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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA E AMBIENTAL – PPGQTA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO, PURIFICADO E
ISOLADO DO ÓLEO DE TUNGUE, NA DINÂMICA MOLECULAR DE LIPOSSOMOS
Mestrando: Robson Simplicio de Sousa
Orientadora: Drª Rosilene Maria Clementin
Coorientadora: Drª Vânia Rodrigues de Lima
Linha de Pesquisa: Química Orgânica Tecnológica
Rio Grande, 30 de agosto de 2013.
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. TÉCNICAS INSTRUMENTAIS DE ANÁLISE DE LIPOSSOMOS
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
3.2. Objetivos Específicos
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Reagentes, materiais e equipamentos
4.2. Métodos
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Ensaio de purificação do α-ESA
5.2. Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina
5.3. Interação do α-ESA com a cabeça polar da fosfatidilcolina presente em lipossomos
de ASO
5.4. Influência do α-ESA na região de interface da fosfatidilcolina presente em
lipossomos de ASO
5.5. Efeitos do α-ESA nos metilenos da cadeia acil de fosfatidilcolina presentes em
lipossomos de ASO
5.6. Medidas de Turbidez
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
2
1. INTRODUÇÃO
Os ácidos graxos com sistema trieno conjugado têm sido encontrados em um grande número
de diferentes espécies de plantas.
Ácido 9Z,11E,13Z-octadecatrienoico
Ácido punícico
Ácido 9E,11E,13Z-octadecatrienoico
Ácido catalpico
Romã
Catalpa ovata
3
O
OH
Ácido 9Z,11E,13E-octadecatrienoico
Ácido α-eleosteárico (α-ESA)
Características estruturais do α-ESA:
Ácido graxo com 18 carbonos;
cadeia poliinsaturada;
três ligações  conjugadas C9, C11 e C13.
1. INTRODUÇÃO
Tungue
4
α-ESA reduziu os níveis de peroxidação lipídica causados por estresse oxidativo no plasma,
lipoproteínas e membranas de eritrócitos em ratos (DHAR et al., 1999).
EFEITOS DO α-ESA EM MEMBRANAS  NÃO FORAM COMPLETAMENTE ELUCIDADOS
Conjugação do sistema  no α-ESA
Efeito farmacológico de supressão tumoral por
indução da apoptose via peroxidação lipídica
seletivamente. (TSUZUKI, T. et al., 2004.; 11.
MOON et al. )
1. INTRODUÇÃO
O
OH
O
O H
O
O H
α-ESA 9Z11E-CLA10E12Z-CLA> >
5
1. INTRODUÇÃO
Sistemas lipossomais facilitam
o controle da composição
fosfolipídica, da estrutura e da
dinâmica (SAMUNI, LIPMAN E
BARENHOLZ, 2000; CASTELLI,
1997).
O estudo das propriedades físico-químicas
das membranas celulares é difícil, devido
suas estruturas complexas (ENGBERTS,
HOEKSTRA, 1995).
Influência do α-ESA na dinâmica
molecular da membrana
Modelos de menor complexidade
LIPOSSOMOS
6
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
O objetivo geral deste trabalho foi isolar e purificar o α-ESA presente no óleo de
tungue, bem como incorporar e caracterizar seus efeitos na dinâmica molecular
– grau de hidratação, ordem e mobilidade – de lipossomos compostos
fosfatidilcolinas.
7
2. OBJETIVOS
2.2. Objetivos específicos
- Isolar e purificar o α-ESA presente no óleo de tungue através da reação de saponificação
seguida de cristalização;
- Caracterizar o composto isolado por espectroscopia de Infravermelho com transformada
de Fourier (FTIR), cromatografia gasosa acoplada com espectrômetro de massas (GC-MS) e
ressonância magnética nuclear de 1H e 13C (RMN);
- Incorporar α-ESA em lipossomos contendo asolecitina de soja (ASO);
- Avaliar a localização preferencial, bem como o efeito do α-ESA no grau de hidratação e
ordem da membrana através de análises de FTIR;
- Monitorar o efeito do α-ESA em parâmetros termodinâmicos dos lipossomos pela análise
de valores de Tm e ΔH, através de medidas de DSC.
- Monitorar a influência de α-ESA nos valores de T1 para os núcleos de 1H presentes na
região colina dos lipossomos utilizando RMN.
8
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A árvore de tungue, Aleurites fordii (família
Euphorbiaceae), é nativa da China.
O óleo extraído de suas sementes é usado por séculos
como impermeabilizante.
Aplicações do óleo de tungue (KAUTZ et al., 2008;
CHAN et al., 1947; LI et al., 2003; WANG et al., 2000;
SHANG el al., 2010):
- indústria farmacêutica
- indústria automobilística
- indústria de tintas e vernizes
- pesquisa com materiais poliméricos
- área bioenergética. Árvore de óleo de tungue.
9
Fonte:
http://www.pacificoutdoorfurniture.com
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
10
Sementes de tungue  ~ 33% de óleo. Fonte:
http://www.pacificoutdoorfurniture.com
Contêm 75-80% de α-ESA.
VERSATILIDADE
DO ÓLEO DE TUNGUE
Quantidade de
ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO
(α-ESA)
Metodologias para purificação do α-ESA:
- Caras  HPLC-Ag+ (YANG et al., 2009)
- Alternativas  sem clareza de procedimentos e caracterizações
(THOMAS e THOMSON, 1934; BROWN, 1941).
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
11
KAUTZ et al., 2010.
(Adaptado de Tsuzuky et al., 2004.)
O
OH
α-ESA
Células de câncer de cólon transplantadas em ratos
↓ crescimento das células cancerígenas por lipoperoxidação a partir da
administração de α-ESA na dieta
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
12
LIPOPEROXIDAÇÃO É um processo associado a eventos
patológicos como:
 diabetes;
 câncer;
 síndrome da imunodeficiência adquirida
(AIDS);
 danos por isquemia e reperfusão,
processos inflamatórios crônicos;
 doenças neurodegenerativas, como
Parkinson e Alzheimer, dentre outros.
A lipoperoxidação, em geral, possui três
etapas:
1. Iniciação
2. Propagação
3. Terminação
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
13
CASTELLI et al., 1997; YIN, et al., 1998; OHYASHIKI e NUNOMURA, 2000; HALLIWELL
e GUTTERIDGE, 2000; REITER, 1998
Esquema de lipoperoxidação em ácidos graxos poli-insaturados. 1:
abstração de H da cadeia poli-insaturada de lipídios de membrana;
2: formação de radical peroxil; 3: formação da segunda espécie
radical centrada no carbono; 4: formação de endoperóxidos.
(HALLIWELL E GUTTERIDGE, 2000)
INICIAÇÃO:
(energia de dissociação C-H)
 hidrogênios metilênicos bis-alílicos ≈ 75-80
kcal/mol);
 hidrogênios alílicos (≈ 88 kcal/mol);
 alquílicos (≈ 101 kcal/mol).
GARDNER, 1989; KOPPENOL, 1990;
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
ROOH
H-1
R
CH
OOH
RCHOOH
O2
2
ROOH
O
O
LH
L
3 4
R
CH
O
OH
O
O
ROOH
O
OH
O2, calor ou hidrólise
O
O
MDA 4-HDA
O
OH
R
OH
+
14
A extensão do dano lipoperoxidativo causado por espécies reativas está associada à
diferenciação qualitativa e quantitativa dos constituintes fosfolipídicos em função dos tecidos
do organismo (TEIXEIRA et al., 2003).
A heterogeneidade da composição
fosfolipídica em membranas biológicas
também afeta o potencial de sistemas
antioxidantes contra os danos causados pela
lipoperoxidação induzida por espécies
reativas.
É importante a utilização de modelos de membrana celular, cujas variáveis podem ser
estabelecidas e controladas.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
15
Lipossomos:
constituídos por uma bicamada lipídica em forma de concha esférica;
estruturalmente semelhante à matriz lipídica das membranas celulares.
http://djalmasantos.files.wordpress.com/2011/02/lipo1.jpg
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
16
São menos tóxicos para o organismo,
quando comparadas a outras matrizes, e
formam um ambiente favorável à
imobilização de estruturas biológicas.
Os lipossomos constituídos por matrizes
lipídicas são interessantes como sistemas
de liberação prolongados de fármacos.
Representação estrutural e esquemática de uma molécula de fosfatidilcolina.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
17
OHVO-REKILÄ et al., 2002
Representação de MLV (esquerda), LUV
(meio) e SUV (direita).
Vesículas multilamelares grandes (MLV)
- tamanho: 400 nm;
- uma ou mais lamelas (ou bicamadas) 15.
Vesículas unilamelares grandes (LUV)
- tamanho: 50-400 nm;
- apenas uma bicamada.
Vesículas unilamelares pequenas (SUV)
- tamanho: 20-50 nm e são
- mais instáveis.
Lipossomos:
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
18
HOPE et al., 1986
Técnicas para investigar as propriedades físico-químicas de lipossomos, e os efeitos
causados nas mesmas após suas interações com espécies reativas e substâncias pró- ou
antioxidantes:
 espectroscopia de absorção UV-visível (UV-Vis);
 infravermelho com tranformada de Fourier (FTIR);
 calorimetria de varredura diferencial (DSC);
 ressonância magnética nuclear (RMN).
Os efeitos podem ser descritos como alterações nas propriedades físico-químicas dos
lipossomos como:
 graus de hidratação;
 ordem;
 mobilidade de grupos específicos dos lipídios que os compõem.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
19
CASTELLI et al., 1997; ARORA et al., 2000; FENSKE e JARRELL et al., 1991
Lipossomos
Para o detector
Cristal de ATRRaio IV
 Grau de desordem conformacional;
 Grau de hidratação.
Material denso com alto índice
de refração/ZnSe.
A energia de cada
onda é passada de
volta para o feixe
de luz IV, até que
saia na
extremidade
oposta do cristal.
Refletância cria uma onda
que estende-se para além
da superfície do cristal
dentro da amostra.
É gerado um
espectro.
Infravermelho com transformada de Fourier – Refletância Total Atenuada Horizontal (HATR –
FTIR)
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
20
Espectro de HATR-FTIR de lipossomos compostos por dimiristoilfosfatidilcolina(DMPC)/
cedido pelo GIIMM
Número de onda:
ⱱas Colina 970 cm-1
ⱱas PO2
- 1260-1220 cm-1
ⱱ C=O 1725-1740 cm-1
ⱱ s CH2 2850 cm-1
ⱱas CH2 2920 cm-1
cm-1
%T
Os espectros de FTIR da
fosfatidilcolina mostram
bandas que podem ser
divididas em três diferentes
regiões:
 Polar;
 Interfacial;
 Hidrofóbica do lipídio.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
21
MANTSCH e MCELHANEY, 1991
HEREĆ et al., 2007; MANRIQUE-MORENO, et al., 2010
A presença de uma molécula exógena incorporada na membrana pode induzir
alterações nas bandas de fosfatidilcolina:
Introdução e Revisão
 Deslocamentos de picos referentes a
grupos metilênicos da região apolar
(CH2) para uma menor frequência
indicam um ordenamento da
membrana;
 Deslocamento dos grupos PO2
- ou C=O
para uma menor frequência podem
indicar possíveis interações através de
ligações de hidrogênio.
