Durante a Guerra Fria, os EUA incentivaram golpes militares na América Latina para evitar a expansão do socialismo. Isso levou a ditaduras militares em países como Brasil, Argentina, Uruguai e Chile entre as décadas de 1960 e 1970. Cuba rompeu relações com os EUA após a revolução de 1959 liderada por Fidel Castro, estabelecendo um governo socialista apoiado pela União Soviética. Organizações como a FARC na Colômbia se envolveram com o narcotráfico, cultivando e protegendo plantações de
2. Guerra Fria – EUA temiam a penetração do socialismo no continente americano e incentiva golpes
militares.
Através de golpes de Estado sucessivos, a América Latina assistiu nos anos 60 e 70 a ascensão
de inúmeras ditaduras militares.
Algumas ditaturas militares: Brasil(1964-1985), Argentina (1976-1983), Uruguai (1973-1985) e Chile
(1973-1990).
Os golpes militares na América Latina
3. Cuba, país que rompeu com os EUA
O território de Cuba é pouco maior que o estado de Pernambuco e possui uma população de 11,2
milhões de habitantes, o país tem uma história semelhante aos outros países latinos, dependência
financeira. Na segunda metade do século XX, Cuba era extremamente dependente dos Estados Unidos e
Inglaterra.
Em 1959, Fidel Castro tomou o poder através de um golpe de estado, logo que assumiu o poder adotou
uma política anti-imperialista com um governo ditador de regime socialista, com o novo modelo político-
econômico ele deu prioridade aos setores de saúde e educação, em contrapartida o governo americano
promoveu embargo econômico, essa rivalidade fica bem próxima, pois o território cubano está a 170 km
dos Estados Unidos.
Cuba conseguiu implantar suas reformas com ajuda soviética, que era um líder mundial socialista, mas
como quem sustentava as medidas do regime era a União Soviética e essa, em 1991, passou por um
desmoronamento interno, e em uma profunda crise econômica não conseguiu subsidiar Cuba. Como seu
principal parceiro e sustentador se declinou o PIB cubano caiu drasticamente e mergulhou em uma
profunda crise.
Cuba é um país localizado na América Central, é banhado pelo mar do
caribe por se tratar de uma ilha
4. CUBA HOJE
• Atualmente o país, sem deixar suas ideias socialistas de lado, tem
promovido uma abertura da economia, com a entrada de capital
estrangeiro na construção de luxuosos hotéis no litoral das praias do
Caribe. Mas a produção de Cuba é restrita a produtos primários.
Rede Iberostar reforça aposta em Cuba como
destino turístico inaugurando resort cinco estrelas
Vendedor ambulante em Cuba
5.
6. EUA e América Latina: interesses em xeque?
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), uma ideia lançada pelos
Estados Unidos durante a realização da Cúpula das Américas, quando
foram assinados a Declaração de Princípios e o Plano de Ação, com o
objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países
americanos, exceto Cuba, e assim formar uma área de livre de comércio
para as Américas.
Isso possibilitaria a passagem de mercadorias e a chance de um
aumento significativo de comércio entre os países americanos.
A ALCA foi proposta no ano de 1994 e várias manifestações aconteceram
até que no ano de 2005 a proposta foi ”esquecida”. As manifestações
aconteceram, em sua maioria, nos países latinos que consideravam a
Alca como um “truque” dos Estados Unidos para controlar o mercado das
Américas. Já para alguns norte-americanos, o bloco teria uma má
influencia em seu países, já que nesses casos, havia o receio de que as
empresas pudessem sair de lá e buscar mão de obra barata, e com isso,
diminuir a quantidade de empregos dentro do pais e por consequência,
gerar o desemprego.
A maioria dos pontos que não permitiram que essa ideia fosse à frente
foram normas no contrato do Bloco. Medidas essas que priorizavam o
Estados Unidos e que foram rejeitadas pelos outros países.
7. O narcotráfico na América Latina
O narcotráfico faz parte de toda nação, a comercialização de drogas é o segundo ramo de atividade econômica do planeta, sendo superada
somente pelo comércio de armas, gerando uma receita de aproximadamente 500 bilhões de dólares anual.
Na América Latina a droga mais produzida é a cocaína, desse modo, os grandes produtores são: Colômbia, Peru, México e Bolívia que garantem
a distribuição da droga no planeta. A droga passa por diversas etapas até chegar ao consumidor, no caso, o usuário, a primeira fase é o cultivo da
matéria-prima, a coca, planta da qual se obtém a base para o preparo da cocaína. Na segunda fase a planta é processada, transformando-se em
uma pasta base e na terceira e última fase é realizado o refino, resultando em um pó branco que já é a cocaína.
Após todo processo de cultivo e refino é preciso realizar a distribuição, como se trata de uma atividade ilegal se faz necessário obter uma
infinidade de rotas e caminhos distintos, o Brasil está inserido na rota internacional do tráfico. A droga entra no país pela floresta Amazônica,
como as fronteiras não são totalmente monitoradas não existem impedimentos, depois disso segue para os portos, aeroportos e pistas de
pouso clandestinas espalhadas pelo território, a partir desses locais são enviadas toneladas para os grandes centros, em diferentes continentes.
