SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 18
David Hume
1711- 1776
Hume, no seu livro “Tratado da natureza
humana”, tem como uma das questões
principais a causalidade, ou a relação
entre causa e efeito. Para fazer a análise
desta questão, Hume a considera tanto no
âmbito da realidade quanto no âmbito da
mente humana.
Os nossos raciocínios seguem uma relação
de causa e efeito. Isso é visto quando
pensamos a existência de um objeto pela
existência de outro, ou então o um evento
como decorrência de outro.
O movimento de uma bola de bilhar que é
ocasionado pelo choque com outra, Hume dirá
que três elementos estão presentes.
O primeiro a contiguidade no tempo e no
espaço; por isso é possível ocorrer o choque e
o consequente movimento da segunda bola.
Por conseguinte, a prioridade no tempo da
causa também permitirá o evento, pois é
evidente que o movimento que foi a causa
antecede o efeito.
Ademais, a conjunção constante entre a
causa e o efeito também está agregada ao
caso.
Esta conjunção é o que liga a causa e o
efeito, vale dizer, uma determinada causa em
determinadas circunstancias gerará
comumente um mesmo efeito.
Assim, por mais que se analise baseado
nos mais diferentes pontos de vista, não se
encontrará nada além destes três
elementos na relação de causa e efeito: a
contiguidade, a prioridade no tempo da
causa e a conjunção constante.
Já no âmbito da mente humana,
Hume analisa como se dá o
raciocínio, a inferência de causa e
efeito, julgando sê-la possível já que
possível foi na relação entre
objetos.
Para se analisar como se dá a
inferência, partimos da proposição
supracitada de que os nossos
raciocínios obedecem à relação de
causa e efeito. Nós inferimos,
deduzimos que o efeito se segue da
causa, vale dizer que,
necessariamente.
Esta dedução funciona de tal modo:
eu vejo o objeto em determinada
situação e, por experiência, deduzo
o seu efeito; é assim que se dão os
raciocínios, inclusive as crenças na
história e filosofia, salvo a geometria
e a aritmética.
É importante saber que, para deduzir algo é
demandado experiência, pois só experiência
fornece o material necessário de poder
inferir, o fato.
Se imaginarmos uma pessoa adulta, mas
sem experiência, ela não será capaz de inferir
o efeito de uma objeto. Isto por que o efeito
não é simplesmente enxergado na causa,
nem é comparação de ideias, se assim fosse
a inferência equivaleria a uma demonstração
e já que a mente pode conceber qualquer
efeito de qualquer causa, seria uma
contradição pensar a inferência como uma
Assim fica clara a necessidade da experiência
para a inferência. A experiência corresponde a
presenciar a relação um número suficiente de
vezes para possibilitar a dedução.
Para situar-nos melhor, vejamos como se dá
esta dedução: “Na presença do objeto, o
entendimento antecipa a visão, o que nos
leva a uma conclusão”. É mister saber que,
para acreditarmos que a conclusão, ou o
efeito serão sempre o mesmo, é preciso crer
que o curso da natureza é uniforme, ou seja,
o futuro será igual ao passado.
Com base nesta crença da uniformidade da
natureza é que são produzidos os conceitos,
ou seja, todos os argumentos são baseados
nela. Daí decorre que o hábito é que nos faz
crer nesta uniformidade da natureza. A minha
mente é induzida ao efeito costumeiro,
simplesmente pela conjunção constante. Isto
é, por hábito o entendimento antecipa a nossa
visão e concebemos o efeito costumeiro.
É o hábito, quem conduz a vida humana, e
não a razão. É o hábito quem determina a
mente. É importante saber que não somente
concebemos o efeito, mas também
acreditamos nele.
Uma crença!!
Esta crença não resulta de uma idéia
peculiar que se apresenta anexada à idéia
do objeto no qual se acredita, pois se isto
fosse verdade, a imaginação teria a
liberdade de crer no que quisesse, já que ela
possui a faculdade de unir idéias. Sendo
assim, a crença não acrescenta nenhuma
idéia nova à nossa concepção.
Tudo se inicia na experiência e somente na
experiência, pois somente através desta
podemos predizer que um efeito segue uma
causa. Por conseguinte, não é a razão quem
nos determina a predizer este efeito, mas sim
o hábito é quem o faz; isto se apóia na
proposição de que o passado será igual ao
futuro.
Fim

