sousa que informa o que segue na cópia abaixo:
  • 5. Em vista da dificuldade de informações precisas, passei a procurar a genealogia do Imortal Joaquim Osório Duque Estrada − imortal não só pela autoria da letra do Hino Nacional Brasileiro, como também, e principalmente, pelo fato de ter ocupado a cadeira número 17 da Academia Brasileira de Letras. Eu supus que este Imortal, por ser uma personalidade famosa, talvez, pelo menos, sua genealogia pudesse ser encontrada com mais facilidade. Não deu outra, eu a encontrei, contudo, ainda não conseguira estabelecer uma ligação segura e confiável com a Casa de Pepin. Pela genealogia de Joaquim Osório encontrada por mim, ele era filho de Luís de Azeredo Coutinho Duque Estrada e neto de Domingos de Azeredo Coutinho Duque Estrada. Em vista dos impasses, deixei esta pesquisa genealógica em banho-maria até que certa feita, qual foi a minha surpresa, quando, encontrei um livro da família Duque Estrada que fora distribuído pela família em virtude das comemorações do quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro. Este livro fora impresso e distribuído para a família por uma pessoa que, na introdução do mesmo, identificava-se como L. C. M. Não me fora difícil identificar esse tal de L. C. M. como Luís Carneiro de Mendonça, marido de Zulma nascida Duque Estrada, irmã de Odette Duque Estrada e Álvaro Duque Estrada. O dito Luis Carneiro de Mendonça escrevera na introdução daquele livro que o mesmo havia sido concluído pela matriarca da família, Carolina Duque Estrada, a “Tia Carola” − como ele a chamava − no ano de 1900, e que havia sido iniciado e legado pelo primeiro Domingos da genealogia, o avô do autor da letra do Hino Nacional Brasileiro. Constam naquele Livro de Família várias genealogias, dentre elas, uma dos reis de França e outra dos Duques de Brabante, ambas, desde a destruição de Tróia. Estas duas genealogias são importantes por serem ambas descendentes do rei Príamo de Tróia; a dos reis de França apresenta a linhagem ancestral materna do rei franco, Faramund, cuja linhagem ancestral paterna é descendente de Jesus e Madalena, ambas, linhagens ancestrais do fundador da dinastia merovíngia, Meroveus; a dos duques de Brabante é a linhagem ancestral dos Mayors (Prefeitos ou Mordomos-mor) dos palácios merovíngios, ou seja, da Casa de Pepin, que usurpara o trono dos merovíngios redundando na dinastia carolíngia (Carlos Martel e Carlos Magno) que seria seguida pela dinastia capetíngia de Hugo Capeto e depois pelas Valois e Bourbon. A genealogia dos duques de Brabante, lá apresentada e intitulada Genealogia dos Duques de Bravancia ou Brabante, que traz o Padre Frei João de Penedo, religioso franciscano, prosseguida dos reis troianos até El- Rei Felippe de Castella em Monarchia Ecclesiastica, Parte 3a , Livro 17, Capítulo 31, Parágrafo 1o , Folha 53, que fora copiada de forma resumida da monumental obra, Monarchia Ecclesiastica, encontra-se no Apêndice V, cuja conclusão afirma:
  • 6. Conclui o autor esta genealogia com estas palavras acreditadas como a dos autores que seguiu: Com a elevação da família dos Carolíngios, que é a dos Pepinos, ao trono da França, não se acabou no sangue a dos reis antecedentes, que gozavam a coroa deste grande Estado, porque o rei Clodoveu [Clóvis I] que foi o primeiro que se fez cristão e de Santa Clotilde sua mulher, foi filho o rei Clotário ou Lothário I; esse casou sua filha Bathildis [Blitildis] com o duque Anberto [Ansbert ou Ansbertus] de quem foi filho S. Arnaldo [Amoaldo], duque e mordomo mor dos mesmos reis de França, casado com Santa Ita [Ida] que foram os pais de Sto Arnalpho [Arnulpho] que depois de ser também mordomo mor e casado com Doda [Dobo da Saxônia] foi bispo de Metz em Lorena [Lorraine] e sua mulher se recolheu a um mosteiro. Destes foi filho Ansegiro ou Angegiro [Anseguis], conde Palatino, que casou com Sta Bega, duquesa de Bravancia [Brabante], de quem foi também filho o grande Pepino, o Grosso, por sobrenome Erstale, que foi pai de Dragon [Drogon] e Grimoaldo, legítimos