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       UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
          CAMPUS II – ALAGOINHAS – BA

               Mônica Queiroz da Silva




Portfólio de Estágio de Supervisionado II




       ORIENTADOR: Prof. Cláudia Regina Souza.




                 ALAGOINHAS-BA
                      2010
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             Mônica Queiroz da Silva




Portfólio de Estágio de Supervisionado II




                           Portfólio apresentado ao curso de graduação em
                           Ciências Biológicas da Universidade do Estado da
                           Bahia, DCET, Campus II – Alagoinhas, como um
                           dos pré-requisitos da disciplina Estágio
                           Supervisionado II, sob a regência da Prof. Cláudia
                           Regina Souza.




                ALAGOINHAS
                   2010
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                                          SUMÁRIO


1. Introdução.......................................................................................4


2. Caracterização da Instituição........................................................6


3. Caracterização da Docente.............................................................8


4. Período de Observação.................................................................10


5. A Regência.....................................................................................11


6. Considerações Finais....................................................................15


7. Referências....................................................................................16
4



1. Introdução



       É primordial que à primeira etapa do Estágio Supervisionado do curso de
Licenciatura em Biologia tem em vista a necessidade de uma experiência prática onde
demonstra-se grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos
anteriores com os princípios teóricos estudados, agora trabalhando em sala de aula,
neste momento, aliou-se a teoria à prática, demonstrando, assim, o quanto é
enriquecedor e importante esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro
docente.
       Somente conhecimento teórico não basta para um professor. O estágio
supervisionado II é um processo de grande aprendizagem. Neste contexto, vem
preencher uma lacuna no curso superior, sabendo este que à prática é necessária a vida
do acadêmico.




       Entendemos que a escola é uma zona fronteiriça de cruzamento de culturas.
Fronteiras entendidas aqui não como territórios que isolam, mas como lugares de
trânsito, espaços de intersecção que estimulam o contato (Esteban, 2004).
5



       Por isso, há uma preocupação por parte da disciplina Estágio Supervisionado II
em contextualizar as aulas regidas de forma que os conteúdos sejam apresentados à
turma. Verifica-se isto, pois os alunos estão participando cada vez mais das aulas,
revelando o interesse e instigando os conhecimentos prévios do que está sendo exposto
em sala de aula.
       Este portfólio é mesclado da exposição das observações e dos experimentos
vivenciados no período de regência em sala de aula que se baseou nos principais pilares
da educação e também na tendência sócio interacionista do processo de ensino-
aprendizagem.
       Neste contexto, o portfólio tem como propósito servir como um guia de registro
sistemático demonstrativo da trajetória de desenvolvimento do futuro professor,
compartilhado com os colegas e com o professor formador. Para tanto, é fundamental
que cada aluno encontre a sua forma de trabalhar e tenha autonomia em dirigir situações
de aprendizagem para si e para os outros, bem como nas relações institucionais e de
responsabilidade pessoal e coletiva, com base na ética profissional.
       Conforme diz Kulcsar,
                       ... o Estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser
                       cumprida formalmente... Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada
                       numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e
                       de possibilidades de abertura para mudanças. (1994, p. 65).




       Em outro situação, vemos que o conceito de método tradicional foi
ressignificado a partir do entendimento de que a abordagem precisa ser significativa
para os alunos e instigar o raciocínio e a produção de argumentos. Além disso, houve o
entendimento de que uma boa aula experimental não é só aquela que usa “pirotecnia” e
equipamentos sofisticados. A experimentação passou a ser vista como uma metodologia
6



para construção de conhecimento e para aprendizagem de métodos de pesquisa e não
como mera verificação de conceitos (Galiazzi e Gonçalves, 2004).


2. Caracterização da Instituição




       O Colégio Estadual Centro Territorial de Educação Profissional do Agreste de
Alagoinhas/ Litoral Norte, localizado no município de Alagoinhas-Ba. É uma
instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Alagoinhas com parceria com o Estado
da Bahia, funciona como a principal escola técnica da cidade, com corpo docente
composto por profissionais concursados em áreas específicas, muitos com nível superior
completo ou em fase de conclusão, além de coordenadores pedagógicos. Oferece aulas
nos turnos da manhã e tarde; e à noite, a modalidade de Educação de Jovens e Adultos –
EJA.




