Este trabalho visa a fomentar uma discussão acerca do uso da tecnologia móvel no ensino de inglês. Para esta apresentação, parte-se de resultados iniciais de um projeto em desenvolvimento no IFFluminense (campus Cabo Frio), que tem como objetivo utilizar dispositivos móveis enquanto ferramenta educacional de apoio ao processo ensino-aprendizagem de LE/adicional. Pode-se dizer que, atualmente, há um considerável número de usuários desse tipo de tecnologia, cujos reflexos são sentidos em ambiente escolar, especialmente, com educandos da Era Digital que fazem uso constante de aparelhos móveis. Nesse aspecto, torna-se relevante buscar meios de agregá-los a nossa prática de ensino. Dessa maneira, nosso projeto encontra eco no cenário atual, no qual dispositivos móveis têm feito cada vez mais parte de nossas interações sociais e, em virtude da grande demanda, já é possível encontrar um número significativo de aplicativos não só pagos, mas também disponibilizados para download grátis, que podem ser utilizados para favorecer o aprendizado de LE/adicional. Em termos teóricos, formulamos o nosso trabalho levando-se em conta os conceitos de mediação (BEDRAN, 2008, SILVA, 2008 & SALOMÃO, 2008), interatividade (KHALIFA & SHEN, 2004), interação (PICA, 1994), colaboração (DILLENBOURG, 1999) e autonomia (LITTLEWOOD, 1996; PAIVA, 2006; JONES, 2007) e suas interconexões com a aprendizagem mesclada (Blended Learning). Portanto, espera-se que as questões problematizadas possam vir a nortear futuras propostas de uso de componentes tecnológicos dessa natureza em aulas de línguas, além de possibilitar a reflexão acerca do quão importante papel eles desempenham em práticas educacionais com alunos da geração digital.
PROFESSOR-NAVEGADOR NO INFO-MAR DIGITAL: o uso da tecnologia móvel no ensino de inglês
1. IV COLÓQUIO INTERDISCIPLINAR DE
COGNIÇÃO E LINGUAGEM
Educação, Trabalho e Identidade
PROFESSOR-NAVEGADOR NO INFO-MAR DIGITAL:
O USO DA TECNOLOGIA MÓVEL NO ENSINO DE INGLÊS
Carlos Fabiano de Souza
IFF |UFF |carlosfabiano.teacher@gmail.com
12. Telefonia Móvel
Mobile InformationTechnologyApps
WhatsApp Messenger
É um aplicativo de mensagens multiplataforma.
Permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS.
Pode ser usado para criar grupos, enviar mensagens ilimitadas
com imagens, vídeos e áudio.
13. WhatsApp Messenger
Interação por chat: (mensagem de texto)
Inbox chat design
Text-messaging default
voice recording application
Source: http://features.en.softonic.com/how-to-delete-messages-in-whatsapp
14. WhatsApp Messenger
Interação por chat: (mensagem de áudio)
audio-messaging default
Source: http://www.cnet.com/news/whatsapp-passes-300m-active-users-adds-voice-
messaging/
voice recording application
16. Definição:
Espaço virtual interativo, colaborativo e autônomo de
suporte ao processo ensino-aprendizagem de língua
estrangeira/adicional.
Pares de interação comunicativa:
Aprendizes-falantes do idioma alvo que compartilham
os mesmos interesses de interação linguístico-
discursiva em práticas de comunicação em ambiente
natural (ou simulado), em mídia virtual.
Papel do professor:
Mediador do processo comunicativo-interacional.
17. Atividade: Trava língua (Tongue Twister)
Mediação (ensino-aprendizagem bidirecional):
Centrada na colaboração e reciprocidade entre os
parceiros.
Abordagem:
Associada ao sociointeracionismo, com dimensões
individuais e sociais do uso da língua-alvo.
Papel do professor:
Mediar a relação do aluno com o conhecimento,
orientando quanto aos processos e estratégias de
aprendizagem; apresentar possibilidades, orientar
escolhas e gerenciar as dificuldades encontradas
pelos alunos.
18.
19. Oportunidades para autoavaliação:
(durante e/ou ao final das interações)
Estratégias de automonitoramento
Pedido de esclarecimento
Prática autoavaliativa
Observação direta do desempenho
Atitude reflexiva
20. Technology in the classroom
The success of new technologies in the classroom
depends in large part on the the teacher’s ability to apply
them meaningfully, especially in the language classroom
where the technology supports not only the delivery of
content but also the building of skills.
(Hayo Reinders, 2009)
21. Considerações finais
Since learning is something that the pupil
has to do himself and for himself, the
initiative lies with the learner. The teacher is a
guide and director; he steers the boat but the
energy that propels it must come from those
who are learning.
(John Dewey)
22. Referências bibliográficas
DILLENBOURG, P. What do you mean by collaborative learning? In: DILLENBOURG, P. Collaborative-learning:
cognitive and computational approaches. (pp.1-19). Oxford: Elsevier, 1999.
JONES, L. The student-centered classroom. New York: Cambridge University Press, 2007.
KHALIFA, M., SHEN, N. System design effects on social presence and telepresence in virtual communities.
Proceedings of the International Conference on Information Systems, ICIS 2004, December 12-15, 2004, Washington,
DC, USA. Association for Information Systems 2004. pp.547-558.
LITTLEWOOD, W. Autonomy: an anatomy of a framework. System, v.24, n.4, pp.427-435, 1996.
PAIVA, V. L. M. O. Autonomia e complexidade. Linguagem & Ensino, 9, 1: 77-127, 2006.
PICA, T. Research on negotiation: What does it reveal about second-language learning conditions, processes, and
outcomes? Language Learning, 44(3), 493-527. 1996.
POZO, J.I., ADALMA, C. A mudança nas formas de ensinar e aprender na Era Digital. PÁTIO ENSINO MÉDIO, ano5,
n.19, Dez. 2013/Fev. 2014.
SALOMÃO, A. C. B. O professor mediador: processos de gerenciamento e estratégias pedagógicas utilizadas na
mediação dos pares no tandem a distância e seus reflexos nas práticas pedagógicas dos interagentes. Dissertação
de Mestrado. São José do Rio Preto: Unesp/Ibilce, 2008.
23. Referências bibliográficas
SILVA, A. C. O desenvolvimento intra-interlinguístico in-tandem a distância (português e espanhol). Dissertação de
Mestrado. São José do Rio Preto: Unesp/Ibilce, 2008.
SOUZA, C. Teaching English to the iPhone generation: reflecting upon the use of WhatsApp Messenger as an
educational tool within language lessons. Comunicação apresentada no III Simpósio sobre Ensino de Línguas
Estrangeiras do CEFET-RJ. Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2014.
STAKER, H., HORN, M.B. Classifying K-12 blended learning. Innosight Institute. May 2012. Disponível em: <
http://www.innosightinstitute.org/innosight/wp-content/uploads/2012/05/Classifying-K-12-blended-
learning2.pdf>. Acesso em: 10 de julho de 2014.
STEIN, J., GRAHAM, C. Essentials for blended learning: a standards-based guide. New York: Routledge, 2014.