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MÓDULO 2:
A Cultura do Senado
Localização
Espacial
Península Itálica
Localização Temporal : Séc. VIII a. C a séc. V
O nascimento de Roma
Três povos marcaram a civilização romana no seu início:
• Etruscos - um povo originário da Etrúria ou Lácio (região da Itália situada
na Toscana);
• Gregos (após a colonização, localizados na Magna Grécia);
• Cartagineses - descendentes dos colonizadores fenícios da colónia de
Cartago.
O nascimento de Roma situa-se (segundo a lenda) entre 753/750 a.C.
Teriam sido dois irmãos (Rómulo e Rémulo) os seus fundadores. Tanto
quanto sabemos, nos meados do séc. VIII a.C. existiam várias aldeias nas
sete colinas, que mais tarde irão fazer parte da cidade de Roma.
Pág. 82
Evolução política de Roma
• Entre os séc. VIII (753) a VI (509) a.C. Roma foi governada sob um
regime monárquico, num total de sete reis etruscos. O rei tinha a ajudá-lo no
governo da cidade dois órgãos, no qual só participavam os chefes mais
ricos e poderosos:
• o Senado - órgão representativo das classes nobres;
• a Assembleia das Cúrias - órgão representativo do povo.
• 509 a.C. as famílias nobres depõe o último rei etrusco (Tarquínio) e criam
uma república aristocrática:
• mantêm o Senado e substituem a Assembleia das Cúrias por
Comícios, órgãos do povo que elegem os Cônsules (dois), eleitos por
dois anos e que têm como função governar a cidade.
Evolução política de Roma
• Séc. III a.C. - os romanos sentem a necessidade de alargar os seus
territórios. As conquistas têm três etapas ou fases:
•1º - Entre os séc. V e IV a.C. unificam o seu domínio por toda a
Península Itálica;
•2º - Entre os séc. III e II a.C. conquistam a Sicília, a Península Ibérica,
Norte de África, Grécia e os antigos reinos helenísticos da Ásia Menor e
antiga Fenícia.
•3º - Com o séc. I a.C. Roma atinge praticamente o seu apogeu de
conquistadora: alargam-se as fronteiras até à Gália (atual França),
conquista-se o Egipto. O Mediterrâneo torna-se um verdadeiro “lago
romano” – o Mare Nostrum (séc. II).
Evolução política de Roma
• Lutas internas pelo poder levam, na segunda metade do séc. I a.C., à
formação de uma coligação de três homens com o fim de governar a
cidade e as colónias suas dependentes - o Triunvirato:
• 1º - Crasso, Pompeu e Júlio César (até 44 a.C.);
• 2º - Lépido, Octávio e Marco António (até 31 a.C.).
• Em 27 a. C., com a morte de Júlio César, inicia-se o Império, sob a égide
de Octávio César (“Augusto”).
Fatores da formação do império
Roma terá começado por ser apenas mais uma aldeia igual às outras.
Mas, devido às suas condições geográficas especiais, nas margens do rio
Tibre e rodeada de colinas, cedo se desenvolveu acabando por dominar as
localidades à sua volta, devido a :
• Necessidade de segurança da cidade de Roma face aos seus inimigos;
• Orgulho das suas vitórias;
• Desejo de poder e autonomia;
• Cobiça e ambição (pelas novas riquezas).
Características do império
• Extenso (mais de 10.000 Km de fronteiras);
• Urbano (cidades construídas segundo o modelo de Roma);
• Centrado no Mediterrâneo;
• Unido por uma vasta rede
viária.
Fatores de união do império
• Língua oficial (latim);
• Lei (direito romano);
• Chefe político (Imperador);
• Exército (legiões);
• Organização urbana;
• Cultura;
• Comunidade de cidadãos com igualdade de direitos (após 212 com
Caracala);
• Religião (politeísmo, culto ao imperador e, mais tarde, Cristianismo).
O século de Augusto
Augusto, o primeiro imperador
• Com a morte de César em 27 a.C,
Octávio chega ao poder por delegação do
povo e a sua aura de prestígio acaba por
originar o culto imperial. Assumindo um
carácter divino, passa a ser designado
por Octávio César Augusto, primeiro
imperador de Roma.