       Funciona em um espaço amplo com pátio sem cobertura onde são realizados os
eventos. As salas são amplas e arejadas, paredes e iluminação precisam de reparos bem
como suas instalações sanitárias, banheiros, além de bebedouros sem higienização
7



adequada. Nas salas há mesa para professor, as carteiras não são conservadas, porém em
quantidade suficiente para todos os alunos, além disso, há TV pen drave em todas as
salas, algumas não funcionam, pois foram quebradas por alguns alunos que foram
disciplinadas com o rigor da diretoria. Há refeitório e a cantina é grande com uma janela
por onde é distribuída a merenda. Tem auditório que é utilizado para apresentações
culturais tanto do colégio como para o município. Possui um espaço para a biblioteca,
que serve como sala de vídeo com TV pen drave e DVD. Ainda há espaços que servem
de secretaria, sala da direção e dos professores.




       Existe ampla quantidade de livros fornecidos pelo MEC, mas pouco utilizados
pelos professores como recurso ou mesmo procurados pelos alunos como fonte de
pesquisa.
       Pode-se observar também que a escola tem vigias nas entradas, proporcionando
segurança tanto aos alunos, como para os docentes que trabalham na escola.
8



3. Caracterização da Docente




       A professora Carmem Gonçalves de Macedo e Silva é graduada pela
Universidade do Estado da Bahia, é concursada pelo Estado da Bahia e já trabalha no
Colégio Estadual Centro Territorial de Educação Profissional do Agreste de
Alagoinhas/ Litoral Norte há muitos anos, ministrando a disciplina de Biologia nas
séries do 1° ano de ensino médio no curso técnico de Enfermagem.




       Muito competente, a professora Carmem apresenta bastante conhecimento na
área que é graduada, com grande capacidade em desenvolver aulas teóricas e práticas
bem vantajosas para os alunos.
       Além disso, possui enorme entrosamento com o corpo docente do colégio,
trocando informações e conhecimento tanto nos corredores como na sala dos
professores onde há reuniões freqüentes para a melhoria da escola.
9




       Neste contexto, acredita-se que uma formação continuada firmemente alicerçada
deverá contemplar todos estes tipos de saberes: os teóricos, anteriormente adquiridos,
para estabelecer uma base de “ancoragem” para novos conhecimentos; os práticos
nascidos da experiência pessoal e profissional prévia. Da articulação destes com os
novos conhecimentos, acontecerá um “novo saber”, aperfeiçoando e aprimorando a
atuação profissional do professor e estruturando a “identidade docente”, tão necessária à
nossa categoria profissional.
       Completementa Tardiff, bem de acordo com desempenho e atuação do Estágio:
                        Enquanto profissionais, os professores são considerados práticos refletidos
                        ou ’reflexivos’ que produzem saberes específicos ao seu próprio trabalho e
                        são capazes de deliberar sobre suas práticas, de objetivá-las e partilhá-las,
                        de aperfeiçoá-las e de introduzir inovações susceptíveis de aumentar sua
                        eficácia. A prática profissional não é vista, assim, como um simples campo
                        de aplicação de teorias elaboradas fora dela, por exemplo nos centros de
                        pesquisa e nos laboratórios. Ela torna-se um espaço original e relativamente
                        autônomo de aprendizagem e de formação para os futuros práticos, bem
                        como um espaço de produção de saberes e de práticas inovadoras pelos
                        professores experientes. (2002, p. 286).
10



4. Período de Observação




       Momento este, onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para
estagiários que ainda não têm ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um
momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois, é onde professores,
estagiários e alunos estão se encontrando pela primeira vez, então é natural que haja um
clima novo, de descoberta ou mesmo, de incertezas e dúvidas que ao longo do Estágio
vai se quebrando e quando o trabalho está no ápice do desenvolvimento, é hora de
encerrar.




       A turma cedida para observação e regência foi do 1° ano do curso de
Enfermagem. Os principais assuntos abordados foram citologia, pois são conteúdos
ministrados na segunda unidade.
       A observação deu-se inicio no dia 27/05/2010, onde duraram duas aulas.
Durante esta etapa, percebi que a professora-regente não tem muito recursos, trabalha de
forma tradicional, porém habilidosa para incrementar as aulas para que não fiquem
monótonas. Não usou vídeos ou qualquer outro tipo de dispositivo, raramente usava o
quadro negro, fez algumas atividades em grupos e construção de textos.
       Embora seja complicado avaliar a didática da professora regente, o aprendizado
recolhido nas práticas pedagógicas que são ministradas no curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas, descrevem que é preciso primeiramente ter o conhecimento prévio
da turma, por isto que é tão necessária esta fase de observação, para que depois haja a
regência. Neste sentido, Freire 1996, faz referência a esta:
                        É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada
                        vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e
11



                       reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É
                       neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem
                       formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um
                       corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se
                       explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se
                       reduzem à condição de objeto, um do outro. (Freire, 1996, p. 12).




