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LABorAtÓRio CrIAtIVo
VÍDEO DE BOLSO
Guia rápido para o professor
w w w. c a s a d a a r v o r e. a r t. b r
Conteúdo licenciado sob o padrão Creative Commous 3.0, que permite o
livre compartilhamento sem fins comerciais, bem como a criação de
novas obras a partir das obras licenciadas desde que cite a autoria do
conteúdo original e licencie o conteúdo recriado sob o mesmo padrão.
1° Passo – Organizar o grupo e descobrir talentos
O cinema e vídeo são segmentos artísticos essencialmente coletivos. Isso significa que não há como
fazê-los sozinhos. Na verdade, até é possível, mas com certeza o processo não será tão divertido e o
resultado não será tão rico e diverso como se produzirmos em grupo. Para formar seu grupo o
primeiro passo é encontrar pessoas interessadas e criativas. Para isso vale fazer alguns cartazes e
colar pela escola, reunir com as turmas e convocar alunos e professores. Lembre-se que uma boa
ideia para um vídeo pode ajudar na hora de mobilizar as pessoas.
Até há pouco tempo, fazer um vídeo necessitava de uma equipe enorme, como as de cinema, com
10, 30, 50 ou mais pessoas, além de equipamentos caros e difíceis de encontrar e de manusear. Com
as novas tecnologias, basta alguns amigos, um celular e um computador e sua história ganhará as
telas.
Atividade
Objetivo: Identificar vocações, interesses e o nível de
familiaridade com audiovisual e novas tecnologias
Duração: 45 minutos
1) Marque um encontro com o grupo de alunos e professores interessados. Peça para aqueles
que tiverem trazerem seus celulares, câmeras fotográficas, gravadores de áudio, tocadores de
Mp3 e Mp4, caderno de desenho ou outros objetos pessoais que seja possível criar imagens
e sons.
2) Disponha todos em círculo em torno de uma mesa e proponha a brincadeira “Mosaico”.
Cada um deve apresentar-se falando o nome, motivo que levou a fazer parte do grupo e o
principal: mostrar um conteúdo (vídeo, foto, música, sms, etc) que esteja no seu celular,
colocando o equipamento sobre a mesa com o conteúdo em execução.
3) Repita a ação até que todos se apresentem e o conjunto de telas forme um mosaico.
4) Durante as apresentações pergunte aos participantes o que eles sabem ou gostam em relação
a produção audiovisual ou dos seus equipamentos.
5) Aproveite essa atividade para ampliar o conhecimento dos participantes sobre vídeo e
tecnologia, pesquisando e preparando anteriormente referências para conceitos básicos
como: pixel, resolução, formato, cena, edição e montagem.
6) Conclua a atividade apresentando o desafio: produzir um vídeo. Peça que façam uma lista
no quadro com duas colunas. Na coluna da direita peça que listem tudo que eles achem ser
necessário para cumprir o desafio. Na coluna da esquerda tudo que eles acham que o grupo
já possui (equipamentos, ideias, habilidades, etc).
7) Marque o próximo encontro e tente definir coletivamente algumas metas e objetivos para o
grupo.
Conteúdos:
Sobre vídeo de bolso: http://goo.gl/DmcXfk (vídeo-aula)
Sobre mobilização – http://goo.gl/6Tv1D7 (apresentação interativa)
Sugestão de leitura – http://goo.gl/ETIHYd (sugestão de leitura )
2° Passo – Pesquisar, discutir e roteirizar
Uma das coisas mais interessantes da produção de vídeo na escola é que todas as etapas da
realização podem ganhar novas e amplas dimensões de aprendizagem. Poucos sabem, mas todos os
filmes nascem como textos. Mas não um texto qualquer, um roteiro, que é a forma como
organizamos as ideias que temos para as imagens e sons, que resultarão no vídeo. O roteiro serve
ainda como um guia para o trabalho coletivo, onde indicamos os locais e as situações que serão
gravadas. Antes mesmo de começar a escrever é importante se inspirar, pesquisar sobre o tema
pretendido, para que todos no grupo sintam-se à vontade para contribuir com o roteiro. Para isso
vale tudo, como ficar mais atento para o que acontece à sua volta, ler os jornais, pesquisar em
livros, obras de arte, música, mas principalmente, manter a cabeça aberta, sem preconceitos.
