2. As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que
os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e
expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de
quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do
emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem
também o pensamento de modo original e criativo,
exploram o sentido não literal das palavras, realçam
sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam
orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura
gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus
elementos. As figuras de linguagem costumam ser
classificadas em figuras de som, figuras de
construção e figuras de palavras ou semânticas.
7. METÁFORA
■ É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de
semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida, ou seja, sem utilizar
expressões que indiquem que uma comparação está sendo feita (“como”, “tanto
quanto”, “parece”, entre outras).
-Você tem uma pedra dentro do peito.
- “Sua boca é um cadeado. E meu corpo é uma fogueira"
(Chico Buarque de Holanda)
8. AMOR É UM LIVRO – SEXO É ESPORTE
SEXO É ESCOLHA – AMOR É SORTE
AMOR É PENSAMENTO, TEOREMA
AMOR É NOVELA – SEXO É CINEMA
SEXO É IMAGINAÇÃO, FANTASIA
AMOR É PROSA – SEXO É POESIA
RITA LEE – AMOR E SEXO
9. COMPARAÇÃO
■ É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança,
como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e busca
realçar determinada qualidade do primeiro termo.
"E há poeta que são artistas
E trabalham nos seus versos
como carpinteiro nas tábuas!..."
(Alberto Caeiro)
Principais conectivos:
Feito, tal qual, qual, que
nem, assim como, como,
é melhor/pior (do) que,
mais/menos (do) que,
parecer, lembrar.
10. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
■ consiste em atribuir a seres inanimados ou irracionais sentimentos ou ações humanas.
"Ah! cidade maliciosa
de olhos de ressaca
que das índias guardou a vontade de andar
nua". (Ferreira Gullar)
11. De repente, Califórnia – Lulu Santos.
“O vento beija meus cabelos
As ondas lambem minhas pernas
O sol abraça o meu corpo
Meu coração canta feliz”
12. CATACRESE
■ É o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar determinadas
coisas. É uma metáfora desgastada pelo uso excessivo.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do rosto avermelhadas.
A asa da xícara quebrou-se.
Cabelo do milho
Dente de alho
Embarcar no avião
13. Árvore genealógica
Fio de óleo
Céu da boca
Boca do túnel
Boca da garrafa
Pele do tomate
Braço do sofá
Braço da cadeira
Braço de rio
Corpo do texto
Pé da cama
Batata da perna
Pé da montanha
Pé de limão
Perna da mesa
Maçã do rosto
Coroa do abacaxi
Asa da xícara
Asa do avião
Dentes do serrote
Dentes de alho
Cabeça do alho
Cabeça do prego
Cabeça do alfinete
14. METONÍMIA
A metonímia é uma figura de linguagem que consiste na substituição de
palavras com sentidos próximos, ou seja, é utilizada uma palavra em vez de
outra, sendo que ambas partilham uma relação de proximidade ou contiguidade de
sentido.
Como qualquer figura de linguagem, a metonímia é um recurso utilizado na
linguagem oral e escrita que aumenta a ênfase e a expressividade da mensagem,
evitando a repetição de palavras em textos, ao mesmo tempo que permite a redução
de expressões extensas.
15. 1. O efeito pela causa (ou a causa pelo efeito)
Não respeitam nada, nem ninguém. Não respeitam meus cabelos
brancos. (idade avançada)
2. A parte pelo todo (ou o todo pela parte)
Vou sair de casa de meus pais e ter meu próprio teto. (casa)
3. O autor pela obra
Estou lendo Jorge Amado. (um livro de Jorge Amado)
4. O concreto pelo abstrato (ou o abstrato pelo concreto)
Qual será o futuro da humanidade? (dos seres humanos)
5. A marca pelo produto
Vou pedir à empregada para arear essas panelas com bombril.