       Percebeu-se que apesar de todas as dificuldades existentes houve interação,
interesse e aprendizado.
       A turma possui cerca de 40 alunos matriculados, no entanto, apenas 25 alunos
freqüentam assiduamente, verifica-se que há bastante evasão tanto na turma como em
toda a escola.


5. A Regência




       Todas as fases do Estágio Supervisionado II foram significantes e importantes
para a construção do conhecimento na prática do ensino, mas nenhuma delas se
compara aos momentos mágicos vividos numa sala de aula que, apesar da pequena
quantidade de alunos, requereu muito do estagiário.
12



       Neste contexto Freire, 1996, p.12, cita, A reflexão crítica sobre a prática se torna
uma exigência da relação Teoria / Prática sem a qual a teoria pode ir virando blablablá e
a prática, ativismo.
       A fase de regência teve inicio logo após a fase de observação e começou a partir
do dia 03/06/2010 e foi até o dia 12/08/2010, finalizando com a entrega de resultados e
discutindo os primórdios do estágio.




       Encarar frente a frente toda a dialética educacional, os problemas, como atrasos,
o cansaço visível na face da maioria dos alunos, pois, muitos chegam a cochilar em
alguns momentos da aula.




       Além disso, foi muito enriquecedora a troca de informações, a atenção que
demonstraram cada um do seu jeito, para mais perfeita captação dos assuntos e dos
temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, alunos que em alguns momentos
precisaram serem chamados a atenção.
13




         Pode-se ainda verificar que o retorno foi aceitável não apenas pelo aprendizado,
pelos gestos de aceitação, pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula,
via-se que a recíproca era verdadeira balanço do mesmo foi muito satisfatório.
         No começo os alunos ficaram meio receosos principalmente as mulheres, uma
vez que a professora estava sendo substituída por dois estagiários. Iniciado os trabalhos
e com o andamento das aulas foram adaptando-se à metodologia aplicada ao longo das
aulas.




         Houve a preocupação em organizar aulas distinguidas que despertassem a
curiosidade e atenção dos alunos, apreendeu-se também o interesse cada vez maior, a
interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com os estagiários,
explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. As
atividades dadas em sala de aula, as pesquisas encomendadas foram realizadas com
êxito por parte dos discentes, criou-se ainda, um laço afetivo muito forte, fato que
proporcionou o sucesso no processo de ensino-aprendizagem bem como o
reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo dos estagiários.
         Neste sentido, é notório a reflexão que Freire 1996, faz à respeito desta idéia...
                         Ensinar e, enquanto ensino, testemunhar aos alunos o quanto me é
                         fundamental respeitá-los e respeitar-me são tarefas que jamais dicotomizei.
                         Nunca me foi possível separar em dois momentos o ensino dos conteúdos da
                         formação ética dos educandos. A prática docente que não há sem a discente é
                         uma prática inteira. O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do
                         professor. A boniteza da prática docente se compõe do anseio vivo de
                         competência do docente e dos discentes e de seu sonho ético. Não há nesta
14



                        boniteza lugar para a negação da decência, nem de forma grosseira nem
                        farisaica. Não há lugar para puritanismo. Só há lugar para pureza (Freire,
                        1996, p. 37).

       No primeiro dia sempre dá um "frio na barriga", os olhares como quem diz: "já
vem esses caras aí mudar tudo", assusta um pouco os alunos já acostumados com a
didática do professor e a dinâmica das aulas ministradas, lembro quando um desses
alunos disse: "só entra homem nessa sala, porque não entra uma gatinha para estagiar
aqui" nos dias seguintes com a introdução dos assuntos e as dinâmicas aplicadas os
alunos foram gostando do jeito diferenciado de passar as aulas e conseqüentemente
aprendendo a matéria.