Muitas vezes é preciso romper com a resistência inicial dos alunos em escrever, para isso podemos
fazer desta etapa uma brincadeira, experimentando várias técnicas. Mas antes de colocar as ideias
no papel é preciso conhecer os elementos básicos da linguagem audiovisual, como por exemplo,
saber o que é uma cena, plano, enquadramento e movimento de câmera.
Atividade (linguagem audiovisual)
Objetivo: Estimular a percepção dos elementos da
linguagem audiovisual.
Duração: 1 a 2 horas
1) Selecione e exiba um trecho de uma novela ou seriado que seja familiar aos participantes;
2) Desafie-os a descreverem com a maior quantidade de detalhes possíveis o que eles viram;
3) Facilite a atividade definindo algumas perguntas a serem respondidas: onde acontece a ação;
quem participa da ação, o que motiva a ação e o que vemos na tela;
4) Desenhe no quadro uma tabela com duas colunas e oriente para que as imagens sejam
descritas na coluna da direita e a descrição do áudio na coluna da esquerda.
5) Repita o exercício, desta vez sugerindo que todos assistam ao mesmo trecho, só que com
olhos fechados, atentos a cenas e aos sons. Pergunte se após esta experiência é preciso
adicionar algum detalhe à descrição feita anteriormente;
6) Pergunte quantas cenas eles reconheceram na sequência exibida e em seguida proponha a
construção coletiva de um conceito sobre cena, baseando-se nas percepções da atividade
realizada.
Atividade (escrita colaborativa)
Objetivo: Produção colaborativa de roteiro para
audiovisual
Duração: 2 a 3 horas
1) Após uma pesquisa ou roda de conversa sobre o tema proposto, sugira que cada um do
grupo escreva, em no máximo duas frases (argumento para roteiro), sua ideia para o vídeo.
Para isso defina uma meta mínima de contribuição por participantes. Cada ideia deve ser
escrita em um papel diferente, sem identificação de nome, e colocado em um recipiente,
como na brincadeira “amigo oculto”;
2) Proponha uma leitura coletiva das ideias e algumas formas de classificá-las. Primeiramente,
identifique as três opções que mais agradaram o grupo. Em seguida divida as ideias entre as
que são inventadas (ficção) e as que tratam da realidade (documental). Por último
reclassifique as propostas quanto à viabilidade de produção, observando o tempo, recursos e
habilidades necessárias para transformá-las em vídeo;
3) Conclua esta etapa da atividade revendo as três opções de ideias que mais agradaram o
grupo inicialmente e, coletivamente, defina pela ideia que seja viável, desafiadora e
interessante;
4) Com a ideia definida, desafie o grupo a reescrevê-la, desta vez como um roteiro, o que
significa que a história será contada em cenas;
5) Atente-se para a importância do exercício de visualizar mentalmente cada cena escrita,
como se a visse na tela, sem esquecer-se dos sons, diálogos ou possíveis conteúdos de
entrevistas, quando se tratar de um vídeo documental;
6) Revise o roteiro e confira se estão claros os locais e as situações a serem gravadas, quais
pessoas precisam estar envolvidas e os recursos e equipamentos necessários para a próxima
etapa do trabalho;
7) Faça anotações de ordem prática no roteiro, a exemplo de possíveis horários e locais para
gravação ou pessoas que precisam ser entrevistadas.
8) Imprima ou distribua uma cópia digital para cada participante.
