O documento descreve os principais movimentos artísticos do início do século XX na Europa, incluindo o Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo e Abstracionismo. O Fauvismo buscava transmitir emoções através da cor de forma intensa. O Expressionismo retratava temas como a miséria e a angústia de forma dramática e distorcida. O Cubismo quebrou com a perspectiva tradicional para mostrar objetos sob múltiplos pontos de vista ao mesmo tempo.
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Módulo 9 arte
1. Click to edit Master text styles
MÓDULO 9
A CULTURA DO CINEMA
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Sob o signo da provocação
3. Contexto: Desenvolve-se em França, em paralelo com o
expressionismo, entre 1900 e 1908. Influenciados por Cézanne ou
Gauguin reagiram contra o impressionismo e efeitos óticos ilusórios,
procurando transmitir emoções estéticas através da exaltação das
cores.
Temática: variada, retratos, paisagens...
Principais autores: Matisse, Derain, Braque, Vlaminck e Dufy
Para Matisse, seria a "perspetiva do sentimento", nas quais os
planos se aproximavam. Realce dos contornos com traços negros,
desligando a cor da própria figura.
4. Click to edit Master text styles
Características: Adoção de uma paleta
impressionista na qual associavam a cor à luz, de
uma forma quase agressiva.
- Rejeição da tradição académica:
• recusa do convencionalismo académico da
pintura tradicional;
• destruição dos conceitos e dos valores
estéticos e criação de novas linguagens artísticas;
• autonomia da obra de arte em relação à
realidade concreta;
• progressivo abandono da tridimensionalidade.
Restaurante, Maurice de Vlaminck
5. Click to edit Master text styles- Inovação temática, formal, cromática e
técnica:
• temática sem preocupações com
questões de índole psicológica ou
social; o objetivo é transmitir sensações
de alegria ou tristeza.
• transmissão de sensações e de
emoções profundas, através da
utilização expressiva da cor;
• «primitivismo» das formas,
simplicidade do traço e distorção dos
volumes;
La Danza, Henri Matisse
6. Click to edit Master text styles
• exaltação da cor, com recurso a
cores fortes e puras, usadas em
tonalidades arbitrárias e
contrastantes; a cor é utilizada
como elemento plástico
autónomo, como elemento
estruturante do espaço do quadro
• aplicação de pinceladas livres,
intuitivas e emotivas e de grossos
empastes;
• ausência de modelado.
Westminster bridge, Andre Derain
7. Contexto: entre 1905 e 1930. Foi um processo de
vanguarda surgido na Alemanha, que se exprimia
através da valorização dos elementos cromáticos e da
capacidade das figurações transmitirem sentimentos.
Há uma reação deliberada contra a representação
exata e científica do mundo ao redor. Deste modo, o
dramatismo dos temas e a acentuação dos elementos
plásticos decorrem da tensão psicológica do autor.
8. Click to edit Master text styles
O Expressionismo é o reflexo dos tempos conturbados
anteriores e contemporâneos à primeira grande guerra e
da renovação cultural e das mentalidades que então se
operou.
Temática: a prostituição, a miséria, o medo, a angústia e
a revolta, o drama interior do homem. A sua função
primária era denunciar ou criticar estas situações.
Principais autores: Van Gogh e Edward Munch foram os
precursores. Outros autores foram Auguste Macke ou
Otto Dix
9. Click to edit Master text stylesCaracterísticas:
· O realismo e as proporções são distorcidas pelas emoções
do artista (deformação intencional das imagens visuais),
· Arte surgida de reações subjetivas à realidade e não
diretamente da realidade,
· Emotividade, apresentação de um mundo dramático e
apaixonado,
· Expressão de sentimentos humanos, com vigor, dramatismo
e angústia,
· Prevalência da cor sobre o desenho,
· Esboço tosco, inacabado,
· Linguagem arcaizante, primitiva, infantil; simplificação das
formas.