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Teoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesTeoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesElisabete Silva
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesTeorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesJorge Barbosa
 
11º b final
11º b   final11º b   final
11º b finalj_sdias
 
Método_conjeturas_refutações_Popper
Método_conjeturas_refutações_PopperMétodo_conjeturas_refutações_Popper
Método_conjeturas_refutações_PopperIsabel Moura
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Hume
Teorias Explicativas do Conhecimento - HumeTeorias Explicativas do Conhecimento - Hume
Teorias Explicativas do Conhecimento - HumeJorge Barbosa
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaLuis De Sousa Rodrigues
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoFilipaFonseca
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisLuis De Sousa Rodrigues
 
3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvjIsabel Moura
 

Was ist angesagt? (20)

O ceticismo de hume
O ceticismo de humeO ceticismo de hume
O ceticismo de hume
 
Descartes críticas
Descartes críticasDescartes críticas
Descartes críticas
 
Teoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesTeoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de Descartes
 
Comparação descartes hume
Comparação descartes   humeComparação descartes   hume
Comparação descartes hume
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesTeorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
 
Impressões e ideias
Impressões e ideiasImpressões e ideias
Impressões e ideias
 
11º b final
11º b   final11º b   final
11º b final
 
Método_conjeturas_refutações_Popper
Método_conjeturas_refutações_PopperMétodo_conjeturas_refutações_Popper
Método_conjeturas_refutações_Popper
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Hume
Teorias Explicativas do Conhecimento - HumeTeorias Explicativas do Conhecimento - Hume
Teorias Explicativas do Conhecimento - Hume
 
Objeções_Hume
Objeções_HumeObjeções_Hume
Objeções_Hume
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessária
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º ano
 
O problema da indução
O problema da induçãoO problema da indução
O problema da indução
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
 
O indutivismo
O indutivismoO indutivismo
O indutivismo
 
Logica informal
Logica informalLogica informal
Logica informal
 
Cógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de DescartesCógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de Descartes
 
Hume
HumeHume
Hume
 
3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj
 
Popper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcaçãoPopper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcação
 

Andere mochten auch (17)

O empirismo
O empirismoO empirismo
O empirismo
 
David Hume
David Hume David Hume
David Hume
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
O emprismo de David Hume
O emprismo de David HumeO emprismo de David Hume
O emprismo de David Hume
 
Seminário de Filosofia - David Hume - Grupo 4
Seminário de Filosofia - David Hume - Grupo 4Seminário de Filosofia - David Hume - Grupo 4
Seminário de Filosofia - David Hume - Grupo 4
 
David hume (1711 1776)
David hume (1711  1776)David hume (1711  1776)
David hume (1711 1776)
 
Filosofia david hume hugoseverino
Filosofia david hume hugoseverino Filosofia david hume hugoseverino
Filosofia david hume hugoseverino
 
Mapa conceitual empiristas_2
Mapa conceitual empiristas_2Mapa conceitual empiristas_2
Mapa conceitual empiristas_2
 
Empirismo de Hume
Empirismo de HumeEmpirismo de Hume
Empirismo de Hume
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
David hume e a critica à causalidade
David hume e a critica à causalidadeDavid hume e a critica à causalidade
David hume e a critica à causalidade
 
O empirismo de David Hume PTT
O empirismo de David Hume PTTO empirismo de David Hume PTT
O empirismo de David Hume PTT
 
Aula 08 - O Empirismo
Aula 08 - O EmpirismoAula 08 - O Empirismo
Aula 08 - O Empirismo
 
Teorias do conhecimento
Teorias do conhecimentoTeorias do conhecimento
Teorias do conhecimento
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 

Ähnlich wie Hume causalidade

Texto_Hume_problema_causalidade
Texto_Hume_problema_causalidadeTexto_Hume_problema_causalidade
Texto_Hume_problema_causalidadeIsabel Moura
 
Aula Conhecimento 18.02.09
Aula   Conhecimento 18.02.09Aula   Conhecimento 18.02.09
Aula Conhecimento 18.02.09EfaSucesso
 
Davidhume 120409163812-phpapp01
Davidhume 120409163812-phpapp01Davidhume 120409163812-phpapp01
Davidhume 120409163812-phpapp01Helena Serrão
 
O empirismo de david Hume (Nereu)
O empirismo de david Hume (Nereu)O empirismo de david Hume (Nereu)
O empirismo de david Hume (Nereu)Joaquim Melro
 
