O documento descreve o sistema digestório humano, dividindo-o em tubo digestório e órgãos anexos. Detalha cada parte do tubo digestório, desde a boca até o ânus, assim como os principais órgãos anexos como fígado, pâncreas e glândulas salivares. Também aborda os processos de digestão mecânica e química realizados por esses órgãos.
8. É a transformação dos alimentos em substâncias assimiláveis,
realizada no interior do aparelho digestivo, por meio de dois
tipos de processos: mecânico e químico.
Digestão
Mecânica
Língua
Dentes
Movimentos
Peristálticos
Química
Sucos
digestivos
16. É a parte final do tubo digestivo, responsável pelo importante
processo de absorção da água, o que determina a consistência do
bolo fecal, possui uma rica flora bacteriana.
Local por onde é eliminado o bolo fecal.
Fonte: Google
19. Doença Causas Sintomas Diagnóstico Tratamento
Apendicite Ela geralmente ocorre quando o
apêndice fica bloqueado por fezes,
um objeto estranho ou, raramente,
um tumor.
Geralmente, o primeiro sintoma é
dor em volta do umbigo, apetite
reduzido, náusea, vômitos,
calafrios, tremores, febre baixa e
dores abdominais quando o
apêndice se rompe.
Em geral, é feita pela descrição dos
sintomas, pelo exame físico e pelos
exames de laboratório. Em alguns
casos, testes adicionais:
Tomografia computadorizada
abdominal, ultrassonografia
abdominal, laparoscopia diagnóstica.
Em casos sem complicações, um
cirurgião normalmente removerá seu
apêndice logo após o diagnóstico
feito por seu médico. E em casos de
apêndice rompida sua retirada só
pode se feita depois que a infecção e
a inflamação tiverem passado.
Pancreatite Ocorre quando as enzimas
digestivas produzidas no pâncreas
tornam-se ativadas enquanto no
interior do pâncreas, causando
danos ao órgão. Fatores de risco
para a pancreatite aguda e crônica,
incluindo: alcoolismo, cálculos
biliares, cirurgia abdominal,
histórico familiar.
Aguda: Dor abdominal superior,
dor abdominal que se irradia para
as costas, dor abdominal que se
sente pior depois de comer, náuseas
e vômitos.
Crônica: Dor abdominal superior,
perder peso sem esforço
fezes gordurosas e fedorentas.
Outros sintomas: febre, ritmo
cardíaco acelerado, suor, pele ou a
parte branca dos olhos com cor
amarelada (icterícia).
Exame clínico e levantamento do
histórico do paciente, principalmente
no que se refere ao uso de álcool, são
dados importantes para o diagnóstico
das pancreatites. Sua confirmação,
porém, depende dos resultados dos
exames de sangue, de raios X e de
ultrassom abdominal.
Geralmente requer hospitalização.
Uma vez que sua condição está
estabilizada e a inflamação no
pâncreas é controlada, os médicos
podem tratar a causa subjacente de
sua pancreatite. Jejuns, cirurgias
quando ocorre infecção e necrose da
glândula, tratamento para a
dependência do álcool.
Úlcera péptica A causa mais comum dessa lesão é
a infecção do estômago pela
bactéria chamadaHelicobacter
pylori (H.pylori). A maioria das
pessoas com úlceras pépticas tem
essas bactérias vivendo em seus
tratos gastrointestinais
(GI)Inflamação (gastrite) ou uma
úlcera, consumo excessivo de
álcool, fumar ou mascar tabaco,
dentre outros.
Desconforto e dores abdominais,
sensação de inchaço, incapacidade
de muito líquido,
fome e uma sensação de vazio no
estômago frequentemente 1 a 3
horas após uma refeição
Náusea branda. Fezes com sangue
ou como piche escuro, dor no peito,
fadiga, vômitos, possivelmente
com sangue, perda de peso.
Basicamente através das queixas do
paciente e sua confirmação pela
endoscopia digestiva, ou pelo Raio-X
contrastado do Estômago e Duodeno.
