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1
O clipping como ferramenta estratégica de
assessoria de imprensa
Assessoria de imprensa não se resume ao esforço unilateral para
estampar uma marca ou uma pessoa em jornais, revistas e progra-
mas de TV.
O que é assessoria de imprensa?
- identificação e garimpo de notícias; redação de textos apropria-
dos; levantamento de mídia; promoção de relacionamento perma-
nente e profissional com a mídia; análise estratégica de tudo que é
publicado sobre o cliente e o que lhe interessa.
- podem e devem ser explorados publicações especializadas, sites
da internet, canais de TV a cabo, boletins institucionais. Não se li-
mitar ao horário nobre da TV ou aos jornais de maior circulação se
estes não são dirigidos ao público que se pretende atingir.
- nada é unilateral.
Algumas empresas têm visibilidade natural quer pela sua área de
atuação quer quando são envolvidas em problemas.
Premissas importantes:
- sempre que possível atender à demanda da imprensa;
- tomar iniciativa em fornecer informações de interesse público e
evitar a apenas divulgar assuntos de seu interesse;
- quando a notícia for negativa, divulgar sempre a primeira versão;
- política de relacionamento sistemático pode evitar danos à ima-
gem da empresa.
2
O clipping
- garimpar notícias;
- identificação da mídia especializada: mailing list (catálogo de con-
tatos);
- observar horários de trabalho, dias de cadernos especializados
nos jornais, deadline, rotatividade de jornalistas.
Ferramentas básicas:
- aviso de pauta – convite/convocação para entrevistas e eventos,
anúncios importantes, inaugurações, visitas, lançamentos;
- coletiva de imprensa – entrevista coletiva para a imprensa, inicia-
se com a palavra do porta-voz e em seguida argüição dos jornalis-
tas;
- informe publicitário – “por melhor que seja realizado, não tem a
credibilidade que a independência do espaço editorial pressupõe”;
- nota – pequena notícia ou comentário para jornais, revistas ou
programas de TV, observar a exclusividade;
- nota oficial – texto curto, objetivo e claro contendo uma declara-
ção oficial da empresa sobre seu posicionamento em relação a al-
gum fato ocorrido;
- press kit – pasta com press release, fotos jornalísticas, amostra
de produtos, folders e o que possa acrescentar informação;
- press release – texto preparado pela assessoria de imprensa;
- sugestão de pauta – sugestão de uma pauta (assunto) ao veículo
de informação com o objetivo de situar o repórter sobre o tema ou
sobre os ângulos a serem abordados na notícia.
Obs.: com exceção do informe publicitário, todas as ferramentas
citadas têm como objetivo conseguir um espaço editorial que é gra-
tuito, mas não tem a garantia da veiculação.
3
Treinando porta-vozes - Media trainning
- falam em nome da empresa por delegação da diretoria;
- domínio das informações;
- pode haver mais de um dependendo do tipo da empresa;
- pode ser o presidente ou alguém da área de comunicação (um di-
retor ou o assessor de imprensa);
- é importante uma figura soberana para falar em seu nome em si-
tuações mais gerais;
- manutenção de um discurso único que exige treinamento – media
training.
APRESENTAÇÃO E POSTURA – identificar-se, portar-se com edu-
cação e sem intimidades;
O DISCURSO
SITUAÇÕES ADVERSAS – não assumir responsabilidades, não a-
tribuir culpas a terceiros, não alimentar polêmicas ou intrigas, não
aceitar provocações;
MATERIAL DE APOIO – divulgação de números consistentes e ve-
rídicos, fotos jornalísticas, preparar material para distribuição;
FINAL DA ENTREVISTA – não solicitar que o jornalista repita o que
foi dito ou o acesso ao texto final antes da publicação; indagar se
restou alguma dúvida e colocar-se à disposição para contatos pos-
teriores.