• O facto de poder nomear os seus sucessores deu origem a um poder
imperial dinástico.
• A sua ação permitiu o desenvolvimento de Roma, que deixou de ser uma
urbe na conquista de novos territórios e passou a ser a capital de um dos
maiores impérios da história da humanidade.
Pág. 80
A ação de Octávio Cesar Augusto
• Socialmente: apaziguou as lutas sociais e reorganizou a sociedade de
acordo com um aspeto idealizado de igualdade: o censo.
• Militarmente: restabeleceu a ordem e a disciplina, não só em Roma, mas
por todas as províncias, estendendo assim a pax romana a todo o
império.
• Culturalmente: formado na melhor tradição helenística, apoiou as artes e
a cultura, tornando-se o primeiro mecenas da história. Patrocinou ainda
inúmeras obras públicas como pontes, estradas ou o novo fórum romano.
• Religiosamente: restabeleceu a religião politeísta tradicional, ligando-a ao
poder do imperador, agora visto como um verdadeiro deus.
• Politicamente: reforma o aparelho administrativo central e provincial,
reforçando o poder do Imperador e criando novas instituições.
O poder imperial (do “Princeps” ou Imperador)
As novas instituições imperiais
• Decuriões: elites urbanas, responsáveis pela administração da
urbe. Possuem uma riqueza variável. Até 212, não lhes era
reconhecida a cidadania.
• Plebe: homens livres, com rendimentos baixos. Podem ser da
cidade (urbana) ou trabalhadores do campo (plebe rural).
• Libertos: homens livres, mas em tempo escravos. Dependem dos
seus antigos senhores. São uma ordem muito numerosa e sem
cidadania.
• Escravos: não possuem quaisquer direitos, nem sequer lhes é
reconhecido o carácter de ser humano.
A sociedade da Roma Imperial
O culto a Roma e ao imperador
• Octávio César é divinizado em 27 a.C. (“Augusto”);
• É o escolhido dos Deuses – tem uma missão divina;
• Chefe dos áugures, sacerdotes do culto imperial;
• Associado ao culto à Deusa Roma;
• Após a sua morte é declarado deus (diius) – surgem
os Augustais;
• No séc. I o culto alarga-se a toda a família imperial:
• Torna-se um fator de união entre os povos
romanos;
• Reforça o poder do estado e serve de
propaganda ao Imperador.
Pág. 81
Roma, modelo urbano
Um mundo de cidades
O Império romano está profundamente ligado à cidade, que funciona
como verdadeira célula administrativa. Tal deve-se à:
• Conquista de regiões de grande tradição urbana;
• Introdução dos hábitos das regiões conquistadas;
• Influência das cidades-estado gregas;
• Construção de novas cidades para facilitar a romanização;
• Construção das cidades em locais estratégicos (para defesa e comércio);
• Desenvolvimento urbano em zonas de grande tráfico comercial.
• Roma era a urbe por excelência.
Pág. 82
A cidade de Roma
1. Teatro de Pompeio
2. Odeón
3. Panteão
4. Teatro de Marcelo
5. Templo de Júpiter Optimus Maximus
6. Templo de Juno Moneta
7. Coluna Trajana
8. Basílica Julia
9. Forum Romano
10. Cúria (Sede do Senado)
11. Basílica Emília
12. Forum dos Imperadores
13. Templo de Vesta
A cidade de Roma
14. Basílica de Majencio e Constantino
15. Circus Maximus
16. Monte Palatino
17. Templo de Heliogábalo
18. Templo de Venus e Roma
19. Septizonium (Erigido por Septimo Severo)
20. Aqua Claudia
21. Templo ao Divino Cláudio
22. Arco de Constantino
23. Colosso de Nero
24. Coliseu (Anfiteatro Flavio)
25. Escola de gladiadores
26. Termas de Tito
As novas urbes
Nas regiões que conquistam, os romanos vão criando comunidades
com mais ou menos regalias, consoante a sua importância estratégica.