O emprismo de David Hume (Nereu)
O emprismo de David Hume (Nereu)O emprismo de David Hume (Nereu)
O emprismo de David Hume (Nereu)guest9578d1
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VImluisavalente
 
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptx
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptxPowerPoint 9_Causalidade e indução.pptx
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptxrinogaetano
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaLuis De Sousa Rodrigues
 
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docxLucasGilCosta
 
7471 texto do artigo-23448-1-10-20180115
7471 texto do artigo-23448-1-10-201801157471 texto do artigo-23448-1-10-20180115
7471 texto do artigo-23448-1-10-20180115hc car
 
Revolução kantiana
Revolução kantianaRevolução kantiana
Revolução kantianaJorge Barbosa
 
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidadeO empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidadeJoaquim Melro
 
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)Aida Cunha
 

Ähnlich wie Hume causalidade (20)

David hume2
David hume2David hume2
David hume2
 
David hume2
David hume2David hume2
David hume2
 
Merda de filosofia
Merda de filosofiaMerda de filosofia
Merda de filosofia
 
Texto_Hume_problema_causalidade
Texto_Hume_problema_causalidadeTexto_Hume_problema_causalidade
Texto_Hume_problema_causalidade
 
Aula Conhecimento 18.02.09
Aula   Conhecimento 18.02.09Aula   Conhecimento 18.02.09
Aula Conhecimento 18.02.09
 
Davidhume 120409163812-phpapp01
Davidhume 120409163812-phpapp01Davidhume 120409163812-phpapp01
Davidhume 120409163812-phpapp01
 
Ana suely
Ana suelyAna suely
Ana suely
 
O empirismo de david Hume (Nereu)
O empirismo de david Hume (Nereu)O empirismo de david Hume (Nereu)
O empirismo de david Hume (Nereu)
 
O emprismo de David Hume (Nereu)
O emprismo de David Hume (Nereu)O emprismo de David Hume (Nereu)
O emprismo de David Hume (Nereu)
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VI
 
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptx
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptxPowerPoint 9_Causalidade e indução.pptx
PowerPoint 9_Causalidade e indução.pptx
 
Filosofia 11ºano
Filosofia 11ºanoFilosofia 11ºano
Filosofia 11ºano
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessária
 
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx
02. Dúvidas Filosóficas , de Bertrand Russell. (1).docx
 
Hume.pptx
Hume.pptxHume.pptx
Hume.pptx
 
7471 texto do artigo-23448-1-10-20180115
7471 texto do artigo-23448-1-10-201801157471 texto do artigo-23448-1-10-20180115
7471 texto do artigo-23448-1-10-20180115
 
Revolução kantiana
Revolução kantianaRevolução kantiana
Revolução kantiana
 
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidadeO empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio (1)
 

Mehr von celio correa (20)

autoengano.pptx
autoengano.pptxautoengano.pptx
autoengano.pptx
 
popper.pptx
popper.pptxpopper.pptx
popper.pptx
 
laing amor.ppt
laing amor.pptlaing amor.ppt
laing amor.ppt
 
mill.ppt
mill.pptmill.ppt
mill.ppt
 
o homem cordial.pptx
o homem cordial.pptxo homem cordial.pptx
o homem cordial.pptx
 
schlick.pptx
schlick.pptxschlick.pptx
schlick.pptx
 
sete pecados.ppt
sete pecados.pptsete pecados.ppt
sete pecados.ppt
 
Spinoza
SpinozaSpinoza
Spinoza
 
Jeca tatu Monteiro Lobato Urupes
Jeca tatu Monteiro Lobato UrupesJeca tatu Monteiro Lobato Urupes
Jeca tatu Monteiro Lobato Urupes
 
Filha da puta
Filha da putaFilha da puta
Filha da puta
 
Etica alimentar
Etica alimentarEtica alimentar
Etica alimentar
 
Bandura
BanduraBandura
Bandura
 
Aristoteles
AristotelesAristoteles
Aristoteles
 
Aristo justo meio
Aristo justo meioAristo justo meio
Aristo justo meio
 
Antorpologia filosofica
Antorpologia filosoficaAntorpologia filosofica
Antorpologia filosofica
 
Alvin
AlvinAlvin
Alvin
 
Agostinho
AgostinhoAgostinho
Agostinho
 
Panoptico
PanopticoPanoptico
Panoptico
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Episteme 2016
Episteme 2016Episteme 2016
Episteme 2016
 

