A psicologia social surgiu no século XX para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais, tendo como objeto de estudo o comportamento dos indivíduos em interação. Ela aborda conceitos como percepção social, comunicação, atitudes, processo de socialização, grupos sociais e papéis sociais. Recentemente, novas configurações familiares, como casais homoafetivos e famílias homoparentais, vêm desafiando modelos tradicionais.
2. Surgimento
A psicologia social surgiu no século XX
como uma área de aplicação da
psicologia para estabelecer uma ponte
entre a psicologia e as ciências sociais
(sociologia, antropologia, etnologia).
O seu objeto de estudo é o comportamento dos indivíduos quando
estão em interação, o que ainda hoje, é controverso e aparentemente
redundante pois como se diz desde muito: o homem é um animal
social.
*A Etnologia é o estudo ou ciência que estuda os fatos e documentos buscando uma apreciação
analítica e comparativa das culturas.
DCP 2006
3. Psicologia Social
A psicologia social surgiu para
estabelecer uma ponte entre a psicologia
e a sociologia.
O seu objeto de estudo é compreender o
comportamento dos indivíduos quando
estão nas suas interações sociais.
Aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto
se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia.
DCP 2006
4. Psicologia Social no
Brasil
No Brasil, destacam-se nesta esfera dois psicólogos que trilham
caminhos opostos:
Aroldo Rodrigues – tem um ponto de vista mais empirista, ou seja,
acredita nas experiências como fonte única do conhecimento.
Silvia Lane – que adota uma linha marxista e sócio-histórica. Ela tem
discípulos conhecidos nos meios psicológicos, entre eles Ana Bock,
influenciada por Vygotski, que realizou
Importantes estudos sobre a exclusão e a inclusão.
Estes psicólogos acreditam que a economia
e o Estado que o alimenta criam subjetividades
moldadas segundo as suas características
próprias, ou seja, têm grande influência sobre
o desenvolvimento emocional dos indivíduos.
5. Psicologia Social e
Condicionamento
A Psicologia Social também estuda
o condicionamento – processo pelo
qual uma resposta é provocada por
um estímulo.
Os mecanismos mentais
conferem à esfera social
humana, enquanto por sua
vez a vivência em
sociedade igualmente
interfere nos padrões de
pensamento do Homem.
6. Psicologia social e
condicionamento
Estas investigações
teóricas tornam-se mais
profundas ao longo da
Segunda Guerra
Mundial, com a
contribuição de Kurt
Lewin, hoje concebido
por muitos
pesquisadores como o
criador da Psicologia
Social.
Esse ramo da psicologia pesquisa, assim, as relações sociais, a
dependência recíproca entre as pessoas e o encontro social.
7. Psicologia Social
e Sociologia
Para alguns estudiosos, a comparação
entre a Psicologia Social e a Sociologia
não é assim tão simples, pois ambas
constituem campos independentes, que
partem de ângulos teóricos diversos.
Há, portanto, uma distância
considerável entre as duas, porque
enquanto a psicologia destaca o
aspecto individual, a sociologia se
atém à esfera social.
DCP 2006
8. Teorias
Seguiu-se uma situação em que se confrontavam:
• Teorias Cognitivistas – procura explicar os processos da vida
social pelos processos mentais com que as pessoas os
interpretam - representações sociais.
• Teorias da Interação Simbólica - que explicam os processos
da vida social por meio das formas simbólicas em jogo na
interação social, em que os principais
conceitos são o de relação e o de
interação.
Exemplo:
10. Objetos Investigados
Os objetos investigados pela psicologia são então a interação, a
interdependência entre os indivíduos e o encontro social.
Dessa perspectiva, alguns dos principais conceitos são:
percepção social,
comunicação,
atitudes e a mudança de atitudes,
processo de socialização,
grupos sociais e os papéis sociais.
11. Percepção Social
Quando uma pessoa encontra outra(s), o primeiro processo que
se desencadeia é o da percepção social. Percebemo-nos
mutuamente e formamos uma impressão acerca do outro.
A interação social suscita uma interpretação mais subjetiva do
que a que ocorre na percepção de objetos, e tendemos a
pensar: por que alguém faz isso ou aquilo, o que ela pretende ....
Depressão
13. Comunicação
A percepção acerca do outro é uma forma de comunicação que
depende da atribuição de significado à situação vivida.
A comunicação é um processo que passa pela percepção, na
medida em que envolve codificação e decodificação de mensagens,
seja pelo meio cognitivo, seja pelo meio expressivo.