Exames complementares ao exame
endoscópico: retirada de um fragmento
da úlcera (biópsia) para exame
microscópico. Este informará o grau
de inflamação nesta região, a presença
do Helicobacter pylori e a natureza
benigna ou maligna da úlcera, pois
algumas são causadas por câncer.
Antibióticos destinados a eliminar a
bactéria Helicobacter pylori, caso se
demonstre a infeção pela bactéria. O
tratamento também inclui uma
combinação de dois a três
antibióticos e de um inibidor da
supressão do ácido gástrico durante
10 a 14 dias. Os fármacos mais
frequentemente utilizados são os
inibidores da bomba de protões
(omeprazol, rabeprazol, lanzoprazol,
pantoprazol e esomeprazol).
Refluxo gastroesofágico Problema no musculo esfíncter
esofágico inferior, que não fechar
bem, fazendo com que o alimento,
líquido e suco gástrico vaze de
volta para o esôfago. Outros
fatores de risco: hérnia hiatal,
medicamentos como
Anticolinérgicos (p.ex., para enjoo
do mar) Betabloqueadores para
pressão arterial alta ou doença
cardíaca
Os sintomas mais comuns são:
Sensação de que o alimento pode
ter ficado preso atrás do
esterno.Aumentados ao se curvar,
inclinar para a frente, ficar deitado
ou comer
Mais prováveis ou piores à noite.
Náusea após comer. Os sintomas
menos comuns são: Tosse ou
respiração ofegante, dificuldade
para deglutir, Soluços, rouquidão
O diagnostico é feito através de uma
endoscopia digestiva e alguns médicos
podem optar por fazer um exame
chamado de pHmetria, em que é
medido o grau de acidez do estômago
e do esôfago.
Para prevenir azia, evite alimentos e
bebidas que possam desencadear
seus sintomas. Para muitas pessoas,
eles incluem: Álcool, cafeína,
bebidas gasosas, chocolate, frutas e
sucos cítricos, tomates, molhos de
tomate, alimentos picantes, produtos
derivados de leite integral, hortelã.
Antiácidos e outras drogas que tem
ação mais duradoura:antagonistas
H2: famotidina (Pepsid).
21. DIGESTÃO:
OCORRE A PARTIR DE PROCESSOS MECÂNICOS E
QUÍMICOS;
AÇÃO DE ENZIMAS HIDROLÍTICAS NA DEGRADAÇÃO DE
CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS;
ABSORÇÃO:
INTESTINO DELGADO
AÇÃO PERMITIDA PELA ESTRUTURA ANATÔMICA.
28. Enzimas proteolíticas:
Endopepitidases cliva ligações no meio da cadeia peptídica.
- Pepsina, tripsina, quimiotripsina e elastase.
Exopeptidases cliva ligações nas extremidades da cadeia peptídica.
- Carboxipeptidases A e B C - terminal
- Aminopeptidases N - terminal
29. Ação de enzimas digestivas:
- Hidrolisam as ligações peptídicas.
Digestão começa no estômago
- HCL das células parietais
- Desnatura estruturas 4º, 3º, 2º.
- Pepsinogênio das células principais
HCL
Pepsinogênio Pepsina
30. Enzimas pancreáticas secretas:
- Tripsinogênio
- Quimotripsinogênio
- Pró- elastase
- Pró – carboxipeptidase A e B
32. Aminoácidos livres
Sistema de Carreadores
- AA Neutros
- AA Básicos
- AA Ácidos
- Imino ácidos
Fonte: fisiologia - Linda Constanzo - 4ª ed. p. 367
Entrada de alguns AA através de transporte ativo.
33. Grande parte da proteína ingerida é absorvida
pelas células epiteliais no intestino.
- Dipepítideo
- Aminoácidos
- Tripeptídeo
39. Falha na degradação dos carboidratos
ingeridos até a forma absorvível.
A retenção desse soluto e da água no intestino
causa diarreia.