 O alargamento dos picos indica um
aumento do grau de fluidez na
membrana devido ao surgimento de
ligações na conformação gauche.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
22
SEVERCAN, SAHIN e KAZANCI, 2005
 Fornece informações sobre o efeito de substâncias na velocidade e ordem molecular de
regiões específicas dos lipídios.
 Técnica pode ser aplicada para estudar o comportamento de prótons presentes no grupo
colina, localizado na região polar da membrana.
 Os valores de T1 estão relacionados ao tempo de correlação (τc), definido como o tempo
médio que o núcleo leva para girar em um (1,0) radiano.
Processo de relaxação do núcleo  retorno do núcleo ao seu estado de equilíbrio,
quando cessam-se os pulsos de emissão de rádio frequência inseridos no sistema.
Ressonância Magnética Nuclear (RMN)
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
23
DUFOURC, 2006
↑ T1 ↑ τc ↓mobilidade
Representação esquemática da relação típica entre
tempo de relaxação longitudinal (T1) e o tempo de
correlação (τc)
RMN
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
24
DUFOURC, 2006
Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC)
Pode fornecer informações sobre o efeito de substâncias nos parâmetros termodinâmicos
referentes às cadeias acil dos lipídios, durante as transições de fase.
A Tm é a temperatura em que ocorre 50% de presença de lipídios em estado gel e o restante
em estado fluido, em um sistema.
Fase Gel Fase Fluida
Tm
A transição de fase principal corresponde
à transição de uma bicamada lipídica na
fase gel, ordenada e de mobilidade
restrita, para a fase fluida, desordenada e
com alto grau de mobilidade .
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
25
YEAGLE, 1993; BENEY e GERVAIS, 2001; MOURITSEN, 1991
A variação de entalpia (ΔH) reflete as
interações de van der Waals entre as cadeias
acil lipídicas e aquelas alteradas pela
interação com a substância ativa. Tais
parâmetros estão relacionados com a ordem
lipídica (MANRIQUE-MORENO et al., 2009;
DE LIMA et al., 2010).
Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC)
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
26
Espectroscopia de UV-visível (UV-Vis)
 As transições de fase lipídica também podem estar relacionadas com alterações na
turbidez do sistema.
 A turbidez pode ser definida como uma "absorbância aparente" e espectrofotômetros de
UV-visível são recomendados ​​para investigar as possibilidades de observar transições de
fase de lipídios.
 A diminuição da turbidez lipídica está relacionada com a transição de estados ordenados
para desordenados.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
27
YI e MACDONALD, 1973
O α-ESA isolado e purificado a partir do óleo de tungue foi incorporado em um sistema
lipossomal baseado em fosfatidilcolina.
Estruturas dos componentes majoritários da asolecitina de soja (ASO). (a) fosfatidilcolina; (b) fosfatidilinositol fosfato; (c)
fosfatidiletanolamina. Em vermelho, a cabeça polar; em preto, a região glicerol e as cadeias alquílicas dos lipídios.
H
O
H
OH
OH
H
OH
H
H
OH H
OH
P OO
-
O
O
O
O
O
CH3
CH3
(a) (b) (c)
O
O
O
O
CH3
CH3
O
PO O
-
O
N
+
H
H
H
O
O
O
O
CH3
CH3
O
P
O
O
-
O
N
+
CH3
CH3
CH3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
28
4. MATERIAIS E MÉTODOS
O óleo de tungue foi obtido através da Campestre Indústria e Comércio de Óleos Vegetais LTDA.
Os demais reagentes possuem grau de pureza analítica e consistiram em:
 acetona;
 ácido sulfúrico (VETEC);
 água deuterada/3-(trimetilsilil)-[2,2,3,3-2H4]-1-propiônico de sódio (TSP, 0,05%);
 asolecitina de soja (ASO), contendo 25% de PC (SIGMA-ALDRICH);
 cloreto de magnésio hexahidratado;
 clorofórmio;
 tricina;
 etanol (SYNTH);
 hexano ultraresianalysis;
 hidróxido de potássio
 solução BF3/metanol (~10,0%).
Silicone e glicerol comerciais para banho de aquecimento. Os lipídios foram utilizados sem
qualquer purificação adicional.
Os materiais e a vidraria utilizados foram compostos por itens de uso convencional no laboratório,
como balões de uma boca com volumes de 10 a 500 mL; condensadores; béquers; erlenmeyers; pipetas;
funis de separação; funis simples; provetas; funis de Büchner; kitassatos; balões volumétricos; garras;
suportes, dentre outros.
29
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Os equipamentos utilizados neste trabalho foram:
 placa de aquecimento e agitação magnética modelo 752A Fisatom com potência de
650W (de 120 a 1800 rpm);
 evaporador rotatório modelo 801A Fisatom de 70W;
 bomba de vácuo mod. XKM60-1 1/2HP FAMAC;
 aparelho de medição do ponto de fusão modelo 430D Fisatom;
 cromatógrafo gasoso Shimadzu QP 2010 com detector espectrômetro de massas;
 espectrofotômetro de UV-visível Shimadzu UV-2550;
 espectrofotômetro de infravermelho com transformada de Fourier Shimadzu – IR
Prestige-21;
 espectrômetro de ressonância magnética nuclear Anasazi Intruments (60 MHz),
disponíveis na Universidade Federal do Rio Grande-FURG;
 espectrômetro de ressonância magnética nuclear INOVA-300 (300 MHz), disponível na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS;
 calorímetro de varredura diferencial Shimadzu DSC-60, disponível na Universidade
Federal de Pelotas (UFPel).
30
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Purificação e caracterização do α-ESA
A purificação do α-ESA foi realizada
através de adaptações de
metodologias documentadas na
literatura (THOMAS & THOMSON,
1934; ZHANG, CAO & HUANG,
2007).
Etapas para obtenção do ácido α-eleosteárico (α-ESA).
31
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Após as recristalizações, as amostras foram submetidas a vácuo por 3 h, para remoção de
traços de solvente e, em seguida, foram submetidas às análises de:
 Ponto de Fusão  em triplicata, utilizando um equipamento Fisatom modelo 430D pelo
método capilar. O intervalo de temperatura considerado foi de 20ºC a 100ºC;
 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier  espectrofotômetro de
infravermelho com transformada de Fourier Shimadzu – IR Prestige-21, utilizando pastilha
de KBr.
 Espectroscopia de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C  através da solubilização
(por concentração) de AGL em CDCl3. Os espectros foram obtidos em espectrômetro
INOVA-300 (300 MHz), usando-se como referência interna o tetrametilsilano (TMS).
32
4. MATERIAIS E MÉTODOS
 Cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas  A determinação do
teor de éster foi realizada com os AGL derivatizados a seus respectivos metil ésteres.
O
OHR
BF3
CH3OH
O
OCH 3R
• 100 mg de AGL foram adicionados a 3 mL
BF3/MeOH;
• Tamb ;
• 30 min;
• Extração com 20 mL de hexano
ultraresianalysis e 20 mL de água destilada.
• Fase orgânica coletada;
• Rotaevaporação remoção de solvente
(IGARASHI et al., 2004).
A análise cromatográfica realizada  Laboratório de Análise de Compostos Orgânicos e
Metais (LACOM, FURG)
Aparelho Shimadzu, modelo GC-MS-QP2010 Plus equipado com autosampler (AOC-20i) e um
detector de espectrômetro de massa com filtro de massa quadrupolo. A EM foi realizada com
impacto de elétrons. Coluna analítica RTX-5MS (30 m x 0,25 milímetros ID, 0,25 μm de
espessura). O controle analítico, a aquisição e tratamento dados foram realizados pelo
software GCMS solution version 2®. O Hélio (pureza de 99,999%). Foi realizada a injeção de 1
μL à alta pressão (300 kPa) e foram divididas em uma razão 1:30. O espectrômetro de massa
foi realizado em uma faixa m/z de 30 a 360. (PARDO et al., 2012)
33
4. MATERIAIS E MÉTODOS
PREPARAÇÃO DE LIPOSSOMOS CONTENDO FOSFATIDILCOLINAS
Esquema de preparação de vesículas multilamelares grandes (MLV) pelo método de hidratação de vesículas (HOPE et al., 1986).
INCORPORAÇÃO DE α-ESA NOS LIPOSSOMOS
As concentrações de α-ESA variaram de 0 a 30 mg/mL (0 a 20% do total de lipídio) 
concentração do lipídio: 150 mg/mL.
34
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Ensaios de peroxidação lipídica nas membranas
A extensão do dano por lipoperoxidativo foi detectada pelo método TBARS.
Peroxidação induzida por radical hidroxil  reação de Fenton em um meio reacional contendo
lipossomas, FeCl3 0,02 mM, ascorbato 0,1 mM e peróxido de hidrogênio 2,8 mM.
Experimentos controle:
1º) Todos os componentes, com exceção das membranas lipídicas.
2º) Ausência de espécies oxidantes no meio de reação, para detecção de valores de
absorbância relativos à peroxidação basal, induzida pelo o oxigênio do ar.
N
N
OH
OH
SH
2
+
O O
TBA MDA
100ºC
N
NH
OH
O
S
N
N
H
OH
O S
H
+ 2 H2O
Produto de coloração rósea
Fe+3 + O2
•- → Fe+2 + O2 Equação 1. Redução do ferro.
Fe+2 + H2O2 → Fe+3 + OH- + •OH Equação 2. Reação de Fenton.
35
MEDIDAS DE FTIR EM MEMBRANAS
Os lipossomos ASO puro ou com α-
ESA em concentrações de 0-30
mg/mL, foram depositados sobre o
suporte de cristal de ZnSe e imerso
no tampão tricina/MgCl2 (pH 7,4).
Variações de frequência de grupos
específicos induzidas pelo α-ESA 
deslocamentos nas bandas
vibracionais de grupos presentes na
fosfatidilcolina.
Mudanças na largura de banda dos
estiramentos de grupos lipídicos
foram medidas em relação a uma
linha de base a ¾ da altura do pico.
PO2
-
carbonila
CH2
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Os interferogramas obtido com 50 varreduras na faixa de frequência 400-4000 cm-1.
36
4. MATERIAIS E MÉTODOS
MEDIDAS DE RMN EM MEMBRANAS
As medidas de T1 de 1H foram obtidas em baixo campo magnético, 60 MHz, através do
equipamento Anasazi Instruments.
Foi aplicada a seqüência de pulsos de recuperação da inversão em lipossomos puros e na
presença de α-ESA. As amostras foram preparadas em solvente H2O:D2O (80:20, v/v) e a
temperatura do experimento foi mantida a 22°C.