10. Click to edit Master text styles
• Em França o expressionismo não teve
grande projeção.
• Na Alemanha vão existir dois grupos
principais de expressionismo:
• Die Brucke (A Ponte)
• Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).
Otto Dix
11. • Procurava “a ponte que leva do visível para o invisível”, tentando ultrapassar os
objetivos do fauvismo e pretendendo expressar os sentimentos e traumas da alma
humana com vigor, dramatismo, coragem, angústia e violência, com crítica social e
política (a prostituição, a miséria, a opressão, injustiça).
• Formado em Dresden em 1905, por Ernst-Ludwig Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Emil
Nolde (1867-1956) e sob a liderança de Max Pechstein (1881-1955).
Die Brucke (A Ponte)
12. Click to edit Master text styles
Aspetos técnicos, formais e temáticos:
- desenho simplificado e anguloso dos
ambientes e das figuras, sob a influência
de Van Gogh e do fauvismo;
- aplicação das cores, em pincelada larga
e intensa, expressando, essencialmente,
o espírito angustiado dos autores;
- linguagem pictórica dominada pela
deformação intencional das figuras; Ernst-Ludwig
Kirchner
13. Click to edit Master text styles - predomínio temático de cenas de rua e
de retratos que expressam a miséria
social, a angústia, os sentimentos, as
emoções e os dramas interiores vividos
pelo Homem;
- exploração de técnicas antigas de
representação da imagem, como a
xilogravura ou a gravura sobre metal.
- execução espontânea e
temperamental, desenfreada e
irrefletida, fazendo com que as obras
parecessem esboços inacabados, com
espaços da tela por pintar.
Cena de Rua Berlinense, Ernst Ludwig Kirchner
14. Click to edit Master text styles
Natureza Morta Romana, Erich Heckel
The Last Supper, Emil Nolde
15. - Nasceu em 1910 na cidade de Munique, impulsionado pelo artista russo Wassily Kandinsky,
juntamente com Franz Marc, a quem se juntariam outros: Auguste Macke, Franz Marc, Paul Klee.
- objetivo: unir sob o mesmo ideal artístico artistas de várias nacionalidades,
- concebiam as obras de arte como construções a partir das experiências, dos sentimentos
subjetivos e das sensações de cada um, atribuindo-lhes um sentido global, de modo a ser
compreendido por todos.
- Pretendiam criar uma arte livre, não dirigida a nenhum público em especial, que nascesse da
meditação e da necessidade interior de cada artista, na procura pessoal da harmonia espiritual.
Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul)
16. Click to edit Master text styles
- Aspetos técnicos, formais e temáticos:
- Preferência por temáticas
naturalistas (irreais e alegóricas),
por vezes com cenas sociais ou da
vida animal
- Execução refletida e pensada
(menos intuitivo do que o grupo Die
Brücke)
- Simplificação/geometrização das
formas (tendência para uma
crescente abstratização).
Cavalos vermelho e azul, Franz Marc
17. Click to edit Master text styles
- Valorização da mancha cromática na
construção das formas: utilização de
cores antinaturais, arbitrárias, mas
claras e líricas, com sentido de
complementaridade
- Composições equilibradas, orientadas
sobretudo por linhas circulares e
sinuosas, segundo ritmos musicais
- Exploração mágica e mística dos
conteúdos, próxima da musicalidade:
expressividade lírica e emotiva.
Composição II, Wassily Kandinsky
18. Click to edit Master text styles
“No Jardim de Oberhofen”, August Macke
“Caminhos Ensolarados”, August Macke
19. Click to edit Master text styles
Dierentuin Tiergarten, Paul Klee Red Balloon, Paul Klee
20. Contexto: movimento cultural que se desenvolveu na Europa, em
Zurique e nos Estados Unidos a partir de 1915. o nome dado deriva
de uma caricatura à linguagem dos bebés. Pretende-se assim negar
os conceitos de arte e de objeto. É o surgir da anti arte.
