SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 90
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ECISA – PATOS – PB
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
DOCENTE: ARETUSA DELFINO DE MEDEIROS
PATOS –PB
2012
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
SUMÁRIO
UNIDADE ASSUNTO
01 Introdução a Enfermagem Pediátrica
02 Cuidados de Enfermagem ao Recém Nascido
03 Teste de PKU
04 Programa Nacional de Imunização
05 Assistência de Enfermagem no Crescimento e Desenvolvimento da Criança
06 Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância -AIDIPI
07 Infecções Respiratórias Agudas
08 Diarréia Aguda
09 Desnutrição
10 Desidratação
11 Necessidades Básicas da Criança
12 Hospital Pediátrico
13 Humanização da Assistência a Criança Hospitalizada
14 Admissão e Alta da criança
15 Cuidados de Enfermagem no Pré, trans e pós – operatório da criança
16 Assistência de enfermagem a Criança Terminal
17 Técnicas Pediátricas
18 Anexos
19 Referências Bibliográficas
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM PEDIÁTRICA
O significado social e a existência de um grande número de crianças em qualquer
população são marcas de enfermagem pediátrica. Esta se caracteriza pela atenção a um grupo
de pessoas que está em constante crescimento e desenvolvimento e pela abordagem de ações
preventivas em seu cotidiano de assistência.
O aparecimento da Pediatria como especialidade ocorreu na Europa, quando alguns
médicos começaram a observar e a estudar as diferenças das doenças ocorridas em adultos e
em crianças. Antes disso, o fato não tinha o menor significado tanto para médicos quanto para
enfermeiras. O aparecimento do primeiro departamento de Pediatria na Universidade de
Havard se deu em 1888.
Há algum tempo, a assistência de enfermagem à criança hospitalizada seguia condutas
e procedimentos extremamente rígidos. A ausência de medicamentos antibióticos, os
altíssimos índices de infecção, o grande número de crianças doentes e o próprio despreparo de
profissionais levavam ao estabelecimento de regras de isolamento e repouso muitas vezes
absurdas, como o uso de camisas - de - força. Preocupados com o risco de infecção cruzada e
despreparados para atender as necessidades individuais da criança e dos pais, os profissionais
de saúde as mantinham isoladas, tanto uma das outras como da mãe e do restante da família.
Com os avanços na área de saúde, houve mudanças nos métodos de assistência à criança.O
advento da Psicologia, os estudos de Freud e de outros sobre o comportamento humano deram
início a uma abordagem mais integral à criança, possibilitando a compreensão das suas
necessidades emocionais,em suas diversas fases de crescimento e desenvolvimento.
1.0 – CONCEITOS BÁSICOS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA:
1.1- Enfermagem Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida
à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que
se dedica ao cuidado do ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde o
nascimento até a adolescência.
1.2- Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em
crescimento e desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência.
1.3- Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do
nascimento até completar 28 dias;
1.4- Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que
cuida da manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e
desenvolvimento.
1.5- Hebiatria: é o ramo da Pediatria que atende as necessidades de saúde do adolescente.
1.6- Classificação da infância em grupos etários:
LACTENTE: Neonatal: 0 – 28 dias / Lactente: 1-12 meses
1ª INFÂNCIA: Todller : 2anos e 11 meses/ Pré-escolar: 3 – 5 anos e 11 meses
2ª INFÂNCIA: Escolar: 6 anos e 11 meses a 11 anos e 11 meses
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
INFÂNCIA TARDIA: Adolescente: a partir dos 12 anos
2.0. DIREITOS DA CRIANÇA:
2.1- DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: Em 1924, os direitos da criança foram
declarados pela ONU, mas o reconhecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos
aconteceu em 1959. Objetivando afirmar que toda criança merece uma infância feliz e que
possa gozar de direitos e liberdades, essa declaração enunciou os seguintes princípios:
“ Toda criança gozará de todos os direitos enunciados na Declaração” :
 A criança gozará de proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e
facilidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social de forma sadia e normal e em condições de dignidade.
 Toda criança terá direito a nome e nacionalidade, desde o nascimento;
 A criança gozará os benefícios da previdência social,a criança terá direito à
alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas;
 À criança incapacitada física ou mentalmente, serão proporcionados o tratamento, a
educação e os cuidados especiais;
 Para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade, a criança
precisa de amor e de compreensão.
 A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e obrigatória, pelo menos
no grau primário;
 A criança figurará, em qualquer circunstância, entre os primeiros a receber proteção e
socorro;
 A criança deve ser protegida contra quaisquer formas de negligência, crueldade e
exploração;
 A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial,
religiosa ou de qualquer outra natureza ( ONU, 1959).
3.0. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE:
O Estatuto da criança e do adolescente foi legalizado em 1990, pela Lei Federal nº
8.069. Ao prestar sua assistência, os técnicos e os auxiliares de enfermagem, assim como os
demais profissionais de saúde, deverão considerar os direitos prescritos por esse Estatuto, sob
pena de serem acionados judicialmente. No Brasil, com relação à saúde, as crianças e os
adolescentes têm os seguintes direitos:
Art.7º. A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e a saúde, mediante a
efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio
e harmonioso, em condições dignas de existência.
Art. 8º. É assegurado à gestante, através do SUS, o atendimento pré e perinatal.
Art 9º. O Poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas
ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de
liberdade.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Art 10º. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e
particulares, são obrigados a:
I- manter registro das atividades desenvolvidas pelo prazo de 18 anos;
II- Identificar o recém-nascido;
III- Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como, a orientação aos pais;
IV- Fornecer declaração de nascimento onde constem as intercorrências do parto e do
desenvolvimento de neonato.
Art 11º. È assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do SUS,
garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.
Art 12º. Os estabelecimentos de atendimentos á saúde deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de
criança ou adolescente.
Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.
Art 14º. O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção
das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação
sanitária para pais, educadores e alunos.
Parágrafo único: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitária. ( MS, 2001)
UNIDADE 2
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO
1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DO RN (RECÉM-NASCIDO) QUANTO:
1.1. Idade Gestacional:
 RN À TERMO OU NORMAL: é toda criança nascida de uma gestação entre
38 a 42 semanas de gestação. (280 dias/ Dando margem de 15 dias antes ou
após o parto).
 RN PREMATURO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37
semanas de gestação.
 RN POSMATURO: é toda criança nascida de uma gestação com mais de 42
semanas de gestação.
1.2. Peso Ao Nascer
 A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4
kg – entre percentis 10 e 90.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou
inferior a 2,5 kg, abaixo do percentil 10.
 G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou
superior a 4 kg – acima do percentil 10.
 RN DE ALTO RISCO: é o produto de uma gestação de alto risco, onde as
intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio
mãe-filho, determinando morbi-mortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias
pós-parto.
RN PREMATURO
1.CONCEITO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas e 6 dias, com
peso igual ou inferior a 2,5 kg e estatura igual ou inferior a 45 cm.
2.CLASSIFICAÇÃO:
Prematuro Limítrofe: gestação entre 36 a 37 semanas e 6 dias.
Moderadamente prematuro: gestação entre 31 a 35 semanas e 6 dias
Extremamente prematuro: gestação entre 28 a 30 semanas e 6 dias.
3.ETIOLOGIA: Gravidez precoce, fumo, álcool, doenças cardíacas, desnutrição materna,
gravidez gemelar, placenta prévia (PP), descolamento prematuro da placenta(DPP), placenta
normalmente inserida (DPPNI): doença auto-imune, onde a mãe sempre morre por
hemorragia.
4.INCIDÊNCIA: Classe social mais baixa.
5.CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS
Postura: Inativo/ flácido e relaxado, com as extremidades mantidas em extensão.
Permanecem em qualquer posição que se coloca.
Cabeça: grande, desproporcional, achatada nos lados e longa da frente para trás, desprovida
de convexidade usual nas áreas temporais e parietais.
Face: senil, envelhecida.
Cabelos: finos, ralos como lanugem.
Olhos: fechados, grandes em relação a face e proeminentes.
Pescoço: curtíssimo, o mento repousa sobre a caixa torácica.
Cartilagem da orelha: mal desenvolvida, maleável, macia.
Fontanelas: amplas
PC: 25/32 cm
PT: 23/30 cm
Características Gerais:
Peso: Depende do grau de imaturidade, varia de > 500 g à 2,5 kg.
Extremamente baixo: 500 g a 1 kg
Muito baixo: 1 kg a 1,5 kg
Baixo: 1,5 kg a 2,5 kg
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Estatura: 45 cm
Caixa torácica: deprimida / Abdômen: distendido
Tônus Muscular: diminuído / Ausência de sulcos plantares
Pele: tecido subcutâneo delgado, coloração pálida, coberta por lanugem.
Mãos e pés: poucos sulcos, aspecto liso; Unha: não atinge a polpa digital
Genitais:
Masculino: Saco escrotal subdesenvolvido; podendo está retido na cavidade abdominal.
Feminino: Grandes lábios pouco evidentes; clitóris proeminente.
6.CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS
 APARELHO RESPIRATÓRIO: Imaturo, devido ao desenvolvimento incompleto
dos alvéolos e capilares. Tecido pulmonar e centro regulador imaturos. Respiração:
periódica; hipoventilação; episódios freqüentes de apnéia.
 APARELHO TERMO REGULADOR: Precário e imaturo. Incapacidade da
manutenção da temperatura corpórea, por não possuir gordura de isolamento térmico.
 APARELHO DIGESTIVO: Deficiente. Dificuldade de absorção. Quanto mais
intensa a prematuridade, mais ausentes estão os reflexos de sucção e deglutição. Há
três tipos de prematuro:
1.O que suga e deglute (uso de mamadeira)
2.O que não suga e deglute (uso de conta-gotas)
3.O que não suga e não deglute (gavagem/sonda)
ATIVIDADE REFLEXA: Diminuída /Sinais neurológicos: ausentes.
COMPLICAÇÕES: Hiperbilirrubinemia/ Hipoglicemia/ Distúrbios Hidroeletrolíticos.
PÓS MATURO
1.CONCEITO: É toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas.
2.CAUSAS: A maioria desconhecida, porém se atribui a:
Hereditariedade
Primiparidade com mais de 28 anos
Repouso excessivo
Distúrbio endócrino
3.CARACTERÍSTICAS GERAIS
Peso: O RN pode nascer com perda de peso. A placenta ao envelhecer perde sua função,
não conseguindo manter os nutrientes para o feto.
Tecido adiposo diminuído, depleção da gordura subcutânea, aspecto físico comprometido,
refletindo o desprovimento intrauterino, apresentando um aspecto delgado e alongado.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Estatura: cerca de 3 a 4 cm maior que o normal.
Pele: macerada, enrugada, sem lanugem, sem vernix caseoso, apresentando dobras,
rachaduras, manchas enegridas, apergaminhada
Unhas: ultrapassam a polpa digital, sujas de mecônio.Sulcos palmares profundos.
Mãos: secas e descamadas.
COMPLICAÇÕES:
Aspiração de mecônio: provocada pela hipóxia intrauterina, associada com a acidose. O
RN aspira o líquido amniótico que contém mecônio. (A hipóxia provoca relaxamento do
esfíncter anal).
Hipoglicemia: provocada pelo estoque de gordura. O glicogênio do fígado é logo
escasseado, necessitando, portanto de reservas energéticas.
Policitemia: aumento dos eritrócitos, elevando a viscosidade do sangue. A circulação se
torna lenta e é obstruída sobretudo nos capilares, assim o sangue não chega a circulação
periférica.
RN DE ALTO RISCO
1.CONCEITO: é o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências
patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho,
determinando morbi-mortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto.
2.CLASSIFICAÇÃO: De acordo com o peso do nascimento; Idade Gestacional;
Problema fisiopatológico predominante.
3.RN CONSIDERADOS DE ALTO RISCO:
 Prematuro
 Pós- maturo
 Anóxia perinatal
 Macrossomia
 Gemelaridade
 Rh negativo
 Anomalias congênitas
 Desnutrição
 Diabetes materna
 Mães com AIDS
 Mães com DSTs
4.GESTAÇÃO DE ALTO RISCO:
 Idade materna menor de 16 anos ou maior de 35 anos
 Insuficiência Placentária
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 Diabetes
 Hemorragia
 Hipertensão Crônica
 Nefropatia
 Cardiopatia
 Placenta Prévia
 Descolamento da Placenta Normalmente Inserida
 Cuidados após o Nascimento:
A transição bem-sucedida de um feto (imerso no líquido amniótico e totalmente
dependente da placenta para obter nutrientes e oxigênio) até o seu nascimento, respirando
e chorando vigorosamente, é algo sempre maravilhoso. Os recém-nascidos saudáveis
necessitam de um bom cuidado para garantir seu desenvolvimento normal e uma boa
saúde.
Imediatamente após um nascimento normal, a equipe da sala de parto ajuda a mãe
a segurar o seu filho. A amamentação geralmente pode ser iniciada neste momento caso a
mãe assim o desejar. O pai é também encorajado a segurar o seu filho e a compartilhar
esses momentos. Alguns especialistas acreditam que o contato físico imediato com a
criança ajuda a estabelecer vínculos afetivos. Contudo, os pais podem estabelecer bons
vínculos afetivos com seus filhos inclusive quando não passam as primeiras horas juntos.
1.CUIDADOS IMEDIATOS AO RN:
São aqueles prestados ainda na sala de parto.
1.1. Desobstrução das VASS:
Objetivos:
 Promover limpeza das VASS e a instalação imediata e posterior manutenção da
respiração.
 Impedir tamponamento dos espaços bronco-alveolares.
 Impedir anóxia.
OBS: 1º se aspira a boca, depois o nariz.
Avaliação das condições vitais do RN, através da Escala de Apgar.
ESCALA DE APGAR
SINAIS ESCORE O ESCORE 1 ESCORE 3
Freqüência das
pulsações
Ausente Menos de 100 Acima de 100
Esforço respiratório Ausente Superficial Choro forte
Tônus muscular Atonia/Hipotonia Ligeira flexão Movimentos ativos
Irritabilidade reflexa Ausente Careta Espirro/tosse
Cor da pele Cianose/Palidez Cianose de
extremidades
Rósea
1.3. Pinçamento e secção do cordão umbilical
1.4. OBS: Realiza-se após a cessação dos batimentos
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
1.3. Aspiração do suco gástrico
1.4. Credeização /Método de Credé: Instila-se 1 gota de Nitrato de Prata a 1% nos olhos, na
vagina e/ou pênis do RN a fim de evitar oftalmia gonocócica, transmitida verticalmente.
1.5. Identificação do RN (Nome da gestante, data e hora do nascimento): Identificar o recém-
nascido com pulseira própria ou feita com esparadrapo e colocada no antebraço e tornozelo.
2.CUIDADOS MEDIATOS AO RN:
São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediátrica.
2.1.Higiene: O Banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento.
Tenta-se não retirar o material gorduroso esbranquiçado (verniz caseoso) que recobre a maior
parte da pele do recém-nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a infecção.
2.2.Administração de Vitamina K. Como todos os conceptos nascem com concentração
baixa de vitamina K, o enfermeiro ou o técnico de enfermagem administra 1mg por via IM
desta vitamina para evitar a ocorrência de sangramentos (doença hemorrágica do recém-
nascido) Objetivo: Catalisar a síntese da protrombina no fígado.
2.3.Curativo do Coto Umbilical: Higiene do Coto Umbilical é em geral, uma solução
antisséptica ( álcool a 70%) aplicada no cordão umbilical recém-seccionado, para ajudar a
evitar a infecção e o tétano neonatal. O clipe plástico do cordão umbilical é removido 24
horas após o nascimento. O coto remanescente deve ser umedecido diariamente com uma
solução alcoólica. Este processo acelera a secagem e reduz a possibilidade de infecção do
coto. O coto umbilical cairá por si mesmo, geralmente entre o 5º e o 12º dia. Um retardo
maior na queda não deverá ser motivo de preocupação.
2.4.Medidas Antropométricas:
Peso: Balança adequada, protegida com fralda.
Comprimento: Utilização da Mesa antropométrica.
2.5. Aquecimento: Manter RN aquecido, no berço (conforme rotina do hospital) e manter
observação rigorosa (cianose; vômito; tremores; respiração). É fundamental que o recém-
nascido seja mantido aquecido. Assim que possível, ele deve ser enrolado em panos leves
(cueiros) e a sua cabeça é coberta, para reduzir a perda do calor corpóreo.
À Enfermagem cabe:
– Registrar, na ficha do recém-nascido, sua impressão plantar e digital do polegar direito da
mãe;
– Em partos múltiplos a ordem de nascimento deverá ser especificada nas pulseiras através de
números (1, 2, 3, 4 etc.) após o nome da mãe;
– Preencher a ficha do recém-nascido com os dados referentes às condições de nascimento,
hora e data do parto.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Primeiros Dias do RN
Durante os primeiros dias após o nascimento, os pais aprendem a alimentar, a banhar e a
vestir a criança, familiarizando-se com suas atividades e sons.
A primeira urina produzida por um recém-nascido é concentrada e, freqüentemente,
contém substâncias químicas denominadas uratos, que podem dar às fraldas uma coloração
rosa,que não deve ser confundida com sangue
A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro-esverdeada e viscosa),
que é conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado,
pâncreas e intestino fetal, líquido amniótico deglutido e células intestinais Todo recém-
nascido deve eliminar o mecônio nas primeiras 24 horas após o nascimento. Após 2 a 3 dias
do nascimento surgem as chamadas "fezes de transição".
Durante os primeiros dias de vida, o recém-nascido normalmente perde 5 a 10% de
seu peso ao nascimento. Este peso é rapidamente recuperado à medida que ele começa a se
alimentar.
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO
Nome da mãe, procedência, instrução, estado civil, residência. Registro materno e do
recém-nascido quando usado a ficha de internação neonatal.
O primeiro exame físico do recém-nascido tem como objetivo:
– Detectar a presença de malformações congênitas
– Avaliar a capacidade de adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina.
– O exame físico deve ser realizado com a criança despida, mas em condições técnicas
satisfatórias.
EXAME NEUROLÓGICO:
O exame neurológico compreende a observação da atitude, reatividade, choro,
tônus,movimentos e reflexos do recém-nascidos. Deve-se pesquisar os reflexos de
Moro,sucção, busca, preensão palmar e plantar, tônus do pescoço, extensão cruzada dos
membros inferiores, endireitamento do tronco e marcha automática.
Reflexos do Recém-nascido
Reflexo Descrição
De Moro
Quando o recém-nascido se assusta, seus membros
superiores e inferiores balançam para fora e para frente,
num movimento lento, com os dedos esticados
De Busca
Quando qualquer um dos extremos da boca de recém-
nascido é tocado, ele vira a cabeça para esse lado. Este
reflexo permite que o recém-nascido encontre o mamilo
De sucção
Quando um objeto é colocado na boca do recém-
nascido, ele começa a sugar imediatamente
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
UNIDADE 3
TESTE DE PKU ( TESTE DO PEZINHO)
Nome popular para a Triagem Neonatal, o teste do pezinho é gratuito e deve ser feito a
partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte do corpo
rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido em uma única punção, rápida e quase
indolor para o bebê. No teste, o sangue da criança é coletado em papel filtro especial. As
amostras de sangue obtidas são secas e posteriormente enviadas ao laboratório para o
processamento dos exames.
Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 70 para
identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de "anomalias congênitas", porque se
apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Ambas, se não tratadas a
tempo, podem levar à deficiência mental.
A identificação precoce de qualquer dessas doenças permite evitar o aparecimento dos
sintomas, através do tratamento apropriado. Por isso, recomenda-se realizar o teste idealmente
no 5º dia de vida do bebê. Antes disso, os resultados não são muito precisos ou confiáveis. A
partir desse dia, é importante que toda mãe leve seu filho para fazer o exame. Assim o
tratamento, se for o caso, será mais eficaz.
Por meio de lei federal, o teste se tornou obrigatório em todo o País, em 1992, embora
ainda não alcance a totalidade dos recém-nascidos. A portaria de número 822, de 6 de junho
de 2001, assinada pelo ex-ministro José Serra, criou o Programa Nacional de Triagem
Neonatal (PNTN) com o objetivo de atender a todos os recém-natos em território brasileiro.
Atualmente, já existe uma versão ampliada, que permite identificar mais de 30
doenças antes que seus sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso
sofisticado e ainda bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.
DOENÇAS DIAGNOSTICADAS
1.FENILCETONÚRIA: É uma doença genética, de caráter autossômico recessivo
decorrente da deficiência da enzima fenilalanina-hidroxilase. Em conseqüência a fenilalanina
acumula-se no sangue do RN, com efeitos tóxicos do sistema nervoso central, podendo causar
até a deficiência mental severa.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Conseqüências
Deficiência mental irreversível.
Convulsões, problemas de pele e cabelo.
Problemas de urina e até invalidez permanente.
Tratamento: Controle alimentar com dieta especial à base de leite e alimentos que não
contenham fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e leve
uma vida normal.
2.HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
É hereditário, causado pela falta de uma enzima, impossibilitando que o organismo
forme o T4, hormônio tireoidiano, impedindo o crescimento e desenvolvimento de todo o
organismo inclusive o cérebro, sendo a deficiência mental uma de suas manifestações mais
importantes.
Conseqüências
Deficiência mental irreversível, convulsões, problemas de pele e cabelo, problemas de
urina e até invalidez permanente.
Tratamento
Administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê
fique bom e tenha uma vida normal.
3.HEMOGLOBINOPATIAS:
São doenças que acometem a estrutura ou/e a taxa de produção da molécula de
hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos e responsável pelo transporte de oxigênio para
os tecidos. A anemia falciforme (AF) é a hemoglobinopatia mais freqüente no nosso país,
atingindo cerca de 0,1-0,3% da população de negros.
4.FIBROSE CÍSTICA:
É a doença autossômica recessiva de elevada prevalência nas populações de origem
européia, caracterizada por uma disfunção crônica e grave dos pulmões e trato gastrointestinal
