A Liga Hanseática era uma aliança de cerca de 150 cidades do Sacro Império Romano-Germânico, liderada por Lübeck, que tinha como objetivo manter os privilégios comerciais de seus membros e o monopólio do comércio nos mares Báltico e do Norte, comercializando produtos como peles, mel, cereais e madeira. As feiras de Champagne na França eram importantes centros comerciais que atraíam mercadores de diversas regiões, incluindo de Lübeck, graças à segurança, i
3. Clima de relativa
paz que facilitou as
comunicações
terrestres e o aumento da
Movimento das produção agrícola
Cruzadas
alargamento dos
mercados e progresso dos
transportes terrestres e
marítimos
Fatores de
desenvolvimento do
comércio
4. Identifica no mapa as principais rotas de comércio mediterrâneo no século XII.
5. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais .
Dois pólos logo despontaram nesse novo ambiente: as cidades italianas em
especial Veneza, Gênova. Os comerciantes dessas cidades passaram a
monopolizar o comércio de especiarias, comprando-as em portos orientais
de Constantinopla, Alexandria e Trípoli, para, através do
Mediterrâneo, revendê-las no mercado europeu.
6. Mas no norte da Europa, junto as Mar do Norte e ao Mar Báltico, também se formaram
regiões de intenso comércio, servidas em parte delas cidades italianas, que as atingiam
tanto por mar como por terra. Era a região de Flandres, produtora de tecidos, onde se
destacava a cidade de Bruges, e a região do Mar Báltico, que tinha como importantes
centro Hamburgo, Danzig e Lübeck, que ofereciam mel, peles, madeira e peixes vindos
de regiões próximas.
Lê o documento da
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7. A Liga Hanseática
Era uma associação de cidades do Sacro Império, que se constituiu visando a manutenção
dos privilégios comerciais de seus mercadores e o monopólio da navegação nos mares
Báltico e do Norte. A sua origem está nas primitivas associações de mercadores, e
principalmente nas ligas urbanas que se formaram no Império desde a segunda metade do
século XIII. Essas ligas – como a das cidades do Reno, formada em 1254, e a que agrupava
Lübeck, Kiel, Rostock e Hamburgo, de 1280 – tornaram-se associações mais fortes e
amplas, que passaram a atuar no início do século XIV. Em 1356 a Liga Hanseática foi
formalmente organizada, agrupando cerca de 150 cidades de várias áreas do Sacro Império.
Sob a liderança de Lübeck, as cidades da liga adotaram uma política externa comum,
caracterizada pela intransigente defesa de seus privilégios.
Entre a segunda metade do século XIV e o final do século XV, a Hansa manteve a
exclusividade do tráfego marítimo pelos mares Báltico e do Norte. Comercializava peles,
mel, cera, cereais, madeiras, âmbar, minérios, peixe salgado, cobre, ferro, vinho, sal, lã,
tecidos, etc.
Típica organização medieval, a Hansa não pôde sobreviver muito tempo à formação dos
Estados nacionais europeus, nem à abertura das rotas transoceânicas do Atlântico, fruto
das grandes navegações ibéricas.
ARRUDA, José Jobson ,Toda a história: história geral e do Brasil
1-Quais as cidades que integravam a Liga Hanseática?
2-Quais eram os objetivos da formação destas associações?
8. A abundância de
produtos fomentou as
trocas comerciais .
Estas para se
realizarem
necessitavam de lugares
próprios para onde se
dirigissem os
compradores e
vendedores.
-Feiras
-Mercados
9. Realizavam-se com maior
frequência ,
semanalmente ou
mensalmente e tinham
um âmbito mais restrito ,
ligando o interior com o
com o litoral.
10. Todo este dinamismo comercial
levou à criação de novas
actividades ligadas à Banca.
12. Afonso III,pela graça de Deus rei de Portugal , a todos os do meu
reino, saúde. Sabei que mando fazer uma feira na minha vila da Covilhã , em
cada ano, pela festa de santa Maria de Agosto e mando que essa feira dure
oito dias. Todos os que vierem a essa feira vender ou para comprar fiquem
seguros que não serão penhorados por qualquer dívida, a não ser por dívida em
dinheiro feita na dita feira. E para que ninguém tema vir a esta feira, ponho
como pena que quem agredir os homens que vierem a esta feira , me pague seis
mil soldos e o dobro do que tiver retirado ao respectivo dono.