Obs.: é importante que o assessor de imprensa prepare um briefing
para a empresa com informações sobre o veículo, público para o
qual estará falando, a pauta do jornalista, existência ou não de ou-
tros entrevistados, tempo de duração da conversa, breve histórico
do entrevistador. Sempre que possível acompanhar a entrevista pa-
ra orientar o entrevistado se houver necessidade, providenciar in-
formações e apontar os pontos fortes e fracos da entrevista comen-
tando seu desempenho.
4
Análise estratégica do clipping
Clipping é a seleção de todo o noticiário sobre o cliente ou assun-
tos de seu interesse, veiculado na mídia impressa (jornais e revis-
tas), eletrônica (TVs e rádio) ou digital (agências e sites de notí-
cias).
Clipping (em inglês, “corte” ou “recorte”) consiste em identificar
rotineiramente na imprensa as citações sobre a organização ou te-
mas previamente determinados, organizá-las e encaminhá-las para
conhecimento dos interessados.
Os recortes são geralmente colados em folhas padronizadas, a-
crescidos de informações sobre veículo, data de publicação, algum
tipo de classificação e outros dados que sejam importantes.
Exemplo de estruturação de um clipping para a Coca-Cola:
- acompanhamento da exposição de um único produto (como os
sabores de Fanta em lançamento);
- de sua marca (todos os registros sobbre The Coca-Cola Com-
pany);
- de um tema específico (como o crescimento das tubaínas);
- de todo o setor em que atua (neste caso, o alimentício).
- a empresa poderia solicitar também notícias sobre qualquer as-
sunto de seu interesse.
Hoje é muito comum se fazer o clipping online para ser enviado por
e-mail ou publicado em homepage. Ao final de um período (mês,
semestre, ano) se produz um CD com todas as matérias escanea-
das.
Já existe softwares específicos para clipagem.
As possibilidades do clipping
Um trabalho bem desenvolvido além de apurar quantos “cm” ou
“seg” foram destinados à empresa na mídia (análise quantitativa)
em um determinado período, pode também:
5
- viabilizar a análise qualitativa do que é publicado sobre a empre-
sa;
- possibilitar um acompanhamento de mercados de interesse;
- facilitar o monitoramento das ações da concorrência;
- poder ser utilizado para a geração de negócios;
- funcionar como ferramenta para avaliação do desempenho de por-
ta-vozes.
Análise quantitativa e qualitativa do clipping:
1. Análise quantitativa
Medir a ocupação de veículos, a aceitação em regiões, a repercus-
são de temas, a exposição de fontes, o espaço ou registro em co-
lunas, em capas de jornais e revistas, etc.
São fundamentadas em tabelas e gráficos com unidades de medi-
da: “cm/col”; quantidade de registros ou preço (quando comparado
aos espaços comerciais); sistema de pontuação (determinação de
valores por importância do veículo); sistema de cruzamento de ti-
ragem, média de leitores, tamanho da notícia, localização da pági-
na.
Como mensurar “cm/col”?
Multiplicar o número de colunas que ela ocupa pela centimetragem
da altura de texto ou foto.
Jornal tamanho “standard” tem 6 colunas com 52cm de altura cada.
Matéria de página inteira: 52cm x 6 col = 312 cm/col
6
Exemplo de análise:
a. Repercussão jornalística por abrangência (por estado, conside-
rando nacional o que circula por todo país) e feita uma comparação
com o destaque dado por região no ano anterior:
b. Matérias positivas e neutras:
ABRANGÊNCIA cm/col - 2005 cm/col - 2004 % VARIAÇÃO
Nacional 570 432 32%
São Paulo 481 493 - 2%
Rio de Janeiro 420 320 31%
Brasília 213 135 58%
Pernambuco 198 53 274%
Outros estados 312 470 - 34%
Total 2194 1903 15%
0
100
200
300
400
500
600
NA SP RJ DF PE OUTROS
7
c. Percepções:
- houve aumento de exposição na mídia nacional e em veículos do
rio de janeiro e Brasília. Poderia ser por aumento de interesse por
parte da imprensa dessas regiões ou surgimento de um novo jornal
ou revista;
- houve queda em publicações de São Paulo;
- em veículos de Pernambuco, cujo interesse no ano anterior foi
baixo o espaço cresceu 274%. Pode ser pelo surgimento de novas
mídias e/ou aumento de interesse por mudanças na relação da em-
presa com a região.