Assim existem:
• Colónias: cidades habitadas por cidadãos romanos;
• Municípios: cidades habitadas por naturais da região, mas com direitos
de cidadãos romanos;
• Cidades de direito latino: cidades de indígenas e onde apenas os
governadores têm direito a cidadania romana;
• Cidades aliadas: podiam, em caso de necessidade, pedir ajuda a Roma
e vice-versa. Estavam sujeitas ao pagamento de impostos.
Elementos definidores da urbe
Mas foi no urbanismo que este espírito pragmático mais se evidenciou:
• Obediência a uma planta geométrica, retângular e racional (traçado
Hipodâmico):
• traçado perpendicular;
• construção segundo dois eixos:
• fórum (praça pública) no centro;
• Muralha de proteção;
• Edifícios públicos na área do fórum;
• sistema de canalização, abastecimento de águas e rede de esgotos;
• Habitações ricas (Domus) vs pobres (Insulae).
O Senado
• Como assembleia política, o Senado existiu desde a monarquia até
finais do Império.
• Durante a República (510-27 a.C.), foi o órgão principal da vida política
romana. Inicialmente possuía funções meramente consultivas, mas
com o passar do tempo começou a dominar todos os assuntos da vida
pública com carácter deliberativo e normativo.
• Esta extensão de funções, em conjunto com o prestígio dos senadores
fez das reuniões do Senado, na Cúria, o palco quotidiano da vida
política do império durante a República.
• A Retórica, ou arte de bem-falar,
importante fator no sucesso dos
oradores e na condução das
discussões e votações, torna-se
a chave do poder.
Pág. 84/85
• Hierarquias do Cursus Honorum:
• Cônsules – funções militares e políticas;
• Pretores – funções judiciárias
• Censores – recenseamento e fiscalização da conduta dos cidadãos
• Questores – finanças
• Senadores – magistrados no Senado.
• Com o Império, o Senado entrou em decadência: Augusto reduziu o
número de membros e retirou-lhe grande parte dos seus poderes:
deixam de ter o comando do exército e de intervir na política externa.
• Os senadores pertenciam às famílias
mais ricas; o seu número foi
aumentando até à época de Júlio César.
• As magistraturas estavam integradas no
cursus honorum (“carreira das honras”),
às quais só os patrícios podiam aceder.
A Lei
A codificação do direito
• O Direito foi também um aspeto importante na civilização romana
pois, para administrar um território tão grande, era necessário um
conjunto de regras bem elaboradas e que regulassem a vida em
sociedade.
• Criam-se códigos relacionados com todos os aspetos do
quotidiano e da vida política, ligados ao direito:
- Privado: as leis sobre os casamentos, divórcios, contratos e
testamentos;
- Público: as leis ligadas à organização e funcionamento do estado;
- Internacional: as leis que estabeleciam as relações entre os vários
povos do Império.
Pág. 85
A codificação do direito
• As leis romanas eram leis:
– Racionais;
– Pragmáticas;
– Diversificadas (de acordo com as zonas do Império).
• Fontes do direito romano:
- Consuetudinárias;
- Lei das XII Tábuas (séc. V a.C.);
- Senatus consulta (leis promulgadas pelo senado);
- Jurisconsultos (pareceres especializados);
- Decretos imperiais.
A administração do direito
• Durante a república:
– Pretores em Roma;
– Propretores nas províncias;
• Durante o império:
- Princeps (Imperador);
- Funcionários imperiais.
• Direito de apelação (para todos os cidadãos): tribunais do senado e
Imperador,
• O direito foi um dos mais importantes legados para o futuro.
o Latim
• O Latim, língua de origem indo-europeia, foi falado pela primeira vez, na
Itália Central e meridional, a partir de 1700 aC.
• Foi marcado por outras influências como o etrusco, o gaulês, ou o
dialeto cartaginês.
• As primeiras obras incompletas em latim datam do séc. III a.C. e as
primeiras completas do séc. II a.C.