Utilizou-se uma faixa de tempo de correlação (c) de 0,2 a 102,4 segundos. A referência
interna utilizada no estudo com lipossomos foi o TSP, 0,05%. Os valores de relaxação e
intensidades relativas foram processados através do programa NUTS. (De LIMA et al., 2007)
37
4. MATERIAIS E MÉTODOS
ENSAIOS DE DSC
Lipossomos com ASO na ausência e na presença de α-ESA foram depositados em
recipientes de alumínio (panelinhas) e submetidos a varreduras  1°C/min, faixa de -30°C a
10°C. (De LIMA et al., 2010)
Utilizou-se fluxo de nitrogênio (50/50 mL/min) e uma panelinha vazia como referência.
Foram avaliadas variações em Tm e ∆H lipídicas, induzidas pela presença de α-ESA. A ∆H foi
obtida por integração da área sob o pico obtida utilizando o Software Universal 4.0 C da TA
Instruments.
Aquecimento
gradual das duas
células
∆T=0
38
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
ENSAIO DE PURIFICAÇÃO DO Α-ESA
Após a saponificação do óleo de tungue, foram obtidos os sais de ácido graxo que foram
precipitados para obtenção dos ácidos graxos livres.
Após as recristalizações e evaporação a vácuo dos traços de solvente, obtiveram-se cristais
de cor branca.
O ponto de fusão do sólido obtido foi de 47±2oC e está de acordo com o descrito na literatura
(BURR e BURR, 1930; HILDITCH, MORTON e RILEY, 1945).
Sólido obtido na purificação.
39
5. RESULTADOS
Caracterização do α-ESA – Infravermelho (FTIR)
O
OH
40
Pico Tempo de retenção Área Área % Nome
1 4,114 650514 0,6 Ácido nonanoico, 9-oxo, metil éster
2 10,146 635815 0,6 Ácido octadecatrienoico, metil éster
3 11,996 108090144 95,9 Ácido α-eleosteárico, metil éster
4 12,724 3131769 2,8 9,12,15- Ácido octadecatrienoico, metil éster, (Z,Z,Z)
5 13,499 146758 0,1 Ácido eicosanoico, metil éster
Caracterização do α-ESA – Cromatografia Gasosa (GC)
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 95,9% de α-ESA ao
sólido obtido a
partir da purificação
com acetona 
rendimento de
24,98% de α-ESA.
 92,2% de α-ESA ao
sólido obtido a
partir da purificação
com (EtOH/água,
9:1)  rendimento
de 20,68% de α-ESA.
41
Espectro de massas obtido para o metil éster do ácido α-eleosteárico (α-ESA).
m/z= 91
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização do α-ESA – Espectro de Massas (MS)
 Alta intensidade do íon molecular (m/z 292);
 Formação do íon tropílio por rearranjo (m/z 91) (AOCS, 2011).
42
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização do α-ESA – Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H
43
Caracterização do α-ESA – Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 13C
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados de RMN de 1H e 13C estão coerentes com as caracterizações disponíveis na
literatura para o α-ESA (CAO et al., 2007).
44
Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Lipossomos de ASO puro e na presença do α-ESA foram submetidos à oxidação induzida pelo
radical hidroxil (●OH) e o nível de TBARS foi determinado.
0 5 10 15 20 25
0.00
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05 .
OH
PeroxidaçãoLipídicaTotal
(molTBARS/mg)
Concentração de -ESA em lipossomos de ASO (mg/mL)
Variação da peroxidação lipídica total induzida por radical hidroxil (●OH) em
função do aumento das concentrações de ácido α-eleosteárico (α-ESA)
incorporados em lipossomos de asolecitina (ASO). Os resultados foram
obtidos pelo método de TBARS.
 α-ESA parece ter uma atividade
antioxidante in vitro contra o
dano induzido por ●OH
em ​​lipossomos de ASO;
 A concentração inibitória de 50%
da peroxidação (IC50) foi atingida
em 15 mg/mL de α-ESA;
45
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Na concentração de 22,5 mg/mL, o α-ESA inibiu a peroxidação ●OH em ASO em cerca de
77%;
 Ácidos graxos trienoicos conjugados, como o α-ESA, podem atuar na eliminação de
radicais livres, eliminando ou reduzindo a formação de hidroperóxidos. (DHAR, GHOSH E
BHATTACHARYYA, 1999)
Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina
ANTIOXIDANTE IC50
Quercetina 0,100 (De LIMA et al., 2004)
α-ESA 0,054
Metade da quantidade deste AG é necessária para inibir a mesma peroxidação promovida
pela quercetina em lipossomos de ASO.
46
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Efeitos do α-ESA na dinâmica de membranas de fosfatidilcolina presentes em lipossomos de
ASO
A caracterização dos efeitos causados ​​pelo α-ESA nas propriedades dinâmicas da
fosfatidilcolina de soja foi realizada utilizando as técnicas de HATR-FTIR, RMN, DSC e UV-
visível.
HATR-FTIR
3000 2500 2000 1500 1000
-5
0
5
10
15
20
25
-CH2
-CH2
-C=O
-PO2
-
-CN
+
C
Absorbância(%)
Frequência (cm
-1
)
ASO
ASO + -ESA 30 mg/mL
Espectros de HATR-FTIR de fosfatidilcolina presentes em lipossomos de
asolecitina (ASO) puros e na presença de 30 mg/mL de ácido α-
eleosteárico (α-ESA), equivalente a uma proporção α-ESA:ASO de 0,2
(m,m).
(a) νas PO2
-, a 1217 cm-1
(b) νas CN+C, a 974 cm-1
(c) νas NCH, a 3005 cm-1
(d) ν C=O, a 1734 cm-1,
(e) νs CH2, a 2853 cm-1
(f) νas CH2, a 2924 cm-1 (LÓPEZ-GARCÍA
et al., 1993)
Todos os valores de frequência
dos grupos de fosfatidilcolina na
ausência e na presença de α-ESA
mantiveram-se praticamente os
mesmos.
47
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A influência α-ESA foi estudada por análise de
alterações:
 nos valores de frequência,
 na largura de banda a ¾ da altura do pico.
Interação do α-ESA com a cabeça polar da PC presente em lipossomos de ASO
1280 1260 1240 1220 1200 1180 1160
0.0
1.5
3.0
4.5
6.0
Absorbância(%)
Frequência (cm
-1
)
ASO
ASO + -ESA 30 mg/mL
Ampliação dos espectros de FTIR de fosfatidilcolina presente em
lipossomos de asolecitina (ASO) puros e na presença de ácido α-
eleosteárico (α-ESA) 30 mg/mL (o espectro completo está
representado na Figura 22) na região do estiramento axial
assimétrico do PO2
-.
 ↑ frequência de νas PO2
- indica uma
desidratação do grupo fosfato; ↓ indica
hidratação da região.
 Nenhuma variação na frequência de νas
PO2
- após a interação com α-ESA.
 α-ESA não provocou variações nas
quantidades de ligações de hidrogênio
entre o grupo fosfato lipídico e os átomos
de hidrogênio do α-ESA ou de água.
 α-ESA ↓ a largura de νas PO2
- em cerca de 2
cm-1, indicando pequena ou indireta
diminuição na dinâmica do grupo PO2
- em
lipossomos de ASO.
Análise em três regiões da PC:
Polar;
Interface;
Hidrofóbica.
48
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
0 2 4 6 8 10 12 14
1
2
3
4
5
6
7
Intensidade(x10
6
) Tempo (s)
ASO (T1
= 0.3 s)
ASO + -ESA 30mg/mL (T1
= 0.5 s)
Tempo de relaxação longitudinal (T1) de 1H da colina na
ausência (PC, quadrados abertos) e na presença de 30 mg/mL
de ácido α-eleosteárico (α-ESA:PC = 0,2, m/m, círculos abertos).
Os dados de 1H T1 foram alcançados a 60 MHz, a 23 °C,
utilizando um intervalo de tempo de correlação (τc) de 0,2-
102,4 s.
 α-ESA nas membranas parece ↑ o T1 da
região de colina. A diferença de 30% pode
refletir uma discreta redução na
mobilidade da colina.
 ↑ de T1 está relacionado com um aumento
dos valores de τc, α-ESA na colina parece
corroborar com um efeito de ordenamento
na região de colina lipídica.
 Resultados de FTIR e RMN  α-ESA causa
um efeito discreto de ordenamento em
grupos presentes na cabeça polar da
fosfatidilcolina de lipossomos de ASO.
Foram realizadas medidas de RMN de T1 para os núcleos de 1H da colina lipídica.
Interação do α-ESA com a cabeça polar da PC presente em lipossomos de ASO
49
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Influência do α-ESA na região de interface da PC presente em lipossomos de ASO
0 5 10 15 20 25 30
12.9
13.2
13.5
13.8
14.1
14.4
14.7
15.0
15.3
Larguradebanda(cm
-1
)
Concentração de -ESA em lipossomos (mg/mL)
Variações da largura de banda do estiramento C=O da
fosfatidilcolina presente em lipossomos de asolecitina (ASO) após
interação com diferentes concentrações de ácido α-eleosteárico
(α-ESA).
Análise do ν C=O (1734 cm-1, em lipossomos de ASO puros) do lipídio, na presença e na
ausência do ácido graxo (ARRONDO e GOÑI, 1998).
 A variação nula de frequência entre as
bandas de ν C=O  o α-ESA não interage via
ligação hidrogênio com a C=O da PC.
 Concentrações crescentes de α-ESA ↓ a
largura da banda de ν C=O.
 ↓ na largura da banda ν C=O pode ser
atribuída à grupos ésteres altamente
imobilizados nas cadeias lipídicas.
 O ordenamento provocado pelo α-ESA ocorre
não só na região polar dos lipídios, mas
também na região interfacial de PC em
lipossomas de ASO.
50
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Efeitos do α-ESA nos metilenos da cadeia acil de PC presentes em lipossomos de ASO
Alterações νs CH2 e νas CH2 em FTIR  grau de ordem conformacional, bem como a
isomerização trans/gauche no sistema lipídico (SEVERCAN, SAHIN e KAZANCI, 2005;
MANNOCK, LEWIS e MCELHANEY, 2010)
 Não foi observada influência de α-ESA nas
frequências de νs CH2 e νas CH2  não
parece influenciar a isomerização
trans/gauche do sistema lipídico.
 Para o νas CH2  sem mudança na largura
da banda.
 Foi observado um efeito do α-ESA, em
diferentes concentrações, sobre as larguras
de banda do νs CH2.
 α-ESA  alargamento do νs CH2 de um
modo concentração-dependente.
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
18,5
19,0
19,5
20,0
20,5
21,0
Largura(cm
-1
)
-ESA:ASO (m/m)
Efeito de diferentes concentrações de ácido α-eleosteárico (α-
ESA) sobre as larguras de banda do νs CH2 de PC de soja.
51
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
DSC  determinar a influência α-ESA sobre o fluxo de calor relacionado com a transição de
fase da PC e da ordem. Observou-se uma transição endotérmica, demonstrada na faixa
negativa de -40 a -18 °C.