Conteúdos
Sobre Estrutura audiovisual – http://goo.gl/dDNGKJ (vídeo-aula)
Sobre roteiro – http://goo.gl/he8OHj (vídeo-aula)
Sobre Modelo de roteiro – http://goo.gl/MnSydr (arquivo para baixar)
3° Passo – Gravar e organizar os arquivos
Chegou a hora de colocar a mão na massa, ou melhor, na câmera ou mesmo no celular. Mas teremos
muito trabalho além de apertar o botão “GRAVAR” do equipamento. Em um set (local de gravação
audiovisual) precisamos de pessoas que gostem e que saibam fazer várias outras coisas, como
maquiar, orientar os atores, organizar o cenário e até mesmo cuidar para que não façam barulho ou
que outras pessoas entrem no set durante a gravação. Todas essas funções são igualmente
importantes. Descubra quem no grupo gosta de cada uma destas tarefas e possibilite que os
participantes se revezem entre as funções.
Se houver possibilidade faça testes de gravação antes das cenas propriamente ditas, para que a
equipe se familiarize com os equipamentos, locais e situações de gravação. Defina um cronograma
de gravação, pois pode tornar o trabalho muito mais eficiente. Tente antecipar o trabalho reunindo
todo o material necessário para as gravações e combinando certinho com entrevistados ou atores,
evitando que a falta de algo impeça o cumprimento do cronograma.
Dicas para gravação
1) Escolha os equipamentos com melhor resolução (nível de definição da imagem e som);
2) Evite locais barulhentos. Caso precise gravar na rua certifique-se se a cena gravada ficou
com um áudio compreensível e repita a gravação quantas vezes forem necessárias;
3) Para entrevistas, prefira enquadramentos expressivos, que são aqueles que mostram a pessoa
de perto (close);
4) Evite usar a ferramenta de zoom. Quando necessário aproxime realmente daquilo que quer
mostrar;
5) Observe a incidência de luz sobre os elementos que estão compondo o quadro, pois ela deve
iluminá-los e não incidir diretamente na câmera;
6) Nas cenas em que o áudio (falas, entrevistas ou sons do ambiente) for importante, procure
gravar com a câmera próxima a fonte sonora;
7) Mantenha a câmera estável, seja usando um tripé ou um suporte improvisado. Se for segurá-
la apenas com as mãos, tenha sempre as duas mãos no equipamento e procure fixar os
braços ao corpo, movimento-o por completo e não apenas o braço quando necessário;
8) Procure sempre gravar cada cena sobre vários pontos de vistas (posicionamento da câmera),
pois pode ajudar na hora da edição;
9) Reúna todo os arquivos gravados em um mesmo local (computador, pendrive, cartão de
memória, etc) e não se esqueça, tenha sempre mais de uma cópia de segurança;
10) Renomeie cada arquivo como o nome ou número da cena gravada para facilitar a
identificação no processo de edição.
Conteúdo
Sobre movimentos de câmera: http://goo.gl/OQdWFH (vídeo-aula)
Sobre funções e trabalho em grupo: http://goo.gl/e7DeFl (vídeo-aula)
Sobre estababilização da câmera: http://goo.gl/xdZonS (vídeo-aula)
4° Passo – Editar e contar histórias
Trabalhar edição de vídeo na escola sempre foi um desafio. Primeiro porque os equipamentos nunca
são os melhores e segundo porque é uma tarefa que tende sempre a ser mais individual, dificultando
um trabalho coletivo. Mas ao contrário do que muitos pensam a edição não é apenas um trabalho
tecnológico é também um exercício de escrita, de linguagem e pode ser feito coletivamente.
Também chamada de montagem, a última etapa do processo de produção é quando finalmente
contamos a história, colocando as cenas gravadas na ordem que queremos, com a duração
necessária para provocar em quem no público a sensação prevista no roteiro. Para isso é preciso
ficar atento ao ritmo do vídeo, que precisa ser mais acelerado, com cortes mais rápidos, quando
queremos provocar tensão, ansiedade e um pouco de ação. Já nas para cenas mais dramáticas,
reflexivas e emocionantes vale a pena cortes mais lentos e até mesmo abusar em cenas com
detalhes, como um close demorado em um olho prestes a cair uma lágrima.