filhos de sua mulher Plectruda [Plectrudes] e de Carlos Martel, filho de sua manceba Alpeida [Alpaida ou Alpais] de quem foi filho Pepino, o Menor, que foi rei de França por disposição do rei Childerico ao acabar de reinar e não ter filhos que herdassem o reino; e deste Pepino, o Menor, foi filho o imperador Carlos Magno. Toda esta notícia se pode verificar nos livros e histórias já citadas ou apontadas nesta mesma obra ou neste mesmo escrito, e quem mais longamente quiser conhecer que a família Duque Estrada descende dos nomeados nestas genealogias e que tem o seu solar nas Astúrias, leia D. José Flôres de Olares, Livro 1o , Folha 30, Parágrafo 3o . (Os negritos são meus) Por outro lado, a genealogia dos reis de França, intitulada Genealogia dos Reis de França desde a destruição de Troya até Faramundo 1o , Rei dos Sicambros e Francos, reino de França que traz o Padre Frei João de Penedo na sua Monarchia Ecclesiástica, Parte 2, Cap. 25, Liv. 14, Parg. 1o , Fl. 194 e continua a mesma genealogia da Casa D’ Áustria donde vêm os Imperadores que há muitos séculos gosam o Império de Allemanha e segue a genealogia até Filippe 2o , 1o Rey de Castella descendente destas mesmas casas, o que se vê com toda a clareza na 4a Parte, Tomo 4o , Livro 27, Cap. 1o , Parg. 1o , Fls. 194 é a que se encontra descrita abaixo e que confere no todo com a genealogia fornecida por Gardner em seu livro A Linhagem do Santo Graal que também é apresentada a seguir: Principia o autor esta genealogia de Adão e vai continuando a sucçessão e governos, Ducados e Reinados até Cologion [Clodius] [2] filho 3o de Theodomiro [1] que foi 23o Rei dos Francos, Reino da França, e diz, que deste foi filho Heitor Deyembar de quem descendem os Duques de Bravancia. Teve Cologion mais outro filho que foi Marcomiro [3], que foi Rei dos Francos 24 annos, e pelo seu valor pessoal venceu os Romanos em Cabo Agripina, mas por confiar muito em si, foi ao depois vencido e morto, imperando Valentiniano. Com a sua morte ficaram os Francos derrotados e tributários aos Romanos, e elegeram para seu Vice Rei a Dagoberto [4], irmão de seu Santo Rei Marcomiro e por falecimento deste a seu filho Genebaldo [5]; morto este, ajuntaram os Francos os seus Duques e Grandes e com todos estes, à satisfação do povo, elegeram a Faramundo [6], Duque de Francônia e descendente por linha recta dos seus antigos Reis, para tomar posse do Reino, como o fez, e posto no throno lançou fóra os Romanos e ficou Senhor de toda a França catholica e Bélgica. Estabeleceu o nome de França e de Francezes aos seus nacionaes. Por seu fallecimento tomou posse e reinou seu filho Clodion, e por morte deste,
  • 7. seu filho Moroveu. Estes dois últimos constam do Cap. 27 do Livro 14o dito acima; e diz o Cap. 26 por último, que destes continuaram seus successores até a introdução de Hugo Capeto; e assim da fim e acaba esta notícia do Livro 14 supradito e continua a mesma genealogia no Tomo ou Parte 4a , Cap. 27, Parg. 1o , Fla. 196 que diz assim: Por fallecimento de Moroveu reinou seu filho Childerico, e por morte deste seu filho Clodoveo que se fez christão pelas diligências e instâncias de sua mulher Santa Clotilde e de S. Remigio, Bispo de Rems. Teve Clodoveu 4 filhos e a todos 4 corôou Reis, porém Clotário ou Lotário, um delles, se fez Senhor de todos os reinos e casou uma sua filha chamada Blatilde [Blitildes] com o Duque Amberto [Ansbert] ou Nicanor; deste descende a grande casa dos Carolíngios, que é a que vem dos Pepinos e de Ansegiro ou Angegiro de quem falla o Padre Antonio Carvalho da Costa que continuaremos na genealogia dos Duques de Bravancia. Todas estas genealogias são absoluta e academicamente corretas pois já as conhecia de cor e salteado por serem as genealogias da família pepinida (dos Pepin), ancestral das famílias Bush, Windsor, dos banqueiros Morgan e Rockefeller, dos atores Brad Pitt, Richard Gere, John Waine, e de muitas outras celebridades internacionais cujas genealogias, depois de levantadas e compiladas por mim, as condensei no mapa genealógico anexo ao meu livro intitulado O Mito Jesus – A Linhagem. Mais ainda, a família pepinida foi uma das mais importantes famílias, senão a mais importante da Europa, por ter ela forjado a base do que resultou na Europa como a conhecemos hoje, e também, por ser ela a família fundadora do Ducado de Brabante − o mais importante ducado da ancestral Gália-Bélgica ainda existente na atualidade −, ducado este que é o palco do