-40 -35 -30 -25 -20 -15
-8,0
-7,8
-7,6
-7,4
-7,2
-ESA:ASO
Fluxodecalor(W/g)
Temperatura (°C)
ASO
Medidas de DSC para lipossomos de asolecitina (ASO) com e
sem ácido α-eleosteárico (α-ESA) incorporado (α-ESA:ASO).
Amostra ΔH (J/g)
ASO |1,97|
α-ESA:ASO 0,05 (m/m) |0,92|
Variação |1,05|
Influência do ácido α-eleosteárico (α-ESA) nos valores de variação
de entalpia (ΔH) da fosfatidilcolina de soja (ASO).
O α-ESA promove um rearranjo molecular de PC para um estado mais desordenado.
A ligação dupla cis do α-ESA tem uma conformação normalmente "angular ou inclinada" 
pode afetar o empacotamento da região hidrofóbica da membrana PC.
O α-ESA reduziu o valor de ΔH dos lipossomos
de ASO em 53%.
52
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Medidas de Turbidez
0,05 0,10 0,15 0,20 0,25
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
Turbideza400nm
-ESA:ASO (m/m)
Mudanças de turbidez para lipossomos de asolecitina (ASO) após
a interação com diferentes concentrações de ácido α-
eleosteárico (α-ESA). Os valores de densidade óptica foram
obtidos a 400 nm em um espectrofotômetro de UV-visível.
O efeito global de α-ESA em membranas de ASO foi investigado através de estudos de
turbidez a 400 nm.
 ↓ de 20% do valor inicial de turbidez dos
lipossomos de ASO foi observada após a
incorporação de 30 mg/mL de α-ESA 
está relacionada a uma redução no
tamanho das partículas (KORKMAZ e
SEVERCAN, 2005; KAZANCI, SEVERCAN e
ZORLU, 2000).
 ↓ da turbidez também pode ser
observada na transição da fase gel para a
líquido-cristalina, devido às alterações no
índice de refração dos lipídios como
consequência de variações na densidade
do lipídio durante a fusão (YI e
MACDONALD, 1973)
 O α-ESA tem um efeito global reduzindo
a fluidez de lipossomos de PC.
53
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Em lipossomos de ASO, o efeito de ordem
promovido pelo α-ESA na cabeça polar pode
limitar a difusão de ●OH para esta região da
membrana.
 O efeito de desordem global do α-ESA em
membranas de PC, provavelmente atribuído a
sua dupla ligação cis, pode facilitar as
interações entre o ●OH e α-ESA. Isso pode
facilitar uma atividade antioxidante de α-ESA.
 A relação entre os níveis de peroxidação
lipídica e ordem de regiões específicas da
membrana foi previamente relatada para
outras moléculas antioxidantes, como a
melatonina e α-tocoferol (De LIMA et al.,
2007; SERBINOVA et al., 1991).
ANTITUMORAL: ANTIOXIDANTE x PRÓ-OXIDANTE
Representação do efeito promovido pelo ácido α-
eleosteárico (α-ESA) em lipossomos de asolecitina de
soja (ASO).
54
6. CONCLUSÕES
Os resultados apontam detalhes de como é possível purificar o α-ESA e como ele interage
com o modelo de membrana lipossomal:
 Na purificação do α-ESA a partir do óleo de tungue, obtivemos α-ESA com 95,9% de
pureza quando recristalizado com acetona e com um rendimento de 24,98%. Quando
recristalizado com solução etanólica (EtOH/água, 9:1), obteve-se uma pureza de 92,2%,
menor em relação ao primeiro resultado, com um rendimento de 20,68% de α-ESA.
 A influência do α-ESA na peroxidação in vitro da membrana  concentrações crescentes
de α-ESA em lipossomos de ASO com peroxidação in vitro induzida pelo ●OH parece ter
uma atividade antioxidante. A concentração inibitória de 50% da peroxidação (IC50) foi
atingida em 15 mg/mL de α-ESA. Na concentração de 22,5 mg/mL, o ácido graxo inibiu a
peroxidação ●OH em ASO em aproximadamente 77%.
 Em espectros de FTIR correspondentes a lipossomos contendo ASO, todos os valores de
frequência dos grupos de PC na ausência e aqueles na presença de 30 mg/mL de α-ESA
mantiveram-se praticamente os mesmos.
55
6. CONCLUSÕES
 Nenhuma variação na frequência de νas PO2
- foi observada após a interação com α-ESA.
Conclui-se que o ácido graxo não provocou variações nas quantidades de ligações de
hidrogênio entre o grupo fosfato lipídico e os átomos de hidrogênio do α-ESA ou de água.
Contudo, pode-se observar que α-ESA reduziu a largura da banda de νas PO2
- em cerca de
2 cm-1, sugerindo que o ácido graxo pode causar uma pequena ou indireta diminuição na
dinâmica do grupo fosfato.
 A não variação de valores de frequência ou de forma das bandas de colina em FTIR indica
que o α-ESA não influencia na hidratação do grupo polar da cabeça lipídica.
 O efeito do α-ESA na dinâmica da cabeça polar de PC presente em ASO, as medidas de
RMN de T1 para os núcleos de 1H da colina lipídica indicaram que a presença do AG nas
parece ↑ T1 da região de colina lipídica, uma discreta redução na mobilidade da colina.
 As conclusões relativas aos grupos fosfato lipídico e colina, obtidas por meio de técnicas
de FTIR e RMN sugerem que α-ESA causa um efeito discreto de ordenação em grupos
presentes na cabeça polar da PC presente em lipossomos contendo ASO.
56
6. CONCLUSÕES
 A variação nula de frequência entre as bandas de FTIR para ν C=O em sugere que o ácido
graxo não interage via ligação de hidrogênio com o grupo carbonila da PC. Observou-se,
contudo, que as concentrações crescentes de α-ESA reduziram os valores de largura da
banda de ν C=O. Os resultados sugerem que o efeito de ordenamento de α-ESA ocorre
não só na região polar dos lipídios, mas também afeta a região interfacial de PC.
 Na cadeia acil, não foi observada influência de α-ESA nas frequências de νs CH2 e νas CH2
em FTIR. Assim, o ácido graxo não parece influenciar a isomerização trans/gauche do
sistema lipídico. Para o νas CH2 não houve mudança em relação à largura da banda. Em
diferentes concentrações, sobre as larguras de banda do νs CH2 pode-se observar que o α-
ESA é responsável pelo alargamento de 13% da νs CH2 de um modo concentração-
dependente.
57
6. CONCLUSÕES
 As análises em DSC indicam que o α-ESA reduziu o valor de ΔH dos lipossomos de ASO em
aproximadamente 53%. Assim, é possível que o ácido graxo promova um rearranjo
molecular de PC para um estado mais desordenado, que corrobora com os resultados de
FTIR. O efeito de desordem causada por α-ESA em membranas fosfolipídicas pode ser
atribuído à localização da dupla ligação cis do ácido graxo que pode afetar o
empacotamento da região hidrofóbica da membrana PC.
 Uma redução correspondente a 20% do valor inicial de turbidez dos lipossomos de ASO foi
observada após a incorporação de 30 mg/mL de α-ESA na membrana. O α-ESA tem um
efeito global reduzindo a fluidez de lipossomos de PC.
58
6. CONCLUSÕES
59
7. REFERÊNCIAS
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ANEXOS
Artigo submetido ao periódico Bioorganic Chemistry.  ACEITO
EFFECTS OF α-ELEOSTEARIC ACID ON ASOLECTIN LIPOSOMES DYNAMICS: RELEVANCE TO
ITS ANTIOXIDANT ACTIVITY
Robson Simplício de Sousa, Alessandro Oliveira de Moraes Nogueira, Viviane Gobel
Marques, Rosilene Maria Clementin, Vânia Rodrigues de Lima.
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2. MARQUES, V. G.; NOGUEIRA, A. O. M.; SOUSA, R. S.; CLEMENTIN, R. M.; LIMA, V. R. Effect of conjugated linoleic acid on asolectin
liposomes dynamics. In: XI Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), 2012, Florianópolis, SC. Anais do XI
Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), 2012.
3. FERNANDES, J. O. ; MARQUES, V. G.; PEREIRA, L. S.; SOUSA, R. S.; CLEMENTIN, R. M. Efeito do solvente no processo de purificação por
recristalização do ácido α-eleosteárico presente no óleo de tungue. In: XIX Encontro de Química da Região Sul (SBQSul), 2012, Tubarão, SC.
Anais do XIX Encontro de Química da Região Sul (SBQSul), 2012.
4. SOUSA, R. S.; NOGUEIRA, A. O. M.; MARQUES, V. G.; CLEMENTIN, R. M.; LIMA, V. R. Influência do ácido α-eleosteárico na dinâmica de
lipossomos de asolecitina de soja. In: XIX Encontro de Química da Região Sul - SBQSul, 2012, Tubarão, SC. Anais do XIX Encontro de Química
da Região Sul (SBQSul), 2012.
5. MARQUES, V. G.; SOUSA, R. S.; FAGUNDES, C. A. M.; LIMA, V. R.; CLEMENTIN, R. M. COMPARAÇÃO DO PERFIL GRAXO DE AMOSTRAS DE
ÓLEO DE TUNGUE COM DIFERENTES PERÍODOS DE ARMAZENAGEM. In: 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG, 2011, Rio Grande,
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6. SOUSA, R. S.; MARQUES, V. G.; FAGUNDES, C. A. M.; LIMA, V. R.; CLEMENTIN, R. M. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO ANTITUMORAL
ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO PRESENTE NO ÓLEO DE TUNGUE. In: 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG, 2011, Rio Grande, RS. Anais da
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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA E AMBIENTAL – PPGQTA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO, PURIFICADO E ISOLADO DO ÓLEO DE TUNGUE, NA DINÂMICA MOLECULAR DE LIPOSSOMOS Mestrando: Robson Simplicio de Sousa Orientadora: Drª Rosilene Maria Clementin Coorientadora: Drª Vânia Rodrigues de Lima Linha de Pesquisa: Química Orgânica Tecnológica Rio Grande, 30 de agosto de 2013.