Além disso, não podemos esquecer-nos de ajustar o áudio, colocar música, efeitos e caracteres,
como título e créditos. É possível encontrar muitos efeitos de áudio e trilhas sonoras para baixar na
internet, mas lembre-se de usar somente conteúdos de uso livre, como os licenciados em Creative
Commous – CC.
Atividade
Objetivo: Edição colaborativa
Duração: indeterminada
1) Identifique entre os computadores disponíveis na escola qual possui a configuração mais
avançada (maior memória, placa de vídeo e processador);
2) Verifique se este computador possui um leitor de vídeo (codec) adequado para os arquivos
gerados pela sua câmera. Caso não tenha, procure na internet, pois estão todos disponíveis
para baixar;
3) Estimule o grupo a pesquisar sobre programas de edição de vídeo, pois existem vários
gratuitos e, sobretudo, não tenha medo de experimentar novas ferramentas;
4) Veja se o editor escolhido reconhece os arquivos gerados pela sua câmera. Se não
reconhecer será necessário converter os arquivos de celular (Mp4, 3Gp) para um formato
compatível (AVI, WMV) usando um programa;
5) Conecte o computador em um projetor e coloque-o em uma mesa. Organize o grupo para
que fique em pé, ao redor da mesa. Deixe apenas duas cadeiras à frente do computador.
6) Antes de tudo, pegue uma ou mais cópias do roteiro e deixe-o à mão;
7) Explique que todos editarão o filme, mesmo os que acham que não sabem mexer no
programa escolhido, pois o trabalho será feito em revezamento, como em um jogo;
8) Cada dupla ficará 5 minutos no comando do computador. Neste período os demais colegas
poderão opinar, de maneira organizada, sobre o que precisa ser feito, mas a decisão final é
da dupla;
9) Mantenha o rodízio fazendo que todos participem e divida a edição em turnos de no máximo
2 horas.
Conteúdo
Sobre edição em Movie Maker ( win ) – http://goo.gl/eNN2Pq (vídeo-aula)
Sobre edição em Open Shot ( linux ) - http://goo.gl/z4fRpS (vídeo-aula)
Sobre edição em Pitivi ( linux ) - http://goo.gl/TiBTvW (vídeo-aula)
W W W. C A S A D A A R V O R E. A R T. B R

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  • 1. LABorAtÓRio CrIAtIVo VÍDEO DE BOLSO Guia rápido para o professor w w w. c a s a d a a r v o r e. a r t. b r Conteúdo licenciado sob o padrão Creative Commous 3.0, que permite o livre compartilhamento sem fins comerciais, bem como a criação de novas obras a partir das obras licenciadas desde que cite a autoria do conteúdo original e licencie o conteúdo recriado sob o mesmo padrão.
  • 2. 1° Passo – Organizar o grupo e descobrir talentos O cinema e vídeo são segmentos artísticos essencialmente coletivos. Isso significa que não há como fazê-los sozinhos. Na verdade, até é possível, mas com certeza o processo não será tão divertido e o resultado não será tão rico e diverso como se produzirmos em grupo. Para formar seu grupo o primeiro passo é encontrar pessoas interessadas e criativas. Para isso vale fazer alguns cartazes e colar pela escola, reunir com as turmas e convocar alunos e professores. Lembre-se que uma boa ideia para um vídeo pode ajudar na hora de mobilizar as pessoas. Até há pouco tempo, fazer um vídeo necessitava de uma equipe enorme, como as de cinema, com 10, 30, 50 ou mais pessoas, além de equipamentos caros e difíceis de encontrar e de manusear. Com as novas tecnologias, basta alguns amigos, um celular e um computador e sua história ganhará as telas. Atividade Objetivo: Identificar vocações, interesses e o nível de familiaridade com audiovisual e novas tecnologias Duração: 45 minutos 1) Marque um encontro com o grupo de alunos e professores interessados. Peça para aqueles que tiverem trazerem seus celulares, câmeras fotográficas, gravadores de áudio, tocadores de Mp3 e Mp4, caderno de desenho ou outros objetos pessoais que seja possível criar imagens e sons. 2) Disponha todos em círculo em torno de uma mesa e proponha a brincadeira “Mosaico”. Cada um deve apresentar-se falando o nome, motivo que levou a fazer parte do grupo e o principal: mostrar um conteúdo (vídeo, foto, música, sms, etc) que esteja no seu celular, colocando o equipamento sobre a mesa com o conteúdo em execução. 