Temática: Este movimento constituiu uma reação/provocação
contra as formas tradicionais de produção artística e contra o
próprio sistema ainda ligado ao academismo e à produção
objetual, de sentido mercantilista. Revolta-se contra o os valores
criados, motivados pela violência e crueldade da guerra. Encontra
suportes filosóficos em Shopenhauer e Nietsche.
21. Click to edit Master text styles
Principais autores: defendem que é necessário destruir para criar.
Em Zurique: surge o clube artísitco e cultural de Tristan Tzara, autor do Manifesto Dadaísta –
Cabaret Voltaire. Destacam-se ainda nomes como Jan Arp, Hugo Ball e Richard Husseleck.
Em Nova York: Marcel Duchamp, Man Ray e Francis Picabia (responsáveis pela revista 291, um
vedadeiro órgão de movimento antipintura).
22. Click to edit Master text styles
Características: uso de objetos comuns e banais,
retirados do seu contexto tradicional e então
considerados arte.
Com temáticas provocatórias, por vezes sem
sentido, inspiram-se no cubismo sintético, mas
adicionando técnicas inventadas:
- na pintura - a mistura de colagem com objetos
encontrados (objects-trouvé), fotomontagens,
merzbilders…
Olho Crocoilato, Francis Picaba
23. Click to edit Master text stylesCaracterísticas: na fotografia - fotomontagens e os rayographs
Erwin Blumenfeld
Man Ray
25. Click to edit Master text styles Características: na escultura – ready-made, neste caso
pretendiam demonstrar que o que determina o valor
estético de algo, é um ato mental. Conduz a uma
dessacralização do objeto artístico pela apropriação e
pela descontextualização de objetos de uso comum.
Cabeça Mecânica, Raoul Hausmann
Porta-Garrafa, Marcel Duchamp
26. Click to edit Master text styles
As obras pretenderam inquietar, provocar o público, promovendo a consciencialização do
vazio e do absurdo, contestando a ideia de arte e levando à sua própria negação. Há a libertação
da arte de valores pré-estabelecidos.
Defende-se a espontaneidade e o carácter anárquico e individualista da criação artística; a
ideia de que o artista deve voltar a artesão ou operário especializado, contribuindo de modo útil
para o bem estar da sociedade.
Marcel DuchampRené Magritte
28. Click to edit Master text styles
Os caminhos da abstração formal
29. Contexto: A primeira manifestação cubista ocorre em 1907
com a obra "Les Demoiselles d'Avignon“ de Pablo Picasso.
Nasce de experiências formais e técnico construtivas de
Picasso e Braque.
Temática: O homem e tudo o que o rodeia.
30. Click to edit Master text styles
George Braque e Pablo Picasso procuraram novas formas de representação formal e espacial,
realizando uma série de pesquisas para encontrar novos métodos e técnicas de representação
formal e espacial, de forma a ultrapassar as regras clássico-renascentistas.
Em vez de representarem o motivo (objeto, paisagem), tomado de um só ponto de vista (como na
representação tradicional), conseguem fazê-lo sob vários pontos de vista na mesma representação
– as perspetivas múltiplas – associando às três dimensões uma quarta: o tempo.
O processo de execução, a procura dessa linguagem, torna-se mais importante do que o próprio
resultado. Como resultado, derrubam os conceitos tradicionais de forma e espaço – abrindo
caminho à arte abstrata. Procuram substituir uma imagem real, por uma mental; “eu não pinto as
coisas como as vejo, mas sim como as penso”(Picasso).
31. Click to edit Master text styles
Características:
- Rutura com a forma tradicional de representação ilusória
do objeto no espaço, rebatendo-o de forma a que as
diferentes faces do seu volume possam ser mostradas
simultaneamente.
- Desenho anguloso e geométrico, substituindo a
tradicional técnica da perspetiva pela sensação de
volume (formas volumétricas) dando uma sensação
tridimensional.