  • 2. 1. INTRODUÇÃO 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. TÉCNICAS INSTRUMENTAIS DE ANÁLISE DE LIPOSSOMOS 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral 3.2. Objetivos Específicos 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Reagentes, materiais e equipamentos 4.2. Métodos 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Ensaio de purificação do α-ESA 5.2. Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina 5.3. Interação do α-ESA com a cabeça polar da fosfatidilcolina presente em lipossomos de ASO 5.4. Influência do α-ESA na região de interface da fosfatidilcolina presente em lipossomos de ASO 5.5. Efeitos do α-ESA nos metilenos da cadeia acil de fosfatidilcolina presentes em lipossomos de ASO 5.6. Medidas de Turbidez 6. CONCLUSÕES 7. REFERÊNCIAS SUMÁRIO 2
  • 3. 1. INTRODUÇÃO Os ácidos graxos com sistema trieno conjugado têm sido encontrados em um grande número de diferentes espécies de plantas. Ácido 9Z,11E,13Z-octadecatrienoico Ácido punícico Ácido 9E,11E,13Z-octadecatrienoico Ácido catalpico Romã Catalpa ovata 3
  • 4. O OH Ácido 9Z,11E,13E-octadecatrienoico Ácido α-eleosteárico (α-ESA) Características estruturais do α-ESA: Ácido graxo com 18 carbonos; cadeia poliinsaturada; três ligações  conjugadas C9, C11 e C13. 1. INTRODUÇÃO Tungue 4
  • 5. α-ESA reduziu os níveis de peroxidação lipídica causados por estresse oxidativo no plasma, lipoproteínas e membranas de eritrócitos em ratos (DHAR et al., 1999). EFEITOS DO α-ESA EM MEMBRANAS  NÃO FORAM COMPLETAMENTE ELUCIDADOS Conjugação do sistema  no α-ESA Efeito farmacológico de supressão tumoral por indução da apoptose via peroxidação lipídica seletivamente. (TSUZUKI, T. et al., 2004.; 11. MOON et al. ) 1. INTRODUÇÃO O OH O O H O O H α-ESA 9Z11E-CLA10E12Z-CLA> > 5
  • 6. 1. INTRODUÇÃO Sistemas lipossomais facilitam o controle da composição fosfolipídica, da estrutura e da dinâmica (SAMUNI, LIPMAN E BARENHOLZ, 2000; CASTELLI, 1997). O estudo das propriedades físico-químicas das membranas celulares é difícil, devido suas estruturas complexas (ENGBERTS, HOEKSTRA, 1995). Influência do α-ESA na dinâmica molecular da membrana Modelos de menor complexidade LIPOSSOMOS 6
  • 7. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho foi isolar e purificar o α-ESA presente no óleo de tungue, bem como incorporar e caracterizar seus efeitos na dinâmica molecular – grau de hidratação, ordem e mobilidade – de lipossomos compostos fosfatidilcolinas. 7
  • 8. 2. OBJETIVOS 2.2. Objetivos específicos - Isolar e purificar o α-ESA presente no óleo de tungue através da reação de saponificação seguida de cristalização; - Caracterizar o composto isolado por espectroscopia de Infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), cromatografia gasosa acoplada com espectrômetro de massas (GC-MS) e ressonância magnética nuclear de 1H e 13C (RMN); - Incorporar α-ESA em lipossomos contendo asolecitina de soja (ASO); - Avaliar a localização preferencial, bem como o efeito do α-ESA no grau de hidratação e ordem da membrana através de análises de FTIR; - Monitorar o efeito do α-ESA em parâmetros termodinâmicos dos lipossomos pela análise de valores de Tm e ΔH, através de medidas de DSC. - Monitorar a influência de α-ESA nos valores de T1 para os núcleos de 1H presentes na região colina dos lipossomos utilizando RMN. 8
  • 9. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A árvore de tungue, Aleurites fordii (família Euphorbiaceae), é nativa da China. O óleo extraído de suas sementes é usado por séculos como impermeabilizante. Aplicações do óleo de tungue (KAUTZ et al., 2008; CHAN et al., 1947; LI et al., 2003; WANG et al., 2000; SHANG el al., 2010): - indústria farmacêutica - indústria automobilística - indústria de tintas e vernizes - pesquisa com materiais poliméricos - área bioenergética. Árvore de óleo de tungue. 9
  • 11. Sementes de tungue  ~ 33% de óleo. Fonte: http://www.pacificoutdoorfurniture.com Contêm 75-80% de α-ESA. VERSATILIDADE DO ÓLEO DE TUNGUE Quantidade de ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO (α-ESA) Metodologias para purificação do α-ESA: - Caras  HPLC-Ag+ (YANG et al., 2009) - Alternativas  sem clareza de procedimentos e caracterizações (THOMAS e THOMSON, 1934; BROWN, 1941). 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11 KAUTZ et al., 2010.
  • 12. (Adaptado de Tsuzuky et al., 2004.) O OH α-ESA Células de câncer de cólon transplantadas em ratos ↓ crescimento das células cancerígenas por lipoperoxidação a partir da administração de α-ESA na dieta 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 12
  • 13. LIPOPEROXIDAÇÃO É um processo associado a eventos patológicos como:  diabetes;  câncer;  síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS);  danos por isquemia e reperfusão, processos inflamatórios crônicos;  doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, dentre outros. A lipoperoxidação, em geral, possui três etapas: 1. Iniciação 2. Propagação 3. Terminação 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13 CASTELLI et al., 1997; YIN, et al., 1998; OHYASHIKI e NUNOMURA, 2000; HALLIWELL e GUTTERIDGE, 2000; REITER, 1998
  • 14. Esquema de lipoperoxidação em ácidos graxos poli-insaturados. 1: abstração de H da cadeia poli-insaturada de lipídios de membrana; 2: formação de radical peroxil; 3: formação da segunda espécie radical centrada no carbono; 4: formação de endoperóxidos. (HALLIWELL E GUTTERIDGE, 2000) INICIAÇÃO: (energia de dissociação C-H)  hidrogênios metilênicos bis-alílicos ≈ 75-80 kcal/mol);  hidrogênios alílicos (≈ 88 kcal/mol);  alquílicos (≈ 101 kcal/mol). GARDNER, 1989; KOPPENOL, 1990; 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ROOH H-1 R CH OOH RCHOOH O2 2 ROOH O O LH L 3 4 R CH O OH O O ROOH O OH O2, calor ou hidrólise O O MDA 4-HDA O OH R OH + 14
  • 15. A extensão do dano lipoperoxidativo causado por espécies reativas está associada à diferenciação qualitativa e quantitativa dos constituintes fosfolipídicos em função dos tecidos do organismo (TEIXEIRA et al., 2003). A heterogeneidade da composição fosfolipídica em membranas biológicas também afeta o potencial de sistemas antioxidantes contra os danos causados pela lipoperoxidação induzida por espécies reativas. É importante a utilização de modelos de membrana celular, cujas variáveis podem ser estabelecidas e controladas. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15
  • 16. Lipossomos: constituídos por uma bicamada lipídica em forma de concha esférica; estruturalmente semelhante à matriz lipídica das membranas celulares. http://djalmasantos.files.wordpress.com/2011/02/lipo1.jpg 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16
  • 17. São menos tóxicos para o organismo, quando comparadas a outras matrizes, e formam um ambiente favorável à imobilização de estruturas biológicas. Os lipossomos constituídos por matrizes lipídicas são interessantes como sistemas de liberação prolongados de fármacos. Representação estrutural e esquemática de uma molécula de fosfatidilcolina. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17 OHVO-REKILÄ et al., 2002
  • 18. Representação de MLV (esquerda), LUV (meio) e SUV (direita). Vesículas multilamelares grandes (MLV) - tamanho: 400 nm; - uma ou mais lamelas (ou bicamadas) 15. Vesículas unilamelares grandes (LUV) - tamanho: 50-400 nm; - apenas uma bicamada. Vesículas unilamelares pequenas (SUV) - tamanho: 20-50 nm e são - mais instáveis. Lipossomos: 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18 HOPE et al., 1986
  • 19. Técnicas para investigar as propriedades físico-químicas de lipossomos, e os efeitos causados nas mesmas após suas interações com espécies reativas e substâncias pró- ou antioxidantes:  espectroscopia de absorção UV-visível (UV-Vis);  infravermelho com tranformada de Fourier (FTIR);  calorimetria de varredura diferencial (DSC);  ressonância magnética nuclear (RMN). Os efeitos podem ser descritos como alterações nas propriedades físico-químicas dos lipossomos como:  graus de hidratação;  ordem;  mobilidade de grupos específicos dos lipídios que os compõem. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19 CASTELLI et al., 1997; ARORA et al., 2000; FENSKE e JARRELL et al., 1991
  • 20. Lipossomos Para o detector Cristal de ATRRaio IV  Grau de desordem conformacional;  Grau de hidratação. Material denso com alto índice de refração/ZnSe. A energia de cada onda é passada de volta para o feixe de luz IV, até que saia na extremidade oposta do cristal. Refletância cria uma onda que estende-se para além da superfície do cristal dentro da amostra. É gerado um espectro. Infravermelho com transformada de Fourier – Refletância Total Atenuada Horizontal (HATR – FTIR) 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20
  • 21. Espectro de HATR-FTIR de lipossomos compostos por dimiristoilfosfatidilcolina(DMPC)/ cedido pelo GIIMM Número de onda: ⱱas Colina 970 cm-1 ⱱas PO2 - 1260-1220 cm-1 ⱱ C=O 1725-1740 cm-1 ⱱ s CH2 2850 cm-1 ⱱas CH2 2920 cm-1 cm-1 %T Os espectros de FTIR da fosfatidilcolina mostram bandas que podem ser divididas em três diferentes regiões:  Polar;  Interfacial;  Hidrofóbica do lipídio. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21 MANTSCH e MCELHANEY, 1991 HEREĆ et al., 2007; MANRIQUE-MORENO, et al., 2010
  • 22. A presença de uma molécula exógena incorporada na membrana pode induzir alterações nas bandas de fosfatidilcolina: Introdução e Revisão  Deslocamentos de picos referentes a grupos metilênicos da região apolar (CH2) para uma menor frequência indicam um ordenamento da membrana;  Deslocamento dos grupos PO2 - ou C=O para uma menor frequência podem indicar possíveis interações através de ligações de hidrogênio.  O alargamento dos picos indica um aumento do grau de fluidez na membrana devido ao surgimento de ligações na conformação gauche. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22 SEVERCAN, SAHIN e KAZANCI, 2005