• Contudo o seu apogeu manifesta-se a partir do séc. I no tempo de Júlio
César e de Cícero. A partir de então o Latim, torna-se na língua oficial de
Roma e de todo o Império Romano, sendo elemento de coesão e de
referência nas obras literárias de Cícero, Virgílio, Horácio ou Tito Lívio
entre outros.
Pág. 86
• A partir do séc. I torna-se símbolo de civilidade e civilização. Mas é
também quando, por deturpação das línguas locais, surge um latim mais
popular, do povo: o latim do limes.
• A aplicação do latim erudito manifestou-se no âmbito da Poesia, do
Direito, Retórica e Filosofia.
• Vingou o latim do limes, que acabou por influenciar a constituição de novas
línguas que dariam origem às novilatinas atuais.
O ócio
• O século de Augusto trouxe paz e prosperidade económica
proporcionada pelas conquistas e pelo bom governo, possibilitando
aos romanos o usufruto do ócio.
• Dos povos que influenciaram os romanos, destacam-se os Gregos
que de quem copiaram a língua grega, falada e escrita, passou a ser
praticada entre as elites cultas como uma segunda língua – mãe.
• Os hábitos de luxo instalaram-se,
o interesse pela filosofia, pela
música e pelas artes dominaram
os meios intelectuais.
• Entre os ricos, o luxo invadiu as
residências, os banquetes e os
salões privados eram frequentes
e a ida às termas um hábito
indispensável e cada vez
praticado como ritual social.
Pág. 87/ 101
• Como divertimentos públicos popularizaram–se os jogos:
• As corridas de cavalos no Grande Circo, para selecionar o melhor
animal, sacrificado solenemente para purificação do solo.
• As Grandes Procissões, espécie de mascarada que tinha como
objetivo a prestação do culto aos deuses. Estas estiveram na origem
das representações teatrais, principalmente das comédias, género
mais apreciado pelos romanos.
Pág. 88
• Os combates entre Gladiadores, que tinham como cenário os
anfiteatros, nos quais os combatentes entre condenados à morte,
prisioneiros ou escravos revoltados, cujo sacrifício humano era
oferecido aos deuses.
• Os combates entre feras e entre animais e homens desde o
tempo do Imperador Nero, que se tornaram uma prática corrente,
funcionando como uma forma de canalizar o descontentamento
da plebe urbana.
• As classes mais cultas e mais ricas preferiam o conforto das suas
villas campestres onde o gosto pela arte, pela leitura, filosofia e
literatura ocupava os seus tempos de lazer.
Villa romana de Santiago da Guarda
A afirmação imperial de uma
cultura urbana pragmática
A cultura romana: pragmatismo e influência
Processo de síntese (original) da cultura :
• etrusca, que lhe legou os fundamentos da vida urbana, da hierarquia
social e das primeiras crenças;
• grega, que lhe forneceu modelos artísticos, literários, filosóficos e
religiosos;
• oriental, que lhe incutiu o gosto pela monumentalidade, pelo conforto,
pelo luxo e também pelo misticismo.
Espírito prático (pragmático): ao contrário dos Gregos para quem
todas as coisas tinham que ser belas, os Romanos sentiam que todas as
coisas tinham que ser úteis.
• A literatura e as ciências conheceram também um grande desenvolvimento,
destacando-se nomes como o de Tito Lívio e Tácito (na História); Virgílio,
Horácio ou Ovídio (autores de ficção), Plauto (escritor de comédias) ou
Séneca, um dos filósofos mais importantes da Antiguidade.
• Muitas vezes, estes autores e outros artistas obtinham a proteção de
homens ricos e poderosos, que lhes concediam patrocínios – eram os
Mecenas.
Também na religião os romanos demonstraram este espírito:
• Politeístas, souberam aproveitar os deuses autóctones dos povos que
conquistaram;
• Tornaram “seus” os deuses do panteão grego, mas alteraram-lhes a
designação para nomes e características romanas;
• Deram grande importância à mitologia;
• Estabeleceram uma relação diferente com os deuses, uma espécie de
contrato: em troca das dádivas pedidas, eram prestados pagamentos e
recompensas aos deuses (os ex-votos);
• Celebraram diferentes tipos de
cultos: privados (aos Lares,
Manes e Penates); coletivos e
primitivos (augures, vestais…).