Intolerância a Lactose
Incapacidade de digerir o açúcar.
Deficiência de lactase.
Não é digerida a glicose e galactose.
41. Problemas na digestão ou absorção de proteínas.
Deficiência das enzimas pancreáticas.
Pancreatite crônica
Inflamação do pâncreas.
Geralmente é causado pelo alcoolismo.
Cálculos pancreáticos
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42. Fibrose Cística
É uma doença genética.
Não conseguem absorver alimentos.
Dificulta e impede a passagem
de substâncias.
FONTE: Google
47. Funções
Os tipos de músculos
Os tipos de contrações
Ondas lentas ( frequência, origem)
Fonte; livro linda S. Costanzo
Fisiologia, 3° edição:
48. Relação entre as ondas lentas, os potencial de ação e
contração.
Motilidade esofágica
Motilidade gástrica ( estrutura, inervação, esvaziamento
gástrico)
Fonte; Livro Linda S. Costanzo .Fisiologia, 3° edição:
49. Motilidade do
intestino delgado
( frequência das ondas,
inervação, contrações
segmentares e contrações
peristálticas)
Motilidade do
intestino grosso
( contrações segmentares
e movimentos de massa)
FONTE; Livro Linda S. Costanzo
FISIOLOGIA, 3° edição:
50. Secreção é a adição de líquidos, enzimas e muco ao lúmen do
trato gastrointestinal. Essas secreções são produzidas pelas as
glândulas salivares (saliva), células da mucosa gástrica
(secreção gástrica), células exócrinas do pâncreas (secreção
pancreática) e fígado (bile)
51. Função
Estrutura das glândulas
Formação da saliva (inervação e fluxo)
Regulação da secreção salivar
FONTE: Google
52. Função
Estrutura e tipos celulares da mucosa gástrica
Secreção HCL
FONTE; Livro Linda S. Costanzo
FISIOLOGIA, 3° edição
Glândulas
oxínticas
Glândulas pilóricas
53. Inibição da secreção de HCL
Úlceras péptica (gástrica ou duodenal)
FONTE; Livro Linda S. Costanzo
FISIOLOGIA, 3° edição:
54. Função
Estruturas das glândulas exócrinas pancreáticas
Formação das secreções (inervação, enzimas
pancreáticas)
Intensidade do fluxo sobre a composição do suco
pancreático
Regulação da secreção
56. Conceito
Visão do sistema biliar
Composição da Bile: Sais Biliares, pigmentos biliares,
colesterol, fosfolipídios, eletrólitos e agua.
Função da vesícula biliar
-Enchimento
-Concentração da Bile
-Ejeção da Bile
59. Cálculos biliares são pequenas
pedras que se formam na vesícula
biliar, órgão localizado no lobo
inferior direito do fígado onde a bile
se concentra e de onde é lançada
sob a influência de um hormônio
intestinal
64. Peristaltismo no intestino delgado
Controle do peristaltismo por sinais nervosos e
hormonais.
Descarga peristáltica
Peristaltismo no ser humano em Jejum
66. Os hormônios são peptídeos liberados por células endócrinas
do trato gastrointestinal.
Esses hormônios que são liberados na corrente sanguínea vão
até o coração e retornam ao sistema digestivo, onde estimulam
a liberação de sucos digestivos e movimentos dos órgãos.
Os principais hormônios que controlam a digestão são a
gastrina, colescitocinina, secretina e peptídeo insulinotrópico
dependente de glicose (ou peptídeo inibitório gástrico , GIP).
67. E um hormônio produzido por células endócrinas da parede
do estômago, que participa da digestão humana induzindo as
glândulas estomacais a secretar as pepsinas e o acido
clorídrico.
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68. Secretada pela célula I do duodeno e jejuno
Estimula a secreção da bile
Promove o fechamento do piloro
69. Secretada pelas células S do duodeno
Promove a secreção de HCO3- pancreático e biliar.
Inibe o efeito trófico da gastrina sobre a mucosa gástrica.