       Nas ultimas aulas observava-se o enorme veemência e a interação, cada vez mais
satisfatória, os alunos se proporcionavam para auxiliar a buscar livros, televisores,
papeis e outros matérias que fossem ou seriam utilizados na aula, além das pesquisas
sempre que solicitadas pelos estagiários e ainda a participação cada vez mais calorosa
por parte dos mesmos.
       A professora regente Carmem, sempre muito prestativa, simpática e se colocou
sempre a disposição para sanar qualquer problema ou dúvidas que fossem surgindo,
além disso, todos os profissionais da escola estavam à disposição e sempre que
solicitados atenderam de forma muito gentil, sejam porteiros, zeladoras, merendeiras,
diretores, secretários enfim todos estavam inseridos nesse processo de ensino-
aprendizagem.
15



6. Considerações Finais


       A prática educacional tem, portanto, a finalidade primeira de reunir evidências
da prática de sala aula, iniciando com um consistente aporte teórico, concomitante e
articulado/integrado com a vivência do estágio em escolas de Educação Básica. E o seu
valor está na organização sistemática e reflexiva do processo, confrontando a vivência
com os pressupostos a partir da segunda metade do curso de formação e não somente no
seu final. Este tipo de organização permite a produção do conhecimento em movimento,
holístico, um “circuito pedagógico”, em vai-e-vem que avança, indo “das partes para o
todo e do todo às partes” (Carvalho e Porto, 2005, p. 55). Permite, assim, a avaliação
reflexiva, comprometida em potencializar a educação coletiva e pessoal e a auto-
avaliação, principalmente no que se refere ao crescimento pessoal e profissional.
       Com isto, averigua-se que este notório momento na prática de ensino é
indescritivelmente inigualável, pois somente esta experiência é capaz de demonstrar o
teor da capacidade de cada estagiário em promover o aprendizado tanto em sala de aula
como na vida.
       Portanto, é importante que possamos estar atentos para a formação continuada
no nosso cotidiano, e também na nossa vida acadêmica, para que cada vez mais
possamos desempenhar o papel que nos é exigido na construção do conhecimento dos
alunos nas escolas e na vida.
16



7. Referências


CARVALHO, Marie Jane Soares e PORTO, Leonardo Sartori. Portfólio educacional:
proposta alternativa de avaliação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005.
ESTEBAN, M. T. (2004). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de
Janeiro: DP&A.
FREIRE, Paulo. (1996).      Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo, Paz e Terra.
GALIAZZI,        M.C.   e   GONÇALVES,      F.   P.   A   natureza   pedagógica   da
experimentação.Química Nova, 27(2), pp.326-331
KULCSAR, Rosa. (1994). O Estágio Supervisionado como Atividade Integradora. In
PICONEZ, Stela C. B. (org.). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. 2ª
edição. Campinas, SP, Papirus.
TARDIFF, Maurice. (2002). Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis,
Vozes.