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Módulo 2 contextualização

  • 3. O nascimento de Roma Três povos marcaram a civilização romana no seu início: • Etruscos - um povo originário da Etrúria ou Lácio (região da Itália situada na Toscana); • Gregos (após a colonização, localizados na Magna Grécia); • Cartagineses - descendentes dos colonizadores fenícios da colónia de Cartago. O nascimento de Roma situa-se (segundo a lenda) entre 753/750 a.C. Teriam sido dois irmãos (Rómulo e Rémulo) os seus fundadores. Tanto quanto sabemos, nos meados do séc. VIII a.C. existiam várias aldeias nas sete colinas, que mais tarde irão fazer parte da cidade de Roma. Pág. 82
  • 4.
  • 5. Evolução política de Roma • Entre os séc. VIII (753) a VI (509) a.C. Roma foi governada sob um regime monárquico, num total de sete reis etruscos. O rei tinha a ajudá-lo no governo da cidade dois órgãos, no qual só participavam os chefes mais ricos e poderosos: • o Senado - órgão representativo das classes nobres; • a Assembleia das Cúrias - órgão representativo do povo. • 509 a.C. as famílias nobres depõe o último rei etrusco (Tarquínio) e criam uma república aristocrática: • mantêm o Senado e substituem a Assembleia das Cúrias por Comícios, órgãos do povo que elegem os Cônsules (dois), eleitos por dois anos e que têm como função governar a cidade.
  • 6. Evolução política de Roma • Séc. III a.C. - os romanos sentem a necessidade de alargar os seus territórios. As conquistas têm três etapas ou fases: •1º - Entre os séc. V e IV a.C. unificam o seu domínio por toda a Península Itálica; •2º - Entre os séc. III e II a.C. conquistam a Sicília, a Península Ibérica, Norte de África, Grécia e os antigos reinos helenísticos da Ásia Menor e antiga Fenícia. •3º - Com o séc. I a.C. Roma atinge praticamente o seu apogeu de conquistadora: alargam-se as fronteiras até à Gália (atual França), conquista-se o Egipto. O Mediterrâneo torna-se um verdadeiro “lago romano” – o Mare Nostrum (séc. II).
  • 7. Evolução política de Roma • Lutas internas pelo poder levam, na segunda metade do séc. I a.C., à formação de uma coligação de três homens com o fim de governar a cidade e as colónias suas dependentes - o Triunvirato: • 1º - Crasso, Pompeu e Júlio César (até 44 a.C.); • 2º - Lépido, Octávio e Marco António (até 31 a.C.). • Em 27 a. C., com a morte de Júlio César, inicia-se o Império, sob a égide de Octávio César (“Augusto”).
  • 8. Fatores da formação do império Roma terá começado por ser apenas mais uma aldeia igual às outras. Mas, devido às suas condições geográficas especiais, nas margens do rio Tibre e rodeada de colinas, cedo se desenvolveu acabando por dominar as localidades à sua volta, devido a : • Necessidade de segurança da cidade de Roma face aos seus inimigos; • Orgulho das suas vitórias; • Desejo de poder e autonomia; • Cobiça e ambição (pelas novas riquezas).
  • 9. Características do império • Extenso (mais de 10.000 Km de fronteiras); • Urbano (cidades construídas segundo o modelo de Roma); • Centrado no Mediterrâneo; • Unido por uma vasta rede viária.
  • 10. Fatores de união do império • Língua oficial (latim); • Lei (direito romano); • Chefe político (Imperador); • Exército (legiões); • Organização urbana; • Cultura; • Comunidade de cidadãos com igualdade de direitos (após 212 com Caracala); • Religião (politeísmo, culto ao imperador e, mais tarde, Cristianismo).
