2. Não se conhece a data da sua
fundação, havendo várias hipóteses para
tal, nomeadamente uma lenda ligada à
Reconquista, bastante presente na tradição
oral local. No entanto, é consensual que esta
igreja tem origens remotas, sendo das mais
antigas do antigo termo de Veiros.
3.
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6.
7.
8. Cuja tradução é a
seguinte :
« Aqui jaz Sexto
Ebúcio Rufino , filho
de Sexto, da tribo
Papíria de 45 anos .
Que a terra te seja
leve . O filho
mandou fazer para
o pai. »
10. Em Veiros viviam meia centena de homens e
a povoação era pequena.
Mafalda, uma rapariga de Veiros, encontrou
num pinhal que existia perto da ermida, a
imagem duma senhora a que deram o nome
da Senhora do Pinhal.
Mafalda era muito amiga de visitar a Senhora
como todas as mulheres de Veiros.
Ela não tinha mãe e vivia com o pai .
11. Mafalda não sabia que os mouros tinham
vencido os cristãos perto de Elvas e que
vinham a caminho de Veiros. Foi o pai quem
lho disse.
Ela esperava Lourenço, o fidalgo de quem
gostava. Assim que o enfrentou chorou e
perguntou-lhe se era verdade o que o pai lhe
dissera. Ele disse que sim.
Chegou a hora da batalha, doze cavaleiros
cristãos à frente e atrás os guerreiros. Travou-
se a batalha. Os gritos das crianças e os
soluços das mulheres soaram ao campo da
luta.
12. Depois, apareceu uma mulher que falou
suavemente e que se ouviu em toda a
planície.
Ela disse:
“- Avante cristãos: para cada mil mouros um
de vós.”
Lourenço gritou para os companheiros se
tinham ouvido as palavras da mãe do Céu...
Todos responderam que sim.
“Para cada mil, eu.”
13. Os mouros iam caindo mortos. Outros fugiam.
Já estava visto que o povo de Veiros era
senhor da sua terra onde ainda hoje existe a
ermida de Nossa Senhora do Mileu que é
muito venerada e respeitada pelo povo
veirense.