2. Década de 20
Confiança no poder americano:
Os EUA tornam-se os grandes
credores da Europa e constituem uma
verdadeira potência industrial
(estabilidade financeira que conduz a
uma estabilidade no emprego. Assim,
aumenta o consumo e a produção);
Prosperidade aparente (na realidade, não circula dinheiro);
Níveis elevados de produção agrícola e industrial;
Especulação bolsista (ações em alta, muitos investidores);
Deflação.
3. Década de 20
Primeiros sinais de crise (1921): uma crise de superprodução:
desequilíbrio entre a capacidade de produção da Economia americana e as
possibilidades de escoamento;
a produção não tinha em conta a redução do mercado provocada pelo fim
da guerra;
produzia-se mais do que se consumia.
O governo leva a cabo medidas protecionistas:
o aumento das taxas alfandegárias,
a diminuição das importações (“Lei Seca”),
o controle da produção, para escoamento dos stocks.
A pouco e pouco os stocks vão-se escoando, permitindo reorganizar a economia.
4. O crash da Bolsa
Persiste o problema do desemprego em certos sectores,
A produção agrícola não tem escoamento,
A ruína dos agricultores leva à diminuição das compras de artigos
industrializados,
As ações estão sobrevalorizadas,
Em 24 de Outubro de 1929, as ações são colocadas à venda. No entanto, não há
compradores.
É o CRASH DA BOLSA DE
WALL STREET.
5. A Grande Depressão
Crise prolongada que afeta todos os setores:
economia (falências);
sociedade (desemprego);
política (mudança de governos)...
Surge nos Estados Unidos da América, mas espalha-se por todo o mundo.
Conduz ao:
ACUMULAÇÃO
DE STOCKS
CICLO VICIOSO DA CRISE
FALÊNCIA DAS
EMPRESAS
DIMINUIÇÃO DO
CONSUMO
AUMENTO DE
DESEMPREGO
6. Propagação (mundialização) da crise
O peso da economia dos Estados Unidos no mundo - este país constituía a maior
potência económica mundial e a que mais empréstimos tinha concedido a outros
países;
Retirada dos capitais americanos investidos fora dos EUA:
as empresas europeias financiadas pelos americanos abrem falência,
Os grandes bancos europeus abrem falência e a libra perde valor.
Diminuição das compras de matéria prima aos países subdesenvolvidos, que
dependiam das compras americanas e assim entram em crise.
Contração do comércio mundial.
Cobrança das dívidas contraídas no fim da primeira guerra mundial:
empobrecimento dos estados dependentes,
quebra nos rendimentos.
7.
8. Consequências da crise
Económicas:
A produção industrial contraiu-se rápida e violentamente.
Os preços dos géneros agrícolas afundaram-se.
O volume das trocas internacionais declinou (diminui o comércio).
A queda da Bolsa provoca falências, ruína dos empresários.
Fim do investimento bancário e falência dos bancos.
Agravamento da superprodução. Para resolver esta situação, a produção é
sistematicamente destruída em variados países.
A deflação, que arrasta milhares e milhares
para a miséria.
9. Consequências da crise
Sociais:
Êxodo rural (fuga do campo para as cidades).
O aumento do desemprego, o que gera miséria, angústia e desespero.
O arruinar da classe média.
Os pequenos e médios proprietários tornam-se assalariados.
10. Respostas à crise
O plano americano liderado por Franklin Roosevelt aponta:
em 1º lugar para a necessidade de combater o desemprego. Segundo
Roosevelt, fosse possível assegurar a sobrevivência das pessoas, garantindo-
lhes a possibilidade de aquisição do indispensável, seria fácil ou pelo menos
possível, debelar a crise;
em 2º lugar para o aumento do poder de compra;
em 3º lugar, para o relançar do consumo e da produção.
É levado a cabo um conjunto
de medidas para obter estes objetivos,
denominado de NEW DEAL.
11. O New Deal americano
O New Deal propôs-se combater o desemprego para estimular o consumo e
consequentemente relançar a economia. Para isso adotou:
Medidas financeiras rigorosas que passavam pela fiscalização das próprias
instituições bancárias (a fim de controlar a especulação excessiva e a
inflação);
política de grandes trabalhos - criaram-se trabalhos públicos: arranjo de
estradas, construção de pontes, limpeza das ruas e outras obras dependentes
do Estado;
estipula-se um salário mínimo nacional (apesar de baixo, permite
sobreviver);
proteção à agricultura através da concessão quer de subsídios a fundo
perdido, quer a juro bonificado, o Estado auxilia a recuperação dos
proprietários agrícolas.
12. O New Deal americano
Estipula-se um horário de trabalho mais reduzido de forma a garantir um
maior número de empregos. Os operários ganhavam menos do que
anteriormente, mas o valor era distribuído por um número maior de
trabalhadores.
Para incentivar este tipo de atuação, o Estado concede ainda às empresas
importantes isenções ou reduções fiscais.
Este tipo de medidas insere-se numa legislação protecionista, com duas
grandes preocupações:
Estabilizar a economia interna / garantia de emprego.
Diminuir a saída de receitas para o estrangeiro.
13. Na Europa
O caso Inglês - Procura-se estabilizar a economia interna. Para tal, os partidos
Conservador, Trabalhista e Liberal formam a União Nacional, que desenvolve
medidas de:
combate ao desemprego;
introdução de políticas protecionistas;
concessão de subsídios;
incitamento à compra de produtos nacionais (“Buy British”)…
O caso francês – após a fase de instabilidade, o governo é entregue à Frente
Popular. Esta toma medidas no sentido de:
criar mais postos de trabalho;
diminuir o horário de trabalho e aumentar os salários;
nacionalizar algumas empresas (caminhos de ferro, por ex.).