  • 11. O século de Augusto
  • 12. Augusto, o primeiro imperador • Com a morte de César em 27 a.C, Octávio chega ao poder por delegação do povo e a sua aura de prestígio acaba por originar o culto imperial. Assumindo um carácter divino, passa a ser designado por Octávio César Augusto, primeiro imperador de Roma. • O facto de poder nomear os seus sucessores deu origem a um poder imperial dinástico. • A sua ação permitiu o desenvolvimento de Roma, que deixou de ser uma urbe na conquista de novos territórios e passou a ser a capital de um dos maiores impérios da história da humanidade. Pág. 80
  • 13. A ação de Octávio Cesar Augusto • Socialmente: apaziguou as lutas sociais e reorganizou a sociedade de acordo com um aspeto idealizado de igualdade: o censo. • Militarmente: restabeleceu a ordem e a disciplina, não só em Roma, mas por todas as províncias, estendendo assim a pax romana a todo o império. • Culturalmente: formado na melhor tradição helenística, apoiou as artes e a cultura, tornando-se o primeiro mecenas da história. Patrocinou ainda inúmeras obras públicas como pontes, estradas ou o novo fórum romano. • Religiosamente: restabeleceu a religião politeísta tradicional, ligando-a ao poder do imperador, agora visto como um verdadeiro deus. • Politicamente: reforma o aparelho administrativo central e provincial, reforçando o poder do Imperador e criando novas instituições.
  • 14. O poder imperial (do “Princeps” ou Imperador)
  • 16. • Decuriões: elites urbanas, responsáveis pela administração da urbe. Possuem uma riqueza variável. Até 212, não lhes era reconhecida a cidadania. • Plebe: homens livres, com rendimentos baixos. Podem ser da cidade (urbana) ou trabalhadores do campo (plebe rural). • Libertos: homens livres, mas em tempo escravos. Dependem dos seus antigos senhores. São uma ordem muito numerosa e sem cidadania. • Escravos: não possuem quaisquer direitos, nem sequer lhes é reconhecido o carácter de ser humano. A sociedade da Roma Imperial
  • 17. O culto a Roma e ao imperador • Octávio César é divinizado em 27 a.C. (“Augusto”); • É o escolhido dos Deuses – tem uma missão divina; • Chefe dos áugures, sacerdotes do culto imperial; • Associado ao culto à Deusa Roma; • Após a sua morte é declarado deus (diius) – surgem os Augustais; • No séc. I o culto alarga-se a toda a família imperial: • Torna-se um fator de união entre os povos romanos; • Reforça o poder do estado e serve de propaganda ao Imperador. Pág. 81
  • 19. Um mundo de cidades O Império romano está profundamente ligado à cidade, que funciona como verdadeira célula administrativa. Tal deve-se à: • Conquista de regiões de grande tradição urbana; • Introdução dos hábitos das regiões conquistadas; • Influência das cidades-estado gregas; • Construção de novas cidades para facilitar a romanização; • Construção das cidades em locais estratégicos (para defesa e comércio); • Desenvolvimento urbano em zonas de grande tráfico comercial. • Roma era a urbe por excelência. Pág. 82
  • 20. A cidade de Roma
  • 21. 1. Teatro de Pompeio 2. Odeón 3. Panteão 4. Teatro de Marcelo 5. Templo de Júpiter Optimus Maximus 6. Templo de Juno Moneta 7. Coluna Trajana 8. Basílica Julia 9. Forum Romano 10. Cúria (Sede do Senado) 11. Basílica Emília 12. Forum dos Imperadores 13. Templo de Vesta A cidade de Roma 14. Basílica de Majencio e Constantino 15. Circus Maximus 16. Monte Palatino 17. Templo de Heliogábalo 18. Templo de Venus e Roma 19. Septizonium (Erigido por Septimo Severo) 20. Aqua Claudia 21. Templo ao Divino Cláudio 22. Arco de Constantino 23. Colosso de Nero 24. Coliseu (Anfiteatro Flavio) 25. Escola de gladiadores 26. Termas de Tito
  • 22. As novas urbes Nas regiões que conquistam, os romanos vão criando comunidades com mais ou menos regalias, consoante a sua importância estratégica. Assim existem: • Colónias: cidades habitadas por cidadãos romanos; • Municípios: cidades habitadas por naturais da região, mas com direitos de cidadãos romanos; • Cidades de direito latino: cidades de indígenas e onde apenas os governadores têm direito a cidadania romana; • Cidades aliadas: podiam, em caso de necessidade, pedir ajuda a Roma e vice-versa. Estavam sujeitas ao pagamento de impostos.