  • 8. famoso conto Lohengrin de Wolfram von Eschenbah, depois musicado por Richard Wagner. Em Lohengrin, a personagem central é Elza, duquesa de Brabante segundo algumas narrativas, ou duquesa de Bouillon, segundo outras. Contudo, duquesa de Brabante é uma variante de duquesa de Bouillon porque, segundo nota número 32 da pág. 391 do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, o título do ducado de Godffroi de Bouillon − de sangue merovíngio e que fora o grande comandante da Primeira Cruzada que tomou Jerusalém dos muçulmanos em 1099 − Bassa Lorraine, foi abandonado em 1190 e os suzeranos passaram a se chamar duques de Brabante. Contudo, restavam-me ainda dúvidas sobre Grimoaldo. Ele é mencionado pelos genealogistas como tendo buscado refúgio na Espanha por motivo de desavenças com seu tio Carlos Martel e que seu título era duque de Brabante e Estralen; eu jamais encontrara um tal ducado de Estralen e isto a princípio me pareceu uma fabricação, contudo, esta dúvida se desfez por uma observação atenta quando percebi que Pepino, o Gordo, é sempre referido historicamente como Pepino, o Gordo de Herstal e, o padre Penedo, refere-se a Othon, filho de Grimoaldo, como duque de Estralen. O fato é que Estralen nada mais é que uma corrupção do original nome toponímico belga Herstal que alguns grafam Heristal ou Eristala. Nas minhas pesquisas genealógicas identifiquei muitas vezes mudanças de nome desta natureza, por corrupção, devido a fonéticas e grafias diferentes em locais diferentes. Citando alguns poucos, mas bons e emblemáticos exemplos deste tipo de mudança, temos as famílas Delano, Roosevelt, Pierpont e Cabot. Os Delano, descendentes da família hugenote de nome La Noy, tornaram-se Delanoy nos Estados Unidos e por último tiraram o “Y” final tornando-se Delano. Estes, viriam a se unir por casamento com os Rosenvelt holandeses que converteram-se nos Roosevelt quando de sua mudança para Nova Amsterdam, hoje Nova York, nos Estados Unidos. Os Pierrepont se tornaram Pierpont depois de se unirem por casamento com os Morgan tornando-se os Pierpont Morgan do famoso banqueiro internacional John Pierpont Morgan, proprietário do J. P. Morgan Bank que, eventualmente se uniria como o Chase Manhattan Bank − que já era uma união entre o Chase Bank e Manhattan Bank − formando o atual e famoso Morgan Chase Bank, o qual, esteve envolvido com a quebra da Enron nos Estados Unidos. O embaixador de JFK no Vietnã do Sul, Henry Cabot Lodge, um dos grandes responsáveis pelo forjado incidente do golfo de Tonkin que lançou os Estados Unidos na Guerra do Vietnã, como um presente bem lucrativo para os bancos de Morgan, era descendente da família genovesa Caboto. Retornando ao tema principal, eu já sabia por estudos decorrentes destas pesquisas, que tanto os merovíngios como os pepinidas, consequentemente também os carolíngios, eram descendentes dos
  • 9. francos e que os francos eram descendentes dos sicambros que, por sua vez, eram − ainda que o ensino acadêmico não admita, a não ser como mitologia* − descendentes do rei Príamo de Tróia. Agora, de posse do Livro de Família da família Duque Estrada, passei a investigar a genealogia contida naquele livro fornecida pelo padre João de Penedo, iniciada no rei Príamo de Tróia, que menciona uma história sobre Grimoaldo diferente daquela apontada pelos genealogistas. Pepin II, o Gordo, de Herstal, prefeitodos palácios de Austracia, Neustria e Borgonha, m. 714 Plectrudes Alpais (Manceba) Carlos Martel (2) Sonechilde da Baviera (1) Rotrude de Trèves | Drogon Grimaldo IITeodocinda, filha de Rabodo, rei da Frígia Amante