O grande volume de dinheiro gerado pelo tráfico de drogas deve ser transformado em recursos legais, esse processo é conhecido por “lavagem
de dinheiro” que ocorre através do investimento do recurso financeiro adquirido no tráfico de drogas em ações, obras de arte, jogos,
restaurantes, hotéis e muitas outras atividades.
10. O que é a FARC?
A FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) é a maior guerrilha
da Colômbia e controla uma grande parte das áreas rurais do país. A FARC
surgiu em 1964 como uma facção informal do Partido Comunista. As
ideias iniciais da organização eram de lutar por uma revolução social.
Porém, nas últimas décadas, a FARC tem ajudado e protegido a produção
de cocaína na Colômbia. A FARC, que é composta por aproximadamente
10.000 combatentes, ataca o governo colombiano por meio de
sequestros, assassinatos e combate armado.
Farc e governo acordam inédito experimento contra cultivos ilegais
10/06/2016 - 18h37min
Os rebeldes das Farc e o governo da Colômbia iniciarão em 10 de julho a substituição voluntária de narco-cultivos, combustível por décadas do conflito armado, segundo
acordo anunciado nesta sexta-feira em Havana.
O compromisso foi relevado pelas partes no final do processo de paz que negociam para superar um enfrentamento de meio século, e que alimenta o narcotráfico desde
os anos 1980.
Os camponeses desta área, que por anos viveram da venda da folha de coca com a ajuda das Farc e sob o cerco das autoridades, mudaram voluntariamente as
plantações ilegais por cultivos de café e maracujá, entre outros.
No entanto, em outras regiões da Colômbia onde há o narcotráfico não atuam apenas os rebeldes comunistas, como grupos armados do narcotráfico.
A ONU e sua agência para Alimentação e Agricultura (FAO) acompanharam a iniciativa, a primeira que envolve um grupo guerrilheiro na Colômbia na erradicação dos
cultivos com os quais financiava sua luta contra o Estado.
"Acreditamos que isto seja o princípio do fim do tema dos cultivos ilícitos na Colômbia", disse Eduardo Diaz, diretor da agência colombiana encarregada do assunto, em
coletiva de imprensa em Havana.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também confiaram que a iniciativa em Briceño se amplie para todo o país e termine com a plantação da coca e
da papoula, matéria-prima das drogas.
"Os camponeses cultivadores de solo necessitam - e têm pedido e lutado durante décadas - de planos alternativos de desenvolvimento econômico e social que lhes
permita deixar para trás a ilegalidade que se viram colocados pela pobreza e pelo abandono", disse Iván Márquez, chefe negociador das Farc.
A Colômbia é a principal produtora mundial de coca, segundo a ONU.
Até 2014 existiam cerca de 69.000 hectares de cultivos ilegais e, segundo o responsável colombiano da política de substituição desses cultivos, em torno de 60.000
famílias estão envolvidas diretamente nesta atividade.
11. Muitos defenderam uma política de cooperação e solidariedade
entre as nações latino-americanas, na tentativa de impedir o
avanço e a dominação das potências imperialistas. Um de seus
principais defensores foi SIMON BOLÍVAR, que no Congresso do
Panamá (1826), através da Carta de Jamaica, defendeu a união dos
países da América Latina ante a ameaça dos europeus e norte
americanos.
Integração da América Latina: um sonho possível?
12. O Mercosul
O Mercosul – Mercado Comum do Sul – é um bloco econômico criado pelo
Tratado de Assunção, em 1991, e conta atualmente com Brasil, Argentina,
Uruguai, Paraguai e, mais recentemente, com a Venezuela como países-
membros.
Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia participam como membros associados,
ou seja, participam das reuniões, mas não possuem poder de voto.
No entanto, o Equador já manifestou sua intenção de se tornar um membro
efetivo do bloco, o que deve ocorrer nos próximos anos após a realização de
ajustes em sua legislação. Além desses países, o México participa apenas como
membro observador.
O Mercosul tornou-se, a partir de 1º de janeiro de 1995, o melhor exemplo de
uma UA latino-americana. A União Aduaneira (UA) corresponde a uma etapa ou
modelo de integração econômica no qual os países membros de uma Zona de
Livre Comércio adotam uma mesma tarifa às importações provenientes de
mercados externos. À essa tarifa dá-se o nome de Tarifa Externa Comum (TEC).
13. Lei a notícia da época que o Paraguai foi suspenso do Mercosul.
A decisão da suspensão do Mercosul ocorreu porque os integrantes do mercado comum sul-americano
consideraram a destituição de Fernando Lugo na última semana uma ruptura da ordem democrática. Além
disso, com o Paraguai suspenso, a Venezuela foi incorporada como membro pleno do bloco.
14. Impasses e desafios na construção do Mercosul
Para defender seus interesses
econômicos muitos países membros
do Mercosul adotam medidas
protecionistas, como a cobrança de
impostos sobre produtos importados
dos demais países do próprio bloco
econômico.
A integração entre os membros é
desejada, mas nenhum país do bloco
quer correr o risco de sofrer uma
crise econômica.