d. Considerações:
- “outros estados” são aqueles não incluídos entre os cinco primei-
ros e que dedicaram maior espaço ao assunto;
2. Análise qualitativa:
É mais densa e pode apresentar resultados mais consistentes ne
indicações mais precisas.
Realizar leitura crítica de todo o clipping e fazer comentários em
texto corrido ou highlights, escritos por profissional qualificado.
Trabalho diário ou com periodicidade mais ampla (semanal, men-
sal, semestral).
Possibilita a informação, em um curto espaço de tempo, sobre todo
o conteúdo publicado no período.
Indica novas possibilidades de divulgação, tendências e pontos
desfavoráveis.
Avalia o trabalho desenvolvido e o relacionamento com mídias e
jornalistas específicos.
8
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O clipping pode ser utilizado por empresas, executivos, profissio-
nais liberais, artistas ou qualquer pessoa, para acompanhamento
de mercados e negócios de interesse, ações da concorrência e
prospecção de negócios.
Deve ter suas bases definidas de acordo com os objetivos e inte-
resses daquele que vai utilizá-lo.
É necessário um briefing sobre o objeto da pesquisa e o conjunto e
veículos a ser pesquisados. Saber o que o cliente precisa ler.
Deve ser lido diariamente. Desenvolver nas equipes o hábito de ler.
Ainda é encarado por muitos como um grande amontoado de pa-
pel, sem muita importância.
A INFORMAÇÃO É ESTRATÉGICA E FAZ PARTE DO NEGÓCIO.
A CORRETA INTERPRETAÇÃO DOS FATOS AGREGA VALOR ÀS
DECISÕES A SEREM TOMADAS.

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  • 1. 1 O clipping como ferramenta estratégica de assessoria de imprensa Assessoria de imprensa não se resume ao esforço unilateral para estampar uma marca ou uma pessoa em jornais, revistas e progra- mas de TV. O que é assessoria de imprensa? - identificação e garimpo de notícias; redação de textos apropria- dos; levantamento de mídia; promoção de relacionamento perma- nente e profissional com a mídia; análise estratégica de tudo que é publicado sobre o cliente e o que lhe interessa. - podem e devem ser explorados publicações especializadas, sites da internet, canais de TV a cabo, boletins institucionais. Não se li- mitar ao horário nobre da TV ou aos jornais de maior circulação se estes não são dirigidos ao público que se pretende atingir. - nada é unilateral. Algumas empresas têm visibilidade natural quer pela sua área de atuação quer quando são envolvidas em problemas. Premissas importantes: - sempre que possível atender à demanda da imprensa; - tomar iniciativa em fornecer informações de interesse público e evitar a apenas divulgar assuntos de seu interesse; - quando a notícia for negativa, divulgar sempre a primeira versão; - política de relacionamento sistemático pode evitar danos à ima- gem da empresa.