incógnita Othon ORIGEM DE TRÓIA | Carlomano de Brabante Emegarda | Pepin I de Landen, oVelho, senhor de Brabante, prefeito do palácio de Austrasia m. 647 Sta. Itta, irmã dobispo de Nodoaldo | | Grimaldo I | Ildeberto | Sta Ursula ORIGEM MEROVÍNGIA Descendência merovíngia do rei Meroveus | Princesa Bertha Carlos Magno Rei da França (771 - 814) Imperador Carlos (800 - 814) | Blitildis Ansbertus Ferreoulus | Amoald de Scheldt Princesa Dua da Suábia | Arnulf, bispo de Metz Dobo da Saxônia | Anseguis (Ansegiro ou Ansegisel) | Begga de Brabante Theobaldo ORIGEM DE TRÓIA Clodion Meroveus, fundador da Dinastia merovíngia Childeric Clovis I Lotário (Clotário) I | | Meira | Basina II de Turingia | Clotilde da Borgonha | Ingund Aregund | Chilperic Fredegunde | Lotário II | Dagoberto I Raintrude | Sigisberto II Immachilde | Dagoberto II Pepin II, o Baixo Prefeito do palácio merovíngio Rei da França (751 - 768)
  • 10. Lá, o padre Penedo nos remete a dois Grimoaldos, entretanto, é o Grimoaldo II que nos interessa; como podemos ver na genealogia (ver Apêndice), o sobrinho que por desavenças com Carlos Martel fugiu para Espanha foi Othon, e não, como os genealogistas afirmam, Grimoaldo II que fora assassinado em circunstâncias suspeitas. Ainda que o padre Penedo aponte como causa da morte de Grimoaldo II o descontentamento do pai de sua legítima esposa Teodosinda, o rei Rabodo da Frigia, que mandou assassiná-lo por seu relacionamento ilícito com uma dama que o padre deixa em silêncio, é fácil suspeitarmos que o real motivo pode muito bem ter sido outro, pois a manceba de Grimoaldo II, que o padre deixa em silêncio, era a própria segunda esposa de Carlos Martel, Rotrude de Trèves, o que poderia explicar de forma muito mais satisfatória o real motivo do assassinato de Grimoaldo II pelo pai de sua esposa em conluio com o próprio Martel, por ser Grimoaldo II o legítimo herdeiro ao trono da França, ao contrário do dito descontentamento. De qualquer forma explica o motivo pelo qual Othon, como legítimo herdeiro ao trono na falta de seu pai, e por ser neto de Pepin de Herstal com sua legítima esposa Plectrudes, se viu em apuros, ameaçado pelo ilegítimo filho do mesmo Pepin de Herstal e sua manceba Alpais, seu tio Carlos Martel, que usurpara o trono para si. Isto explica também o fato de Theobaldo, ao contrário do costume da época, ter sido mantido vivo, não por graça de Martel, mas sim, por diligências de Rotrude de Trèves que, além de esposa de Martel, era também, como manceba de Grimoaldo II, a mãe de Theobaldo. É claro que a condição principal dentre as diligências de Rotrude em favor de seu filho Theobaldo era a de que este não reclamasse para si o trono francês competindo com seu padrasto Martel, condição que por este foi honrada até sua morte quando Theobaldo foi assassinado*. Por que toda esta pesquisa em torno da família Duque Estrada? Ora, se todas as pessoas encontradas por mim no mapa genealógico A Vinha do Senhor são descendentes de Jesus e, sendo Jesus filho de Deus pela teologia cristã, eu me perguntei: Seriam todas estas pessoas descendentes de Deus? É lógico, isto me deixou espantado. A teologia cristã afirma que todos somos filhos de Deus. Contudo, esta mesma teologia nos remete a um modelo de Deus imaginário ideal, perfeito, inefável, incognoscível e distante que não combina com o quadro encontrado por mim, que leva em conta, nada mais nada menos, que uma descendência sanguínea desse Deus por intermédio de Jesus, o que me deixou com duas opções: Jesus não era filho de Deus ou Deus não é o imaginário ideal que as pessoas tanto necessitam. Assim saí a procurar pelos dois, por um Jesus humano compatível com o quadro por mim levantado, ou seja, compatível com a imperfeição daquela descendência sanguínea, ou por um Deus muito bem dizível, cognoscível, próximo e, mais ainda, com sangue correndo em suas veias, do qual Jesus, e os outros Vinha do Senhor e toda a humanidade pudesse descender, o que o distanciaria de forma irreconciliável da teologia cristã. Se assim o for, bem