devido a um distúrbio no transporte de cloreto pelas membranas epiteliais. A freqüência dessa
patologia na população do sul do Brasil é de 1 para 2.500 nascidos vivos.
MÉTODO DE COLETA:
 Colher a partir de 72 h de vida ou entre o 3° e 30° dias de vida.
 Preencher o cartão com os dados da criança e assinalar os exames a serem feitos.
 Aquecer o local com bolsa de água morna, 44° por 5 min.
 Assepsia com álcool 70% e deixar secar.
 Usar uma lanceta fina e puncionar a face lateral do calcanhar, com movimento firme e
único, seguido por movimento de rotação bilateral.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 Desprezar a primeira gota com gaze ou algodão seco.
 Formar uma gota grande e encostar o papel filtro deixando saturar os círculos até
enche-los e vazar no verso.
 Secar em temperatura ambiente por 3 h na horizontal sem que o sangue encoste na
superfície ou objetos
 Enviar ao laboratório em envelope próprio ou papel alumínio.
UNIDADE 4
CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA NO PRIMEIRO ANO DE
VIDA
As vacinas (cujo nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que,
quando é injetado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano)
são substâncias tóxicas, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma
reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um
determinado agente patogênico, por forma a tornar o organismo imune a esse agente (e às
doenças por ele provocadas).São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos
(vírus ou bactérias), ou ainda de venenos, previamente enfraquecidos. Por inserir no
organismo esse tipo de substâncias, os efeitos colaterais podem ser adversos, correspondendo
ao esforço que nosso corpo está fazendo para controlar as substâncias.
A descoberta da vacina se deve às pesquisas de Louis Pasteur, que em seu leito de
morte, disse: "O vírus não é nada, o terreno é tudo", com isso ele estava explicando que os
vírus só se multiplicam sem controle (gerando doenças) em um organismo, se encontrarem
terreno favorável para isso. Mas a vacina já era usada anteriormente, na forma de medicina
popular, pelos chineses e povos do mediterrâneo. Pasteur, entretanto, formalizou seu uso com
o rigor científico.
Calendário Básico de Vacinação da Criança – 2012
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a
nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto
de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
BCG
Composição: Bacilo Calmette-Guérin liofilizado, obtido por atenuação do M. bovis, cepa Mooron-Rio.
Idade: a partir do nascimento e revacinação quando não houver cicatriz vacinal.
Indicação: em especial nas crianças menores de 5 anos e preferencialmente nos menores de 1 ano. O mais
precocemente em crianças HIV positivas assintonáticas.
Dosagem e via de administração: 0,1ml ID na inserção inferior do deltóide.
Agulha: 13x3,8
Tempo de validade após aberto o frasco: 06 horas.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Eventos adversos: formação de abscesso e/ou ulceração (axilar).
Contra-indicação: imunodeficiência congênita ou adquirida; HIV sintomático; < 2000g, afecções dermatológicas
extensas (escabiose, impetigo= adiamento).
Conservação: +2 + 8ºC inativada quando exposta à luz artificial.
HEPATITE B
Composição: Há 2 tipos : 1 partícula viral tratada com formol (2 recombinação do RNA viral através de
engenharia genética).
Idade: nas primeiras 12 horas de vida.
Esquema: 0,1,6 meses – 1ª dose para 2ª dose intervalo de 30 dias e da 1ª dose para 3ª dose um intervalo de 6
meses.
Dosagem e via de administração: 0,5 ml ou de acordo com o fabricante, IM profunda no Vasto Lateral da Coxa
(VLC) em crianças até 2 anos e deltóide em crianças maiores.
Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 25x7 (maiores de 2 anos).
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco.
Eventos adversos: dor no local da injeção e febre baixa.
Contra-indicação: reação anafilática sistêmica na dose anterior.
Conservação: + 2º+ 8º, congelamento inativa.
POLIOMIELITE ORAL ( VOP )
Composição: vírus vivo atenuado em cultura de células.
Idade: a partir dos 2 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias.
Esquema: 3 doses a partir dos 2 meses de idade, com intervalos de 60 dias e no mínimo 30 dias; dose de reforço
aos 15 meses.
Dosagem e via de administração: 2 gotas oral.
Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias.
Contra-indicação: crianças com imunodeficiência (congênita ou adquirida); pessoas submetidas a transplante de
medula; crianças HIV+ sintomáticas (AIDS).
Conservação:geladeira, +2+8ºC.
Observação: Retornar ao refrigerador ou isopor imediatamente após a vacinação.
TETRAVALENTE
Composição: vacina que contém toxidóide diftérico, tetânico e Bordetella pertussis, além de polissacarídeo
capsulares (Poliribosol-ribtol-fosfato- PRP) do Haemophilus influenza conjugada com uma proteína carreadora
tetânica.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Idade: até 11 meses e 29 dias.
Via de administração: IM ou VLC.
Esquema: 3 doses de 0,5ml a partir dos 2 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo
30 dias.
Agulha: 20x5,5.
Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias.
OBS: Não administrar em crianças maiores de 1 ano. Caso, o esquema não esteja completo, completar com DTP.
Eventos adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar e irritabilidade nas 24-48h.
Contra-indicação: crinaças que desencadeiam reação anafilática não administrar dose seguinte.
Conservação: +2 +8ºC.
TRÍPLICE BACTERIANA – DTP
Composição: a vacina tríplice DTP contém toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada em
suspensão, tendo como adjuvante hidóxido ou fosfato de alumínio.
Idade: 1º primeiro reforço aos 15 meses e o 2º reforço entre 4-6 anos. Idade mínima aos 12 meses.
Esquema: 2 doses de 0,5 mal a partir dos 15 meses de idade.
Via de administração: IM profunda no VLC e em crianças maiores de 2 anos administrar no deltóide.
Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 27x7 (maiores de 2 anos).
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco.
Evento adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar geral e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 horas.
Contra-indicações: a aplicação da vacina tríplice DTP é contra-indicada em crianças que tenham apresentado
após a aplicação da dose anterior – reação anafilática.
TRÍPLICE VIRAL
Composição: vacina combinada do vírus vivo atenuado, liofilizado contra sarampo a rubéola e caxumba.
Idade: a partir dos 12 meses de idade, recomenda-se aos 15 meses para coincidir com o reforço da DTP e pólio.
Via de administração: SC.
Esquema: 0,5 ml dose única e reforço entre 4 – 6 anos de idade.
Agulha: 13x4,5 .
Tempo de validade após aberto o frasco: 8 horas.
Efeitos adversos: febre e erupções de curta duração, entre o 5º e o 10º dia de pós-vacina, artralgia e artrite, mais
freqüentemente em mulheres adultas.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Contra-indicação: reação sistêmica ao ovo de galinha (urticária, edema da glote, dificuldade respiratória,
hipotensão ou choque), gravidez.
Conservação: +2+8ºC.
FEBRE AMARELA
Composição: vacina derivada da cepa 17, vírus da febre amarela, Sacarose 8 mg e 3 mg de glutamato de sódio.
Idade: a partir dos 9 meses.
Indicação: contra a febre amarela.
Via de administração: SC no deltóide.
Esquema: 1ª dose aos 9 meses e reforço a cada 10 anos.
Agulha: 13x 4,5.
Tempo de validade após aberto o frasco: 4 horas.
Eventos adversos: dor local, cefaléia e febre.
Contra-indicação: crianças menores de 6 meses; portadores de imunodeficiência (congênita ou adquirida),
neoplasias malignas e pacientes HIV+ sintomáticos; uso de corticoesteróides em doses elevadas; pessoas com
história de reação anafilática após consumo de ovo.
Conservação: +2+8ºC, quando congelada inativa.
ROTAVÍRUS
Composição: é uma vacina elaborada com vírus isolados de humanos e atenuados para manter a capacidade
imunogênica, porém não patogênica.
Idade: mínima 1 m e 15 dias e idade máxima 5 meses 15 dias.
Indicação: gastroenterite provocada pelo vírus rotavírus.
Vias de administração: Cada dose corresponde a 1 ml (exclusivamente oral).
Tempo de validade após aberto o frasco: 24 horas após a preparação da vacina.
Esquema: 2 doses; 2 meses e 4 meses, com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias.
Eventos adversos: reação sistêmica grave até 2 h após a administração; presença de sangue nas fezes até 42 dias
após vacinação; internação por abdome agudo até 42 após a dose da vacina.
Justificativas para a sua inclusão no calendário vacinal infantil:
1.Os rotavírus constituem a principal causa de gastroenterites em crianças, sendo responsável por mais de
400.000 óbitos por ano em países em desenvolvimento.
2.A maior incidência das infecções por rotavírus se concentra na faixa etária de 6 a 24 meses, com o quadro
clínico clássico caracterizado-se por diarréia precedida de febre e vômitos, evoluindo rapidamente para
desidratação.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
VACINA DUPLA BACTERIANA – dT
Composição: toxóide diftérico+tetânica com hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio como adjuvante.
Idade: dT administrar em crianças maiores de 7 anos e adultos.
Dosagem e via de administração: 0,5 ml IM profunda no deltóide.
Esquema: 3 doses com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. O reforço é aplicado a cada 10
anos.
Agulha: 25x6 ou 25x7.
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco
VACINA PENTAVALENTE
Composição: são compostas por toxóides de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis, antígeno de
superfície de hepatite B (HBs-Ag), oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenzae do tipo b)
Idade: é indicada para imunização ativa de crianças a partir de doismeses de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite
B e doenças causadas porHaemophilus influenzae tipo b.
Esquema: A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2
meses de idade.Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro
reforço aos de 15 meses de e o segundo reforço aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11meses e 29
dias.Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira dose nas primeiras 24 horas,
preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite B(recombinante).
Dose e Via de Administração: Administrar dose de 0,5 mL da vacina DTP/HB/Hib por via intramuscular, no vasto lateral da
coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.
VACINA MENINGOCÓCICA
Composição: As vacinas meningocócicas disponíveis contra os diversos sorogrupos, incluindo o sorogrupo C podem ser
divididas em duas categorias: as que contêm polissacarídeos e as conjugadas. As de polissacarídeos da cápsula da bactéria
conferem proteção por tempo limitado (3-5 anos) e exclusivamente para os sorogrupos contidos na vacina, com reduzida
eficácia em crianças de baixa idade (particularmente abaixo de 2 anos).
Via de Administração : A vacina deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular profunda, de preferência na
área ântero-lateral da coxa direita da criança
Esquema vacinal : O esquema de vacinação primário consiste na aplicação de duas doses, em crianças menores de um ano de
idade, com intervalo de 2 meses entre as doses (mínimo de 30 dias), aos 3 e 5 meses de idade. Um único reforço é
recomendado aos 12 meses de idade, respeitando-se o intervalo mínimo de 2 meses, após a aplicação da última dose.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
POLIOMIELITE INATIVADA ( VIP)
Composição : A vacina inativada poliomielite (VIP) foi desenvolvida em 1955 pelo Dr. Jonas Salk. Também chamado de
"vacina Salk", a VIP é constituída por cepas inativadas (mortas) dos três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos
contra todos eles.
Esquema Vacinal : O esquema vacinal será sequencial (VIP/VOP) de quatro doses para crianças menores de 1 ano de idade
que estiverem iniciando o esquema vacinal. A VIP deverá ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose) de
idade, e a VOP aos 6 meses (3ª dose) e 15 meses de idade (reforço). A preferência para a administração da VIP aos 2 e 4
meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-vacinação.
Dose e via de administração: A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via subcutânea
também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas). O local de aplicação preferencial para
injeção intramuscular em bebês é o músculo vasto-lateral da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo
deltóide.
UNIDADE 5
A ENFERMAGEM, O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O Crescimento ( C ) e o desenvolvimento ( D ) , são indicadores da saúde das
crianças; por essa razão o acompanhamento desses processos se constitui na ação –eixo da
assistência à saúde da criança.As equipes de enfermagem e de saúde devem estar alertas para
intervir no processo de CD, quando necessário, da maneira mais precoce possível. No Brasil,
o MS (1984) preconiza que a atenção à infância deve se estruturar a partir do
acompanhamento do CD.
O crescimento e desenvolvimento são o que caracteriza a criança, dessa forma , a
atenção a criança existe para promover o C e o D.
DEFINIÇÕES:
►CRESCIMENTO: Constitui as alterações biológicas que implicam em aumento
corporal da criança, manifestadas pelo aumento do tamanho das células (Hipertrofia), e
pelo aumento do número de células (Hiperplasia). É um quantitativo.
Referencia-se por:
 Peso
 Estatura
 Perímetro cefálico
 Perímetro torácico
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 Alteração das fontanelas
 Dentição
 Alterações na proporção corporal e tecidos corporais
►DESENVOLVIMENTO: É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de
funções cada vez mais complexas. A criança desenvolve controle neuro-muscular, destreza
e traços de caráter, funções que só podem ser medidas por meio de provas funcionais.
 Habilidades motoras grossas
 Habilidades motoras finas
 Desenvolvimento da linguagem
 Desenvolvimento congnitivo
 Desenvolvimento social e afetivo
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho
celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal.Todo indivíduo nasce com um potencial
genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a
que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o
crescimento sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações,
muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores
extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os
cuidados gerais com a criança Como conseqüência, as condições em que ocorre o
crescimento, em cada momento da vida da criança, incluindo o período intra-uterino,
determinam as suas possibilidades de atingir ou não seu potencial máximo de crescimento,
dotado por sua carga genética.
1.0 – AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO :
O crescimento pode ser avaliado mediante o controle de peso, estatura e perímetro
cefálico, com auxílio de parâmetros de normalidade definidos através de fórmulas e das
curvas de peso. As medidas físicas refletem a taxa de crescimento da criança e qualquer
alteração no padrão das mesmas, pode indicar problemas sérios.A técnica deve ser rigorosa,
os dados corretos e o registro e interpretações exatos; mais importante que os valores deve ser
a observação das tendências, diferenças súbitas e os graves desvios do padrão normal.
.
1.1 – PESO ( P ):
O peso é um excelente indicador das condições de saúde e da nutrição da criança,suas
variações na infância são rápidas e importantes.As maiores informações não são obtidas,
porém, com o peso de um momento preciso, mas na sua evolução no tempo (curva de peso),
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
na variação entre duas pesagens sucessivas.O método de pesagem, por sua vez, deve ser
preciso para não oferecer dados incorretos.
A criança dobra de peso aos 5 meses e triplica aos 12 meses. No primeiro ano, a
criança cresce, em estatura, cerca de 50% da estatura do nascimento.
PESANDO A CRIANÇA
1.2. ESTATURA :
A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança.Sua curva espelha a vida
anterior e torna visível toda a história do crescimento.Com efeito, a desnutrição só se retrata
tardiamente sobre a altura do corpo da criança;uma lentidão no crescimento da estatura indica
o começo de uma desnutrição dois a três meses antes.Ao contrário do peso que pode variar
muito e rapidamente; a estatura é uma medida estável e regular.porém é mais difícil de medir
do que o peso.Até a idade de dois anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas
pessoas para tomar essa medida. A criança deve ser medida uma vez ao mês ou a cada
consulta de puericultura.
Ganho ponderal mensal nos dois
primeiros anos de vida
Até 3 meses 750 a 900 gramas
por mês
De 3 a 6 meses 600 gramas por
mês
De 5 meses a 1
ano
300 a 400 gramas
por mês
De 1 a 2 anos 200 a 300 gramas
por mês
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
MEDINDO A CRIANÇA
Parâmetros normais:
 Nascimento: +_ 50 cm;
 1º trimestre: 9 cm;
 2ª trimestre: 7 cm;
 3º trimestre: 5 cm;
 4º trimestre: 3 cm
 Aos 23 meses: +_ 74 cm.
Para crianças acima de dois anos, teremos a seguinte fórmula:
ESTATURA = IDADE X 5 + 80.
1.3. PERÍMETRO CEFÁLICO (PC):
É a circunferência do crânio. A circunferência da cabeça aumenta rapidamente no
primeiro ano de vida, a fim de adaptar-se ao crescimento do cérebro.
Essa medida permite identificar “alterações”.
Essa medida deverá ser verificada a cada consulta ambulatorial, mensalmente.Se há
indicações de anormalidades, deverá ser verificada diariamente.
Valores normais:
IDADE PC/ Cm
Nascimento 35,0
3 meses 40,4
6 meses 43,4
9 meses 45,5
1 ano 46,6
1 ano e 6 meses 47,9
2 anos 48,9
3 anos 49,2
4 anos 50,4
5 anos 50,8
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
1.4. PERÍMETRO TORÁCICO (PT):
Medida da circunferência do tórax, importante para detectar algumas doenças.
A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o perímetro
craniano (PC).
A relação entre Pc e Pt
- Até 6 meses: Pc é superior a Pt
- Cerca de 6 meses: Pc é igual a Pt
- Cerca de 9 meses: Pc é inferior a PT
1.5 – DENTIÇÃO:
A idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta de 6
meses de idade. Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 ou 8 meses.
Pode acontecer de dentes de leite que erupcionan (nascem) antes do prazo normal, ou seja,
logo após o nascimento, são chamados de "dente natal", ou por volta de 2 a 3 meses de idade,
"dente neonatal ". Se isso ocorrer, procure imediatamente um odontopediatra, pois isso
atrapalha a amamentação. A mãe é muito prejudicada durante o aleitamento materno, com
ferimentos no "bico do seio", induzindo a mãe a intervir com mamadeira, o que não é
adequado para um bom crescimento e desenvolvimento da criança.
Durante o nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e
abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem
ficar mais líquidas.
Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao
bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva.
ERUPÇÃO(nascimento) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES
Incisivos Centrais 8 meses 6 meses
Incisivos Laterais 10 meses 9 meses
Caninos 20 meses 18 meses
1º Molar 16 meses 16 meses
2º Molar 29 meses 27 meses
ESFOLIAÇÃO (queda) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES
Incisivos Centrais 7 a 8 anos 6 a 7 anos
Incisivos Laterais 8 a 9 anos 7 a 8 anos
Caninos 11 a 12 anos 9 a 10 anos
1º Molar 10 a 11 anos 10 a 11 anos
2º Molar 11 a 12 anos 11 a 12 anos
Importância dos da dentição:
- Importante para a saúde geral, crescimento e desenvolvimento;
- Atuam na mastigação, facilitando a digestão;
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
- São elementos fundamentais para a pronúncia das palavras (fonação);
- Grande influência na estética.
2.0- AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO:
O desenvolvimento depende da maturação – mielinização – do sistema nervoso. A
seqüência de desenvolvimento é igual para todas as crianças, mas a velocidade varia de
criança para criança. A direção do desenvolvimento é céfalo- caudal e proximal distal ou seja
da cabeça para os pés e dos ombros para as mãos. O primeiro passo para a locomoção é a
aquisição do controle da cabeça, envolvendo a musculatura do pescoço. Mais tarde os
músculos espinhais desenvolvem coordenação permitindo que a criança fique apta para sentar
com as costas retas, engatinhar, ficar em pé e andar .O desenvolvimento integral da criança
pode representar uma oportunidade importante para aproximação de uma concepção positiva
da saúde, que se efetiva através do acompanhamento da criança sadia.Os profissionais de
saúde devem conversar com as mães sobre as aquisições da criança,valorizando suas
conquistas, potencializando sua capacidade em reconhecer o valor da relação com seus filhos.
Observar o comportamento espontâneo da criança, escutar as dúvidas e apreensões das mães,
procurar estabelecer uma relação de confiança com as mesmas e destas com seus filhos são
caminhos para aprofundar as relações, conhecê-las melhor e poder apoiar,orientar e intervir,
caso necessário.
Avalia-se o desenvolvimento, testando as aquisições neuro – psicomotoras e através de
testes ou provas, sob quatro aspectos interdependentes que se processam, normalmente, no
mesmo ritmo:
 Desenvolvimento motor: Para que um organismo se desenvolva, ele precisa
funcionar
A criança brinca de repetir sem cessar os mesmos gestos e ações que lhes
permitem as aquisições que as amadurecem progressivamente.
 No nascimento, os movimentos do bebê não são coordenados.
 Do nascimento aos dois anos a criança adquire duas possibilidades motoras
importantes: caminhar e pegar objetos entre o polegar e indicador e, o
controle neuro motor: coordenação da visão e da preensão.
 Linguagem: As crianças nascem com o mecanismo e a capacidade de desenvolver a
fala e as habilidades de linguagem. Entretanto elas falarão de forma expontânea.
 A fala requer a estrutura e a função fisiológica íntegras, incluindo a
respiratória, a auditiva e a cerebral, além da inteligência e da necessidade
de estimulação.
 O gesto procede a fala, e dessa maneira uma pequena criança comunica-se
de modo satisfatório.
 Em todos os estágios do desenvolvimento da linguagem, a compreensão do
vocabulário por parte das crianças é maior do que a expressão.
 Desenvolvimento cognitivo: A criança tem necessidade de agir para aprender, como
não possui experiência do adulto, para ela tudo está para descobrir.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 É brincando que a criança elabora os esquemas mentais, isto é, as imagens
mentais conduzirão aos conceitos.
 As imagens de objetos percebidas, muitas vezes se fixam na memória – é a
conceituação.
 A inteligência da criança é a primeira prática: a criança elabora esquemas
de ação, de espaço e de casualidade.
 O bebê é incapaz de representar mentalmente os objetos. É preciso que ele
os veja e os apalpe. Quando os objetos desaparecem do campo de visão, e
da preensão, eles deixam de existir para ele.
 O pensamento da criança se estrutura a partir de experiências que ela
interioriza, pela repetição frequente e por suas semelhanças. A criança
modifica seu comportamento face aos novos objetos e a novas situações
 Desenvolvimento social e afetivo:
 No começo da vida, a criança brinca com os MMSS e MMII, boca e com
todo o corpo.
 No decurso das experiências cotidianas, a criança descobre o prazer de se
comunicar com os outros.
Para o desenvolvimento adequado, é necessário que a criança tenha oportunidade de
fazer sozinha tudo que é capaz. E a cada idade, tem um comportamento esperado
Características das crianças em suas diferentes etapas de vida:
1.0 - Recém – nascido ( 0 a 28 dias) e lactente ( 29 dias a 2 anos):
 O RN não tem sua personalidade organizada e interage com o meio apenas em função
de suas necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc.
 O id (inconsciente) refere-se às reações instintivas que podem ser percebidas por atos
reflexos diante das sensações de prazer ou de desprazer.
 As emoções da criança são expressas através do choro, grito ( desprazer) ou sono
tranqüilo e fácies de bem – estar ( prazer).
 No recém – nascido o reflexo de sucção, a sensibilidade para movimentos, para o som
e o tato são bem desenvolvidas.A sucção é basicamente a principal forma dele
relacionar-se com o meio que o cerca.
 A criança que não tem atendidas essas necessidades pode vir a desenvolver a chamada
Carência Afetiva. A criança com carência afetiva apresenta e agarra-se a quem cuida
dela.
# Inicialmente torna-se chorona, exigente e agarra-se a quem cuida dela;Mais tarde os
choros transformam-se em gritos, ela perde peso e seu desenvolvimento motor estaciona.
# A seguir, passa a maior parte do tempo deitada de bruços, tem insônia, continua a perda
de peso, tem facilidade para adoecer, a atraso do desenvolvimento motor se generaliza;
# se não for tratada, o choro transforma-se em gemidos, o retardo aumenta e se converte
em letargia.
 A idade em que a criança é mais sensível a separação da mãe é entre os 6 meses e
dois anos de vida.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
2.0 – Pré – Escolar ( 2 a 7 anos):
 Desenvolve a linguagem, é observador e faz perguntas. Fica inseguro quando seus
hábitos e rotinas sofrem alguma modificação;
 Movimenta-se muito ( anda, corre, sobe, desce,pula). Seu pensamento orienta-se
pela imaginação e pela fantasia.
 Para o pré-escolar, a mãe é a fonte de segurança, proteção e ajuda, frente às
situações que possam causar angústia ou qualquer tipo de sofrimento.
3.0 – Escolar ( 7 a 10 anos) :
 Nesta etapa, a criança adquire grande independência física e psicológica. Criatividade
e aprendizagem são características marcantes.
 Tem noção de tempo e espaço.Gosta de correr, pular, perseguir, fugir, participar das
tarefas dos adultos.
 Embora apresente um grau avançado de independência em todos os aspectos, ainda
necessita de carícias físicas e afeto. Necessita de respeito à sua individualidade,
privacidade e sexualidade.
4.0- Adolescente ( de 10 a 20 anos) :
 Fase de autodefinição e identificação de seu papel.imita as pessoas ou ídolos que
admira;
 Embora esteja em fase de amadurecimento emocional, apresenta, muitas vezes, grande
instabilidade. É ansioso e deprime-se com facilidade;
 Gosta de quebrar regras sociais e de contrariara opiniões;
 Valoriza , de forma mais acentuada, a imagem corporal, a sexualidade, a privacidade e
a autonomia.
AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE UM MÊS A CINCO
ANOS
Quadro I – As etapas do desenvolvimento da criança de um mês a cinco anos:
Idade
Desenvolvimento
Motor
Desenvolvimento
Cognitivo
Desenvolvimento
Social
1 mês a
3
meses
 Dorme quase todo o
tempo. Aprende a
levantar a cabeça e
depois a mantê-la
direita. Afina e
adapta seus reflexos
primários, tais
como a preensão;
guarda dentro da
mão,
involuntariamente,
o objeto que ali se
colocar.
 Reflexo de sucção;
 Chupa seu polegar ou
seus dedos; brinca
com sua língua;
 Reproduz sons por
prazer;
 Olha suas mãos;
 Segue com os olhos
uma pessoa ou um
objeto que se desloca;
 Leva objetos à boca
(A boca é um meio de
conhecimento
importante para a
criança lactente);
 Morde um pedaço de
 Cessa de chorar à
chegada de sua mãe
ou ao escutá-lo;
 Pequenos ruídos
guturais;
 Sorri ao ouvir a voz
humana;
 Se imobiliza ao
ouvir uma voz
familiar que fala;
 Reconhece sua mãe
e seu pai, pela vista,
mas, sobretudo, pelo
olfato, pelo ouvido e
talvez por suas
outras percepções
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
pão. difíceis de definir;
 Balbucia
espontaneamente e
como resposta.
3 a 6
meses
 Procura alargar o
campo de sua visão,
apoiando-se, por ex.
sobre o antebraço se
estiver de bruços,
levantando a cabeça
e as espáduas se
estiver de costas;
 Mantém a cabeça
erguida e pode ficar
uns instantes
sentado com apoio;
 Começa a pegar
voluntariamente um
objeto ao alcance da
mão e estender a
mão para um objeto
que se lhe oferce;
 Leva objetos à
boca;
 Segura pequenos
objetos com a
palma e os quatro
dedos.
 Ver item anterior.
 Sorri a toda pessoa
que se aproxime
dela sorrindo;
 Comunicação com a
mão baseada no
olhar;
 Começa a
diferenciar dia e
noite;
 Canta com a ajuda
de outra pessoa mais
fica passiva;
 Ri às gargalhadas;
 Reage ao chamado
por seu nome,
virando a cabeça.
 Grande riqueza de
emissões vocais
(balbucios,
vocalizações
prolongadas);
 Ri e vocaliza
brincando;
 Começa a utilizar os
contatos físicos
(apalpar) para se
comunicar com as
outras.
6 a 9
meses
 Deitado de costas se
vira para se colocar
sobre o ventre;
 Começa a ficar de
pé com apoio;
 Pega objetos entre o
polegar e o
indicador;
 Mantém-se
assentado só,
durante um
momento;
 Começa a
engatinhar.
 Toca-se um espelho e
sorri;
 Age sobre objetos,
bate sobre eles, contra
a borda de um leito;
 Passa um objeto de
uma a outra mão;
 Segura um objeto
dentro de cada mão;
 Descobre um objeto
escondido, se uma
parte dele fica visível;
 Se diverte a lançar
objetos;
 Chama atençao sobre
si, por exemplo:
desperto só chra ou
 É capaz de rastejar
para aproximar-se
de um objeto ou de
uma pessoa;
 Começo da
socialização;
 Vocaliza várias
sílabas que tendem a
limitar-se aos sons
que ouve na língua
materna;
 Reconhece os rostos
familiares e pode ter
medo de rostos
estranhos;
 Começa a participar
de jogos de relação
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
grita quando ouve à
sua mãe levantar-se.
social (bater palmas,
jogo de esconder);
 Gosta de morder;
 Reconhece quando
se dirigem a ela;
 Imita gestos e
brincadeiras;
 Faz gestos com a
mão e a cabeça
(tchau, não, bate
palmas).
9 a 12
meses
 É capaz de pôr-se a
de pé sozinha
apoiando-se em
alguma coisa ou em
alguém, e de
caminhar segurando
com as duas mãos
ou apoiando-se em
algum móvel;
 Rasteja-se ou
engatinha;
 Começo do andar;
 Sabe largar um
objeto sob pedido;
 Consegue segurar
os objetos entre o
polegar e o
indicador.
 Age intencionalmente:
retira o cobertor para
pegar o brinquedo que
se enfiou por baixo;
 Imita um ruído, por
exemplo: batendo um
objeto contra o outro;
 Começo do jogo de
embutir.
 Repete o som que
ouviu. Aprende a
pronunciar duas ou
três palavras;
 Compreende uma
proibição ou ordem
simples;
 Manifesta grande
interesse em
explorar o mundo,
ver tudo, tocar em
tudo e levar tudo à
boca;
 Colabora em
brinquedos com
adultos.
12 a 18
meses
 Caminha sozinha e
explora casas e
arredores;
 Ajoelha-se sozinho;
 Sobe as escadarias
usando as mãos.
 Empilha-se dois a três
cubos;
 Enche um recipiente;
 É capaz de amassar.
 Era de
sociabilização;
 Manifesta ciúme
(gestos de raiva e
choro) reações de
rivalidade nas
brincadeiras com os
irmãos maiores ou
pessoas de
convivência.
18
meses
a 2
anos
 Sobe e desce uma
escada agarrando-se
num corrimão;
 Aprende a comer
sozinho;
 Começa a ter
controle dos
esfíncteres durante
o dia (fezes e
depois urina);
 Inicio do dançar ao
 Empilha cubos;
 Mostra seus olhos e
nariz;
 Imita um traço sobre o
papel ou na areia;
 Faz caretas de forma
espontânea;
 Coordenação mais
complexa: pode agir a
distância, ex:
utilizando um pau para
 Associa duas
palavras e enriquece
seu vocabulário;
 Manifesta muito
interesse por outras
crianças e procura
brincar com elas,
mas de modo muito
pessoal (pegando
objetos, por
exemplo).
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
som de música. aproximar um objeto
ou puxando o cobertor
sobre o qual está
brincando;
 Estuda os efeitos
produzidos ao longo
de sua atividade: varia
a maneira de deixar
cair os objetos “pra
ver”
2 a 3
anos
 Aprende a pular
sobre uma perna;
 Corre e chuta na
bola sem perder o
equilibrio;
 Pode levar um copo
cheio de água sem
derramar;
 Começo do controle
do esfincter vesical
noturno;
 Participa
ativamente no
vestir-se;
 Dança ao som da
música.
 Amontoa objetos em
equilíbrio;
 Pode reproduzir um
círculo sobre o papel
ou na areia;
 Começa a brincar
realmente com outras
crianças e a
compreender que há
gente fora do meio
familiar;
 Se reconhece no
espelho.
 Desenvolve
consideravelmente a
línguagem, utiliza
“eu”, “mim”,
começa a perguntar,
compreende a maior
parte das palavras e
frases que lhe são
dirigidas (cerca de
300 palavras);
 Participa na
arrumação de suas
coisas;
 Começo da
utilização
sistemática do não
(maneira de afirmar-
se, opondo-se ao
meio);
 Comunica-se com
gestos, posturas,
mímicas, sobretudo
com outras crianças
até cinco anos;
 Teatraliza rituais de
cozinha, de
arrumação de cama
e de banho
(brinquedos como a
boneca, com cozinha
em miniaturas, etc.).
3 a 4
anos
 É capaz de andar
sobre a ponta dos
pés;
 Aprende a vestir-se
e despir-se sozinho;
 Adquire o controle
do esfinceter
vesical noturno;
 É capaz de realizar
 Imita uma cruz;
 Desenha uma pessoa
com cabeça, tronco e
às vezes com outras
partes do corpo;
 Reconhece três cores;
 Reconhece o alto e o
baixo, atrás e diante;
 Se interessa pelo
 Passeia sozinha,
visita vizinhos;
 Fala de modo
inteligível mas
guarda um linguajar
infantil;
 Compreende cerca
de 1000 palavras;
 Diz seu nome, sexo,
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
tarefas simples;
 Anda de bicicleta
de três rodas;
 Agarra uma bola a
um metro de
distância.
nome dos objetos. idade;
 Interessa-se por
atividades de casa;
 Pergunta muito;
 Escuta as histórias e
pede para repetir as
que gosta;
 Brinca com outras
crianças e começa a
partilhar;
 Manifesta afeição
por seus irmãos e
irmãs;
 Crise de
personalidade: opõe-
se vigorosamente a
outrem para afirmar-
se;
 Pergunta pelo nome
dos objetos;
 Começo da
utilização do
pronome pessoal e
do advérbio de
lugar.
4 a 5
anos
 Salta-se;
 Balança-se;
 Desce as escadarias,
pondo de um pé só
em cada degrau.
 Desenha um homem
com os principais
membros do corpo;
 Copia um quadrado,
um triângulo;
 Sabe contar nos
dedos;
 Pode reconhecer
quatro cores;
 Pode apreciar o
tamanho e a forma,
distinguir o grosso e o
fino;
 Sabe dizer sua idade.
 Fala de modo
inteligível;
 Escuta uma história
e pode repetir os
fatos;
 Protesta
energicamente
quando impedido de
fazer o que quer;
 Mostra interesse
pelas atividades dos
adultos;
 Aparecem os medos
infantis;
 Conhece uma
quinzena de verbos
de ação.
UNIDADE 6
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI
Objetivos:
 Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade associada às principais causas de
doença na criança
 Introduzir medidas de promoção e prevenção na rotina de atendimento das crianças
 Acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança
Principais componentes:
 Acolhimento
 Melhoria no manejo e tratamento de casos
–Identificação de sinais clínicos que permitem a avaliação e classificação adequada do
quadro, triando rapidamente a situação de risco:
Manejo da criança doente:
Avaliar a criança
 Verificar sinais de perigo
 Tosse / dificuldade para respirar
 Diarréia
 Febre
 Problema de ouvido
 Anemia e desnutrição
 Estado de vacinação
Aconselhar a mãe ou acompanhante
 Alimentação da criança
 Administração de líquidos
 Cuidados gerais com a criança
 Quando retornar imediatamente
 Quando retornar para seguimento
 Cuidados sobre sua própria saúde
UNIDADE 7
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS – IRA
As infecções respiratórias agudas são as infecções do aparelho respiratório que afetam
o nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando inflamação,
sinusite, bronquite, asma e pneumonia. A criança com infecção respiratória aguda pode ter
tosse, nariz escorrendo, dor de ouvido, dor de garganta, chiado no peito,
dificuldade para respirar, febre ou temperatura muito baixa. Além disso, a criança perde o
apetite, pode ficar muito irritada e chorosa. Algumas ficam com os olhos vermelhos e
lacrimejando. As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e dores no corpo.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, podem trazer risco de
vida quando não tratadas.
Toda a criança que apresenta um destes sinais, por até 7 dias sem melhorar, deve ser levada
ao serviço de saúde
Cuidados para crianças com IRA - Infecção Respiratória Aguda
NARIZ ENTUPIDO
• Lavar com soro fisiológico cada narina, sempre que
necessário. Este soro pode ser preparado em casa,
misturando 1 colher pequena de sal com um litro de água
fervida e deve ser preparado todos os dias.
TOSSE
• Dar bastante líquido (chás caseiros ou água).
Evitar dar xaropes contra a tosse. A tosse ajuda a
eliminar o catarro. Quando a criança está com
dificuldade de eliminar o catarro, fazer
tapotagem: deitar a criança de bruços, no colo, e
bater com as mãos em concha nas suas costas.
FEBRE
• Dar banho morno e aplicar compressas úmidas só com
água na testa, nuca e virilha.
• Na febre alta, usar anti-térmico e procurar atendimento
médico.
 Deitar a criança com a cabeça e os ombros mais altos do que o resto do corpo.
 Fazer vaporização na criança, usando um vaporizador ou uma chaleira ou bule com
água fervendo, apenas nos casos de tosse rouca.
 Onde o clima é seco, colocar uma vasilha com água e panos molhados perto da
criança.
 Mantenha a alimentação normal da criança, em pequenas quantidades e intervalos
menores – oferecendo várias vezes durante o dia, sem forçar, evitando assim que a
criança engasgue ou vomite.
 Lembrar que durante o período de doenças infecciosas a criança precisa de mais
calorias através dos alimentos
 As vacinas que protegem contra a coqueluche e a difteria (DPT), contra as
formas graves de tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam a prevenir as
doenças respiratórias. Por isso, todas as crianças da família precisam estar
vacinadas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS
RESPIRATÓRIOS
1.OTITE MÉDIA: Classifica-se em Otite Média Aguda,Otite Média Supurativa,Otite Média
Supurativa Crônica
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
ETIOLOGIA: Streptococus pneumoniae; Haemophilus influenza.
Não infecciosa, em conseqüência do bloqueio por edema das trompas de Eustárquio.
Rinite alérgica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Otalgia, febre, secreção auditiva de característica purulenta.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia, analgésico, antitérmico, cirúrgico (casos graves).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
OBJETIVO: Diminuir a dor e orientar para evitar recidivas
*Aplicar calor com compressa morna no local;
*Manter os cuidados com a higiene do ouvido;
*Orientar sobre perdas temporárias da audição;
*Cuidado com água no canal auditivo;
*Observar sinais de hipertermia
2.AMIGDALITE: É uma inflamação das amígdalas, que geralmente ocorre associada à
faringite.
ETIOLOGIA: Agentes virais;Agentes bacterinaos (Streptococus).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Hipertermia, anorexia, halitose, respiração pela boca com
sensação de irritação da mucosa, orofaringe hiperemiada, exsudato.
TRATAMENTO: Analgésico, antitérmico, antibioticoterapia, cirurgias (amidalectomia)
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
*Cuidados visam o conforto do paciente;
*Minimizar as manifestações clínicas;
*Administrar NBZ;
*Manutenção hídrica adequada;
*Uso de analgésicos e antitérmicos
3.FARINGITE:É a inflamação da faringe, e tem seu agente etiológico como um dos
causadores de seqüelas graves.
ETIOLOGIA: Espretococcus beta-hemolítico do grupo A e seqüelas; Febre reumática;
Glomerulonefrite aguda
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Cefaléia, mal-estar, anorexia, rouquidão, tosse, dor
abdominal, vômito, inflamação com exsudato.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia (penicilina), analgésico, antitérmico.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Aliviar sintomas
 Aplicar compressas mornas
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 Manter ingesta hídrica adequada
 Dieta branda e líquida
4.LARINGITE: Infecção da laringe causada por agentes virais.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Odinofagia, indisposição, febre, congestão nasal, rouquidão,
cefaléia, coriza.
TRATAMENTO: Líquidos e ar umidificado
5.GRIPE: Infecção causada geralmente por vírus de diferentes tipos, que sofrem
alteraçõessignificativas no tempo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Mucosa e faringe seca, rouquidão, febre, mialgia, calafrios,
fotofobia, prstração.
TRATAMENTO: Sintomático
6. BRONQUITE: Inflamação das grandes vias aéreas, estando invariavelmente associado a
uma IRA.
ETIOLOGIA: Agentes virais, sendo muito comum o Mycoplasma pneumoniae.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:Tosse seca, metálica e improdutiva, respiração ruidosa, dor
torácica, falta de ar, vômito e febre.
TRATAMENTO:Diminuir temperatura, dor e umidificar secreções.
7. BRONQUIOLITE: Infecção viral aguda dos bronquíolos, que ocorre principalmente no
inverno.
ETIOLOGIA: Adenovírus,Influenza
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Obstrução das VA, faringite, tosse, sibilância, febre,
taquipnéia, cianose, agitação, dispnéia, fome de ar intensa, batimento da aleta nasal.
TRATAMENTO:Tratar com ar umidificado,Aumentar a ingesta hídrica, Graves:
oxigenioterapia e terapia venosa
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Observar oxigenioterapia e terapia endovenosa
 Verificar SSVV
 Elevar decúbito
 Observar permeabilidade das VA
 Estimular espirometria de incentivo
8.PNEUMONIA: É a inflamação do parênquima pulmonar, dificultando as trocas gasosas.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
FATORES DE RISCO:
Idade < 6 anos
Estado imunológico
Situação econômica precária
Poluição ambiental
Pais fumantes
Baixo peso
Desmame
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:
Pneumonia viral: tosse, febre, taquipnéia, cianose, fadiga, prostração, presença de ruídos
respiratórios e estridores.
TRATAMENTO: Sintomático, oxigênio, fisioterapia respiratória e líquidos
Pneumonia Bacteriana (pneumococos): tosse, indisposição, respiração rápida e superficial,
dor torácica, batimento da aleta nasal, cianose, palidez agitação e letargia.
CRIANÇAS MAIORES: antibióticos, antitérmicos, sedativos para tosse, repouso e líquidos.
CRIANÇAS MENORES: mesmo das crianças maiores, com líquido endovenoso e
oxigenioterapia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Avaliar respiração
 Administar oxigenioterapia
 Controlar SSVV
 Elevar decúbito
 Estimular drenagem postural
 Aspirar secreções quando necessária
 Aliviar desconforto
Pneumonia Aspirativa: Aspiração de líquidos ou alimentos, provocado pela dificuldade de
deglutir em função de paralisias, debilidade, ausência do reflexo da tosse.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Os mesmos da pneumonia bacteriana.
Orientação aos pais quanto a prevenção desse tipo de pneumonia
9. ASMA :Obstrução das VA por edema e/ou muco, desencadeada por diversos estímulos.
ETIOLOGIA: Duvidosa, pode ter relação com fatores bioquímicos, imunológicos, alérgicos,
climático, psicológico, físicos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse, irritabilidade, falta de ar, sibilância audível, rubor,
lábios avermelhados escuro, progredindo para cianose, sudorese, diafragma deprimido.
TRATAMENTO: Uso de corticoesteróide, antiinflamatório, broncodilatores.Realização de
exercícios através da fisioterapia respiratória.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Identificar e eliminar fatores irritantes e alérgicos.
 Orientar os pais sobre a doença e no reconhecimento de sinais agudos.
 Controle rigoroso da terapia endovenosa.
 Administrar oxigenioterapia.
 Oferecer líquidos(controle).
 Elevar decúbito.
 Controlar SSVV
 Estimular participação dos pais nos cuidados.
UNIDADE 8
DIARRÉIA AGUDA
A diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros componentes
químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Resulta do aumento do
volume e freqüência da evacuação e da diminuição da consistência das fezes, que podem se
apresentar líquidas e, algumas vezes, conter muco e sangue, como acontece nas disenterias.
A maioria das diarréias agudas é provocada por um agente infeccioso - vírus ou bactéria
, e geralmente dura menos de duas semanas. Mais de cinco evacuações diárias, líquidas ou
pastosas caracterizam esta doença, que na maior parte das vezes é causada pela contaminação
da água ou dos alimentos. Embora se possa ter diarréia em qualquer idade, as crianças são
suas maiores vítimas. Tanto é assim que a diarréia aguda é a maior causa da internação de
crianças de até cinco anos e a desidratação, sua pior conseqüência, é uma das principais
responsáveis pelas altas taxas de mortalidade infantil em nosso país.
Principais causas da diarréia aguda
1. Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente domiciliar e sua proximidade;
2. Ingestão de alimentos contaminados: mal lavados, mal conservados ou lavados ou
cozidos em água contaminada;
3. Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água
contaminada;
4. Falta de saneamento básico: moradias sem rede de esgoto, com córregos ou rios
contaminados, próximas a esgotos correndo a céu aberto
1.0-Diagnóstico:
Nos serviços de saúde, os profissionais ficam atentos aos sintomas que se referem à
diarréia e à desidratação, preocupando-se igualmente com alguma outra doença que possa
estar associada.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Em geral, o quadro clínico de uma diarréia aguda, principalmente na infância, apresenta
maior ou menor importância dependendo da gravidade da perda de água e de outros
elementos químicos importantes, pelas fezes, vômito ou febre. Noutras palavras, uma diarréia
aguda é tão mais grave quanto maior a desidratação que vier a causar.
Por outro lado, nas diarréias crônicas predominam os sinais de desnutrição - cujo
sintoma mais evidente é o emagrecimento.A partir desses conhecimentos, pode-se concluir
que as diarréias podem vir a afetar o estado geral do paciente - principalmente se crianças - de
modo mais ou menos severo, dependendo da intensidade do quadro. Devemos, portanto, estar
atentos aos sinais e sintomas da desidratação:
1 – Depressão na fontanela ou moleira dos bebês
2 – Olhos encovados e sem brilho
3 – Expressão lânguida no rosto
4 – Lábios ressequidos
5 – Língua esbranquiçada e grossa
6 – Pulso fraco
7 – Pouca urina
8 – Prostração ou torpor
9 – Ocorrência ou não de febre
2.0 - Tratamento da diarréia aguda
O tratamento será determinado em função do quadro apresentado. Como as crianças são
os pacientes preferenciais dessa doença, veremos a seguir as possibilidades mais freqüentes:
I - A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação:Os familiares devem ser
orientados sobre a doença, o risco de complicações e a adotar seguinte conduta:
1. Procurar o serviço de saúde;
2. Dar mais líquidos à criança, preparados com ingredientes disponíveis em casa, como o
soro caseiro, chás, água de cozimento de cereais como o arroz e o milho, sopas e sucos;