  • 23.  Fornece informações sobre o efeito de substâncias na velocidade e ordem molecular de regiões específicas dos lipídios.  Técnica pode ser aplicada para estudar o comportamento de prótons presentes no grupo colina, localizado na região polar da membrana.  Os valores de T1 estão relacionados ao tempo de correlação (τc), definido como o tempo médio que o núcleo leva para girar em um (1,0) radiano. Processo de relaxação do núcleo  retorno do núcleo ao seu estado de equilíbrio, quando cessam-se os pulsos de emissão de rádio frequência inseridos no sistema. Ressonância Magnética Nuclear (RMN) 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23 DUFOURC, 2006
  • 24. ↑ T1 ↑ τc ↓mobilidade Representação esquemática da relação típica entre tempo de relaxação longitudinal (T1) e o tempo de correlação (τc) RMN 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24 DUFOURC, 2006
  • 25. Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC) Pode fornecer informações sobre o efeito de substâncias nos parâmetros termodinâmicos referentes às cadeias acil dos lipídios, durante as transições de fase. A Tm é a temperatura em que ocorre 50% de presença de lipídios em estado gel e o restante em estado fluido, em um sistema. Fase Gel Fase Fluida Tm A transição de fase principal corresponde à transição de uma bicamada lipídica na fase gel, ordenada e de mobilidade restrita, para a fase fluida, desordenada e com alto grau de mobilidade . 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25 YEAGLE, 1993; BENEY e GERVAIS, 2001; MOURITSEN, 1991
  • 26. A variação de entalpia (ΔH) reflete as interações de van der Waals entre as cadeias acil lipídicas e aquelas alteradas pela interação com a substância ativa. Tais parâmetros estão relacionados com a ordem lipídica (MANRIQUE-MORENO et al., 2009; DE LIMA et al., 2010). Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC) 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 26
  • 27. Espectroscopia de UV-visível (UV-Vis)  As transições de fase lipídica também podem estar relacionadas com alterações na turbidez do sistema.  A turbidez pode ser definida como uma "absorbância aparente" e espectrofotômetros de UV-visível são recomendados ​​para investigar as possibilidades de observar transições de fase de lipídios.  A diminuição da turbidez lipídica está relacionada com a transição de estados ordenados para desordenados. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27 YI e MACDONALD, 1973
  • 28. O α-ESA isolado e purificado a partir do óleo de tungue foi incorporado em um sistema lipossomal baseado em fosfatidilcolina. Estruturas dos componentes majoritários da asolecitina de soja (ASO). (a) fosfatidilcolina; (b) fosfatidilinositol fosfato; (c) fosfatidiletanolamina. Em vermelho, a cabeça polar; em preto, a região glicerol e as cadeias alquílicas dos lipídios. H O H OH OH H OH H H OH H OH P OO - O O O O O CH3 CH3 (a) (b) (c) O O O O CH3 CH3 O PO O - O N + H H H O O O O CH3 CH3 O P O O - O N + CH3 CH3 CH3 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 28
  • 29. 4. MATERIAIS E MÉTODOS O óleo de tungue foi obtido através da Campestre Indústria e Comércio de Óleos Vegetais LTDA. Os demais reagentes possuem grau de pureza analítica e consistiram em:  acetona;  ácido sulfúrico (VETEC);  água deuterada/3-(trimetilsilil)-[2,2,3,3-2H4]-1-propiônico de sódio (TSP, 0,05%);  asolecitina de soja (ASO), contendo 25% de PC (SIGMA-ALDRICH);  cloreto de magnésio hexahidratado;  clorofórmio;  tricina;  etanol (SYNTH);  hexano ultraresianalysis;  hidróxido de potássio  solução BF3/metanol (~10,0%). Silicone e glicerol comerciais para banho de aquecimento. Os lipídios foram utilizados sem qualquer purificação adicional. Os materiais e a vidraria utilizados foram compostos por itens de uso convencional no laboratório, como balões de uma boca com volumes de 10 a 500 mL; condensadores; béquers; erlenmeyers; pipetas; funis de separação; funis simples; provetas; funis de Büchner; kitassatos; balões volumétricos; garras; suportes, dentre outros. 29
  • 30. 4. MATERIAIS E MÉTODOS Os equipamentos utilizados neste trabalho foram:  placa de aquecimento e agitação magnética modelo 752A Fisatom com potência de 650W (de 120 a 1800 rpm);  evaporador rotatório modelo 801A Fisatom de 70W;  bomba de vácuo mod. XKM60-1 1/2HP FAMAC;  aparelho de medição do ponto de fusão modelo 430D Fisatom;  cromatógrafo gasoso Shimadzu QP 2010 com detector espectrômetro de massas;  espectrofotômetro de UV-visível Shimadzu UV-2550;  espectrofotômetro de infravermelho com transformada de Fourier Shimadzu – IR Prestige-21;  espectrômetro de ressonância magnética nuclear Anasazi Intruments (60 MHz), disponíveis na Universidade Federal do Rio Grande-FURG;  espectrômetro de ressonância magnética nuclear INOVA-300 (300 MHz), disponível na Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS;  calorímetro de varredura diferencial Shimadzu DSC-60, disponível na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). 30
  • 31. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Purificação e caracterização do α-ESA A purificação do α-ESA foi realizada através de adaptações de metodologias documentadas na literatura (THOMAS & THOMSON, 1934; ZHANG, CAO & HUANG, 2007). Etapas para obtenção do ácido α-eleosteárico (α-ESA). 31
  • 32. 4. MATERIAIS E MÉTODOS Após as recristalizações, as amostras foram submetidas a vácuo por 3 h, para remoção de traços de solvente e, em seguida, foram submetidas às análises de:  Ponto de Fusão  em triplicata, utilizando um equipamento Fisatom modelo 430D pelo método capilar. O intervalo de temperatura considerado foi de 20ºC a 100ºC;  Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier  espectrofotômetro de infravermelho com transformada de Fourier Shimadzu – IR Prestige-21, utilizando pastilha de KBr.  Espectroscopia de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C  através da solubilização (por concentração) de AGL em CDCl3. Os espectros foram obtidos em espectrômetro INOVA-300 (300 MHz), usando-se como referência interna o tetrametilsilano (TMS). 32
  • 33. 4. MATERIAIS E MÉTODOS  Cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas  A determinação do teor de éster foi realizada com os AGL derivatizados a seus respectivos metil ésteres. O OHR BF3 CH3OH O OCH 3R • 100 mg de AGL foram adicionados a 3 mL BF3/MeOH; • Tamb ; • 30 min; • Extração com 20 mL de hexano ultraresianalysis e 20 mL de água destilada. • Fase orgânica coletada; • Rotaevaporação remoção de solvente (IGARASHI et al., 2004). A análise cromatográfica realizada  Laboratório de Análise de Compostos Orgânicos e Metais (LACOM, FURG) Aparelho Shimadzu, modelo GC-MS-QP2010 Plus equipado com autosampler (AOC-20i) e um detector de espectrômetro de massa com filtro de massa quadrupolo. A EM foi realizada com impacto de elétrons. Coluna analítica RTX-5MS (30 m x 0,25 milímetros ID, 0,25 μm de espessura). O controle analítico, a aquisição e tratamento dados foram realizados pelo software GCMS solution version 2®. O Hélio (pureza de 99,999%). Foi realizada a injeção de 1 μL à alta pressão (300 kPa) e foram divididas em uma razão 1:30. O espectrômetro de massa foi realizado em uma faixa m/z de 30 a 360. (PARDO et al., 2012) 33
  • 34. 4. MATERIAIS E MÉTODOS PREPARAÇÃO DE LIPOSSOMOS CONTENDO FOSFATIDILCOLINAS Esquema de preparação de vesículas multilamelares grandes (MLV) pelo método de hidratação de vesículas (HOPE et al., 1986). INCORPORAÇÃO DE α-ESA NOS LIPOSSOMOS As concentrações de α-ESA variaram de 0 a 30 mg/mL (0 a 20% do total de lipídio)  concentração do lipídio: 150 mg/mL. 34
  • 35. 4. MATERIAIS E MÉTODOS Ensaios de peroxidação lipídica nas membranas A extensão do dano por lipoperoxidativo foi detectada pelo método TBARS. Peroxidação induzida por radical hidroxil  reação de Fenton em um meio reacional contendo lipossomas, FeCl3 0,02 mM, ascorbato 0,1 mM e peróxido de hidrogênio 2,8 mM. Experimentos controle: 1º) Todos os componentes, com exceção das membranas lipídicas. 2º) Ausência de espécies oxidantes no meio de reação, para detecção de valores de absorbância relativos à peroxidação basal, induzida pelo o oxigênio do ar. N N OH OH SH 2 + O O TBA MDA 100ºC N NH OH O S N N H OH O S H + 2 H2O Produto de coloração rósea Fe+3 + O2 •- → Fe+2 + O2 Equação 1. Redução do ferro. Fe+2 + H2O2 → Fe+3 + OH- + •OH Equação 2. Reação de Fenton. 35
  • 36. MEDIDAS DE FTIR EM MEMBRANAS Os lipossomos ASO puro ou com α- ESA em concentrações de 0-30 mg/mL, foram depositados sobre o suporte de cristal de ZnSe e imerso no tampão tricina/MgCl2 (pH 7,4). Variações de frequência de grupos específicos induzidas pelo α-ESA  deslocamentos nas bandas vibracionais de grupos presentes na fosfatidilcolina. Mudanças na largura de banda dos estiramentos de grupos lipídicos foram medidas em relação a uma linha de base a ¾ da altura do pico. PO2 - carbonila CH2 4. MATERIAIS E MÉTODOS Os interferogramas obtido com 50 varreduras na faixa de frequência 400-4000 cm-1. 36
  • 37. 4. MATERIAIS E MÉTODOS MEDIDAS DE RMN EM MEMBRANAS As medidas de T1 de 1H foram obtidas em baixo campo magnético, 60 MHz, através do equipamento Anasazi Instruments. Foi aplicada a seqüência de pulsos de recuperação da inversão em lipossomos puros e na presença de α-ESA. As amostras foram preparadas em solvente H2O:D2O (80:20, v/v) e a temperatura do experimento foi mantida a 22°C. Utilizou-se uma faixa de tempo de correlação (c) de 0,2 a 102,4 segundos. A referência interna utilizada no estudo com lipossomos foi o TSP, 0,05%. Os valores de relaxação e intensidades relativas foram processados através do programa NUTS. (De LIMA et al., 2007) 37
  • 38. 4. MATERIAIS E MÉTODOS ENSAIOS DE DSC Lipossomos com ASO na ausência e na presença de α-ESA foram depositados em recipientes de alumínio (panelinhas) e submetidos a varreduras  1°C/min, faixa de -30°C a 10°C. (De LIMA et al., 2010) Utilizou-se fluxo de nitrogênio (50/50 mL/min) e uma panelinha vazia como referência. Foram avaliadas variações em Tm e ∆H lipídicas, induzidas pela presença de α-ESA. A ∆H foi obtida por integração da área sob o pico obtida utilizando o Software Universal 4.0 C da TA Instruments. Aquecimento gradual das duas células ∆T=0 38