70. Secretado pelo duodeno e
jejuno
Estimula a secreção de
insulina pela células B
pancreáticas.
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71. A microbiota intestinal ou flora intestinal é o grupo de
bactérias que vivem no intestino auxiliando os vários
processos como a digestão de alimentos e monitorando o
desenvolvimento de microrganismos que causam doenças.
A flora intestinal divide-se em duas:
› A Permanente, ligada às células da mucosa do intestino. Possuem
vários microrganismos fixos que se proliferam com agilidade e estão
bem adequadas ao organismo.
› A Transitória, não está ligada na mucosa. É oriunda da seção superior
do trato digestivo e varia conforme o meio ambiente e a alimentação .
72. Cuidar bem da flora intestinal é fundamental para manter
a saúde do organismo e prevenir problemas que possam
causar patologias futuras.
Para manter a flora intestinal equilibrada, o consumo de
alimentos probióticos é de fundamental importância.
Os probióticos mais populares pertencem às espécies de
bactérias como Lactobacillus rhamnosus, a Lactobacillus
acidophilus, Bifidobacterium bifidum e Bifidobacterium
longum.
São encontrados em alimentos como iogurte, leites
fermentados ou sob a forma de pó ou cápsulas.
73. O desequilíbrio da flora intestinal é chamado de disbiose.
Causas da disbiose:
Alimentação desbalanceada e rica em carboidratos
refinados, açúcares, gorduras saturadas e baixa ingestão de
fibras;
Ingestão excessiva de agrotóxicos;
Automedicação e uso elevado de antibióticos, anti-inflamatórios
e antiácidos;
Uso abusivo do álcool e do cigarro.
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74. E preciso promover mudanças reais no estilo de vida,
diminuindo os fatores estressantes e incluindo em seu dia a
dia uma dieta balanceada, com alimentos que promovem a
saúde, como os chamados alimentos funcionais e os
probióticos.
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76. É abastecida pelo nervo vago e nervo pélvico
Nervo vago(craniano): inerva a porção superior
Nervo pélvico: inerva a parte inferior
O SNP tem fibras pré-ganglionares longas que fazem sinapse em
gânglios nos órgãos-alvos ou perto. Esses gânglios estão localizados
nas paredes de dentro dos órgãos nos plexos mioentérico e submucoso.
Os neurônios pós-ganglionares do SNP são: colinérgicos ou
peptidérgicos.
O nervo vago tem: 75% de fibras aferentes que levam informação
sensorial da periferia para o SNC. E 25% de fibras eferentes que
conduzem informação motora do SNC para os órgãos alvo na periferia.
Reflexos vagovagais;
77. Sistema nervoso autônomo:
Extrínseco: é a inervação simpática e parassimpática
Intrínseco: é o sistema nervoso entérico
Tipos de inervações:
Parassimpáticas
Simpáticas
Intrínseca
78. O SNP tem fibras curtas e fazem sinapses em gânglios fora
do trato gastrointestinal. Esses gânglios fazem sinapse nos
plexos mioentérico e submucoso, ou inervam as células lisas,
endócrinas ou secretoras.
Quatro gânglios servem o trato gastrointestinal: celíaco,
mesentérico superior, mesentérico inferior e hipogástrico.
As fibras nervosas simpáticas 50% são aferentes e 50%
eferentes. Assim como ocorre com a inervação
parassimpática, as informações sensorial e motora são
retransmitidas nos dois sentidos entre o trato gastrointestinal
e o SNC, coordenadas pelos mioentérico e submucoso.
80. Sistema nervoso entérico, pode controlar todas as funções
do trato gastrointestinal, mesmo na ausência da inervação
extrínseca.
Situam-se em gânglios nos plexos submucoso e
mioentérico.
Neurócrinas é identificada em neurônios do sistema
nervoso entérico.