3. Dar líquidos após cada evacuação;
4. Manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, aumentando a freqüência
das mamadas;
5. Não mudar o tipo e quantidade dos alimentos que a criança come.
II - A criança com diarréia e sinais de desidratação (mesmo grave)
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
A reidratação oral com soro é o tratamento ideal. A quantidade de solução a ser ingerida
variará em função da perda de líquidos apresentada pela criança. Suas principais
recomendações são:
1. Continuar a oferecer o leite materno, junto com o soro, aos bebês. Com relação às crianças
maiores, enquanto mantiverem os sinais de desidratação deverão receber apenas o soro, com
freqüência.
2.Se o paciente vomitar, o volume administrado de soro deve ser reduzido; e a freqüência da
administração, aumentada (menos quantidade de soro, oferecido mais vexes durante o dia).
3.Na medida em que a criança se reidrata a febre causada pela desidratação geralmente cede.
O uso de antitérmicos, nesta fase, deve ser evitado.
4. A família deve estar atenta aos sinais de piora e, caso ocorram, proceder a administração
do soro de reidratação oral e levar a criança imediatamente ao serviço de saúde.
Principais sinais de piora: sede intensa, vômitos freqüentes,piora da diarréia , irritabilidade
, prostração , choque.
3.0 - Prevenção da diarréia aguda
As seguintes e simples medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência das diarréias
agudas:
1. Manter uma boa higiene pessoal, tanto corporal como da moradia;
2. Lavar as mãos com sabão após limpar uma criança que acaba de evacuar; após a
própria evacuação; antes de preparar a comida; antes de comer e antes de alimentar as
crianças.
3. Na falta de água tratada, ferver a água e filtrar, tanto para o cozimento quanto para a
ingestão;
4. Lavar, com água fervida, os utensílios utilizados no preparo dos alimentos;
5. Não ingerir alimentos contaminados, mal conservados ou mal acondicionados; dar
preferência aos alimentos saudáveis e preparados na hora;
6. Guardar, limpas, secas e em sacos plásticos, as verduras, legumes e frutas na parte de
baixo da geladeira ou em local fresco, utilizando-as logo que possível;
7. Verificar o prazo de fabricação e validade dos produtos adquiridos em supermercados.
Caso estejam vencidos, pressionar para que sejam retirados das prateleiras;
8. Manter o aleitamento materno exclusivo recomendado para bebês até 6 meses de vida;
9. Seguir o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez
que as doenças infecciosas agridem o organismo, diminuindo a resistência da criança e, assim,
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
tornando-a mais vulnerável à diarréia. A imunização contra o sarampo, por exemplo, reduz a
mortalidade por diarréia e deverá ser feita a partir dos 9 meses;
10. A disponibilidade de água encanada nas moradias é o fator mais eficaz para o controle
das diarréias infecciosas. Onde não houver saneamento básico, as pessoas devem
acondicionar a água - tanto para uso doméstico como para ingestão - em depósito limpo e
tampado;
11. Dar destinação correta ao lixo doméstico e construir fossas domiciliares, evitando,
desse modo, a contaminação ambiental e alimentar pelo lixo e/ou fezes.
UNIDADE 9
DESNUTRIÇÃO
A alimentação constitui requisitos básicos para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, e o controle das principais deficiências nutricionais.
A erradicação completa das defciências nutricionais depende da própria erradicação dos
contrastes econômicos e sociais, gerados e mantidos pelo processo de produção e distribuição
de bens e serviços.
Dentre os problemas inerentes à alimentação e a nutrição no nosso país em termos de
saúde coletiva, destaca-se a desnutrição energética –protéica (DEP) e as anemias. Releva-se
essas deficiências nutricionais por alcançar importância epidemiológica na infância, em
função da velocidade do processo de crescimento e desenvolvimento e na associação com o
processo saúde-doença.
2. Definição:
Trata-se de um grupo de condições patológicas, resultante da falta concomitante de
calorias e proteínas em proporções variáveis, que acomete, com maior freqüência os lactentes
e pré-escolares e, freqüentemente associada a carência de vitaminas e minerais.
3.Epidemiologia:
A DEP constitui um dos problemas que mais afetam a criança, seja de uma forma
aguda ou lenta e silenciosa, com efeitos negativos a longo prazo sobre o seu crescimento e
desenvolvimento neurológico.
Suas raízes se encontram na pobreza e tem como causa as condições sócio-econômicas
precárias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço das crianças do mundo
sofrem de desnutrição e que a metade de todas as mortes está relacionada à desnutrição.
A desigualdade social é o principal fator na diferença entre a mortalidade infantil em
países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
4.Etilogia: A desnutrição pode ser considerada primária ou secundária:
Primária (Nutricional): conseqüente à ingestão insuficiente, inadequada,
desequilibrada ou incompleta de nutrientes.
Secundária (Infecções repetidas): conseqüente de alterações fisiopatológicas
pré-existentes que interferem em qualquer ponto do processo de nutrição (anorexia,
aceleração o metabolismo e/ou aumento de perdas nutricionais).
A desnutrição pode ser classificada em LEVE, MODERADA E GRAVE. A classificação da
intensidade está baseada no déficit de peso em relação à idade, e a altura assim como na altura
em relação a idade – adotando-se como base uma curva do crescimento.
QUADRO I: Classificação da desnutrição segundo a tabela de crescimento do NCHS:
LEVE MODERADA GRAVE
Peso/Idade Déficit de 10 a 25% Déficit de 26 a 40% Déficit > 40%
Peso/Altura Déficit de 10 a 20% Déficit de 21 a 30% Déficit > 30%
Altura/Idade Déficit de 5 a 10% Déficit de 11 a 15% Déficit > 15%
OBS: É importante observar que toda criança desnutrida com edema, independentemente do
seu déficit de peso é considerada como desnutrido grave.
SINAIS CLÍNICOS DOS CASOS GRAVES DE DESNUTRIÇÃO
Trata-se de um grupo de condições patológicas, resultante da falta concomitante de
calorias e proteínas em proporções variáveis, que acomete, com maior freqüência os lactentes
e pré-escolares e, freqüentemente associada a carência de vitaminas e minerais.
As formas graves de desnutrição . o marasmo, o kwashiokor e as formas mistas . se
manifestam clinicamente de maneira típica, conforme relacionado abaixo, e devem ser
reconhecidas pelos profissionais de saúde para referência imediata a um serviço de maior
complexidade onde estejam disponíveis recursos e condutas adequadas para a recuperação
nutricional.
MARASMO
• Magreza extrema e atrofia muscular.
• Perda intensa de tecido subcutâneo.
• Abdômen proeminente devido à magreza.
• Aspecto simiesco.
• Pele frouxa, sobretudo nas nádegas.
• Peso para idade sempre inferior ao percentil 3.
• Irritabilidade.
• Apetite preservado na maioria dos casos.
KWASHIORKOR
• Edema geralmente generalizado.
• Perda moderada de tecido subcutâneo.
• Hepatomegalia.
• Cabelo fraco, seco e descolorido.
• Alterações cutâneas são freqüentes.
• Peso para idade muito abaixo do percentil 3.
• Apatia.
• Anorexia.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
KWASHIORKOR MARASMÁTICO
• Características de marasmo com edema ou sinais de kwashiorkor em crianças com perda
intensa de tecido subcutâneo e peso para idade inferior ao percentil 3.
• Depois de curto período de tratamento, com o desaparecimento do edema, apresentam
características típicas de marasmo.
UNIDADE 10
DESIDRATAÇÃO
1. Definição: É a deficência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta
devido a anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e
diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração de diuréticos, insuficiência renal
crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor).
2. Causas: A mais freqüente decorre de perdas gastrintestinais. A diarréia é portanto a causa
mais importante e responsável por óbitos em crianças menores que 5 anos, podendo evoluir de
modo mais prolongado e desfavorável em crianças sem aleitamento materno, desnutridas,
imunodeprimidas ou em doenças crônicas. Além do que a incidência é maior nas populações
de baixo nível socioeconômico.
3. Diagnóstico: Segundo a estratégia do AIDPI, as crianças precisam ser avaliadas até os 5
anos obedecendo o seguinte critério: Avaliação da sua condição geral, pesadas sem roupas
e verificar se há sinais de alerta.
PERGUNTAR OBSERVAR
1. A criança consegue beber ou
mamar no peito?
2. A criança vomita tudo o que
ingere?
3. A criança apresentou convulsão?
Verifica se a criança está letárgica ou
comatosa.
A perda de peso aguda é o melhor indicador de desidratação. A classificação pode ser basear
no quadro clínico dividido em três grupos:
Quadro I: Classificação da desidratação.
Dados clínicos Classificação
Sem desidratação Desidratação leve Desidratação grave
Aspecto* Alerta Irritado com sede
Letárgico
inconsciente
(comatoso)
Circulação ou fluxo
periférico (rubor
palmar/palmar
Menor que 3 seg. 3-8 seg. Mais de 8 seg.
Pulso Cheio Fino Muito fino ou
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Os quatro sinais (*) são fundamentais, de acordo com a estratégia da Atenção Integrada às
doenças Prevalentes na Infância (AIDPI).
4. TRATAMENTO: DEPENDE DO GRAU DA DESIDRATAÇÃO
4.1.CRIANÇAS SEM DESIDRATAÇÃO:
Se aleitamento materno exclusivo, aumentar a frequencia e o tempo, e oferecer soro de
reidratação oral (SRO) com colher ou copo.
Se o aleitamento não for exclusivo – mantê-lo e oferecer a dieta habitual e líquido a
vontade (SRO, liquido caseiro do tipo: caldo, água de arroz, suco, chás).
Recomendar à mãe ou o cuidador das crianças a ofertar freqüentemente líquido com
colher toda vez que evacuar na seguinte quantidade:
Até 01 ano: 50 – 100ml depois de cada evacuação aquosa.
Um ano ou mais: 100 – 200ml após cada evacuação aquosa.
Caso ocorram vômitos, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais
lentamente.
Continuar dando líquidos à vontade até a diarréia parar e não suspender a dieta
habitual.
Esclarecer quanto aos sinais de gravidade ou risco, procurar o serviço médico, quando
a criança não conseguir beber ou mamar no peito, quando houver piora do estado geral,
aparecimento ou piora da febre, aparecimento de sangue nas fezes.
4.2.CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO:
Considerar desidratada as crianças que apresentarem dois sinais que seguem:
Inquieta, irritada; Olhos fundos; bebe avidamente, com sede; Sinal de prega: a pele volta
lentamente ao estado anterior.
 Reiniciar a reidratação com SRO.
 Pesar a criança sem roupa no início da reidratação e a cada hora.
impalpável
Elasticidade da
pele* (sinal de
prega)
Normal Diminuída Muito diminuída
Olhos* Normais Fundos Muito fundos
Fontanela Normal Funda ou deprimida Funda ou deprimida
Mucosas Úmidas Secas Secas
Sede*
Bebe normalmente
ou sem sede
Bebe avidamente ou
com sede
Não consegue beber
ou bebe muito mal
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
 Oferecer a criança o SRO toda vez que a criança deseja, no volume que aceitar de
preferência com uma colher para manter volume constante e evitar vômito, toda vez
que a criança evacuar.
 Em caso de vômitos aguardar 10 minutos e reinicar o mesmo procedimento porém
mais lentamente.
 Como orientação inicial, a criança poderá receber SRO no volume de 50 – 100 ml/.kg,
pelo período máximo de 4 a 6 horas, após esse período, iniciar terapêutica
endovenosa.
 Se a retenção de líquido for maior do que 20%, mantém-se essa terapia. Caso seja
menor na primeira hora observa-se mais uma hora e caso mantenha baixa optar pela
sonda nasogástrica, utilizando-se SRO, na quantidade e velocidade de 30 ml/kg/hora
nos primeiros 10 a 15 minutos, podendo aumentar para 60 ml/kg/hora, quando bem
tolerado.
 A reidratação oral deve ser suspensa quando houver vômitos persistentes, convulsão,
alteração do nível de consciência, íleo paralítico, ausência de ganho de peso após 2
horas da instalação da terapêutica.
O ganho de peso é um excelente critério de sucesso da reidratação
4.3. CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE:
Considera-se quando: comatosa, pulso fino impalpável, sinal da prega muito
diminuído (mais de 2 seg) olhos muito fundos, fontanela funda ou deprimida, mucosa seca,
não consegue beber ou bebe muito mal.
Inicia-se terapia endovenosa em três fases: expansão, manutenção e reposição.
 Fase de expansão:
Pesar a criança sem roupa
Iniciar a infusão de: Soro a 5% e soro fisiológico a 0,9%, 1:1 com volume de 100ml/kg e
velocidade de 50ml/kg/hora.
Obs. Caso a criança se mantenha desidratada deve-se prescrever outra fase igual, modificando
apenas o volume: 50ml/kg, na velocidade de 25ml/kg/hora.
A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas
micções claras, densidade urinária menor que 1010, associada ao bom ganho de peso sem
roupa.
 Fase de manutenção:
Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica.
Inicia-se com Soro Glicosado 5% - 80% (80%) mais Soro Fisiológico 0,9% (20%)
Entre 10 a 20kg = 1.000ml+50ml/kg por cada quilo que passe, até (10 quilos).
Acima de 20kg = 1.500 = 20ml/kg que passe.
 Fase da reposição:
Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de
água e eletrólitos.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Repor: 50ml/kg em partes iguais de Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico a 0,9%. Pode ser
aumentado para 100, 150 ou até 200ml/kg. Quando a criança necessitar de grandes volumes
de líquidos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
1. ESCABIOSE (SARNA)
A escabiose ou sarna é uma doença parasitária, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de
roupas contaminadas. O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que
eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas.
 Manifestações clínicas
A doença tem como característica principal o prurido intenso que, geralmente, piora
durante a noite. A lesão típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco elevado, da cor da
pele ou ligeiramente avermelhado e que corresponde aos túneis sob a pele. Esta lesão
dificilmente é encontrada, pois a escoriação causada pelo ato do prurido a torna
irreconhecível. O que se encontra, na maioria dos casos, são pequenos pontos escoriados ou
recobertos por crostas em conseqüência do prurido. É possível a infecção secundária destas
lesões com surgimento de pústulas e crostas amareladas.
As lesões atingem principalmente os seguintes locais: abdômen, flancos, baixo ventre,
umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entre os dedos das mãos e sulco entre
as nádegas.
A escabiose, raramente, atinge a pelo do pescoço e da face, exceto nas crianças, em
quem estas regiões podem também ser afetadas.
Tratamento
O tratamento da sarna consiste na aplicação de medicamentos sob a forma de loções
na pele do corpo todo, do pescoço para baixo, mesmo nos locais onde não aparecem lesões ou
coceira. Após terminada a primeira série do tratamento, este deve ser repetido uma semana
apóes, para atingir os parasitas que estarão deixando os ovos. Medicamentos para o alívio da
coceira devem ser utilizados, porém não são responsáveis pela cura.
O tratamento também pode ser realizado via oral, sob a forma de comprimidos
tomados em dose única. Pode ser necessária a repetição após 1 semana. Em casos resistentes
ao tratamento, pode-se associar os tratamentos oral e local.
As roupas de uso diário e as roupas de cama devem ser trocadas todos os dias,
colocadas para lavar e passar a ferro. Todas as pessoas da casa que tiverem qualquer tipo de
coceira devem se tratar ao mesmo tempo, para evitar a recontaminação. As unhas devem ser
escovadas com sabonetes apropriados para a retirada de parasitas ali depositados pelo ato de
coçar. Para evitar a doença não use roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas,
evite aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos.
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras
doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico
dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso.
2. PEDICULOSE DA CABEÇA (PIOLHOS)
A pediculose da cabeça é uma doença parasitária, causada pelo Pediculus humanus
varcapitis, vulgarmente chamdado de piolho. Atinge principalmente crianças em idade
escolar e mulheres e é transmitida pelo contato direto interpessoal ou pelo uso de utensílios
como bonés, escovas ou pentes de pessoas contaminadas.
 Manifestações clínicas
A doença tem como característica principal característica o prurido intenso no couro
cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça e que pode atingir também o pescoço e a
região superior do tronco, onde se observam pontos avermelhados semelhantes a picadas de
mosquitos. Com o prurido das lesões pode ocorrer a infecção secundária por bactérias,
levando inclusive ao surgimento de glânglios no pescoço.
Geralmente a doença é causada por poucos parasitas, o que torna difícil encontrá-los,
mas em alguns casos, principalmente em pessoas com maus hábitos higiênicos, a infestação
ocorre em grande quantidade. Achado comum que fecha o diagnóstico de pediculose são as
lêndeas, ovos de cor esbranquiçada depositados pelas fêmeas nos fios de cabelo.
 Tratamento
O tratamento da pediculose da cabeça consiste na aplicação nos cabelos de
medicamentos específicos para o extermínio dos parasitas e deve ser repetido após 7 dias.
Existe também um tratamento através de medicação via oral, sob a forma de comprimidos
tomados em dose única. Em casos de difícil tratamento, os melhores resultados são obtidos
com a associação dos tratamentos oral e local.
A lavagem da cabeça e utilização de pente fino ajuda na retirada dos piolhos. As
lêndeas devem ser retiradas uma a uma, já que os medicamentos muitas vezes não eliminam
os ovos. Para facilitar a retirada das lêndeas, pode ser usada uma mistura de vinagre e água
em partes iguais, embebendo os cabelos por meia hora antes de proceder a retirada.
Em crianças que freqüentemente aparecem com piolhos, recomenda-se manter os
cabelos curtos e examinar a cabeça em busca de parasitas, usando o pente fino sempre que
chegarem da escola que é, geralmente, o principal foco da infecção. As meninas de cabelos
compridos devem ir à aula com os cabelos presos. A escola deve ser comunicada quando a
criança apresentar a doença para que os outros pais verifiquem a cabeça de seus filhos, de
modo que todos sejam tratados ao mesmo tempo, interrompendo assim o ciclo de
recontaminação.
3. IMPETIGO
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
É uma infecção de pele e que também tem os nomes de piodermite, pereba ou broto. É
causada pela penetração de micróbios na pele aberta por machucados, feridas, coceiras ou
picadas de inseto.
Essas infecções podem começar como um pontinho de pus ou uma feridinha
avermelhada, que aumenta de tamanho, fica um pouco inchada e dolorosa e que tem a
tendência a formar crostas. Às vezes a infecção é bem superficial, deixando a pele descamada,
úmida e vermelha, parecendo que foi queimada com um toque de cigarro aceso ou fogo. Às
vezes a infecção é mais pronfunda, dolorosa e quente, como nos furúnculos.
O tratamento as infecções de pele é feita com a limpeza das feridas, remoção as cascas
e secreções com água fervida morna, na qual pode ser dissolvido um desinfetante, como o
permanganato de potássio (dissolve-se um pacotinho ou um comprimido em um litro de água
– água fica arroxeada). Pode ser usado depois um creme ou pomada de antibiótico – creme .
Quando as infecções são mais profundas, tipo furúnculo, a aplicação de compressas quentes e
úmidas facilita a cura.
Quando as infecções são muitas, quando continuam a aparecer apesar do tratamento
ou quando há ínguas, geralmente há necessidade de usar antibiótico por via oral ou injetável,
que será receitado no centro de saúde, geralmente um tipo de penicilina.
Um tipo especial de infecção de pele é a das pálpebras, chamada terçol ou hordéolo,
é conhecida popularmente com o nome de “bonitinha. Deve ser tratatada com um creme
especial que possa ser usado nos olhos, com orientação do Centro de Saúde. (Leia também
“terçol”).
4. DERMATITE SEBORRÉICA
Afecção crônica e recorrente não contagiosa comum nos dois ou três meses de vida,
caracterizando-se pelo acúmulo de escamas seborréicas e crostas amareladas descamativas e
oleosas no couro cabeludo. Pode afetar pálpebras, canal auditivo externo, pregas nasolabiais e
região inguinal.
 Etiologia
É obscura. Acredita-se que exista uma predisposição constitucional para a doença
(metabólica, nutricional e endócrinas).
 Medidas terapêuticas e conduta de enfermagem
 Remoção das crostas com óleo.
 Lavar a cabeça com mais freqüência a fim de evitar o acúmulo, repetir o
procedimento até resolver o problema.
5. CANDIDÍASE (MONILÍASE ORAL OU SAPINHO)
É uma infecção causada por fungo do gênero cândida, geralmente, Cândida albicans.
Se a pele do bebê ficar úmida por muito tempo, ela estará suscetível a assaduras causadas
por lêvedo, o tipo de assadura mais persistente. Grandes quantidades de antibiótico podem
Profa Aretusa Delfino de Medeiros
causar diarréia, o que pode dar início às assaduras causadas por lêvedo. Este tipo de assadura
pode ser identificado pelas feridas intumescidas, rosadas ou com pus branco ao redor de uma
mancha vermelha na área coberta pela fralda. O bebê pode ter as manchas na boca também e
pode ser que seus seios fiquem sensíveis caso esteja amamentando. Se esta condição persistir,
consulte o pediatra assim que possível para começar um tratamento antigúngico.
 Etiologia
A contaminação pode ocorrer durante a passagem da criança pelo canal de parto.
Pelo contato direto com outras crianças contaminadas ou com pessoas que cuidam da criança.
Por má nutrição.
Durante o uso de corticóides
Antibióticos
Diabetes
Neoplasias
 Manifestações Clínicas
Placas brancas, semelhante a coágulo de leite na mucosa da boca, de gengivas e da língua.
Mucosa vermelha.
 Tratamento
Aplicar fungicida na cavidade oral, gerlamente Nistatina – 1 ml 4 x ao dia de 6/6 horas.
Pincelar a área com violeta de genciana.
Anfotericina B, clotrimazol, fluconazol ou Miconazol.
 Condutas de enfermagem
 Lavar as mãos ao manusear a criança.
 Higienizar chupetas, bicos de mamadeiras, seio materno.
 Realizar higiene oral (água boricada – 1 colher de sopa de bicarbonato/ 1 litro
de água)
 Remover as placas por meio da higiene oral.
 Alimentar adequadamente a criança.
 Administrar medicamentos conforme prescrição médica
6. GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA)
Glomerulonefrites ou glomerulopatias são afecções que acometem o glomérulo,
estrutura microscópica formada por um emaranhado de capilares semelhantes a um novelo de
lã. É a principal estrutura renal responsável pela filtração do sangue.
Causas
As doenças glomerulares são conseqüência de uma ampla variedade de fatores:
distúrbios imunológicos, doenças vasculares, doenças metabólicas e algumas entidades
hereditárias. As glomerulopatias que aparecem isoladamente são classificadas como
primárias, e quando estão associadas a doenças sistêmicas (Lupus, diabetes, etc.) são
classificadas como secundárias.
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Hospitalização infantil de 0 a 17 anos
Hospitalização infantil de  0 a 17 anosHospitalização infantil de  0 a 17 anos
Hospitalização infantil de 0 a 17 anosMichelle Santos
 
Enfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatricaEnfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatricaJose Roberto
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemjusantos_
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilAlexandre Donha
 
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoCuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoAmanda Thomé
 
Cuidados a criança durante hospitalização
Cuidados a criança durante hospitalizaçãoCuidados a criança durante hospitalização
Cuidados a criança durante hospitalizaçãoHIAGO SANTOS
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoErivaldo Rosendo
 
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroJuliana Maciel
 
Fundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemFundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemJardiel7
 
Consulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaConsulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaAmanda Thaysa
 
Pré-natal na Atenção Básica
Pré-natal na Atenção BásicaPré-natal na Atenção Básica
Pré-natal na Atenção Básicamarianagusmao39
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idosomorgausesp
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOblogped1
 
Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoEnayad
 

Was ist angesagt? (20)

Hospitalização infantil de 0 a 17 anos
Hospitalização infantil de  0 a 17 anosHospitalização infantil de  0 a 17 anos
Hospitalização infantil de 0 a 17 anos
 
Enfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatricaEnfermagem psiquiatrica
Enfermagem psiquiatrica
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagem
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantil
 
Uti
UtiUti
Uti
 
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: implementa...
 
Crescimento e desenvolvimento Infantil
Crescimento e desenvolvimento Infantil Crescimento e desenvolvimento Infantil
Crescimento e desenvolvimento Infantil
 
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoCuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
 
Cuidados a criança durante hospitalização
Cuidados a criança durante hospitalizaçãoCuidados a criança durante hospitalização
Cuidados a criança durante hospitalização
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de Imunizacao
 
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
 
Fundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemFundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagem
 
Cuidados com o rn
Cuidados com o rnCuidados com o rn
Cuidados com o rn
 
Consulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaConsulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericultura
 
Pré-natal na Atenção Básica
Pré-natal na Atenção BásicaPré-natal na Atenção Básica
Pré-natal na Atenção Básica
 
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEFAleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idoso
 
Medicação em pediatria
Medicação em pediatriaMedicação em pediatria
Medicação em pediatria
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃO
 
Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-Nascido
 

Andere mochten auch

atenção à saúde da criança
 atenção à saúde da criança atenção à saúde da criança
atenção à saúde da criançacharlesalannet
 
Atenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaAtenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaRodrigo Abreu
 
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoSaúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoCentro Universitário Ages
 
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil - Sintomas de Doença
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil -  Sintomas de Doença U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil -  Sintomas de Doença
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil - Sintomas de Doença I.Braz Slideshares
 
Política de Atenção Integral à saúde da criança
Política de Atenção Integral à saúde da criançaPolítica de Atenção Integral à saúde da criança
Política de Atenção Integral à saúde da criançaJosy Tosta
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCamila Oliveira
 
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criançaAcompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criançaEDSON ALAN QUEIROZ
 
Livro Atenção à Criança
Livro Atenção à CriançaLivro Atenção à Criança
Livro Atenção à CriançaFabíola Mapin
 
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIASAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIACentro Universitário Ages
 
Doenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaDoenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaLeonardo Savassi
 
Slides nhb
Slides nhbSlides nhb
Slides nhbcalinesa
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantilWAGNER OLIVEIRA
 
Saúde do Adolescente
Saúde do AdolescenteSaúde do Adolescente
Saúde do Adolescenteyolandasergia
 
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]Vinicius Lopes
 

Andere mochten auch (20)

atenção à saúde da criança
 atenção à saúde da criança atenção à saúde da criança
atenção à saúde da criança
 
Atenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaAtenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criança
 
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoSaúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
 
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil - Sintomas de Doença
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil -  Sintomas de Doença U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil -  Sintomas de Doença
U. 21 - Cuidados na Saúde Infantil - Sintomas de Doença
 
Política de Atenção Integral à saúde da criança
Política de Atenção Integral à saúde da criançaPolítica de Atenção Integral à saúde da criança
Política de Atenção Integral à saúde da criança
 
Doenças frequentes da infancia - pediatria
Doenças frequentes da infancia - pediatriaDoenças frequentes da infancia - pediatria
Doenças frequentes da infancia - pediatria
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantil
 
PROGRAMA: SAÚDE INFANTIL
PROGRAMA: SAÚDE INFANTILPROGRAMA: SAÚDE INFANTIL
PROGRAMA: SAÚDE INFANTIL
 
Puericultura
PuericulturaPuericultura
Puericultura
 
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criançaAcompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança
 
Livro Atenção à Criança
Livro Atenção à CriançaLivro Atenção à Criança
Livro Atenção à Criança
 
Saúde da Criança - UFMG
Saúde da Criança - UFMGSaúde da Criança - UFMG
Saúde da Criança - UFMG
 
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIASAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
SAÚDE DA CRIANÇA E A SAÚDE DA FAMÍLIA DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
 
Doenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaDoenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infancia
 
Slides nhb
Slides nhbSlides nhb
Slides nhb
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantil
 
Saúde do Adolescente
Saúde do AdolescenteSaúde do Adolescente
Saúde do Adolescente
 
Saude da mulher
Saude da mulherSaude da mulher
Saude da mulher
 
Protocolo coren rj
Protocolo coren rjProtocolo coren rj
Protocolo coren rj
 
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]
Doenças Prevalentes da Infância [ETEC CARLOS DE CAMPOS]
 

Ähnlich wie Apostila Saúde da Criança

Programa de saúde da criança no brasil
Programa de saúde da criança no brasilPrograma de saúde da criança no brasil
Programa de saúde da criança no brasilLeandro Silva
 
Aula alimentação 4º período
Aula alimentação 4º períodoAula alimentação 4º período
Aula alimentação 4º períodoSheyla Amorim
 
Saúde da criança e do adolescente.pptx
Saúde da criança e do adolescente.pptxSaúde da criança e do adolescente.pptx
Saúde da criança e do adolescente.pptxWellingtonTeixeira24
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfTHIALYMARIASILVADACU
 
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-20123 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012Denise Andrade
 
Política da criança 2018.pptx
Política da criança 2018.pptxPolítica da criança 2018.pptx
Política da criança 2018.pptxAngelinaVictria2
 
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. IIIbibliotecasaude
 
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]Waded Schabib Hany
 
1610-L - Situação da infância brasileira.pdf
1610-L - Situação da infância brasileira.pdf1610-L - Situação da infância brasileira.pdf
1610-L - Situação da infância brasileira.pdfbibliotecasaude
 
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdf
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdfassistência de saúde da mulher AULA 02.pdf
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdfDaviloBrachion2
 
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMS
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMSA Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMS
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMSVan Der Häägen Brazil
 

Ähnlich wie Apostila Saúde da Criança (20)

Programa de saúde da criança no brasil
Programa de saúde da criança no brasilPrograma de saúde da criança no brasil
Programa de saúde da criança no brasil
 
Aula alimentação 4º período
Aula alimentação 4º períodoAula alimentação 4º período
Aula alimentação 4º período
 
Ciclo ii 02
Ciclo ii 02Ciclo ii 02
Ciclo ii 02
 
Saúde da criança e do adolescente.pptx
Saúde da criança e do adolescente.pptxSaúde da criança e do adolescente.pptx
Saúde da criança e do adolescente.pptx
 
Fatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
Fatores que influenciam o Desenvolvimento InfantilFatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
Fatores que influenciam o Desenvolvimento Infantil
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
 
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-20123 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012
3 protocolo-consulta-enfermagem-saude-da-crianca-versao-2012
 
Política da criança 2018.pptx
Política da criança 2018.pptxPolítica da criança 2018.pptx
Política da criança 2018.pptx
 
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III
0769-L - Normas de atenção à saúde integral do adolescente - Vol. III
 
Pediatria
PediatriaPediatria
Pediatria
 
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]
Trab final de aleitamento [salvo automaticamente]
 
Desenvovimento-Unibave.ppt
Desenvovimento-Unibave.pptDesenvovimento-Unibave.ppt
Desenvovimento-Unibave.ppt
 
Rede Cegonha SP
Rede Cegonha SPRede Cegonha SP
Rede Cegonha SP
 
Saude adolescente
Saude adolescenteSaude adolescente
Saude adolescente
 
1610-L - Situação da infância brasileira.pdf
1610-L - Situação da infância brasileira.pdf1610-L - Situação da infância brasileira.pdf
1610-L - Situação da infância brasileira.pdf
 
SAÚDE DA CRIANÇA (1).ppt
SAÚDE DA CRIANÇA (1).pptSAÚDE DA CRIANÇA (1).ppt
SAÚDE DA CRIANÇA (1).ppt
 
PNAISC.pdf
PNAISC.pdfPNAISC.pdf
PNAISC.pdf
 
aula AIDP 2020.docx
aula AIDP  2020.docxaula AIDP  2020.docx
aula AIDP 2020.docx
 
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdf
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdfassistência de saúde da mulher AULA 02.pdf
assistência de saúde da mulher AULA 02.pdf
 
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMS
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMSA Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMS
A Obesidade já está afetando os Bebês com Aplausos da Família, Adverte OMS
 

Kürzlich hochgeladen

Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?E-Commerce Brasil
 
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptx
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptxDesenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptx
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptxCoca Pitzer
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?Michael Rada
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccss
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccssDespertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccss
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccssGuilhermeMelo381677
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...E-Commerce Brasil
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnGustavo144776
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
 
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptx
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptxDesenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptx
Desenvolvendo uma Abordagem Estratégica para a Gestão de Portfólio.pptx
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccss
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccssDespertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccss
Despertar SEBRAE [PROFESSOR] (1).pdfccss
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 