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  • 1. 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CAMPUS II – ALAGOINHAS – BA Mônica Queiroz da Silva Portfólio de Estágio de Supervisionado II ORIENTADOR: Prof. Cláudia Regina Souza. ALAGOINHAS-BA 2010
  • 2. 2 Mônica Queiroz da Silva Portfólio de Estágio de Supervisionado II Portfólio apresentado ao curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, DCET, Campus II – Alagoinhas, como um dos pré-requisitos da disciplina Estágio Supervisionado II, sob a regência da Prof. Cláudia Regina Souza. ALAGOINHAS 2010
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. Introdução.......................................................................................4 2. Caracterização da Instituição........................................................6 3. Caracterização da Docente.............................................................8 4. Período de Observação.................................................................10 5. A Regência.....................................................................................11 6. Considerações Finais....................................................................15 7. Referências....................................................................................16
  • 4. 4 1. Introdução É primordial que à primeira etapa do Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Biologia tem em vista a necessidade de uma experiência prática onde demonstra-se grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores com os princípios teóricos estudados, agora trabalhando em sala de aula, neste momento, aliou-se a teoria à prática, demonstrando, assim, o quanto é enriquecedor e importante esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro docente. Somente conhecimento teórico não basta para um professor. O estágio supervisionado II é um processo de grande aprendizagem. Neste contexto, vem preencher uma lacuna no curso superior, sabendo este que à prática é necessária a vida do acadêmico. Entendemos que a escola é uma zona fronteiriça de cruzamento de culturas. Fronteiras entendidas aqui não como territórios que isolam, mas como lugares de trânsito, espaços de intersecção que estimulam o contato (Esteban, 2004).
  • 5. 5 Por isso, há uma preocupação por parte da disciplina Estágio Supervisionado II em contextualizar as aulas regidas de forma que os conteúdos sejam apresentados à turma. Verifica-se isto, pois os alunos estão participando cada vez mais das aulas, revelando o interesse e instigando os conhecimentos prévios do que está sendo exposto em sala de aula. Este portfólio é mesclado da exposição das observações e dos experimentos vivenciados no período de regência em sala de aula que se baseou nos principais pilares da educação e também na tendência sócio interacionista do processo de ensino- aprendizagem. Neste contexto, o portfólio tem como propósito servir como um guia de registro sistemático demonstrativo da trajetória de desenvolvimento do futuro professor, compartilhado com os colegas e com o professor formador. Para tanto, é fundamental que cada aluno encontre a sua forma de trabalhar e tenha autonomia em dirigir situações de aprendizagem para si e para os outros, bem como nas relações institucionais e de responsabilidade pessoal e coletiva, com base na ética profissional. Conforme diz Kulcsar, ... o Estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente... Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e de possibilidades de abertura para mudanças. (1994, p. 65). Em outro situação, vemos que o conceito de método tradicional foi ressignificado a partir do entendimento de que a abordagem precisa ser significativa para os alunos e instigar o raciocínio e a produção de argumentos. Além disso, houve o entendimento de que uma boa aula experimental não é só aquela que usa “pirotecnia” e equipamentos sofisticados. A experimentação passou a ser vista como uma metodologia
  • 6. 6 para construção de conhecimento e para aprendizagem de métodos de pesquisa e não como mera verificação de conceitos (Galiazzi e Gonçalves, 2004). 2. Caracterização da Instituição O Colégio Estadual Centro Territorial de Educação Profissional do Agreste de Alagoinhas/ Litoral Norte, localizado no município de Alagoinhas-Ba. É uma instituição mantida pela Prefeitura Municipal de Alagoinhas com parceria com o Estado da Bahia, funciona como a principal escola técnica da cidade, com corpo docente composto por profissionais concursados em áreas específicas, muitos com nível superior completo ou em fase de conclusão, além de coordenadores pedagógicos. Oferece aulas nos turnos da manhã e tarde; e à noite, a modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Funciona em um espaço amplo com pátio sem cobertura onde são realizados os eventos. As salas são amplas e arejadas, paredes e iluminação precisam de reparos bem como suas instalações sanitárias, banheiros, além de bebedouros sem higienização