82. Sistema de vasos mais extenso;
Fluxo sanguíneo através de todo o intestino, baço, fígado e
pâncreas;
Todo sangue circulante nesta circulação desemboca na VEIA
PORTA;
83. No fígado passa por milhões de sinusoidais hepáticos e sai do
fígado pelas veias hepáticas, que desemboca na cava.
Células reticuloendoteliais – removem bactérias;
Nutrientes não-lipídicos e hidrossolúveis – transportado direto
para o fígado ½ a ¾ são armazenados;
Gorduras – transportada para circulação pelo sistema linfático
por meio do ducto torácico;
87. O fluxo sanguíneo em cada camada da parede
gastrointestinal e diretamente proporcional a nível de
atividade local;
Possíveis causas:
Substâncias vasodilatadoras liberada pela mucosa
(colecistocinina, peptídeo vasoativo intestinal, gastrina e
secretina);
Liberação de calidina e bradiquinina (vasodilatadores)
por glândulas gastrointestinal;
Redução na concentração de oxigênio, aumenta o fluxo
em 50 a 100%;
88. Estimulação Parassimpática:
Para o estômago e cólon distal aumenta o fluxo
sanguíneo local ao mesmo tempo que aumenta a secreção
glandular;
Estimulação Simpática:
Vasocontrição intensa das arteríolas com grande redução
do fluxo sanguíneo para todo o TGI;
90. Defecar é o ato de evacuar fezes do organismo através do relaxamento
do esfíncter e contrações do reto anal.
Existem vários reflexos fisiológicos que estimulam a defecação por
meio do aumento do peristaltismo intestinal. Entre eles estão: o
ortocólico e o gastrocólico.
91. Intestino Grosso
No intestino grosso onde ocorre absorção de água e eletrólitos. O quimo vai
adquirir uma consistência cada vez mais pastosa e se transformar em um bolo
fecal.
Os cólons sigmoide e reto
Na pélvis o cólon sigmoide termina na flexura retossigmóidea, abaixo da qual
se inicia o reto. O reto acaba no canal anal que apresenta apenas 2 a 3 cm de
extensão estando contido dentro do ânus. O canal anal apresenta epitélio
escamoso proveniente de invaginação da pele. Na junção mucocutânea o
epitélio escamoso se transforma em epitélio colunar estratificado que no reto
passa a epitélio colunar semelhante ao do cólon.
92. Existem dois esfíncteres anais no controle da defecação: o esfíncter
interno e o esfíncter externo.
O esfíncter interno formado por três músculos circulares é inervado
pelos nervos pélvicos, não estando sob controle voluntário. Além do
controle da defecação, uma de suas funções específicas é a de
contenção dos gases.
O esfíncter externo é formado por músculo estriado e inervado,
podendo estar sob controle voluntário, exceto nos primeiros anos de
vida.
94. O reflexo da defecação
Reflexo intrínseco e reflexo parassimpático.
O enchimento das porções finais do intestino grosso estimula terminações
nervosas presentes em sua parede através de sua distensão.
Impulsos nervosos ficam então com a intensidade e frequência cada vez
maiores, sendo dirigidos a um segmento da medula espinhal (sacral) onde
acabam desencadeando uma resposta motora que provoca um aumento
significativo e intenso nas ondas peristálticas por todo o intestino grosso, ao
mesmo tempo em que ocorre um relaxamento no esfíncter interno do ânus.
Ocorre o reflexo da defecação.
OBS: Se durante esse momento o esfíncter externo do ânus também estiver
relaxado, as fezes serão eliminadas para o exterior do corpo. Caso contrário,
as fezes permanecem retidas no interior do reto e o reflexo desaparece,
retornando alguns minutos ou horas mais tarde.
95. Reflexo intrínseco
Quando as fezes chegam ao reto a distensão da parede retal desencadeia
sinais aferentes que se propagam pelo plexo mioentérico para iniciar ondas
peristálticas no cólon descendente, sigmoide e reto, forçando as fezes na direção anal.