Apostila Saúde da Criança

  • 1. Profa Aretusa Delfino de Medeiros FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ECISA – PATOS – PB CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DOCENTE: ARETUSA DELFINO DE MEDEIROS PATOS –PB 2012
  • 2. Profa Aretusa Delfino de Medeiros SUMÁRIO UNIDADE ASSUNTO 01 Introdução a Enfermagem Pediátrica 02 Cuidados de Enfermagem ao Recém Nascido 03 Teste de PKU 04 Programa Nacional de Imunização 05 Assistência de Enfermagem no Crescimento e Desenvolvimento da Criança 06 Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância -AIDIPI 07 Infecções Respiratórias Agudas 08 Diarréia Aguda 09 Desnutrição 10 Desidratação 11 Necessidades Básicas da Criança 12 Hospital Pediátrico 13 Humanização da Assistência a Criança Hospitalizada 14 Admissão e Alta da criança 15 Cuidados de Enfermagem no Pré, trans e pós – operatório da criança 16 Assistência de enfermagem a Criança Terminal 17 Técnicas Pediátricas 18 Anexos 19 Referências Bibliográficas
  • 3. Profa Aretusa Delfino de Medeiros UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM PEDIÁTRICA O significado social e a existência de um grande número de crianças em qualquer população são marcas de enfermagem pediátrica. Esta se caracteriza pela atenção a um grupo de pessoas que está em constante crescimento e desenvolvimento e pela abordagem de ações preventivas em seu cotidiano de assistência. O aparecimento da Pediatria como especialidade ocorreu na Europa, quando alguns médicos começaram a observar e a estudar as diferenças das doenças ocorridas em adultos e em crianças. Antes disso, o fato não tinha o menor significado tanto para médicos quanto para enfermeiras. O aparecimento do primeiro departamento de Pediatria na Universidade de Havard se deu em 1888. Há algum tempo, a assistência de enfermagem à criança hospitalizada seguia condutas e procedimentos extremamente rígidos. A ausência de medicamentos antibióticos, os altíssimos índices de infecção, o grande número de crianças doentes e o próprio despreparo de profissionais levavam ao estabelecimento de regras de isolamento e repouso muitas vezes absurdas, como o uso de camisas - de - força. Preocupados com o risco de infecção cruzada e despreparados para atender as necessidades individuais da criança e dos pais, os profissionais de saúde as mantinham isoladas, tanto uma das outras como da mãe e do restante da família. Com os avanços na área de saúde, houve mudanças nos métodos de assistência à criança.O advento da Psicologia, os estudos de Freud e de outros sobre o comportamento humano deram início a uma abordagem mais integral à criança, possibilitando a compreensão das suas necessidades emocionais,em suas diversas fases de crescimento e desenvolvimento. 1.0 – CONCEITOS BÁSICOS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA: 1.1- Enfermagem Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que se dedica ao cuidado do ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde o nascimento até a adolescência. 1.2- Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência. 1.3- Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento até completar 28 dias; 1.4- Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento. 1.5- Hebiatria: é o ramo da Pediatria que atende as necessidades de saúde do adolescente. 1.6- Classificação da infância em grupos etários: LACTENTE: Neonatal: 0 – 28 dias / Lactente: 1-12 meses 1ª INFÂNCIA: Todller : 2anos e 11 meses/ Pré-escolar: 3 – 5 anos e 11 meses 2ª INFÂNCIA: Escolar: 6 anos e 11 meses a 11 anos e 11 meses
  • 4. Profa Aretusa Delfino de Medeiros INFÂNCIA TARDIA: Adolescente: a partir dos 12 anos 2.0. DIREITOS DA CRIANÇA: 2.1- DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: Em 1924, os direitos da criança foram declarados pela ONU, mas o reconhecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos aconteceu em 1959. Objetivando afirmar que toda criança merece uma infância feliz e que possa gozar de direitos e liberdades, essa declaração enunciou os seguintes princípios: “ Toda criança gozará de todos os direitos enunciados na Declaração” :  A criança gozará de proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social de forma sadia e normal e em condições de dignidade.  Toda criança terá direito a nome e nacionalidade, desde o nascimento;  A criança gozará os benefícios da previdência social,a criança terá direito à alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas;  À criança incapacitada física ou mentalmente, serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais;  Para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade, a criança precisa de amor e de compreensão.  A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e obrigatória, pelo menos no grau primário;  A criança figurará, em qualquer circunstância, entre os primeiros a receber proteção e socorro;  A criança deve ser protegida contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração;  A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza ( ONU, 1959). 3.0. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: O Estatuto da criança e do adolescente foi legalizado em 1990, pela Lei Federal nº 8.069. Ao prestar sua assistência, os técnicos e os auxiliares de enfermagem, assim como os demais profissionais de saúde, deverão considerar os direitos prescritos por esse Estatuto, sob pena de serem acionados judicialmente. No Brasil, com relação à saúde, as crianças e os adolescentes têm os seguintes direitos: Art.7º. A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Art. 8º. É assegurado à gestante, através do SUS, o atendimento pré e perinatal. Art 9º. O Poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
  • 5. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Art 10º. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I- manter registro das atividades desenvolvidas pelo prazo de 18 anos; II- Identificar o recém-nascido; III- Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como, a orientação aos pais; IV- Fornecer declaração de nascimento onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento de neonato. Art 11º. È assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do SUS, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Art 12º. Os estabelecimentos de atendimentos á saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade. Art 14º. O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. Parágrafo único: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitária. ( MS, 2001) UNIDADE 2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO 1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DO RN (RECÉM-NASCIDO) QUANTO: 1.1. Idade Gestacional:  RN À TERMO OU NORMAL: é toda criança nascida de uma gestação entre 38 a 42 semanas de gestação. (280 dias/ Dando margem de 15 dias antes ou após o parto).  RN PREMATURO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas de gestação.  RN POSMATURO: é toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas de gestação. 1.2. Peso Ao Nascer  A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg – entre percentis 10 e 90.
  • 6. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 kg, abaixo do percentil 10.  G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior a 4 kg – acima do percentil 10.  RN DE ALTO RISCO: é o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho, determinando morbi-mortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto. RN PREMATURO 1.CONCEITO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas e 6 dias, com peso igual ou inferior a 2,5 kg e estatura igual ou inferior a 45 cm. 2.CLASSIFICAÇÃO: Prematuro Limítrofe: gestação entre 36 a 37 semanas e 6 dias. Moderadamente prematuro: gestação entre 31 a 35 semanas e 6 dias Extremamente prematuro: gestação entre 28 a 30 semanas e 6 dias. 3.ETIOLOGIA: Gravidez precoce, fumo, álcool, doenças cardíacas, desnutrição materna, gravidez gemelar, placenta prévia (PP), descolamento prematuro da placenta(DPP), placenta normalmente inserida (DPPNI): doença auto-imune, onde a mãe sempre morre por hemorragia. 4.INCIDÊNCIA: Classe social mais baixa. 5.CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS Postura: Inativo/ flácido e relaxado, com as extremidades mantidas em extensão. Permanecem em qualquer posição que se coloca. Cabeça: grande, desproporcional, achatada nos lados e longa da frente para trás, desprovida de convexidade usual nas áreas temporais e parietais. Face: senil, envelhecida. Cabelos: finos, ralos como lanugem. Olhos: fechados, grandes em relação a face e proeminentes. Pescoço: curtíssimo, o mento repousa sobre a caixa torácica. Cartilagem da orelha: mal desenvolvida, maleável, macia. Fontanelas: amplas PC: 25/32 cm PT: 23/30 cm Características Gerais: Peso: Depende do grau de imaturidade, varia de > 500 g à 2,5 kg. Extremamente baixo: 500 g a 1 kg Muito baixo: 1 kg a 1,5 kg Baixo: 1,5 kg a 2,5 kg
  • 7. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Estatura: 45 cm Caixa torácica: deprimida / Abdômen: distendido Tônus Muscular: diminuído / Ausência de sulcos plantares Pele: tecido subcutâneo delgado, coloração pálida, coberta por lanugem. Mãos e pés: poucos sulcos, aspecto liso; Unha: não atinge a polpa digital Genitais: Masculino: Saco escrotal subdesenvolvido; podendo está retido na cavidade abdominal. Feminino: Grandes lábios pouco evidentes; clitóris proeminente. 6.CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS  APARELHO RESPIRATÓRIO: Imaturo, devido ao desenvolvimento incompleto dos alvéolos e capilares. Tecido pulmonar e centro regulador imaturos. Respiração: periódica; hipoventilação; episódios freqüentes de apnéia.  APARELHO TERMO REGULADOR: Precário e imaturo. Incapacidade da manutenção da temperatura corpórea, por não possuir gordura de isolamento térmico.  APARELHO DIGESTIVO: Deficiente. Dificuldade de absorção. Quanto mais intensa a prematuridade, mais ausentes estão os reflexos de sucção e deglutição. Há três tipos de prematuro: 1.O que suga e deglute (uso de mamadeira) 2.O que não suga e deglute (uso de conta-gotas) 3.O que não suga e não deglute (gavagem/sonda) ATIVIDADE REFLEXA: Diminuída /Sinais neurológicos: ausentes. COMPLICAÇÕES: Hiperbilirrubinemia/ Hipoglicemia/ Distúrbios Hidroeletrolíticos. PÓS MATURO 1.CONCEITO: É toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas. 2.CAUSAS: A maioria desconhecida, porém se atribui a: Hereditariedade Primiparidade com mais de 28 anos Repouso excessivo Distúrbio endócrino 3.CARACTERÍSTICAS GERAIS Peso: O RN pode nascer com perda de peso. A placenta ao envelhecer perde sua função, não conseguindo manter os nutrientes para o feto. Tecido adiposo diminuído, depleção da gordura subcutânea, aspecto físico comprometido, refletindo o desprovimento intrauterino, apresentando um aspecto delgado e alongado.
  • 8. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Estatura: cerca de 3 a 4 cm maior que o normal. Pele: macerada, enrugada, sem lanugem, sem vernix caseoso, apresentando dobras, rachaduras, manchas enegridas, apergaminhada Unhas: ultrapassam a polpa digital, sujas de mecônio.Sulcos palmares profundos. Mãos: secas e descamadas. COMPLICAÇÕES: Aspiração de mecônio: provocada pela hipóxia intrauterina, associada com a acidose. O RN aspira o líquido amniótico que contém mecônio. (A hipóxia provoca relaxamento do esfíncter anal). Hipoglicemia: provocada pelo estoque de gordura. O glicogênio do fígado é logo escasseado, necessitando, portanto de reservas energéticas. Policitemia: aumento dos eritrócitos, elevando a viscosidade do sangue. A circulação se torna lenta e é obstruída sobretudo nos capilares, assim o sangue não chega a circulação periférica. RN DE ALTO RISCO 1.CONCEITO: é o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho, determinando morbi-mortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto. 2.CLASSIFICAÇÃO: De acordo com o peso do nascimento; Idade Gestacional; Problema fisiopatológico predominante. 3.RN CONSIDERADOS DE ALTO RISCO:  Prematuro  Pós- maturo  Anóxia perinatal  Macrossomia  Gemelaridade  Rh negativo  Anomalias congênitas  Desnutrição  Diabetes materna  Mães com AIDS  Mães com DSTs 4.GESTAÇÃO DE ALTO RISCO:  Idade materna menor de 16 anos ou maior de 35 anos  Insuficiência Placentária
  • 9. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  Diabetes  Hemorragia  Hipertensão Crônica  Nefropatia  Cardiopatia  Placenta Prévia  Descolamento da Placenta Normalmente Inserida  Cuidados após o Nascimento: A transição bem-sucedida de um feto (imerso no líquido amniótico e totalmente dependente da placenta para obter nutrientes e oxigênio) até o seu nascimento, respirando e chorando vigorosamente, é algo sempre maravilhoso. Os recém-nascidos saudáveis necessitam de um bom cuidado para garantir seu desenvolvimento normal e uma boa saúde. Imediatamente após um nascimento normal, a equipe da sala de parto ajuda a mãe a segurar o seu filho. A amamentação geralmente pode ser iniciada neste momento caso a mãe assim o desejar. O pai é também encorajado a segurar o seu filho e a compartilhar esses momentos. Alguns especialistas acreditam que o contato físico imediato com a criança ajuda a estabelecer vínculos afetivos. Contudo, os pais podem estabelecer bons vínculos afetivos com seus filhos inclusive quando não passam as primeiras horas juntos. 1.CUIDADOS IMEDIATOS AO RN: São aqueles prestados ainda na sala de parto. 1.1. Desobstrução das VASS: Objetivos:  Promover limpeza das VASS e a instalação imediata e posterior manutenção da respiração.  Impedir tamponamento dos espaços bronco-alveolares.  Impedir anóxia. OBS: 1º se aspira a boca, depois o nariz. Avaliação das condições vitais do RN, através da Escala de Apgar. ESCALA DE APGAR SINAIS ESCORE O ESCORE 1 ESCORE 3 Freqüência das pulsações Ausente Menos de 100 Acima de 100 Esforço respiratório Ausente Superficial Choro forte Tônus muscular Atonia/Hipotonia Ligeira flexão Movimentos ativos Irritabilidade reflexa Ausente Careta Espirro/tosse Cor da pele Cianose/Palidez Cianose de extremidades Rósea 1.3. Pinçamento e secção do cordão umbilical 1.4. OBS: Realiza-se após a cessação dos batimentos
  • 10. Profa Aretusa Delfino de Medeiros 1.3. Aspiração do suco gástrico 1.4. Credeização /Método de Credé: Instila-se 1 gota de Nitrato de Prata a 1% nos olhos, na vagina e/ou pênis do RN a fim de evitar oftalmia gonocócica, transmitida verticalmente. 1.5. Identificação do RN (Nome da gestante, data e hora do nascimento): Identificar o recém- nascido com pulseira própria ou feita com esparadrapo e colocada no antebraço e tornozelo. 2.CUIDADOS MEDIATOS AO RN: São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediátrica. 2.1.Higiene: O Banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento. Tenta-se não retirar o material gorduroso esbranquiçado (verniz caseoso) que recobre a maior parte da pele do recém-nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a infecção. 2.2.Administração de Vitamina K. Como todos os conceptos nascem com concentração baixa de vitamina K, o enfermeiro ou o técnico de enfermagem administra 1mg por via IM desta vitamina para evitar a ocorrência de sangramentos (doença hemorrágica do recém- nascido) Objetivo: Catalisar a síntese da protrombina no fígado. 2.3.Curativo do Coto Umbilical: Higiene do Coto Umbilical é em geral, uma solução antisséptica ( álcool a 70%) aplicada no cordão umbilical recém-seccionado, para ajudar a evitar a infecção e o tétano neonatal. O clipe plástico do cordão umbilical é removido 24 horas após o nascimento. O coto remanescente deve ser umedecido diariamente com uma solução alcoólica. Este processo acelera a secagem e reduz a possibilidade de infecção do coto. O coto umbilical cairá por si mesmo, geralmente entre o 5º e o 12º dia. Um retardo maior na queda não deverá ser motivo de preocupação. 2.4.Medidas Antropométricas: Peso: Balança adequada, protegida com fralda. Comprimento: Utilização da Mesa antropométrica. 2.5. Aquecimento: Manter RN aquecido, no berço (conforme rotina do hospital) e manter observação rigorosa (cianose; vômito; tremores; respiração). É fundamental que o recém- nascido seja mantido aquecido. Assim que possível, ele deve ser enrolado em panos leves (cueiros) e a sua cabeça é coberta, para reduzir a perda do calor corpóreo. À Enfermagem cabe: – Registrar, na ficha do recém-nascido, sua impressão plantar e digital do polegar direito da mãe; – Em partos múltiplos a ordem de nascimento deverá ser especificada nas pulseiras através de números (1, 2, 3, 4 etc.) após o nome da mãe; – Preencher a ficha do recém-nascido com os dados referentes às condições de nascimento, hora e data do parto.
  • 11. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Primeiros Dias do RN Durante os primeiros dias após o nascimento, os pais aprendem a alimentar, a banhar e a vestir a criança, familiarizando-se com suas atividades e sons. A primeira urina produzida por um recém-nascido é concentrada e, freqüentemente, contém substâncias químicas denominadas uratos, que podem dar às fraldas uma coloração rosa,que não deve ser confundida com sangue A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro-esverdeada e viscosa), que é conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado, pâncreas e intestino fetal, líquido amniótico deglutido e células intestinais Todo recém- nascido deve eliminar o mecônio nas primeiras 24 horas após o nascimento. Após 2 a 3 dias do nascimento surgem as chamadas "fezes de transição". Durante os primeiros dias de vida, o recém-nascido normalmente perde 5 a 10% de seu peso ao nascimento. Este peso é rapidamente recuperado à medida que ele começa a se alimentar. ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO Nome da mãe, procedência, instrução, estado civil, residência. Registro materno e do recém-nascido quando usado a ficha de internação neonatal. O primeiro exame físico do recém-nascido tem como objetivo: – Detectar a presença de malformações congênitas – Avaliar a capacidade de adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina. – O exame físico deve ser realizado com a criança despida, mas em condições técnicas satisfatórias. EXAME NEUROLÓGICO: O exame neurológico compreende a observação da atitude, reatividade, choro, tônus,movimentos e reflexos do recém-nascidos. Deve-se pesquisar os reflexos de Moro,sucção, busca, preensão palmar e plantar, tônus do pescoço, extensão cruzada dos membros inferiores, endireitamento do tronco e marcha automática. Reflexos do Recém-nascido Reflexo Descrição De Moro Quando o recém-nascido se assusta, seus membros superiores e inferiores balançam para fora e para frente, num movimento lento, com os dedos esticados De Busca Quando qualquer um dos extremos da boca de recém- nascido é tocado, ele vira a cabeça para esse lado. Este reflexo permite que o recém-nascido encontre o mamilo De sucção Quando um objeto é colocado na boca do recém- nascido, ele começa a sugar imediatamente
  • 12. Profa Aretusa Delfino de Medeiros UNIDADE 3 TESTE DE PKU ( TESTE DO PEZINHO) Nome popular para a Triagem Neonatal, o teste do pezinho é gratuito e deve ser feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido em uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê. No teste, o sangue da criança é coletado em papel filtro especial. As amostras de sangue obtidas são secas e posteriormente enviadas ao laboratório para o processamento dos exames. Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 70 para identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de "anomalias congênitas", porque se apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental. A identificação precoce de qualquer dessas doenças permite evitar o aparecimento dos sintomas, através do tratamento apropriado. Por isso, recomenda-se realizar o teste idealmente no 5º dia de vida do bebê. Antes disso, os resultados não são muito precisos ou confiáveis. A partir desse dia, é importante que toda mãe leve seu filho para fazer o exame. Assim o tratamento, se for o caso, será mais eficaz. Por meio de lei federal, o teste se tornou obrigatório em todo o País, em 1992, embora ainda não alcance a totalidade dos recém-nascidos. A portaria de número 822, de 6 de junho de 2001, assinada pelo ex-ministro José Serra, criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com o objetivo de atender a todos os recém-natos em território brasileiro. Atualmente, já existe uma versão ampliada, que permite identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso sofisticado e ainda bastante caro, não disponível na rede pública de saúde. DOENÇAS DIAGNOSTICADAS 1.FENILCETONÚRIA: É uma doença genética, de caráter autossômico recessivo decorrente da deficiência da enzima fenilalanina-hidroxilase. Em conseqüência a fenilalanina acumula-se no sangue do RN, com efeitos tóxicos do sistema nervoso central, podendo causar até a deficiência mental severa.
  • 13. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Conseqüências Deficiência mental irreversível. Convulsões, problemas de pele e cabelo. Problemas de urina e até invalidez permanente. Tratamento: Controle alimentar com dieta especial à base de leite e alimentos que não contenham fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e leve uma vida normal. 2.HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO É hereditário, causado pela falta de uma enzima, impossibilitando que o organismo forme o T4, hormônio tireoidiano, impedindo o crescimento e desenvolvimento de todo o organismo inclusive o cérebro, sendo a deficiência mental uma de suas manifestações mais importantes. Conseqüências Deficiência mental irreversível, convulsões, problemas de pele e cabelo, problemas de urina e até invalidez permanente. Tratamento Administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom e tenha uma vida normal. 3.HEMOGLOBINOPATIAS: São doenças que acometem a estrutura ou/e a taxa de produção da molécula de hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos e responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. A anemia falciforme (AF) é a hemoglobinopatia mais freqüente no nosso país, atingindo cerca de 0,1-0,3% da população de negros. 4.FIBROSE CÍSTICA: É a doença autossômica recessiva de elevada prevalência nas populações de origem européia, caracterizada por uma disfunção crônica e grave dos pulmões e trato gastrointestinal devido a um distúrbio no transporte de cloreto pelas membranas epiteliais. A freqüência dessa patologia na população do sul do Brasil é de 1 para 2.500 nascidos vivos. MÉTODO DE COLETA:  Colher a partir de 72 h de vida ou entre o 3° e 30° dias de vida.  Preencher o cartão com os dados da criança e assinalar os exames a serem feitos.  Aquecer o local com bolsa de água morna, 44° por 5 min.  Assepsia com álcool 70% e deixar secar.  Usar uma lanceta fina e puncionar a face lateral do calcanhar, com movimento firme e único, seguido por movimento de rotação bilateral.
  • 14. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  Desprezar a primeira gota com gaze ou algodão seco.  Formar uma gota grande e encostar o papel filtro deixando saturar os círculos até enche-los e vazar no verso.  Secar em temperatura ambiente por 3 h na horizontal sem que o sangue encoste na superfície ou objetos  Enviar ao laboratório em envelope próprio ou papel alumínio. UNIDADE 4 CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA As vacinas (cujo nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que, quando é injetado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano) são substâncias tóxicas, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, por forma a tornar o organismo imune a esse agente (e às doenças por ele provocadas).São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de venenos, previamente enfraquecidos. Por inserir no organismo esse tipo de substâncias, os efeitos colaterais podem ser adversos, correspondendo ao esforço que nosso corpo está fazendo para controlar as substâncias. A descoberta da vacina se deve às pesquisas de Louis Pasteur, que em seu leito de morte, disse: "O vírus não é nada, o terreno é tudo", com isso ele estava explicando que os vírus só se multiplicam sem controle (gerando doenças) em um organismo, se encontrarem terreno favorável para isso. Mas a vacina já era usada anteriormente, na forma de medicina popular, pelos chineses e povos do mediterrâneo. Pasteur, entretanto, formalizou seu uso com o rigor científico. Calendário Básico de Vacinação da Criança – 2012 Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
  • 15. Profa Aretusa Delfino de Medeiros BCG Composição: Bacilo Calmette-Guérin liofilizado, obtido por atenuação do M. bovis, cepa Mooron-Rio. Idade: a partir do nascimento e revacinação quando não houver cicatriz vacinal. Indicação: em especial nas crianças menores de 5 anos e preferencialmente nos menores de 1 ano. O mais precocemente em crianças HIV positivas assintonáticas. Dosagem e via de administração: 0,1ml ID na inserção inferior do deltóide. Agulha: 13x3,8 Tempo de validade após aberto o frasco: 06 horas.
  • 16. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Eventos adversos: formação de abscesso e/ou ulceração (axilar). Contra-indicação: imunodeficiência congênita ou adquirida; HIV sintomático; < 2000g, afecções dermatológicas extensas (escabiose, impetigo= adiamento). Conservação: +2 + 8ºC inativada quando exposta à luz artificial. HEPATITE B Composição: Há 2 tipos : 1 partícula viral tratada com formol (2 recombinação do RNA viral através de engenharia genética). Idade: nas primeiras 12 horas de vida. Esquema: 0,1,6 meses – 1ª dose para 2ª dose intervalo de 30 dias e da 1ª dose para 3ª dose um intervalo de 6 meses. Dosagem e via de administração: 0,5 ml ou de acordo com o fabricante, IM profunda no Vasto Lateral da Coxa (VLC) em crianças até 2 anos e deltóide em crianças maiores. Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 25x7 (maiores de 2 anos). Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco. Eventos adversos: dor no local da injeção e febre baixa. Contra-indicação: reação anafilática sistêmica na dose anterior. Conservação: + 2º+ 8º, congelamento inativa. POLIOMIELITE ORAL ( VOP ) Composição: vírus vivo atenuado em cultura de células. Idade: a partir dos 2 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias. Esquema: 3 doses a partir dos 2 meses de idade, com intervalos de 60 dias e no mínimo 30 dias; dose de reforço aos 15 meses. Dosagem e via de administração: 2 gotas oral. Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias. Contra-indicação: crianças com imunodeficiência (congênita ou adquirida); pessoas submetidas a transplante de medula; crianças HIV+ sintomáticas (AIDS). Conservação:geladeira, +2+8ºC. Observação: Retornar ao refrigerador ou isopor imediatamente após a vacinação. TETRAVALENTE Composição: vacina que contém toxidóide diftérico, tetânico e Bordetella pertussis, além de polissacarídeo capsulares (Poliribosol-ribtol-fosfato- PRP) do Haemophilus influenza conjugada com uma proteína carreadora tetânica.
  • 17. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Idade: até 11 meses e 29 dias. Via de administração: IM ou VLC. Esquema: 3 doses de 0,5ml a partir dos 2 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. Agulha: 20x5,5. Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias. OBS: Não administrar em crianças maiores de 1 ano. Caso, o esquema não esteja completo, completar com DTP. Eventos adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar e irritabilidade nas 24-48h. Contra-indicação: crinaças que desencadeiam reação anafilática não administrar dose seguinte. Conservação: +2 +8ºC. TRÍPLICE BACTERIANA – DTP Composição: a vacina tríplice DTP contém toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada em suspensão, tendo como adjuvante hidóxido ou fosfato de alumínio. Idade: 1º primeiro reforço aos 15 meses e o 2º reforço entre 4-6 anos. Idade mínima aos 12 meses. Esquema: 2 doses de 0,5 mal a partir dos 15 meses de idade. Via de administração: IM profunda no VLC e em crianças maiores de 2 anos administrar no deltóide. Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 27x7 (maiores de 2 anos). Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco. Evento adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar geral e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 horas. Contra-indicações: a aplicação da vacina tríplice DTP é contra-indicada em crianças que tenham apresentado após a aplicação da dose anterior – reação anafilática. TRÍPLICE VIRAL Composição: vacina combinada do vírus vivo atenuado, liofilizado contra sarampo a rubéola e caxumba. Idade: a partir dos 12 meses de idade, recomenda-se aos 15 meses para coincidir com o reforço da DTP e pólio. Via de administração: SC. Esquema: 0,5 ml dose única e reforço entre 4 – 6 anos de idade. Agulha: 13x4,5 . Tempo de validade após aberto o frasco: 8 horas. Efeitos adversos: febre e erupções de curta duração, entre o 5º e o 10º dia de pós-vacina, artralgia e artrite, mais freqüentemente em mulheres adultas.
  • 18. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Contra-indicação: reação sistêmica ao ovo de galinha (urticária, edema da glote, dificuldade respiratória, hipotensão ou choque), gravidez. Conservação: +2+8ºC. FEBRE AMARELA Composição: vacina derivada da cepa 17, vírus da febre amarela, Sacarose 8 mg e 3 mg de glutamato de sódio. Idade: a partir dos 9 meses. Indicação: contra a febre amarela. Via de administração: SC no deltóide. Esquema: 1ª dose aos 9 meses e reforço a cada 10 anos. Agulha: 13x 4,5. Tempo de validade após aberto o frasco: 4 horas. Eventos adversos: dor local, cefaléia e febre. Contra-indicação: crianças menores de 6 meses; portadores de imunodeficiência (congênita ou adquirida), neoplasias malignas e pacientes HIV+ sintomáticos; uso de corticoesteróides em doses elevadas; pessoas com história de reação anafilática após consumo de ovo. Conservação: +2+8ºC, quando congelada inativa. ROTAVÍRUS Composição: é uma vacina elaborada com vírus isolados de humanos e atenuados para manter a capacidade imunogênica, porém não patogênica. Idade: mínima 1 m e 15 dias e idade máxima 5 meses 15 dias. Indicação: gastroenterite provocada pelo vírus rotavírus. Vias de administração: Cada dose corresponde a 1 ml (exclusivamente oral). Tempo de validade após aberto o frasco: 24 horas após a preparação da vacina. Esquema: 2 doses; 2 meses e 4 meses, com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. Eventos adversos: reação sistêmica grave até 2 h após a administração; presença de sangue nas fezes até 42 dias após vacinação; internação por abdome agudo até 42 após a dose da vacina. Justificativas para a sua inclusão no calendário vacinal infantil: 1.Os rotavírus constituem a principal causa de gastroenterites em crianças, sendo responsável por mais de 400.000 óbitos por ano em países em desenvolvimento. 2.A maior incidência das infecções por rotavírus se concentra na faixa etária de 6 a 24 meses, com o quadro clínico clássico caracterizado-se por diarréia precedida de febre e vômitos, evoluindo rapidamente para desidratação.