que esse Deus poderia não ser, afinal de contas, um Deus no sentido teológico da palavra, e sim, um deus com letra minúscula, simplesmente, uma entidade alienígena à nossa pseudo cultura, que dirigiu, dirige e continuará dirigindo com mão de ferro e uma agenda muitas vezes até mesmo predatória − tipificada por pessoas como os Bush, Morgan, Rockefeller e outros −, nossos destinos, nosso planeta e a nossa humanidade sem que saibamos, afinal, se fomos criados a imagem e semelhança dele, poderiam nosso sangue e o nosso genoma serem o dele? Se for assim, poderíamos criar uma nova teologia, realista, paupável e pragmática, se conseguirmos encontrar a identidade desse deus? E haveria mesmo a necessidade de alguma
  • 11. teologia? Qual seria a relação entre a humanidade e esse deus? Haveria a necessidade de religiões intermediárias entre os dois? __________________ * Esquecendo-se do fato de que Schilieman transferiu a “lendária” Tróia para o domínio da história através de uma leitura atenta da Iíada de Homero que o levou a decobrí-la arqueologicamente. Por outro lado, a capital da França, Paris, tem como origem o nome do “lendário” personagem Páris, que roubou Helena dos gregos ocasionando a Guerra de Tróia, assim como também, na França − cujo nome deriva de um chefe sicambro descendente de Tróia de nome Franco que deu origem à tribo dos Francos que, por sua vez, originou o nome França − existe uma cidade com o nome de Troyes, cujo nome deriva de Tróia, onde se deu o Concílio de Troyes, no qual São Bernardo de Clairvaux incorporou oficialmente os Templários como Ordem Monástica e de Cavalaria e que também deu origem ao nome do autor do romance medieval Le Conte del Graal (O Conto do Graal), Chrétien de Troyes. APÊNDICE Genealogia dos Duques de Bravancia ou Brabante, que traz o Padre Frei João de Penedo, religioso Franciscano, prosseguida dos Reis Troyanos até El-Rey Felippe de Castella. Historia Ecclesiástica Parte 3a , Liv. 17, Cap. 31, Parg, 1o , Fl. 53. De Pryamo, último Rey dos Troyanos, foi filho Heitor e neto Franco que deu o nome a França; deste foi filho Pryamo 2o que foi pae de Heitor 2o e Polidomo e Brabon ou Bravon de quem veremos se originou o nome de Brabante ou Bravancia e continuaram outros descendentes por linha recta até Godofredo chamado Carlos na língua nacional, que quer dizer melancólico, e deste princípio se fez conhecer ao mundo o nome de tanta fama Carlos. Deste Carlos foi filho Carlos Inaco, que por forçar uma donzella, temendo a recta justiça de seu pae, fugiu para os Romanos e os acompanhou na guerra contra Mithridates, Rey do Ponto, aonde continuando nas suas travessuras furtou a Germana filha do Proconsul da Arcádia chamado Julio, e voltando fugido para Bruxellas do Ducado de Brabante, teve notícia do fallecimento de seu pae, que era Rey dos Túngaros [Turíngia], foi tomar posse do Reino e mudou o nome da mulher roubada que se chamava Germana em Zavana, como sua mãe. Essa donzella casou com Bravon Silvio na cidade de Loivana, assistindo ao casamento Julio César, que lhe deu toda a terra desde o mar da Noruega até Tornai, e o rio Escalda e a Panônia e a Selva Carbonária com o título de Ducado de Bravancia em memória de Bravon, e depois que Bravon matou a Druon que em Anvers tiranyzava cruelmente aquelles povos, lhe deu César o Marquezado de Anvers e a seu cunhado Octavio, filho também de Carlos Inaco e Zavana deu o Reino de Agripina Celonia. Este Octavio depois que seu pae faleceu, morreu elle também, e por não deixar successores, passou o Reino de Agripina Celonia a seu sobrinho Carlos Bravon, filho de Bravon Silvio e Zavana e reinou em Agripina Celonia e Ducado de Bravancia 50 annos. Casou com a primeira filha do Duque de Turingia de quem teve a Carlos Julio. Este reinou durante 40 annos e foi governador da Gália Bélgica pelo Imperador Trajano ou Vespasiano. No seu tempo se fizeram christãos os Túngaros e Colonocensses pela missão de São Materno; a este succedeu seu filho Carlos Gofredo, e a este seu filho Uberico que gosou dos estados de seu pae com liberdade por ter elle antes de morrer expulsado os Romanos dos seus domínios; e destes se seguiram outros por linha recta até Carlos