3) Repita a ação até que todos se apresentem e o conjunto de telas forme um mosaico. 4) Durante as apresentações pergunte aos participantes o que eles sabem ou gostam em relação a produção audiovisual ou dos seus equipamentos. 5) Aproveite essa atividade para ampliar o conhecimento dos participantes sobre vídeo e tecnologia, pesquisando e preparando anteriormente referências para conceitos básicos como: pixel, resolução, formato, cena, edição e montagem. 6) Conclua a atividade apresentando o desafio: produzir um vídeo. Peça que façam uma lista no quadro com duas colunas. Na coluna da direita peça que listem tudo que eles achem ser necessário para cumprir o desafio. Na coluna da esquerda tudo que eles acham que o grupo já possui (equipamentos, ideias, habilidades, etc). 7) Marque o próximo encontro e tente definir coletivamente algumas metas e objetivos para o grupo. Conteúdos: Sobre vídeo de bolso: http://goo.gl/DmcXfk (vídeo-aula) Sobre mobilização – http://goo.gl/6Tv1D7 (apresentação interativa) Sugestão de leitura – http://goo.gl/ETIHYd (sugestão de leitura )
  • 3. 2° Passo – Pesquisar, discutir e roteirizar Uma das coisas mais interessantes da produção de vídeo na escola é que todas as etapas da realização podem ganhar novas e amplas dimensões de aprendizagem. Poucos sabem, mas todos os filmes nascem como textos. Mas não um texto qualquer, um roteiro, que é a forma como organizamos as ideias que temos para as imagens e sons, que resultarão no vídeo. O roteiro serve ainda como um guia para o trabalho coletivo, onde indicamos os locais e as situações que serão gravadas. Antes mesmo de começar a escrever é importante se inspirar, pesquisar sobre o tema pretendido, para que todos no grupo sintam-se à vontade para contribuir com o roteiro. Para isso vale tudo, como ficar mais atento para o que acontece à sua volta, ler os jornais, pesquisar em livros, obras de arte, música, mas principalmente, manter a cabeça aberta, sem preconceitos. Muitas vezes é preciso romper com a resistência inicial dos alunos em escrever, para isso podemos fazer desta etapa uma brincadeira, experimentando várias técnicas. Mas antes de colocar as ideias no papel é preciso conhecer os elementos básicos da linguagem audiovisual, como por exemplo, saber o que é uma cena, plano, enquadramento e movimento de câmera. Atividade (linguagem audiovisual) Objetivo: Estimular a percepção dos elementos da linguagem audiovisual. Duração: 1 a 2 horas 1) Selecione e exiba um trecho de uma novela ou seriado que seja familiar aos participantes; 2) Desafie-os a descreverem com a maior quantidade de detalhes possíveis o que eles viram; 3) Facilite a atividade definindo algumas perguntas a serem respondidas: onde acontece a ação; quem participa da ação, o que motiva a ação e o que vemos na tela; 4) Desenhe no quadro uma tabela com duas colunas e oriente para que as imagens sejam descritas na coluna da direita e a descrição do áudio na coluna da esquerda. 5) Repita o exercício, desta vez sugerindo que todos assistam ao mesmo trecho, só que com olhos fechados, atentos a cenas e aos sons. Pergunte se após esta experiência é preciso adicionar algum detalhe à descrição feita anteriormente; 6) Pergunte quantas cenas eles reconheceram na sequência exibida e em seguida proponha a construção coletiva de um conceito sobre cena, baseando-se nas percepções da atividade realizada.