  • 23.
  • 24. Elementos definidores da urbe Mas foi no urbanismo que este espírito pragmático mais se evidenciou: • Obediência a uma planta geométrica, retângular e racional (traçado Hipodâmico): • traçado perpendicular; • construção segundo dois eixos: • fórum (praça pública) no centro; • Muralha de proteção; • Edifícios públicos na área do fórum; • sistema de canalização, abastecimento de águas e rede de esgotos; • Habitações ricas (Domus) vs pobres (Insulae).
  • 26. • Como assembleia política, o Senado existiu desde a monarquia até finais do Império. • Durante a República (510-27 a.C.), foi o órgão principal da vida política romana. Inicialmente possuía funções meramente consultivas, mas com o passar do tempo começou a dominar todos os assuntos da vida pública com carácter deliberativo e normativo. • Esta extensão de funções, em conjunto com o prestígio dos senadores fez das reuniões do Senado, na Cúria, o palco quotidiano da vida política do império durante a República. • A Retórica, ou arte de bem-falar, importante fator no sucesso dos oradores e na condução das discussões e votações, torna-se a chave do poder. Pág. 84/85
  • 27. • Hierarquias do Cursus Honorum: • Cônsules – funções militares e políticas; • Pretores – funções judiciárias • Censores – recenseamento e fiscalização da conduta dos cidadãos • Questores – finanças • Senadores – magistrados no Senado. • Com o Império, o Senado entrou em decadência: Augusto reduziu o número de membros e retirou-lhe grande parte dos seus poderes: deixam de ter o comando do exército e de intervir na política externa. • Os senadores pertenciam às famílias mais ricas; o seu número foi aumentando até à época de Júlio César. • As magistraturas estavam integradas no cursus honorum (“carreira das honras”), às quais só os patrícios podiam aceder.
  • 28. A Lei
  • 29. A codificação do direito • O Direito foi também um aspeto importante na civilização romana pois, para administrar um território tão grande, era necessário um conjunto de regras bem elaboradas e que regulassem a vida em sociedade. • Criam-se códigos relacionados com todos os aspetos do quotidiano e da vida política, ligados ao direito: - Privado: as leis sobre os casamentos, divórcios, contratos e testamentos; - Público: as leis ligadas à organização e funcionamento do estado; - Internacional: as leis que estabeleciam as relações entre os vários povos do Império. Pág. 85
  • 30. A codificação do direito • As leis romanas eram leis: – Racionais; – Pragmáticas; – Diversificadas (de acordo com as zonas do Império). • Fontes do direito romano: - Consuetudinárias; - Lei das XII Tábuas (séc. V a.C.); - Senatus consulta (leis promulgadas pelo senado); - Jurisconsultos (pareceres especializados); - Decretos imperiais.
  • 31. A administração do direito • Durante a república: – Pretores em Roma; – Propretores nas províncias; • Durante o império: - Princeps (Imperador); - Funcionários imperiais. • Direito de apelação (para todos os cidadãos): tribunais do senado e Imperador, • O direito foi um dos mais importantes legados para o futuro.
