O Atelier Concorde é um espaço de arte em Lisboa que oferece estúdios para artistas trabalharem e apresentarem suas obras. Ele reúne artistas de diferentes áreas como pintura, escultura e dança para inspirarem uns aos outros. O objetivo é promover a criatividade e manter a arte viva e acessível para a comunidade.
1. A proximidade da Rua Leite de Vasconcelos com o Tejo, em Santa Apolónia,
alia-se, desde Janeiro de 2010, ao olhar artístico trazido pelo Atelier Concorde, conceito
inusitado de espaço de arte na cidade de Lisboa.
Edifício de trabalho colectivo, constituído por três pisos, onde vivem estúdios -
espaços onde surgem os insights de criação e trabalho de desenvolvimento - e uma sala
de projecto - espaço de apresentação de artes visuais e performativas -, molda ritmos e
imagens que se expandem, numa típica rua urbana que renova hábitos e olhares.
A mensagem do Atelier Concorde existe no ar de cada sala, no ruído do olhar e
no silêncio da expansão: é palco de impressões e ideias, de criação e de
desenvolvimento de obras, que partilham inspiração. O espaço apoia a gregariedade
entre artistas que, abraçando diferentes áreas, se juntam no mesmo espaço com o
mesmo objectivo: acordar sensações que perpetuem no tempo.
O Atelier Concorde partiu do esforço entre vários artistas para edificar esta ideia
que, ainda estando em construção, mostra-se receptiva a propostas visionárias, bem
como permite o aluguer de estúdios para criação artística, desmistificando a ideia de que
deixar a arte “ser” ainda é possív€l.
A sua equipa é constituída por artistas residentes e artistas convidados, numa
coordenação ecléctica que junta as Artes Plásticas, a Ilustração, a Pintura, a Escultura, a
Fotografia e as Artes Performativas, como é o caso da dança e da música e ainda Artes
Gráficas, juntando práticas de impressão e auto-edição.
A arte no Atelier Concorde vive sem fronteiras, sem portas fechadas e sem
margens; defende justamente que arte é uma condição sine qua non para abrir todas as
portas. Criar momentos. Permitir que fiquem e que existam, mesmo quando deixam de
se ver.
Ana Rita Caldeira
24 de Outubro de 2011
DIF 86