  • 39. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ENSAIO DE PURIFICAÇÃO DO Α-ESA Após a saponificação do óleo de tungue, foram obtidos os sais de ácido graxo que foram precipitados para obtenção dos ácidos graxos livres. Após as recristalizações e evaporação a vácuo dos traços de solvente, obtiveram-se cristais de cor branca. O ponto de fusão do sólido obtido foi de 47±2oC e está de acordo com o descrito na literatura (BURR e BURR, 1930; HILDITCH, MORTON e RILEY, 1945). Sólido obtido na purificação. 39
  • 40. 5. RESULTADOS Caracterização do α-ESA – Infravermelho (FTIR) O OH 40
  • 41. Pico Tempo de retenção Área Área % Nome 1 4,114 650514 0,6 Ácido nonanoico, 9-oxo, metil éster 2 10,146 635815 0,6 Ácido octadecatrienoico, metil éster 3 11,996 108090144 95,9 Ácido α-eleosteárico, metil éster 4 12,724 3131769 2,8 9,12,15- Ácido octadecatrienoico, metil éster, (Z,Z,Z) 5 13,499 146758 0,1 Ácido eicosanoico, metil éster Caracterização do α-ESA – Cromatografia Gasosa (GC) 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO  95,9% de α-ESA ao sólido obtido a partir da purificação com acetona  rendimento de 24,98% de α-ESA.  92,2% de α-ESA ao sólido obtido a partir da purificação com (EtOH/água, 9:1)  rendimento de 20,68% de α-ESA. 41
  • 42. Espectro de massas obtido para o metil éster do ácido α-eleosteárico (α-ESA). m/z= 91 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Caracterização do α-ESA – Espectro de Massas (MS)  Alta intensidade do íon molecular (m/z 292);  Formação do íon tropílio por rearranjo (m/z 91) (AOCS, 2011). 42
  • 43. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Caracterização do α-ESA – Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H 43
  • 44. Caracterização do α-ESA – Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 13C 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados de RMN de 1H e 13C estão coerentes com as caracterizações disponíveis na literatura para o α-ESA (CAO et al., 2007). 44
  • 45. Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Lipossomos de ASO puro e na presença do α-ESA foram submetidos à oxidação induzida pelo radical hidroxil (●OH) e o nível de TBARS foi determinado. 0 5 10 15 20 25 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 . OH PeroxidaçãoLipídicaTotal (molTBARS/mg) Concentração de -ESA em lipossomos de ASO (mg/mL) Variação da peroxidação lipídica total induzida por radical hidroxil (●OH) em função do aumento das concentrações de ácido α-eleosteárico (α-ESA) incorporados em lipossomos de asolecitina (ASO). Os resultados foram obtidos pelo método de TBARS.  α-ESA parece ter uma atividade antioxidante in vitro contra o dano induzido por ●OH em ​​lipossomos de ASO;  A concentração inibitória de 50% da peroxidação (IC50) foi atingida em 15 mg/mL de α-ESA; 45
  • 46. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO  Na concentração de 22,5 mg/mL, o α-ESA inibiu a peroxidação ●OH em ASO em cerca de 77%;  Ácidos graxos trienoicos conjugados, como o α-ESA, podem atuar na eliminação de radicais livres, eliminando ou reduzindo a formação de hidroperóxidos. (DHAR, GHOSH E BHATTACHARYYA, 1999) Efeitos de α-ESA na peroxidação lipídica de lipossomos contendo fosfatidilcolina ANTIOXIDANTE IC50 Quercetina 0,100 (De LIMA et al., 2004) α-ESA 0,054 Metade da quantidade deste AG é necessária para inibir a mesma peroxidação promovida pela quercetina em lipossomos de ASO. 46
  • 47. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Efeitos do α-ESA na dinâmica de membranas de fosfatidilcolina presentes em lipossomos de ASO A caracterização dos efeitos causados ​​pelo α-ESA nas propriedades dinâmicas da fosfatidilcolina de soja foi realizada utilizando as técnicas de HATR-FTIR, RMN, DSC e UV- visível. HATR-FTIR 3000 2500 2000 1500 1000 -5 0 5 10 15 20 25 -CH2 -CH2 -C=O -PO2 - -CN + C Absorbância(%) Frequência (cm -1 ) ASO ASO + -ESA 30 mg/mL Espectros de HATR-FTIR de fosfatidilcolina presentes em lipossomos de asolecitina (ASO) puros e na presença de 30 mg/mL de ácido α- eleosteárico (α-ESA), equivalente a uma proporção α-ESA:ASO de 0,2 (m,m). (a) νas PO2 -, a 1217 cm-1 (b) νas CN+C, a 974 cm-1 (c) νas NCH, a 3005 cm-1 (d) ν C=O, a 1734 cm-1, (e) νs CH2, a 2853 cm-1 (f) νas CH2, a 2924 cm-1 (LÓPEZ-GARCÍA et al., 1993) Todos os valores de frequência dos grupos de fosfatidilcolina na ausência e na presença de α-ESA mantiveram-se praticamente os mesmos. 47
  • 48. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO A influência α-ESA foi estudada por análise de alterações:  nos valores de frequência,  na largura de banda a ¾ da altura do pico. Interação do α-ESA com a cabeça polar da PC presente em lipossomos de ASO 1280 1260 1240 1220 1200 1180 1160 0.0 1.5 3.0 4.5 6.0 Absorbância(%) Frequência (cm -1 ) ASO ASO + -ESA 30 mg/mL Ampliação dos espectros de FTIR de fosfatidilcolina presente em lipossomos de asolecitina (ASO) puros e na presença de ácido α- eleosteárico (α-ESA) 30 mg/mL (o espectro completo está representado na Figura 22) na região do estiramento axial assimétrico do PO2 -.  ↑ frequência de νas PO2 - indica uma desidratação do grupo fosfato; ↓ indica hidratação da região.  Nenhuma variação na frequência de νas PO2 - após a interação com α-ESA.  α-ESA não provocou variações nas quantidades de ligações de hidrogênio entre o grupo fosfato lipídico e os átomos de hidrogênio do α-ESA ou de água.  α-ESA ↓ a largura de νas PO2 - em cerca de 2 cm-1, indicando pequena ou indireta diminuição na dinâmica do grupo PO2 - em lipossomos de ASO. Análise em três regiões da PC: Polar; Interface; Hidrofóbica. 48
  • 49. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 0 2 4 6 8 10 12 14 1 2 3 4 5 6 7 Intensidade(x10 6 ) Tempo (s) ASO (T1 = 0.3 s) ASO + -ESA 30mg/mL (T1 = 0.5 s) Tempo de relaxação longitudinal (T1) de 1H da colina na ausência (PC, quadrados abertos) e na presença de 30 mg/mL de ácido α-eleosteárico (α-ESA:PC = 0,2, m/m, círculos abertos). Os dados de 1H T1 foram alcançados a 60 MHz, a 23 °C, utilizando um intervalo de tempo de correlação (τc) de 0,2- 102,4 s.  α-ESA nas membranas parece ↑ o T1 da região de colina. A diferença de 30% pode refletir uma discreta redução na mobilidade da colina.  ↑ de T1 está relacionado com um aumento dos valores de τc, α-ESA na colina parece corroborar com um efeito de ordenamento na região de colina lipídica.  Resultados de FTIR e RMN  α-ESA causa um efeito discreto de ordenamento em grupos presentes na cabeça polar da fosfatidilcolina de lipossomos de ASO. Foram realizadas medidas de RMN de T1 para os núcleos de 1H da colina lipídica. Interação do α-ESA com a cabeça polar da PC presente em lipossomos de ASO 49
  • 50. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Influência do α-ESA na região de interface da PC presente em lipossomos de ASO 0 5 10 15 20 25 30 12.9 13.2 13.5 13.8 14.1 14.4 14.7 15.0 15.3 Larguradebanda(cm -1 ) Concentração de -ESA em lipossomos (mg/mL) Variações da largura de banda do estiramento C=O da fosfatidilcolina presente em lipossomos de asolecitina (ASO) após interação com diferentes concentrações de ácido α-eleosteárico (α-ESA). Análise do ν C=O (1734 cm-1, em lipossomos de ASO puros) do lipídio, na presença e na ausência do ácido graxo (ARRONDO e GOÑI, 1998).  A variação nula de frequência entre as bandas de ν C=O  o α-ESA não interage via ligação hidrogênio com a C=O da PC.  Concentrações crescentes de α-ESA ↓ a largura da banda de ν C=O.  ↓ na largura da banda ν C=O pode ser atribuída à grupos ésteres altamente imobilizados nas cadeias lipídicas.  O ordenamento provocado pelo α-ESA ocorre não só na região polar dos lipídios, mas também na região interfacial de PC em lipossomas de ASO. 50
  • 51. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Efeitos do α-ESA nos metilenos da cadeia acil de PC presentes em lipossomos de ASO Alterações νs CH2 e νas CH2 em FTIR  grau de ordem conformacional, bem como a isomerização trans/gauche no sistema lipídico (SEVERCAN, SAHIN e KAZANCI, 2005; MANNOCK, LEWIS e MCELHANEY, 2010)  Não foi observada influência de α-ESA nas frequências de νs CH2 e νas CH2  não parece influenciar a isomerização trans/gauche do sistema lipídico.  Para o νas CH2  sem mudança na largura da banda.  Foi observado um efeito do α-ESA, em diferentes concentrações, sobre as larguras de banda do νs CH2.  α-ESA  alargamento do νs CH2 de um modo concentração-dependente. 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 18,5 19,0 19,5 20,0 20,5 21,0 Largura(cm -1 ) -ESA:ASO (m/m) Efeito de diferentes concentrações de ácido α-eleosteárico (α- ESA) sobre as larguras de banda do νs CH2 de PC de soja. 51
  • 52. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DSC  determinar a influência α-ESA sobre o fluxo de calor relacionado com a transição de fase da PC e da ordem. Observou-se uma transição endotérmica, demonstrada na faixa negativa de -40 a -18 °C. -40 -35 -30 -25 -20 -15 -8,0 -7,8 -7,6 -7,4 -7,2 -ESA:ASO Fluxodecalor(W/g) Temperatura (°C) ASO Medidas de DSC para lipossomos de asolecitina (ASO) com e sem ácido α-eleosteárico (α-ESA) incorporado (α-ESA:ASO). Amostra ΔH (J/g) ASO |1,97| α-ESA:ASO 0,05 (m/m) |0,92| Variação |1,05| Influência do ácido α-eleosteárico (α-ESA) nos valores de variação de entalpia (ΔH) da fosfatidilcolina de soja (ASO). O α-ESA promove um rearranjo molecular de PC para um estado mais desordenado. A ligação dupla cis do α-ESA tem uma conformação normalmente "angular ou inclinada"  pode afetar o empacotamento da região hidrofóbica da membrana PC. O α-ESA reduziu o valor de ΔH dos lipossomos de ASO em 53%. 52
  • 53. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Medidas de Turbidez 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Turbideza400nm -ESA:ASO (m/m) Mudanças de turbidez para lipossomos de asolecitina (ASO) após a interação com diferentes concentrações de ácido α- eleosteárico (α-ESA). Os valores de densidade óptica foram obtidos a 400 nm em um espectrofotômetro de UV-visível. O efeito global de α-ESA em membranas de ASO foi investigado através de estudos de turbidez a 400 nm.  ↓ de 20% do valor inicial de turbidez dos lipossomos de ASO foi observada após a incorporação de 30 mg/mL de α-ESA  está relacionada a uma redução no tamanho das partículas (KORKMAZ e SEVERCAN, 2005; KAZANCI, SEVERCAN e ZORLU, 2000).  ↓ da turbidez também pode ser observada na transição da fase gel para a líquido-cristalina, devido às alterações no índice de refração dos lipídios como consequência de variações na densidade do lipídio durante a fusão (YI e MACDONALD, 1973)  O α-ESA tem um efeito global reduzindo a fluidez de lipossomos de PC. 53