À medida que as ondas peristálticas se aproximam do ânus, o esfíncter anal interno se
relaxa por impulsos inibitórios provenientes do plexo mioentérico, caso ao mesmo
tempo o esfíncter anal externo esteja aberto ocorrera à defecação. Entretanto o reflexo
mioentérico intrínseco sozinho que funciona por si só é relativamente fraco.
Reflexos parassimpáticos
Envolvem os segmentos sacrais da medula espinhal. Estímulos
parassimpáticos intensificam acentuadamente as ondas peristálticas, e o estímulo para
o relaxamento do esfíncter anal interno de fraco passa para poderoso.
96. O ato da defecação
Vários grupos musculares participam deste ato: os músculos do reto e do anus, as estruturas
musculares adjacentes ao períneo, o diafragma e os músculos estriados da parede abdominal.
A massa de fezes, entrando na ampola retal, causa distensão de sua parede, estimulando
assim a defecação. Quando este aumento da pressão retal intraluminal excede certos limites
(cerca de 50 mm de Hg), o esfíncter interno relaxa e surge a necessidade de defecar. Nesse
ponto, se as circunstâncias o permitirem, o esfíncter anal externo sofre relaxamento
voluntário.
Uma onda de contração se inicia no meio de cólon transverso, propagando-se para baixo em
direção à junção retossigmóidea. Ocorre um encurtamento da ampola retal, pela contração
dos músculos elevadores do ânus e dos retococcígeos.
Os músculos da parede abdominal também se contraem, a glote se fecha, o diafragma é
abaixado, por inspiração profunda, e os músculos torácicos se contraem. Em consequência,
ocorre aumento da pressão intra-abdominal de 100 a 200 ou mais mm de Hg e a massa fecal
é expelida com encurtamento da ampola retal. Verifica-se um aumento rápido da pressão
arterial, seguido por aumento da pressão venosa periférica, o que pode, em pessoas
debilitadas, ser a causa de uma diminuição considerável do débito cardíaco, seguida de
queda da pressão arterial e síncope.
97. Controle da defecação
As vias aferentes do reflexo de defecação seguem os nervos parassimpáticos, através do nervo
pélvico. O reflexo é aumentado pelo estímulo táctil ao nível do ânus, assim a passagem de fezes,
pelo canal anal, potencializa o reflexo. O controle e a coordenação da defecação ocorrem no
centro da defecação, situado no bulbo perto do centro do vômito. O centro de defecação está
associado com sua zona estimulatória quimioreceptora específica, localizada no assoalho do
quarto ventrículo. A estimulação dessa zona ou do próprio centro por certas substâncias
químicas, toxinas ou drogas pode causar a defecação.
A defecação, também, pode ser desencadeada por estímulo de certas zonas do diencéfalo. A
transecção da medula, acima de L1 geralmente, determina incontinência fecal. O tono
esfincteriano é preservado e a defecação continua, automaticamente, embora sem percepção
consciente do seu início. Após certo tempo, o reflexo de defecação se restabelece. O estímulo
dos gânglios basais no cérebro, também, pode ser a causa de defecação involuntária. Por outro
lado, a defecação pode ser inibida pela dor, pelo medo, pela elevação da temperatura e vários
mecanismos inibitórios psicogênicos ou neurogênicos. A destruição da inervação simpática do
cólon não afeta o ato da defecação.
O controle voluntário da defecação, incorporado no esfíncter externo devolve ao homem o
privilégio de controle das funções gastrintestinais, perdido no momento em que o bolo alimentar
toca os receptores tácteis da faringe e do palato mole. A existência do controle voluntário no
início e no fim da digestão é uma astúcia da natureza que da ao homem, um domínio sobre seu
trato digestivo e sobre o processo de digestão.
98. Blog Fiapo de Jaca. Disponível em < http://www.fiapodejaca.com.br/doencas-que-atacam-o-sistema-digestorio>.
Acesso em 08/10/2014
Site Mundo Educação. Disponível em <http://www.mundoeducacao.com/biologia/digestao.htm >. Acesso em
08/10/2014
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Acesso em 08/10/2014
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