(esponja de aço)
6. O singular pelo plural
O aluno deverá manter o silêncio na biblioteca. (todos os alunos)
16. 7. O continente pelo conteúdo
Meu filho comeu um prato de arroz com feijão e bebeu um copo de groselha. (o arroz
com feijão que estava no prato e a groselha que estava no copo)
8. A classe pelo indivíduo (ou o indivíduo pela classe)
Quanto mais o Homem constrói, mais o Homem destrói. (os seres humanos)
9. O instrumento pelo utilizador
Os martelos trabalhavam incessantemente, dia e noite. (os trabalhadores)
10. A matéria pelo objeto
Usou todo o ouro que tinha para impressionar os convidados. (as joias de ouro)
11. O sinal pela coisa significada
A coroa espanhola está sendo comentada nas redes sociais. (a família real espanhola)
12. O proprietário pela propriedade
Vou ao veterinário com minha cadela. (ao consultório do veterinário)
13. O lugar pelo produto
Vamos beber um Porto? (vinho do Porto)
17.
18. ANTÍTESE
■ Figura que consiste no emprego de termos com sentidos opostos.
" Tristeza não tem fim. felicidade sim ...." (Vinícius de Moraes)
" Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças".
(Drummond)
"Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir, há de apagar uma estrela no
céu cada vez que você chorar" (Gilberto Gil)
19. PARADOXO
■ É uma proposição aparentemente absurda, resultante da reunião de ideias contraditórias.
"Pra se viver do amor, há que esquecer o amor."
(Chico Buarque de Holanda)
No discurso, sindicalista afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades
econômicas.
20. Mulher de Fases - Raimundos.
Complicada e perfeitinha
você me apareceu
era tudo que eu queria
estrela da sorte
Quando à noite ela surgia
meu bem você cresceu
meu namoro é na folhinha
mulher de fases
21. EUFEMISMO
■ Figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.
Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro. (apropriar-se = roubar)
Cássia Eller partiu dessa para melhor. (partiu dessa para melhor = morrer)
22. MARVIN - TITÃS
Dez anos passaram
E cresceram meus irmãos
E os anjos levaram
minha mãe pelas mãos...
23. HIPÉRBOLE
■ Figura que através do exagero procura tornar mais expressiva uma ideia.
Na época de festa junina, sempre morro de medo de fogos de artifício.
Ela gastou rios de dinheiro.
Estou morrendo de fome.
24.
25.
26. EXAGERADO - CAZUZA
“Paixão cruel, desenfreada
Te trago mil rosas roubadas...”
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado, jogado aos seus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
“Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
Por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais”
27. IRONIA
■ Consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa, visando à
sátira ou à ridicularizar.
Não para de chover: que ótima ideia vir hoje para a praia.
28.
29.
30. Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...
PERFEIÇÃO – LEGIÃO URBANA
31. ATIVIDADE
Reconheça qual figura de linguagem ocorreu nas frases destacadas abaixo:
1.Quando o filme começou, voei para casa.
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2.Foi ele que subtraiu meu dinheiro.
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3.A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
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4.“O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”.
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5.“Engoliu o piano mas o teclado ficou de fora”.
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6.“Antônia, você parece uma lagarta listrada.”
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7.Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
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8.Vem depressa que o Faustão começou.
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9.“Te trago mil rosas roubadas.’
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10.A cachorra sonhava com um céu cheio de preás.
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32. CORREÇÃO
1.Quando o filme começou, voei para casa. HIPÉRBOLE
2.Foi ele que subtraiu meu dinheiro. EUFEMISMO
3.A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. ANTÍTESE
4.“O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”. METÁFORA
5.“Engoliu o piano mas o teclado ficou de fora”. IRONIA
6.“Antônia, você parece uma lagarta listada.” COMPARAÇÃO
7.Sentou-se no braço da poltrona para descansar. CATACRESE
8.Vem depressa que o Faustão começou. METONÍMIA
9.“Te trago mil rosas roubadas.’ HIPÉRBOLE
10.A cachorra sonhava com um céu cheio de preás. PROSOPOPEIA