  • 12. Formozo que casou com uma irmã do Imperador dos Romanos, Valentiniano, e della nasceu Landon (ver nota no final da genealogia) a quem deixou o Reino. Teve mais outro filho que se chamou Austracio, que deu nome de Austracia que é a França Bélgica ou Oriental, e tendo reinado 41 annos em Austracia e Borgonha, terras que lhe deu seu pae sem sujeição ou reserva. Seu irmão Landon falleceu deixando estes Estados ao seu filho Carlos Nazon, que os gosou 12 annos; foi casado com Uvalberga única herdeira do Duque de Turingia e teve della Carlos Ardanio; reinou este em tempo do Imperador Justiniano e de Childerico e de Clotario da França 50 annos; e seu filho Carlomano, como traz o Padre Pinenele no apêndice de sua grande obra Fl. 13; foi casado com Emegarda de quem teve a Pepino o antigo que foi Duque de Bravancia e outros Estados, Mordomo Mor dos Reis de Austracia e a quem Clotario fez Príncipe de Palácio de França, lugar de tanta grandeza e dependência, que sendo tão grande Senhor ainda que por suas terras dependesse do Rei de França ambiciosamente se sujeitou a elle. Deste Pepino descenderam os que ao depois foram Reis de França. Foi casado com Santa Ita irmã do Santo Bispo de Nodoaldo e della teve a Grimaldo que gosou todas as honras de seu pae, mas acabou infelizmente com seu filho Ildeberto a quem El-Rey Sigisberto por não ter filhos tinha perfilhado para herdar o Reino, e como teve ao depois filhos, a preferência destes, que injustamente quizeram impugnar, foi a causa da morte de ambos. Teve Pepino mais duas filhas de sua mulher que foram Santa Ursula, que se recolheu a um Mosteiro de Monjas e a quem depois por morte do mesmo Pepino acompanhou Santa Ita sua mãe e acabaram Santas, cujas vidas escreve Surio; e a Santa Bega, Duqueza de Bravancia que casou com Ansegiro, ou Angegiro filho de Arnulpho, Mordomo Mór do Reino de Austracia, neto de Arnaldo Duque Mordomo Mór dos Reis de França e descendente delles, bisneto do Duque Amberto que foi casado com a Princeza Batilde [Blitildes] filha de El-Rey Clotario [Lotário] 1o de França, 3o neto de Clodoveo [Covis] e de Santa Clotilde. Esse Clodoveo [Clóvis] foi o primeiro Rei christão de França, como tereis visto na genealogia antecedente, e aqui, diz o autor, neste casamento se ajuntou a grande Casa de Bravancia com a que fundou Austracio, hoje Lorena [Lorraine], com título de Ducado, e de presente sujeito ao Reino de França. Arnulpho, pae de Ansegiro ao depois foi Bispo de Metz, em Lorena, e sua mulher Doda se recolheu a um convento e acabaram Santos. De Ansegiro e Santa Bega, foi filho Pepino 2o por sobre-nome Estrala, Duque de Bravancia, Conde Palatino, Márquez do Sacro Império Romano, Conde Namurcense e Príncipe de Palácio de França, que então era o Rei que existia Senhor de todos os Estados que compunham a grande Monarchia de França, porem de seu governo e disposição nada sabiam e os Mordomos e Príncipes de Palácio ou Grandes Generaes, que tudo era o mesmo, governavam inteiramente o Rei e o Reino e por isso diz a chronica, que reinou este Pepino, chamado o grosso, por sobre-nome Estrala por 24 annos. Foi casado com Peletruda [Peletrude ou Plectrudes] de quem teve dois filhos, Dragon e Grimoaldo 2o a quem chamam Menor, e como Pepino estivesse muitos annos com essa grandeza e poder, foi o seu filho Dragon governador da Província de Campânia, e por fallecimento deste ao filho, seu neto, com todos os poderes de honras de seu pae; e a Grimaldo por fallecimento de seu grande amigo Norberto a quem tinha posto junto ao Rei fazendo as suas vezes, porque elle actualmente se ocupava na Campanha aonde alcançou o nome de Grande General, e se fez general de França com todos os poderes e honras. Estava casado Grimaldo com a Princeza Teodocinda filha de Rabodo, Rei da Phigia, e porque elle o afligia muito por continuar na amizade ilícita de uma Dama, que o autor põe em silêncio o nome, e della tinha um filho com o nome Theobaldo, indo Grimaldo visitar a seu pae que se achava enfermo, o Rei da Phrigia, seu sogro, o mandou