  • 54. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO  Em lipossomos de ASO, o efeito de ordem promovido pelo α-ESA na cabeça polar pode limitar a difusão de ●OH para esta região da membrana.  O efeito de desordem global do α-ESA em membranas de PC, provavelmente atribuído a sua dupla ligação cis, pode facilitar as interações entre o ●OH e α-ESA. Isso pode facilitar uma atividade antioxidante de α-ESA.  A relação entre os níveis de peroxidação lipídica e ordem de regiões específicas da membrana foi previamente relatada para outras moléculas antioxidantes, como a melatonina e α-tocoferol (De LIMA et al., 2007; SERBINOVA et al., 1991). ANTITUMORAL: ANTIOXIDANTE x PRÓ-OXIDANTE Representação do efeito promovido pelo ácido α- eleosteárico (α-ESA) em lipossomos de asolecitina de soja (ASO). 54
  • 55. 6. CONCLUSÕES Os resultados apontam detalhes de como é possível purificar o α-ESA e como ele interage com o modelo de membrana lipossomal:  Na purificação do α-ESA a partir do óleo de tungue, obtivemos α-ESA com 95,9% de pureza quando recristalizado com acetona e com um rendimento de 24,98%. Quando recristalizado com solução etanólica (EtOH/água, 9:1), obteve-se uma pureza de 92,2%, menor em relação ao primeiro resultado, com um rendimento de 20,68% de α-ESA.  A influência do α-ESA na peroxidação in vitro da membrana  concentrações crescentes de α-ESA em lipossomos de ASO com peroxidação in vitro induzida pelo ●OH parece ter uma atividade antioxidante. A concentração inibitória de 50% da peroxidação (IC50) foi atingida em 15 mg/mL de α-ESA. Na concentração de 22,5 mg/mL, o ácido graxo inibiu a peroxidação ●OH em ASO em aproximadamente 77%.  Em espectros de FTIR correspondentes a lipossomos contendo ASO, todos os valores de frequência dos grupos de PC na ausência e aqueles na presença de 30 mg/mL de α-ESA mantiveram-se praticamente os mesmos. 55
  • 56. 6. CONCLUSÕES  Nenhuma variação na frequência de νas PO2 - foi observada após a interação com α-ESA. Conclui-se que o ácido graxo não provocou variações nas quantidades de ligações de hidrogênio entre o grupo fosfato lipídico e os átomos de hidrogênio do α-ESA ou de água. Contudo, pode-se observar que α-ESA reduziu a largura da banda de νas PO2 - em cerca de 2 cm-1, sugerindo que o ácido graxo pode causar uma pequena ou indireta diminuição na dinâmica do grupo fosfato.  A não variação de valores de frequência ou de forma das bandas de colina em FTIR indica que o α-ESA não influencia na hidratação do grupo polar da cabeça lipídica.  O efeito do α-ESA na dinâmica da cabeça polar de PC presente em ASO, as medidas de RMN de T1 para os núcleos de 1H da colina lipídica indicaram que a presença do AG nas parece ↑ T1 da região de colina lipídica, uma discreta redução na mobilidade da colina.  As conclusões relativas aos grupos fosfato lipídico e colina, obtidas por meio de técnicas de FTIR e RMN sugerem que α-ESA causa um efeito discreto de ordenação em grupos presentes na cabeça polar da PC presente em lipossomos contendo ASO. 56
  • 57. 6. CONCLUSÕES  A variação nula de frequência entre as bandas de FTIR para ν C=O em sugere que o ácido graxo não interage via ligação de hidrogênio com o grupo carbonila da PC. Observou-se, contudo, que as concentrações crescentes de α-ESA reduziram os valores de largura da banda de ν C=O. Os resultados sugerem que o efeito de ordenamento de α-ESA ocorre não só na região polar dos lipídios, mas também afeta a região interfacial de PC.  Na cadeia acil, não foi observada influência de α-ESA nas frequências de νs CH2 e νas CH2 em FTIR. Assim, o ácido graxo não parece influenciar a isomerização trans/gauche do sistema lipídico. Para o νas CH2 não houve mudança em relação à largura da banda. Em diferentes concentrações, sobre as larguras de banda do νs CH2 pode-se observar que o α- ESA é responsável pelo alargamento de 13% da νs CH2 de um modo concentração- dependente. 57
  • 58. 6. CONCLUSÕES  As análises em DSC indicam que o α-ESA reduziu o valor de ΔH dos lipossomos de ASO em aproximadamente 53%. Assim, é possível que o ácido graxo promova um rearranjo molecular de PC para um estado mais desordenado, que corrobora com os resultados de FTIR. O efeito de desordem causada por α-ESA em membranas fosfolipídicas pode ser atribuído à localização da dupla ligação cis do ácido graxo que pode afetar o empacotamento da região hidrofóbica da membrana PC.  Uma redução correspondente a 20% do valor inicial de turbidez dos lipossomos de ASO foi observada após a incorporação de 30 mg/mL de α-ESA na membrana. O α-ESA tem um efeito global reduzindo a fluidez de lipossomos de PC. 58
  • 60. 7. REFERÊNCIAS 1. ARORA, A.; BYREM, T.M.; NAIR, M.G.; STRASBURG, G.M. Modulation of liposomal membrane fluidity by flavonoids and isoflavonoids. Arch. Biochem. Biophys., v. 373, pp. 102-109, 2000. 2. ARRONDO, J.L.R.; GOÑI, F.M. Infrared studies of protein-induced perturbation of lipids in lipoproteins and membranes. Chem. Phys. Lipids, v. 96, pp. 53-68, 1998. 3. ARSOV, Z.; QUARONI, L.; Direct interaction between cholesterol and phosphatidylcholines in hydrated membranes revealed by ATR-FTIR spectroscopy. Chem. Phys. Lipids, v. 150, pp. 35-48, 2007. 4. AUSSENAC, F.; LAGUERRE, M.; SCHMITTER, J.-M.; DUFOURC, E. J. Detailed structure and dynamics of bicelle phospholipids using selectively deuterated and perdeuterated labels. 2H NMR and molecular mechanics study. Langmuir, v. 19, pp. 10468-10479, 2003. 5. BANERJEE, S.; PAL, T.K.; GUHA, S.K. Probing molecular interactions of poly (styrene-co-maleic acid) with lipid matrix models to interpret the therapeutic potential of the co-polymer. Biochim. Biophys. Acta, v. 1818, pp. 537-550, 2012. 6. BAYNES, J. W. Role of Oxidative Stress in Development of Complications in Diabetes. Diabetes, v. 40, 1991. 7. BELURY, M.A. Conjugated dienoic linoleate: a polyunsaturated fatty acid with unique chemoprotective properties. Nutr. Rev., v. 53, pp. 83-89, 1995. 8. BENEY, L.; GERVAIS, P. Influence of the fluidity of the membrane on the response of microorganisms to environmental stresses. Appl. Microbiol. Biotechnol., v. 57, pp. 34-42, 2001. 9. BIRD, R.P.; DRAPER, A.H. Comparative studies on different methods of malondyaldehyde determination. Methods Enzymol., v. 105, p. 295-305, 1984. 10. BROWN, J. B. Low-temperature Crystallization of the Fatty Acids and Glycerides. Chem. Rev., v. 29, n. 2, pp. 333–354, 1941. 11. BROWN, K. 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R.; CARO, M.S.B.; MUNFORD, M. L.; DESBAT, B.; DUFOURC, E.J.; PASA, A.; CRECZYNSKI-PASA, T. B. Influence of melatonina on the order of phosphatidylcholine based membranes. J. Pineal Res., v. 49, pp. 169-175, 2010. 27. De LIMA, V.R.; CARO, M.S.B.; TAVARES, M.I.B.; CRECZYNSKI-PASA, T.B. Melatonin location in egg phosphatidylcholine liposomes: possible relation to its antioxidant mechanisms. J. Pineal Res., v. 43, pp. 276- 282, 2007. 28. De LIMA, V.R.; MORFIM, M.P.; TEIXEIRA, A.; CRECZYNSKI-PASA, T.B. Relationship between the action of reactive oxygen and nitrogen species on bilayer membranes and antioxidants. Chem Phys Lipids, v. 132, pp. 197-208, 2004. 29. DHAR, P.; GHOSH, S.; BHATTACHARYYA, D.K. Dietary effects of conjugated octadecatrienoic fatty acid (9 cis, 11 trans, 13 trans) levels on blood lipids and nonenzymatic in vitro lipid peroxidation in rats. Lipids, v. 34, pp. 109-114, 1999. 30. DUFOURC, E.J. Solid-state NMR in biomembranes, in: B. Larijani; C. Rosser; R. 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  • 61. ANEXOS Artigo submetido ao periódico Bioorganic Chemistry.  ACEITO EFFECTS OF α-ELEOSTEARIC ACID ON ASOLECTIN LIPOSOMES DYNAMICS: RELEVANCE TO ITS ANTIOXIDANT ACTIVITY Robson Simplício de Sousa, Alessandro Oliveira de Moraes Nogueira, Viviane Gobel Marques, Rosilene Maria Clementin, Vânia Rodrigues de Lima. Apresentação de trabalhos em eventos. 1. SOUSA, R. S.; MARQUES, V. G.; LIMA, V. R.; CLEMENTIN, R. M. Purification and Characterization of α-Eleostearic Acid from Tung Oil. In: 6th Brazilian Symposium on Medicinal Chemistry BrazMedChem2012, 2012, Canela, RS. Anais do 6th Brazilian Symposium on Medicinal Chemistry BrazMedChem2012, 2012. 2. MARQUES, V. G.; NOGUEIRA, A. O. M.; SOUSA, R. S.; CLEMENTIN, R. M.; LIMA, V. R. Effect of conjugated linoleic acid on asolectin liposomes dynamics. In: XI Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), 2012, Florianópolis, SC. Anais do XI Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), 2012. 3. FERNANDES, J. O. ; MARQUES, V. G.; PEREIRA, L. S.; SOUSA, R. S.; CLEMENTIN, R. M. Efeito do solvente no processo de purificação por recristalização do ácido α-eleosteárico presente no óleo de tungue. In: XIX Encontro de Química da Região Sul (SBQSul), 2012, Tubarão, SC. Anais do XIX Encontro de Química da Região Sul (SBQSul), 2012. 4. SOUSA, R. S.; NOGUEIRA, A. O. M.; MARQUES, V. G.; CLEMENTIN, R. M.; LIMA, V. R. Influência do ácido α-eleosteárico na dinâmica de lipossomos de asolecitina de soja. In: XIX Encontro de Química da Região Sul - SBQSul, 2012, Tubarão, SC. Anais do XIX Encontro de Química da Região Sul (SBQSul), 2012. 5. MARQUES, V. G.; SOUSA, R. S.; FAGUNDES, C. A. M.; LIMA, V. R.; CLEMENTIN, R. M. COMPARAÇÃO DO PERFIL GRAXO DE AMOSTRAS DE ÓLEO DE TUNGUE COM DIFERENTES PERÍODOS DE ARMAZENAGEM. In: 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG, 2011, Rio Grande, RS. Anais da 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG. Rio Grande, 2011. 6. SOUSA, R. S.; MARQUES, V. G.; FAGUNDES, C. A. M.; LIMA, V. R.; CLEMENTIN, R. M. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO ANTITUMORAL ÁCIDO α-ELEOSTEÁRICO PRESENTE NO ÓLEO DE TUNGUE. In: 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG, 2011, Rio Grande, RS. Anais da 10ª Mostra da Produção Universitária - FURG. Rio Grande, 2011. 61