  • 19. Profa Aretusa Delfino de Medeiros VACINA DUPLA BACTERIANA – dT Composição: toxóide diftérico+tetânica com hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio como adjuvante. Idade: dT administrar em crianças maiores de 7 anos e adultos. Dosagem e via de administração: 0,5 ml IM profunda no deltóide. Esquema: 3 doses com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. O reforço é aplicado a cada 10 anos. Agulha: 25x6 ou 25x7. Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco VACINA PENTAVALENTE Composição: são compostas por toxóides de difteria e tétano, suspensão celular inativada de Bordetella pertussis, antígeno de superfície de hepatite B (HBs-Ag), oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenzae do tipo b) Idade: é indicada para imunização ativa de crianças a partir de doismeses de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas porHaemophilus influenzae tipo b. Esquema: A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade.Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro reforço aos de 15 meses de e o segundo reforço aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias.Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira dose nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite B(recombinante). Dose e Via de Administração: Administrar dose de 0,5 mL da vacina DTP/HB/Hib por via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade. VACINA MENINGOCÓCICA Composição: As vacinas meningocócicas disponíveis contra os diversos sorogrupos, incluindo o sorogrupo C podem ser divididas em duas categorias: as que contêm polissacarídeos e as conjugadas. As de polissacarídeos da cápsula da bactéria conferem proteção por tempo limitado (3-5 anos) e exclusivamente para os sorogrupos contidos na vacina, com reduzida eficácia em crianças de baixa idade (particularmente abaixo de 2 anos). Via de Administração : A vacina deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular profunda, de preferência na área ântero-lateral da coxa direita da criança Esquema vacinal : O esquema de vacinação primário consiste na aplicação de duas doses, em crianças menores de um ano de idade, com intervalo de 2 meses entre as doses (mínimo de 30 dias), aos 3 e 5 meses de idade. Um único reforço é recomendado aos 12 meses de idade, respeitando-se o intervalo mínimo de 2 meses, após a aplicação da última dose.
  • 20. Profa Aretusa Delfino de Medeiros POLIOMIELITE INATIVADA ( VIP) Composição : A vacina inativada poliomielite (VIP) foi desenvolvida em 1955 pelo Dr. Jonas Salk. Também chamado de "vacina Salk", a VIP é constituída por cepas inativadas (mortas) dos três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles. Esquema Vacinal : O esquema vacinal será sequencial (VIP/VOP) de quatro doses para crianças menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando o esquema vacinal. A VIP deverá ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose) de idade, e a VOP aos 6 meses (3ª dose) e 15 meses de idade (reforço). A preferência para a administração da VIP aos 2 e 4 meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-vacinação. Dose e via de administração: A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via subcutânea também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas). O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o músculo vasto-lateral da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo deltóide. UNIDADE 5 A ENFERMAGEM, O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA O Crescimento ( C ) e o desenvolvimento ( D ) , são indicadores da saúde das crianças; por essa razão o acompanhamento desses processos se constitui na ação –eixo da assistência à saúde da criança.As equipes de enfermagem e de saúde devem estar alertas para intervir no processo de CD, quando necessário, da maneira mais precoce possível. No Brasil, o MS (1984) preconiza que a atenção à infância deve se estruturar a partir do acompanhamento do CD. O crescimento e desenvolvimento são o que caracteriza a criança, dessa forma , a atenção a criança existe para promover o C e o D. DEFINIÇÕES: ►CRESCIMENTO: Constitui as alterações biológicas que implicam em aumento corporal da criança, manifestadas pelo aumento do tamanho das células (Hipertrofia), e pelo aumento do número de células (Hiperplasia). É um quantitativo. Referencia-se por:  Peso  Estatura  Perímetro cefálico  Perímetro torácico
  • 21. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  Alteração das fontanelas  Dentição  Alterações na proporção corporal e tecidos corporais ►DESENVOLVIMENTO: É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. A criança desenvolve controle neuro-muscular, destreza e traços de caráter, funções que só podem ser medidas por meio de provas funcionais.  Habilidades motoras grossas  Habilidades motoras finas  Desenvolvimento da linguagem  Desenvolvimento congnitivo  Desenvolvimento social e afetivo FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal.Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança Como conseqüência, as condições em que ocorre o crescimento, em cada momento da vida da criança, incluindo o período intra-uterino, determinam as suas possibilidades de atingir ou não seu potencial máximo de crescimento, dotado por sua carga genética. 1.0 – AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO : O crescimento pode ser avaliado mediante o controle de peso, estatura e perímetro cefálico, com auxílio de parâmetros de normalidade definidos através de fórmulas e das curvas de peso. As medidas físicas refletem a taxa de crescimento da criança e qualquer alteração no padrão das mesmas, pode indicar problemas sérios.A técnica deve ser rigorosa, os dados corretos e o registro e interpretações exatos; mais importante que os valores deve ser a observação das tendências, diferenças súbitas e os graves desvios do padrão normal. . 1.1 – PESO ( P ): O peso é um excelente indicador das condições de saúde e da nutrição da criança,suas variações na infância são rápidas e importantes.As maiores informações não são obtidas, porém, com o peso de um momento preciso, mas na sua evolução no tempo (curva de peso),
  • 22. Profa Aretusa Delfino de Medeiros na variação entre duas pesagens sucessivas.O método de pesagem, por sua vez, deve ser preciso para não oferecer dados incorretos. A criança dobra de peso aos 5 meses e triplica aos 12 meses. No primeiro ano, a criança cresce, em estatura, cerca de 50% da estatura do nascimento. PESANDO A CRIANÇA 1.2. ESTATURA : A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança.Sua curva espelha a vida anterior e torna visível toda a história do crescimento.Com efeito, a desnutrição só se retrata tardiamente sobre a altura do corpo da criança;uma lentidão no crescimento da estatura indica o começo de uma desnutrição dois a três meses antes.Ao contrário do peso que pode variar muito e rapidamente; a estatura é uma medida estável e regular.porém é mais difícil de medir do que o peso.Até a idade de dois anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas pessoas para tomar essa medida. A criança deve ser medida uma vez ao mês ou a cada consulta de puericultura. Ganho ponderal mensal nos dois primeiros anos de vida Até 3 meses 750 a 900 gramas por mês De 3 a 6 meses 600 gramas por mês De 5 meses a 1 ano 300 a 400 gramas por mês De 1 a 2 anos 200 a 300 gramas por mês
  • 23. Profa Aretusa Delfino de Medeiros MEDINDO A CRIANÇA Parâmetros normais:  Nascimento: +_ 50 cm;  1º trimestre: 9 cm;  2ª trimestre: 7 cm;  3º trimestre: 5 cm;  4º trimestre: 3 cm  Aos 23 meses: +_ 74 cm. Para crianças acima de dois anos, teremos a seguinte fórmula: ESTATURA = IDADE X 5 + 80. 1.3. PERÍMETRO CEFÁLICO (PC): É a circunferência do crânio. A circunferência da cabeça aumenta rapidamente no primeiro ano de vida, a fim de adaptar-se ao crescimento do cérebro. Essa medida permite identificar “alterações”. Essa medida deverá ser verificada a cada consulta ambulatorial, mensalmente.Se há indicações de anormalidades, deverá ser verificada diariamente. Valores normais: IDADE PC/ Cm Nascimento 35,0 3 meses 40,4 6 meses 43,4 9 meses 45,5 1 ano 46,6 1 ano e 6 meses 47,9 2 anos 48,9 3 anos 49,2 4 anos 50,4 5 anos 50,8
  • 24. Profa Aretusa Delfino de Medeiros 1.4. PERÍMETRO TORÁCICO (PT): Medida da circunferência do tórax, importante para detectar algumas doenças. A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o perímetro craniano (PC). A relação entre Pc e Pt - Até 6 meses: Pc é superior a Pt - Cerca de 6 meses: Pc é igual a Pt - Cerca de 9 meses: Pc é inferior a PT 1.5 – DENTIÇÃO: A idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta de 6 meses de idade. Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 ou 8 meses. Pode acontecer de dentes de leite que erupcionan (nascem) antes do prazo normal, ou seja, logo após o nascimento, são chamados de "dente natal", ou por volta de 2 a 3 meses de idade, "dente neonatal ". Se isso ocorrer, procure imediatamente um odontopediatra, pois isso atrapalha a amamentação. A mãe é muito prejudicada durante o aleitamento materno, com ferimentos no "bico do seio", induzindo a mãe a intervir com mamadeira, o que não é adequado para um bom crescimento e desenvolvimento da criança. Durante o nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais líquidas. Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva. ERUPÇÃO(nascimento) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES Incisivos Centrais 8 meses 6 meses Incisivos Laterais 10 meses 9 meses Caninos 20 meses 18 meses 1º Molar 16 meses 16 meses 2º Molar 29 meses 27 meses ESFOLIAÇÃO (queda) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES Incisivos Centrais 7 a 8 anos 6 a 7 anos Incisivos Laterais 8 a 9 anos 7 a 8 anos Caninos 11 a 12 anos 9 a 10 anos 1º Molar 10 a 11 anos 10 a 11 anos 2º Molar 11 a 12 anos 11 a 12 anos Importância dos da dentição: - Importante para a saúde geral, crescimento e desenvolvimento; - Atuam na mastigação, facilitando a digestão;
  • 25. Profa Aretusa Delfino de Medeiros - São elementos fundamentais para a pronúncia das palavras (fonação); - Grande influência na estética. 2.0- AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO: O desenvolvimento depende da maturação – mielinização – do sistema nervoso. A seqüência de desenvolvimento é igual para todas as crianças, mas a velocidade varia de criança para criança. A direção do desenvolvimento é céfalo- caudal e proximal distal ou seja da cabeça para os pés e dos ombros para as mãos. O primeiro passo para a locomoção é a aquisição do controle da cabeça, envolvendo a musculatura do pescoço. Mais tarde os músculos espinhais desenvolvem coordenação permitindo que a criança fique apta para sentar com as costas retas, engatinhar, ficar em pé e andar .O desenvolvimento integral da criança pode representar uma oportunidade importante para aproximação de uma concepção positiva da saúde, que se efetiva através do acompanhamento da criança sadia.Os profissionais de saúde devem conversar com as mães sobre as aquisições da criança,valorizando suas conquistas, potencializando sua capacidade em reconhecer o valor da relação com seus filhos. Observar o comportamento espontâneo da criança, escutar as dúvidas e apreensões das mães, procurar estabelecer uma relação de confiança com as mesmas e destas com seus filhos são caminhos para aprofundar as relações, conhecê-las melhor e poder apoiar,orientar e intervir, caso necessário. Avalia-se o desenvolvimento, testando as aquisições neuro – psicomotoras e através de testes ou provas, sob quatro aspectos interdependentes que se processam, normalmente, no mesmo ritmo:  Desenvolvimento motor: Para que um organismo se desenvolva, ele precisa funcionar A criança brinca de repetir sem cessar os mesmos gestos e ações que lhes permitem as aquisições que as amadurecem progressivamente.  No nascimento, os movimentos do bebê não são coordenados.  Do nascimento aos dois anos a criança adquire duas possibilidades motoras importantes: caminhar e pegar objetos entre o polegar e indicador e, o controle neuro motor: coordenação da visão e da preensão.  Linguagem: As crianças nascem com o mecanismo e a capacidade de desenvolver a fala e as habilidades de linguagem. Entretanto elas falarão de forma expontânea.  A fala requer a estrutura e a função fisiológica íntegras, incluindo a respiratória, a auditiva e a cerebral, além da inteligência e da necessidade de estimulação.  O gesto procede a fala, e dessa maneira uma pequena criança comunica-se de modo satisfatório.  Em todos os estágios do desenvolvimento da linguagem, a compreensão do vocabulário por parte das crianças é maior do que a expressão.  Desenvolvimento cognitivo: A criança tem necessidade de agir para aprender, como não possui experiência do adulto, para ela tudo está para descobrir.
  • 26. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  É brincando que a criança elabora os esquemas mentais, isto é, as imagens mentais conduzirão aos conceitos.  As imagens de objetos percebidas, muitas vezes se fixam na memória – é a conceituação.  A inteligência da criança é a primeira prática: a criança elabora esquemas de ação, de espaço e de casualidade.  O bebê é incapaz de representar mentalmente os objetos. É preciso que ele os veja e os apalpe. Quando os objetos desaparecem do campo de visão, e da preensão, eles deixam de existir para ele.  O pensamento da criança se estrutura a partir de experiências que ela interioriza, pela repetição frequente e por suas semelhanças. A criança modifica seu comportamento face aos novos objetos e a novas situações  Desenvolvimento social e afetivo:  No começo da vida, a criança brinca com os MMSS e MMII, boca e com todo o corpo.  No decurso das experiências cotidianas, a criança descobre o prazer de se comunicar com os outros. Para o desenvolvimento adequado, é necessário que a criança tenha oportunidade de fazer sozinha tudo que é capaz. E a cada idade, tem um comportamento esperado Características das crianças em suas diferentes etapas de vida: 1.0 - Recém – nascido ( 0 a 28 dias) e lactente ( 29 dias a 2 anos):  O RN não tem sua personalidade organizada e interage com o meio apenas em função de suas necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc.  O id (inconsciente) refere-se às reações instintivas que podem ser percebidas por atos reflexos diante das sensações de prazer ou de desprazer.  As emoções da criança são expressas através do choro, grito ( desprazer) ou sono tranqüilo e fácies de bem – estar ( prazer).  No recém – nascido o reflexo de sucção, a sensibilidade para movimentos, para o som e o tato são bem desenvolvidas.A sucção é basicamente a principal forma dele relacionar-se com o meio que o cerca.  A criança que não tem atendidas essas necessidades pode vir a desenvolver a chamada Carência Afetiva. A criança com carência afetiva apresenta e agarra-se a quem cuida dela. # Inicialmente torna-se chorona, exigente e agarra-se a quem cuida dela;Mais tarde os choros transformam-se em gritos, ela perde peso e seu desenvolvimento motor estaciona. # A seguir, passa a maior parte do tempo deitada de bruços, tem insônia, continua a perda de peso, tem facilidade para adoecer, a atraso do desenvolvimento motor se generaliza; # se não for tratada, o choro transforma-se em gemidos, o retardo aumenta e se converte em letargia.  A idade em que a criança é mais sensível a separação da mãe é entre os 6 meses e dois anos de vida.
  • 27. Profa Aretusa Delfino de Medeiros 2.0 – Pré – Escolar ( 2 a 7 anos):  Desenvolve a linguagem, é observador e faz perguntas. Fica inseguro quando seus hábitos e rotinas sofrem alguma modificação;  Movimenta-se muito ( anda, corre, sobe, desce,pula). Seu pensamento orienta-se pela imaginação e pela fantasia.  Para o pré-escolar, a mãe é a fonte de segurança, proteção e ajuda, frente às situações que possam causar angústia ou qualquer tipo de sofrimento. 3.0 – Escolar ( 7 a 10 anos) :  Nesta etapa, a criança adquire grande independência física e psicológica. Criatividade e aprendizagem são características marcantes.  Tem noção de tempo e espaço.Gosta de correr, pular, perseguir, fugir, participar das tarefas dos adultos.  Embora apresente um grau avançado de independência em todos os aspectos, ainda necessita de carícias físicas e afeto. Necessita de respeito à sua individualidade, privacidade e sexualidade. 4.0- Adolescente ( de 10 a 20 anos) :  Fase de autodefinição e identificação de seu papel.imita as pessoas ou ídolos que admira;  Embora esteja em fase de amadurecimento emocional, apresenta, muitas vezes, grande instabilidade. É ansioso e deprime-se com facilidade;  Gosta de quebrar regras sociais e de contrariara opiniões;  Valoriza , de forma mais acentuada, a imagem corporal, a sexualidade, a privacidade e a autonomia. AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE UM MÊS A CINCO ANOS Quadro I – As etapas do desenvolvimento da criança de um mês a cinco anos: Idade Desenvolvimento Motor Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Social 1 mês a 3 meses  Dorme quase todo o tempo. Aprende a levantar a cabeça e depois a mantê-la direita. Afina e adapta seus reflexos primários, tais como a preensão; guarda dentro da mão, involuntariamente, o objeto que ali se colocar.  Reflexo de sucção;  Chupa seu polegar ou seus dedos; brinca com sua língua;  Reproduz sons por prazer;  Olha suas mãos;  Segue com os olhos uma pessoa ou um objeto que se desloca;  Leva objetos à boca (A boca é um meio de conhecimento importante para a criança lactente);  Morde um pedaço de  Cessa de chorar à chegada de sua mãe ou ao escutá-lo;  Pequenos ruídos guturais;  Sorri ao ouvir a voz humana;  Se imobiliza ao ouvir uma voz familiar que fala;  Reconhece sua mãe e seu pai, pela vista, mas, sobretudo, pelo olfato, pelo ouvido e talvez por suas outras percepções
  • 28. Profa Aretusa Delfino de Medeiros pão. difíceis de definir;  Balbucia espontaneamente e como resposta. 3 a 6 meses  Procura alargar o campo de sua visão, apoiando-se, por ex. sobre o antebraço se estiver de bruços, levantando a cabeça e as espáduas se estiver de costas;  Mantém a cabeça erguida e pode ficar uns instantes sentado com apoio;  Começa a pegar voluntariamente um objeto ao alcance da mão e estender a mão para um objeto que se lhe oferce;  Leva objetos à boca;  Segura pequenos objetos com a palma e os quatro dedos.  Ver item anterior.  Sorri a toda pessoa que se aproxime dela sorrindo;  Comunicação com a mão baseada no olhar;  Começa a diferenciar dia e noite;  Canta com a ajuda de outra pessoa mais fica passiva;  Ri às gargalhadas;  Reage ao chamado por seu nome, virando a cabeça.  Grande riqueza de emissões vocais (balbucios, vocalizações prolongadas);  Ri e vocaliza brincando;  Começa a utilizar os contatos físicos (apalpar) para se comunicar com as outras. 6 a 9 meses  Deitado de costas se vira para se colocar sobre o ventre;  Começa a ficar de pé com apoio;  Pega objetos entre o polegar e o indicador;  Mantém-se assentado só, durante um momento;  Começa a engatinhar.  Toca-se um espelho e sorri;  Age sobre objetos, bate sobre eles, contra a borda de um leito;  Passa um objeto de uma a outra mão;  Segura um objeto dentro de cada mão;  Descobre um objeto escondido, se uma parte dele fica visível;  Se diverte a lançar objetos;  Chama atençao sobre si, por exemplo: desperto só chra ou  É capaz de rastejar para aproximar-se de um objeto ou de uma pessoa;  Começo da socialização;  Vocaliza várias sílabas que tendem a limitar-se aos sons que ouve na língua materna;  Reconhece os rostos familiares e pode ter medo de rostos estranhos;  Começa a participar de jogos de relação
  • 29. Profa Aretusa Delfino de Medeiros grita quando ouve à sua mãe levantar-se. social (bater palmas, jogo de esconder);  Gosta de morder;  Reconhece quando se dirigem a ela;  Imita gestos e brincadeiras;  Faz gestos com a mão e a cabeça (tchau, não, bate palmas). 9 a 12 meses  É capaz de pôr-se a de pé sozinha apoiando-se em alguma coisa ou em alguém, e de caminhar segurando com as duas mãos ou apoiando-se em algum móvel;  Rasteja-se ou engatinha;  Começo do andar;  Sabe largar um objeto sob pedido;  Consegue segurar os objetos entre o polegar e o indicador.  Age intencionalmente: retira o cobertor para pegar o brinquedo que se enfiou por baixo;  Imita um ruído, por exemplo: batendo um objeto contra o outro;  Começo do jogo de embutir.  Repete o som que ouviu. Aprende a pronunciar duas ou três palavras;  Compreende uma proibição ou ordem simples;  Manifesta grande interesse em explorar o mundo, ver tudo, tocar em tudo e levar tudo à boca;  Colabora em brinquedos com adultos. 12 a 18 meses  Caminha sozinha e explora casas e arredores;  Ajoelha-se sozinho;  Sobe as escadarias usando as mãos.  Empilha-se dois a três cubos;  Enche um recipiente;  É capaz de amassar.  Era de sociabilização;  Manifesta ciúme (gestos de raiva e choro) reações de rivalidade nas brincadeiras com os irmãos maiores ou pessoas de convivência. 18 meses a 2 anos  Sobe e desce uma escada agarrando-se num corrimão;  Aprende a comer sozinho;  Começa a ter controle dos esfíncteres durante o dia (fezes e depois urina);  Inicio do dançar ao  Empilha cubos;  Mostra seus olhos e nariz;  Imita um traço sobre o papel ou na areia;  Faz caretas de forma espontânea;  Coordenação mais complexa: pode agir a distância, ex: utilizando um pau para  Associa duas palavras e enriquece seu vocabulário;  Manifesta muito interesse por outras crianças e procura brincar com elas, mas de modo muito pessoal (pegando objetos, por exemplo).
  • 30. Profa Aretusa Delfino de Medeiros som de música. aproximar um objeto ou puxando o cobertor sobre o qual está brincando;  Estuda os efeitos produzidos ao longo de sua atividade: varia a maneira de deixar cair os objetos “pra ver” 2 a 3 anos  Aprende a pular sobre uma perna;  Corre e chuta na bola sem perder o equilibrio;  Pode levar um copo cheio de água sem derramar;  Começo do controle do esfincter vesical noturno;  Participa ativamente no vestir-se;  Dança ao som da música.  Amontoa objetos em equilíbrio;  Pode reproduzir um círculo sobre o papel ou na areia;  Começa a brincar realmente com outras crianças e a compreender que há gente fora do meio familiar;  Se reconhece no espelho.  Desenvolve consideravelmente a línguagem, utiliza “eu”, “mim”, começa a perguntar, compreende a maior parte das palavras e frases que lhe são dirigidas (cerca de 300 palavras);  Participa na arrumação de suas coisas;  Começo da utilização sistemática do não (maneira de afirmar- se, opondo-se ao meio);  Comunica-se com gestos, posturas, mímicas, sobretudo com outras crianças até cinco anos;  Teatraliza rituais de cozinha, de arrumação de cama e de banho (brinquedos como a boneca, com cozinha em miniaturas, etc.). 3 a 4 anos  É capaz de andar sobre a ponta dos pés;  Aprende a vestir-se e despir-se sozinho;  Adquire o controle do esfinceter vesical noturno;  É capaz de realizar  Imita uma cruz;  Desenha uma pessoa com cabeça, tronco e às vezes com outras partes do corpo;  Reconhece três cores;  Reconhece o alto e o baixo, atrás e diante;  Se interessa pelo  Passeia sozinha, visita vizinhos;  Fala de modo inteligível mas guarda um linguajar infantil;  Compreende cerca de 1000 palavras;  Diz seu nome, sexo,
  • 31. Profa Aretusa Delfino de Medeiros tarefas simples;  Anda de bicicleta de três rodas;  Agarra uma bola a um metro de distância. nome dos objetos. idade;  Interessa-se por atividades de casa;  Pergunta muito;  Escuta as histórias e pede para repetir as que gosta;  Brinca com outras crianças e começa a partilhar;  Manifesta afeição por seus irmãos e irmãs;  Crise de personalidade: opõe- se vigorosamente a outrem para afirmar- se;  Pergunta pelo nome dos objetos;  Começo da utilização do pronome pessoal e do advérbio de lugar. 4 a 5 anos  Salta-se;  Balança-se;  Desce as escadarias, pondo de um pé só em cada degrau.  Desenha um homem com os principais membros do corpo;  Copia um quadrado, um triângulo;  Sabe contar nos dedos;  Pode reconhecer quatro cores;  Pode apreciar o tamanho e a forma, distinguir o grosso e o fino;  Sabe dizer sua idade.  Fala de modo inteligível;  Escuta uma história e pode repetir os fatos;  Protesta energicamente quando impedido de fazer o que quer;  Mostra interesse pelas atividades dos adultos;  Aparecem os medos infantis;  Conhece uma quinzena de verbos de ação. UNIDADE 6
  • 32. Profa Aretusa Delfino de Medeiros ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI Objetivos:  Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade associada às principais causas de doença na criança  Introduzir medidas de promoção e prevenção na rotina de atendimento das crianças  Acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança Principais componentes:  Acolhimento  Melhoria no manejo e tratamento de casos –Identificação de sinais clínicos que permitem a avaliação e classificação adequada do quadro, triando rapidamente a situação de risco: Manejo da criança doente: Avaliar a criança  Verificar sinais de perigo  Tosse / dificuldade para respirar  Diarréia  Febre  Problema de ouvido  Anemia e desnutrição  Estado de vacinação Aconselhar a mãe ou acompanhante  Alimentação da criança  Administração de líquidos  Cuidados gerais com a criança  Quando retornar imediatamente  Quando retornar para seguimento  Cuidados sobre sua própria saúde UNIDADE 7 INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS – IRA As infecções respiratórias agudas são as infecções do aparelho respiratório que afetam o nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando inflamação, sinusite, bronquite, asma e pneumonia. A criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse, nariz escorrendo, dor de ouvido, dor de garganta, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre ou temperatura muito baixa. Além disso, a criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e chorosa. Algumas ficam com os olhos vermelhos e lacrimejando. As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e dores no corpo.
  • 33. Profa Aretusa Delfino de Medeiros As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, podem trazer risco de vida quando não tratadas. Toda a criança que apresenta um destes sinais, por até 7 dias sem melhorar, deve ser levada ao serviço de saúde Cuidados para crianças com IRA - Infecção Respiratória Aguda NARIZ ENTUPIDO • Lavar com soro fisiológico cada narina, sempre que necessário. Este soro pode ser preparado em casa, misturando 1 colher pequena de sal com um litro de água fervida e deve ser preparado todos os dias. TOSSE • Dar bastante líquido (chás caseiros ou água). Evitar dar xaropes contra a tosse. A tosse ajuda a eliminar o catarro. Quando a criança está com dificuldade de eliminar o catarro, fazer tapotagem: deitar a criança de bruços, no colo, e bater com as mãos em concha nas suas costas. FEBRE • Dar banho morno e aplicar compressas úmidas só com água na testa, nuca e virilha. • Na febre alta, usar anti-térmico e procurar atendimento médico.  Deitar a criança com a cabeça e os ombros mais altos do que o resto do corpo.  Fazer vaporização na criança, usando um vaporizador ou uma chaleira ou bule com água fervendo, apenas nos casos de tosse rouca.  Onde o clima é seco, colocar uma vasilha com água e panos molhados perto da criança.  Mantenha a alimentação normal da criança, em pequenas quantidades e intervalos menores – oferecendo várias vezes durante o dia, sem forçar, evitando assim que a criança engasgue ou vomite.  Lembrar que durante o período de doenças infecciosas a criança precisa de mais calorias através dos alimentos  As vacinas que protegem contra a coqueluche e a difteria (DPT), contra as formas graves de tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam a prevenir as doenças respiratórias. Por isso, todas as crianças da família precisam estar vacinadas ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 1.OTITE MÉDIA: Classifica-se em Otite Média Aguda,Otite Média Supurativa,Otite Média Supurativa Crônica
  • 34. Profa Aretusa Delfino de Medeiros ETIOLOGIA: Streptococus pneumoniae; Haemophilus influenza. Não infecciosa, em conseqüência do bloqueio por edema das trompas de Eustárquio. Rinite alérgica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Otalgia, febre, secreção auditiva de característica purulenta. TRATAMENTO: Antibioticoterapia, analgésico, antitérmico, cirúrgico (casos graves). ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM OBJETIVO: Diminuir a dor e orientar para evitar recidivas *Aplicar calor com compressa morna no local; *Manter os cuidados com a higiene do ouvido; *Orientar sobre perdas temporárias da audição; *Cuidado com água no canal auditivo; *Observar sinais de hipertermia 2.AMIGDALITE: É uma inflamação das amígdalas, que geralmente ocorre associada à faringite. ETIOLOGIA: Agentes virais;Agentes bacterinaos (Streptococus). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Hipertermia, anorexia, halitose, respiração pela boca com sensação de irritação da mucosa, orofaringe hiperemiada, exsudato. TRATAMENTO: Analgésico, antitérmico, antibioticoterapia, cirurgias (amidalectomia) ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM *Cuidados visam o conforto do paciente; *Minimizar as manifestações clínicas; *Administrar NBZ; *Manutenção hídrica adequada; *Uso de analgésicos e antitérmicos 3.FARINGITE:É a inflamação da faringe, e tem seu agente etiológico como um dos causadores de seqüelas graves. ETIOLOGIA: Espretococcus beta-hemolítico do grupo A e seqüelas; Febre reumática; Glomerulonefrite aguda MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Cefaléia, mal-estar, anorexia, rouquidão, tosse, dor abdominal, vômito, inflamação com exsudato. TRATAMENTO: Antibioticoterapia (penicilina), analgésico, antitérmico. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM  Aliviar sintomas  Aplicar compressas mornas