Casas em l'Estaque, Georges Braque
32. Click to edit Master text styles
A Montanha Le Canigou, Juan Gris
Características:
- Rutura com a forma tradicional de
representação ilusória do objeto no
espaço, rebatendo-o de forma a que as
diferentes faces do seu volume possam
ser mostradas simultaneamente.
- - Desenho anguloso e geométrico,
substituindo a tradicional técnica da
perspetiva pela sensação de volume
(formas volumétricas) dando uma
sensação tridimensional.
33. Click to edit Master text styles
Primeira Fase: CEZANNISTA OU CEZANNIANA -
1907-1909:
- Influências: Cézanne, Escultura africana,
Teoria relativista de Einstein - redução da
realidade a estruturas simples e elementares;
- temáticas: paisagem e figura humana em
atelier;
- Representação racional e geométrica das
formas e dos planos; figuras distorcidas pela
perspetiva;
- Contorno quebrado…
Autorretrato, Pablo Picasso
34. Click to edit Master text styles
- Manutenção dos volumes; respeito pelas
volumetrias;
- Início do desdobramento de planos: figuras e
fundo confundem-se; planos sobrepostos +
eliminação da profundidade; fundo
fragmentado; espaço pictórico decomposto;
- Rostos simplificados ou em máscara (influência
da escultura africana);
- Redução da paleta cromática;
- ausência de claro-escuro.
Mulher com leque, Pablo Picasso
35. Click to edit Master text styles
Segunda fase: ANALÍTICA OU HERMÉTICA - 1909-
1912
- Temas: natureza-morta, objetos do quotidiano,
retrato;
- Multiplicação dos motivos, sendo difícil
distinguir por vezes os elementos figurativos;
- Infinidade de planos geométricos, totalmente
achatados;
- Total bidimensionalismo;
- Completa bicromia: a paleta reduz-se a cores
sóbrias, quase monocromáticas (terras ou cinzas
esverdeados).
Retrato de Kahnweiler
36. Click to edit Master text styles- A sugestão de movimento desaparece da tela,
passando para o olhar do observador;
- Acentua-se a ideia de que a pintura é uma
realização plástica que obedece a regras próprias.
- O artista representa uma idealização do objeto:
não representa aquilo que vê, mas o que dele
conhece. É irreconhecível, hermético.
Contraste de Formas, Fernand Leger
37. Click to edit Master text styles Terceira fase: SINTÉTICA - 1912-1914
- Retorno ao objeto;
- Sintetização e redução do número de planos;
- Os elementos figurativos são nítidos e os objetos
simplificados;
- A paleta altera-se, ganhando maior variedade
cromática.
- Braque e Picasso introduzem objetos reais e
tridimensionais: colagem de recortes de jornais, papel
de música, alfinetes, areias …
- A pintura Cubista torna-se uma Pintura-objeto; a
pintura encarada, não como decoração ou expressão,
mas como construção de uma obra.
Guitarra frente ao mar, Juan Gris
38. Click to edit Master text styles
Guitarra, Pablo Picasso
Fantomas, Juan Gris
39. Click to edit Master text styles
Caso prático: Guernica
40. Contexto: Em 1909 foi publicado o Manifesto Futurista,
escrito por Filippo Marinetti e publicado no Le Fígaro.
Este manifesto é a apologia do novo ritmo de vida
dinâmica das máquinas, do trabalho.
Marinetti dizia “o espaço e o tempo morreram ontem.”
Exalta-se a civilização industrial e a vida moderna (a
cidade, a máquina e a velocidade).
Foi inicialmente um movimento puramente literário, que
se difunde depois para as artes plásticas a partir do
Manifesto dos Pintores Futuristas, publicado em 1910.
41. Click to edit Master text styles
Principais autores: Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrá,
Gino Severini.