  • 7. 7 adequada. Nas salas há mesa para professor, as carteiras não são conservadas, porém em quantidade suficiente para todos os alunos, além disso, há TV pen drave em todas as salas, algumas não funcionam, pois foram quebradas por alguns alunos que foram disciplinadas com o rigor da diretoria. Há refeitório e a cantina é grande com uma janela por onde é distribuída a merenda. Tem auditório que é utilizado para apresentações culturais tanto do colégio como para o município. Possui um espaço para a biblioteca, que serve como sala de vídeo com TV pen drave e DVD. Ainda há espaços que servem de secretaria, sala da direção e dos professores. Existe ampla quantidade de livros fornecidos pelo MEC, mas pouco utilizados pelos professores como recurso ou mesmo procurados pelos alunos como fonte de pesquisa. Pode-se observar também que a escola tem vigias nas entradas, proporcionando segurança tanto aos alunos, como para os docentes que trabalham na escola.
  • 8. 8 3. Caracterização da Docente A professora Carmem Gonçalves de Macedo e Silva é graduada pela Universidade do Estado da Bahia, é concursada pelo Estado da Bahia e já trabalha no Colégio Estadual Centro Territorial de Educação Profissional do Agreste de Alagoinhas/ Litoral Norte há muitos anos, ministrando a disciplina de Biologia nas séries do 1° ano de ensino médio no curso técnico de Enfermagem. Muito competente, a professora Carmem apresenta bastante conhecimento na área que é graduada, com grande capacidade em desenvolver aulas teóricas e práticas bem vantajosas para os alunos. Além disso, possui enorme entrosamento com o corpo docente do colégio, trocando informações e conhecimento tanto nos corredores como na sala dos professores onde há reuniões freqüentes para a melhoria da escola.
  • 9. 9 Neste contexto, acredita-se que uma formação continuada firmemente alicerçada deverá contemplar todos estes tipos de saberes: os teóricos, anteriormente adquiridos, para estabelecer uma base de “ancoragem” para novos conhecimentos; os práticos nascidos da experiência pessoal e profissional prévia. Da articulação destes com os novos conhecimentos, acontecerá um “novo saber”, aperfeiçoando e aprimorando a atuação profissional do professor e estruturando a “identidade docente”, tão necessária à nossa categoria profissional. Completementa Tardiff, bem de acordo com desempenho e atuação do Estágio: Enquanto profissionais, os professores são considerados práticos refletidos ou ’reflexivos’ que produzem saberes específicos ao seu próprio trabalho e são capazes de deliberar sobre suas práticas, de objetivá-las e partilhá-las, de aperfeiçoá-las e de introduzir inovações susceptíveis de aumentar sua eficácia. A prática profissional não é vista, assim, como um simples campo de aplicação de teorias elaboradas fora dela, por exemplo nos centros de pesquisa e nos laboratórios. Ela torna-se um espaço original e relativamente autônomo de aprendizagem e de formação para os futuros práticos, bem como um espaço de produção de saberes e de práticas inovadoras pelos professores experientes. (2002, p. 286).
  • 10. 10 4. Período de Observação Momento este, onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para estagiários que ainda não têm ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois, é onde professores, estagiários e alunos estão se encontrando pela primeira vez, então é natural que haja um clima novo, de descoberta ou mesmo, de incertezas e dúvidas que ao longo do Estágio vai se quebrando e quando o trabalho está no ápice do desenvolvimento, é hora de encerrar. A turma cedida para observação e regência foi do 1° ano do curso de Enfermagem. Os principais assuntos abordados foram citologia, pois são conteúdos ministrados na segunda unidade. A observação deu-se inicio no dia 27/05/2010, onde duraram duas aulas. Durante esta etapa, percebi que a professora-regente não tem muito recursos, trabalha de forma tradicional, porém habilidosa para incrementar as aulas para que não fiquem monótonas. Não usou vídeos ou qualquer outro tipo de dispositivo, raramente usava o quadro negro, fez algumas atividades em grupos e construção de textos. Embora seja complicado avaliar a didática da professora regente, o aprendizado recolhido nas práticas pedagógicas que são ministradas no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, descrevem que é preciso primeiramente ter o conhecimento prévio da turma, por isto que é tão necessária esta fase de observação, para que depois haja a regência. Neste sentido, Freire 1996, faz referência a esta: É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e
  • 11. 11 reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. (Freire, 1996, p. 12). Percebeu-se que apesar de todas as dificuldades existentes houve interação, interesse e aprendizado. A turma possui cerca de 40 alunos matriculados, no entanto, apenas 25 alunos freqüentam assiduamente, verifica-se que há bastante evasão tanto na turma como em toda a escola. 5. A Regência Todas as fases do Estágio Supervisionado II foram significantes e importantes para a construção do conhecimento na prática do ensino, mas nenhuma delas se compara aos momentos mágicos vividos numa sala de aula que, apesar da pequena quantidade de alunos, requereu muito do estagiário.
  • 12. 12 Neste contexto Freire, 1996, p.12, cita, A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria / Prática sem a qual a teoria pode ir virando blablablá e a prática, ativismo. A fase de regência teve inicio logo após a fase de observação e começou a partir do dia 03/06/2010 e foi até o dia 12/08/2010, finalizando com a entrega de resultados e discutindo os primórdios do estágio. Encarar frente a frente toda a dialética educacional, os problemas, como atrasos, o cansaço visível na face da maioria dos alunos, pois, muitos chegam a cochilar em alguns momentos da aula. Além disso, foi muito enriquecedora a troca de informações, a atenção que demonstraram cada um do seu jeito, para mais perfeita captação dos assuntos e dos temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, alunos que em alguns momentos precisaram serem chamados a atenção.