  • 4. Atividade (escrita colaborativa) Objetivo: Produção colaborativa de roteiro para audiovisual Duração: 2 a 3 horas 1) Após uma pesquisa ou roda de conversa sobre o tema proposto, sugira que cada um do grupo escreva, em no máximo duas frases (argumento para roteiro), sua ideia para o vídeo. Para isso defina uma meta mínima de contribuição por participantes. Cada ideia deve ser escrita em um papel diferente, sem identificação de nome, e colocado em um recipiente, como na brincadeira “amigo oculto”; 2) Proponha uma leitura coletiva das ideias e algumas formas de classificá-las. Primeiramente, identifique as três opções que mais agradaram o grupo. Em seguida divida as ideias entre as que são inventadas (ficção) e as que tratam da realidade (documental). Por último reclassifique as propostas quanto à viabilidade de produção, observando o tempo, recursos e habilidades necessárias para transformá-las em vídeo; 3) Conclua esta etapa da atividade revendo as três opções de ideias que mais agradaram o grupo inicialmente e, coletivamente, defina pela ideia que seja viável, desafiadora e interessante; 4) Com a ideia definida, desafie o grupo a reescrevê-la, desta vez como um roteiro, o que significa que a história será contada em cenas; 5) Atente-se para a importância do exercício de visualizar mentalmente cada cena escrita, como se a visse na tela, sem esquecer-se dos sons, diálogos ou possíveis conteúdos de entrevistas, quando se tratar de um vídeo documental; 6) Revise o roteiro e confira se estão claros os locais e as situações a serem gravadas, quais pessoas precisam estar envolvidas e os recursos e equipamentos necessários para a próxima etapa do trabalho; 7) Faça anotações de ordem prática no roteiro, a exemplo de possíveis horários e locais para gravação ou pessoas que precisam ser entrevistadas. 8) Imprima ou distribua uma cópia digital para cada participante. Conteúdos Sobre Estrutura audiovisual – http://goo.gl/dDNGKJ (vídeo-aula) Sobre roteiro – http://goo.gl/he8OHj (vídeo-aula) Sobre Modelo de roteiro – http://goo.gl/MnSydr (arquivo para baixar)
  • 5. 3° Passo – Gravar e organizar os arquivos Chegou a hora de colocar a mão na massa, ou melhor, na câmera ou mesmo no celular. Mas teremos muito trabalho além de apertar o botão “GRAVAR” do equipamento. Em um set (local de gravação audiovisual) precisamos de pessoas que gostem e que saibam fazer várias outras coisas, como maquiar, orientar os atores, organizar o cenário e até mesmo cuidar para que não façam barulho ou que outras pessoas entrem no set durante a gravação. Todas essas funções são igualmente importantes. Descubra quem no grupo gosta de cada uma destas tarefas e possibilite que os participantes se revezem entre as funções. Se houver possibilidade faça testes de gravação antes das cenas propriamente ditas, para que a equipe se familiarize com os equipamentos, locais e situações de gravação. Defina um cronograma de gravação, pois pode tornar o trabalho muito mais eficiente. Tente antecipar o trabalho reunindo todo o material necessário para as gravações e combinando certinho com entrevistados ou atores, evitando que a falta de algo impeça o cumprimento do cronograma. Dicas para gravação 1) Escolha os equipamentos com melhor resolução (nível de definição da imagem e som); 2) Evite locais barulhentos. Caso precise gravar na rua certifique-se se a cena gravada ficou com um áudio compreensível e repita a gravação quantas vezes forem necessárias; 3) Para entrevistas, prefira enquadramentos expressivos, que são aqueles que mostram a pessoa de perto (close); 4) Evite usar a ferramenta de zoom. Quando necessário aproxime realmente daquilo que quer mostrar; 5) Observe a incidência de luz sobre os elementos que estão compondo o quadro, pois ela deve iluminá-los e não incidir diretamente na câmera; 6) Nas cenas em que o áudio (falas, entrevistas ou sons do ambiente) for importante, procure gravar com a câmera próxima a fonte sonora; 7) Mantenha