Características: Exalta-se o movimento, a força e a
velocidade:
- Multiplicidade de planos (à maneira cubista)
exprimindo a continuidade do movimento no espaço;
- Dinamismo e movimento, transmitindo estados de
alma (aproximação ao expressionismo);
- Temas relacionados com modernidade, velocidade e
dinamismo;
- Decomposição geométrica das formas (linhas
quebradas em ângulo agudo) e/ou em curvas sinuosas.Lâmpada, Giacomo Balla
42. Click to edit Master text styles
- Planos simultâneos e interpenetrados para
obter o efeito de movimento no tempo (quarta
dimensão);
- Linhas de cor pura, ortogonais, angulares ou
espiraladas à semelhança de raios luminosos,
simulando movimento ou a decomposição da luz;
- Valorização da cor e da luz.
Automóvel correndo e Mercúrio passa diante do Sol, Giacomo Balla
43. Click to edit Master text styles
Primeira fase (1910 – primeira guerra): afirma-se
na Itália (surge o raionismo).
Segunda fase: entre as duas guerras. Alarga-se ao
cinema e afirma-se na ideologia de Mussolini.
Terceira fase: até 1950, restringe-se à França.
Visão simultânea, Umberto Boccioni
Nadadoras, Carlo Carra
44. Click to edit Master text styles
Dinamismo de um cão, Giacomo Balla
45. Click to edit Master text styles
Na escultura: Boccioni
Formas Únicas de Continuidade no Espaço, 1913
Desenvolvimento de uma garrafa no espaço, 1913
46. Click to edit Master text styles Correntes artísticas derivadas do Cubismo e do
Futurismo:
- Cubismo da Secção de Ouro (ou Secção Áurea):
racionalização do Cubismo através da aplicação da teoria
clássica e renascentista da visão piramidal do olho
humano, acabando por introduzir movimento e
dinamismo às obras.
Mulher com animais, Albert Gleizes
47. Click to edit Master text styles
Orfismo: aliança entre a técnica cubista e a cor e o movimento futuristas.
Electrics, Sonia Delaunay
Portuguesa alta, Robert Delaunay
48. Click to edit Master text styles
A nova complexidade material
49. Contexto: a arte abstrata tem origem nas
diversas reações ao Impressionismo e
desenvolve-se entre 1913 e 1933. É a arte não
representativa, resultado do processo de
destruição iniciado pelas vanguardas,
nomeadamente o cubismo e o futurismo. Em
1910, aparece a primeira obra abstrata, de
Kandinsky (ainda na fase Blau Reiter).
Segundo este, a pintura vive sem objeto e
apoia-se na livre estruturação da mancha e da
linha na tela.
50. Click to edit Master text styles
Características: liberdade da cor e
do traço, enquadradas num
entendimento filosófico e orgânico
da pintura.
Pretendia-se fazer com que as
obras transcendessem a aparência
do quotidiano, de modo a
encontrar nelas uma realidade
nova, oculta, mas profunda.
Último Julgamento, W. Kandinsky
51. Click to edit Master text styles
Abstracionismo Lírico
- Deriva diretamente do movimento Blau Reiter. Inspira-se na imaginação, ligada à emoção e à
necessidade interior.
- A organização e a composição do espaço pictórico têm uma lógica interna rítmica, definida por
manchas cromáticas e da dinâmica expressa pelo jogo de linhas, formas e cores.
Linha Transversal,
W. Kandinsky
52. Click to edit Master text styles
Características: a pintura liberta-se da
reprodução da Natureza;
- Manchas cromáticas vibrantes;
- Dinamismo no jogo de linhas, cores
e formas;
- Atribuição de valores psicológicos
ou espirituais às linhas e formas;
- Analogia com a música: as linhas
exprimem ideias.
- Há uma necessidade interior,
metafísica.Nel Blu, W. Kandinsky
53. Click to edit Master text styles
Abstracionismo Geométrico
- A Abstração Geométrica
aparece nos anos 50, nos EUA.
Distingue-se pela pureza e
limpidez das cores, as quais
preenchem superfícies de
contornos regulares.