  • 35. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  Manter ingesta hídrica adequada  Dieta branda e líquida 4.LARINGITE: Infecção da laringe causada por agentes virais. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Odinofagia, indisposição, febre, congestão nasal, rouquidão, cefaléia, coriza. TRATAMENTO: Líquidos e ar umidificado 5.GRIPE: Infecção causada geralmente por vírus de diferentes tipos, que sofrem alteraçõessignificativas no tempo. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Mucosa e faringe seca, rouquidão, febre, mialgia, calafrios, fotofobia, prstração. TRATAMENTO: Sintomático 6. BRONQUITE: Inflamação das grandes vias aéreas, estando invariavelmente associado a uma IRA. ETIOLOGIA: Agentes virais, sendo muito comum o Mycoplasma pneumoniae. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:Tosse seca, metálica e improdutiva, respiração ruidosa, dor torácica, falta de ar, vômito e febre. TRATAMENTO:Diminuir temperatura, dor e umidificar secreções. 7. BRONQUIOLITE: Infecção viral aguda dos bronquíolos, que ocorre principalmente no inverno. ETIOLOGIA: Adenovírus,Influenza MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Obstrução das VA, faringite, tosse, sibilância, febre, taquipnéia, cianose, agitação, dispnéia, fome de ar intensa, batimento da aleta nasal. TRATAMENTO:Tratar com ar umidificado,Aumentar a ingesta hídrica, Graves: oxigenioterapia e terapia venosa ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM  Observar oxigenioterapia e terapia endovenosa  Verificar SSVV  Elevar decúbito  Observar permeabilidade das VA  Estimular espirometria de incentivo 8.PNEUMONIA: É a inflamação do parênquima pulmonar, dificultando as trocas gasosas.
  • 36. Profa Aretusa Delfino de Medeiros FATORES DE RISCO: Idade < 6 anos Estado imunológico Situação econômica precária Poluição ambiental Pais fumantes Baixo peso Desmame CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA: Pneumonia viral: tosse, febre, taquipnéia, cianose, fadiga, prostração, presença de ruídos respiratórios e estridores. TRATAMENTO: Sintomático, oxigênio, fisioterapia respiratória e líquidos Pneumonia Bacteriana (pneumococos): tosse, indisposição, respiração rápida e superficial, dor torácica, batimento da aleta nasal, cianose, palidez agitação e letargia. CRIANÇAS MAIORES: antibióticos, antitérmicos, sedativos para tosse, repouso e líquidos. CRIANÇAS MENORES: mesmo das crianças maiores, com líquido endovenoso e oxigenioterapia. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM  Avaliar respiração  Administar oxigenioterapia  Controlar SSVV  Elevar decúbito  Estimular drenagem postural  Aspirar secreções quando necessária  Aliviar desconforto Pneumonia Aspirativa: Aspiração de líquidos ou alimentos, provocado pela dificuldade de deglutir em função de paralisias, debilidade, ausência do reflexo da tosse. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Os mesmos da pneumonia bacteriana. Orientação aos pais quanto a prevenção desse tipo de pneumonia 9. ASMA :Obstrução das VA por edema e/ou muco, desencadeada por diversos estímulos. ETIOLOGIA: Duvidosa, pode ter relação com fatores bioquímicos, imunológicos, alérgicos, climático, psicológico, físicos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse, irritabilidade, falta de ar, sibilância audível, rubor, lábios avermelhados escuro, progredindo para cianose, sudorese, diafragma deprimido. TRATAMENTO: Uso de corticoesteróide, antiinflamatório, broncodilatores.Realização de exercícios através da fisioterapia respiratória.
  • 37. Profa Aretusa Delfino de Medeiros ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM  Identificar e eliminar fatores irritantes e alérgicos.  Orientar os pais sobre a doença e no reconhecimento de sinais agudos.  Controle rigoroso da terapia endovenosa.  Administrar oxigenioterapia.  Oferecer líquidos(controle).  Elevar decúbito.  Controlar SSVV  Estimular participação dos pais nos cuidados. UNIDADE 8 DIARRÉIA AGUDA A diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros componentes químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Resulta do aumento do volume e freqüência da evacuação e da diminuição da consistência das fezes, que podem se apresentar líquidas e, algumas vezes, conter muco e sangue, como acontece nas disenterias. A maioria das diarréias agudas é provocada por um agente infeccioso - vírus ou bactéria , e geralmente dura menos de duas semanas. Mais de cinco evacuações diárias, líquidas ou pastosas caracterizam esta doença, que na maior parte das vezes é causada pela contaminação da água ou dos alimentos. Embora se possa ter diarréia em qualquer idade, as crianças são suas maiores vítimas. Tanto é assim que a diarréia aguda é a maior causa da internação de crianças de até cinco anos e a desidratação, sua pior conseqüência, é uma das principais responsáveis pelas altas taxas de mortalidade infantil em nosso país. Principais causas da diarréia aguda 1. Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente domiciliar e sua proximidade; 2. Ingestão de alimentos contaminados: mal lavados, mal conservados ou lavados ou cozidos em água contaminada; 3. Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água contaminada; 4. Falta de saneamento básico: moradias sem rede de esgoto, com córregos ou rios contaminados, próximas a esgotos correndo a céu aberto 1.0-Diagnóstico: Nos serviços de saúde, os profissionais ficam atentos aos sintomas que se referem à diarréia e à desidratação, preocupando-se igualmente com alguma outra doença que possa estar associada.
  • 38. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Em geral, o quadro clínico de uma diarréia aguda, principalmente na infância, apresenta maior ou menor importância dependendo da gravidade da perda de água e de outros elementos químicos importantes, pelas fezes, vômito ou febre. Noutras palavras, uma diarréia aguda é tão mais grave quanto maior a desidratação que vier a causar. Por outro lado, nas diarréias crônicas predominam os sinais de desnutrição - cujo sintoma mais evidente é o emagrecimento.A partir desses conhecimentos, pode-se concluir que as diarréias podem vir a afetar o estado geral do paciente - principalmente se crianças - de modo mais ou menos severo, dependendo da intensidade do quadro. Devemos, portanto, estar atentos aos sinais e sintomas da desidratação: 1 – Depressão na fontanela ou moleira dos bebês 2 – Olhos encovados e sem brilho 3 – Expressão lânguida no rosto 4 – Lábios ressequidos 5 – Língua esbranquiçada e grossa 6 – Pulso fraco 7 – Pouca urina 8 – Prostração ou torpor 9 – Ocorrência ou não de febre 2.0 - Tratamento da diarréia aguda O tratamento será determinado em função do quadro apresentado. Como as crianças são os pacientes preferenciais dessa doença, veremos a seguir as possibilidades mais freqüentes: I - A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação:Os familiares devem ser orientados sobre a doença, o risco de complicações e a adotar seguinte conduta: 1. Procurar o serviço de saúde; 2. Dar mais líquidos à criança, preparados com ingredientes disponíveis em casa, como o soro caseiro, chás, água de cozimento de cereais como o arroz e o milho, sopas e sucos; 3. Dar líquidos após cada evacuação; 4. Manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, aumentando a freqüência das mamadas; 5. Não mudar o tipo e quantidade dos alimentos que a criança come. II - A criança com diarréia e sinais de desidratação (mesmo grave)
  • 39. Profa Aretusa Delfino de Medeiros A reidratação oral com soro é o tratamento ideal. A quantidade de solução a ser ingerida variará em função da perda de líquidos apresentada pela criança. Suas principais recomendações são: 1. Continuar a oferecer o leite materno, junto com o soro, aos bebês. Com relação às crianças maiores, enquanto mantiverem os sinais de desidratação deverão receber apenas o soro, com freqüência. 2.Se o paciente vomitar, o volume administrado de soro deve ser reduzido; e a freqüência da administração, aumentada (menos quantidade de soro, oferecido mais vexes durante o dia). 3.Na medida em que a criança se reidrata a febre causada pela desidratação geralmente cede. O uso de antitérmicos, nesta fase, deve ser evitado. 4. A família deve estar atenta aos sinais de piora e, caso ocorram, proceder a administração do soro de reidratação oral e levar a criança imediatamente ao serviço de saúde. Principais sinais de piora: sede intensa, vômitos freqüentes,piora da diarréia , irritabilidade , prostração , choque. 3.0 - Prevenção da diarréia aguda As seguintes e simples medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência das diarréias agudas: 1. Manter uma boa higiene pessoal, tanto corporal como da moradia; 2. Lavar as mãos com sabão após limpar uma criança que acaba de evacuar; após a própria evacuação; antes de preparar a comida; antes de comer e antes de alimentar as crianças. 3. Na falta de água tratada, ferver a água e filtrar, tanto para o cozimento quanto para a ingestão; 4. Lavar, com água fervida, os utensílios utilizados no preparo dos alimentos; 5. Não ingerir alimentos contaminados, mal conservados ou mal acondicionados; dar preferência aos alimentos saudáveis e preparados na hora; 6. Guardar, limpas, secas e em sacos plásticos, as verduras, legumes e frutas na parte de baixo da geladeira ou em local fresco, utilizando-as logo que possível; 7. Verificar o prazo de fabricação e validade dos produtos adquiridos em supermercados. Caso estejam vencidos, pressionar para que sejam retirados das prateleiras; 8. Manter o aleitamento materno exclusivo recomendado para bebês até 6 meses de vida; 9. Seguir o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que as doenças infecciosas agridem o organismo, diminuindo a resistência da criança e, assim,
  • 40. Profa Aretusa Delfino de Medeiros tornando-a mais vulnerável à diarréia. A imunização contra o sarampo, por exemplo, reduz a mortalidade por diarréia e deverá ser feita a partir dos 9 meses; 10. A disponibilidade de água encanada nas moradias é o fator mais eficaz para o controle das diarréias infecciosas. Onde não houver saneamento básico, as pessoas devem acondicionar a água - tanto para uso doméstico como para ingestão - em depósito limpo e tampado; 11. Dar destinação correta ao lixo doméstico e construir fossas domiciliares, evitando, desse modo, a contaminação ambiental e alimentar pelo lixo e/ou fezes. UNIDADE 9 DESNUTRIÇÃO A alimentação constitui requisitos básicos para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e o controle das principais deficiências nutricionais. A erradicação completa das defciências nutricionais depende da própria erradicação dos contrastes econômicos e sociais, gerados e mantidos pelo processo de produção e distribuição de bens e serviços. Dentre os problemas inerentes à alimentação e a nutrição no nosso país em termos de saúde coletiva, destaca-se a desnutrição energética –protéica (DEP) e as anemias. Releva-se essas deficiências nutricionais por alcançar importância epidemiológica na infância, em função da velocidade do processo de crescimento e desenvolvimento e na associação com o processo saúde-doença. 2. Definição: Trata-se de um grupo de condições patológicas, resultante da falta concomitante de calorias e proteínas em proporções variáveis, que acomete, com maior freqüência os lactentes e pré-escolares e, freqüentemente associada a carência de vitaminas e minerais. 3.Epidemiologia: A DEP constitui um dos problemas que mais afetam a criança, seja de uma forma aguda ou lenta e silenciosa, com efeitos negativos a longo prazo sobre o seu crescimento e desenvolvimento neurológico. Suas raízes se encontram na pobreza e tem como causa as condições sócio-econômicas precárias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço das crianças do mundo sofrem de desnutrição e que a metade de todas as mortes está relacionada à desnutrição. A desigualdade social é o principal fator na diferença entre a mortalidade infantil em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
  • 41. Profa Aretusa Delfino de Medeiros 4.Etilogia: A desnutrição pode ser considerada primária ou secundária: Primária (Nutricional): conseqüente à ingestão insuficiente, inadequada, desequilibrada ou incompleta de nutrientes. Secundária (Infecções repetidas): conseqüente de alterações fisiopatológicas pré-existentes que interferem em qualquer ponto do processo de nutrição (anorexia, aceleração o metabolismo e/ou aumento de perdas nutricionais). A desnutrição pode ser classificada em LEVE, MODERADA E GRAVE. A classificação da intensidade está baseada no déficit de peso em relação à idade, e a altura assim como na altura em relação a idade – adotando-se como base uma curva do crescimento. QUADRO I: Classificação da desnutrição segundo a tabela de crescimento do NCHS: LEVE MODERADA GRAVE Peso/Idade Déficit de 10 a 25% Déficit de 26 a 40% Déficit > 40% Peso/Altura Déficit de 10 a 20% Déficit de 21 a 30% Déficit > 30% Altura/Idade Déficit de 5 a 10% Déficit de 11 a 15% Déficit > 15% OBS: É importante observar que toda criança desnutrida com edema, independentemente do seu déficit de peso é considerada como desnutrido grave. SINAIS CLÍNICOS DOS CASOS GRAVES DE DESNUTRIÇÃO Trata-se de um grupo de condições patológicas, resultante da falta concomitante de calorias e proteínas em proporções variáveis, que acomete, com maior freqüência os lactentes e pré-escolares e, freqüentemente associada a carência de vitaminas e minerais. As formas graves de desnutrição . o marasmo, o kwashiokor e as formas mistas . se manifestam clinicamente de maneira típica, conforme relacionado abaixo, e devem ser reconhecidas pelos profissionais de saúde para referência imediata a um serviço de maior complexidade onde estejam disponíveis recursos e condutas adequadas para a recuperação nutricional. MARASMO • Magreza extrema e atrofia muscular. • Perda intensa de tecido subcutâneo. • Abdômen proeminente devido à magreza. • Aspecto simiesco. • Pele frouxa, sobretudo nas nádegas. • Peso para idade sempre inferior ao percentil 3. • Irritabilidade. • Apetite preservado na maioria dos casos. KWASHIORKOR • Edema geralmente generalizado. • Perda moderada de tecido subcutâneo. • Hepatomegalia. • Cabelo fraco, seco e descolorido. • Alterações cutâneas são freqüentes. • Peso para idade muito abaixo do percentil 3. • Apatia. • Anorexia.
  • 42. Profa Aretusa Delfino de Medeiros KWASHIORKOR MARASMÁTICO • Características de marasmo com edema ou sinais de kwashiorkor em crianças com perda intensa de tecido subcutâneo e peso para idade inferior ao percentil 3. • Depois de curto período de tratamento, com o desaparecimento do edema, apresentam características típicas de marasmo. UNIDADE 10 DESIDRATAÇÃO 1. Definição: É a deficência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido a anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração de diuréticos, insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor). 2. Causas: A mais freqüente decorre de perdas gastrintestinais. A diarréia é portanto a causa mais importante e responsável por óbitos em crianças menores que 5 anos, podendo evoluir de modo mais prolongado e desfavorável em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em doenças crônicas. Além do que a incidência é maior nas populações de baixo nível socioeconômico. 3. Diagnóstico: Segundo a estratégia do AIDPI, as crianças precisam ser avaliadas até os 5 anos obedecendo o seguinte critério: Avaliação da sua condição geral, pesadas sem roupas e verificar se há sinais de alerta. PERGUNTAR OBSERVAR 1. A criança consegue beber ou mamar no peito? 2. A criança vomita tudo o que ingere? 3. A criança apresentou convulsão? Verifica se a criança está letárgica ou comatosa. A perda de peso aguda é o melhor indicador de desidratação. A classificação pode ser basear no quadro clínico dividido em três grupos: Quadro I: Classificação da desidratação. Dados clínicos Classificação Sem desidratação Desidratação leve Desidratação grave Aspecto* Alerta Irritado com sede Letárgico inconsciente (comatoso) Circulação ou fluxo periférico (rubor palmar/palmar Menor que 3 seg. 3-8 seg. Mais de 8 seg. Pulso Cheio Fino Muito fino ou
  • 43. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Os quatro sinais (*) são fundamentais, de acordo com a estratégia da Atenção Integrada às doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). 4. TRATAMENTO: DEPENDE DO GRAU DA DESIDRATAÇÃO 4.1.CRIANÇAS SEM DESIDRATAÇÃO: Se aleitamento materno exclusivo, aumentar a frequencia e o tempo, e oferecer soro de reidratação oral (SRO) com colher ou copo. Se o aleitamento não for exclusivo – mantê-lo e oferecer a dieta habitual e líquido a vontade (SRO, liquido caseiro do tipo: caldo, água de arroz, suco, chás). Recomendar à mãe ou o cuidador das crianças a ofertar freqüentemente líquido com colher toda vez que evacuar na seguinte quantidade: Até 01 ano: 50 – 100ml depois de cada evacuação aquosa. Um ano ou mais: 100 – 200ml após cada evacuação aquosa. Caso ocorram vômitos, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente. Continuar dando líquidos à vontade até a diarréia parar e não suspender a dieta habitual. Esclarecer quanto aos sinais de gravidade ou risco, procurar o serviço médico, quando a criança não conseguir beber ou mamar no peito, quando houver piora do estado geral, aparecimento ou piora da febre, aparecimento de sangue nas fezes. 4.2.CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO: Considerar desidratada as crianças que apresentarem dois sinais que seguem: Inquieta, irritada; Olhos fundos; bebe avidamente, com sede; Sinal de prega: a pele volta lentamente ao estado anterior.  Reiniciar a reidratação com SRO.  Pesar a criança sem roupa no início da reidratação e a cada hora. impalpável Elasticidade da pele* (sinal de prega) Normal Diminuída Muito diminuída Olhos* Normais Fundos Muito fundos Fontanela Normal Funda ou deprimida Funda ou deprimida Mucosas Úmidas Secas Secas Sede* Bebe normalmente ou sem sede Bebe avidamente ou com sede Não consegue beber ou bebe muito mal
  • 44. Profa Aretusa Delfino de Medeiros  Oferecer a criança o SRO toda vez que a criança deseja, no volume que aceitar de preferência com uma colher para manter volume constante e evitar vômito, toda vez que a criança evacuar.  Em caso de vômitos aguardar 10 minutos e reinicar o mesmo procedimento porém mais lentamente.  Como orientação inicial, a criança poderá receber SRO no volume de 50 – 100 ml/.kg, pelo período máximo de 4 a 6 horas, após esse período, iniciar terapêutica endovenosa.  Se a retenção de líquido for maior do que 20%, mantém-se essa terapia. Caso seja menor na primeira hora observa-se mais uma hora e caso mantenha baixa optar pela sonda nasogástrica, utilizando-se SRO, na quantidade e velocidade de 30 ml/kg/hora nos primeiros 10 a 15 minutos, podendo aumentar para 60 ml/kg/hora, quando bem tolerado.  A reidratação oral deve ser suspensa quando houver vômitos persistentes, convulsão, alteração do nível de consciência, íleo paralítico, ausência de ganho de peso após 2 horas da instalação da terapêutica. O ganho de peso é um excelente critério de sucesso da reidratação 4.3. CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE: Considera-se quando: comatosa, pulso fino impalpável, sinal da prega muito diminuído (mais de 2 seg) olhos muito fundos, fontanela funda ou deprimida, mucosa seca, não consegue beber ou bebe muito mal. Inicia-se terapia endovenosa em três fases: expansão, manutenção e reposição.  Fase de expansão: Pesar a criança sem roupa Iniciar a infusão de: Soro a 5% e soro fisiológico a 0,9%, 1:1 com volume de 100ml/kg e velocidade de 50ml/kg/hora. Obs. Caso a criança se mantenha desidratada deve-se prescrever outra fase igual, modificando apenas o volume: 50ml/kg, na velocidade de 25ml/kg/hora. A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas micções claras, densidade urinária menor que 1010, associada ao bom ganho de peso sem roupa.  Fase de manutenção: Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica. Inicia-se com Soro Glicosado 5% - 80% (80%) mais Soro Fisiológico 0,9% (20%) Entre 10 a 20kg = 1.000ml+50ml/kg por cada quilo que passe, até (10 quilos). Acima de 20kg = 1.500 = 20ml/kg que passe.  Fase da reposição: Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de água e eletrólitos.
  • 45. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Repor: 50ml/kg em partes iguais de Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico a 0,9%. Pode ser aumentado para 100, 150 ou até 200ml/kg. Quando a criança necessitar de grandes volumes de líquidos. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA 1. ESCABIOSE (SARNA) A escabiose ou sarna é uma doença parasitária, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de roupas contaminadas. O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas.  Manifestações clínicas A doença tem como característica principal o prurido intenso que, geralmente, piora durante a noite. A lesão típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco elevado, da cor da pele ou ligeiramente avermelhado e que corresponde aos túneis sob a pele. Esta lesão dificilmente é encontrada, pois a escoriação causada pelo ato do prurido a torna irreconhecível. O que se encontra, na maioria dos casos, são pequenos pontos escoriados ou recobertos por crostas em conseqüência do prurido. É possível a infecção secundária destas lesões com surgimento de pústulas e crostas amareladas. As lesões atingem principalmente os seguintes locais: abdômen, flancos, baixo ventre, umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entre os dedos das mãos e sulco entre as nádegas. A escabiose, raramente, atinge a pelo do pescoço e da face, exceto nas crianças, em quem estas regiões podem também ser afetadas. Tratamento O tratamento da sarna consiste na aplicação de medicamentos sob a forma de loções na pele do corpo todo, do pescoço para baixo, mesmo nos locais onde não aparecem lesões ou coceira. Após terminada a primeira série do tratamento, este deve ser repetido uma semana apóes, para atingir os parasitas que estarão deixando os ovos. Medicamentos para o alívio da coceira devem ser utilizados, porém não são responsáveis pela cura. O tratamento também pode ser realizado via oral, sob a forma de comprimidos tomados em dose única. Pode ser necessária a repetição após 1 semana. Em casos resistentes ao tratamento, pode-se associar os tratamentos oral e local. As roupas de uso diário e as roupas de cama devem ser trocadas todos os dias, colocadas para lavar e passar a ferro. Todas as pessoas da casa que tiverem qualquer tipo de coceira devem se tratar ao mesmo tempo, para evitar a recontaminação. As unhas devem ser escovadas com sabonetes apropriados para a retirada de parasitas ali depositados pelo ato de coçar. Para evitar a doença não use roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas, evite aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos.
  • 46. Profa Aretusa Delfino de Medeiros Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso. 2. PEDICULOSE DA CABEÇA (PIOLHOS) A pediculose da cabeça é uma doença parasitária, causada pelo Pediculus humanus varcapitis, vulgarmente chamdado de piolho. Atinge principalmente crianças em idade escolar e mulheres e é transmitida pelo contato direto interpessoal ou pelo uso de utensílios como bonés, escovas ou pentes de pessoas contaminadas.  Manifestações clínicas A doença tem como característica principal característica o prurido intenso no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça e que pode atingir também o pescoço e a região superior do tronco, onde se observam pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. Com o prurido das lesões pode ocorrer a infecção secundária por bactérias, levando inclusive ao surgimento de glânglios no pescoço. Geralmente a doença é causada por poucos parasitas, o que torna difícil encontrá-los, mas em alguns casos, principalmente em pessoas com maus hábitos higiênicos, a infestação ocorre em grande quantidade. Achado comum que fecha o diagnóstico de pediculose são as lêndeas, ovos de cor esbranquiçada depositados pelas fêmeas nos fios de cabelo.  Tratamento O tratamento da pediculose da cabeça consiste na aplicação nos cabelos de medicamentos específicos para o extermínio dos parasitas e deve ser repetido após 7 dias. Existe também um tratamento através de medicação via oral, sob a forma de comprimidos tomados em dose única. Em casos de difícil tratamento, os melhores resultados são obtidos com a associação dos tratamentos oral e local. A lavagem da cabeça e utilização de pente fino ajuda na retirada dos piolhos. As lêndeas devem ser retiradas uma a uma, já que os medicamentos muitas vezes não eliminam os ovos. Para facilitar a retirada das lêndeas, pode ser usada uma mistura de vinagre e água em partes iguais, embebendo os cabelos por meia hora antes de proceder a retirada. Em crianças que freqüentemente aparecem com piolhos, recomenda-se manter os cabelos curtos e examinar a cabeça em busca de parasitas, usando o pente fino sempre que chegarem da escola que é, geralmente, o principal foco da infecção. As meninas de cabelos compridos devem ir à aula com os cabelos presos. A escola deve ser comunicada quando a criança apresentar a doença para que os outros pais verifiquem a cabeça de seus filhos, de modo que todos sejam tratados ao mesmo tempo, interrompendo assim o ciclo de recontaminação. 3. IMPETIGO
  • 47. Profa Aretusa Delfino de Medeiros É uma infecção de pele e que também tem os nomes de piodermite, pereba ou broto. É causada pela penetração de micróbios na pele aberta por machucados, feridas, coceiras ou picadas de inseto. Essas infecções podem começar como um pontinho de pus ou uma feridinha avermelhada, que aumenta de tamanho, fica um pouco inchada e dolorosa e que tem a tendência a formar crostas. Às vezes a infecção é bem superficial, deixando a pele descamada, úmida e vermelha, parecendo que foi queimada com um toque de cigarro aceso ou fogo. Às vezes a infecção é mais pronfunda, dolorosa e quente, como nos furúnculos. O tratamento as infecções de pele é feita com a limpeza das feridas, remoção as cascas e secreções com água fervida morna, na qual pode ser dissolvido um desinfetante, como o permanganato de potássio (dissolve-se um pacotinho ou um comprimido em um litro de água – água fica arroxeada). Pode ser usado depois um creme ou pomada de antibiótico – creme . Quando as infecções são mais profundas, tipo furúnculo, a aplicação de compressas quentes e úmidas facilita a cura. Quando as infecções são muitas, quando continuam a aparecer apesar do tratamento ou quando há ínguas, geralmente há necessidade de usar antibiótico por via oral ou injetável, que será receitado no centro de saúde, geralmente um tipo de penicilina. Um tipo especial de infecção de pele é a das pálpebras, chamada terçol ou hordéolo, é conhecida popularmente com o nome de “bonitinha. Deve ser tratatada com um creme especial que possa ser usado nos olhos, com orientação do Centro de Saúde. (Leia também “terçol”). 4. DERMATITE SEBORRÉICA Afecção crônica e recorrente não contagiosa comum nos dois ou três meses de vida, caracterizando-se pelo acúmulo de escamas seborréicas e crostas amareladas descamativas e oleosas no couro cabeludo. Pode afetar pálpebras, canal auditivo externo, pregas nasolabiais e região inguinal.  Etiologia É obscura. Acredita-se que exista uma predisposição constitucional para a doença (metabólica, nutricional e endócrinas).  Medidas terapêuticas e conduta de enfermagem  Remoção das crostas com óleo.  Lavar a cabeça com mais freqüência a fim de evitar o acúmulo, repetir o procedimento até resolver o problema. 5. CANDIDÍASE (MONILÍASE ORAL OU SAPINHO) É uma infecção causada por fungo do gênero cândida, geralmente, Cândida albicans. Se a pele do bebê ficar úmida por muito tempo, ela estará suscetível a assaduras causadas por lêvedo, o tipo de assadura mais persistente. Grandes quantidades de antibiótico podem
  • 48. Profa Aretusa Delfino de Medeiros causar diarréia, o que pode dar início às assaduras causadas por lêvedo. Este tipo de assadura pode ser identificado pelas feridas intumescidas, rosadas ou com pus branco ao redor de uma mancha vermelha na área coberta pela fralda. O bebê pode ter as manchas na boca também e pode ser que seus seios fiquem sensíveis caso esteja amamentando. Se esta condição persistir, consulte o pediatra assim que possível para começar um tratamento antigúngico.  Etiologia A contaminação pode ocorrer durante a passagem da criança pelo canal de parto. Pelo contato direto com outras crianças contaminadas ou com pessoas que cuidam da criança. Por má nutrição. Durante o uso de corticóides Antibióticos Diabetes Neoplasias  Manifestações Clínicas Placas brancas, semelhante a coágulo de leite na mucosa da boca, de gengivas e da língua. Mucosa vermelha.  Tratamento Aplicar fungicida na cavidade oral, gerlamente Nistatina – 1 ml 4 x ao dia de 6/6 horas. Pincelar a área com violeta de genciana. Anfotericina B, clotrimazol, fluconazol ou Miconazol.  Condutas de enfermagem  Lavar as mãos ao manusear a criança.  Higienizar chupetas, bicos de mamadeiras, seio materno.  Realizar higiene oral (água boricada – 1 colher de sopa de bicarbonato/ 1 litro de água)  Remover as placas por meio da higiene oral.  Alimentar adequadamente a criança.  Administrar medicamentos conforme prescrição médica 6. GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA) Glomerulonefrites ou glomerulopatias são afecções que acometem o glomérulo, estrutura microscópica formada por um emaranhado de capilares semelhantes a um novelo de lã. É a principal estrutura renal responsável pela filtração do sangue. Causas As doenças glomerulares são conseqüência de uma ampla variedade de fatores: distúrbios imunológicos, doenças vasculares, doenças metabólicas e algumas entidades hereditárias. As glomerulopatias que aparecem isoladamente são classificadas como primárias, e quando estão associadas a doenças sistêmicas (Lupus, diabetes, etc.) são classificadas como secundárias.