  • 13. matar na viagem por Narnari seu confidente. Soube o grande Pepino a morte de seu filho e esta grande mágoa deve-se crer, foi a causa de se esquecer dos netos filhos de seu filho Grimaldo e de Teodocinda por serem também netos do Rei da Phigia e nomeou a Teobaldo filho natural,como já disse, de seu filho, General de França com todas as honras de seu pae; e a Carlos Martelo [Martel], que era filho natural do mesmo Pepino e de Alpeida [Alpaida ou Alpais], sua manceba, fez Governador de Austracia sem attender a opposição que fez a essa eleição sua mulher Peletruda que procurou desfazê-la já com rogos e já por meio de São Sudibert, que nada pôde vencer. Muito bem antevia ella o que depois succedeu, conhecendo o elevado espírito de seu enteado e por isso o temia. Morto o grande Pepino, ficou sua mulher Peletruda riquíssima e postos seus netos nos lugares maiores e de maior dependência não só em Austracia, mas em toda a Casa Real de França e em todo Reino tinha a maior autoridade e por seu parecer se regia tudo, e o Rei que era Dagoberto estava por tudo que ella obrava, fez ella prender a Carlos Martelo [Martel], seu enteado, de quem se temia e o teve assim até que morreu Dagoberto com quatro annos de reinado; e tomando posse do Reino seu filho Daniel, Monge e Sacerdote, que se chamou depois Chilperico 2o Rei-manfredo, poderoso oppositor e pretendente dos lugares e honras do Reino, venceu a Theobaldo, filho bastardo de Grimaldo, privou do Generalato e mais títulos e honras e se fez Senhor e Governador de França ou de seu Governo, e querendo acabar com a família de Pepin, unindo a vontade do Rei à sua, entraram por Austracia onde estava Peletrude por Senhora, e causaram os maiores prejuízos de tal sorte, que para o acommodar foi preciso que ella prommetesse e desse muito dinheiro; Carlos Martel que já tinha achado meios de sahir da prizão e estava em Soissons, cidade sua em Austracia ajuntou os Austracianos que pôde e na retirada que elles fizeram lhes sahiu ao encontro, combate-os, vence-os, e toma-lhes grande parte de dinheiro e armas, voltando à sua terra vitorioso. Por esta obra, e suas boas qualidades e outros merecimentos pessoaes, era amado e seguido de todos; e sendo chamado ao throno por fallecimento de Chilperico, Theodorico, filho 2o de Dagoberto, este conhecendo os merecimentos de Carlos Martelo admetiu na sua companhia, e elle depois de fazer com que Reimanfredo renunciasse ao Generalato com a mais honras que tinha injustamente uzurpado aos filhos de Dragon e Grimaldo, netos do grande Pepino, seu pae, querendo melhoras e reformar o Governo do Reino, ajuntou todos os grandes, e por elles e pelo Rei foi nomeado Príncipe de França, cousa nunca praticada senão com filhos de Rei; e como se também incluía nessa eleição o governo da Austracia, Peletrude sua madrasta, vendo as prosperidades com que cada dia mais se engrandeciam seus netos auzentes, levando consigo sua neta Sichilda, se encaminhou para as margens do Danúbio, e lamentando-se entre aquelles povos, queixando-se que sendo ella mulher legítima do grande Pepino e Sichilda sua legítima neta, fossem desattendidas, e que Carlos Martelo sendo Bastardo, fosse só attendido e gozasse do Principado da Austracia. Tendo notícia Carlos Martelo do procedimento de sua madrasta e que trabalhava em revoltar aquelles povos contra elle, passou o rio Rheno com a sua gente e atacou os Allemães e Suecos, venceu os Bavegerences e os não deixou em paz sem que primeiro lhes entregassem a madrasta e a prima, e recebendo-as as tratou com a honra que devia, e se recolheu vitorioso e rico a gozar dos lugares e honras de seu grande pae, sendo bastardo, e excluídos os legítimos filhos de Dragon e Grimaldo, que diz o Padre Antonio Carvalho da Costa na sua genealogia, foi pae de Othon Duque de Estralem ou Austracia e que por causa da rebelião dos Austracianos a favor da França ou dos Francezes, se retirou para Hespanha, ajudou D. Pelayo contra os Mouros em muitas batalhas, e no principado de Astúrias fundou a illustre casa e solar do appellido de Duque Estrada, ou Duque de Estrada como deve ser, e esta é a causa porque , diz o mesmo Padre Carvalho, que Othon era primo do Imperador Carlos