- É anulada a expressão
individual do artista e a emoção,
fazendo da pintura um exercício
plástico e conceptual, onde a cor
se sobrepõe à forma. Artistas:
Josef Albers, Barnett Newman,
Ad Reinhardt e Morris Louis. Homenagem, Josef Albers
54. Contexto: nasce do Abstracionismo Geométrico
e na sequência do Raionismo, na Rússia por
volta de 1916 com Casimir Malevitch, que
procurou na pintura a noção pura de espaço.
- Devido à influência do Niilismo (filosofia que
defende a negação absoluta de qualquer
realidade), há uma procura da verdade e da
pureza plástica.
Quadrado negro sobre fundo branco, Malevitch
55. Click to edit Master text styles
Características: A gama cromática é limitada, constituída por cores primárias, secundárias e branco
e preto.
56. Click to edit Master text styles
A obra suprematista caracteriza-se pelo emprego de formas geométricas puras,
construídas com cor pura, sem modelado. O espaço é animado pela forma.
painterly architectonics, Liubov Popova Relevo escultórico, Ivan Puni
57. Contexto: movimento artístico holandês
criado em 1917 por Piet Mondrian, em
resultado da influência da Revista “De Stijl”.
Pretendeu-se atingir uma visão impessoal e
objetiva através de uma estética nova e
universal. Procurou a perfeição e a verdade
supremas, ultrapassando o mundo físico e
emotivo, de modo a atingir o mundo mental.
Trafalgar Square, Piet Mondrian
58. Click to edit Master text styles
A harmonia, a ordem perfeita e
universal poderia ser alcançada,
segundo os membros do De Stijl,
com a obediência às leis que regem
a produção artística, que previam
uma arte não figurativa pois, “como
representação pura do espírito
humano a arte expressar-se-á
numa forma esteticamente
purificada, isto é, abstrata”.
Casa Larga, Mondrian
59. Click to edit Master text styles Ruptura na conceção estética:
• rejeição do convencionalismo académico da
pintura figurativa e autonomia da obra de arte
em relação à realidade concreta;
• recusa de qualquer noção de subjetividade ou
de emotividade;
• linguagem plástica, abstrata, matemática…;
• formas geométricas simples; linhas verticais e
horizontais a negro que se cruzam em ângulos
retos (retângulos e quadrados);
• jogo cromático, cores contrastantes e primárias;
• exploração da assimetria e abandono da
tridimensionalidade.
Victory Boogie-Woogie
60. Click to edit Master text styles
Contra construção
Theo Van Doesburg
Composição XXII
61. Click to edit Master text styles
Pulverização dos caminhos artísticos
62. • A Arte Informal surge nos anos 40, influenciada pelo Abstracionismo Lírico de Kandinsky e
pelas novas técnicas introduzidas pelo Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo.
• Engloba expressões plásticas individualizadas, havendo, por isso, uma grande diversidade.
A Arte Informal alterou radicalmente os processos de conceção e criação, apresentando a
arte como artesanato.
La Vie Sans L’Homme III, Jean Dubuffet
63. Click to edit Master text stylesCaracterísticas:
- a técnica e material como parte
essencial da conceção,
- a subordinação de todos os outros
elementos estilísticos (tema, cor e
composição),
- o ato criativo centrado no processo de
feitura, exaltando a improvisação
(grande liberdade individual do
artista),
- a recusa do caráter simbólico da arte
e da sua racionalização.
Antoni Tàpies
64. Click to edit Master text styles
ARTE INFORMAL – ARTE BRUTA
Aparece na Suíça, com Jean Dubuffet (1901-1985).
Caracteriza-se pela pintura de grossos empastes e mistura
diversificada de materiais (cartão triturado, vidros moídos,
limalhas metálicas, areia, pigmentos, …). É uma arte “em
bruto”, primitiva, infantil, sem quaisquer referências.