Há um processo de
interdependência,
conformidade e
influência entre as
pessoas que se
comunicam.
14. Atitudes
A partir da percepção social, o indivíduo organiza suas
informações, relacionando-as com afetos e desenvolvendo
uma predisposição para agir em relação às pessoas e
objetos.
Na psicologia social definimos atitude como uma
predisposição – positiva ou negativa, para agir numa
determinada direção.
Diferente do que se pensa no senso comum, nós não
tomamos atitudes (ação, comportamento), mas sim
desenvolvemos atitudes (crenças, valores) em relação aos
objetos do meio social.
Exemplo:
16. Atitudes
A análise de atitudes e preferências constitui um objetivo de
primeira necessidade para a compreensão de
comportamentos, como o racismo, as ideologias, modelos
estereotipados, etc., como também nos mecanismos de
modificação de atitudes.
17. Processo de Socialização
A formação do conjunto de nossas
crenças, valores e significações dá-
se no processo de socialização.
Nesse processo, o indivíduo torna-
se membro de um determinado
conjunto social, aprendendo seus
códigos, normas e regras básicas
de relacionamento, apropriando-se
do conjunto de conhecimentos já
sistematizados e acumulados por
esse conjunto.
19. Grupos Sociais
Para a psicologia social, um
grupo é formado pela reunião de
pessoas que compartilham um
objetivo, produzindo traços de
filiação e interação social entre
elas. Esse conjunto de pessoas
deve estar em contato,
considerar-se mutuamente como
membros de um grupo e ter algo
importante em comum.
Assim, quando temos um
encontro como o da sala de
aula, podemos dizer que estão
se encontrando representantes
de diferentes grupos sociais:
você, sua família, seus amigos,
sua religião, etc.
21. Papéis Sociais
Se entendemos a sociedade
como um conjunto de posições
sociais (médico, professor, filho,
aluno, pai, etc.), as expectativas
de comportamento estabelecidas
pelo social para cada posição
determinam o papel prescrito.
Assim, sabemos o que esperar
de alguém que ocupa
determinada posição.
Quando aprendemos um papel
social, aprendemos também o
papel complementar (ex: pai-
filho, aluno-professor...).
23. Perigos
Existem situações sociais que afetam o comportamento das
pessoas, promovendo tensões tão grandes que levam a um
comportamento inadequado. Mas nem sempre somos loucos por
fazer coisas loucas.
Quando a gente vê um comportamento desagradável, tendemos a
nos excluir: ”nós, que somos boa gente”.
Essa é uma forma presunçosa de se colocar em relação a
determinadas pressões sociais.
24. Perigos
Algumas variáveis podem levar muitos adultos “normais” a se
comportarem de modo muito diferente do que acredita ser o
adequado.
32. Casamento Homoparental
Conjugalidade
O modelo tradicional da família sempre foi a união
abençoada pelos sagrados laços do matrimônio
entre um homem e uma mulher.
O varão tinha que ser mais alto, mais velho e ganhar mais do que a
esposa. A ela bastava manter-se virgem até o casamento. Além de
recatada e obediente, somente se preparava para ser uma boa
dona de casa.
Não precisava ter qualquer preocupação de ordem intelectual ou
profissional, pois com o casamento se tornaria
a rainha do lar.
Sua única obrigação – verdadeira missão – era
cuidar do marido e criar os filhos.
Também o casamento era indissolúvel – até que
a morte os separasse.
33.
34. Parceiros Homosexuais
A faculdade legal da adoção por uma só pessoa,
independentemente de estado civil, é que permitiu aos parceiros
homossexuais constituírem família com filhos.
A partir de 2006, a justiça passou a deferir a adoção ao parceiro do
adotante.
Em dezembro de 2008, a justiça
gaúcha autorizou o registro
dos filhos em nome das duas
mães que haviam se
socorrido da técnica de
reprodução in vitro.
35. Nova Realidade
Trata-se de uma nova realidade que é possível flagrar nos álbuns de
família. Seus figurantes não mais pousam de forma convencional,
todos sérios e sisudos.
Ninguém mais ocupa lugares definidos, tendo o patriarca e a
matriarca ao centro cercados de filhos, noras e netos. As
vestimentas ganharam leveza, os chapéus desapareceram.
Agora a família é fotografada de foram descontraída, as pessoas
sorrindo, abraçadas, fazendo questão de demonstrar o
envolvimento afetivo que os une.
Hoje é a espontaneidade que conta, e quanto mais informais seus
figurantes, mais fiel é o retrato do que a família é: uma relação de
afeto.