  • 33. • O Latim, língua de origem indo-europeia, foi falado pela primeira vez, na Itália Central e meridional, a partir de 1700 aC. • Foi marcado por outras influências como o etrusco, o gaulês, ou o dialeto cartaginês. • As primeiras obras incompletas em latim datam do séc. III a.C. e as primeiras completas do séc. II a.C. • Contudo o seu apogeu manifesta-se a partir do séc. I no tempo de Júlio César e de Cícero. A partir de então o Latim, torna-se na língua oficial de Roma e de todo o Império Romano, sendo elemento de coesão e de referência nas obras literárias de Cícero, Virgílio, Horácio ou Tito Lívio entre outros. Pág. 86
  • 34. • A partir do séc. I torna-se símbolo de civilidade e civilização. Mas é também quando, por deturpação das línguas locais, surge um latim mais popular, do povo: o latim do limes. • A aplicação do latim erudito manifestou-se no âmbito da Poesia, do Direito, Retórica e Filosofia. • Vingou o latim do limes, que acabou por influenciar a constituição de novas línguas que dariam origem às novilatinas atuais.
  • 36. • O século de Augusto trouxe paz e prosperidade económica proporcionada pelas conquistas e pelo bom governo, possibilitando aos romanos o usufruto do ócio. • Dos povos que influenciaram os romanos, destacam-se os Gregos que de quem copiaram a língua grega, falada e escrita, passou a ser praticada entre as elites cultas como uma segunda língua – mãe.
  • 37. • Os hábitos de luxo instalaram-se, o interesse pela filosofia, pela música e pelas artes dominaram os meios intelectuais. • Entre os ricos, o luxo invadiu as residências, os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida às termas um hábito indispensável e cada vez praticado como ritual social. Pág. 87/ 101
  • 38. • Como divertimentos públicos popularizaram–se os jogos: • As corridas de cavalos no Grande Circo, para selecionar o melhor animal, sacrificado solenemente para purificação do solo. • As Grandes Procissões, espécie de mascarada que tinha como objetivo a prestação do culto aos deuses. Estas estiveram na origem das representações teatrais, principalmente das comédias, género mais apreciado pelos romanos. Pág. 88
  • 39. • Os combates entre Gladiadores, que tinham como cenário os anfiteatros, nos quais os combatentes entre condenados à morte, prisioneiros ou escravos revoltados, cujo sacrifício humano era oferecido aos deuses. • Os combates entre feras e entre animais e homens desde o tempo do Imperador Nero, que se tornaram uma prática corrente, funcionando como uma forma de canalizar o descontentamento da plebe urbana.
  • 40. • As classes mais cultas e mais ricas preferiam o conforto das suas villas campestres onde o gosto pela arte, pela leitura, filosofia e literatura ocupava os seus tempos de lazer. Villa romana de Santiago da Guarda
  • 41. A afirmação imperial de uma cultura urbana pragmática
  • 42. A cultura romana: pragmatismo e influência Processo de síntese (original) da cultura : • etrusca, que lhe legou os fundamentos da vida urbana, da hierarquia social e das primeiras crenças; • grega, que lhe forneceu modelos artísticos, literários, filosóficos e religiosos; • oriental, que lhe incutiu o gosto pela monumentalidade, pelo conforto, pelo luxo e também pelo misticismo. Espírito prático (pragmático): ao contrário dos Gregos para quem todas as coisas tinham que ser belas, os Romanos sentiam que todas as coisas tinham que ser úteis.
  • 43. • A literatura e as ciências conheceram também um grande desenvolvimento, destacando-se nomes como o de Tito Lívio e Tácito (na História); Virgílio, Horácio ou Ovídio (autores de ficção), Plauto (escritor de comédias) ou Séneca, um dos filósofos mais importantes da Antiguidade. • Muitas vezes, estes autores e outros artistas obtinham a proteção de homens ricos e poderosos, que lhes concediam patrocínios – eram os Mecenas.
  • 44. Também na religião os romanos demonstraram este espírito: • Politeístas, souberam aproveitar os deuses autóctones dos povos que conquistaram; • Tornaram “seus” os deuses do panteão grego, mas alteraram-lhes a designação para nomes e características romanas; • Deram grande importância à mitologia; • Estabeleceram uma relação diferente com os deuses, uma espécie de contrato: em troca das dádivas pedidas, eram prestados pagamentos e recompensas aos deuses (os ex-votos); • Celebraram diferentes tipos de cultos: privados (aos Lares, Manes e Penates); coletivos e primitivos (augures, vestais…).