J’habite um Rian Pays, Jean Dubuffet
Radieux Météore, Jean Dubuffet
65. Click to edit Master text styles
ARTE INFORMAL – ACTION PAINTING
Normalmente associada ao trabalho de
Jackson Pollock. Este tipo de pintura,
fruto de um momento, é concebida
como um verdadeiro ritual de actuação
e traduz-se na criação de obras de
escorridos policromáticos.
Para pintar seus quadros, Pollock
colocava as telas no chão e não em
cavaletes como de costume os pintores
fazem, e respingava tintas sobre a tela
('dripping', gotejamento).
67. Click to edit Master text styles
ARTE INFORMAL – PINTURA MATÉRICA
A tónica é colocada na matéria com
execuções corpóreas, texturadas de
características abstratas, sobre as quais
intervém com grattages e outros
processos. Tàpies utiliza suportes de
madeira cobertos com pasta (pó de
mármore, pigmentos e aglutinantes)
sobre a qual executava grattages,
sulcos e escorridos. Também o italiano
Alberto Burri (1915-1995) utilizou telas
de sarapilheira “recosidas”, plástico,
ferros e chapas metálicas em
composições expressivas.
SACCO 5, Alberto Burri
68. Click to edit Master text styles
ARTE INFORMAL – PINTURA ESPACIALISTA
É marcada pela incorporação na tela de uma
terceira dimensão. Por norma monocromática,
usa uma linguagem directa e concisa. O seu
principal executante foi Yves Klein que
desenvolveu este género em três fases distintas:
1ª- fase antropomórfica ( marcada por corpos de
mulher besuntados com tinta que rolavam sobre
as telas);
2ª- fase monocromática (dourado, rosa e azul);
3ª- fase da cosmogonia (telas sobre as quais
atuavam elementos naturais como, chuva, vento,
fogo). Esponja azul, Yves Klein
69. Contexto: a pintura expressionista de tipo
informalista surgiu nos EUA, por volta de
1947, resultante da fusão do Surrealismo
com o Abstracionismo, utilizando uma
linguagem figurativa.
Os expressionistas abstratos foram
marcadamente antropocentristas e
individualistas, utilizando a pintura para
dar rédea solta às suas emoções e estados
de espírito, recalcamentos, angústias,
dores ou raiva.
70. Click to edit Master text styles
Arshile Gorky (1904-1948): influenciado pelo Surrealismo, utiliza linhas emaranhadas e livres,
manchas de cor planas, formas ondulantes e valoriza o processo, fazendo do acaso o protagonista
da criação.
71. Click to edit Master text styles
Willem de Kooning (1904-1997): revela uma execução gestualista, aplicada a figurações
esquemáticas. Posteriormente regressa à figuração (grosseira e grotesca).
72. Click to edit Master text styles
Jackson Pollock (1912-1956): aplica o conceito surrealista de automatismo psíquico,
estabelecendo uma relação direta entre o inconsciente, o gesto criativo e o material pictórico
como veículo do “conteúdo interior”.
73. Contexto: formado por artistas de Copenhaga, Bruxelas e
Amesterdão, cujas iniciais deram origem ao nome.
A arte que daqui resulta é uma arte de intensa liberdade
criativa, que defendia a experimentação, a
espontaneidade e a aproximação às expressões mais
simples das tradições populares e da etnologia (próximo
da Arte Bruta). Caracteriza-se pela expressão livre do
inconsciente e por cores estridentes.
Egill Jacobsen
74. Contexto: o Expressionismo Geométrico ou abstração
geométrica, nascido do Informalismo, distancia-se pela
limpidez das cores e das formas regulares, geométricas
ou de cobertura total da tela.
Esta forma de pintar elimina toda a expressão individual,
transformando a pintura num exercício plástico e
conceptual.
Foi influenciada por Mondrian, mas ao contrário das suas
obras, no abstraccionismo geométrico, a cor sobrepõe-se
à forma e torna-se independente dela.