a câmera estável, seja usando um tripé ou um suporte improvisado. Se for segurá- la apenas com as mãos, tenha sempre as duas mãos no equipamento e procure fixar os braços ao corpo, movimento-o por completo e não apenas o braço quando necessário; 8) Procure sempre gravar cada cena sobre vários pontos de vistas (posicionamento da câmera), pois pode ajudar na hora da edição; 9) Reúna todo os arquivos gravados em um mesmo local (computador, pendrive, cartão de memória, etc) e não se esqueça, tenha sempre mais de uma cópia de segurança; 10) Renomeie cada arquivo como o nome ou número da cena gravada para facilitar a identificação no processo de edição. Conteúdo Sobre movimentos de câmera: http://goo.gl/OQdWFH (vídeo-aula) Sobre funções e trabalho em grupo: http://goo.gl/e7DeFl (vídeo-aula) Sobre estababilização da câmera: http://goo.gl/xdZonS (vídeo-aula)
  • 6. 4° Passo – Editar e contar histórias Trabalhar edição de vídeo na escola sempre foi um desafio. Primeiro porque os equipamentos nunca são os melhores e segundo porque é uma tarefa que tende sempre a ser mais individual, dificultando um trabalho coletivo. Mas ao contrário do que muitos pensam a edição não é apenas um trabalho tecnológico é também um exercício de escrita, de linguagem e pode ser feito coletivamente. Também chamada de montagem, a última etapa do processo de produção é quando finalmente contamos a história, colocando as cenas gravadas na ordem que queremos, com a duração necessária para provocar em quem no público a sensação prevista no roteiro. Para isso é preciso ficar atento ao ritmo do vídeo, que precisa ser mais acelerado, com cortes mais rápidos, quando queremos provocar tensão, ansiedade e um pouco de ação. Já nas para cenas mais dramáticas, reflexivas e emocionantes vale a pena cortes mais lentos e até mesmo abusar em cenas com detalhes, como um close demorado em um olho prestes a cair uma lágrima. Além disso, não podemos esquecer-nos de ajustar o áudio, colocar música, efeitos e caracteres, como título e créditos. É possível encontrar muitos efeitos de áudio e trilhas sonoras para baixar na internet, mas lembre-se de usar somente conteúdos de uso livre, como os licenciados em Creative Commous – CC. Atividade Objetivo: Edição colaborativa Duração: indeterminada 1) Identifique entre os computadores disponíveis na escola qual possui a configuração mais avançada (maior memória, placa de vídeo e processador); 2) Verifique se este computador possui um leitor de vídeo (codec) adequado para os arquivos gerados pela sua câmera. Caso não tenha, procure na internet, pois estão todos disponíveis para baixar; 3) Estimule o grupo a pesquisar sobre programas de edição de vídeo, pois existem vários gratuitos e, sobretudo, não tenha medo de experimentar novas ferramentas; 4) Veja se o editor escolhido reconhece os arquivos gerados pela sua câmera. Se não reconhecer será necessário converter os arquivos de celular (Mp4, 3Gp) para um formato compatível (AVI, WMV) usando um programa; 5) Conecte o computador em um projetor e coloque-o em uma mesa. Organize o grupo para que fique em pé, ao redor da mesa. Deixe apenas duas cadeiras à frente do computador. 6) Antes de tudo, pegue uma ou mais cópias do roteiro e deixe-o à mão; 7) Explique que todos editarão o filme, mesmo os que acham que não sabem mexer no programa escolhido, pois o trabalho será feito em revezamento, como em um jogo; 8) Cada dupla ficará 5 minutos no comando do computador. Neste período os demais colegas poderão opinar, de maneira organizada, sobre o que precisa ser feito, mas a decisão final é da dupla; 9) Mantenha o rodízio fazendo que todos participem e divida a edição em turnos de no máximo 2 horas.
  • 7. Conteúdo Sobre edição em Movie Maker ( win ) – http://goo.gl/eNN2Pq (vídeo-aula) Sobre edição em Open Shot ( linux ) - http://goo.gl/z4fRpS (vídeo-aula) Sobre edição em Pitivi ( linux ) - http://goo.gl/TiBTvW (vídeo-aula) W W W. C A S A D A A R V O R E. A R T. B R