  • 14. Magno, por ser Carlos Martelo meio irmão de Grimaldo por seu pae, e elle pae de Pepino, o menor, que foi Rei de França e de quem foi filho o grande e famoso Carlos Magno, que também foi Rei de França e ao depois Imperador e Duque de Bravancia e mais Estados dos Pepinos que todos reinaram nelles. Conclui o autor esta genealogia com estas palavras acreditadas como a dos autores que seguiu: Com a elevação da família dos Carolíngios, que é a dos Pepinos, ao trono da França, não se acabou no sangue a dos reis antecedentes, que gozavam a coroa deste grande Estado, porque o rei Clodoveu [Clóvis I] que foi o primeiro que se fez cristão e de Santa Clotilde sua mulher, foi filho o rei Clotário ou Lothário I; esse casou sua filha Bathildis [Blitildis] com o duque Anberto [Ansbert] de quem foi filho S. Arnaldo, duque e mordomo mor dos mesmos reis de França, casado com Santa Ita [Ida] que foram os pais de Sto Arnalpho [Arnulpho] que depois de ser também mordomo mor e casado com Doda [Dobo da Saxônia] foi bispo de Metz em Lorena [Lorraine] e sua mulher se recolheu a um mosteiro. Destes foi filho Ansegiro ou Angegiro [Anseguis], conde Palatino, que casou com Sta Bega, duquesa de Bravancia [Brabante], de quem foi também filho o grande Pepino, o Grosso, por sobrenome Erstala, que foi pai de Dragon [Drogon] e Grimoaldo, legítimos filhos de sua mulher Plectruda [Plectrudes] e de Carlos Martel, filho de sua manceba Alpeida [Alpaida] de quem foi filho Pepino, o Menor, que foi rei de França por disposição do rei Childerico ao acabar de reinar e não ter filhos que herdassem o reino; e deste Pepino, o Menor, foi filho o imperador Carlos Magno. Toda esta notícia se pode verificar nos livros e histórias já citadas ou apontadas nesta mesma obra ou neste mesmo escrito, e quem mais longamente quiser conhecer que a família Duque Estrada descende dos nomeados nestas genealogias e que tem o seu solar nas Astúrias, leia D. José Flôres de Olares, Livro 1o , Folha 30, Parágrafo 3o . Nota: Notem que Pepin I, o Velho, Senhor de Brabante, prefeito (mordomo mor) do palácio de Austrácia era também conhecido toponímicamente como Pepin de Landen, o que quer dizer que este Pepin era de um lugar chamado Landen. Da mesma forma que o filho de Carlos Formoso, Austrácio, deu origem ao local chamado Austrácia, que era a França Bélgica, o filho Landon deu origem ao local chamado Landon na província de Brabante Flamengo, região de Flandres, de onde originou o nome toponímico de Pepin I, de Landen, o Velho. A diferença entre Landon e Landen deve-se apenas a uma pequena corrupção (ver abaixo).
  • 15. CONCLUSÃO Concluindo, não foi Grimoaldo – que fora assassinado – quem fugiu de Carlos Martel refugiando- se no principado de Astúrias que depois se tornou reino posteriormente tornando-se Espanha. Quem fugiu de Carlos Martel foi o filho de Grimoaldo, Othon, duque de Estralen que, por corrupção viria a se tornar no sobrenome Duque Estrada, da família Duque Estrada que é descendente de Othon, filho de Grimoaldo II, que era filho de Pepin, o Gordo, de Herstal (Eristala ou Estralen) que também foi pai de Carlos Martel por intermédio de sua concubina Alpais ou Alpaida. Assim sendo, Grimoaldo era meio irmão de Carlos Martel e não sobrinho como afirmam os genealogistas. Lembremo-nos também que, fora da mitologia graças a Schilieman, e indo mais longe, todas as famílias mencionadas acima incluindo os Duque Estrada e seus descendentes, são descendentes do Rei Príamo de Tróia que, depois da destruição desta cidade na famosa guerra causada pelo príncipe Páris (origem do nome da capital da França) e sua amada, a grega Helena, esposa do Rei Menelau de Esparta, fugiram e fixaram residência no território que atualmente é a França.