Kürzlich hochgeladen

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 

Hume causalidade

  • 2. Hume, no seu livro “Tratado da natureza humana”, tem como uma das questões principais a causalidade, ou a relação entre causa e efeito. Para fazer a análise desta questão, Hume a considera tanto no âmbito da realidade quanto no âmbito da mente humana.
  • 3. Os nossos raciocínios seguem uma relação de causa e efeito. Isso é visto quando pensamos a existência de um objeto pela existência de outro, ou então o um evento como decorrência de outro. O movimento de uma bola de bilhar que é ocasionado pelo choque com outra, Hume dirá que três elementos estão presentes.
  • 4. O primeiro a contiguidade no tempo e no espaço; por isso é possível ocorrer o choque e o consequente movimento da segunda bola. Por conseguinte, a prioridade no tempo da causa também permitirá o evento, pois é evidente que o movimento que foi a causa antecede o efeito.
  • 5. Ademais, a conjunção constante entre a causa e o efeito também está agregada ao caso. Esta conjunção é o que liga a causa e o efeito, vale dizer, uma determinada causa em determinadas circunstancias gerará comumente um mesmo efeito.
  • 6. Assim, por mais que se analise baseado nos mais diferentes pontos de vista, não se encontrará nada além destes três elementos na relação de causa e efeito: a contiguidade, a prioridade no tempo da causa e a conjunção constante.
  • 7. Já no âmbito da mente humana, Hume analisa como se dá o raciocínio, a inferência de causa e efeito, julgando sê-la possível já que possível foi na relação entre objetos.
  • 8. Para se analisar como se dá a inferência, partimos da proposição supracitada de que os nossos raciocínios obedecem à relação de causa e efeito. Nós inferimos, deduzimos que o efeito se segue da causa, vale dizer que, necessariamente.
  • 9. Esta dedução funciona de tal modo: eu vejo o objeto em determinada situação e, por experiência, deduzo o seu efeito; é assim que se dão os raciocínios, inclusive as crenças na história e filosofia, salvo a geometria e a aritmética.
  • 10. É importante saber que, para deduzir algo é demandado experiência, pois só experiência fornece o material necessário de poder inferir, o fato.
  • 11. Se imaginarmos uma pessoa adulta, mas sem experiência, ela não será capaz de inferir o efeito de uma objeto. Isto por que o efeito não é simplesmente enxergado na causa, nem é comparação de ideias, se assim fosse a inferência equivaleria a uma demonstração e já que a mente pode conceber qualquer efeito de qualquer causa, seria uma contradição pensar a inferência como uma
  • 12. Assim fica clara a necessidade da experiência para a inferência. A experiência corresponde a presenciar a relação um número suficiente de vezes para possibilitar a dedução.
  • 13. Para situar-nos melhor, vejamos como se dá esta dedução: “Na presença do objeto, o entendimento antecipa a visão, o que nos leva a uma conclusão”. É mister saber que, para acreditarmos que a conclusão, ou o efeito serão sempre o mesmo, é preciso crer que o curso da natureza é uniforme, ou seja, o futuro será igual ao passado.
  • 14. Com base nesta crença da uniformidade da natureza é que são produzidos os conceitos, ou seja, todos os argumentos são baseados nela. Daí decorre que o hábito é que nos faz crer nesta uniformidade da natureza. A minha mente é induzida ao efeito costumeiro, simplesmente pela conjunção constante. Isto é, por hábito o entendimento antecipa a nossa visão e concebemos o efeito costumeiro.
  • 15. É o hábito, quem conduz a vida humana, e não a razão. É o hábito quem determina a mente. É importante saber que não somente concebemos o efeito, mas também acreditamos nele. Uma crença!!
  • 16. Esta crença não resulta de uma idéia peculiar que se apresenta anexada à idéia do objeto no qual se acredita, pois se isto fosse verdade, a imaginação teria a liberdade de crer no que quisesse, já que ela possui a faculdade de unir idéias. Sendo assim, a crença não acrescenta nenhuma idéia nova à nossa concepção.
  • 17. Tudo se inicia na experiência e somente na experiência, pois somente através desta podemos predizer que um efeito segue uma causa. Por conseguinte, não é a razão quem nos determina a predizer este efeito, mas sim o hábito é quem o faz; isto se apóia na proposição de que o passado será igual ao futuro.
  • 18. Fim