  • 13. 13 Pode-se ainda verificar que o retorno foi aceitável não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula, via-se que a recíproca era verdadeira balanço do mesmo foi muito satisfatório. No começo os alunos ficaram meio receosos principalmente as mulheres, uma vez que a professora estava sendo substituída por dois estagiários. Iniciado os trabalhos e com o andamento das aulas foram adaptando-se à metodologia aplicada ao longo das aulas. Houve a preocupação em organizar aulas distinguidas que despertassem a curiosidade e atenção dos alunos, apreendeu-se também o interesse cada vez maior, a interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com os estagiários, explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. As atividades dadas em sala de aula, as pesquisas encomendadas foram realizadas com êxito por parte dos discentes, criou-se ainda, um laço afetivo muito forte, fato que proporcionou o sucesso no processo de ensino-aprendizagem bem como o reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo dos estagiários. Neste sentido, é notório a reflexão que Freire 1996, faz à respeito desta idéia... Ensinar e, enquanto ensino, testemunhar aos alunos o quanto me é fundamental respeitá-los e respeitar-me são tarefas que jamais dicotomizei. Nunca me foi possível separar em dois momentos o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos. A prática docente que não há sem a discente é uma prática inteira. O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. A boniteza da prática docente se compõe do anseio vivo de competência do docente e dos discentes e de seu sonho ético. Não há nesta
  • 14. 14 boniteza lugar para a negação da decência, nem de forma grosseira nem farisaica. Não há lugar para puritanismo. Só há lugar para pureza (Freire, 1996, p. 37). No primeiro dia sempre dá um "frio na barriga", os olhares como quem diz: "já vem esses caras aí mudar tudo", assusta um pouco os alunos já acostumados com a didática do professor e a dinâmica das aulas ministradas, lembro quando um desses alunos disse: "só entra homem nessa sala, porque não entra uma gatinha para estagiar aqui" nos dias seguintes com a introdução dos assuntos e as dinâmicas aplicadas os alunos foram gostando do jeito diferenciado de passar as aulas e conseqüentemente aprendendo a matéria. Nas ultimas aulas observava-se o enorme veemência e a interação, cada vez mais satisfatória, os alunos se proporcionavam para auxiliar a buscar livros, televisores, papeis e outros matérias que fossem ou seriam utilizados na aula, além das pesquisas sempre que solicitadas pelos estagiários e ainda a participação cada vez mais calorosa por parte dos mesmos. A professora regente Carmem, sempre muito prestativa, simpática e se colocou sempre a disposição para sanar qualquer problema ou dúvidas que fossem surgindo, além disso, todos os profissionais da escola estavam à disposição e sempre que solicitados atenderam de forma muito gentil, sejam porteiros, zeladoras, merendeiras, diretores, secretários enfim todos estavam inseridos nesse processo de ensino- aprendizagem.
  • 15. 15 6. Considerações Finais A prática educacional tem, portanto, a finalidade primeira de reunir evidências da prática de sala aula, iniciando com um consistente aporte teórico, concomitante e articulado/integrado com a vivência do estágio em escolas de Educação Básica. E o seu valor está na organização sistemática e reflexiva do processo, confrontando a vivência com os pressupostos a partir da segunda metade do curso de formação e não somente no seu final. Este tipo de organização permite a produção do conhecimento em movimento, holístico, um “circuito pedagógico”, em vai-e-vem que avança, indo “das partes para o todo e do todo às partes” (Carvalho e Porto, 2005, p. 55). Permite, assim, a avaliação reflexiva, comprometida em potencializar a educação coletiva e pessoal e a auto- avaliação, principalmente no que se refere ao crescimento pessoal e profissional. Com isto, averigua-se que este notório momento na prática de ensino é indescritivelmente inigualável, pois somente esta experiência é capaz de demonstrar o teor da capacidade de cada estagiário em promover o aprendizado tanto em sala de aula como na vida. Portanto, é importante que possamos estar atentos para a formação continuada no nosso cotidiano, e também na nossa vida acadêmica, para que cada vez mais possamos desempenhar o papel que nos é exigido na construção do conhecimento dos alunos nas escolas e na vida.
  • 16. 16 7. Referências CARVALHO, Marie Jane Soares e PORTO, Leonardo Sartori. Portfólio educacional: proposta alternativa de avaliação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. ESTEBAN, M. T. (2004). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A. FREIRE, Paulo. (1996). Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra. GALIAZZI, M.C. e GONÇALVES, F. P. A natureza pedagógica da experimentação.Química Nova, 27(2), pp.326-331 KULCSAR, Rosa. (1994). O Estágio Supervisionado como Atividade Integradora. In PICONEZ, Stela C. B. (org.). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. 2ª edição. Campinas, SP, Papirus. TARDIFF, Maurice. (2002). Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, Vozes.