  • 2. 2 O clipping - garimpar notícias; - identificação da mídia especializada: mailing list (catálogo de con- tatos); - observar horários de trabalho, dias de cadernos especializados nos jornais, deadline, rotatividade de jornalistas. Ferramentas básicas: - aviso de pauta – convite/convocação para entrevistas e eventos, anúncios importantes, inaugurações, visitas, lançamentos; - coletiva de imprensa – entrevista coletiva para a imprensa, inicia- se com a palavra do porta-voz e em seguida argüição dos jornalis- tas; - informe publicitário – “por melhor que seja realizado, não tem a credibilidade que a independência do espaço editorial pressupõe”; - nota – pequena notícia ou comentário para jornais, revistas ou programas de TV, observar a exclusividade; - nota oficial – texto curto, objetivo e claro contendo uma declara- ção oficial da empresa sobre seu posicionamento em relação a al- gum fato ocorrido; - press kit – pasta com press release, fotos jornalísticas, amostra de produtos, folders e o que possa acrescentar informação; - press release – texto preparado pela assessoria de imprensa; - sugestão de pauta – sugestão de uma pauta (assunto) ao veículo de informação com o objetivo de situar o repórter sobre o tema ou sobre os ângulos a serem abordados na notícia. Obs.: com exceção do informe publicitário, todas as ferramentas citadas têm como objetivo conseguir um espaço editorial que é gra- tuito, mas não tem a garantia da veiculação.
  • 3. 3 Treinando porta-vozes - Media trainning - falam em nome da empresa por delegação da diretoria; - domínio das informações; - pode haver mais de um dependendo do tipo da empresa; - pode ser o presidente ou alguém da área de comunicação (um di- retor ou o assessor de imprensa); - é importante uma figura soberana para falar em seu nome em si- tuações mais gerais; - manutenção de um discurso único que exige treinamento – media training. APRESENTAÇÃO E POSTURA – identificar-se, portar-se com edu- cação e sem intimidades; O DISCURSO SITUAÇÕES ADVERSAS – não assumir responsabilidades, não a- tribuir culpas a terceiros, não alimentar polêmicas ou intrigas, não aceitar provocações; MATERIAL DE APOIO – divulgação de números consistentes e ve- rídicos, fotos jornalísticas, preparar material para distribuição; FINAL DA ENTREVISTA – não solicitar que o jornalista repita o que foi dito ou o acesso ao texto final antes da publicação; indagar se restou alguma dúvida e colocar-se à disposição para contatos pos- teriores. Obs.: é importante que o assessor de imprensa prepare um briefing para a empresa com informações sobre o veículo, público para o qual estará falando, a pauta do jornalista, existência ou não de ou- tros entrevistados, tempo de duração da conversa, breve histórico do entrevistador. Sempre que possível acompanhar a entrevista pa- ra orientar o entrevistado se houver necessidade, providenciar in- formações e apontar os pontos fortes e fracos da entrevista comen- tando seu desempenho.
  • 4. 4 Análise estratégica do clipping Clipping é a seleção de todo o noticiário sobre o cliente ou assun- tos de seu interesse, veiculado na mídia impressa (jornais e revis- tas), eletrônica (TVs e rádio) ou digital (agências e sites de notí- cias). Clipping (em inglês, “corte” ou “recorte”) consiste em identificar rotineiramente na imprensa as citações sobre a organização ou te- mas previamente determinados, organizá-las e encaminhá-las para conhecimento dos interessados. Os recortes são geralmente colados em folhas padronizadas, a- crescidos de informações sobre veículo, data de publicação, algum tipo de classificação e outros dados que sejam importantes. Exemplo de estruturação de um clipping para a Coca-Cola: - acompanhamento da exposição de um único produto (como os sabores de Fanta em lançamento); - de sua marca (todos os registros sobbre The Coca-Cola Com- pany); - de um tema específico (como o crescimento das tubaínas); - de todo o setor em que atua (neste caso, o alimentício). - a empresa poderia solicitar também notícias sobre qualquer as- sunto de seu interesse. Hoje é muito comum se fazer o clipping online para ser enviado por e-mail ou publicado em homepage. Ao final de um período (mês, semestre, ano) se produz um CD com todas as matérias escanea- das. Já existe softwares específicos para clipagem. As possibilidades do clipping Um trabalho bem desenvolvido além de apurar quantos “cm” ou “seg” foram destinados à empresa na mídia (análise quantitativa) em um determinado período, pode também:
  • 5. 5 - viabilizar a análise qualitativa do que é publicado sobre a empre- sa; - possibilitar um acompanhamento de mercados de interesse; - facilitar o monitoramento das ações da concorrência; - poder ser utilizado para a geração de negócios; - funcionar como ferramenta para avaliação do desempenho de por- ta-vozes. Análise quantitativa e qualitativa do clipping: 1. Análise quantitativa Medir a ocupação de veículos, a aceitação em regiões, a repercus- são de temas, a exposição de fontes, o espaço ou registro em co- lunas, em capas de jornais e revistas, etc. São fundamentadas em tabelas e gráficos com unidades de medi- da: “cm/col”; quantidade de registros ou preço (quando comparado aos espaços comerciais); sistema de pontuação (determinação de valores por importância do veículo); sistema de cruzamento de ti- ragem, média de leitores, tamanho da notícia, localização da pági- na. Como mensurar “cm/col”? Multiplicar o número de colunas que ela ocupa pela centimetragem da altura de texto ou foto. Jornal tamanho “standard” tem 6 colunas com 52cm de altura cada. Matéria de página inteira: 52cm x 6 col = 312 cm/col
  • 6. 6 Exemplo de análise: a. Repercussão jornalística por abrangência (por estado, conside- rando nacional o que circula por todo país) e feita uma comparação com o destaque dado por região no ano anterior: b. Matérias positivas e neutras: ABRANGÊNCIA cm/col - 2005 cm/col - 2004 % VARIAÇÃO Nacional 570 432 32% São Paulo 481 493 - 2% Rio de Janeiro 420 320 31% Brasília 213 135 58% Pernambuco 198 53 274% Outros estados 312 470 - 34% Total 2194 1903 15% 0 100 200 300 400 500 600 NA SP RJ DF PE OUTROS
  • 7. 7 c. Percepções: - houve aumento de exposição na mídia nacional e em veículos do rio de janeiro e Brasília. Poderia ser por aumento de interesse por parte da imprensa dessas regiões ou surgimento de um novo jornal ou revista; - houve queda em publicações de São Paulo; - em veículos de Pernambuco, cujo interesse no ano anterior foi baixo o espaço cresceu 274%. Pode ser pelo surgimento de novas mídias e/ou aumento de interesse por mudanças na relação da em- presa com a região. d. Considerações: - “outros estados” são aqueles não incluídos entre os cinco primei- ros e que dedicaram maior espaço ao assunto; 2. Análise qualitativa: É mais densa e pode apresentar resultados mais consistentes ne indicações mais precisas. Realizar leitura crítica de todo o clipping e fazer comentários em texto corrido ou highlights, escritos por profissional qualificado. Trabalho diário ou com periodicidade mais ampla (semanal, men- sal, semestral). Possibilita a informação, em um curto espaço de tempo, sobre todo o conteúdo publicado no período. Indica novas possibilidades de divulgação, tendências e pontos desfavoráveis. Avalia o trabalho desenvolvido e o relacionamento com mídias e jornalistas específicos.
  • 8. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS O clipping pode ser utilizado por empresas, executivos, profissio- nais liberais, artistas ou qualquer pessoa, para acompanhamento de mercados e negócios de interesse, ações da concorrência e prospecção de negócios. Deve ter suas bases definidas de acordo com os objetivos e inte- resses daquele que vai utilizá-lo. É necessário um briefing sobre o objeto da pesquisa e o conjunto e veículos a ser pesquisados. Saber o que o cliente precisa ler. Deve ser lido diariamente. Desenvolver nas equipes o hábito de ler. Ainda é encarado por muitos como um grande amontoado de pa- pel, sem muita importância. A INFORMAÇÃO É ESTRATÉGICA E FAZ PARTE DO NEGÓCIO. A CORRETA INTERPRETAÇÃO DOS FATOS AGREGA VALOR ÀS DECISÕES A SEREM TOMADAS.