75. Click to edit Master text styles
Recusa todo o que não seja estritamente pictórico, retirando das pinturas todo o significado
extravisual. Tem como representantes: Morris Louis, Barnet Newman e Ad Reinhardt.
Tundra, Barnet Newman
Mark Rothko (1903-1970)
76. Click to edit Master text styles
O regresso ao mundo visível
77. Contexto: surge na Europa após a I Guerra e
durante as décadas de 20 e 30 do séc. XX., como
retorno a uma linguagem técnica e plástica
figurativa.
A arte assume o compromisso da denúncia e da
intervenção social, política e ideológica.
Apresenta um carácter de intervenção social e
político, mas de cunho modernista, utilizando
linguagens pictóricas próximo das vanguardas
estéticas: Cubismo, expressionismo, pós-
dadaísmo, surrealismo.
78. Click to edit Master text styles
É o REALISMO SOCIALISTA. Depois de 1925, o Estado
socialista deixa de apoiar as vanguardas artísticas e
regressa ao rigor técnico formal neoclássico, exaltando
o povo anónimo, as vitórias do regime. A arte passa a
ter um carácter apologético e propagandístico, pela
exaltação do trabalhador anónimo, pela representação
da sua participação nas atividades diárias ou nas
vitórias do regime. A escultura, as artes gráficas e o
cartaz publicitário são os melhores exemplos.
O Operário e a Camponesa, Vera Múkhina
79. Click to edit Master text styles Na década de 20/30, Diego Rivera, José
Clemente Orozco e David Siqueiros,
influenciados pela revolução mexicana,
representam temáticas revolucionarias, de
forte sentido expressivo, simbólico e
poético.
Diego Rivera fez pinturas de grande escala,
pinturas murais, onde exalta o povo
mexicano e as suas origens pré-
colombianas. Os temas são tratados com
grande realismo e expressividade,
estimulando o sentido nacionalista e o
carácter didático da sua obra.
mural, Diego Rivera
80. Contexto: apareceu em 1924, em Paris, com a publicação
do Manifesto do Surrealismo. O surrealismo começa na
literatura, mas abrange outras áreas: pintura, escultura,
fotografia e o cinema. O nome foi atribuído por Apollinaire,
em 1917. Está intimamente ligado à teoria freudiana do
inconsciente, que Breton estudara, e à sua técnica de
«associação livre», de modo a iludir o controlo do
consciente.
Temática: O onírico, o irreal, o mundo dos sonhos.
Principais autores: Joan Miró, Max Ernst, André Masson,
Salvador Dali e René Magritte
81. Click to edit Master text styles
Características: tal como o dadaísmo, é um movimento que
pretende substituir a realidade e a representação do mundo
real, pela visão deformada, gerada no sonho e no inconsciente.
Em termos formais, procede-se ao regresso do figurativo, dando
importância ao próprio desenho em si, mostrando o seu
virtuosismo. Tem atmosferas oníricas (que se manifestam
através dos sonhos), recorrendo Às colagens, dripping, ou a
técnica dadaísta - retirar objetos do quotidiano e colocá-los
noutros contextos – não havendo uma ligação entre os objetos,
daí a recorrermos à psicanálise. Não se consegue encontrar uma
explicação lógica e coerente para o que está pintado porque não
é um mundo real que está representado, mas sim um mundo
irreal.
Crucificação Branca, Marc Chagall
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SALVADOR DALI
“A Persistência da Memória”
“Demónio Negro”
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“Intervenção Romântica” “Girafa Ardente”
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MARC CHAGALL
“A Bela Época”
“Aniversário”
“Paris pela janela”
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JUAN MIRÓ
“Personagens em presença de uma metamorfose”
“A Bailarina”
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“Carnaval de Arlequim”, Miró
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ESCULTURA: HENRY MOORE
“Figura Reclinada”
“Vertebrados”
“Rei e Rainha”
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ESCULTURA: GIACOMETTI