Chancelaria de D. Afonso III
Afonso III, rei de Portugal , a todos os do meu reino e de todos os outros
reinos que esta carta virem , sabei que eu mando que se faça uma feira no meu
castelo de Guimarães e quero que se faça quatro vezes por ano . E mando que
cada feira dure quatro dias e eu dou a garantia todos os que vierem a esta
feira por motivo de vender ou comprar que não sejam penhorados por dívida
alguma a não ser por dívida de dinheiro feita na própria feira. E determino que
aquele que fizer mal aos homens que vierem a esta feira me pague mil
morabitinos. E nos dias que a feira durar não sejam feitas outras vendas na
Vila de Guimarães, a não ser na feira. E todos os que vierem à dita feira
paguem portagem.
Carta de Feira do Castelo de Guimarães
13. As feiras eram criadas através de uma Carta de Feira
passada pelo rei. Nesta carta ficavam estabelecidas as
regras que regulamentavam a feiras e as pessoas que a ela
iam vender ou comprar, isto é, os direitos , as regalias e
obrigações dos feirantes, assim como os impostos que
tinham que pagar.
14. As Feiras
realizavam-se uma
vez por ano e
envolviam
mercadores
vindos das mais
variadas regiões
(Ex: Feiras de
Champagne). As
feiras estavam
por vezes
associadas a
festas religiosas
e peregrinações.
15.
16. As cidades-feiras da Champagne: Lagny, Bar-sur- Aube, Provins e Troyes.
Filipe(1), pela graça de Deus rei de França, aos prebostes, bailios e outros
oficiais do nosso reino que virem as presentes cartas, saúde.
Tendo visto os autos do nosso tribunal sobre o conflito ocorrido entre os
mercadores de Lübeck por um lado e os recebedores da portagem de
Bapaume por outro, pareceu que quando estes mercadores se dirigem às
feiras de Champagne, com as suas mercadorias adquiridas ou compradas na
Alemanha, não devem tomar obrigatoriamente a estrada de Bapaume, mas
podem ir e vir com as suas mercadorias por onde quiserem, pagando as
portagens habituais nos locais a que se destinam.
Em contrapartida, se trouxerem ou escoltarem mercadorias ou dinheiro de
Flandres para as ditas feiras ou para outros locais que fizerem nos ditos
autos, deverão tomar a estrada de Bapaume. Por esta razão, ordenamos que
vos oponhais firmemente a que os ditos mercadores sejam importunados em
contrário ao conteúdo dos ditos autos. In Fernanda Espinosa, Antologia de Textos Históricos Medievais
(1) Filipe IV, o Belo, rei de França de 1285 a 1314.
Explicar o desenvolvimento e a importância económica do centro urbano a que se
reporta o documento - Os Mercadores de Lübeck nas Feiras de Champagne
17. • aliança de cidades mercantis que estabeleceu e manteve um monopólio
comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, monopolizando
(sal, madeira, cereais, peles, âmbar …)
Liga • uma aliança informal de comerciantes que oferecia a seus associados
Hanseática maior proteção contra saqueadores e piratas e ajudava a concretizar os
interesses que a comunidade tinha em comum.
• situação geográfica, próxima de regiões economicamente activas
como Flandres, França, países germânicos do oeste, países mediterrâneos
• segurança dos mercadores, a garantia das operações mercantis e as
Feiras de isenções fiscais ajudaram a que essas feiras fossem, durante muito
Champagne tempo, um grande sucesso.
• Os “italianos” estabelecem ligação entre os “europeus” e o “0riente”
ACESSO AOS: Produtos de luxo asiáticos (especiarias, tecidos :seda e
Cidades algodão, porcelanas, pérolas e pedras preciosas…), Matérias primas da
italianas Ásia Menor e ouro do Norte de África